IMT terá 2,5 milhões para a Avaliação Ambiental Estratégica sobre novo aeroporto de Lisboa

  • ECO
  • 9 Julho 2021

Será lançado um concurso público internacional para selecionar uma entidade independente para realizar um estudo comparativo sobre as soluções para o novo aeroporto da região de Lisboa.

O Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT) terá ao seu dispor até 2,5 milhões de euros nos próximos três anos para avançar com o processo de Avaliação Ambiental Estratégica sobre o novo aeroporto de Lisboa, de acordo com a portaria publicada esta sexta-feira em Diário da República.

O Governo decidiu que se realizasse uma Avaliação Ambiental Estratégica para um estudo comparado de três soluções, depois do travão colocado pela Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC) ao Montijo. Este estudo terá em conta várias dimensões, tais como, a financeira, a económica, a social, a operacional e a ambiental, aponta o despacho.

São estas as três soluções que estão em cima da mesa:

  • uma solução dual, em que o Aeroporto Humberto Delgado terá o estatuto de aeroporto principal e o Aeroporto do Montijo o de complementar;
  • uma solução dual alternativa, em que o Aeroporto do Montijo adquirirá, progressivamente, o estatuto de aeroporto principal e o Aeroporto Humberto Delgado o de complementar, incluindo a capacidade para o aeroporto principal substituir integralmente a operação do aeroporto secundário;
  • a construção de um novo aeroporto internacional no Campo de Tiro de Alcochete, que substituirá, ao longo do tempo, de forma integral o Aeroporto Humberto Delgado.

Os encargos orçamentais que poderão ser assumidos pelo Instituto da Mobilidade e dos Transportes serão repartidos pelos próximos três anos: 250 mil euros em 2021, 1,4 milhões em 2022 e 850 mil euros em 2023.

Para levar a cabo a Avaliação Ambiental Estratégica será lançado um concurso público internacional para a escolha de uma “entidade, com diferentes valências específicas, que garanta qualidade, isenção, transparência e competência ao longo de todo o processo”.

O Governo justifica a necessidade de um novo aeroporto para servir a região de Lisboa com o facto de as previsões internacionais apontarem para um regresso aos níveis de tráfego pré-pandemia até ao ano de 2025, apesar do impacto da pandemia.

“Em relação ao futuro, estima-se que o tráfego aéreo previsto para a região de Lisboa possa duplicar ao longo das décadas seguintes, colocando uma pressão insustentável sobre a infraestrutura existente”, justifica o Governo.

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População da UE recua em 2021, “provavelmente” devido à Covid-19

  • Lusa
  • 9 Julho 2021

A União Europeia tinha em 1 de janeiro, uma população de 447 milhões de pessoas, 10,3 em Portugal, um declínio anual de 312 mil, que o Eurostat salienta ser “muito provavelmente” devido à Covid-19.

A União Europeia (UE) tinha a 1 de janeiro uma população de 447 milhões de pessoas, 10,3 em Portugal, um declínio anual de 312 mil, que o Eurostat salienta ser “muito provavelmente” devido à Covid-19.

De acordo com dados divulgados esta sexta-feira pelo gabinete estatístico europeu, ente 1 de janeiro de 2020 e 1 de janeiro de 2021, a população da UE diminuiu em 312 mil pessoas, muito provavelmente, salienta o Eurostat, devido ao impacto da pandemia da Covid-19. Este recuo entre 2020 e 2021 na média da UE interrompe a tendência de crescimento da população observada entre 2001 e 2021.

Em termos absolutos, o maior recuo foi observado em Itália (-384 mil, o que representa 0,6% da população do país), seguindo-se a Roménia (-143, 0,7%) e a Polónia (-118 mil, 0,3% da população).

No total, nove Estados-membros registaram recuos demográficos no último ano, enquanto os restantes 18 Estados-membros viram a sua população crescer, com a França à cabeça, com mais 199 mil pessoas (0,2%).

Portugal tem 10,3 milhões de habitantes, um número equivalente ao de 2001 e constantes desde 2016, depois de um pico de 10,6, entre 2008 e 2012.

No que respeita ao envelhecimento da população (pessoas com 65 anos ou mais), a Itália apresentou em 2020, a maior percentagem (23%), seguida de Portugal, Grécia, Finlândia, Alemanha e Bulgária (22% cada), tendo as taxas mais baixas sido registadas na Irlanda (14%) e no Luxemburgo (15%).

A taxa de população portuguesa com menos de 15 anos recuou de 16,3% em 2001 (UE 16,8%) para os 13,6% em 2020 (UE 15,1%).

Olhando para a percentagem de pessoas com 65 anos ou mais na população total, a Itália (23%), (todos 22%) tiveram as percentagens mais elevadas, enquanto a Irlanda (14%) e o Luxemburgo (15%) tiveram as mais baixas. Durante o período 2001-2020, pôde ser observado um aumento na percentagem de pessoas com 65 anos ou mais em todos os Estados-membros.

Entre os Estados-Membros da UE, a maior idade média em 2020 foi observada em Itália (47 anos), Alemanha e Portugal (ambos 46 anos), Bulgária e Grécia (ambos 45), e a mais baixa em Chipre e Irlanda (ambos 38) e Luxemburgo e Malta (ambos 40).

Durante o período de 2001 a 2020, a idade média aumentou sete anos ou mais na Roménia, Lituânia, Portugal, Itália, Eslováquia, Espanha e Grécia. A densidade populacional de Portugal era, em 2019, de 113 pessoas por quilómetro quadrado (km2), acima da média da UE (109 mil por km2).

A maior densidade populacional foi observada em Malta (1.595 pessoas por km²), seguida à distância pelos Países Baixos (507 mil) e pela Bélgica (377 mil). No outro extremo da distância estavam a Finlândia (18 pessoas por km²) e a Suécia (25 mil) com as densidades populacionais mais baixas.

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Luís Filipe Vieira suspende funções como presidente do Benfica

Luís Filipe Vieira suspendeu as funções de presidente do Benfica. Advogado garante que "não é uma renúncia", mas uma suspensão enquanto a investigação atrapalhar exercício do cargo no clube.

Luís Filipe Vieira suspendeu as funções como presidente do Benfica e nas participadas do clube, com efeitos imediatos e enquanto o inquérito for um “fator de perturbação” no exercício dos cargos. A informação foi avançada num comunicado do próprio, lido pelo advogado Magalhães e Silva.

“O que Luís Filipe Vieira me encarregou de vos transmitir é muito claro: a partir deste momento, suspende as funções com presidente do Sport Lisboa e Benfica e das suas participadas”, disse o advogado aos jornalistas, à entrada para o Tribunal Central de Instrução Criminal, em Lisboa.

Esclareceu que se trata de uma suspensão e não uma renúncia mais permanente aos cargos que desempenha: “É uma suspensão enquanto o exercício de funções pudesse prejudicar o inquérito que está em curso”, precisou Magalhães e Silva.

Antes, o advogado leu um curto comunicado, em nome de Luís Filipe Vieira, que se encontra detido desde quarta-feira: “O Benfica está primeiro. Perante os eventos dos últimos dias no âmbito da operação cartão vermelho, em que sou diretamente visado e enquanto o inquérito em curso puder constituir um fator de perturbação, suspendo com efeitos imediatos o exercício das minhas funções como presidente do Sport Lisboa e Benfica bem como de todas as participadas do clube”.

No final do comunicado, Vieira deixou um apelo à serenidade dos sócios encarnados “na defesa do bom nome” do Benfica.

"Perante os eventos dos últimos dias no âmbito da operação cartão vermelho, em que sou diretamente visado e enquanto o inquérito em curso puder constituir um fator de perturbação, suspendo com efeitos imediatos o exercício das minhas funções como presidente do Sport Lisboa e Benfica bem como de todas as participadas do clube.”

Luís Filipe Vieira

Presidente do Benfica

Luís Filipe Vieira é um dos quatro detidos numa investigação que envolve negócios e financiamentos superiores a 100 milhões de euros, com prejuízos para o Estado e algumas sociedades, em que estão indiciados de “crimes de abuso de confiança, burla qualificada, falsificação, fraude fiscal e branqueamento”.

Ainda não são conhecidas as medidas de coação, mas o Ministério Público irá pedir a prisão preventiva para o presidente do Benfica e ainda que deixe de exercer funções no clube encarnado. O procurador Rosário Teixeira teme perigo de fuga de Luís Filipe Vieira.

(Notícia atualizada pela última vez às 11h29)

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Microsoft dá bónus de 1.500 dólares aos funcionários por causa da pandemia

  • ECO
  • 9 Julho 2021

O bónus de 1.500 dólares será atribuído a todos os funcionários elegíveis, tanto nos EUA como internacionalmente.

A Microsoft planeia oferecer aos funcionários um bónus de 1.500 dólares (cerca de 1.268 euros). O extra será aplicado a todos os funcionários elegíveis, tanto nos EUA como internacionalmente, avança o The Verge.

Este bónus vai custar à empresa cerca de 200 milhões de dólares (169 milhões de euros), o que representa menos de dois dias de lucro para a gigante tecnológica. A Microsoft emprega 175.508 funcionários em todo o mundo, mas os funcionários do LinkedIn, GitHub e ZeniMax estão excluídos, apesar de a Microsoft ser proprietária destas três empresas.

A Microsoft segue as passadas de outras empresas — como o Facebook, que, no ano passado, atribuiu um bónus de 1.000 dólares (845 euros) aos 45 mil funcionários. A Amazon também deu um bónus de férias de 300 dólares (253 euros) aos trabalhadores da linha da frente da empresa, e a BT ofereceu aos 60 mil empregados um bónus de 1.500 dólares (cerca de 1.268 euros).

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Mais de 40% dos profissionais ponderam deixar emprego. O que explica o “boom” das demissões

Temas que a pandemia trouxe para cima da mesa, como o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional, os projetos pessoais ou o burnout, estão a levar os profissionais a repensarem as suas carreiras.

Depois de um período de instabilidade, as pessoas tendem a manter-se no mesmo trabalho. Mas, passado um ano do estalar da pandemia da Covid-19, os profissionais, pelo menos nos Estados Unidos, começaram a dar sinais de que não estavam tão realizados profissionalmente como desejavam.

Em abril, quatro milhões de americanos, o que representa 2,7% dos trabalhadores ativos, deixaram os seus empregos. É um recorde no que toca a demissões, apenas ultrapassado pelos números registados em 2000.

Já a nível mundial, os números são também bastante expressivos: 41% dos profissionais estão a considerar deixar o seu emprego atual. Os dados pertencem a um inquérito realizado pela Microsoft e divulgado pela pela Morning Brew.

Estes número reforçam aquilo que tem vindo a ser apelidado de boom” das demissões. “A época das demissões está a chegar. Há demissões reprimidas que não aconteceram no ano passado”, considera Anthony Klotz, professor na Texas A&M University.

Os especialistas indicam os temas que a pandemia da Covid-19 trouxe para cima da mesa, desde o equilíbrio entre a vida pessoal e a vida profissional às deslocações, passando também pelos projetos pessoais ou pelas questões de saúde, como os principais motivos que estão a levar as pessoas a repensar as suas carreiras.

Tudo isto pode fazer com que os profissionais virem as costas aos mais tradicionais empregos das 9h às 18h nos escritórios e procurem novas oportunidades e desafios, considera Anthony Klotz.

“Os trabalhadores que não gostavam dos seus trabalhos, mas que decidiram mantê-los durante a pandemia não vão mantê-los por mais tempo. As pessoas reavaliaram os seus percursos profissionais após um ano sem precedentes, o que permitiu uma maior reflexão“, pode ler-se na publicação norte-americana.

Outro dos fatores que os estudos revelam é a maior importância que os trabalhadores passaram a dar ao equilíbrio entre a vida pessoal e a vida profissional. “Muitos colaboradores não querem realmente demitir-se. Se as empresas os deixarem continuar a trabalhar a partir de casa ou fazer menos horas, manter-se-ão”, considera Anthony Klotz.

Regresso ao escritório? Wall Street divide-se

Mas nem todas as empresas estão a mostrar-se flexíveis em manter o teletrabalho ou aderir a modelos híbridos. Em Wall Street as empresas estão divididas, entre as que fazem pressão para os profissionais regressarem ao escritório e as que, à boleia disso, aproveitam para captar e reter talento com base nas políticas de flexibilidade.

Gigantes como o Goldman Sachs, a Morgan Stanley ou o JPMorgan têm mostrado serem mais severos no que toca aos modelos de trabalho. Querem as pessoas de volta ao escritório, mesmo que isso possa significar perder talento.

O CEO do Goldman Sachs, David Solomon, já está a chamar os funcionários de volta para o local de trabalho, alegando que a cultura de colaboração, inovação e aprendizagem só “prospera quando as pessoas se reúnem”. Já James Gorman, CEO da Morgan Stanley, enviou uma mensagem forte aos colaboradores do banco de investimento norte-americano: “Se podem ir a um restaurante, podem vir ao escritório”.

Enquanto grandes empresas do setor financeiro decidem o regresso e pressionam os funcionários, empresas como o Citigroup aproveitam as posturas mais rígidas dos seus rivais para se posicionarem como uma abordagem mais progressiva, híbrida e flexível, acreditando que tal os ajudará a caçar o melhor talento, avança o The Wall Street Journal.

Redefinir o sucesso

Mais do que demitir-se, as pessoas estão a redefinir o sucesso. As pessoas estão claramente a reavaliar as suas opções e o esgotamento é um dos motivos que, normalmente, é mencionado nas investigações para explicar este fenómeno. Um estudo realizado pela Asana, que envolveu 13 mil trabalhadores de oito países, descobriu que 71% tinha teve um esgotamento em 2020.

“Basicamente demos cabo da nossa força de trabalho no ano passado”, afirma Melissa Swift, líder global de transformação da força de trabalho na consultora de gestão Korn Ferry, citada pela Inc. “E uma das formas que as pessoas têm para lidar com o esgotamento é mudar de empregador.”

No entanto, o esgotamento não chega para explicar o “boom” das demissões. E acrescentar a todos os temas relacionados com os novos modelos de trabalho, Melissa Swift fala de uma redefinição coletiva de sucesso.

"Quando tantas partes das nossas vidas foram isoladas do mundo exterior – o que era verdade quer tivéssemos ou não a sorte de poder trabalhar em casa – também nos tornamos menos ligados à definição de sucesso do mundo.”

Melissa Swift

Líder global de transformação da força de trabalho na consultora de gestão Korn Ferry

O que a pandemia fez foi dar-nos tempo – muito tempo – para pensarmos sobre o que realmente valorizamos, e qual o lugar que assume o trabalho nas nossas vidas. Há algo mais profundo: uma redefinição coletiva do sucesso. Quando tantas partes das nossas vidas foram isoladas do mundo exterior – o que era verdade quer tivéssemos ou não a sorte de poder trabalhar em casa – também nos tornamos menos ligados à definição de sucesso do mundo.”

Segundo a especialista, estamos a assistir a um definição de sucesso mais satisfatória, intrínseca e sustentável, que acrescenta ao estatuto e ao dinheiro uma terceira métrica: o bem-estar, o que inclui resiliência e a capacidade de explorar a paz interior, a alegria e a satisfação.

“Saindo desta pausa forçada, os intangíveis da vida que fazem valer a pena tornaram-se muito mais tangíveis. Se as pessoas se ligaram a esta terceira métrica no último ano e meio, não estão dispostas a desistir. E, se o seu atual trabalho não o permite, estão dispostas a procurar outro”, finaliza a líder global de transformação da força de trabalho da Korn Ferry.

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Consumo europeu de biodiesel destruiu quatro milhões de hectares de florestas

  • Lusa
  • 9 Julho 2021

integração de biodiesel no gasóleo consumido pelos automóveis na Europa, terá provocado na última década a destruição de florestas numa área equivalente aos Países Baixos.

A integração de biodiesel no gasóleo consumido pelos automóveis na Europa terá provocado, na última década, a destruição de florestas numa área equivalente aos Países Baixos, indica um relatório divulgado esta sexta-feira.

O documento, o mais recente estudo da Federação Europeia de Transportes e Ambiente (T&E na sigla original), indica que, pela avidez europeia pelos biocombustíveis, devem ter sido destruídos, entre 2010 e 2020, quatro milhões de hectares de florestas, eliminando, por exemplo, 10% do que resta de habitats mundiais favoráveis para os orangotangos.

Num comunicado a propósito do estudo, a associação ambientalista portuguesa Zero, que faz parte da T&E, lembra que a diretiva sobre energias renováveis de 2010 estabeleceu para cada Estado-membro uma meta para o setor dos transportes de 10% de energias renováveis até 2020, o que impulsionou a procura de biodiesel à base de óleo de soja ou de palma, culturas que deixaram de ser apenas para fins alimentares. Estes óleos são produzidos principalmente na Ásia e na América do Sul.

Desde 2010, refere o relatório, a Europa queimou cerca de 39 milhões de toneladas de biodiesel de palma e soja nos seus automóveis e camiões, emitindo até três vezes mais dióxido de carbono do que através do gasóleo fóssil que substituiu. Segundo a T&E a União Europeia (UE) precisa de eliminar gradualmente até 2030 o apoio a todos os biocombustíveis a partir de culturas alimentares. A Zero defende como fundamental que os biocombustíveis sejam produzidos essencialmente a partir de resíduos.

“Os óleos vegetais virgens como a colza, palma e soja, constituíram quase 80% da matéria-prima utilizada na produção de biodiesel na UE em 2020, sendo que a procura total aumentou, apesar de a procura global de combustível ter diminuído durante a pandemia”, salienta a associação no comunicado.

A Zero, citando dados oficiais, diz que também em Portugal foi notória a aposta nos biocombustíveis nos últimos seis anos, das matérias residuais como os óleos alimentares usados (59% em 2020), aos óleos vegetais virgens, em menor quantidade. Dados oficiais indicam que para o ano de 2020 em Portugal se utilizaram mais de 32 milhões de litros de óleo de palma, correspondendo a mais de 10% do total de óleos utilizados na produção de biocombustíveis, quatro vezes mais quando comparado com 2017.

Francisco Ferreira, presidente da Zero, diz, citado no comunicado, que o aumento da procura de óleo de palma com efeitos destrutivos faz-se sem que os consumidores o saibam, sendo fundamental “eliminar no curto prazo os biocombustíveis de óleo de palma”.

Portugal, diz a Zero, tem uma enorme dependência em termos de importação de matérias-primas para a produção de biodiesel, mesmo quando se trata de matérias residuais como os óleos alimentares usados, cujo contributo nacional representa apenas 10,7%. Este valor é muito abaixo do potencial de recolha e indica que muito óleo usado ainda é deitado no esgoto, o que provoca também impactos ambientais negativos.

Quanto ao óleo de palma, lembra a associação ambientalista que o Governo concordou em colocar restrições a biocombustíveis que o contenham a partir de 2022. E considera importante que quando for transposta uma diretiva europeia sobre fontes renováveis essa restrição já esteja incluída.

É também fundamental, acrescenta, que “à luz do melhor conhecimento científico atual, exista uma definição clara da retirada de apoio à utilização de outras culturas alimentares insustentáveis para a produção de biocombustíveis, reduzindo os níveis de utilização de óleos alimentares virgens e consequente promoção de combustíveis avançados”. A T&E é uma organização não-governamental criada há 30 anos que defende um sistema de mobilidade sem emissões de dióxido de carbono.

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Greve dos inspetores do SEF com adesão de 100%

  • Lusa
  • 9 Julho 2021

A greve dos inspetores do SEF que começou à meia-noite está a registar no turno da noite e nos aeroportos uma adesão de 100%, estando apenas a ser cumpridos os serviços mínimos, disse fonte sindical.

A greve dos inspetores do SEF que começou à meia-noite está a registar no turno da noite e nos aeroportos uma adesão de 100%, estando apenas a ser cumpridos os serviços mínimos, disse à Lusa fonte sindical.

A greve dos inspetores do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) ocorre no dia em que é debatida a proposta do Governo que “extingue” este serviço de segurança.

“Neste momento a informação que dispomos relativamente ao turno da noite e dos aeroportos de Lisboa, Porto, Faro e ilhas é a de que está a ter uma adesão de 100%”, disse à Lusa presidente do Sindicato da Carreira de Investigação e Fiscalização do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SCIF/SEF). De acordo com Acácio Pereira, estão apenas a ser feitos exclusivamente os serviços mínimos.

O SCIF/SEF precisa que a greve é decretada em todos os locais de trabalho, pelo que, entre as 00h00 e as 24h00 de hoje [sexta-feira], “será suspensa toda a atividade do serviço”, sendo apenas mantidos os serviços mínimos. Para esta manhã está também marcada uma manifestação à entrada do Parlamento.

A proposta de lei do Governo que define a passagem das competências policiais do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras para a PSP, GNR e Polícia Judiciária, alterações feitas no âmbito da reestruturação do SEF, vão ser discutidas no Parlamento.

O sindicato considera que a proposta que o Governo vai levar à Assembleia da República “para extinguir o SEF divide em parcelas informação crítica, politiza o acesso a dados, militariza e criminaliza ainda mais a imigração”, apelando aos partidos da oposição para que “não deixem passar uma das piores leis alguma vez apresentada”.

Para o sindicato, o Governo “ao distribuir as competências do SEF por mais do que uma polícia divide em parcelas informação crítica para a segurança do país e da União Europeia”, além de as dividir por seis entidades e “algumas ainda por criar”.

O sindicato mais representativo dos inspetores do SEF sublinha também que a proposta “politiza igualmente o acesso a dados que passarão a ser geridos por entidades administrativas e, ao invés do que afirma na exposição de motivos, reforça a abordagem criminal à imigração, a qual passará a ter que lidar também com os militares da GNR”.

Acácio Pereira considerou que se trata de “uma proposta mal feita, com uma redação incompetente e reveladora de profunda ignorância sobre o que é a segurança interna, que não clarifica a distribuição de competências nem sequer do ponto de vista territorial”.

O sindicato já enviou um pedido de audiência ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, para expressar as suas preocupações com a intenção do Governo extinguir o SEF, um serviço com 35 anos de existência.

A proposta de lei visa a reformulação das forças e serviços de segurança que, nos termos da lei, exercem a atividade de segurança interna, alterando a Lei de Segurança Interna, a Lei de Organização da Investigação Criminal e as leis orgânicas da GNR e PSP.

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Bruxelas adota novas regras para financiamento sustentável e obrigações verdes

"Queremos também criar oportunidades de financiamento sustentável para as pequenas e médias empresas", disse o vice-presidente executivo da Comissão Europeia, Valdis Dombrovskis.

A Comissão Europeia anunciou a adoção de um conjunto de várias medidas em matéria de financiamento sustentável, a começar pela nova Estratégia de Financiamento Sustentável. Foi também adotada por Bruxelas a proposta de Norma para as Obrigações Verdes Europeias e ainda um ato delegado sobre as informações a divulgar pelas empresas financeiras e não financeiras quanto à sustentabilidade das suas atividades, com base no artigo 8.º da taxonomia da UE.

“A estratégia de financiamento sustentável será fundamental para gerar financiamento privado que permita atingir os nossos objetivos em matéria climática e enfrentar outros desafios ambientais. Queremos também criar oportunidades de financiamento sustentável para as pequenas e médias empresas. Trabalharemos em conjunto com os nossos parceiros internacionais para aprofundar a cooperação em matéria de financiamento sustentável, uma vez que os desafios de alcance mundial exigem uma ação a nível global”, disse o vice-presidente executivo da Comissão Europeia, Valdis Dombrovskis.

O comissário que que também supervisiona a estabilidade financeira, os serviços financeiros e a União dos Mercados de Capitais frisou ainda a proposta de uma Norma para as Obrigações Verdes, “que permitirá combater o ecobranqueamento e reconhecer claramente as obrigações que representam verdadeiramente um investimento sustentável”.

Na prática, diz a Comissão Europeia, a nova Estratégia de Financiamento Sustentável define várias iniciativas para enfrentar as alterações climáticas e outros desafios ambientais, aumentando simultaneamente o investimento – e a inclusão das pequenas e médias empresas (PME) – na transição da UE para uma economia sustentável. Já a proposta de Norma para as Obrigações Verdes Europeias estabelecerá uma norma voluntária de elevada qualidade para as obrigações destinadas a financiar investimentos sustentáveis.

A comissária Mairead McGuinness, responsável pelos Serviços Financeiros, pela Estabilidade Financeira e pela União dos Mercados de Capitais, sublinhou ainda que “a estratégia adotada estabelece um ambicioso roteiro em matéria de financiamento sustentável para os próximos anos”.

“Para atingirmos os nossos objetivos em matéria climática, precisamos de esforços sustentados para assegurar um maior fluxo de fundos para a economia sustentável. Para tornar a economia mais ecológica e criar uma sociedade mais inclusiva, onde todos possam desempenhar o seu papel respetivo, será necessário um investimento significativo. Temos de intensificar a cooperação mundial em matéria de clima e ambiente, uma vez que a UE não pode combater sozinha as alterações climáticas – a coordenação e a ação a nível mundial serão essenciais. Além disso, a nossa proposta de Norma para as Obrigações Verdes da UE estabelecerá um “padrão ouro” no mercado e permitirá dar resposta às necessidades dos investidores no sentido de um instrumento sólido, fiável e que permita investimentos sustentáveis”, disse Mairead McGuinness.

O que cabe na nova estratégia de financiamento sustentável da UE?

A Estratégia de Financiamento Sustentável inclui seis conjuntos de ações, de acordo com a Comissão Europeia:

  • Alargar o atual conjunto de instrumentos de financiamento sustentável por forma a facilitar o acesso ao financiamento de transição;
  • Melhorar a inclusividade das pequenas e médias empresas (PME), bem como dos consumidores individuais, proporcionando-lhes os instrumentos e incentivos adequados para aceder ao financiamento de transição;
  • Reforçar a resiliência do sistema económico e financeiro perante os riscos em matéria de sustentabilidade;
  • Aumentar a contribuição do setor financeiro para a sustentabilidade
    Assegurar a integridade do sistema financeiro da UE e monitorizar a sua transição ordenada para a sustentabilidade;
  • Desenvolver iniciativas e normas internacionais em matéria de financiamento sustentável e apoiar os países parceiros da UE;
  • A Comissão apresentará um relatório sobre a execução da estratégia até ao final de 2023 e apoiará ativamente os Estados-Membros nos seus esforços em matéria de financiamento sustentável;

Já a Norma para as Obrigações Verdes Europeias (EUGBS) criará uma “norma voluntária de elevada qualidade”, que estará disponível para todos os emitentes (privados e soberanos) com o objetivo de ajudar a financiar investimentos sustentáveis.

Diz a comissão europeia que as obrigações verdes já são utilizadas para angariar financiamento em setores como a produção e distribuição de energia, a habitação eficiente em termos de utilização de recursos e as infraestruturas de transportes hipocarbónicas. No entanto, existe uma grande apetência dos investidores por estas obrigações e também “potencial para alargar e aumentar a ambição ambiental no quadro dos mercados de obrigações verdes”.

A EUGBS definirá assim um “padrão ouro” para a forma como as empresas e as autoridades públicas poderão utilizar esse tipo de obrigações para angariar junto dos mercados de capitais fundos destinados a financiar ambiciosos investimentos, cumprindo ao mesmo tempo “rigorosos requisitos de sustentabilidade e protegendo os investidores do ecobranqueamento”.

Em particular:

  • Os emitentes de obrigações «verdes» terão à sua disposição um instrumento para demonstrar que financiam projetos ecológicos alinhados com a taxonomia da UE.
  • Os investidores que adquirem as obrigações poderão ver mais facilmente que os seus investimentos são sustentáveis, reduzindo assim o risco de ecobranqueamento.

A nova EUGBS estará aberta a qualquer emitente de obrigações verdes, incluindo emitentes localizados fora da UE. O quadro proposto pela Comissão Europeia prevê quatro requisitos essenciais:

  • Os fundos obtidos através das obrigações devem ser integralmente afetados a projetos alinhados com a taxonomia da UE;
  • Deve haver total transparência sobre a forma como as receitas das obrigações são afetadas, através de requisitos pormenorizados em matéria de informação;
  • Todas as obrigações «verdes» da UE terão de ser verificadas por um revisor externo, a fim de assegurar a conformidade com o regulamento e o alinhamento dos projetos financiados com a taxonomia. É aqui prevista uma flexibilidade específica e limitada para os emitentes soberanos;
  • Os revisores externos que prestem serviços aos emitentes de obrigações «verdes» da UE deverão estar registados e ser supervisionados pela Autoridade Europeia dos Valores Mobiliários e dos Mercados. Tal assegurará a qualidade e a fiabilidade dos seus serviços e análises, com vista a proteger os investidores e garantir a integridade do mercado. É prevista uma flexibilidade específica e limitada para os emitentes soberanos

A Comissão Europeia adotou ainda o ato delegado que complementa o artigo 8.º do Regulamento Taxonomia, e que exige que as empresas financeiras e não financeiras forneçam informações aos investidores sobre o desempenho ambiental dos seus ativos e atividades económicas.

Este ato delegado especifica o teor, a metodologia e a apresentação das informações a divulgar pelas grandes empresas financeiras e não financeiras sobre a proporção das suas atividades, investimentos ou atividades de concessão de empréstimos que estão em consonância com a taxonomia da UE.

  • As empresas não financeiras terão de divulgar: a proporção do seu volume de negócios, despesas de capital e despesas operacionais associada a atividades económicas sustentáveis do ponto de vista ambiental, tal como definidas no Regulamento Taxonomia e no ato delegado da UE relativo à Taxonomia e ao Clima, formalmente adotado em 4 de junho de 2021, bem como em quaisquer futuros atos delegados sobre outros objetivos ambientais.
  • As instituições financeiras, principalmente os grandes bancos, gestores de ativos, empresas de investimento e empresas de seguros/resseguros, terão de divulgar: a proporção das suas atividades económicas que são sustentáveis do ponto de vista ambiental, em relação ao total dos ativos que financiam ou em que investem.

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Nas notícias lá fora: Brexit, Microsoft e Stellantis

  • ECO
  • 9 Julho 2021

Fatura do Brexit mais alta do que as previsões do Reino Unido. Microsoft vai dar bónus de 1.500 dólares aos funcionários. Stellantis vai investir 35 mil milhões em aposta na mobilidade elétrica.

A “fatura” do Brexit deverá ascender a 47,5 mil milhões de euros (40,8 mil milhões de libras), um valor mais alto do que as previsões do Governo britânico. Os EUA preparam-se para adicionar mais empresas chinesas à “lista negra” de companhias acusadas de ligações às alegadas violações de direitos humanos em Xinjiang. Conheça estas e outras notícias em destaque na imprensa internacional.

The Verge

Microsoft dá 1.500 dólares aos funcionários devido à pandemia

A Microsoft está a oferecer aos funcionários um bónus de 1.500 dólares (cerca de 1.268 euros). O extra será aplicado a todos os funcionários elegíveis, tanto nos EUA como internacionalmente. Este bónus vai custar à empresa cerca de 200 milhões de dólares (169 milhões de euros), o que representa menos de dois dias de lucro para a gigante tecnológica. Os funcionários do LinkedIn, GitHub e ZeniMax não são elegíveis para este bónus, apesar de a Microsoft ser proprietária destas três empresas.

Leia a notícia completa no The Verge (aceso livre/conteúdo em inglês).

The Guardian

“Fatura” do Brexit mais alta do que as previsões do Reino Unido

A Brexit deverá custar 47,5 mil milhões de euros (40,8 mil milhões de libras) aos cofres do Reino Unido, de acordo com as estimativas de Bruxelas, que são mais altas do que as previsões do Governo britânico. A primeira tranche, de 6,8 mil milhões de euros, deverá ser paga pelo Reino Unido até ao final do ano. Em 2018, o Escritório de Responsabilidade Orçamental estimou a conta do Brexit em 41,4 mil milhões de euros.

Leia a notícia completa no The Guardian (acesso livre/conteúdo em inglês).

CNN

Stellantis aposta 35 mil milhões de dólares nos elétricos

A Stellantis, a gigante que resultou da fusão da Fiat Chrysler e da PSA, vai investir 35,5 mil milhões de dólares (30 mil milhões de euros), até ao final de 2025, para expandir o seu portefólio de veículos elétricos. A empresa espera que 70% das suas vendas na Europa e 40% das vendas nos EUA sejam totalmente elétricas ou híbridas (mas com uma grande maioria desses veículos totalmente elétricos) dentro de quatro anos, disse o presidente executivo da Stellantis, o português Carlos Tavares.

Leia a notícia completa na CNN (acesso livre/conteúdo em inglês).

Reuters

EUA vão adicionar mais empresas chinesas a “lista negra” de Xinjiang

A administração de Joe Biden anunciou que vai acrescentar já esta sexta-feira mais dez nomes chineses à “lista negra” de empresas implicadas nas violações dos direitos humanos contra minorias muçulmanas na província de Xinjiang. Por sua vez, a China rejeita as acusações de genocídio e de trabalho forçado em Xinjiang e afirma que as suas políticas são necessárias para eliminar os extremistas religiosos, que conspiraram ataques e provocam tensões entre etnias.

Leia a notícia completa na Reuters (acesso condicionado/conteúdo em inglês).

SCMP

China abre mais centros dedicados ao “pensamento” de Xi Jinping

A China abriu outro centro de investigação sobre o “pensamento” de Xi Jinping, para consagrar a ideologia do regime nos cidadãos. O anúncio eleva para 18 o número de centros de dedicados aos ideias do presidente chinês. A China anunciou a abertura de dez centros deste tipo em 2017, muitos deles filiados em importantes institutos educacionais como a Universidade de Pequim, a Universidade de Tsinghua, a Academia Chinesa de Ciências Sociais e a Escola do Partido Central. Outros estão afiliados aos governos locais em Pequim, Xangai e Guangzhou.

Leia a notícia completa no South China Morning Post (aceso livre/conteúdo em inglês).

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Medina “não vai, eventualmente, chegar ao fim do mandato”, diz Carlos Moedas

  • ECO
  • 9 Julho 2021

Candidato social-democrata à Câmara de Lisboa acusa Fernando Medina de ser um "número dois" de António Costa e, "eventualmente", será candidato a primeiro-ministro.

Carlos Moedas diz não ser “o número dois de ninguém”, ao contrário de Fernando Medina, a quem acusa de ser o “número dois” de António Costa. Em entrevista ao Diário de Notícias e à TSF, o candidato do PSD à Câmara Municipal de Lisboa (CML) acredita que Medina “é um candidato a primeiro-ministro”, podendo vir a não cumprir um novo mandato se vencer as eleições autárquicas.

“Eu não sou o número dois de ninguém. Acho que Fernando Medina, sim, está muito mais preocupado em estar em sintonia com o primeiro-ministro, porque ele é o número dois do primeiro-ministro“, diz Carlos Moedas na mesma entrevista, referindo que isso ficou comprovado na apresentação da recandidatura de Medina à CML, em que esteve acompanhado por António Costa.

O social-democrata está “convencido” de que “em 2023 António Costa sai de cena” e, nessa altura, Medina será “um candidato a primeiro-ministro”. “Quem estiver a votar em Fernando Medina está a votar em alguém que não vai, eventualmente, chegar ao fim do mandato”, afirma Carlos Moedas, acrescentando que “é preciso que as pessoas tenham essa consciência”.

Estas declarações de Carlos Moedas são conhecidas no mesmo dia em que Fernando Medina garantiu, em entrevista ao Expresso (acesso pago), que cumprirá os quatro anos completos de mandato se for eleito novamente presidente da CML. “Se ganhar a confiança dos lisboetas, de novo, (…) serei presidente da CML durante os quatro anos. (…) Não há nenhuma circunstância política que me fizesse não cumprir esse compromisso“, assegurou.

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Arcádia vai abrir duas novas lojas este verão

Mesmo com uma quebra de 25% nas vendas, a Arcádia prepara-se para abrir duas novas lojas entre agosto e setembro deste ano. Com esta aposta, vai contar com 34 lojas de norte a sul do país.

Nem a pandemia está a impedir a Arcádia de continuar com o seu processo de expansão. À semelhança do ano passado, que inaugurou sete novas lojas, este ano prepara-se para abrir mais duas no Norte e Sul do país, entre agosto e setembro. Com estas novas aberturas, a Arcádia vai contar com 34 lojas a nível nacional, revelou ao ECO o administrador da quarta geração, Francisco Bastos, a propósito do Dia Mundial do Chocolate.

Mesmo com quebras de 25% no volume de faturação, o administrador destaca ao ECO que “não estão a baixar os braços” e que missão passa por “continuar a apostar no crescimento da marca”. Apesar de todos os constrangimentos, lojas fechadas durante o confinamento, lotação dos espaços a 50% e clima de instabilidade, Francisco Bastos destaca que o “balanço é positivo, tendo em conta o setor onde se insere a Arcádia”.

Na ótica do administrador, este balanço positivo deve-se “muito às vendas online que cresceram significativamente”. A pandemia da covid-19 veio acelerar todo o processo digital das empresas e a Arcádia quer estar na linha da frente. Francisco Bastos adianta ainda que “a pandemia trouxe muitos clientes para o canal online”.

O ano passado, as vendas na Arcádia foram quatro vezes superiores às vendas online de 2019 e o numero de encomendas foi seis vezes superior. No primeiro semestre de 2021, as vendas online já estão 30% acima das vendas online do ano inteiro de 2020. Atualmente, as vendas online representam cerca de 10% das vendas do grupo, sendo que em 2019 representavam menos de 0,5%

O administrador, que está a seguir as pisadas da família na arte de fazer chocolate, já tinha adiantado ao ECO que 2020, um ano marcado pela pandemia, foi “ano recorde em investimento para a Arcádia” e que foi o “ano que abriram mais lojas da marca”. Um investimento de um milhão de euros.

(Notícia atualizada dia 12 julho com mais informações)

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Pfizer defende terceira dose da vacina contra variante Delta

  • ECO
  • 9 Julho 2021

A farmacêutica vai pedir autorização nos EUA e na UE para administrar uma terceira dose da vacina, de forma a aumentar a imunidade e a eficácia contra a variante Delta.

A Pfizer vai pedir aprovação para uma terceira dose da vacina contra a Covid-19. A farmacêutica justifica que uma nova dose de reforço, um ano depois da vacinação completa, poderia aumentar dramaticamente a imunidade e melhorar a proteção contra a variante Delta do coronavírus, avança a Reuters.

Mikael Dolsten, líder científico da Pfizer, revelou à Associated Press que os primeiros dados do estudo de reforço promovido pela empresa sugerem que os níveis de anticorpos são cinco a dez vezes superiores nas pessoas após uma terceira dose, em comparação com a segunda dose administrada meses antes.

“As vacinas foram concebidas para nos manter fora dos hospitais. Administrar outra dose seria um grande esforço, pois, neste momento, estamos a esforçar-nos para dar às pessoas a primeira dose”, acrescentou Mikael Dolsten.

Nesse sentido, a Pfizer deverá pedir no mês que vem uma autorização de emergência à Food and Drug Administration para administrar uma terceira dose da vacina, e também à Agência Europeia do Medicamento nas próximas semanas.

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