Chega vai pedir ao Ministério Público que investigue alegadas alterações de IBAN no Portal das Finanças

O Chega vai pedir ao Ministério Público que investigue as alegadas alterações de dados de IBAN efetuadas no Portal das Finanças sem o consentimento dos contribuintes, revelou André Ventura.

O Chega vai pedir ao Ministério Público (MP) que investigue as alegadas alterações de dados de IBAN efetuadas no Portal das Finanças sem o consentimento dos contribuintes, revelou André Ventura, esta quarta-feira no Parlamento, durante o debate na generalidade da proposta de Orçamento do Estado para 2023 (OE2023).

Este Orçamento é “fraude, uma ilusão e está a enganar os portugueses”, afirmou o líder do Chega, fazendo referência aos alegados casos de alteração de IBAN “sob a chancela do Ministério das Finanças” sem o consentimento dos contribuintes, noticiado pelo Diário de Notícias.

Em causa está uma denúncia feita pelo Portal da Queixa, enviado esta quarta-feira às redações, que indica que a plataforma “está a receber inúmeras reclamações relacionadas com problemas no âmbito dos apoios extraordinários. A maioria dos queixosos alega que o IBAN presente nos dados pessoais não pertence a nenhuma conta bancária, e que o mesmo foi alterado sem o seu consentimento”, lê-se. Perante estas denúncias, André Ventura referiu que o Chega que vai pedir ao Ministério Público que investigue estes alegados casos.

Em causa está o cheque de 125 euros para os cidadãos não pensionistas com rendimentos até 2.700 euros mensais brutos, para ajudar a atenuar os efeitos do aumento dos preços. O pagamento é feito por transferência bancária e começou a ser feito pela Autoridade Tributária (AT) aos titulares de rendimentos a 20 de outubro e a partir desta segunda-feira aos beneficiários de algumas prestações sociais através da Segurança Social.

De acordo com o último balanço realizado pela AT, este cheque de 125 euros não chegou a 320 mil portugueses, isto é, cerca de 13% dos beneficiários, devido “um IBAN inválido no portal das Finanças”.

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Berlim autoriza empresa chinesa a comprar participação em porto alemão

O governo alemão autorizou a Cosco a comprar uma participação de 24,9% no porto de Hamburgo. Participação ficou abaixo da proposta inicial de 35%, mas oposição considera a medida um risco.

O governo alemão aprovou a compra de uma participação num terminal da empresa de logística HHLA, pela empresa chinesa Cosco, provocando protestos dentro da coligação no poder, avança esta quarta-feira a Reuters.

Em causa está a ‘luz verde’ dada, pelos social-democratas de Olaf Scholz, a uma participação de 24,9% da Cosco num dos três terminais da HHLA, no porto de Hamburgo, uma participação que ficou abaixo da previsão inicial de 35%. A participação não garante à Cosco qualquer poder de gestão ou de influência nas decisões estratégicas.

Em reação, a ministra alemã dos Negócios Estrangeiros já rejeitou a medida de Scholz, segundo o documento citado pela agência de notícias. O investimento “expande desproporcionalmente a influência estratégica da China na infraestrutura de transporte alemã e europeia, bem como a dependência da Alemanha em relação à China”, criticou Annalena Baerbock.

O documento sublinha ainda os “riscos consideráveis” da influência chinesa na infraestrutura europeia de transportes e destaca que o próprio país asiático não permite à Alemanha a participação em portos chineses. Apesar da discórdia dentro da coligação em poder na Alemanha, Scholz planeia fazer uma visita à China na próxima semana.

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Encontro de Macron e Scholz foi “amigável” e “construtivo”, dizem Paris e Berlim

  • Lusa
  • 26 Outubro 2022

O Presidente francês e o chanceler alemão "discutiram a relação franco-alemã num espírito de trabalho muito próximo a médio e longo prazo".

O encontro entre o Presidente francês, Emmanuel Macron, e o chanceler alemão, Olaf Scholz, esta quarta-feira em Paris, foi “muito construtivo”, levando à criação de grupos de trabalho nos domínios da energia, defesa e inovação, revelou a presidência francesa. O Presidente francês e o chanceler alemão “discutiram a relação franco-alemã num espírito de trabalho muito próximo a médio e longo prazo”, segundo a mesma fonte.

A mesma avaliação do encontro foi feita por uma fonte diplomática alemã, referindo que o encontro em Paris, resultou num diálogo “amigável” e “construtivo”. Esta reunião, que incidiu, entre outras, sobre questões de política energética ou de defesa, deverá levar nas próximas semanas a “uma cooperação muito boa e muito intensa”, disse a mesma fonte.

Os dois líderes concordaram, nomeadamente, com o facto de a União Europeia estar a enfrentar “uma das crises mais importantes da sua história”, o que os levou a discutir – entre outros – as questões da “segurança e defesa”, a questão da “energia, com foco nos elevados preços da energia e a oferta” e também a inovação, detalhou a fonte alemã.

Estes três temas são fontes de tensão entre os dois governos, que não têm as mesmas ideias sobre como lutar contra a subida dos preços da energia, por exemplo. “Sobre estes três temas foram criados grupos de trabalho de reflexão que levarão os dois governos a trabalhar em estreita colaboração nos próximos dias para os próximos passos”, referiu por seu turno fonte do Eliseu.

No entanto, a reunião não deu origem a qualquer declaração conjunta dos dirigentes, que apareceram apenas brevemente, antes do almoço de trabalho, perante os media no pátio do Eliseu. O encontro aconteceu num momento em que são conhecidas divergências entre Paris e Berlim em vários domínios-chave, incluindo a defesa e a energia, que podem ter estado na base do adiamento da cimeira dos dois governos que esteve agendada para hoje em Fontainebleau, embora oficialmente tenham sido invocados problemas de agenda de vários ministros.

Nas últimas semanas, França e Alemanha mantiveram posições muito divergentes, especialmente sobre a política energética da União Europeia após a invasão russa da Ucrânia. A França quer aplicar em toda a UE a chamada “exceção ibérica” para poder baixar o preço da eletricidade, algo a que a Alemanha se opõe.

Além disso, o governo alemão apoiou fortemente o projeto de gasoduto MidCat através dos Pirenéus entre Espanha e França, que beneficiaria também Portugal, que acabará por ser abandonado a favor de um subaquático para transportar hidrogénio que ligará Barcelona a Marselha.

Nas últimas semanas, várias questões de defesa, como o projeto antimíssil lançado por Berlim, ou algumas diferenças sobre o desenvolvimento dos futuros aviões de combate europeus (em que a Espanha também participa), complicaram ainda mais a relação entre as duas grandes potências da UE e o euro.

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Moody’s sobe notação do Montepio devido à melhoria de resultados do banco

  • ECO
  • 26 Outubro 2022

Decisão da agência de notação financeira reflete melhoria do perfil de risco do banco, “resultante do ajustamento operacional e da contínua redução do risco no balanço ao longo dos últimos anos”.

A Moody’s subiu esta quarta-feira a notação de risco das obrigações sénior não garantidas (Senior Unsecured Medium-Term Note Program) e da dívida sénior não preferencial (Junior Senior Unsecured Medium-Term Note Program) do Banco Montepio, emitidas ao abrigo do Programa de Euro Medium Term Note (EMTN), de (P)B3 para (P)B2.

Numa nota enviada à CMVM, a instituição financeira refere que esta subida das notações atribuídas pela Moody’s “reflete a melhoria do perfil de risco do Banco Montepio, resultante do ajustamento operacional e da contínua redução do risco no balanço ao longo dos últimos anos”.

“A agência de rating valorizou a melhoria das métricas de qualidade de ativos do Banco Montepio, o reforço dos níveis de solvabilidade e a tendência positiva de rendibilidade após a apresentação de resultados líquidos positivos nos últimos 4 trimestres consecutivos”, acrescenta no mesmo comunicado.

A agência de rating decidiu também fazer outras quatro revisões em alta:

  • Risco de rating de contraparte (Long-term Counterparty Risk Rating) de Ba3 para Ba2;
  • Rating de depósitos de longo prazo (Long-term Bank Deposits) de B1 para Ba3;
  • Rating intrínseco do Banco Montepio (Baseline Credit Assessment) de b3 para b2;
  • Dívida subordinada emitida ao abrigo do Programa de EMTN (Subordinate Seniority Medium-Term Note Program) de (P)Caa1 para (P)B3.

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Polónia declara Rússia como “regime terrorista”

  • Lusa
  • 26 Outubro 2022

“Os invasores russos” são “bandidos” que “aterrorizam os ucranianos bombardeando alvos civis: creches, escolas, teatros e conjuntos habitacionais”, indica o Senado polaco.

O Senado polaco aprovou esta quarta-feira uma resolução que declara a Rússia como um “regime terrorista” e pede à comunidade internacional que investigue os seus alegados crimes de guerra na Ucrânia. No texto, apoiado por todos os senadores, consta que “os invasores russos” são “bandidos” que “aterrorizam os ucranianos bombardeando alvos civis: creches, escolas, teatros e conjuntos habitacionais”, e que “torturam e assassinam prisioneiros de guerra” nos territórios ocupados.

A declaração da câmara alta do parlamento polaco é destinada a “todos os países do mundo livre” que “acreditavam que nunca seriam ameaçados por um genocídio”, mas a quem o Presidente russo, “Vladimir Putin, e a sua comitiva terrorista voltaram a apresentar as práticas cruéis dos estalinistas e dos regimes nazis”. O documento refere também o “sequestro de crianças ucranianas para as criar (como russas)” e a “deportação e realocação de cidadãos ucranianos para os ‘confins’ da Rússia”.

“O Senado da República da Polónia condena veementemente a agressão russa e pede a todos os países a favor da paz, democracia e direitos humanos que reconheçam o governo da Federação Russa como um regime terrorista”, afirma o documento. Varsóvia adotou em setembro impedimentos à entrada no seu território de cidadãos russos “por razões de segurança nacional” e “pelo aspeto moral da guerra”, admitindo como únicas exceções a receção de “dissidentes e casos humanitários, familiares, diplomatas e viajantes em trânsito de e para o enclave russo de Kaliningrado”.

Vários membros do Governo polaco e do partido no poder, o Lei e Justiça (PiS), manifestaram-se recentemente a favor da construção de um muro fronteiriço ao longo da fronteira com a região de Kaliningrado. O vice-ministro do Interior polaco, Bartosz Grodecki, afirmou, em 15 de setembro, que “a fronteira com a Rússia deve ser reforçada” porque aquele país é “um vizinho instável” que “comete atos de terrorismo contra os seus vizinhos”.

Já há duas semanas, a assembleia parlamentar do Conselho da Europa apelou aos 46 Estados-membros para que considerassem a Rússia como um “Estado patrocinador do terrorismo”. A resolução foi aprovada com apenas uma abstenção, minutos após um discurso emocionado do Presidente ucraniano, no qual Volodymyr Zelenskyy defendeu que a Rússia “só quer usar a linguagem do terror”.

O Conselho da Europa foi a primeira organização internacional a definir a Rússia como um Estado terrorista, tendo apelado também à criação de um tribunal internacional para julgar os crimes de guerra perpetrados pela Rússia na Ucrânia.

Mais recentemente, há cerca de uma semana, o parlamento da Estónia aprovou uma moção na qual declara a Rússia como Estado terrorista, alegando que, “com as ameaças de ataque nuclear, o regime russo transformou-se na maior ameaça à paz quer na Europa, quer no mundo”. No entanto, o primeiro país a acusar a Rússia de terrorismo foi a Letónia, que, em 11 de agosto, afirmou que o regime do Kremlin patrocinava o terrorismo “por utilizar o sofrimento e intimidação como instrumentos para tomar a Ucrânia”.

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Europa não precisa da diretiva Euro 7, defende CEO da Stellantis

Carlos Tavares considera que a Europa não precisa de restrições adicionais sobre os veículos com motor a combustão e defende não fazer sentido investir em tecnologia que será banida até 2035.

Carlos Tavares, o CEO do grupo automóvel Stellantis, defendeu que a Euro 7, a diretiva responsável por futuras restrições adicionais à emissão de gases poluentes, representa um “desvio do objetivo principal da eletrificação”, avançou esta terça-feira a Reuters.

Em declarações na conferência Automobilwoche Kongress, em Berlim, o presidente executivo considerou que a incerteza sobre a futura regulação europeia, prevista entrar em vigor já em 2025, dá aos concorrentes chineses uma vantagem adicional.

“Eu não acho que a Europa precise do Euro 7… Isso vai desviar parte do nosso poder de investigação e desenvolvimento para algo que não precisamos, enquanto os nossos concorrentes chineses entram no mercado unicamente com a tecnologia dos veículos elétricos a bateria”, disse Carlos Tavares. “Porque é que estamos a usar os nossos recursos numa tecnologia que queremos banir?”, acrescentou.

O CEO da Stellantis apelou ainda a um abrandamento na proibição de veículos movidos a combustíveis fósseis, alegando que se os motores a combustão forem banidos antes dos veículos elétricos se tornarem acessíveis, isto poderá levar à agitação social. Neste sentido, o CEO estima que os veículos elétricos a bateria se tornem acessíveis dentro de cinco a seis anos.

Segundo um projeto de lei a que teve acesso o jornal Politico, a Comissão Europeia não deverá exigir uma redução acentuada dos níveis de poluição emitidos pelos motores a combustão, através do Euro 7. No caso desta proposta avançar, o setor automóvel terá de investir menos que o inicialmente esperado na próxima geração, menos poluente, de veículos de motor a combustão – uma tecnologia que será banida até 2035.

A Comissão Europeia ressalva que, à luz das atuais circunstâncias geopolíticas e económicas, foi feita uma revisão no projeto de lei. Citando o impacto do aumento dos custos energéticos e matérias-primas, a CE avança que isto coloca “uma pressão sem precedentes na cadeia de abastecimento automóvel e levanta questões de acessibilidade para os consumidores, num contexto geral de inflação elevada”, cita o Politico.

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Arábia Saudita lança fundo sustentável de 1.500 milhões de euros

  • ECO
  • 26 Outubro 2022

A petrolífera estatal saudita Aramco pretende investir em tecnologias que suportem a sua ambição de até 2050 toda a sua operação ser neutra em carbono.

A maior petrolífera do mundo prepara-se para lançar um fundo sustentável de 1.500 milhões de euros, com o intuito de acelerar a transição energética das operações da empresa para que até 2050 as suas operações sejam neutras na produção de carbono.

Detida pelo governo da Arábia Saudita, a Aramco anunciou esta quarta-feira que o fundo irá investir em empresas de todo o mundo que se foquem no desenvolvimento de tecnologias que promovam a captura e o armazenamento de carbono, a emissão de gases com efeito de estufa, a eficiência energética e promovam soluções climáticas com base em meios naturais.

De acordo com a Reuters, numa fase inicial, o fundo da Saudi Aramco irá focar-se na sustentabilidade digital, na indústria do hidrogénio, do amoníaco e dos combustíveis sintéticos.

“O atual plano de transição tem falhas. Não está a dar resultados. O que precisamos é de um plano de transição ótimo e realista”, referiu Amin Nasser, CEO da Aramco, no fórum de negócios “Future Investment Iniciative” onde anunciou o novo fundo gerido pela Aramco Ventures.

A Arábia Saudita e outros países árabes do Golfo têm vindo a reforçar os seus investimentos em energias verdes. No ano passado, o reino da Arábia Saudita estabeleceu como meta 2060 como o ano que pretende atingir emissões líquidas nulas de gases com efeito de estufa, na sua maioria produzidos pela queima de combustíveis fósseis.

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Alemã BASF vai reduzir presença no mercado europeu “permanentemente”

BASF alega estar a ser obrigada a reduzir presença na Europa devido à crise energética e maior pressão regulatória. Empresa gastou 2,2 mil milhões de euros adicionais em gás natural na Europa.

O fabricante alemão de produtos químicos, BASF, anunciou que será obrigada a reduzir a sua presença na Europa “permanentemente” face aos elevados custos da energia, que estão a tornar a região cada vez menos competitiva, avançou esta quarta-feira o Financial Times.

“O mercado químico europeu tem estado a crescer de forma fraca há cerca de uma década [e] o aumento significativo nos preços do gás natural e da energia ao longo deste ano estão a pressionar a cadeia de valor dos produtos químicos”, disse o CEO da BASF, Martin Brudermüller.

A fabricante alemã gastou 2,2 mil milhões de euros adicionais em gás natural para as suas unidades na Europa, nos primeiros nove meses do ano, comparativamente com igual período do ano anterior. Segundo o CEO, a crise energética, juntamente com uma regulação mais apertada na União Europeia, estão a forçar a empresa a reduzir custos “o mais rápido possível” e de forma “permanente”.

O anúncio da BASF surge após a empresa anunciar que iria cortar cerca de mil milhões de euros em custos nos próximos dois anos, principalmente em áreas que não estão ligadas à produção, como o setor informático, comunicação e investigação e desenvolvimento. Segundo o CEO da empresa, os cortes são necessários para “salvaguardar a nossa competitividade no médio e longo prazo na Alemanha e na Europa”.

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Moody’s reduz rating do grupo chinês Fosun

  • Lusa
  • 26 Outubro 2022

A agência cortou o rating do grupo chinês Fosun, que detém participações na Fidelidade, Millennium BCP e REN, de B1 para B2. Fosun pode enfrentar dificuldades em refinanciar a dívida de curto prazo.

A agência de notação financeira Moody’s cortou esta quarta-feira o rating do grupo chinês Fosun, que detém várias empresas em Portugal, de B1 para B2, numa altura em que a empresa está a desfazer-se de vários ativos. A decisão da Moody’s surge depois de, na semana passada, o conglomerado chinês ter anunciado que planeia vender a sua participação maioritária na Nanjing Nangang Iron & Steel United, que está cotada na Bolsa de Xangai, por 16 mil milhões de yuans (2,2 mil milhões de euros).

A decisão visa incrementar os rácios de liquidez da empresa, que tem a pagar oito mil milhões de dólares (cerca de 7976 mil milhões de euros ao câmbio atual) em títulos de dívida até ao final de 2023, segundo dados compilados pela agência Bloomberg.

A Fosun e as suas unidades já cortaram participações em empresas como a New China Life Insurance e Shanghai Yuyuan Tourist Mart Group. Entre os ativos vendidos este ano pelo grupo constam ainda uma posição no valor de 500 milhões de euros na Tsingtao Brewery, a principal marca de cervejas da China, 5% do grupo chinês Taihe Technology, no valor de 43 milhões de euros, ou 6% do capital da empresa Zhongshan, por 100 milhões de euros, de acordo com a cotação atual no mercado.

A Fosun realizou, nos últimos dez anos, uma série de aquisições além-fronteiras, adquirindo em Portugal a seguradora Fidelidade, uma participação de quase 30% no banco Millennium BCP ou mais de 5% da REN – Redes Energéticas Nacionais. Entre os ativos mais conhecidos constam a cadeia hoteleira Club Med e o clube inglês de futebol Wolverhampton Wanderers.

Embora a venda de ativos permita aumentar o rácio de liquidez da empresa, uma queda de aproximadamente 30% no valor de mercado das principais participações da Fosun, entre o final de junho e 20 de outubro, devido à diluição e diminuição do preço das ações, corroeu a sua margem de financiamento, disse a Moody’s, em comunicado.

A Fosun vai provavelmente enfrentar dificuldades em refinanciar a sua considerável dívida de curto prazo nos mercados de títulos doméstico e estrangeiro, indicou a agência de rating. O dinheiro em caixa disponível do grupo é insuficiente para cobrir a sua dívida de curto prazo, com vencimento nos próximos 12 meses, acrescentou.

Um relatório do Citigroup, difundido na terça-feira, disse que a empresa planeia vender entre 50 mil milhões e 80 mil milhões de yuans (7 mil milhões e 11 mil milhões de euros) em ativos não essenciais, ao longo dos próximos 12 meses. O relatório destacou que a empresa considera a Fidelidade como essencial, não estando prevista a sua venda.

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Sébastien Bruchet é o novo diretor-geral da Leroy Merlin Portugal

O profissional substitui Karine Blaise, desde 2017 na liderança da empresa em Portugal, e que transita para a direção de desenvolvimento de competências e formação na ADEO, em França.

Sébastien Bruchet é o novo diretor-geral da Leroy Merlin Portugal, substituindo no cargo Karine Blaise, desde 2017 na liderança da empresa em Portugal, e que passa agora a assumir a direção de desenvolvimento de competências e formação na ADEO, em França.

“Estou muito entusiasmado por me juntar à Leroy Merlin Portugal e por integrar uma empresa com uma cultura forte e centrada nas pessoas. Acredito que a nossa equipa multidisciplinar e altamente talentosa nos torna uma empresa única e preparada para responder de forma cada vez mais personalizada às necessidades dos portugueses. Gostaria ainda de agradecer à Karine pelo trabalho que fez durante estes últimos cinco anos”, afirma Sébastien Bruchet.

“Em termos de visão para os próximos anos, vamos apoiar-nos cada vez mais nos dados para desenvolvermos as nossas lojas e o nosso comércio digital, rumo à empresa plataforma”, conclui o gestor, citado em comunicado.

Originário do norte de França, o novo diretor-geral, conta com mais de 20 anos de experiência e especialização em tecnologia, consumo e retalho em múltiplos países, tendo integrado empresas como a Auchan, a Amazon e a Alibaba.

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Apoios do Estado devem ser “mais condicionados”

Apoios do Governo para lidar com subida dos juros não têm sido os melhores. Impactos no mercado imobiliário vão chegar, antecipam especialistas em conferência do ECO.

O Governo adotou medidas para ajudar os portugueses a lidarem com os disparos da inflação e das taxas de juro, mas há quem considere que os apoios do Estado deviam ser diferentes e adotados de forma diferente. Pedro Brinca, economista da Nova SBE, afirmou esta quarta-feira, numa conferência promovida pelo ECO, que estas ajudas “têm de ser mais condicionadas”. A advogada Cecília Meireles vai mais adiante e considera ser “contraditório” ter os governos a “passar cheques indiscriminadamente” enquanto os bancos centrais “aumentam os juros”.

O economista da Nova SBE recorda a “crise sanitária” que o mundo viveu por causa da economia e não uma “crise económica”, mas que os governos adotaram medidas que “foram, provavelmente, demasiado pronunciadas”. “Receio que o Banco Central Europeu (BCE) tenha ido longe demais se as ajudas continuarem a ser dadas de forma tão descriminada”, disse, durante a conferência “Como responder à subida dos juros do crédito habitação“.

Cecília Meireles, responsável da Cerejeira Namora, Marinho Falcão, partilha da mesma opinião, afirmando que “é difícil perceber” como é que os bancos centrais aumentam os juros e os governos passam “cheques indiscriminadamente”. “É contraditório. As duas coisas juntas não podem funcionar”, diz a ex-deputada, defendendo que os apoios estatais “devem ser absolutamente cirúrgicos e não indiscriminados”.

Para lidar com a subida das taxas de juro, o Governo vai aprovar esta quinta-feira em Conselho de Ministros um conjunto de medidas destinadas a quem tem crédito à habitação. Na lista está prevista, por exemplo, a possibilidade de renegociar e alterar termos dos contratos. “Damos a oportunidade aos bancos de mostrarem a sua responsabilidade e de excederem o nível de serviço ao cliente”, disse o secretário de Estado do Tesouro.

Conferência ECO Crédito à Habitação - 26OUT22
Cecília Meireles – Cerejeira Namora, Marinho FalcãoHugo Amaral/ECO

Mas a forma de pensar do Governo podia ser diferente. “Temos 92% dos créditos a uma taxa variável”, diz o economista Pedro Brinca, defendendo a taxa fixa em mais contratos. “Era mais fácil para todos termos mais dois ou três anos de moratórias”, diz Rui Bairrada, CEO do Doutor Finanças, contextualizando, embora também ele (assim como o Governo) considere que não seriam uma boa opção. “Faltam medidas para as pessoas, de consciencialização de para onde vai o dinheiro”.

“As nossas políticas públicas são direcionadas para que as pessoas recorram à banca”, afirma Cecília Meireles, sugerindo também as moratórias como uma solução possível neste contexto de aumento dos juros. A ex-deputada notou ainda que se poderia adotar uma lei de 2012, que “obrigava os bancos a restruturar créditos, impedindo-os de executar hipotecas sobre habitação”.

A vereadora da Habitação da Câmara de Lisboa, também presente na conferência, defendeu, acima de tudo, a importância de se resolver o problema do acesso à habitação no país. “Metade dos portugueses viveria com 554 euros se não fossem os apoios sociais”, disse Filipa Roseta, sublinhando que “há um problema Intergeracional” na Europa e que “não pode haver uma geração com muitas necessidades e outra sem nenhuma”.

Conferência ECO Crédito à Habitação - 26OUT22
Filipa Roseta, Vereadora Câmara Municipal de LisboaHugo Amaral/ECO

E os efeitos no mercado imobiliário vão continuar a ser sentidos. “O desafio prende-se na classe média e média baixa, porque começa a ser empurrada” do centro da cidade, diz Gonçalo Santos, head of Capital Markets da JLL. “É possível construir, mas não para preços ou rendas acessíveis a esta franja do mercado, que é a mais necessitada”, diz, apontando as demoras e custos nos licenciamentos e na construção.

“A realidade só mudará se o mercado de arrendamento for incentivado”, disse o responsável da consultora imobiliária, detalhando que, no imobiliário comercial, já se começa a assistir a um abrandamento do volume de investimento e que, no mercado residencial, “há segmentos que vão ser mais resilientes, mas que a classe média vai ser impactada”.

 

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Intellias organiza ‘hiring week’ em Portugal. Oferece bónus de boas-vindas até 1.500 euros

A tecnológica está a acelerar o processo de contratação em Portugal. De 31 de outubro a 4 de novembro, o empregador global de IT vai organizar a sua "Rapid JS Hiring Week".

A Intellias está à procura de engenheiros experientes para trabalharem em projetos para o setor fintech, automóvel, digital e das telecomunicações, de modo a alcançar a meta dos 60 especialistas em Portugal. Os talentos selecionados terão a oportunidade de trabalhar com tecnologias relacionadas com a IoT, inteligência artificial, data science, cloud, DevOps e big data. Juntamente com a proposta de emprego, os profissionais que ingressarem na empregadora global de IT receberão um bónus de boas-vindas, no valor máximo de 1.500 euros. De 31 de outubro a 4 de novembro, tecnológica vai organizar a sua “Rapid JS Hiring Week” em Portugal.

“Queremos dar ao talento tech português uma experiência de recrutamento diferenciadora. Os candidatos terão a oportunidade de conversar com engenheiros de nível sénior com profundo conhecimento do setor, explorar projetos de IT vanguardistas e receber uma oferta de emprego rápida para ingressar na equipa portuguesa, seguida de um bónus de boas-vindas”, explica João Belfo, country head da Intellias em Portugal.

“Espero que os engenheiros portugueses apreciem o nosso processo de recrutamento acelerado e se juntem a nós para moldarmos o futuro em conjunto”, acrescenta, citado em comunicado.

A tecnológica abriu em setembro o seu hub em Lisboa e Porto, com o objetivo de recrutar, até ao final do ano, 60 talentos a juntarem-se ao então total de 2.700 colaboradores.

Avança agora com esta iniciativa para acelerar o recrutamento. Durante a “JavaScript Hiring Week” da Intellias, os developers locais terão a oportunidade de explorar projetos pioneiros na área de IT, passar por um processo de recrutamento acelerado (24 a 48 horas) e receber uma oferta de emprego rápida, juntamente com um prémio de boas-vindas (bónus em dinheiro de até 1.500 euros).

Com este evento, a Intellias pretende avançar com o seu plano de reunir uma equipa de 60 especialistas em Portugal até ao final do ano. Os especialistas poderão trabalhar remotamente ou no escritório, usufruir de horários flexíveis, aprender novas competências e participar em comunidades de engenharia. Os novos talentos juntar-se-ão à equipa global da Intellias de mais de 3.000 pessoas.

Mais informações sobre o evento aqui.

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