Transição de dados para cloud: vantagens e desafios

  • ECO + Altice Empresas
  • 9 Julho 2021

O quarto Altice Empresas Live ficou marcado pelo tema da "cloud". A transição de dados das empresas para as clouds é uma tendência crescente, mas os especialistas alertam para os desafios.

Atualmente, a cloud é vista como um dos pilares estratégicos para ajudar as empresas a serem mais competitivas, modernas e a tornarem o mercado mais digital. A pandemia foi, sem dúvida, um dos catalisadores para esta tomada de consciência e alavancou os investimentos das empresas em IT, no entanto, os especialistas defendem que ainda há muito a fazer neste tema.

Esclarecer quais são as vantagens, mas também os desafios da cloud para as empresas esteve no centro do debate do quarto Altice Empresas Live. A sessão, que decorreu no passado dia 7 de julho, contou com a presença de Carlos Costa, diretor de IT do Banco Atlântico Europeu, Mário Seborro, Diretor Comercial da Altice Empresas, Nuno Nunes, Chief Sales Officer B2B da Altice Portugal e Rui Coutinho, Diretor Executivo de Inovação e Desenvolvimento da Porto Business School.

Gilberto Bonutti, Cloud Sales Manager Southern Europe da Acronis, Luís Chaby, Azure Enterprise Sales Manager da Microsoft Portugal, e Sérgio Ribeiro, Managing Director da Accenture Portugal também marcaram presença no evento, mais concretamente num debate sobre a jornada das empresas para a cloud, moderado por Paulo Rego, Diretor de Produto e Pré-Venda da Altice Empresas.

Nuno Nunes começou por dizer que a Altice Empresas quer “ajudar as empresas portuguesas a fazer a sua transformação digital”. Para isso, a empresa de telecomunicações criou plataformas adaptadas à realidade de cada organização, de modo a que qualquer cliente possa fazer esse percurso de forma simples e segura.

“Hoje, somos um parceiro multicloud e transversal, agnóstico a marca e qualquer empresa pode trabalhar connosco, acedendo à oferta de qualquer player mundial de cloud. Também desenvolvemos e produzimos uma plataforma de Cloud Altice, um trabalho que tem sido desenvolvido com grande profundidade, com a nossa equipa de ICT e esta é outra vertente transversal – multicloud para grandes empresas e a nossa cloud para PME”, explicou o Chief Sales Officer B2B da Altice Portugal.

"O grande tema não se prende com a tecnologia, penso que o desafio está mais centrado nas pessoas, nos processos que precisam ser adaptados e mudados. A cloud é mais flexível, escalável, apresenta melhor custo-benefício e pode ser mais segura. Mas, em primeiro lugar, é preciso planear a migração com cuidado, passo a passo.”

Gilberto Bonutti

Cloud Sales Manager Southern Europe da Acronis

Tecnologia cloud: “um meio para atingir um fim”

Sérgio Ribeiro frisou que era importante desmistificar dois pontos relativamente à cloud: “A tecnologia cloud representa, nas organizações, cerca de 9% do seu orçamento IT e, portanto, não é uma moda temporária, é algo que veio para ficar. Um ponto que também me parece importante esclarecer é que não é um fim em si, a cloud é um meio para atingir esse fim”.

O responsável da Accenture Portugal acrescentou, ainda, que é importante não olhar para “o tema cloud como uma peça puramente tecnológica para cumprir com determinado desígnio, mas sim posicionar a discussão naquilo que é o imperativo estratégico que o cliente quer ter”.

No que diz respeito à adoção de cloud, Gilberto Bonutti partilhou a mesma ideia de Sérgio Ribeiro. “O grande tema não se prende com a tecnologia, penso que o desafio está mais centrado nas pessoas, nos processos que precisam ser adaptados e mudados. A cloud é mais flexível, escalável, apresenta melhor custo-benefício e pode ser mais segura. Mas, em primeiro lugar, é preciso planear a migração com cuidado, passo a passo”, referiu.

Já Luís Chaby afirmou que “a realidade das empresas tem uma componente já muito relevante de utilização de cloud pública” e explicou que isto acontece, principalmente, por quatro razões: para modernizar infraestruturas e aplicações, para aumentar a segurança das empresas, para dar continuidade ao negócio (o negócio não para, independentemente da distância física) e, por fim, para organizar os dados, de modo a torná-los mais eficientes para as organizações.

No evento foi ainda apresentado um exemplo da aplicação do serviço cloud no Banco Atlântico Europa. Carlos Costa, diretor de IT do banco, mostrou que a estratégia da empresa passava por oferecer serviços digitais e, nesse aspeto, garantiu que a cloud foi a melhor aposta que podiam ter feito, “tanto pela redução de custos, como pela cibersegurança, como pela flexibilidade, pelo disaster recovery, pela loss prevention e pela redução de barreiras tecnológicas”.

A análise da Porto Business School sobre as tendências cloud

Na mesma sessão foram apresentadas por Rui Coutinho algumas das conclusões de uma investigação levada a cabo pela Porto Business School, que analisou várias empresas e identificou algumas das grandes tendências relativas à cloud que se vão verificando um pouco por todo o mundo.

"58% das empresas referem que não estão a usar ferramentas de gestão multicloud para a gestão. Ou seja, estamos a implementar cada vez mais estratégias multicloud, mas estamos ainda à procura de quais as melhores ferramentas para gerirmos esta realidade.”

Rui Coutinho

Diretor Executivo de Inovação e Desenvolvimento da Porto Business School

O Diretor Executivo de Inovação e Desenvolvimento da Porto Business School referiu a pandemia como acelerador da tendência cloud: “Sabemos que há novas realidades que decorrem do processo pandémico e que vieram para ficar – novas realidades de trabalho, novas realidades colaborativas, novas realidades para fazer negócios – e sabemos que a cloud alavanca muitas delas”.

Na análise verificou-se, do ponto de vista global, a consolidação de estratégias cloud. “No último State of the Cloud Report da Flexera, já de 2021, percebemos que 92% das empresas inquiridas adotam, hoje, estratégias multicloud. Fundamentalmente, nessas estratégias multicloud, 82% são estratégias de cloud híbrida, ou seja, com escolhas entre clouds privadas e clouds públicas e 10% apenas estratégias multicloud assentes em múltiplas plataformas cloud públicas”, disse.

No entanto, apesar da tendência crescente da adoção de multicloud, Rui Coutinho ressalvou que ainda se nota alguma dificuldade por parte das empresas em compreender como gerir esta estratégia multicloud: “58% das empresas referem que não estão a usar ferramentas de gestão multicloud para a gestão. Ou seja, estamos a implementar cada vez mais estratégias multicloud, mas estamos ainda à procura de quais as melhores ferramentas para gerirmos esta realidade”.

Ainda assim, o responsável da Porto Business School assegurou que “as duas grandes preocupações que estão na mente dos gestores de infraestrutura tecnológica e de processo de trabalho nas organizações são a otimização e redução de custos e a migração dos processos de trabalho para a cloud, muito alavancada pelo que aconteceu neste último ano e meio”.

"Para terem uma noção, a cloud permite reduzir 59 milhões de emissões de dióxido de carbono por ano, o que equivale a tirar da estrada, por ano, 22 milhões de carros.”

Rui Coutinho

Diretor Executivo de Inovação e Desenvolvimento da Porto Business School

As 8 tendências para os próximos dois anos

No quarto Altice Empresas Live projetaram-se, ainda, as oito tendências que se vão verificar num futuro próximo, mais concretamente, nos próximos dois anos. São elas:

  1. Edge computing. Trata-se de uma computação na qual o processamento acontece perto ou mesmo no local da fonte dos dados. Com isto, os tempos de resposta melhoram porque há maior rapidez no acesso aos dados. Rui Coutinho referiu que esta é “uma realidade da qual as empresas vão tirar partido” e que “o 5G vai permitir alavancar” esta tendência. A mesma opinião é partilhada por Luís Chaby, que deu o exemplo de um carro para mostrar melhor como o edge computing funciona. “Se usarmos o exemplo do carro é fácil perceber. Um carro de condução autónoma deve ter inteligência já no próprio carro e não estar à espera do tráfego de dados que vá para a cloud e que venha. O 5G vem potenciar os cenários que já existem hoje em dia, mas que agora podem ser alavancados e alguns que, dantes, julgávamos impossíveis, hoje em dia já serão possíveis com o 5G”, garantiu.
  2. Sustainable cloud. Além de melhorar o negócio, investir em cloud ajuda a tornar as empresas mais sustentáveis. O custo energético e a diminuição das emissões de CO2 são os aspetos principais que tornam a cloud uma aliada para as empresas serem mais amigas do ambiente. “Para terem uma noção, a cloud permite reduzir 59 milhões de emissões de dióxido de carbono por ano, o que equivale a tirar da estrada, por ano, 22 milhões de carros”, elucidou o responsável da Porto Business School. “A cloud permite a redução de custos a vários níveis, mas há um que é direto e muito visível, que é o custo energético. A própria digitalização associada à cloud permite esta redução de custos e melhoria do ambiente”, acrescentou, ainda, Mário Seborro, Diretor Comercial da Altice Empresas.
  3. Hybrid cloud. Cloud pública ou privada? No caso da cloud híbrida, as empresas optam pelas duas soluções que, de acordo com Rui Coutinho, “traz o balanço entre o melhor dos dois mundos”. Um dos exemplos de cloud híbrida é o Stack Azure, na Covilhã. Nuno Nunes, Chief Sales Officer B2B da Altice Portugal, esclareceu em que consiste esta oferta da Altice Portugal: “O Stack Azure é uma cloud híbrida que permite a clientes Altice Empresas acederem ao portfólio de serviços Azure, da cloud Microsoft, ao mesmo tempo que beneficiam da segurança, compliance e menor latência que decorre de terem os dados alojados no Data Center Altice na Covilhã”.
  4. Human Cloud. Este aspeto serve, acima de tudo, para tornar a cloud uma mais valia para as pessoas, uma vez que consegue libertá-las de tarefas repetitivas, facilitar o trabalho em mobilidade e colaborativo e, com isto, melhorar a sua atividade profissional.

    "Quem explora o mundo da cloud tem de ter estes aspetos da mitigação da perda de dados, da invasão de sistemas, das ameaças virtuais, sempre muito presentes e, certamente, consegue controlar melhor toda esta temática do que cada uma das organizações por si só. Ou seja, a cloud é um meio com grande nível de disponibilidade e com elevados níveis de segurança.”

    Mário Seborro

    Diretor Comercial da Altice Empresas

  5. As-a-service. É uma forma de distribuir software que foi permitido pela cloud. Aliado ao as-a-service está a diversidade de aplicações e, ainda, uma maior flexibilidade. Neste âmbito, Mário Seborro reforçou a necessidade de as empresas serem cada vez mais ágeis, o que as obriga a aderir a estas tendências para acompanhar a evolução do mercado: “No fundo, têm que adotar estratégias de curto prazo para os seus negócios e os ambientes de IT. E aí a cloud permite-nos implementar sistemas de uma forma fiável, flexível e faseada ao longo do tempo, traduzindo aqui aumentos de produtividade, mesmo de inovação por parte das organizações”.
  6. Mobilidade das aplicações. “A cloud é uma componente importante naquilo que é, cada vez mais, o mundo da mobilidade. Hoje em dia, o escritório é em qualquer lado e a pandemia foi uma mostra clara deste aspeto. E a cloud permite-nos aceder à informação a partir de qualquer dispositivo, a partir de qualquer lugar, a qualquer hora”, referiu o responsável comercial da Altice Empresas.
  7. Open source. Está ligado à estratégia multicloud ou hybrid cloud que, inevitavelmente, obriga a que a interoperabilidade esteja garantida e é aqui que entra o open source, uma vez que permite reduzir a fricção e o atrito dessa mobilidade.
  8. Cloud business models. Trata-se dos modelos de negócio criados pela cloud. Rui Coutinho destaca algumas estratégias de negócio possíveis como o “digital ecossystem” ou o modelo “on demand” onde a Uber ou a Airbnb são exemplos bem conhecidos. “Há outra transformação de modelos de negócio que a cloud permitiu, que é a transformação dos modelos de negócio das nossas empresas para os nossos clientes. Quanto mais sofisticadas são as estratégias multicloud ou hybrid cloud, maiores são as possibilidades do ponto de vista da área de negócio”, afirmou. Na mesma lógica, quanto mais complexa é a cloud, mais complexo tem de ser o sistema de cibersegurança. “A cloud é, claramente, mais segura. Atualmente, a maior parte dos IT acredita nisso. O mito de que um modelo on-premise é mais seguro do que a cloud por não se conseguir aceder está a desfazer-se. Também porque os ataques continuam a acontecer nas infraestruturas on-premises, portanto, não o podemos negar”, disse Gilberto Bonutti, Cloud Sales Manager Southern Europe da Acronis. “Quem explora o mundo da cloud tem de ter estes aspetos da mitigação da perda de dados, da invasão de sistemas, das ameaças virtuais, sempre muito presentes e, certamente, consegue controlar melhor toda esta temática do que cada uma das organizações por si só. Ou seja, a cloud é um meio com grande nível de disponibilidade e com elevados níveis de segurança” acrescentou, também, Mário Seborro.

No encerramento da sessão, o Diretor Comercial da Altice Empresas, ainda esclareceu de que forma a Altice Empresas lida com a oferta destes novos projetos de cloud aos clientes: “Como é que nós olhamos na Altice Empresas para este tipo de projetos? Aquilo que nós fazemos é, com equipas especializadas, definir conjuntamente com os nossos clientes qual é a estratégia de seleção das várias clouds em cada um dos momentos e fazemos este processo de migração e de implementação destes ambientes cloud e fazemos a gestão operacional, a gestão do on going desses serviços”.

No vídeo seguinte, fique a conhecer as mensagens dos diferentes intervenientes do evento sobre o modo como a cloud ajuda as empresas na sua transformação digital e cultural:

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Deputado socialista João Paulo Pedrosa renuncia ao mandato

  • Lusa
  • 9 Julho 2021

A razão apontada pelo deputado prendeu-se com uma nomeação "como diretor de Segurança Social", apesar de não ter indicado "em que exata função isso vai ocorrer".

A Assembleia da República aprovou esta sexta-feira por unanimidade a renúncia ao mandato do deputado socialista João Paulo Pedrosa, eleito pelo círculo de Leiria, e a sua substituição por Joel Bouça Gomes.

De acordo com informação anunciada pela mesa da Assembleia da República antes da votação em plenário, esta substituição tem efeitos a partir de segunda-feira.

Na quarta-feira, os deputados da Comissão de Transparência e Estatutos dos Deputados tinha aprovado, também por unanimidade, o parecer relativo ao pedido de renúncia ao mandato do deputado socialista e a sua substituição.

Segundo o presidente da comissão, Jorge Lacão, a razão apontada pelo deputado prendeu-se com uma nomeação “como diretor de Segurança Social”, apesar de não ter indicado “em que exata função isso vai ocorrer”.

João Paulo Pedrosa, sociólogo de profissão, foi deputado nas últimas três legislaturas, além da atual.

Era vice-presidente Comissão de Trabalho e Segurança Social e suplente do PS nas comissões de Defesa Nacional, de Orçamento e Finanças e na Comissão Eventual para o acompanhamento da aplicação das medidas de resposta à pandemia da doença covid-19 e do processo de recuperação económica e social.

Joel Bouça Gomes foi sexto na lista do PS pelo círculo eleitoral de Leiria nas eleições legislativas de 2019.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Greenvolt assegura 150 milhões no IPO um dia antes do fecho da operação

IPO da Greenvolt está a ser bem-sucedido. Empresa de energias renováveis já assegurou ordens acima dos 150 milhões de euros previstos na oferta. E está mais perto da bolsa.

A Greenvolt assegurou esta sexta-feira a base de investidores para a sua oferta pública inicial (IPO), tendo já garantido ordens de mais de 150 milhões de euros, isto quando a operação termina apenas na próxima segunda-feira. Com isto, a empresa de energias renováveis da Altri está mais perto da bolsa, cuja estreia está marcada para dia 15.

“Foi hoje [sexta-feira] alcançado um volume de ordens de subscrição que supera o objeto da referida oferta (incluindo as designadas “Initial Offer Shares” e as “Option Shares”)”, indica a Greenvolt num comunicado enviado ao mercado.

Desde o início do mês que a empresa liderada por Manso Neto (ex-CEO da EDP Renováveis) está à procura de investidores institucionais para comprarem ações a um preço que se situará entre os 4,25 euros e os 5,00 euros.

Nesta operação, a Greenvolt esperava obter pelo menos 130 milhões de euros, podendo aumentar até aos 150 milhões (+15% de novas ações) caso a opção de over-allotment fosse exercida na totalidade. Foi o que já assegurou esta sexta-feira, o que poderá ser um bom indicador em relação ao preço a que venderá as ações.

É através deste aumento de capital que a elétrica fará a sua entrada em bolsa, o que está previsto para a próxima quinta-feira. Mas ainda faltam alguns passos até lá chegar.

O período de book-building (procura de investidores) termina apenas na segunda-feira, “estando a divulgação do montante do aumento de capital e a indicação do preço final por ação previstas ocorrer no dia seguinte”.

Além do aumento de capital em dinheiro, que servirá para financiar o crescimento do negócio das renováveis nos próximos anos, a Greenvolt também realiza um aumento de capital em espécie, no valor de 56 milhões de euros, que será subscrito pela V-Ridium, empresa detentora de projetos de energia eólica e solar. Ou seja, a operação totalizará os 206 milhões de euros.

A Altri conta com o BNP Paribas e o CaixaBank como Joint Global Coordinators, além do Santander e o JB Capital Markets como Joint Bookrunners, para colocar estes títulos junto dos grandes investidores

Só com a GreenVolt no mercado, com o ticker GVOLT, os pequenos investidores poderão ter acesso aos títulos, comprando-os em bolsa. Os investidores que tiverem títulos da Altri irão receber ações da nova cotada sob a forma de dividendo.

(Notícia atualizada às 15h53)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Garrigues assessora Jamestown em investimento de 98 milhões

A equipa da Garrigues foi coordenada pelos sócios Jorge Gonçalves e Diogo Leónidas Rocha com a participação das advogadas Tânia Gomes e Mariana Faria Santos.

A sociedade de advogados Garrigues assessorou a empresa de investimento e gestão imobiliária, a Jamestown, na entrada no mercado português com a aquisição por 98 milhões de euros do edifício de escritórios JQOne, em Lisboa.

A equipa da Garrigues foi coordenada pelos sócios Jorge Gonçalves, de Imobiliário, e Diogo Leónidas Rocha, de Financeiro, com a participação das advogadas Tânia Gomes e Mariana Faria Santos, com o apoio da equipa Fiscal.

A aquisição do JQOne faz parte da estratégia de expansão da Jamestown na Europa, que agora inclui mais de 900 milhões de euros em ativos sob gestão e que pretende “estender a sua presença em Lisboa e expandir o seu portefólio na Península Ibérica a cidades como Madrid e Barcelona”.

Com mais de 38 anos de experiência no mercado internacional, a Jamestown conta no seu portefólio com o Groot Handelsgebouw em Roterdão, o Chelsea Market e o One Times Square em Nova Iorque, a Industry City em Brooklyn, o Ponce City Market em Atlanta, o Ghirardelli Square em São Francisco, e o Innovation and Design Building em Boston.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Brisa recebeu do Estado 6,8 milhões em excesso, mas apenas reconhece cinco milhões

  • Lusa
  • 9 Julho 2021

A Brisa tem a devolver ao Estado 6,8 milhões de euros pagos em excesso no âmbito das responsabilidades do Estado por investimentos realizados pela concessionária, mas apenas reconhece cinco milhões.

A Brisa – Concessão Rodoviária tem a devolver ao Estado 6,8 milhões de euros pagos em excesso no âmbito das responsabilidades do Estado por investimentos realizados pela concessionária, que apenas reconhece cinco milhões, segundo uma auditoria da IGF.

“Na sequência da validação realizada, apurámos que o valor pago, como responsabilidade do Estado por alguns investimentos efetuados, excedeu o montante 6,8 milhões de euros (milhões de euros), que deverá ser devolvido pela BCR [Brisa – Concessão Rodoviária]”, lê-se no relatório desta auditoria, centrada nos anos de 2018 e 2019, agora divulgado.

A IGF refere que, apesar do valor apurado como tendo sido pago em excesso, a Brisa – Concessão Rodoviária apenas reconhece a obrigação de pagar cerca de cinco milhões de euros.

“A diferença face ao valor apurado resulta de divergências de entendimento no critério de apuramento do montante dos trabalhos a mais comparticipáveis pelo Estado (1,1 milhões de euros) e do alegado direito a juros de mora relativos à comparticipação do Estado nas taxas de portagem aplicáveis aos veículos das classes 3 e 4 (0,7 milhões de euros)”, sublinha o documento.

A recomendação da IGF é, contudo, que a “Direção-Geral do Tesouro e Finanças deve diligenciar a cobrança à BCR do valor pago em excesso (6,8 milhões de euros) e esta deve devolver ao Estado esse montante”.

Realizada com o objetivo de aferir o grau de cumprimento das recomendações da IGF na sequência de uma inspeção anterior, esta auditoria permitiu ainda concluir que continuam a verificar-se “diferenças entre os valores da receita de tráfego registados na contabilidade e constantes no sistema de gestão de tráfego”.

Estas situações, acentua a IGF, podem contribuir para um “incorreto apuramento da partilha de receita com a Infraestruturas de Portugal, S.A.”, o que leva o organismo liderado por António Ferreira dos Santos, a recomendar à BCR que reforce as rotinas e controlos, “de modo a diminuir as divergências entre a receita de tráfego contabilizada e a registada no sistema de gestão”.

O relatório indica ainda que permanecem por recuperar 6,9 milhões de euros de dívidas dos utilizadores das autoestradas relativamente a acertos de períodos anteriores, com a IGF a realçar que os recursos tecnológicos de cobrança/pagamento das taxas de portagem, atualmente utilizados pelas concessionárias e subconcessionárias de autoestradas, “não acautelam a uniformização de procedimentos dos meios de pagamento e de controlo associados, em especial nos veículos onde há maior risco de incumprimento (v.g. veículos de matrícula estrangeira) e menor probabilidade de cobrança”.

Na sequência desta auditoria é recomendado ao Governo que aprove enquadramento normativo no sentido de minimizar os riscos de incumprimento dos utilizadores das autoestradas, “adotando instrumentos de pagamento e de controlo compatíveis e uniformes entre as diversas concessionárias e subconcessionárias”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Wall Street recupera. Banca e energia animam mercados

Os principais índices norte-americanos estão acima da linha de água, depois do recuo de quinta-feira. Energia e banca destacam-se e dão ânimo a Wall Street.

Os mercados norte-americanos abriram a última sessão da semana acima da linha de água, depois de ter registado quebras, na quinta-feira, face à incertezas em torno da crise pandémica e, consequentemente, da recuperação económica. As cotadas da banca e da energia destacam-se, esta sexta-feira.

O índice de referência em Wall Street, o S&P 500, abriu a valorizar 0,2% para 4.329,38 pontos. Também no verde, o industrial Dow Jones avança 0,1% para 34.457,51 pontos e o tecnológico Nasdaq soma 0,13% para 14.578,428 pontos.

Os mercados estão a recuperar das quebras de quinta-feira, que foram motivadas pelo receio de que a variante Delta — altamente contagiosa — colocasse em causa a retoma económica dos Estados Unidos. Isto depois de o novo secretário-geral da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), Mathias Cormann, ter alertado que os eventuais novos surtos de coronavírus podem ser um risco significativo para a recuperação da economia mundial.

Esta sexta-feira, são as cotadas da energia e da banca que se destacam e mais contribuem para o regresso dos principais índices a “terreno positivo”.

Na energia, os títulos da Exxon Mobil Corp avançam 1,15% para 60,83 dólares, os da Devon Energy Corp somam 1,87% para 28,28 dólares e os da Occidental Petroleum Corp sobem 1,75% para 30,18 dólares.

Na banca, as ações do Wells Fargo valorizam 2,11% para 43,22 dólares, as do Morgan Stanley sobem 2,37% para 89,72 dólares, as do JP Morgan Chase somam 2,23% para 154,30 dólares, as do Citigroup avançam 2,56% para 68,44 dólares, as do Goldman Sachs sobem 2,63% para 368,37 dólares e as do Bank of America Corp valorizam 2,42% para 39,72 dólares.

Os investidores preparam-se também para ficar de olho nos resultados do segundo trimestre das empresas. Os bancos são os primeiros a apresentarem os seus números, fazendo-o já na próxima semana.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Mais sete mortes e 3.194 casos de Covid-19. Incidência em 280,5 casos por 100 mil habitantes

Desde o início da pandemia, Portugal soma 902.489 casos de infeção e 17.142 óbitos por Covid. A incidência em território continental subiu para 280,5 por 100 mil habitantes.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) identificou 3.194 novos casos de Covid-19, elevando o número total de infetados desde o início da pandemia para 902.489. O boletim epidemiológico desta sexta-feira revela ainda mais sete mortes nas últimas 24 horas, o que perfaz um total de 17.142 óbitos. A incidência média no território continental é agora de 280,5 casos por 100 mil habitantes, ao passo que o risco de transmissibilidade (Rt) desceu para 1,19.

O boletim dá conta de um total de 842.024 recuperados, mais 1.727 que no balanço anterior. Há neste momento, 43.323 casos ativos em Portugal, mais 1.460 face a quinta-feira.

A maioria dos infetados continua a recuperar em casa e volta a registar-se um aumento no número de pessoas hospitalizadas com a doença. Atualmente, 617 doentes estão internados em unidades hospitalares (mais 18 nas últimas 24 horas), dos quais 141 em unidades de cuidados intensivos (mais cinco).

Em termos regionais, a maioria das novas infeções continua a ser registada na região de Lisboa e Vale do Tejo (LVT), que tem suscitado uma maior preocupação por parte das autoridades de saúde. Dos 3.194 novos casos confirmados, 1.482 localizam-se nesta região (46,4%), seguindo-se a região Norte que contabilizou 891 novas infeções (27,9%).

Boletim epidemiológico de 9 de julho:

Neste contexto a região de Lisboa e Vale do Tejo ultrapassou esta sexta-feira o Norte em termos números acumulados de casos (351.764 casos de infeção e 7.296 mortes), seguindo-se do Norte (351.662 casos e 5.374 mortes), do Centro (124.111 casos e 3.029 mortes), do Alentejo (31.651 casos e 973 mortes) e do Algarve (26.780 casos e 366 mortes). Nas ilhas, os Açores registam 6.466 casos e 34 mortos, enquanto a Madeira tem 10.055 pessoas infetadas e 70 vítimas mortais.

Há ainda 71.318 pessoas sob vigilância das autoridades de saúde, por terem tido contacto com casos confirmados de Covid-19, ou seja, mais 2.451 face a quinta-feira.

Rt caiu, mas incidência acelera

Os dados da DGS revelam ainda que o valor do Rt, que mostra quantas pessoas cada infetado contagia, em média, aumentou para 1,18 a nível nacional e para 1,19 no continente. Trata-se, portanto, de um ligeiro recuo face ao último balanço (estava em 1,2 quer a nível nacional, quer no continente), o que coloca Portugal na zona vermelha da matriz de risco do Governo e bem acima do limiar de risco da Covid.

Matriz de risco do Governo com dados referentes a 8 de julho de 2021Fonte: Direção-Geral da Saúde

Em contrapartida, a incidência (média de novos casos por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias) subiu significativamente, estando agora em 272 casos por 100 mil habitantes a nível nacional e em 280,5 casos por 100 mil habitantes no continente (na última atualização estes valores eram 243,7 e 254,8 respetivamente).

(Notícia atualizada às 15h32)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

H2Tax é o primeiro “think thank” dedicado ao hidrogénio verde em Portugal

  • Capital Verde
  • 9 Julho 2021

Além da fiscalidade do H2, o novo "think thank" abordará a temática da tributação do carbono, assumindo "a sua posição em defesa de uma utilização prudente deste instrumento de política fiscal".

Acaba de ser lançado em Portugal o primeiro “think tank” exclusivamente dedicado à discussão e reflexão em torno da fiscalidade do hidrogénio, com particular destaque para o hidrogénio verde. O H2Tax foi fundado por Filipe de Vasconcelos Fernandes, assistente na Faculdade de Direito de Lisboa e consultor Sénior na Vieira e Almeida & Associados (VdA). É também autor do livro “A Contribuição Extraordinária sobre o Setor Energético – Regime Fiscal e Constitucional”, publicada pela Gestlegal Editora no final de 2019.

De acordo com o fundador, o H2Tax terá como missão realizar iniciativas periódicas com oradores convidados ou membros do próprio “think tank”, com o intuito de debater o rumo da fiscalidade do hidrogénio. Além disso, irá dinamizar também a publicação de alguns ‘papers’, aludindo sobretudo ao contexto internacional e a matéria de política fiscal das energias renováveis;

O novo “think thank” procurará igualmente abordar a temática da tributação do carbono, assumindo “a sua posição em defesa de uma utilização prudente deste instrumento de política fiscal e a sua necessária articulação com as necessidades de receita e investimento público e privado no segmento renovável, novamente com destaque para o hidrogénio verde”, disse ainda Filipe de Vasconcelos Fernandes ao ECO/Capital Verde .

Para setembro de 2021 está previsto o primeiro evento organizado pelo H2Tax (em formato aberto), com vários convidados, provenientes de vários setores com relevo ou interesse em torno da fiscalidade do H2.

Quanto aos restantes membros do H2Tax, cujos nomes serão divulgados nas próximas semanas, têm formações muito diversificadas, nomeadamente Engenharia, Direito, Economia e Gestão, de entre outros

 

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Costa diz que mercado não resolve problema da habitação sozinho

  • Lusa
  • 9 Julho 2021

Para o primeiro-ministro, o mercado provou que falha se deixado sozinho na política de habitação. Considera que o grande desafio é a fixação dos jovens, a geração "mais qualificada de sempre".

O primeiro-ministro defendeu que o mercado provou que falha se deixado sozinho na política de habitação e considerou que o grande desafio é a fixação dos jovens, que são a geração “mais qualificada de sempre”.

Esta posição foi assumida por António Costa no final de uma cerimónia de reafetação de parte das antigas instalações do Hospital Militar da Estrela, em Lisboa – um espaço onde vão ser construídos novos 107 fogos habitacionais.

No total nacional, com a desafetação de instalações do Ministério da Defesa para programas de habitação, o Governo espera construir 1.379 fogos, parte dos quais em municípios como o Porto e Oeiras.

Após intervenções da secretária de Estado da Habitação, Marina Gonçalves, e do ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, António Costa traçou as linhas gerais dos objetivos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para o setor da habitação.

“Fomos os primeiros a entregar o PRR, fomos os primeiros a ter luz verde da Comissão Europeia e seremos dos primeiros a ter o nosso plano aprovado pelos ministros das Finanças da União Europeia no próximo dia 13. Mas, agora, temos de ser os melhores a pôr em ação este PRR”, disse.

No seu discurso, o primeiro-ministro disse que o PRR “não parte do zero, porque está ancorado nas opções estratégicas definidas na anterior legislatura”, dando como exemplo “o objetivo de uma nova geração de políticas de habitação”.

“O investimento em habitação resolve desde logo um problema fundamental: O direito à habitação. Mas este investimento tem uma componente de ativação económica e de potencial absorção do desemprego muito significativo. É urgente que exista impacto económico rápido neste processo de recuperação”, salientou.

Segundo o líder do executivo, em 2018, o Governo e os municípios procederam a um levantamento das necessidades habitacionais em todo o país, designadamente daqueles que não possuíam condições de dignidade.

“Foi estimado cerca de 26 mil fogos, mas a verdade é que nos 71 contratos já assinados temos já investimentos previstos para 25.800 fogos, o que significa que as necessidades efetivas de habitação em condições condignas ultrapassam largamente aquilo que foi previsto em 2018”, assumiu, antes de falar do problema da habitação do ponto de vista ideológico.

De acordo com António Costa, “de facto, o mercado não responde às necessidades de habitação a condições acessíveis para a classe média e, em particular, para os jovens”.

Há concelhos em que a taxa de esforço das famílias para a habitação excede os 40% e, em alguns casos, atinge mesmo os 60%. Ora, em caso nenhum essa taxa de esforço deve ser superior a 30%”, advogou o primeiro-ministro.

Por isso, para António Costa, “impõe-se mesmo que o Estado invista para corrigir esta falha de mercado”.

“Enquanto sociedade, um dos maiores desafios que temos é o de sermos capazes de criar condições de vida para as novas gerações no nosso país – a geração mais qualificada que o país tem. Se não conseguirmos fazer isto, simultaneamente com melhoria de ordenados e de uma política fiscal mais justa, criando condições de acesso a serviços públicos de qualidade, corremos o risco de perder esse desafio”, advertiu.

Mas o primeiro-ministro foi ainda mais longe nos seus avisos. Se isso acontecer “não há PRR que valha ao país”.

“O nosso futuro depende mesmo de conseguirmos fixar em Portugal esta nova geração”, acrescentou.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Parlamento aprova proposta de revisão do Código dos Valores Mobiliários

  • Lusa
  • 9 Julho 2021

A proposta de revisão do Código dos Valores Mobiliários, que o Governo classificou como a “mais significativa dos últimos 20 anos” foi aprovada na generalidade.

A proposta de revisão do Código dos Valores Mobiliários, que o Governo classificou como a “mais significativa dos últimos 20 anos” foi aprovada na generalidade esta sexta-feira, com os votos favoráveis do PS e da Iniciativa Liberal.

A iniciativa, que baixa agora para a discussão na especialidade, mereceu o voto contra do BE, PCP, PEV e da deputada não inscrita Joacine Katar Moreira e a abstenção dos restantes partidos e da deputada não inscrita Cristina Rodrigues.

No preâmbulo do diploma aprovado em Conselho de Ministros em 13 de maio, o Governo refere que esta revisão “prossegue os objetivos de simplificação, de redução de encargos e de previsibilidade do supervisor”, visando reforçar a competitividade e o desenvolvimento do mercado de capitais, tornando-o mais acessível à entrada de novas empresas.

Entre as várias medidas previstas de simplificação e de redução de custos de contexto inclui-se a alteração do nível das participações qualificadas, eliminando-se o limiar de 2% para a obrigação da comunicação ao mercado, passando este para 5%.

A proposta de revisão do código prevê ainda a instituição do designado voto plural, permitindo a clarificação entre os direitos de voto e os direitos económicos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Proposta do Governo que reforça poderes para fiscalizar fundações privadas aprovada na generalidade

  • Lusa
  • 9 Julho 2021

A proposta do Governo, aprovada na generalidade, obriga as fundações a certificação legal de contas, em vez de auditoria externa.

O parlamento aprovou esta sexta-feira na generalidade uma proposta do Governo que altera a lei-quadro das fundações, obrigando-as a certificação legal de contas, em vez de auditoria externa, e aumentando os seus limites de gastos com pessoal.

Esta proposta de lei, aprovada em Conselho de Ministros em 20 de maio e que deu entrada na Assembleia da República em 21 de maio, teve votos a favor de PS, PSD, PCP, PAN, PEV e das deputadas não inscritas Joacine Katar Moreira e Cristina Rodrigues. Bloco de Esquerda e Chega abstiveram-se. A Mesa da Assembleia da República não referiu o sentido de voto da Iniciativa Liberal.

A lei-quadro das fundações é de 2012 e foi revista em 2015. Foi criada na sequência de um censo às fundações com atividade em Portugal, pelo então executivo PSD/CDS-PP, para restringir a utilização do termo fundação, impondo adequações às orgânicas e estatutos num prazo de seis meses.

Na quarta-feira, o secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros, André Moz Caldas, apresentou esta proposta de lei em plenário, enquadrando-a numa “revisão global e integrada da legislação aplicável às fundações e às entidades com estatuto de utilidade pública”.

Segundo o secretário de Estado, com esta mudança da lei-quadro das fundações, “tendo em conta a experiência adquirida nos seus nove anos de vigência”, o Governo pretende “reconhecer o papel essencial que estas instituições desempenham” e também “reforçar os instrumentos de fiscalização da sua atividade”.

André Moz Caldas disse que “a presente proposta de lei reflete, em grande medida, o relevante contributo do setor fundacional, cuja importância, em especial no domínio da solidariedade social, nunca é de mais ressalvar”.

O Governo propõe que o artigo 9.º desta lei, que atualmente obriga as fundações com atividade em território nacional a “submeter as contas a uma auditoria externa”, passe antes a obrigá-las a “submeter anualmente as suas demonstrações financeiras a certificação legal das contas”, excetuando dessa obrigação aquelas que não preencham os critérios de normalização contabilística do setor não lucrativo definidos em decreto-lei.

Entre outras alterações, é acrescentado à lei-quadro em vigor um artigo que estabelece que a “utilização indevida do termo fundação na denominação de pessoas coletivas que não tenham sido reconhecidas como tal” constitui contraordenação punível com coima de 50 euros a mil euros, no caso de pessoas singulares, e de 500 euros a 10 mil euros, no caso de pessoas coletivas”.

Em matéria de despesas, o limite atual “com pessoal e órgãos da fundação” no caso das fundações dedicadas sobretudo à “concessão de benefícios ou apoios financeiros à comunidade” é de “um décimo dos seus rendimentos anuais, devendo pelo menos dois terços destes ser despendidos na prossecução direta dos fins estatutários”, enquanto as fundações dedicadas à “prestação de serviços à comunidade” têm um limite de “dois terços dos seus rendimentos anuais”.

A proposta do Governo prevê que estes limites inscritos no artigo 10.º da lei-quadro das fundações passem a respeitar apenas a “gastos com pessoal” e aumenta-os, no primeiro caso, para “15% dos seus rendimentos atuais”, retirando o dever de aplicar parte desse valor na prossecução direta dos fins estatutários, e para “70% dos seus rendimentos anuais”, no segundo caso.

No parecer que emitiu sobre esta proposta de lei, o Tribunal de Contas recomenda que este artigo se continue a referir a “gastos com pessoal e órgãos da fundação” e que não se deixe de impor que parte das despesas sejam diretamente aplicadas na prossecução dos fins das fundações, considerando que isso “envolve riscos acrescidos para a realização desses fins”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Heineken enfrenta boicote após celebrar aos vacinados

  • ECO
  • 9 Julho 2021

A Heineken está a ser alvo de uma onda de críticas, após ter lançado um anúncio em que surgem idosos a dançar efusivamente e a correrem até a uma praia, depois de terem sido vacinados contra a Covid.

Um anúncio publicado pela Heineken nas redes sociais, no qual a marca de cervejas celebra aos vacinados contra a Covid-19, não está a ser bem recebido pelos internautas, que montaram uma campanha de boicote contra a empresa.

No vídeo surgem idosos a dançar efusivamente e a correrem numa praia, depois de terem sido vacinados contra a Covid-19. “A noite pertence aos vacinados. É hora de se juntar a eles”, surge no final. Mas a mensagem não caiu bem junto de alguns utilizadores.

O anúncio “celebra um grupo de idosos vacinados que podem voltar com segurança aos bares e discotecas e socializarem novamente — algo pelo qual todos estamos ansiosos”, explicou um porta-voz da Heineken, em comunicado, citado pela Bloomberg (acesso condicionado).

Segundo a Bloomberg, no Twitter, vários utilizadores estão a publicar vídeos de si próprios a abrirem cervejas da Heineken e despejando-a nas pias da cozinha em protesto, sendo que o post é acompanhado pelo hashtag #BoycottHeineken.

Com este vídeo, aquela que é considerada a segunda maior cervejaria do mundo junta-se a várias outras empresas que têm implementado em campanhas publicitárias e noutras políticas para incentivarem à vacinação, numa altura em que os Estados Unidos enfrentam algum receio por parte das faixas etárias mais jovens em receberem a vacina.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.