Fundo Antler abre em Lisboa e Madrid para fazer mais de 30 investimentos até 2023

Sérgio Massano (sócio e diretor de expansão da Antler) e Ricardo Batista (diretor, ex-Glovo e Lola Market) são os primeiros membros da equipa ibérica deste fundo de capital de risco norueguês.

O fundo de capital de risco norueguês Antler inicia a sua atividade na Península Ibérica, com a abertura de escritórios em Lisboa e Madrid. Quer, até 2023, realizar mais de 30 investimentos ibéricos. Os portugueses Sérgio Massano (sócio e diretor de expansão da Antler) e Ricardo Batista (diretor, ex-Glovo e Lola Market) são os primeiros membros da equipa ibérica.

“O modelo da Antler é distinto porque somos uma venture capital muito prática, que está envolvida com os fundadores desde o início e queremos aplicar isso à realidade ibérica, tirando partido da qualidade do talento e de inovação que cresceu exponencialmente nos últimos anos em Portugal e Espanha. Queremos, agora, ajudar a converter esse conhecimento em produtos e empresas com um impacto transformador na economia e sociedade”, diz Sérgio Massano, citado em comunicado.

A entrada simultânea da Antler em Portugal e Espanha visa criar uma “infraestrutura comum de apoio a empreendedores”, maximizando “o potencial destes dois hubs tecnológicos, que têm tido dos crescimentos mais rápidos na Europa e começam a ter um impacto transformacional nas economias locais”. No ano passado, as startups com ADN português angariarem 1.400 milhões de euros de investimento, enquanto Espanha, que conta com onze unicórnios, angariou 4.300 milhões de euros em 2021, destaca o fundo.

“O investimento em startups em Portugal e Espanha representa apenas 27% e 67%, respetivamente, da média do investimento de capital de risco na UE em percentagem do PIB, o que significa que ainda há muito a fazer para atrair mais investimento para potenciar o talento que existe nos dois países”, destaca o diretor de expansão da Antler.

O investimento em startups em Portugal e Espanha representa apenas 27% e 67%, respetivamente, da média do investimento de capital de risco na EU em percentagem do PIB, o que significa que ainda há muito a fazer para atrair mais investimento para potenciar o talento que existe nos dois países.

Sérgio Massano

Sócio e diretor de expansão da Antler

 

“É esta oportunidade que a Antler pretende aproveitar”, acrescenta Ricardo Batista. O profissional, até recentemente ligado à Glovo, destaca o facto de o modelo da Antler ter permitido apoiar mais de 3.500 empreendedores em 21 centros empresariais em todo o mundo, dos quais apenas oito eram portugueses e 27 espanhóis. Dos projetos apoiados, 34% têm uma mulher como cofundadora e em cerca de metade o cargo de CEO é ocupado por uma mulher.

Gestora global de fundos de venture capital, a Antler apoia a criação, desenvolvimento e crescimento de startups e investe em empreendedores desde a fase de formação de equipa ou, em alguns casos, na etapa de formação da ideia.

Criada em 2017 pelo norueguês Magnus Grimeland, atual CEO, a venture capital conta com uma base alargada de investidores, desde os fundos soberanos dinamarquês e norueguês até ao cofundador do Facebook, Eduardo Saverin.

Hoje está presente em seis continentes, com investimentos em mais de 500 empresas, operando em mais de 30 setores — incluindo inteligência artificial, robótica, drones, fintech, proptech e healthtech –, com fundadores de 70 nacionalidades.

Até 2030, a Antler pretende investir em mais de 6.400 empresas, promover a criação de mais de 210 mil postos de trabalho, contribuindo com 34 mil milhões de euros para o PIB mundial e apoiando mais de um milhão de empreendedores.

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Lucro do Deutsche Bank aumenta 32% no primeiro semestre. É o melhor resultado desde 2011

  • Lusa
  • 27 Julho 2022

Receitas líquidas aumentam 4% entre janeiro e junho, e provisões para crédito malparado sobem 264,5%, para 525 milhões de euros. Resultado é o mais elevado desde primiero semestre de 2011.

O Deutsche Bank obteve um lucro líquido atribuído de 2.106 milhões de euros até junho, mais 32% face aos 1.600 milhões de euros homólogos, refletindo o aumento das receitas e redução de custos, apesar do aumento das provisões.

O Deutsche Bank informou esta quarta-feira que as receitas líquidas aumentaram 4% entre janeiro e junho, para 13.977 milhões de euros.

Naquele período, o maior banco comercial privado na Alemanha aumentou as provisões para crédito malparado para 525 milhões de euros (+264,5%), devido às previsões de quebra do crescimento económico.

Apesar das provisões constituídas, o Deutsche Bank alcançou no primeiro semestre o resultado após impostos mais elevado desde 2011, de 2.400 milhões de euros.

“Com o maior lucro semestral desde 2011, voltámos a mostrar que conseguimos crescer e aumentar o lucro num ambiente desafiante”, disse o presidente executivo (CEO) do Deutsche Bank, Christian Sewing, durante a apresentação dos resultados, afirmando-se muito satisfeito com o progresso na banca corporativa e na banca comercial.

Numa carta dirigida aos trabalhadores do banco, Sewing expressou, contudo, preocupação com “o fornecimento de energia, em particular a escassez de gás, o aumento da inflação e a ameaça de recessão em muitas regiões”.

No final de junho, o Deutsche Bank tinha um rácio de capital sobre os ativos ponderados pelo risco CET1 de 13% no final de junho (que compara com 12,8% no primeiro trimestre e 13,2% há um ano).

Já o rácio de eficiência melhorou no segundo trimestre para 73% (78% em junho de 2021).

O Deutsche Bank confirmou ainda as previsões de receitas para este ano de 26.000 a 27.000 milhões de euros, apesar da deterioração do ambiente macroeconómico no segundo trimestre, antecipando um segundo semestre mais desafiante.

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Portugal tem a terceira maior queda da taxa de poupança na UE

Eurostat revela ainda que, no primeiro trimestre de 2022, o consumo real per capita das famílias baixou 0,6% na Zona Euro e que o rendimento real dos agregados familiares recuou 0,5%.

A taxa de poupança na Zona Euro aumentou 1,8% na Zona Euro e 1,7% na União Europeia (UE) no primeiro trimestre de 2022, o que representa uma subida de 0,1 e 0,2 pontos percentuais, face ao trimestre anterior. Os dados divulgados esta quarta-feira indicam ainda que Portugal teve a terceira maior queda na taxa de poupança entre os Estados-membros.

“No primeiro trimestre de 2022, a taxa de poupança aumentou 0,1 pontos percentuais (p.p.) na Zona Euro e 0,2 p.p. na UE, em comparação com o trimestre anterior”, sinaliza o gabinete de estatísticas europeu. No quarto trimestre de 2021 estava em 14,9% na Zona Euro e em 14,4% na UE.

Num contexto de guerra na Ucrânia e de subida da taxa de inflação, o Eurostat refere ainda que a taxa de poupança das famílias aumentou em sete dos 14 Estados-membros para os quais há dados disponíveis, sendo que até março os maiores aumentos foram observados na Dinamarca (+5,1 p.p), Bélgica (+2,9 p.p) e Finlândia (+1,2 p.p).

Por outro lado, no primeiro trimestre deste ano, a taxa de poupança recuou em sete Estados-membros, sendo que as maiores quedas foram registadas na Áustria (-5,2 p.p), em Espanha (-2.1 p.p) e em Portugal (-1,4 p.p).

Taxa de investimento das famílias aumenta na Zona Euro e UE

Ao mesmo tempo, o Eurostat salienta ainda, que, no primeiro trimestre de 2022, a taxa de investimento das famílias aumentou 0,5 pontos percentuais na Zona Euro, bem como na UE, fixando-se em 10,2% e 9,8%, respetivamente.

Neste âmbito, a taxa de investimento das famílias “aumentou em oito Estados membros manteve-se estável em três e diminuiu noutros três“, adianta o gabinete de Estatísticas. A Alemanha e a Dinamarca registaram as maiores subidas nas taxas de investimento das famílias até março, impulsionadas pelo elevado “crescimento da formação bruta de capital fixo das famílias”. Em contrapartida, Polónia, Hungria e Bélgica registaram quedas devido ao facto de o “de a formação de capital fixo ter crescido a um ritmo inferior ao do rendimento disponível bruto das famílias”.

Consumo e rendimento das famílias cai na Zona Euro no primeiro trimestre

O consumo real per capita das famílias caiu 0,6% no primeiro trimestre deste ano na Zona Euro, após um decréscimo de 0,9% no trimestre anterior, revela o Eurostat. Já na UE, o consumo real per capita das famílias recuou 0,8% entre janeiro e março deste ano, após um decréscimo da mesma magnitude no trimestre anterior.

Quanto ao rendimento real dos agregados familiares recuou 0,5% na Zona Euro, depois de uma queda de 0,7% no quarto trimestre de 2021.

No que toca ao disponível bruto das famílias (ajustado sazonalmente), aumentou 1,8% na Zona Euro e 1,7% na UE entre janeiro e março deste ano, com o Eurostat a justificar este aumento com a “grande contribuição positiva da remuneração dos empregados”.

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Avaliação bancária das casas regista maior subida de sempre e atinge novo recorde em junho

Valor das casas atribuído pelos bancos nos pedidos de crédito para compra de habitação registou maior salto de sempre em junho, atingindo um recorde de 1.407 euros.

O valor das casas calculado pelos bancos na hora de conceder empréstimos para a aquisição de habitação registou em junho o maior salto de sempre: disparou 27 euros no mês passado para 1.407 euros por metro quadro, naquele que também é o registo mais elevado desde janeiro de 2011, quando começa a série do Instituto Nacional de Estatística (INE).

O valor médio da avaliação bancária tem como base inquéritos aos bancos no âmbito da concessão de crédito à habitação às famílias.

Desde agosto do ano passado que a avaliação bancária das casas se mantém em forte alta, ou seja, está a subir há quase um ano, o que demonstra a confiança das instituições financeiras nos empréstimos para a compra de habitação, isto apesar do novo contexto de turbulência de alta inflação, guerra na Ucrânia, aperto dos juros do Banco Central Europeu (BCE) e ameaça de uma recessão.

Com estes valores, uma casa com 100 metros quadrados estará avaliada pelos bancos em 140.700 euros em termos médios nacionais (e por referência), havendo diferenças de valores de região para região.

O valor atribuído pelos bancos tem acompanhado a trajetória de valorização das casas nas transações nos últimos anos — geralmente, a avaliação dos bancos é feita acima do preço a que as habitações são efetivamente vendidas — e também o aumento dos financiamentos para a aquisição de casa — havendo mais procura, os preços tendem a subir.

A subida dos custos das matérias-primas, nomeadamente para construção e obras nas casas, também poderá ajudar a explicar a evolução da avaliação dos bancos.

Avaliação das casas continua a subir

Fonte: INE

Com a única exceção a ser a Região Autónoma dos Açores (-7 euros), todas as outras regiões registaram subidas mensais, com os maiores avanços a serem observados no Algarve (+55 euros para 1.895 euros por metro quadrado) e Lisboa (+41 euros para 1.870 euros).

A região Norte teve um aumento de 25 euros e a Madeira de 24 euros, passando para avaliações de 1.200 e 1.360 euros por metro quadrado, respetivamente. No Alentejo e Centro, as subidas foram de 14 e sete euros.

Por tipologia de habitação, a avaliação média bancária das moradias no país subiu 16 euros para 1.122 euros por metro quadrado, e os apartamentos dispararam 34 euros para 1.563 euros por metro quadrado.

(Notícia atualizada às 11h46)

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Presidente executivo do Credit Suisse demite-se

Thomas Gottstein abandona Credit Suisse após descrever resultados financeiros do segundo trimestre como “dececionantes”. Banco vai reduzir custos e justifica resultados com guerra na Ucrânia.

O presidente executivo do banco Credit Suisse, Thomas Gottstein, demitiu-se esta quarta-feira do cargo, sendo substituído por Ulrick Korner a partir de 1 de agosto, avançou o banco em comunicado.

A saída de Thomas Gottstein surge após o banco reportar perdas no valor de 1.866 milhões de francos suíços, ou 1.913 milhões de euros, no primeiro semestre, e prever ainda uma alteração ao seu plano estratégico de modo a refletir uma redução de custos a médio prazo para baixo dos 15.500 milhões de francos suíços (15.881 milhões euros). O banco quer poupar entre os 1.000 a 1.500 milhões de francos suíços, em custos estruturais anuais, até 2024.

Os nossos resultados para o segundo trimestre de 2022 são dececionantes, especialmente no banco de investimento”, admitiu Thomas Gottstein, sendo que o Credit Suisse registou um lucro de 253 milhões de francos no segundo trimestre de 2021. O presidente executivo demissionário justificou estes resultados com a combinação entre a situação geopolítica após a invasão da Ucrânia pela Rússia, o aperto monetário dos principais bancos centrais em resposta à inflação, e a aversão ao risco dos clientes.

Adicionalmente, a instituição atravessa momentos agitados com a saída do antecessor de Gottstein, Tidjane Thiam, que abandonou o Credit Suisse em 2020 após vários altos cargos serem alvo de investigações internas. Também António Horta-Osório, antigo presidente, abandonou a instituição após violar as regras de quarentena impostas pela pandemia de Covid-19, tal como o vice-presidente Severin Schwan, por pressões dos principais acionistas.

Por outro lado, o colapso das empresas de capitais Archegos e Greensill, em 2021, também está a afetar o Credit Suisse, sendo que no mês passado um tribunal suíço multou ainda o banco em mais de 2 milhões de dólares, por não impedir a lavagem de dinheiro associada a uma rede criminosa búlgara, há mais de 15 anos.

 

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Na União Europeia havia um carro por cada dois habitantes em 2020

Há duas regiões em Itália com mais carros do que habitantes. Os países do leste europeu têm menor taxa de motorização em comparação com os vizinhos mais ocidentais.  

No primeiro ano da pandemia, havia um carro por cada dois residentes na União Europeia. A conclusão resulta da análise à densidade automóvel por regiões dos 27 Estados-membros feita pelo gabinete de estatísticas Eurostat.

Em 2020, havia, em média, 0,53 veículos por cada habitante na União Europeia. Mas numa análise mais aprofundada são notórias as diferenças entre as várias regiões que constituem os 27.

Havia duas regiões em Itália com mais carros do que habitantes: em Valle d’Aosta e Bolzano, existiam 1.787 e 1.285 automóveis por cada mil habitantes. Além da situação económica, havia razões fiscais que explicavam a situação, segundo o Eurostat.

Taxa de motorização na UE em 2020.Fonte: Eurostat

Em sentido inverso, as duas regiões com menos carros eram o arquipélago francês de Maiote (Oceano Índico) e a província grega de Peloponeso, com 72 e 186 carros por cada mil habitantes, respetivamente.

Os países do leste europeu tinham menor taxa de motorização em comparação com os vizinhos ocidentais.

O Eurostat não indicou dados sobre as regiões NUTII de Portugal.

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Euribor sobem a três meses para novo máximo desde julho de 2014

  • Lusa
  • 27 Julho 2022

Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação e que entrou em terreno positivo a 6 de junho, avançou esta quarta-feira para 0,631%, mais 0,008 pontos que ontem.

As taxas Euribor subiram esta quarta-feira a três meses para um novo máximo desde julho de 2014 e a seis meses e desceram a 12 meses em relação a terça-feira.

A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação e que entrou em terreno positivo a 6 de junho, avançou esta quarta-feira para 0,631%, mais 0,008 pontos que na terça-feira, contra o máximo desde agosto de 2012, de 0,706%, verificado em 22 de julho.

A média da Euribor a seis meses subiu de -0,144% em maio para 0,162% em junho. A Euribor a seis meses esteve negativa durante seis anos e sete meses (entre 06 de novembro de 2015 e 03 de junho de 2022).

A Euribor a três meses, que entrou em 14 de julho em terreno positivo pela primeira vez desde abril de 2015, também avançou esta quarta-feira, ao ser fixada em 0,238%, mais 0,026 pontos e um novo máximo desde julho de 2014.

A taxa Euribor a três meses esteve negativa entre 21 de abril de 2015 e 13 de julho último (sete anos e dois meses). A média da Euribor a três meses subiu de -0,386% em maio para -0,239% em junho.

Em sentido contrário, no prazo de 12 meses, a Euribor baixou hoje, ao ser fixada em 1,013%, menos 0,020 pontos, contra o máximo desde agosto de 2012, de 1,200%, registado em 22 de julho.

Após ter disparado em 12 de abril para 0,005%, pela primeira vez positiva desde 05 de fevereiro de 2016, a Euribor a 12 meses está em terreno positivo desde 21 de abril. A média da Euribor a 12 meses avançou de 0,287% em maio para 0,852% em junho.

As Euribor começaram a subir mais significativamente desde 4 de fevereiro, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras este ano devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro.

Na reunião de política monetária na passada quinta-feira, 21 de julho, o BCE aumentou em 50 pontos base as três taxas de juro diretoras, a primeira subida em 11 anos, com o objetivo de travar a inflação. O BCE indicou também que nas próximas reuniões continuará a subir as taxas de juro. A evolução das taxas de juro Euribor está intimamente ligada às subidas ou descidas das taxas de juro diretoras BCE.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Governo mantém presidente do Metro de Lisboa

Vítor Domingues dos Santos fica à frente do metropolitano da capital até final de 2024. Vereador da câmara João Paulo Saraiva entra para conselho de administração.

O Governo manteve o atual presidente do Metro de Lisboa. Vítor Domingues dos Santos vai continuar a liderar a transportadora pública até ao final de 2024, segundo um despacho publicado esta quarta-feira em Diário da República.

João Paulo Saraiva é a única novidade no novo conselho de administração da empresa: o ex-vice-presidente da câmara no mandato de Fernando Medina e até agora atual vereador do município do movimento Cidadãos por Lisboa — eleito pelas listas do PS — vai ser um dos dois vogais do metropolitano, segundo o documento conjunto assinado pelos ministros das Finanças e do Ambiente e Ação Climática, Fernando Medina e Duarte Cordeiro, respetivamente.

O terceiro elemento do conselho de administração continua a ser Maria Helena Carrasco Campos.

Vítor Domingues dos Santos presidente ao Metro de Lisboa desde janeiro de 2017. Nascido em 1952, o engenheiro de formação vai para o terceiro mandato consecutivo nesta empresa de transportes.

A expansão da rede do Metro de Lisboa, com o início do funcionamento da linha circular, é uma das prioridades do novo mandato. Vítor Domingues dos Santos também tem como missão a expansão da linha vermelha.

No curto prazo, o Metro de Lisboa procura estancar o ciclo de greves: desde março que têm decorrido paralisações parciais, totais ou às horas extraordinárias. Além do aumento dos salários, os trabalhadores têm exigido a contratação de novos funcionários. Para 2022, já foi prometida a entrada de 58 novos trabalhadores.

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Estudos apontam mercado de Wuhan na China como início da pandemia

  • Lusa
  • 27 Julho 2022

Dois estudos concluem que pandemia de Covid-19 começou no mercado de Wuhan, embora não esteja identificado o animal intermediário entre morcegos, portadores de coronavírus e humanos.

Dois estudos divulgados esta terça-feira concluem que a pandemia de Covid-19 começou no mercado da cidade chinesa de Wuhan, apontando como causa provável do vírus uma origem animal.

O primeiro estudo é uma análise geográfica que mostra que os primeiros casos, detetados em dezembro de 2019, estavam concentrados naquele mercado.

Já a segunda investigação, é uma análise genómica do vírus dos primeiros casos, mostrando que é muito improvável que o vírus tenha circulado amplamente entre humanos antes de novembro de 2019.

Os estudos foram divulgados esta terça-feira na revista Science, noticiou a AFP.

Desde o início da pandemia de covid-19 que existe o debate entre especialistas, que ainda procura, quase três anos depois, esclarecer o mistério sobre a origem do vírus SARS-CoV-2.

Um dos autores destes estudos, Michael Worobey, virologista da Universidade do Arizona, assinou uma carta em 2021 onde pedia que fosse seriamente considerada a hipótese de uma fuga de um laboratório em Wuhan.

No entanto, com os dados analisados desde então, o cientista considera agora “que simplesmente não é plausível que o vírus tenha sido introduzido de outra forma que não seja através do comércio de animais no mercado de Wuhan”, segundo explicou em conferência de imprensa.

Kristian Andersen, do Scripps Research Institute e também coautor destes estudos, realçou que apesar de não ter sido refutada a teoria da fuga de um laboratório, é importante “entender que há cenários possíveis e outros prováveis”.

O primeiro estudo analisou os locais de residência dos primeiros 155 casos identificados em dezembro de 2019.

Os investigadores mostraram que estes casos estavam concentrados em torno do mercado de Wuhan, ao contrário dos registados nos meses seguintes, que coincidiram com bairros altamente populosos.

Além disso, entre os casos estudados, pessoas não ligadas diretamente ao mercado viviam mais próximas deste do que as que trabalhavam ou o visitaram recentemente.

Isto indica que estes terão sido provavelmente infetados devido à proximidade com esse local.

Os cientistas também analisaram amostras retiradas do mercado em janeiro de 2020, por exemplo, de uma gaiola ou carrinhos.

As analises mostraram que as amostras positivas para o Sars-Cov-2 estavam concentradas no sudoeste do mercado, precisamente onde os animais vivos eram vendidos (incluindo o cão-guaxinim, uma espécie de texugo ou raposas).

O animal que pode ter atuado como intermediário entre morcegos, portadores de coronavírus e humanos, não foi identificado.

Já o segundo estudo é baseado na análise do genoma do vírus que infetou as primeiras pessoas.

A análise conclui que duas linhagens do vírus, A e B, existiam antes de fevereiro de 2020 e que essas duas linhagens provavelmente resultaram de dois eventos separados de transmissão humana, ambos no mercado de Wuhan.

Estudos anteriores sugeriram que a linhagem B evoluiu da linhagem A.

Os cientistas alertam que é importante entender de onde vieram os animais vendidos no mercado de Wuhan, para minimizar riscos futuros.

Embora as ‘áreas cinzentas’ permanecerem, os investigadores sublinharam que as informações disponíveis sobre o início da pandemia eram muito detalhadas.

“Há um sentimento geral de que não há informação que nos possa dizer algo sobre a origem da pandemia de covid-19. Isso é simplesmente incorreto”, sublinhou Kristian Andersen.

A China tem sido regularmente acusada de reter informações ou de não cooperar plenamente com investigações internacionais.

Compreender como a pandemia começou é crucial para ajudar a prevenir eventos futuros semelhantes e potencialmente salvar milhões de vidas.

“As pandemias não exigem que nomeemos um responsável, mas exigem que as entendamos”, concluiu Kristian Andersen.

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Nas notícias lá fora: Microsoft, Covid-19 e Credit Suisse

  • ECO
  • 27 Julho 2022

Lucro da Microsoft cresce 2% para 16,7 mil milhões de dólares (2,23 por ação), abaixo das previsões de 2,29 por título. Estudos concluem que Covid-19 começou no mercado de Wuhan.

Mais de mil voos da Lufthansa foram cancelados devido a uma greve de 24h do seu pessoal de terra, afetando 134.000 passageiros. Credit Suisse regista perdas de 1,9 mil milhões de euros no primeiro semestre, e atribui resultados a gastos em processos de litigação. El Corte Inglés coloca em marcha plano anti-inflação assente na digitalização de processos e da “reorganização do quadro de pessoal”.

Wall Street Journal

Lucro da Microsoft cresce 2% para 17 mil milhões de dólares mas dececiona analistas

A Microsoft apresentou um lucro relativo ao último trimestre de 16,7 mil milhões de dólares (2,23 por ação), um aumento homólogo de 2%, o que dececionou os analistas, que esperavam 2,29 por título. Este foi uma das raras vezes em que a empresa desapontou os analistas, já que, por norma, até costuma superar as expectativas do mercado. O volume de negócios apresentado, de 51,9 mil milhões de dólares, acima do registado no último ano em 12%, também ficou aquém dos 52,94 mil milhões esperados pelos analistas. A empresa atribuiu o desempenho abaixo do esperado a “condições macroeconómicas em curso e outros fatores imprevistos”, incluindo o encerramento de fábricas na China, a deterioração do mercado de computadores pessoais e a invasão russa da Ucrânia, com esta a provocar a redução das atividades.

Leia o artigo completo no Wall Street Journal (acesso pago, conteúdo em inglês)

Science

Estudos apontam mercado de Wuhan na China como início da pandemia

Dois estudos concluem que a pandemia de Covid-19 começou no mercado da cidade chinesa de Wuhan, apontando como causa provável do vírus uma origem animal. O primeiro estudo é uma análise geográfica que mostra que os primeiros casos, detetados em dezembro de 2019, estavam concentrados naquele mercado. Já a segunda investigação, é uma análise genómica do vírus dos primeiros casos, mostrando que é muito improvável que o vírus tenha circulado amplamente entre humanos antes de novembro de 2019. Desde o início da pandemia de Covid-19 que existe o debate entre especialistas, que ainda procura, quase três anos depois, esclarecer o mistério sobre a origem do vírus SARS-CoV-2.

Leia o artigo na Science (acesso pago, conteúdo em inglês)

DW

Mais de mil voos da Lufthansa cancelados devido à greve de pessoal de terra

Mais de mil voos da Lufthansa foram cancelados esta quarta-feira por causa de uma greve de 24 horas do pessoal de terra da companhia aérea alemã, afetando dezenas de milhares de passageiros. Cerca de 134.000 passageiros tiveram que mudar os seus planos de viagem ou cancelá-los completamente e pelo menos 47 ligações já tinham sido canceladas na terça-feira. Frankfurt e Munique estão a ser os aeroportos mais afetados pela greve, mas também houve voos cancelados em Duesseldorf, Hamburgo, Berlim, Bremen, Hannover, Estugarda e Colónia. A companhia aérea aconselhou os passageiros que não se desloquem aos aeroportos afetados porque a maioria dos balcões não terá funcionários.

Leia a notícia completa na DW (acesso livre, conteúdo em inglês)

Bloomberg

Credit Suisse com perdas de 1,9 mil milhões no primeiro semestre

O Credit Suisse, o segundo maior banco da Suíça, registou perdas de 1.866 milhões de francos suíços (1.914 milhões de euros) no primeiro semestre, um resultado que atribuiu a gastos em processos de litigação e a fatores como a guerra na Ucrânia. “Os resultados do banco viram-se significativamente afetados por fatores macroeconómicos e geopolíticos”, assinala, no relatório semestral, o responsável pela administração do banco, Thomas Gottstein. Para dar a volta a estes resultados o responsável revelou um plano no qual prevê um corte dos custos de 23%. “As circunstâncias difíceis eclipsaram a força do nosso departamento de gestão de património”, disse o responsável sublinhando que “é urgente adotar ações decisivas” perante as contas negativas. O Credit Suisse enfrenta uma etapa complicada não apenas devido a problemas financeiros mas também por causa de vários escândalos como o que provocou a demissão do presidente António Horta-Osório no princípio do ano, após uma investigação interna que concluiu que o português violou as regras de quarentena impostas no quadro da pandemia de Covid-19.

Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso pago, conteúdo em inglês)

Cinco Días

El Corte Inglés reduz custos e põe em marcha plano anti-inflação

O El Corte Inglés lançou um plano destinado a combater a inflação assente na redução de custos, nomeadamente, através da digitalização de processos e da “reorganização do quadro de pessoal”. No plano de reorganização, o El Corte Inglés contempla a saída dos trabalhadores cujas lojas foram encerradas, tendo-se deslocado para outras, embora descartem qualquer cenário de despedimento coletivo. Paralelamente, a empresa mantém o seu programa de reforma parcial, destinado a trabalhadores acima dos 61 anos, tendo dedicados 53,2 milhões de euros desde 28 de fevereiro.

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Blinken e Lavrov tem conversa agendada para os “próximos dias”

  • ECO
  • 27 Julho 2022

Os chefes da diplomacia dos EUA e Rússia vão conversar nos próximos dias pela primeira vez em cinco meses. Fluxo de gás do gasoduto Nord Stream 1 cai para um quinto da capacidade.

Antony Blinken revelou esta quarta-feira que “nos próximos dias” vai ter a primeira conversa com o homólogo russo, Sergei Lavrov, desde o início da invasão da Ucrânia. Na agenda está a acordo para a exportação de cereais ucranianos, assinado na semana passada na Turquia, e a libertação de norte-americanos detidos na Rússia. “Não será uma negociação sobre a Ucrânia”, disse o Secretário de Estados dos EUA.

Neste 153.º dia de guerra, a Ucrânia anunciou que atingiu a ponte Antonivskiy, em Kherson, uma cidade portuária a sul do país que está sob controlo das tropas russas. Esta ponte é uma das principais rotas de abastecimento para as forças russas.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, nomeou Andriy Kostin, membro do Parlamento ucraniano e membro do seu partido, para Procurador-Geral da Ucrânia. Segundo a Reuters, não é claro quando esta nomeação será votada.

Esta quarta-feira, o fluxo de gás através do gasoduto Nord Stream 1, uma das principais condutas de gás que liga a Rússia à Alemanha caiu para um quinto da capacidade, levando o regulador de rede alemão a emitir outro apelo às famílias e à indústria para economizar gás e evitar o racionamento.

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Banco de Fomento seguiu boas práticas no programa Consolidar, diz APCRI

  • Lusa
  • 27 Julho 2022

APCRI elogia Banco Português de Fomento por “boas práticas” internacionais no programa Consolidar. Associação considera que banco percebeu as necessidades e critérios do capital de risco.

A Associação Portuguesa de Capital de Risco (APCRI) elogiou o Banco Português de Fomento (BPF) por seguir as “boas práticas” internacionais no programa Consolidar, do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), disse à Lusa o dirigente Martim Avillez Figueiredo.

“Neste programa Consolidar, que é o primeiro feito seguindo as boas práticas internacionais do que se passa em todos os países do mundo ocidental, na minha opinião e na opinião da APCRI, o Banco de Fomento fez tudo como se faz nesses países”, disse à Lusa Martim Avillez Figueiredo, da direção da associação.

O responsável falava acerca do programa Consolidar, do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que tem 250 milhões de euros destinados à consolidação de Pequenas e Médias Empresas (PME) afetadas pela pandemia da Covid-19 e à sua expansão para novas áreas de negócio.

A APCRI assegurou esta semana ao Banco de Fomento que a indústria nacional de capital de risco tem prontos para investir os milhões de capital privado que são necessários para executar integralmente o programa Consolidar.

De acordo com a APCRI, os seus associados “mobilizaram, através de 33 candidaturas, capital que é superior aos 30% necessários para a contrapartida privada”.

Para Martim Avillez Figueiredo, a instituição bancária liderada por Beatriz Freitas “chamou toda a indústria e ouviu, percebeu exatamente quais são as necessidades, quais são os critérios do capital de risco e o sucesso que isso demonstra e usa os seus instrumentos com capital privado, e tentou entender bem a realidade”.

Segundo o responsável da direção presidida por Luís Santos Carvalho, o programa atende também às “especificidades da economia portuguesa” saída da pandemia de Covid-19, e às suas consequências nas empresas.

Assim, o Consolidar, segundo o responsável da APCRI, visa as empresas “sem setores definidos”, mas sim com “critérios definidos”: “empresas que tenham sido impactadas pela Covid mas que tenham viabilidade económica”.

Martim Avillez Figueiredo não adiantou nomes de empresas, até porque os investimentos ainda não estão fechados, mas lembrou que os fundos de capital de risco, em Portugal, “investem na indústria”, na “indústria tecnológica”, na “indústria de manufatura” e no “turismo”.

Só com fundos de capital de risco, com fundos de investimento privados, interessados em investir, é que o dinheiro público vem. E a escolha desses investimentos é das sociedades gestoras”, referiu, explicando que o Consolidar está desenhado para que só haja “dinheiro público havendo dinheiro privado”.

Já acerca de um próximo concurso destinado ao setor também anunciado pelo banco, segundo a APCRI, já se destina a empresas que “agora não são o alvo do programa Consolidar”, mas sim “todas aquelas que não são PME impactadas pelo Covid, mas economicamente viáveis”, como “‘startups’, as empresas em início de vida”.

“Aqui, mais uma vez, o Banco de Fomento ouviu a indústria, e percebeu bem quais são os critérios que a indústria prioriza, os seus investimentos em ‘venture capital’ [capital de risco para startups], e quais são as variáveis que considera mais importantes na seleção, no acompanhamento, e se quisermos nos tais gatilhos de intervenção nessas empresas”, detalhou.

Questionado sobre um eventual revés, o dirigente da APCRI descartou mudanças de rumo, afirmando que “a indústria de capital de risco em Portugal é hoje uma indústria mais madura, depois daqueles tempos do passado em que havia muito poucos fundos”.

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