Euribor sobem há três sessões. Taxa a 12 meses em máximos desde final de 2008

  • ECO e Lusa
  • 20 Dezembro 2022

Euribor sobem consecutivamente desde a última reunião do BCE. Taxa a 12 meses atingiu um novo máximo desde dezembro de 2008.

As Euribor voltaram a subir esta terça-feira. As taxas a seis e 12 meses aumentaram pela terceira sessão seguida, mantendo-se desde que na quinta-feira o Banco Central Europeu (BCE) anunciou a intenção de continuar a subir os juros na Zona Euro para combater a escalada de inflação. No caso do indexante a 12 meses, foi fixado um novo máximo desde o dia 29 de dezembro de 2008, há 14 anos.

  • A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação e que entrou em terreno positivo em 06 de junho, avançou pela terceira sessão consecutiva, para 2,625%, mais 0,040% pontos e um novo máximo desde 14 de janeiro de 2009. A média da Euribor a seis meses subiu de 1,997% em outubro para 2,321% em novembro. A Euribor a seis meses esteve negativa durante seis anos e sete meses (entre 06 de novembro de 2015 e 03 de junho de 2022).
  • No prazo de 12 meses, a Euribor também subiu hoje pela terceira sessão consecutiva, ao ser fixada em 3,118%, mais 0,061 pontos do que na segunda-feira e um novo máximo desde 29 de dezembro de 2008. Após ter disparado em 12 de abril para 0,005%, pela primeira vez positiva desde 05 de fevereiro de 2016, a Euribor a 12 meses está em terreno positivo desde 21 de abril. A média da Euribor a 12 meses avançou de 2,629% em outubro para 2,828% em novembro.
  • No mesmo sentido, a Euribor a três meses, que entrou em 14 de julho em terreno positivo pela primeira vez desde abril de 2015, avançou hoje, ao ser fixada em 2,081%, um máximo desde 30 de janeiro de 2009. A taxa Euribor a três meses esteve negativa entre 21 de abril de 2015 e 13 de julho último (sete anos e dois meses). A média da Euribor a três meses subiu de 1,428% em outubro para 1,825% em novembro.

As Euribor começaram a subir mais significativamente desde 04 de fevereiro, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras este ano devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro.

Na última reunião de política monetária, em 15 de dezembro, o BCE aumentou em 50 pontos base as taxas de juro diretoras, desacelerando o ritmo das subidas em relação às duas registadas anteriormente, que foram de 75 pontos base, respetivamente em 27 de outubro e em 08 de setembro.

Em 21 de julho, o BCE tinha aumentado pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras.

Euribor em alta

Fonte: Reuters

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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IEFP vai financiar piloto da semana de quatro dias até 350.000 euros

O IEFP, a Birkbeck University of London e a 4 Day Week Global Foundation serão responsáveis pela execução da experiência, que tem arranque previsto para junho.

O projeto-piloto para a semana de quatro dias — que deverá arrancar em junho de 2023, com a duração de seis meses — vai receber o financiamento do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) até ao montante máximo de 350.000 euros. Até agora apenas se sabia que não estava prevista qualquer “contrapartida financeira” por parte do Estado. O IEFP, a Birkbeck University of London e a 4 Day Week Global Foundation serão as entidades responsáveis pela execução da experiência.

“O IEFP, I. P., assume os encargos e as despesas necessárias ao desenvolvimento do programa-piloto até ao montante máximo global de trezentos e cinquenta mil euros (350.000 euros)”, pode ler-se na portaria que aprova o desenvolvimento do programa-piloto “Semana de Quatro Dias” e que foi publicada esta terça-feira em Diário da República.

É também da responsabilidade do IEFP “assegurar todo o apoio logístico administrativo e financeiro necessário ao cumprimento do programa-piloto”.

O programa-piloto será executado mediante a celebração de “acordos de cooperação técnica e financeira”, entre o IEFP, a Birkbeck University of London e a 4 Day Week Global Foundation.

Ao primeiro compete a implementação e gestão do piloto, através da nomeação de um coordenador executivo; à segunda a responsabilidade de designar um coordenador científico e a equipa científica que o auxiliará na elaboração de conteúdos de informação, sensibilização e divulgação, bem como do desenho de instrumentos de recolha e de análise de dados necessários à condução do programa-piloto, e respetivos reportes; e à terceira a responsabilidade de prestar o apoio técnico às entidades empregadoras participantes no programa-piloto, recorrendo a metodologias próprias.

Cronograma da experiência

Com a duração de seis meses, o programa-piloto tem arranque previsto para junho de 2023 e consiste na avaliação da implementação da semana de quatro dias — “com a correspondente redução do número de horas de trabalho, sem diminuição da retribuição” –, sendo dirigido às entidades empregadoras e respetivos trabalhadores que a ele queiram aderir voluntariamente.

Para já, e até 20 de janeiro, o Estado está a promover sessões de esclarecimento junto das empresas que já podem sinalizar o seu interesse em participar. Até agora, apenas a Simoldes confirmou publicamente o seu interesse em participar no projeto.

A seleção dos participantes está prevista para fevereiro e entre março e maio será feita a preparação da experiência-piloto, que arrancará em junho e se prolongará até novembro de 2023.

As entidades que se inscreverem no programa-piloto são avaliadas antes, durante e após o referido programa, através de indicadores relativos à empresa, designadamente produtividade e custos intermédios, e aos trabalhadores, incluindo a saúde e bem-estar, com recurso a metodologia a definir pela equipa coordenadora.

As entidades empregadoras interessadas devem submeter a sua inscrição em formulário próprio, disponibilizado no site do IEFP.

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Leroy Merlin cria 400 empregos com armazém logístico na Castanheira do Ribatejo

  • ECO
  • 20 Dezembro 2022

Cadeia de lojas de bricolage e de materiais para construção vai inaugurar plataforma logística a tempo do Natal de 2024. Complexo vai criar 400 empregos.

A Leroy Merlin vai ganhar uma nova plataforma logística a menos de 40 quilómetros de Lisboa. A inauguração do complexo com 105.500 metros quadrados da cadeia de lojas de bricolage e de materiais para construção está marcada para novembro de 2024. O novo armazém da Leroy Merlin vai centralizar a distribuição logística para todo o país e criar 400 postos de trabalho.

O armazém vai ficar junto às portagens da saída da A1 na Castanheira do Ribatejo, a centenas de metros da plataforma logística local.

As obras começam em janeiro de 2023 e vão dar trabalho a cerca de 250 pessoas, envolvendo 40 empresas nacionais e locais. Quando a plataforma começar a funcionar, serão criados cerca de 400 empregos no armazém.

Ilustração do local onde vai ficar o novo armazém logístico da Leroy Merlin.

 

A construção do armazém resulta de um acordo com a Montepino Logística, gerida pela empresa promotora espanhola de ativos logísticos Valfondo. A Montepino Logística estreia-se em Portugal graças a este projeto.

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Portugal foi o sexto país que menos reduziu consumo de gás na UE mas supera meta

Portugal foi autorizado a ficar por um corte de 7%, o qual, de acordo com os dados do Eurostat, supera.

O consumo de gás na União Europeia (UE) caiu 20,1% entre agosto e novembro deste ano, comparativamente ao consumo médio verificado nos mesmos meses entre 2017 e 2021, diz esta terça-feira o Eurostat.

Isto acontece num contexto em que os países da UE se comprometeram a reduzir o consumo de gás em pelo menos 15% neste período. É uma meta voluntária, referente ao período entre agosto e março, e que tem algumas exceções, entre as quais se inclui Portugal.

O país mais ocidental da Europa, frisando as fracas interconexões energéticas com o restante continente, foi autorizado a ficar por um corte de 7%, o qual, de acordo com os dados do Eurostat, supera. O consumo de gás em terras lusas caiu mais de 10% entre agosto e novembro.

Olhando país a país, percebe-se que existem dois que não só não reduziram como aumentaram o consumo de gás, Malta e Eslováquia. Irlanda segue-se como o país que menos reduziu. Malta e Irlanda estão, contudo, totalmente isentas das metas de redução, atentando também às fracas interligações com os restantes Estados-membros.

Depois figura a Espanha, a Chéquia e, finalmente, Portugal, em sexto lugar, e sete posições abaixo da média da UE, marcando a fronteira entre os países que não atingiram a meta dos 15% e aqueles que a alcançaram.

Os países vizinhos da Rússia – Finlândia, Letónia, Lituânia, Estónia e Roménia – foram os que mais reduziram, os três primeiros acima de 40%, seguidos dos Países Baixos, Luxemburgo e Suécia.

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Operação Marquês: Empresa de Carlos Santos Silva celebrou 104 contratos públicos desde 2014

A Proengel, uma empresa de Carlos Santos Silva, celebrou 104 contratos públicos no valor de 3,5 milhões de euros desde 2014, ano do início da investigação da Operação Marquês.

A Proengel, uma empresa de projetos de engenharia e arquitetura de Carlos Santos Silva, celebrou 104 contratos públicos no valor de 3,5 milhões de euros desde 2014, ano do início da investigação da Operação Marquês, avançou a TVI. O empresário é arguido no processo e está acusado por três por falsificação de documento e três por branqueamento de capitais, todos em coautoria com José Sócrates.

Segundo revelou a TVI, a maior parte dos contratos foram celebrados com autarquias, destacando-se na lista Belmonte. 41 contratos ocorreram por ajuste direto, 27 após uma consulta prévia a um grupo de empresas e 31 por concursos públicos. Só em 2022, a Proengel assinou 11 contratos públicos. Um das diretoras desta empresa é Inês de Rosário, companheira de Santos Silva, e que também foi acusada neste processo.

Foi em julho de 2013 que Carlos Santos Silva despertou a atenção das autoridades judiciárias numa investigação iniciada em 2011. Mas foi só a 21 de novembro de 2014 que a bolha rebentou quando José Sócrates foi detido em direto nas televisões, à saída do aeroporto de Lisboa, vindo de Paris. Com ele, foi também detido o amigo Carlos Santos Silva.

Os dois arguidos continuam a aguardar julgamento, tal como João Perna, ex-motorista de José Sócrates, que vai a julgamento por um crime de posse de arma proibida. Segundo o Minitério Público (MP), Santos Silva era o testa-de-ferro de José Sócrates para controlar várias offshores. O empresário chegou a estar preso preventivamente.

Neste processo, o MP reclama aos arguidos um total de 58 milhões de euros, tendo arrestado vários bens. Segundo as contas da acusação, José Sócrates teria dado cerca de 21 milhões de euros de prejuízo ao Estado, Zeinal Bava cerca de 16 milhões, Henrique Granadeiro cerca de 14 milhões, Carlos Santos Silva três milhões e 300 mil euros, Ricardo Salgado três milhões de euros e Armando Vara 1,4 milhões de euros.

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Ana Veríssimo é a nova Chief Operating Officer da Marsh e da Mercer Portugal

Ana Veríssimo era desde março COO da Mercer Portugal acumulando agora com a liderança operacional da Marsh.

Ana Veríssimo é a nova Chief Operating Officer (COO) da Marsh e da Mercer Portugal. Desde março a profissional era a COO da Mercer, passando agora a acumular a mesma função na Marsh. A nomeação está alinhada com a estratégia “One Enterprise” do Grupo Marsh McLennan e visa “impulsionar mudanças transformacionais e promoção de mais sinergias entre diferentes equipas”.

“É com um grande sentido de responsabilidade e motivação que assumo este novo papel, nesta que tem sido a minha casa durante os últimos três anos. Espero que o meu contributo e de toda a equipa seja valioso, para que juntos possamos continuar a trajetória positiva da Marsh e da Mercer em Portugal, oferecendo soluções cada vez mais integradas e com valor acrescentado aos nossos clientes”, afirma Ana Veríssimo, citada em comunicado.

Melhoria de “processos das áreas de negócio em ambas as empresas, impulsionar mudanças transformacionais e promoção de mais sinergias entre diferentes equipas serão as prioridades da nova responsável pelas operações”, explica o grupo.

Licenciada em Gestão, com mestrado em Planeamento e Estratégia Empresarial, Ana Veríssimo conta com uma “vasta experiência no desenvolvimento de áreas operacionais, bem como na implementação e setup de ferramentas operacionais, implementando estratégias inovadoras, incorporando uma cultura de simplificação e eficiência, utilizando a metodologia Lean Six Sigma”, informa a Marsh Mercer. Antes de se juntar à Mercer, em 2019, desempenhou o cargo de diretora sénior da AdvanceCare.

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GPA promove novas associadas coordenadoras e associadas principais

Joana Prudêncio e Lúcia Correia Braga foram promovidas a associadas coordenadoras e Ana Luísa Fonseca, Bruna Trigo, Susana Neto e Verónica Santos a associadas principais da GPA.

A sociedade de advogados GPA – Gouveia Pereira, Costa Freitas & Associados promoveu as advogadas Joana Prudêncio e Lúcia Correia Braga a associadas coordenadoras, e Ana Luísa Fonseca, Bruna Trigo, Susana Neto e Verónica Santos a associadas principais.

“Estas promoções são o reconhecimento do mérito e da solidez do percurso profissional das advogadas, bem como o seu alinhamento a missão da GPA – “Teaming with our Clients. Building Trust”, refere o escritório em comunicado.

A estrutura de promoção interna da sociedade tem na base o advogado estagiário, advogado associado, associado principal, associado coordenador, of counsel e sócio.

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Zelensky lança campanha para apagão global

  • Lusa
  • 20 Dezembro 2022

O Presidente ucraniano apelou a instituições e cidadãos para apagarem as luzes em apoio à Ucrânia no contexto da campanha #LightUpUkraine.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, apelou esta terça-feira a instituições e cidadãos em todo o mundo para que apaguem as luzes em 21 de dezembro, como gesto de solidariedade para com a Ucrânia, que combate a invasão Russa.

A campanha, batizada como #LightUpUkraine, apela ao desligar das luzes em apoio à Ucrânia, afetada por apagões causados por ataques russos contra as suas infraestruturas de energia.

A iniciativa está prevista para as 20h00 na Ucrânia (18h00 em Lisboa) de quarta-feira.

Em plena época natalícia, espera-se que monumentos de todo o mundo, como o Rockefeller Center em Nova Iorque, a Trafalgar Square de Londres ou a Câmara Municipal de Paris se juntem à iniciativa, segundo um comunicado divulgado pelo Governo ucraniano citado pela agência Efe.

Esta campanha também pretende arrecadar pelo menos dez milhões de dólares (cerca de 9,4 milhões de euros) para financiar a compra de mil geradores elétricos, para permitir o funcionamento dos hospitais ucranianos.

Num apelo à solidariedade, Zelensky sublinhou que quando os apagões mergulham as pessoas na escuridão durante horas, isso significa que o inimigo não quer apenas tirar a luz, mas “tudo o que faz parte da vida” dos cidadãos.

“É assim que vivemos agora na Ucrânia, defendendo-nos de um inimigo que veio para nos destruir”, salientou.

“Precisamos do seu apoio. Por todos os médicos forçados a operar no escuro. Por todos os pais e mães que fazem o possível para dar às suas famílias o que precisam, mesmo no escuro. Por todos os ucranianos que acreditam na liberdade, apesar da escuridão”, frisou Zelensky.

A cidade de Kiev e dez regiões da Ucrânia foram hoje afetadas por cortes no fornecimento de eletricidade, após nova vaga de ataques com ‘drones’ pelas forças russas, adiantou o operador ucraniano Ukrenergo.

Nos últimos meses, Moscovo tem atacado infraestruturas de energia, deixando milhões de ucranianos sem fornecimento elétrico, uma situação que causa maiores preocupações com o inverno.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou pelo menos 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões de refugiados para países europeus, pelo que as Nações Unidas classificam esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.755 civis mortos e 10.607 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.

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+M

Alexandra Navarro troca Omnicom Media Group pela Sammy Alliance

  • + M
  • 20 Dezembro 2022

Para além da contratação de Alexandra Navarro, Sofia Matos Ribeiro regressa como head of communications & PR e Tiago Strecht passa a vice president of growth.

A Samy Alliance, como integrated brand and strategy director, é o novo desafio de Alexandra Navarro, até ao final de novembro new business director da Omnicom Media Group Portugal e responsável da Team X.

A relevância do conteúdo da comunicação é uma componente decisiva na construção de relações ricas entre marcas e pessoas e sempre me fascinou. Por isso, para mim é um privilégio juntar-me à equipa especialista da Samy Alliance e ter um papel ativo na criação de histórias de sucesso”, diz citada em comunicado Alexandra Navarro, que nos últimos 20 anos integrou o Omnicom Media Group.

Para além da contratação de Alexandra Navarro, há mais duas alterações na estrutura da Samy Alliance. Sofia Matos Ribeiro, até abril do último ano responsável pela direção de estratégia de campanhas da SamyRoad, regressa ao grupo como head of communications & PR e Tiago Strecht, nos últimos dois anos head of business development, passa a vice president of growth.

O objetivo destas alterações é desenvolver e reforçar a relação e atenção ao cliente e estabelecer um melhor suporte para o mercado através de soluções mais completas e integradas, desde estratégia de social media e execução criativa até social listening e data intelligence, explica a Samy Alliance.

“Estamos confiantes de que estas mudanças nos ajudarão a levar a Samy Alliance para o próximo nível, à medida que continuamos a ultrapassar os limites e a diferenciar-nos no setor”, diz Francisco Morgado Véstia, country manager do grupo. “São jogadas ousadas para uma empresa que está a fazer um esforço para competir nas grandes ligas e estamos ansiosos para ver o que o futuro nos reserva com esta talentosa equipa a liderar o caminho”, prossegue, citado em comunicado.

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Fundos ESG encolhem pela primeira vez em mais de dez anos

  • Capital Verde
  • 20 Dezembro 2022

Houve mais dinheiro a sair do que a entrar nos fundos ESG este ano, respeitando a tendência dos fundos não-ESG. O desempenho dos fundos verdes também ficou abaixo do dos fundos não-ESG.

Em 2022, houve mais dinheiro a sair do que a entrar nos fundos classificados como sustentáveis. Este desencontro aconteceu este ano pela primeira vez em mais de uma década, conta a Reuters.

Foram retirados 13,2 mil milhões de dólares de ações, obrigações e produtos multiativos até ao final de novembro, de acordo com os dados da Refining Lipper, marcando a primeira quebra desde 2011, na ordem dos 29%. Nos fundos não sustentáveis, contudo, observou-se a mesma tendência, com 420 mil milhões de dólares retirados em 11 meses, uma descida de 21%.

De acordo com a mesma agência noticiosa, os fundos sustentáveis foram impactados pela guerra na Ucrânia, que ditou turbulência nos mercados, assim como uma quebra no apoio político à indústria. Mas houve mais consequências negativas, além da retirada do investimento.

Ao mesmo tempo, os fundos ESG – focados em propósitos ambientais (E), sociais (S) e de governança (G) – apresentaram um pior desempenho do que os fundos não sustentáveis pela primeira vez em cinco anos. Perderam 18%, contra os menos 15,8% dos fundos nãp ESG.

O abalo nestes fundos também decorreu de um menor número de emissões verdes por parte das empresas ao longo deste ano, pelo que “2023 também pode mostrar-se difícil”, escreve a Reuters.

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Trabalho híbrido e remoto representa, no máximo, 30% das vagas

Recrutadoras defendem que candidatos querem trabalho à distância como parte integrante do seu pacote salarial. Apenas 2% dos profissionais ficariam felizes com um regresso ao escritório a 100%.

Depois do ‘boom’ do trabalho remoto, que acabou por ser um modelo forçado devido à pandemia da Covid-19, a maioria das empresas mantém os regimes laborais pré-pandemia. Entre as cerca de 1.000 a 2.000 ofertas de emprego publicadas no portal do Alerta Emprego, apenas entre 3% a 4% são para trabalho totalmente remoto, e só 2% para regimes híbridos. Já na Michael Page, o trabalho remoto ou híbrido representa 30% das mais de 1.600 oportunidades divulgadas no website, sabe a Pessoas.

“Das cerca de mil a duas mil ofertas que vamos reunindo no portal, conseguimos identificar cerca de 3% a 4% para regimes de trabalho totalmente remoto e cerca de 2% das ofertas para regimes híbridos”, avança Joana Piteira, general manager do Alerta Emprego.

Contudo, reforça que os números podem não representar exatamente a realidade no mercado de trabalho, pois muitas empresas não selecionam a opção de teletrabalho ou trabalho híbrido ao publicarem as vagas. Num contexto de escassez de talento, e em que o trabalho flexível pode ser determinante na atração de novos colaboradores, porque é que não o mencionam? “Em primeiro lugar, pode ser porque as empresas ainda não estão ‘habituadas’ a selecionar essa opção nos anúncios de emprego. Sentimos que muitas das empresas não selecionam a opção, embora depois na descrição da vaga esteja explicado”, esclarece.

“Em segundo lugar, frequentemente as empresas guardam essa informação para fases mais avançadas da entrevista. Embora seja um excelente benefício, as empresas querem muitas vezes filtrar os candidatos e ver o verdadeiro interesse na empresa e na vaga e não apenas no facto de poderem trabalhar a partir de casa. Neste sentido, o trabalho híbrido é um benefício muitas vezes referido apenas em fases mais avançadas do processo”, complementa Joana Piteira.

A contagem fornecida à Pessoas pela Michael Page, apesar de não fazer a distinção entre as vagas destinadas a trabalho híbrido e a trabalho totalmente remoto, já mostra uma percentagem mais elevada de organizações portugueses a recrutarem com a opção de trabalhar à distância. Entre as mais de 1.600 oportunidades divulgadas pela recrutadora, 30% são para trabalho remoto ou híbrido.

No pós-pandemia, temos assistido a bastantes empresas a optarem, pelo menos, pelo regime híbrido. Algumas regressaram a 100% presencial e outras promovem 100% de flexibilidade. A vertente 2/3 dias em casa/escritório ou 3/2 dias em casa/escritório tem sido a mais comum nos regimes híbridos“, comenta Sílvia Nunes, diretora da Michael Page.

“A verdade é que os candidatos procuram atualmente este benefício como parte integrante do seu package salarial”, reforça.

“O período pandémico agitou bastante o mundo empresarial e promoveu grandes mudanças no dia a dia das empresas. Hoje verificamos cada vez mais ofertas para trabalho 100% remoto, quando comparadas ao período pré-pandemia. O que sentimos é que, apesar de muitas empresas já utilizarem o trabalho remoto como benefício para os seus profissionais, muitos candidatos também já o exigem, mesmo que este não seja apresentado numa primeira fase”, concorda Joana Piteira.

Apenas 2% ficaria feliz com regresso ao escritório a 100%

O “Portugal Salary Guide 2023”, elaborado pela Hays, reforça a importância dada pelos profissionais ao trabalho flexível. Questionados sobre como se sentiriam caso tivessem de regressar ao escritório a tempo inteiro, 25% admitiu que gostava de ter um regime mais flexível e 15% disse mesmo que começaria à procura de um novo desafio profissional.

Apenas 2% dos profissionais inquiridos pela consultora ficariam felizes de regressar a 100% ao escritório. Mas em certos setores — como é o caso da construção e imobiliário, legal e marketing e comunicação — essa percentagem é mesmo nula.

Como se sentiriam os profissionais se tivesse de regressar ao escritório a tempo inteiro?Hays

Então, o que faria os profissionais aceitar uma oferta de trabalho que implicasse trabalho totalmente presencial no escritório? Mais de 40% diz que só um salário mais elevado poderia levá-los a aceitar. E 20% aceitaria caso a empresa tivesse um horário flexível.

Ao mesmo tempo, 8% dos profissionais garantem mesmo que não considerariam de todo a proposta, e apenas 3% diz que aceitaria caso as condições do escritório fossem “extraordinárias”, o que demonstra que não são os escritórios renovados que atraem os profissionais às instalações.

O que faria os profissionais aceitar uma oferta de emprego onde fosse obrigatório trabalhar sempre no escritório?Hays

IT continua a liderar ofertas para trabalho remoto

As funções remotas são, regra geral, mais comuns entre as ofertas de trabalho para o setor tecnológico, revelam as empresas de recrutamento ouvidas pela Pessoas. No entanto, áreas ligadas ao apoio ao cliente, contabilidade, gestão e marketing começam também a oferecer, cada vez mais, vagas com possibilidade de trabalho remoto, alerta Joana Piteira, do Alerta Emprego.

“Aliás, a tendências é que mesmo os setores mais tradicionais façam um esforço por acompanhar esta tendência, disponibilizando uma maior flexibilidade aos seus profissionais, no que respeita ao modelo em que trabalham”, acrescenta.

Por outro lado, entre as empresas que mais recrutam para trabalho totalmente presencial, a responsável destaca “funções que não são possíveis desempenhar em modelo remoto ou hibrido não oferecem estas opções, nomeadamente, em setores como o retalho e distribuição, que recrutam quer para funções de loja quer para funções de fábrica, onde é fundamental que o colaborador esteja presente.”

Sílvia Nunes, da Michael Page, considera antes que a tendência é independente de um setor ou dimensão em específico. “Pode acontecer tanto num setor de eletrónica de consumo, como na área alimentar. Depende da realidade de cada organização e não tanto de um setor de atividade em particular”, defende.

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Apoios de dois e cinco milhões para empresas intensivas em gás já não devem chegar este ano

Medida já foi aprovada por Bruxelas, mas agora segue-se uma fase de alteração legislativa, que dificilmente ficará concluída este ano. Depois há que publicar aviso para apresentação de candidaturas.

As medidas de apoio direcionadas às empresas com consumos mais elevados de gás já não deverão chegar este ano, apesar de já terem tido luz verde de Bruxelas. Em causa está um apoio extra de dois milhões de euros ou até cinco milhões de euros para as empresas que registam perdas operacionais.

A medida já foi aprovada pela Comissão Europeia como anunciou o ministro da Economia a semana passada, mas agora segue-se uma fase de alteração legislativa, que dificilmente ficará concluída até ao final do ano. “A medida já foi aprovada pela Comissão Europeia, carecendo agora da alteração legislativa ao decreto-lei que regulamenta o Programa Apoiar – já em procedimento legislativo”, explicou ao ECO fonte oficial do Ministério da Economia.

“Após esta necessária alteração, o aviso para apresentação de candidaturas será publicado, permitindo que as indústrias transformadoras que cumpram os requisitos possam beneficiar destes apoios”, acrescentou a mesma fonte do gabinete de António Costa Silva.

A medida já foi aprovada pela Comissão Europeia, carecendo agora da alteração legislativa ao decreto-lei que regulamenta o Programa Apoiar – já em procedimento legislativo.

Fonte oficial do Ministério da Economia

Na apresentação do Plano Energia para Avançar, a 15 de setembro, o ministro da Economia anunciou um conjunto de medidas para apoiar as empresas intensivas em gás que tinha várias modalidades, embora todas elas sujeitas a aprovação de Bruxelas. As primeiras passavam por alargar o apoio máximo de 400 para 500 mil euros por empresa, acompanhado de um aumento da taxa de apoio, que recai sobre a diferença entre os custos suportados em 2021 e em 2022, de 30% para 40%. Este apoio, que teve efeitos retroativos, aplica-se às empresas cujos gastos com gás tenham aumentado para mais do dobro e passou a abranger o setor da indústria transformadora agroalimentar.

A segunda grande medida foi uma nova modalidade de apoio de dois milhões de euros para todas as empresas confrontadas com custos expressivos na aquisição de gás; e de cinco milhões de apoio específico para a manutenção da atividade industrial, para empresas com custos excessivos, perdas operacionais e em risco de paragem de atividade.

Na quarta-feira passada, Costa Silva anunciou que a negociação com Bruxelas tinha sido “concluída há poucos dias”. “Estes processos às vezes demoram tempo porque configuram ajudas estatais e temos de ter a aprovação da Comissão Europeia”, explicou o responsável. “Mas o decreto-lei já entrou em circuito legislativo e esperamos rapidamente ter isto no terreno”, acrescentou. Mas, provavelmente, não a tempo de as empresas ainda se candidatarem ao apoio este ano.

Após esta necessária alteração, o aviso para apresentação de candidaturas será publicado, permitindo que as indústrias transformadoras que cumpram os requisitos possam beneficiar destes apoios.

Fonte oficial do Ministério da Economia

Na conferência de imprensa da semana passada sobre o anúncio do reforço do pacote de apoios à fatura energética para 3,5 mil milhões de euros em 2023, com mais 500 milhões sob a forma de uma ajuda extraordinária aos preços da eletricidade, o ministro da Economia fez o balanço do programa Apoiar Gás, que tem uma dotação de 235 milhões de euros e que já vai no terceiro aviso, que está aberto até final de dezembro. Do total de 616 candidaturas recebidas, 582 foram aceites e já foi pago um incentivo de 44,7 milhões a 514. Ainda há 24 ordens de pagamento emitidas que estão pendentes.

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