Alstom quer recrutar 7.500 trabalhadores este ano, quase 4.000 na Europa
A Alstom está particularmente à procura de pessoas especializadas em engenharia mecânica e de sistemas, serviços e também de soldadores qualificados para os locais de produção.
O fabricante ferroviário Alstom, com presença em Portugal, anunciou esta sexta-feira a intenção de recrutar 7.500 trabalhadores este ano para satisfazer a procura crescente e o número recorde de encomendas. O grupo pretende contratar seis mil engenheiros e gestores, bem como 1.500 trabalhadores e técnicos.
“Estas contratações destinam-se a projetos envolvendo material circulante, sinalização e serviços“, indicou, em comunicado, o grupo francês, que conta atualmente com 72 mil empregados em todo o mundo. Em 31 de dezembro, a empresa tinha encomendas no valor de 77,8 mil milhões de euros.
“A empresa duplicou de tamanho há um ano [com a compra da Bombardier Transport canadiana], estamos presentes em 70 países e a nossa carteira de encomendas é bastante significativa, por isso temos necessidades em todo o mundo para executar contratos“, disse à agência de notícias France-Presse (AFP) a diretora de recursos humanos do grupo, Anne-Sophie Chauveau-Galas.
Por exemplo, a Alstom ganhou recentemente um contrato para fornecer 200 comboios regionais à empresa estatal norueguesa Norske Tog por 1,8 mil milhões de euros e 25 comboios de alta velocidade à empresa ferroviária sueca SJ (680 milhões de euros). Em detalhe, o grupo procura recrutar 3.900 pessoas na Europa, 1.700 na Ásia-Pacífico, 1.500 na América do Norte e do Sul e 400 em África, no Médio Oriente e na Ásia Central.
Destas vagas, cerca de mil encontram-se em França, onde a empresa tem a sede. A Alstom está particularmente à procura de pessoas especializadas em engenharia mecânica e de sistemas, serviços e também de soldadores qualificados para os locais de produção. Globalmente, a empresa disse que procurava recrutar gestores de projetos e concursos e perfis técnicos altamente qualificados, tais como engenheiros de sistemas e cientistas de dados.
“Gostaríamos também de atrair mais mulheres para empregos técnicos”, disse Anne-Sophie Chauveau-Galas, acrescentando que a empresa queria aumentar a proporção de mulheres entre gestores e engenheiros de 23% para 28% até 2025.
A Alstom apresentou excelentes resultados na quinta-feira, com um aumento do volume de negócios de 5,2% no terceiro trimestre do seu exercício financeiro. A empresa espera que as suas vendas cresçam em média 5% por ano até 2025.
Na Europa, o grupo pretende também ajustar a capacidade de produção na Alemanha, onde a Bombardier Transport tem uma forte presença, deslocando o foco da produção de material circulante para a sinalização e serviços.
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