Wall Street recupera após Fed prever subida dos juros este mês
Os índices de referência norte-americanos abriram em alta, apesar do conflito na Ucrânia e de a Fed ter assumido que será "apropriado" subir as taxas de juro já este mês.
Num dia em que as cotações do petróleo dispararam acima dos 110 dólares, tocando em máximos de sete anos, Wall Street arranca a segunda sessão de março em terreno positivo, com os três principais índices a registarem ganhos inferiores a 1%.
Apesar de a Fed ter assumido uma subida dos juros já este mês, os investidores continuam atentos ao conflito no leste da Ucrânia, que vai no seu sétimo dia. Neste contexto, o industrial Dow Jones sobe 0,67%, para 33.518,96 pontos, enquanto o S&P 500 valoriza 0,57%, para 4.330,77 pontos. O tecnológico Nasdaq regista ganhos de 0,45%, para 13.592,73 pontos.
Num discurso preparado para ser lido esta quarta-feira no Congresso dos Estados Unidos, o presidente da Reserva Federal, Jay Powell, reconhece que existe uma “elevada incerteza em torno das implicações [da guerra na Ucrânia] para a economia dos EUA”, mas mantém a preocupação com a inflação.
Por isso, considera “apropriado” subir as taxas de juro já na próxima reunião de política monetária, marcada para 15 e 16 de março. “Vamos usar as nossas ferramentas de política [monetária] para evitar que a inflação mais elevada se enraíze, ao mesmo tempo que promovemos uma expansão [económica] sustentável e um mercado de trabalho robusto”, assinala o responsável.
Esta quarta-feira foram também divulgados dados sobre o mercado de trabalho norte-americano no mês de fevereiro. Segundo o instituto Automatic Data Processing (ADP), citado pela Bloomberg, foram criados mais postos de trabalho nos EUA do que o previsto, enquanto os salários nas empresas privadas aumentaram em 475.000, numa altura em que diminuíam as infeções por Covid-19 e eram retiradas restrições no país.
Este crescimento do emprego superior ao esperado aponta para uma forte recuperação do mercado de trabalho após a propagação da variante Ómicron em janeiro, que levou ao encerramento de empresas e manteve muitos trabalhadores infetados em casa.
Ainda assim, é preciso ter em conta que os dados da ADP nem sempre seguem o mesmo padrão que o relatório mensal do Departamento do Trabalho norte-americano, que só será publicado na sexta-feira, prevendo-se que indicará um aumento de 383.000 dos salários no privado em fevereiro.
(Notícia atualizada às 15h30)
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