Preços das casas sobem mais de 13% mas abrandam no terceiro trimestre

Preços das casas dispararam, mas menos do que no trimestre anterior. Grande Lisboa registou menos de 30% dos negócios pela segunda vez desde que há registos, mas concentrou 40% do montante total.

A subida dos preços das casas em Portugal abrandou no terceiro trimestre. No período de julho a setembro, o Índice de Preços da Habitação aumentou 13,1% face aos mesmos três meses do ano passado, um incremento inferior em 0,1 pontos percentuais ao que tinha sido registado no segundo trimestre de 2022, mostram os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).

Nos três meses em análise foram registadas 42.223 transações de habitações, menos 2,8% do que em igual período do ano passado e menos 3,2% que no trimestre anterior.

De acordo com o INE, a compra e venda de casas no terceiro trimestre movimentou 8,1 mil milhões de euros, mais 9,6% em relação ao terceiro trimestre do ano anterior. Além disso, o INE refere ainda que o preço das casas existentes aumentou mais do que o preço das habitações novas na comparação com 2021: 14,7% e 8,4%, respetivamente.

O instituto também fez as contas à taxa de variação média anual do Índice de Preços da Habitação e chegou a uma taxa de 12,7%, que é 0,4 pontos percentuais superior à registada no trimestre anterior e constitui um novo máximo histórico. Porém, enquanto a variação média anual do preço das habitações existentes acelerou, nas novas observou-se uma desaceleração.

Perto de 90% das transações executadas entre julho e setembro envolveu famílias num montante total de 6,9 mil milhões de euros. Noutra perspetiva, o INE declara que 6,6% do total de transações envolveu compradores com morada fiscal num país estrangeiro.

O terceiro trimestre fica ainda marcado por outra particularidade, além da desaceleração dos preços. Segundo o INE, foi a segunda vez que a Área Metropolitana de Lisboa concentrou menos de 30% do total de transações (a primeira vez tinha sido no primeiro trimestre de 2013). Em número, claro, porque em montante a conclusão é diferente. Mais de 40% dos tais 8,1 mil milhões de euros diz respeito a negócios que aconteceram nesta região.

Fonte: INE

(Notícia atualizada pela última vez às 11h37)

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Contas públicas com excedente de 2,8% até setembro

Entre janeiro e setembro, a diferença entre receitas e despesas foi de 4.980 milhões de euros, de acordo com os dados publicados pelo INE. "Máquina" dos impostos não parou de cobrar durante o verão.

O Estado português chegou ao final do verão com um excedente de 2,8% do Produto Interno Bruto (PIB), de acordo com os dados em contabilidade nacional — a que interessa para as comparações internacionais — publicados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). A diferença entre receitas e despesas nos primeiros nove meses do ano foi de 4.980 milhões de euros.

“O saldo das administrações públicas (AP) atingiu 4.147,2 milhões de euros no terceiro trimestre de 2022, correspondendo a 6,8% do PIB, o que compara com 3,5% no período homólogo. No conjunto dos três primeiros trimestres de 2022, o saldo das AP fixou-se em 4.980 milhões de euros (2,8% do PIB, que compara com -2,5% do PIB em igual período de 2021)”, assinala o destaque divulgado esta sexta-feira.

Para este ano, o Governo começou por prever um défice de 1,9% do PIB, mas o primeiro-ministro, António Costa, já sinalizou, na recente entrevista à Visão, que o défice das contas públicas no total do ano de 2022 não deverá ultrapassar os 1,5%. Os valores oficiais agora conhecidos, quando falta apenas apurar o saldo do último trimestre do ano, justificam o otimismo do Executivo socialista em matéria de consolidação orçamental.

“Máquina” dos impostos não parou no verão

No terceiro trimestre do ano, que corresponde aos meses do verão, o Estado português teve um aumento de 15,2% da receita corrente. Disparou o valor recolhido nos impostos sobre o rendimento e património, como o IRS ou o IRC (32,7%), sobre a produção e importação, incluindo o IVA (9,4%), as contribuições sociais (9,7%) e as vendas (16,4%).

A evolução positiva da receita fiscal (20%) e contributiva (9,7%) “evidencia a recuperação da atividade económica, o comportamento do mercado de trabalho face ao período homólogo, bem como, no caso dos impostos sobre a produção e importação, a evolução da inflação e ainda efeitos de base, na sequência da crise pandémica”.

A receita de capital registou uma diminuição de 74,7%, relacionada com o reembolso da margem pré-paga e respetivos juros de aplicação, que ocorreu no terceiro trimestre de 2021, no montante de 1.114,2 milhões de euros, retida aquando da concessão do empréstimo pelo Fundo Europeu de Estabilização Financeira ao Estado, no âmbito do programa da troika.

No lado da despesa, o INE regista um aumento de 2,3% da despesa corrente, salientando o crescimento das despesas com prestações sociais (2,7%) e com pessoal (3%). Por outro lado, os encargos com juros diminuíram 4,7% e os subsídios pagos caíram 46,8%, sobretudo os que estavam relacionados com a Covid-19. A despesa de capital aumentou 9%, em resultado do crescimento de 18,8% da outra despesa de capital e de 7,1% do investimento.

(Notícia em atualização)

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Taxas Euribor a três, seis e 12 meses renovam máximos de quase 14 anos

  • Lusa
  • 23 Dezembro 2022

Esta sexta-feira, as taxas Euribor subiram a três, para 2,141%, a seis, para 2,701%, e a 12 meses, ao ser fixada em 3,238%, para novos máximos desde janeiro de 2009.

As taxas Euribor subiram esta sexta-feira, pela terceira sessão consecutiva, a três, a seis e a 12 meses para novos máximos desde janeiro de 2009.

  • A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação e que entrou em terreno positivo em 06 de junho, avançou esta sexta-feira, pela sexta sessão consecutiva, para 2,701%, mais 0,005% pontos e um novo máximo desde janeiro de 2009. A média da Euribor a seis meses subiu de 1,997% em outubro para 2,321% em novembro. A Euribor a seis meses esteve negativa durante seis anos e sete meses (entre 6 de novembro de 2015 e 3 de junho de 2022).
  • No prazo de 12 meses, a Euribor também subiu esta sexta-feira, pela sexta sessão consecutiva, ao ser fixada em 3,238%, mais 0,046 pontos do que na quinta-feira e um novo máximo desde janeiro de 2009. Após ter disparado em 12 de abril para 0,005%, pela primeira vez positiva desde 5 de fevereiro de 2016, a Euribor a 12 meses está em terreno positivo desde 21 de abril. A média da Euribor a 12 meses avançou de 2,629% em outubro para 2,828% em novembro.
  • No mesmo sentido, a Euribor a três meses, que entrou em 14 de julho em terreno positivo pela primeira vez desde abril de 2015, avançou esta sexta-feira, ao ser fixada em 2,141%, mais 0,016 pontos e um novo máximo desde janeiro de 2009. A taxa Euribor a três meses esteve negativa entre 21 de abril de 2015 e 13 de julho último (sete anos e dois meses). A média da Euribor a três meses subiu de 1,428% em outubro para 1,825% em novembro.

As Euribor começaram a subir mais significativamente desde 4 de fevereiro, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras este ano devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro.

Na última reunião de política monetária, em 15 de dezembro, o BCE aumentou em 50 pontos base as taxas de juro diretoras, desacelerando assim o ritmo das subidas em relação às duas registadas anteriormente, que foram de 75 pontos base, respetivamente em 27 de outubro e em 08 de setembro.

Em 21 de julho, o BCE tinha aumentado pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Walk Talks. Oito passos para fechar bem o ano

  • Trabalho
  • 23 Dezembro 2022

Uma conversa, enquanto se caminha, que se repete todas as semanas aqui na Pessoas. Bem-vindos à Walk Talks.

Com o aproximar do Ano Novo, é hora de fazer uma reflexão sobre o ano que termina. Quais objetivos que tinha estabelecido para 2022? E quais os momentos ou conquistas do ano que importa valorizar? Esta semana, Nuno Santos Fernandes e João Perre Viana, partners e mentores da Walking Mentorship, sugerem que faça este exercício e responda a estas questões.

Ao longo da sua reflexão sobre 2022, siga alguns passos fundamentais, entre eles identificar objetivos atingidos e por cumprir, retirar aprendizagens e pensar nos motivos pelos quais deve estar agradecido.

Uma conversa que se repete todas as semanas aqui na Pessoas. Bem-vindos à Walk Talks.

https://videos.sapo.pt/19zImu4DVT63LruznaVH

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Gás natural na Europa caminha para maior queda semanal desde setembro

Gás natural continua a aliviar com a previsão de temperaturas mais amenas e caminha para a maior queda semanal desde setembro. Preços de referência na Europa estão a cair mais de 7%.

Os preços do gás natural na Europa continuam a afundar devido à previsão de temperaturas mais amenas. Esta sexta-feira, os futuros de referência estão a cair mais de 7% para 84,90 euros por MWh (megawatt-hora), caminhando para a maior queda semanal desde setembro.

A guerra na Ucrânia, desencadeada pela invasão russa, bem como as sanções contra Moscovo, têm puxado pelos preços do gás natural e feito temer uma crise energética mais severa no próximo inverno (uma vez que, relativamente a este, já estão asseguradas largas reservas). Contudo, na última semana os preços têm caído substancialmente com a previsão de temperaturas mais amenas, que se deverão prolongar durante esta época festiva, e as reservas mais cheias no bloco europeu.

Pelas 10h14 desta quarta-feira, os futuros do TTF para entrega em janeiro estavam a descer 7,56%, para 84,90 euros/MWh. Nos últimos cinco dias, acumulam já uma queda superior a 26%. De acordo com a Bloomberg, os futuros de referência para a Europa caem pelo sexto dia consecutivo e caminham para a maior queda semanal desde setembro. Enquanto isso, os futuros do TTF para fevereiro desciam 6,7%, para 90 euros/MWh.

A queda acontece também numa altura em que os ministros da Energia da União Europeia chegaram a um acordo sobre a aplicação de um teto aos preços do gás no mercado europeu caso se verifiquem duas condições, em simultâneo. O mecanismo será ativado a partir de 15 de fevereiro de 2023.

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Fisco travou venda de 2.318 casas de habitação penhoradas desde 2019

  • Lusa
  • 23 Dezembro 2022

Desde 2009, o fisco travou a venda de 2.318 casas de habitação penhoradas por dívidas fiscais. Em causa estão imóveis afetos à habitação própria e permanente do devedor.

O fisco travou a venda de 2.318 casas de habitação penhoradas por dívidas fiscais desde 2019, por estarem em causa imóveis afetos à habitação própria e permanente do devedor.

A lei atualmente em vigor determina que não pode haver lugar “à realização da venda de imóvel” quando este, apesar de penhorado no âmbito de um dívida fiscal, se destine “exclusivamente à habitação própria e permanente do devedor ou do seu agregado familiar”.

Este ‘travão’ à venda de casas de morada de família penhoradas pelo fisco está em vigor desde maio de 2016, tendo resultado de propostas do PS, PCP, BE e Verdes.

Em resposta à Lusa, fonte oficial da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) precisou que, entre 2019 e outubro deste ano, a lei em causa abrangeu 2.318 situações.

O número de casas de habitação própria e permanente penhoradas com diligências de venda suspensas ascendeu a 838 em 2019, segundo os mesmo dados da AT que indicam também que em 2020 foram contabilizadas 636 destas situações e 252 em 2021.

Já este ano, entre janeiro e outubro, foram 592 as casas penhoradas, mas cuja venda se encontra suspensa ao abrigo da referida lei.

À Lusa, a mesma fonte oficial da AT precisou que a quebra observada em 2021 reflete os efeitos das medidas então tomadas no âmbito da mitigação dos efeitos da pandemia de covid-19, nomeadamente a decisão de suspender toda a tramitação dos processos de execução fiscal, com efeitos desde o dia 1 de janeiro até ao dia 31 de março de 2021, incluindo a suspensão de novas instaurações.

Igualmente no âmbito daquela medidas de mitigação foi instituído o regime dos Planos Oficiosos de Pagamento em Prestações com dispensa de garantia, para contribuintes singulares com dívidas inferiores a 5 mil euros, e 10 mil euros para contribuintes coletivos, enquanto medida excecional de flexibilização do cumprimento das obrigações fiscais, quer declarativas quer de pagamento.

A lei que trava a venda de casas de habitação que servem de morada de família, quando penhoradas por existência de dívidas fiscais, permite ao devedor ir pagando a dívida causa à medida das suas possibilidades.

De fora deste regime de salvaguarda ficam apenas “os imóveis cujo valor tributável se enquadre, no momento da penhora, na taxa máxima” de IMT na aquisição de casas destinadas a habitação própria e permanente, ou seja, aqueles cujo valor patrimonial supere os 580.066 euros – valor que pelo Orçamento do Estado para 2023 avança para 603.289 euros.

Ainda assim, mesmo nestes casos, a lei determina que “a venda só pode ocorrer um ano após o termo do prazo de pagamento voluntário da dívida mais antiga”.

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Greve na CP e IP obrigou a suprimir 136 comboios até às 8h00

  • Lusa
  • 23 Dezembro 2022

Até às 8h00 desta sexta-feira, a greve na CP e Infraestruturas de Portugal obrigou à supressão de 136 comboios, tendo circulado 109. A paralisação terá uma duração de 24 horas.

A greve na CP e Infraestruturas de Portugal (IP) obrigou esta sexta-feira de manhã à supressão de 136 comboios, tendo circulado 109 até às 08h00, segundo fonte da CP – Comboios de Portugal.

A mesma fonte disse ainda que estão a ser cumpridos os serviços mínimos previstos, que integravam apenas estes 109 comboios, de um total programado de 245 até às 08h00.

Os trabalhadores da CP e da IP cumprem esta sexta-feira o primeiro de dois dias greve, para reivindicar um prémio financeiro que compense a perda de poder de compra em 2022.

A greve, que decorre esta sexta-feira e no dia 26, foi convocada por uma plataforma de vários sindicatos que representam os trabalhadores da CP e da IP, que exigem um prémio financeiro que compense a perda do poder de compra verificado no ano 2022, a atualização do subsídio de alimentação e o fim da “discriminação entre trabalhadores”.

A CP colocou na quinta-feira uma nota na página da internet a alertar para a previsão de “perturbações na circulação de comboios, a nível nacional”, “com possível impacto nos dias anteriores e seguintes aos períodos de greve”, lamentando ainda os transtornos causados.

Os clientes que já tinham comprado bilhetes para comboios cancelados podem pedir o reembolso total do valor, até 10 dias após terminada a greve, ou a revalidação gratuita para outro comboio da mesma categoria.

A plataforma que convocou a greve inclui a ASCEF – Associação Sindical das Chefias Intermédias de Exploração Ferroviária, a ASSIFECO – Associação Sindical Independente, o FENTCOP – Sindicato Nacional dos Transportes, Comunicações e Obras Públicas, o SINDEFER – Sindicato Nacional Democrático da Ferrovia, o SINFA – Sindicato Independente dos Trabalhadores Ferroviários de Infraestruturas e Afins, o SINFB – Sindicato Independente Nacional dos Ferroviários, o SIOFA – Sindicato Independente dos Operacionais e Afins e o STF – Sindicato dos Transportes Ferroviários.

A paralisação terá uma duração de 24 horas tanto esta sexta-feira como no dia 26 e prevê ainda uma “greve ao trabalho suplementar, incluindo feriados e dias de descanso semanal, desde as 00h00 de 23 de dezembro às 24h00 de 2 de janeiro de 2023”.

Os trabalhadores da CP e IP estiveram em greve no passado dia 30 de novembro, o que levou ao cancelamento de centenas de comboios.

Adesão de 80%

A adesão à greve dos trabalhadores da CP ronda os 80%, avançou à Lusa uma fonte sindical.

“A adesão dos trabalhadores ronda os 80%, os restantes estão a trabalhar porque têm que cumprir os serviços mínimos”, adiantou António Pereira, dirigente do Sindicato Independente Nacional dos Ferroviários (SINFB), que integra a plataforma de vários sindicatos que representam os trabalhadores da CP e da IP.

O sindicalista adiantou que foi tentado “tudo por tudo” para não avançar para a greve, mas, disse, “o ministro das Finanças optou por perder milhares de euros nestes quatro dias de greve em prol de dar algum aos trabalhadores”.

“Só estão a realizar-se os comboios dos serviços mínimos, as bilheteiras estão praticamente fechadas pelo país inteiro. Há uma forte adesão, é uma grande greve”, salientou António Salvado.

Segundo o dirigente sindical, “as Infraestruturas de Portugal têm tolerância de ponto, mas até esta hora a adesão é praticamente de 100%”.

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Do cinema aos podcasts. As escolhas de… Sílvia Barata, presidente da BP Portugal

A líder dos destinos da BP Portugal gosta de cinema e de refletir com os filmes, de ler sobre geografia e compreender o mundo atual, de ouvir TED Talks que a façam sair da sua zona de conforto.

Amante da sétima arte, “fanática” pela bolsa de valores e uma eterna curiosa pelas áreas das ciências naturais, biologia e geografia, Sílvia Barata gere os comandos da BP Portugal desde agosto. Assumiu o cargo numa casa que já conhece muito bem. “Tenho 50 anos, 30 dos quais na BP”, conta. Com apenas 19 anos, a presidente da BP Portugal, que acumula com o cargo de direção de operações de retalho, começou jovem na Mobil. “Estudava à noite e trabalhava durante o dia na Mobil, na área financeira, que estava mais relacionada com a minha licenciatura. À medida que o tempo foi passando, fui transitando de áreas mais de back office ou financeiras para áreas mais híbridas, de gestão de negócio ou de aproximação ao negócio”, recorda.

Apesar de gostar mais de desempenhar cargos em geografias internacionais, Sílvia Barata ocupa agora, depois de vários anos, uma função centrada exclusivamente em Portugal. “Gosto de trabalhar com pessoas e culturas diversas. Obriga-me a sair um bocadinho do meu status quo”, confessa. Aceitar o desafio de liderar o braço português da multinacional foi uma “decisão natural”. “Era uma opção que, quer a empresa, quer eu, víamos como viável, e é um orgulho representar esta empresa.”

Pela frente, tem um contexto volátil, mas também muito desafiante. “A transição energética obriga-nos a estar quase todos os dias a pensar no que vem a seguir, em quais são as novas energias, as novas ofertas, no que o cliente quer e em como temos de ajustar-nos”, considera. “Traz desafios, muito trabalho, dúvidas e alguns receios, mas traz enormes oportunidades para o negócio e para as pessoas, e até novas formas de trabalhar.”

Às vezes, não sou muito fácil de lidar [devido ao meu alto nível de exigência]. Mas também sei reconhecer quando um trabalho é bem feito.

Sílvia Barata

Presidente da BP Portugal

A transição energética não se faz de um dia para o outro, nem sem o assumir de responsabilidades. “Empresas como a nossa, que foram parte do problema, têm de fazer parte da solução. Não podemos ser hipócritas e pensar que não criámos um problema. Cada um de nós tem de dar o exemplo e tem de fazer um pouco para se fazer a transição energética. Não são só as empresas do setor, os governos, os consumidores também. Esses são aqueles que, se calhar, de forma efetiva, poderão forçar positivamente empresas como a BP e outras a acelerar essa mesma transição energética”, defende.

Como líder, Sílvia Barata diz que faz muitas perguntas e tem um nível de exigência elevado. “Às vezes, não sou muito fácil de lidar nesse sentido. Mas também sei reconhecer quando um trabalho é bem feito.”

Perguntámos à gestora quais as suas escolhas:

Um livro

“Prisioneiros da Geografia”, de Tim Marshall (Desassossego)

“Tirei este livro da mesinha de cabeceira do meu marido exclusivamente por causa da guerra. Queria perceber o impacto da geografia nas decisões políticas a nível internacional: o porquê de determinado tipo de ações no Médio Oriente, na China, na Rússia, na Europa; o que leva a determinado tipo de sanções; a determinado tipo de políticos tomarem certas decisões… Teve mais a ver com cultura geral. Perceber o que é que está por trás dessas intenções, muitas delas relacionadas com o facto de haver água, petróleo, recursos energéticos, e que levam a que existam guerras.”

Um filme

“A Cor Púrpura”, de Steven Spielberg

“Adoro cinema. Talvez um dos filmes que mais me marcou foi ‘A Cor Púrpura’, de Steven Spielberg. É a história de uma mulher que se vê obrigada a casar dentro de um casamento violento e mostra a forma como duas amigas acabam por, entre elas, se recriar e ajustar a essa mesma realidade – uma realidade difícil – com a força uma da outra. É algo atual, que ainda existe na sociedade, e creio que somos muito mais fortes quando somos um todo. Este filme reflete essa carga emocional.”

Uma app

Bolsa

“Sou fanática de bolsa. Ando sempre a ver quais são os movimentos das principais empresas. Sou assim desde pequenina. O meu pai passou-me este vício. É uma aplicação que gosto muito.”

Um podcast

TED Talks Daily

“Não sou uma utilizadora assídua de podcasts, mas gosto muito de ouvir TED Talks. É algo que me faz sair um bocadinho do ambiente de trabalho e ouvir outras coisas, seja tecnologia, ciências, geografia… Ajuda-me a ter um espírito de inovação e isso também me obriga a refletir, muitas vezes até no fim de semana. Acaba por trazer-me novas ideias de trabalho, o que é ótimo. Também oiço, às vezes, o Camilo Oliveira, dependendo do tipo de assuntos que aborda, e o Governo Sombra – mas isso oiço mais na TSF, quando estou a ir para casa – pois gosto da dinâmica que têm. São homens inteligentes a falar de temas atuais, e que nos obrigam a refletir.”

http://videos.sapo.pt/GfzZw5444PFknB1guC9y

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Galp estima “impacto potencial” até 100 milhões de euros com taxa sobre lucros extraordinários este ano

A taxa extraordinária que vai ser aplicada aos lucros das empresas dos setores energético e da distribuição poderá ter um impacto potencial de até 100 milhões de euros para a Galp este ano.

A Galp GALP 0,00% estima que a “taxa temporária” que vai ser aplicada aos lucros excessivos nos setores energético e da distribuição alimentar terá um “impacto potencial” de até 100 milhões de euros nas contas da empresa, no que diz respeito ao ano de 2022.

Numa estimativa preliminar, dada a conhecer ao mercado, a petrolífera refere que “este novo imposto poderá potencialmente impactar a Galp em até 100 milhões de euros face ao ano fiscal de 2022″, revela em comunicado divulgado através da Comissão do Mercado de Valores Mobiliário (CMVM). A taxa deverá aplicar-se não só aos resultados de 2022 como aos de 2023, lembra a companhia.

Em causa está a medida proposta pelo Governo e aprovada pela Assembleia da República, em votação final global, na quinta-feira, que prevê a aplicação de uma contribuição de solidariedade temporária (CST) sobre os lucros extraordinários de determinadas empresas dos setores da energia e da distribuição alimentar, à luz das pressões inflacionistas. O objetivo é taxar em 33% os lucros extraordinários destes dois setores que se verifiquem nos exercícios fiscais de 2022 e 2023, entendo por extraordinários os lucros que excedam em 20% a média dos últimos quatro anos.

Ainda assim, o diploma consagra uma isenção desta taxa para as micro e pequenas empresas, determinando, no entanto, que esta isenção “não é aplicável” quando estiver em causa um sujeito passivo abrangido pelo “regime especial de tributação dos grupos de sociedades” e o “volume de negócios do grupo de sociedades por referência ao período de tributação em causa for superior a 100 milhões de euros”.

Apesar de reconhecer uma larga margem de erro, o Governo estima que o novo imposto deverá permitir receitas entre os 50 milhões e 100 milhões de euros. Esta medida está a ser bastante criticada pelo setor da distribuição, que admite vir a recorrer a tribunal. Ao ECO, aquando do anúncio da medida, o diretor-geral da APED lembrou que setor “já é altamente tributado”.

(Notícia atualizada pela última vez 09h28)

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Indico investe 4,4 milhões em startups de inteligência artificial e proteção dos oceanos

  • Lusa
  • 23 Dezembro 2022

Cinco startups focadas em Inteligência artificial (IA) e proteção dos oceanos vão receber investimento da Indico, gestora de fundos de capital de risco. A empresa aplica 4,4 milhões de euros.

A gestora de fundos de capital de risco Indico anunciou esta sexta-feira um investimento de 4,4 milhões de euros em cinco startups, duas das quais ligadas à inteligência artificial e três à proteção dos oceanos.

“A Indico Capital Partners anunciou formalmente um investimento em cinco startups no valor de 4,4 milhões de euros, elevando o total de empresas aceites em 2022, no Indico Founders Program Powered by Google for Startups, para seis empresas”, informou, em comunicado.

O programa Indico Founders foi lançado em 2020 e, este ano, foram seis as empresas selecionadas de entre um recorde de 292 candidaturas até ao momento.

Esta edição do programa conta, pela primeira vez, com a participação de empresas relacionadas com o oceano, sendo que o “fundo dedicado aos oceanos, de ação climática e com 50 milhões de euros para investir é totalmente dedicado ao financiamento de empresas sustentáveis e inovadoras em estágio inicial e ou em expansão nos múltiplos setores da economia azul”.

“Todas as seis empresas têm um grande potencial e estamos particularmente felizes por começar a investir em empresas que possam ter um impacto positivo nos oceanos e, portanto, nas mudanças climáticas que enfrentamos”, referiu, na mesma nota, o responsável da Indico Stephan Morais.

Os fundos da Indico contam já com mais de 40 milhões de euros aplicados em 34 empresas de carteira, que, em conjunto, angariaram mais de 1.700 milhões de euros de investidores desde 2019.

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Bilhetes da Fertagus sobem em 2023. De Lisboa a Corroios custa mais 20 cêntimos

Transportadora do comboio da ponte 25 de abril de Lisboa a Setúbal aplica aumento médio dos bilhetes de 6,11%. Preço dos passes fica congelado.

Os bilhetes da Fertagus vão ficar mais caros em 2023. A empresa que opera os comboios entre Roma-Areeiro e Setúbal, atravessando a ponte 25 de abril, decidiu aplicar um aumento médio das tarifas de 6,11%, teto máximo definido pela Autoridade da Mobilidade e dos Transportes. No entanto, em alguns troços, os aumentos são superiores à média.

Exemplo disso é o percurso Lisboa-Corroios: a partir de 1 de janeiro, irá pagar mais 20 cêntimos por uma viagem, que custará 2,50 euros – a subida é de 8,7%. Mais adiante, o bilhete entre Lisboa e Coina vai custar 3,70 euros, mais 30 cêntimos do que atualmente – o agravamento é de 8,8%. De uma ponta à outra da Fertagus, terá de pagar 4,85 euros para a viagem Lisboa-Setúbal, mais 25 cêntimos do que atualmente – a tarifa sobe 5,4%, abaixo da média.

Tarifário dos bilhetes da Fertagus para 2023

Os aumentos de preços da Fertagus incluem os bilhetes pré-comprados de 5 e de 10 viagens. No entanto, há preços que ficaram congelados: é o caso do bilhete de 10 viagens entre Lisboa e Setúbal, que em 2023 continuará a custar 41,10 euros.

Para escapar aos aumentos dos bilhetes, é necessário aderir ao passe Navegante Metropolitano ou Municipal, que vai continuar a custar, respetivamente, 40 e 30 euros em 2023. Este passe dá acesso a todos os meios de transporte dentro de toda a área metropolitana de Lisboa ou dentro de um dos 18 concelhos da região. O Governo determinou o congelamento dos preços, ao abrigo do pacote de apoios às famílias. As autoridades de transporte vão receber compensações do Estado.

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CGD quer abrir serviços de saúde dos bancários ao público em 2023

  • ECO
  • 23 Dezembro 2022

Com uma taxa de ocupação média dos sete centros clínicos para os bancários da CGD a rondar os 32%, os serviços sociais do banco querem abrir oferta ao público para a rentabilizar.

Como parte de uma estratégia de rentabilização, a Caixa Geral de Depósitos (CGD) quer abrir os serviços sociais do banco ao público no primeiro trimestre de 2023, noticia o Jornal Económico esta sexta-feira. Com cada vez menos bancários e menores taxas de ocupação, a rondar em média os 32%, o objetivo é permitir a utilização pública dos sete centros clínicos que tem espalhados pelo país, que têm gestão autónoma.

“Tendo em conta a necessidade de assegurar a sua sustentabilidade face à previsível redução do universo de utentes a servir, com uma pirâmide etária invertida e com a acentuada redução de entradas de novos funcionários, bem como as taxas de ocupação verificadas, bastante aquém da sua capacidade, temos de alterar o paradigma”, disse ao jornal o presidente da direção dos SSCGD (Serviços Sociais da CGD), José Pastor.

Assim, o responsável acrescentou que faz “sentido que, no decurso do primeiro trimestre de 2023, possamos permitir o acesso a estes serviços de saúde a terceiros, para além dos atuais utentes compostos em exclusividade por trabalhadores e reformados da CGD, e que encontrarão nas nossas infraestruturas um acesso rápido a um conjunto relevante de serviços médicos, num contexto de acessibilidade particularmente difícil”.

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