Ucrânia é o maior fornecedor de milho e óleo de girassol a Portugal
Nos últimos cinco anos, os produtos agrícolas pesaram 74% nas compras portuguesas no mercado ucraniano, com destaque para o milho, o óleo de girassol e as sementes de nabo silvestre ou de colza.
A Ucrânia foi o principal fornecedor de milho a Portugal nos últimos cinco anos, com o país invadido pela Rússia a representar, em média, 34,4% das importações nacionais deste produto entre 2017 e 2021.
No ano passado, a quota de mercado ucraniana no que toca ao milho comprado por Portugal superou um terço do total (34,7%). Seguem-se nesta lista outros grandes países produtores, como Brasil (26,3%), Roménia (11,9%), Canadá (7,4%) e França (6,3%).
De acordo com dados compilados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), no espaço da União Europeia, em termos relativos, Portugal foi mesmo o segundo país com maiores importações deste produto da Ucrânia, ficando apenas atrás dos Países Baixos (39,7%).
O óleo de girassol é outro produto com origem na Ucrânia em destaque nas importações agrícolas portuguesas. Não é tão relevante em valor, mas é mais preponderante nas compras nacionais: equivale a mais de metade (51,4%) do encomendado em 2021. As sementes de nabo silvestre ou de colza surgem no terceiro lugar neste ranking.
Além dos produtos agrícolas, que nos últimos cinco anos valeram 74% das importações portuguesas da Ucrânia, o INE destaca igualmente a transação de metais comuns (19,1%, essencialmente ferro fundido, ferro e aço), máquinas e aparelhos (1,4%), produtos alimentares (1,2%) e madeira e cortiça (1,1%).
Entre 2017 a 2021, as importações da Ucrânia registaram um peso médio anual de 0,3% nas importações nacionais. O valor mais elevado foi atingido em 2021 (297 milhões de euros), em resultado de um aumento de 44% face ao ano anterior, o primeiro da pandemia, em que se tinha verificado o maior decréscimo no período (-22,5%).
Maior défice comercial em 2021
Já no campo das exportações portuguesas para a Ucrânia, que nos últimos cinco anos cresceram 15,3% — e em 2021 totalizaram 36 milhões de euros –, as mercadorias em destaque foram as máquinas e aparelhos (peso médio de 24,5%), a madeira e cortiça (17,5%), os produtos alimentares (10,8%, com destaque para os vinhos), os metais comuns (9,8%) e os produtos agrícolas (7,9%, principalmente café torrado).
No período analisado pelo INE, ainda de acordo com os dados divulgados esta sexta-feira, registaram-se sempre défices na balança comercial de Portugal com a Ucrânia. Nas trocas com este país do leste europeu, o défice mais elevado registou-se no ano passado: -261 milhões de euros.
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