Mecanismo de antecipação do PT2030 já pagou 270 milhões

Reprogramação dos programas operacionais está a ser feita à medida. "Acertos" serão os "adequados" a cada caso. "Não são sempre os mesmos", explicou Mariana Vieira da Silva.

O novo quadro comunitário de apoio ainda não está totalmente definido, mas graças ao mecanismo de antecipação criado, o Portugal 2030 já tem a concurso 892 milhões de euros, anunciou a ministra da Presidência esta quarta-feira. Estão aprovados 626 milhões de euros dos quais 270 milhões já foram pagos, revelou Mariana Vieira da Silva na Comissão de Economia e Obras Públicas e Habitação.

Na sua intervenção inicial, onde fez questão de sublinhar por várias vezes o papel dos fundos europeus na “oportunidade de Portugal dar um salto qualitativo com a transformação do seu tecido produtivo e reforço do Estado Social”, a ministra da Presidência, que tem a tutela dos fundos comunitários, recordou que já foi assinado o Acordo de Parceria do Portugal 2030 – o documento estratégico para a programação dos investimentos dos fundos da política de coesão e do Fundo Europeu dos Assuntos Marítimos, das Pescas e da Aquicultura (FEAMPA) que se centra nas prioridades da UE, estabelecendo a estratégia e as prioridades de investimento identificadas por cada Estado-membro.

Por outro lado, na passada quinta-feira Bruxelas deu luz verde a todos os programas do novo quadro. Além disso, nesse mesmo dia, o Executivo aprovou o modelo de governação dos fundos, assim como o regulamento geral e os regulamentos específicos dos vários programas. Estes regulamentos específicos já só deverão ser aprovados no primeiro trimestre de 2023, altura em que serão aprovados os critérios para a seleção dos comités de acompanhamento. Findo este trabalho serão lançados os primeiros concursos, que obedecerão a um planeamento anual para dar alguma previsibilidade aos apoios.

“Estão assim reunidas as condições de, no primeiro trimestre, os primeiros avisos do PT2030 serem colocados no terreno“, disse aos deputados.

Mas apesar de não haver uma abertura oficial de concursos, Mariana Vieira da Silva revelou que através do mecanismo de antecipação já foram a concurso 892 milhões de euros, estão aprovados 626 milhões, dos quais 270 milhões já foram pagos. O último balanço tinha sido feito em outubro pela presidente da Agência para o Desenvolvimento e Coesão, em entrevista ao Expresso (acesso pago) onde revelava que tinham sido postos a concurso 800 milhões de euros e pagos 262 milhões.

Este mecanismo de antecipação “foi usado em diversas respostas como o financiamento dos cursos profissionais, bolsas do ensino superior, apoios à deficiência, aos equipamento sociais“, enumerou a responsável.

Num recado ao PSD, a ministra da Presidência explicou que este mecanismo de antecipação e o esforço de avançar já no terreno com o pagamento de verbas do Portugal 2030 visa: “Garantir que, desta vez, não sofremos de algo penalizador para o nosso país que é uma transição de quadros com períodos que não totalmente serenos nem contínuos.” Mariana Vieira da Silva fazia referência à transição entre o QREN e o Portugal 2020, um quadro comunitário negociado com Bruxelas pelo Governo de Pedro Passos Coelho e que teve o seu primeiro concurso lançado em dezembro de 2021.

Mariana Viera da Silva sublinhou que “o Governo está emprenhado na total execução do PT2020 e espera no final do ano acelerar essa execução”. Com dados ainda referentes a outubro – uma taxa de execução de 80%, o que significa que falta executar 5,2 mil milhões de euros até ao próximo ano –, a responsável mostrou-se confiante de serem colocados no terreno os instrumentos necessários e que, apesar de Portugal estar “nos primeiro lugares ao nível da execução dos fundos”, vai “usar todas as linhas de flexibilização da Comissão Europeia e todos os instrumentos que colocou no terreno para monitorizar de forma próxima e regular as metas definidas”, disse.

A ministra da Presidência garantiu que Portugal fará “uma plena utilização dos fundos disponíveis” e que está a ser feita uma gestão de grande proximidade dos fundos comunitários” estando agora, “nesta fase final, as autoridades de gestão a definir a sua última reprogramação”. Nessa reprogramação serão feitos “os acertos que, para cada um dos casos, forem adequados e não são sempre os mesmos”, explicou Mariana Vieira da Silva.

Em cima da mesa poderá estar o aumento da comparticipação dos investimentos já realizados, mas a responsável disse que essa “não deverá ser a regra”. “Há programas operacionais que precisam de responder ao aumento de preços e tudo isso depende da disponibilidade financeira que cada um dos programas tem”, disse ainda. “É nessa gestão de proximidade que temos estado a trabalhar com as Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) no caso dos Programas Operacionais Regionais e com as autoridades de gestão no caso dos Programas Operacionais Temáticos, concluiu.

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Fitch melhora rating das obrigações hipotecárias do Montepio

  • ECO
  • 21 Dezembro 2022

Agência de notação financeira norte-americana melhorou o rating das obrigações hipotecárias do Banco Montepio de AA- para AA, "reforçando a classificação de risco na categoria de Investimento".

A Fitch melhorou o rating das obrigações hipotecárias do Banco Montepio de AA- para AA, “reforçando a classificação de risco na categoria de Investimento”, adianta a instituição financeira em comunicado.

Esta decisão é justificada na sequência da subida do rating de longo prazo do Banco Montepio, “face ao progresso apresentado na diminuição de risco no Balanço, nomeadamente na redução de ativos não produtivos e de ativos não estratégicos em benefício da posição de capital”, lê-se ainda, na nota de imprensa.

Na segunda-feira, a agência de notação financeira norte-americana tinha subido o rating de longo prazo Montepio em um nível, de “B-“ para “B”, mantendo-se na categoria considerada investimento especulativo ou “lixo”. Na altura, a Fitch estimou que o rácio de ativos tóxicos do Banco Montepio tenha caído para cerca de 10,2% no final de setembro, acima, contudo, da média dos bancos do Sul da Europa, que se situava nos 6,9%.

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Trabalhadores dos portos iniciam na quinta-feira greve de vários dias até 30 de janeiro

  • Lusa
  • 21 Dezembro 2022

O Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Administrações Portuárias convocou uma greve de vários dias, que começa na quinta-feira e se prolonga até 30 de janeiro e abrange vários portos.

O Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Administrações Portuárias (SNTAP) convocou uma greve de vários dias, que começa na quinta-feira e se prolonga até 30 de janeiro e abrange os portos do continente, Madeira e Açores.

De acordo com o documento enviado ao Governo, secretarias regionais e administrações portuárias, os trabalhadores dos portos do continente e da Madeira vão estar em greve “das 00h00 do dia 22 de dezembro até às 24h00 do dia 23 de dezembro”, “das 00h00 do dia 27 de dezembro até às 24h00 do dia 29” e “das 00h00 às 24h00 dos dias 2, 6, 9, 13, 16, 20, 23, 27 e 30 de janeiro”.

“No que se refere aos navios de mercadorias provenientes ou destinados aos portos das regiões autónomas da Madeira e dos Açores serão asseguradas nos dias de greve acima indicados as respetivas operações no período compreendido entre as 08h00 e as 17h00, não devendo ser iniciada qualquer operação que não possa ser terminada ou interrompida fora do período definido”, indicou o sindicato.

Já nos Açores, “não serão executadas quaisquer operações ou atividades nos períodos compreendidos entre as 08h00 e as 10h00 e as 14h00 e as 16h00, de segunda a sexta-feira, nos dias 22, 23, 27, 28 e 29 de dezembro” e nos dias “2, 6, 9, 13, 16, 20, 23, 27 e 30 de janeiro”.

Também nos Açores, naqueles dias, “não será prestado trabalho extraordinário de segunda a sexta-feira, inclusive no período das 00h00 às 08h00”, nem será prestado “qualquer serviço aos navios de cruzeiro”.

O sindicato acusa as administrações portuárias de “ausência total de disponibilidade” para dialogar sobre a proposta de revisão salarial para 2023, tendo o SNTAP feito “vários pedidos de reunião” que ficaram sem resposta, “nomeadamente por parte das administrações de Sines e de Lisboa”.

Os representantes dos trabalhadores apontam ainda a “subsistência de graves situações” de violação da legislação e do acordo coletivo de trabalho em vigor, incluindo um caso que classifica como “assédio laboral” a um trabalhador do porto de Sines.

Os serviços mínimos propostos pelo sindicato incluem operações de transporte de medicamentos e artigos hospitalares, de mercadorias perigosas, de carga e descarga de animais vivos e géneros alimentares deterioráveis, intervenções indispensáveis em caso de incêndio, abalroamento, água aberta e encalhe de navios, saída de navios petroleiros ou com carga perigosa a bordo, por razões de segurança, serviços de bancas e navios humanitários e militares portugueses e ainda a movimentação de navios necessários para evitar a rutura de abastecimento de aeronaves militares e, caso seja necessário, o abastecimento de combustíveis para não provocar a paragem das refinarias.

Estão ainda incluídos a movimentação de navios para desembarque de doentes, feridos graves, ou mortos, a manutenção das condições de segurança do porto e intervenção em caso de incidentes e, no Porto Santo (Madeira), serão asseguradas as operações dos navios de combustível.

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Viagem de metro em Lisboa custa mais 15 cêntimos em 2023

Bilhete mais barato para viajar no metro e no autocarro na capital aumenta 10%, ao nível da taxa de inflação. No Porto, subidas na STCP e no metro são inferiores.

O bilhete mais barato para andar no metro e nos autocarros da Carris vai custar mais 15 cêntimos em 2023. A partir de 1 de janeiro, o bilhete combinado, que permite circular nos dois meios de transporte da capital durante uma hora consecutiva, vai passar a custar 1,65 euros, em vez dos atuais 1,50 euros, segundo informação divulgada na terça-feira na página do Metropolitano de Lisboa.

O mesmo preço aplica-se aos bilhetes Viva Go, em que um cartão bancário é associado ao sistema de transportes Lisboa Viva através de uma caixa de Multibanco. Quando encontrar um validador, basta encostar o cartão bancário à máquina para a viagem ser comprada.

O aumento de 10% no bilhete mais barato é superior aos 6,11% definidos como limite da taxa de atualização tarifária média pela Autoridade da Mobilidade e dos Transportes no final de outubro.

Se comprar um cartão de pré-carregamento Zapping, a viagem de metro e da Carris passará a custar 1,47 euros a partir de 1 de janeiro, mais 12 cêntimos do que atualmente. Neste título de transporte, a viagem é válida durante uma hora consecutiva, mas tem de escolher o metro ou o autocarro. No Zapping e no bilhete combinado é necessário ainda pagar 50 cêntimos pelo cartão Viva Vagem, válido durante um ano.

Os bilhetes para uma viagem vão ter um aumento mais expressivo do que os títulos combinados de 24 horas: o bilhete Carris/Metro passará a pagar mais 15 cêntimos, para 6,60 euros; se acrescentar os barcos da Transtejo do Cais do Sodré até Cacilhas, o bilhete vai custar mais 10 cêntimos, para 9,70 euros.

Na restante Área Metropolitana de Lisboa, os preços dos bilhetes de autocarro vão ficar congelados durante 2023, conforme já anunciado pela Carris Metropolitana. A partir de janeiro, os autocarros operados sob esta marca vão chegar à margem norte desta área metropolitana.

Também há aumentos no Porto

No Porto, andar no metro e no autocarro também vai ficar mais caro. Se comprar um bilhete e andar uma ou duas zonas (Z2), vai pagar mais cinco cêntimos pelo bilhete, para 1,30 euros, o que se traduz num aumento de 4%, segundo informação do sistema de bilhética Andante. Se andar três zonas (Z3), o aumento passa a ser de 10 cêntimos.

Ao contrário do que acontece em Lisboa, os aumentos mais expressivos estarão nos bilhetes de 24 horas (Andante 24): o bilhete Z2 custará mais 50 cêntimos, para 4,70 euros, o que corresponde a mais 11,9%. Para a zona Z3, o aumento também é de 50 cêntimos, para 6,05 euros, o que leva a uma subida em menor proporção.

Se comprar o bilhete dentro de um autocarro dentro da Área Metropolitana do Porto, passará a pagar 2,50 euros: no caso da STCP, o aumento é de 50 cêntimos.

No caso da Área Metropolitana do Porto, existe a aplicação móvel Anda, para o sistema operativo Android (Google), que permite “pagar no final do mês o valor mais económico pelas viagens realizadas, nomeadamente impedindo que o custo total das viagens ocasionais ultrapasse o valor de uma assinatura mensal”. Pode adicionar um cartão bancário a esta aplicação sem ter de deslocar-se a uma caixa Multibanco.

Quem tem passe de transportes não vai pagar mais em 2023 do que atualmente porque o Governo determinou o congelamento dos preços, ao abrigo do pacote de apoios às famílias. As autoridades de transporte vão receber compensações do Estado para congelar estes aumentos.

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Hovione dá apoio de 1.000 euros para aliviar impacto da inflação

O bónus aos 1.600 colaboradores da empresa da indústria farmacêutica será atribuído através de um cartão de compras.

A Hovione vai atribuir este mês de dezembro um bónus de 1.000 euros em dezembro aos 1.600 colaboradores da empresa da indústria farmacêutica em Portugal para mitigar o impacto da inflação.

“Com a inflação homóloga em Portugal a alcançar os 9,9% em novembro, criou-se uma pressão significativa sobre o orçamento financeiro de muitas famílias. Depois de rever o orçamento salarial duas vezes este ano para ter em conta o impacto do aumento da inflação, a Hovione decidiu agora apoiar ainda mais os seus colaboradores, oferecendo um bónus especial de alívio da inflação”, justifica a empresa em comunicado.

O bónus extraordinário é entregue a “todos os colaboradores da empresa em Portugal independentemente da antiguidade”, abrangendo um total de 1.600 pessoas.

O apoio é entregue através de “um cartão de compras que dá acesso a uma variedade de lojas que cobrem desde a alimentação à saúde, desde o vestuário a equipamentos”.

A companhia, com fábrica em Loures e presença nos Estados Unidos, Irlanda e Macau, junta-se assim a um conjunto de empresas de setores distintos que têm vindo a avançar com medidas de apoio para aliviar o impacto da inflação nos rendimentos. Caixa, Santander, Novobanco, Jerónimo Martins ou CTT são apenas alguns dos casos.

“O Natal na Hovione Portugal implica também uma Festa de Natal para todos os membros da equipa, Cabazes de Natal e presentes especiais para os filhos dos colaboradores”, refere a companhia.

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Vieira da Silva promete reforçar equipas dos fundos no próximo ano

"Teremos de reforçar para este novo período até porque o tempo vai passando e as pessoas aposentam-se e essa é uma das áreas de reforço para o próximo ano", disse a ministra da Presidência.

A ministra da Presidência deu a garantia esta quarta-feira de que haverá um reforço, no próximo ano, das equipas que acompanham os fundos europeus, respondendo assim aos vários alertas de que não existem recursos suficientes, o que poderá pôr em causa a execução dos fundos.

Muitos dos funcionários que trabalham com os fundos europeus tinham vínculos precários, mas, em 2018, no âmbito do Programa de Regularização Extraordinária dos Vínculos Precários na Administração Pública (PREVPAP), foi aberta a possibilidade de estes trabalhadores passarem a integrar as estruturas gestoras dos fundos europeus, com contrato de trabalho por tempo indeterminado. Em causa estavam os trabalhadores afetos aos Programas Operacionais do Portugal 2020, ao abrigo de contrato a termo ou de prestação de serviço (recibos verdes), desde que o desempenho das atividades nestas estruturas correspondesse a, pelo menos, 70% do seu período normal de trabalho e que a remuneração fosse financiada pelos fundos comunitários.

Os trabalhadores que assim o desejaram foram integrados na carreira correspondente às funções exercidas que deram origem à sua integração e, no caso das carreiras pluricategoriais, na respetiva categoria de base, na modalidade de contrato de trabalho em funções públicas por tempo indeterminado depois de aprovado em concurso.

Mas, ao perderem o vínculo precário, estes trabalhadores passaram a ter acesso aos mecanismos de mobilidade dentro da Função Pública, o que veio criar um desafio adicional para a área dos fundos. Por isso, Mariana Vieira da Silva avançou que o Executivo está “a trabalhar para reforçar equipas no próximo quadro comunitário”.

“O sistema de desprecarização para a área dos fundos comunitários permitiu ter um quadro centralizado na Agência para o Desenvolvimento e Coesão (AD&C) que vai permitindo responder”, disse a ministra da Presidência na audição regimental da Comissão de Economia e Obras Públicas. “Teremos de reforçar para este novo período até porque o tempo vai passando e as pessoas aposentam-se e essa é uma das áreas de reforço para o próximo ano”, avançou em reposta à questão colocada pela deputada do Bloco de Esquerda Mariana Mortágua.

O pedido de reforço de meios tem-se intensificado à medida que aumenta a pressão sobre a execução dos fundos europeus. O presidente da Estrutura de Missão Recuperar Portugal, que coordena o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), por exemplo, defendeu a necessidade de reforçar os recursos humanos que garantem a boa execução do PRR. “Esta execução envolve 68 beneficiários, responsáveis por lançar os avisos de candidatura, bem como fazer a avaliação dos projetos submetidos. Tem sido necessária uma enorme entrega de todas essas entidades envolvidas responsáveis pela execução, para fazer acontecer. Pelo referido, o reforço de recursos humanos é importante para continuar este caminho”, disse Fernando Alfaiate, em declarações ao ECO.

Pedro Dominguinhos, presidente da Comissão Nacional de Acompanhamento do PRR, em entrevista ao Expresso (acesso pago), reconheceu que o recrutamento de recursos humanos tem-se revelado “difícil” e por isso sugeriu que se equacione a externalização de tarefas para fazer face ao volume de candidaturas. E dá um exemplo: “O Fundo Ambiental contratou duas universidades para fazerem a análise técnica das propostas. Isso também não é novidade para o IAPMEI ou para a ANI — Agência Nacional de Inovação, que já recorrem a peritos”, designadamente no Portugal 2020.

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Nem todas as micro e pequenas empresas estão excluídas da nova taxa sobre a distribuição alimentar

As micro ou pequenas empresas que se insiram num grupo que tenha lucros superiores a 100 milhões de euros serão também abrangidas pela nova contribuição.

A Comissão de Orçamento e Finanças aprovou, esta quarta-feira, um aditamento à proposta de lei que regulamenta as contribuições de solidariedade temporárias sobre os setores da energia e da distribuição alimentar. Nem todas as microempresas estarão isentas de pagar esta contribuição, criando-se uma exceção ao que estava previsto na versão inicial. Aquelas que se insiram num grupo que tenha lucros superiores a 100 milhões de euros serão também abrangidas pela nova contribuição.

Este aditamento foi proposto pelo Partido Socialista (PS) e foi a única alteração aprovada pela Comissão de Orçamento e Finanças durante a discussão e votação, na especialidade, da proposta de lei.

No artigo 7.º da proposta, onde se preveem as exclusões, lia-se que estariam excluídos da contribuição que incide sobre a distribuição alimentar “os sujeitos passivos que qualifiquem, no período de tributação da contribuição [2022 e 2023], como micro ou pequena empresa”.

Agora, a este ponto segue-se um segundo, que abre uma exceção: “não é aplicável o disposto no número anterior quando for aplicável ao sujeito passivo o regime especial de tributação dos grupos de sociedades (…) e o volume de negócios do grupo de sociedades por referência ao período de tributação em causa for superior a 100.000.000”.

Foram chumbadas todas as restantes propostas de alteração, que passavam por excluir as médias empresas (PSD), aumentar a transparência na utilização dos fundos através da criação de um relatório regular (PSD), excluir lucros extraordinários não decorrentes da operação, por exemplo aqueles que decorram da venda de um ativo (Chega) ou alargar a contribuição à banca (PCP).

Esta contribuição extraordinária consiste na criação de uma taxa de 33% que incide sobre os lucros extraordinários (ou seja, aqueles que estejam 20% acima da média dos quatro anos compreendidos entre 2018 e 2021), e será aplicada sobre empresas do setor da energia ligadas ao setor fóssil e a empresas de distribuição alimentar com mais de 25% das receitas provenientes do retalho alimentar.

O Governo “bebeu” da proposta criada a nível europeu, que contempla apenas as empresas energéticas, acrescentando o setor do retalho porque, explicou o deputado Miguel Cabrita perante a comissão, considerou que este era o menos castigado com contribuições extraordinárias. No caso das empresas do setor energético já está em vigor, desde 2014, a Contribuição Extraordinária Sobre o Setor Energético, e as elétricas estão a contribuir para reduzir as tarifas dos consumidores ao serem obrigadas a sacrificar margens na sequência da aplicação do mecanismo ibérico.

A banca paga a chamada taxa de solidariedade, criada em 2020 para ajudar a superar a crise decorrente da Covid-19. No setor do retalho, contudo, existe também a Taxa de Segurança Alimentar Mais (TSAM). Nunca foi pago, por exemplo, pelo grupo Jerónimo Martins, pelo que este acumula 22 milhões em dívida, relatava em junho o Observador.

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Proença-a-Nova investe um milhão de euros na melhoria do parque habitacional

  • Lusa
  • 21 Dezembro 2022

A Câmara Municipal de Proença-a-Nova investe um milhão de euros na melhoria e reabilitação do parque habitacional como forma de atrair e fixar mais pessoas no concelho.

Solucionar situações de habitacionais indignas assim como melhorar e reabilitar o parque edificado, e avançar com incentivos ao arrendamento. Estas são algumas das medidas previstas na Estratégia Local de Habitação para Proença-a-Nova, aprovada recentemente, pela Assembleia Municipal, para atrair e fixar mais pessoas no concelho.

“Em 2028, Proença-a-Nova deverá destacar-se enquanto território capaz de garantir uma habitação digna para todos, colmatando situações de carência existentes, prevenindo novas situações, agindo de forma responsável e inclusiva na resposta a desafios demográficos, sociais e económicos específicos do seu enquadramento territorial”, refere, em comunicado, o município de Proença-a-Nova.

Refira-se que a Estratégia Local de Habitação é um documento que define a estratégia do município de Proença-a-Nova em matéria de habitação e que visa responder aos pressupostos do 1.º Direito – Programa de Apoio ao Acesso à habitação, envolvendo parceiros públicos e privados na sua concretização.

A Câmara Municipal de Proença-a-Nova estima que a implementação deste programa, concretamente a resolução das situações indignas ao abrigo do Programa 1.º Direito, “envolva um investimento global de cerca de 5 milhões de euros”, sendo que o investimento municipal “se cifrará em aproximadamente um milhão de euros”.

Já o investimento dos beneficiários diretos “corresponde a cerca de três milhões de euros e o investimento da Santa Casa da Misericórdia de Proença-a-Nova a 88 mil euros”.

Segundo a autarquia, “a iniciativa municipal será operacionalizada preferencialmente com a dinamização da reabilitação de imóveis, e de soluções conjugadas de aquisição de prédios –preferencialmente que se encontrem atualmente devolutos e degradados — e consequente reabilitação”.

Com estas medidas o município espera responder a alguns fatores críticos identificados, como a falta de condições das habitações, problemas relacionados com a oferta e a procura de habitação, fogos devolutos, entre outros.

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Ryanair investe 400 milhões em 18 novas rotas desde Porto e Faro

Companhia irlandesa limita investimento a Porto e Faro devido ao aumento das taxas aeroportuárias em Lisboa, Madeira e Açores. Investimento vai criar 120 postos de trabalho.

A Ryanair vai criar mais 18 novas rotas para ligar o Porto e Faro ao resto da Europa no verão de 2023. A companhia irlandesa anunciou esta quarta-feira este investimento de 400 milhões de euros, que incluirá ainda a adição de quatro novas aeronaves e que que permitirá criar 120 postos de trabalho.

No próximo verão, desde o Porto, será possível viajar diretamente para Bristol (Inglaterra), Castellón (Espanha), Leeds (Inglaterra), Maastricht (Países Baixos), Nimes (França), Shannon (Irlanda), Estocolmo (Suécia), Estrasburgo (França), Trapani (Itália), Turin (Itália) e Cracóvia (Polónia).

para Faro, os novos destinos são Arhus (Dinamarca), Barcelona (Espanha), Beslfast (Inglaterra), Exeter (Inglaterra), Frankfurt AM (Alemanha), Roma Fiumicino (Itália) e Toulouse (França).

No lançamento destas rotas, a Ryanair está com uma promoção para viagens de três dias a partir de 29,99 euros. Os voos devem ser comprados até 23 de dezembro e as viagens devem ser feitas entre abril e outubro de 2023.

Estas novas rotas, que levarão à soma de quatro novas aeronaves, representam um investimento de 400 milhões de euros, anunciou esta quarta-feira a Ryanair, numa conferência de imprensa virtual com os jornalistas. Serão criados 120 postos de trabalho “altamente remunerados”.

A companhia low-cost explica que este crescimento no Porto e Faro é “resultado direto da intervenção” da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), que tentou “impedir” que a ANA – Aeroportos de Portugal — a quem a Ryanair chama “operador aeroportuário monopolista” — “introduzisse taxas aeroportuárias excessivas em ambos os aeroportos”.

Recorde-se que a ANA tinha proposto subir as taxas aeroportuárias, em média, 10,81% nos aeroportos nacionais, mas a ANAC chumbou essa proposta e decidiu que, em Lisboa, a subida só poderá ser, no máximo, dois pontos acima da inflação, enquanto em Faro e no Porto o limite é mesmo a inflação.

A Ryanair nota que, “lamentavelmente, a intervenção da ANAC não foi suficiente noutros aeroportos, tendo Lisboa, Madeira e Açores aumentado significativamente as tarifas, colocando, além das taxas excessivas, uma outra ameaça ao crescimento do turismo em Portugal“. “Os turistas irão enfrentar custos mais elevados ao visitar a Madeira em relação a outros destinos de férias não europeus”, diz a companhia.

A empresa apela, assim, à ANAC e à ANA para “alargarem a redução das taxas aeroportuárias a todos os aeroportos portugueses e apela, uma vez mais, ao Governo português para confirmar a abertura do novo aeroporto de Lisboa assim que possível”.

É “cada vez mais provável” que o novo centro de treinos da Ryanair seja em Portugal

Na mesma conferência de imprensa, o CEO da Ryanair disse ser “cada vez mais provável” que o novo centro de treinos da companhia seja instalado em Portugal e não em Espanha. “Está a tornar-se cada vez mais provável que Portugal seja o vencedor, como sempre acontece quando o concorrente é Espanha”, disse Michael O’Leary.

A localização para o novo centro de treinos da companhia aérea ainda não está decidida, mas o responsável apontou que deverá ser anunciada “antes do final de janeiro”.

No início de setembro, Michael O’Leary disse que a Ryanair quer abrir um novo centro de treinos para pilotos e tripulantes de cabine na Península Ibérica e admitiu que o Porto é uma das hipóteses em consideração. No entanto, no final de outubro, em Lisboa, Eddie Wilson avançou que a decisão deveria ser tomada nos três meses seguintes e que Madrid se apresentava como uma opção com melhores conexões.

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Conheça os benefícios que deve dar aos colaboradores em 2023

  • Conteúdo Patrocinado
  • 21 Dezembro 2022

Muitas empresas aproveitam o final do ano para rever as políticas de compensação e orçamentos, onde se incluem os benefícios para colaboradores. Sabe quais são os mais relevantes? Conheça-os aqui.

A luta pelo talento e inflação faz com que seja cada vez mais importante para as empresas terem uma política de benefícios flexíveis, com soluções ajustadas às diferentes necessidades dos seus colaboradores e que aumentem o seu poder de compra. Esta é uma preocupação que tem vindo a crescer e, em altura de balanço de final do ano, são várias as empresas que aproveitam para rever as suas políticas de compensação e orçamentos, a fim de perceberem os benefícios que podem vir a adotar.

Mas será que todas as empresas sabem realmente o tipo de benefícios que os colaboradores mais valorizam? De acordo com o estudo “Future of Work Trends Post-Covid-19” da Gartner, é cada vez mais importante satisfazer as necessidades holísticas do colaborador, que compreendem o desenvolvimento pessoal e as suas responsabilidades familiares. Uma das tendências citadas por vários trabalhadores no trabalho pós-pandemia é precisamente a necessidade de receberem benefícios relacionados com o seu bem-estar físico e psíquico, com destaque para o apoio direto à saúde, formação e apoio à infância. Que benefícios devem, então, as empresas contemplar em 2023?

Subsídio de refeição em cartão refeição

Entre os benefícios sociais mais conhecidos está o subsídio de refeição. Ao atribuir o valor em vale social, neste caso através do cartão refeição, tem a vantagem de o valor isento ser superior porque se garante que o valor é de facto gasto para o fim com que foi atribuído. Esta é, assim, uma forma de apoiar os colaboradores e minimizar os impactos da inflação. A grande novidade é que, na sequência da Portaria n.º 280/2022, o montante isento de tributação sobe para 8,32€ em cartão.

Apoios infância e educação

As despesas com creches, infantários e educação representam uma grande fatia do orçamento familiar. Ao apoiar as despesas do colaborador nesta área, a empresa está a aumentar a liquidez e a garantir o bem-estar psíquico e emocional do seu colaborador, o que acaba por trazer benefícios para a própria companhia, uma vez que terá um trabalhador mais motivado. Além disso, ao atribuir o benefício através de títulos sociais, tanto a empresa como o colaborador têm vantagens fiscais.

De sublinhar que os vales sociais creche vão até aos 6 anos de idade, inclusive. Neste caso, a nível fiscal, empresa tem isenção total de TSU e Majoração de 40% em sede de IRC, enquanto o colaborador tem isenção total de IRS e Segurança Social. Não há qualquer limite de valor a atribuir. A empresa é que decide quanto entregar aos seus colaboradores.

Os benefícios de educação e formação são outra das opções a incluir no pacote de benefícios e que podem ser atribuídos através de vale social. Aqui há isenção de TSU para a empresa e para o colaborador. Estes vales não têm limite de idade, o que permite ao colaborador utilizá-lo nas despesas de educação e formação dos seus filhos ou para si mesmo (em cursos, pós-graduações, escolas de línguas e afins) – de destacar que a aposta no desenvolvimento e crescimento são fundamentais para os colaboradores, pelo que este também é um fator diferenciador e de motivação. Além disso, a formação dos colaboradores é um investimento e não um custo, até porque quanto mais competências o colaborador tiver, maior será o seu contributo para a empresa.

Benefícios de saúde

Desde o início da pandemia que os benefícios na área da saúde têm ganho um protagonismo crescente. São uma opção cada vez mais pedida pelos colaboradores e requerida pelas empresas, uma vez que assegurar o bem-estar do colaborador é cada vez mais fundamental.

A titularização deste benefício de saúde é mais fácil e prática do que outras soluções, uma vez que através de um cartão eletrónico a empresa pode dar ao colaborador um plafond para este utilizar em diferentes serviços e produtos na área da saúde – clínicas, hospitais, farmácias, óticas, entre outros. O colaborador tem liberdade para escolher como e onde usar o seu benefício e as empresas libertam-se da tarefa burocrática de validação de faturas.

Também aqui o valor atribuído por este meio é isento de segurança social para empresa e para o colaborador. Além disso, não há limite de valor, a empresa tem liberdade para decidir o montante que atribui e a cadência.

Apoio social

Por fim, existem ainda os benefícios de apoio social. Assim como se apoia as despesas que os colaboradores têm com a educação dos filhos, desta forma também se pode apoiar os encargos que, a partir de uma determinada idade, os colaboradores podem ter com os pais ou outros dependentes. Nestas despesas podem estar incluídas despesas com lares para os pais ou apoio domiciliário, por exemplo.

Tal como acontece com os benefícios na área da saúde, neste caso também é possível atribuir um vale social em forma de cartão eletrónico, o que permite ao colaborador efetuar pagamentos nestas áreas. Aqui o valor também é isento de segurança social para a empresa e para o colaborador.

Estes são todos os benefícios sociais atualmente disponíveis para serem atribuídos pelas empresas aos colaboradores. De todos eles, quais são os mais valorizados por si? Vote aqui na sondagem.

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Há mais um player no mercado da advocacia. Chama-se PRAGMA

A PRAGMA, que surge da fusão de duas firmas, abriu escritórios em Lisboa, Porto e Espinho. A Comissão Executiva será formada por Manuel Sales, Nuno Morais, Pedro Ávila e Ricardo Nascimento.

A PRAGMA é uma nova sociedade de advogados a operar em Portugal. Esta firma surge da fusão da MNA Advogados – Morais, Nascimento Ávila & Associados, do Porto, com a Barros Sales & Associados, de Lisboa.

A nova sociedade abriu escritórios em Lisboa, Porto e Espinho e conta com 18 advogados e sete estagiários. “A evolução para uma fusão das duas sociedades é consequência de uma cultura conjunta que foi sendo trabalhada através de uma parceria com mais de 40 anos”, refere o escritório.

A Comissão Executiva da PRAGMA Advogados será formada por quatro sócios: Manuel Sales, Nuno Morais, Pedro Ávila e Ricardo Nascimento.

Da direita para a esquerda: Nuno Morais, Manuel Sales, Pedro Ávila, Amadeu Morais, Ricardo Nascimento e José Barros Sales.

Nuno Morais afirmou que a sociedade foi fruto de uma colaboração que remonta a 1976, “momento em que o meu pai, Amadeus Morais, e José Barros Sales, pai de Manuel Sales, se conhecem”. “Era uma questão de tempo, até porque desde então e pela complementaridade da nossa oferta, os laços se têm vindo a estreitar“, acrescentou Manuel Sales.

Na hora de escolher o nome, os quatro sócios estiveram de acordo. “PRAGMA procura colocar em evidência a que sempre foi a postura e a prática dos sócios: pensamento crítico e rigor intelectual, empatia e mangas arregaçadas para a resolução criativa de problemas jurídicos, e assim “mais perto da solução”“, explica o escritório em comunicado.

“O nosso novo nome diz quase tudo. Somos advogados, somos pragmáticos e somos por uma advocacia de soluções. Na prática e numa vasta áreas de práticas”, sublinhou Pedro Ávila.

Para o sócio o crescimento que o projeto implica, não significará perder a matriz de proximidade do cliente que os caracteriza. “Aliás, a nossa melhor definição foi precisamente dada por um cliente: somos “in-house lawyers em outsourcing“, acrescentou Pedro Ávila.

Por fim, Ricardo Nascimento admitiu que “gostam de problemas”. “Até porque nós vemos cada problema como o início da solução“, rematou.

A PRAGMA tem como propósito a prestação de um serviço contínuo e inclusivo que “permite responder aos exigentes desafios dos clientes” em vários setores em todo o continente, com particularidade para os de desenvolvimento económico, como infraestruturas, indústria, banca, distribuição, logística, propriedade intelectual, farmacêutico, ambiente e inovação.

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Ministra da Presidência mantém “confiança” no INE após violação de dados no Censos

Comissão Nacional de Proteção de Dados fazia parte de comissão no INE que tratava especificamente dos Censos 2021 e "pôde acompanhar as decisões em matéria de segurança", diz Mariana Vieira da Silva.

A ministra da Presidência garante que mantém a confiança no Instituto Nacional de Estatística (INE), acreditando que este organismo desempenhou as suas tarefas respeitando as regras. Mariana Vieira da Silva recordou que a entidade vai recorrer da multa de 4,3 milhões de euros aplicada pela Comissão Nacional de Proteção de Dados por violações do Regulamento Geral de Proteção de Dados (RGPD) durante o Censos 2021. Mas também que a Comissão Nacional de Proteção de Dados fazia parte de uma comissão dentro do INE que tratava especificamente do tema dos Censos.

A realização do Censos 2021 ficou envolta em polémica depois de ser conhecido o contrato com a empresa Cloudflare, responsável pela segurança do site que recolheu as respostas ao Censos, e que previa a transferência de dados pessoais para os Estados Unidos ou outros países. A Comissão Nacional de Proteção de Dados exigiu então a suspensão de qualquer transferência de dados pessoais, com o INE a suspender o contrato com empresa.

Tenho confiança que o INE desempenhou as suas tarefas respeitando o que tinha de respeitar. É a avaliação que neste momento faço“, disse a ministra, em resposta ao grupo parlamentar do Chega, que a questionou sobre se mantém a confiança na instituição, tendo em conta a multa recorde de que foi alvo. “O processo prosseguirá”, acrescentou.

Segundo a Comissão Nacional de Proteção de Dados estão em causa violações pelo INE no tratamento de categorias especiais de dados pessoais, dos deveres de informação aos titulares dos dados, das regras aplicáveis à contratação de uma empresa para gerir os dados recolhidos no Censos. Foram ainda apontadas as transferências de dados para países terceiros e a não realização de uma avaliação de impacto sobre os dados pessoais.

A comissão entendeu ainda que a atuação do INE traduz a prática de cinco contraordenações “previstas e punidas” pelo RGPD, sublinhando que as infrações “assumem um grau de gravidade significativo, atento o número de titulares de dados em causa (…), o contexto em que as mesmas foram praticadas, em especial a obrigatoriedade de resposta ao Censos 2021 e a convicção de que eram de resposta obrigatória”.

O INE não se revê nesta acusação e, por isso, a 12 de dezembro, o presidente do INE, Francisco Lima, numa resposta escrita enviada à Lusa, anunciou que estava “a preparar o recurso de impugnação judicial”.

Uma das principais atividades do INE é a gestão de dados e foi sempre consagrada autonomia técnica e profissional no exercício da atividade estatística nacional.

Mariana Vieira da Silva

Ministra da Presidência

Mariana Vieira da Silva sublinha que tentou “acompanhar” a questão, “respeitando sempre a autonomia que o INE tem nesta matéria”. Um acompanhamento “no sentido de obter garantias” de que não houve violações do RGPD. A responsável recorda ainda que “uma das principais atividades do INE é a gestão de dados e que foi sempre consagrada autonomia técnica e profissional no exercício da atividade estatística nacional”.

A ministra da Presidência fez ainda questão de sublinhar que “o Censos é um trabalho que se desenvolve ao longo de anos e a Comissão Nacional de Proteção de Dados fazia parte de uma comissão dentro do INE que, especificamente, tratava do tema dos Censos”. Como tal, “pôde acompanhar ao longo dos tempos o processo e o conjunto de decisões em matéria de segurança que foram sendo tomadas”. Mariana Vieira da Silva salienta ainda que “o INE fez os Censos num período atípico e com grande sucesso, com a capacidade de as pessoas responderem a este inquérito por via digital”.

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