“Era o momento certo” para a expulsão dos funcionários russos, diz Gomes Cravinho

  • Joana Abrantes Gomes
  • 6 Abril 2022

Dez funcionários da missão diplomática russa em Lisboa declarados "persona non grata" pelo Governo estavam já identificados. Portugal vai enviar mais material de guerra para a Ucrânia.

Os dez funcionários da Embaixada da Federação Russa em Lisboa, que o Governo português declarou “persona non grata” na terça-feira, estavam já identificados e tinham acreditação diplomática – apesar de não serem diplomatas de carreira -, revelou esta quarta-feira o ministro dos Negócios Estrangeiros. “Este era o momento certo para dizer que deviam sair do país”, considerou João Gomes Cravinho.

“Estavam a trabalhar de uma forma que punha em causa interesses de segurança nacional e, portanto, naturalmente que tomámos a decisão adequada, que era dizer que tinham de sair do país“, reiterou o chefe da diplomacia portuguesa, em declarações à entrada para uma reunião com os seus homólogos da NATO, em Bruxelas.

Sublinhando que estes dez elementos estavam a desenvolver atividades que eram também “contraditórias com o seu estatuto diplomático”, Gomes Cravinho não comentou se essas atividades consistiam em espionagem. Os dez funcionários da Rússia têm agora duas semanas para abandonar o território nacional.

O Executivo liderado por António Costa segue, assim, a decisão adotada pela União Europeia e por vários dos seus Estados-membros nos últimos dias, como França, Alemanha, Dinamarca, Suécia, Bélgica, Países Baixos e Espanha, que expulsaram dezenas de diplomatas russos na sequência da divulgação de vídeos que mostram centenas de civis mortos na cidade ucraniana de Bucha, nas imediações de Kiev.

Sobre o apoio à Ucrânia, o ministro dos Negócios Estrangeiros disse que Portugal já enviou “mais de 60/70 toneladas de material de guerra” e que “enviará mais no futuro próximo”. O material em causa é defensivo, de proteção, mas também ofensivo, como armas e munições.

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Portugueses captam investimento de 9 milhões para startup tecnológica

A Amplemarket, uma startup tecnológica portuguesa, teve uma injeção financeira de mais de 9 milhões de euros para expandir o negócio e recrutar o dobro dos atuais colaboradores até ao final deste ano.

Três amigos portugueses criaram, em 2019, a startup tecnológica Amplemarket, que desenvolve uma plataforma all-in-one baseada em inteligência artificial (IA) para otimizar o serviço das equipas de vendas e maximizar os seus resultados. A funcionar em modo remoto entre São Francisco, nos Estados Unidos da América (EUA), e outros países europeus, a empresa teve uma aceitação no mercado de tal forma frutífera que, este ano, aumentou o capital inicial para quase 11 milhões de euros com a captação de 9 milhões de novos investidores.

A liderar esta ronda de financiamento mais recente estão dois investidores – a Comcast Ventures e a Armilar Venture Partners. Também participam nesta ronda, revela ao ECO João Batalha, CEO da startup portuguesa, “a Flexport e Caixa Capital, além de um grupo de investidores estratégicos, como Adil Syed (CFO, Rippling), Ben Braverman (Flexport), Paulo Marques (Fundador & CTO, Feedzai), Jude Gomila (CEO, Golden), Jason Rosengarden (VP de Vendas, G2) e Kyle Parrish (VP de Vendas, Figma)”.

Este bolo financeiro vai permitir à startup expandir para novos mercados e recrutar mais 35 colaboradores em todo o mundo, o dobro que já têm no ativo, nas áreas de engenharia informática, de apoio ao cliente, marketing e vendas. “Queremos ter um total de 70 pessoas na empresa até ao final deste ano, distribuídas por vários países”, avançou ao ECO João Batalha, cofundador desta startup tecnológica juntamente com o irmão Luís Batalha, chief product officer, e o amigo Micael Oliveira, chief revenue officer. Agora, a Amplemarket tem 35 colaboradores a trabalhar remotamente e distribuídos pelos Estados Unidos da América (EUA), Portugal, Espanha, Dinamarca, Alemanha e Hungria.

"Queremos ter um total de 70 pessoas na empresa até ao final deste ano, distribuídas por vários países.”

João Batalha

Cofundador e CEO da startup tecnológica Amplemarket

“Queremos ganhar uma fatia do mercado nesta área e concretizar o nosso objetivo de mudar a maneira como as pessoas fazem as vendas de empresa para empresa”, explica João Batalha a partir de São Francisco, onde se encontra a trabalhar nesta startup. Acredita mesmo que “a empresa está a construir o futuro das vendas e do marketing”. Na prática, descreve, “desenvolvemos software que tem uma componente de inteligência artificial que ajuda a otimizar o processo de vendas num contexto B2b de outras empresas”. E o que tem, afinal, de tão diferente este produto? “Contempla ferramentas de automação para gerir e otimizar o envolvimento, produtividade e capacitação, inteligência de vendas e análise e gestão de pessoas”.

A Amplemarket serve, por isso, frisa, “de motor de crescimento para muitas das principais empresas de SaaS, a nível mundial, nomeadamente algumas das organizações de vendas B2B com melhor desempenho, como a Rippling, Deel, Vanta e G2“. O empresário português cita, por exemplo, “o grande impacto da plataforma na Deel, uma startup de processamento de salários que, após a implementação da solução da Amplemarket em toda a sua organização de vendas, já angariou mais de 600 milhões de dólares em investimento e conseguiu aumentar em 20 vezes as receitas no prazo de um ano“.

"Queremos ganhar uma fatia do mercado nesta área e concretizar o nosso objetivo de mudar a maneira como as pessoas fazem as vendas de empresa para empresa.”

João Batalha

Cofundador e CEO da startup tecnológica Amplemarket

O empresário acredita que a startup tem dois grandes trunfos na manga: “A utilização de inteligência artificial para otimizar o processo de vendas e o facto de desenvolver uma solução a que nos EUA se chama uma all-in-one, ou seja, trazer várias peças do puzzle do processo de vendas e juntar todas numa só ferramenta”. A mais-valia, adianta, é que, “contrariamente ao que as empresas fazem, hoje em dia, em que têm cinco ou seis ferramentas para gerir o seu processo de vendas, o software da Amplemarket faz exatamente o mesmo, mas com uma só”. Esta solução vai, assim, permitir às equipas de vendas ter um melhor desempenho e aumentar o volume e a qualidade dos contactos com os quais interagem.

 

“Os nossos utilizadores são os vendedores das empresas que usam o nosso software”, resume o empresário português, que se formou na área de informática nos EUA, explicando que “a inteligência artificial permite sugerir empresas que podem ser um bom parceiro para os nossos clientes”. Dois terços deles são dos EUA e os restantes predominantemente de países europeus. Interpelado pelo ECO a propósito da faturação da empresa, João Batalha não quis revelar números.

Adiantou, contudo, que espera um futuro risonho para a Amplemarket. “Vamos continuar a desenvolver o produto e adicionar novas funcionalidades, como suportar outros tipos de processos de vendas para ajudar as empresas a expandir ainda mais”. E, por consequência, a startup ter um desenvolvimento exponencial ao ponto de se posicionar ainda mais no mercado.

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Parlamento discute Programa de Estabilidade a 20 de abril

  • Lusa
  • 6 Abril 2022

Quanto ao Orçamento de Estado para 2022, na próxima conferência de líderes será decidida a calendarização da discussão do documento.

A Assembleia da República vai debater o Programa de Estabilidade (PE) 2022-2026 no próximo dia 20 de abril, decidiu esta quarta-feira a conferência de líderes parlamentares.

O Programa de Estabilidade (PE) para 2022-2026 já entregue pelo Governo prevê uma redução gradual do défice das contas públicas até final do horizonte da projeção, apontando para um excedente de 0,1% em 2026. Até ao final da legislatura o Governo estima ainda que a dívida pública se reduza para valores próximos dos 100% do PIB.

Quanto ao Orçamento de Estado para 2022, a socialista Maria da Luz Rosinha disse que na próxima conferência de líderes será decidida a calendarização da discussão do documento.

De acordo com a porta-voz da conferência de líderes, para o dia 13 de abril ficaram agendadas declarações políticas, um debate sobre a situação da Ucrânia e votações.

Na semana seguinte, dia 20, é debatido o Programa de Estabilidade (PE) e “eventuais projetos de resolução que venham a ser apresentados”, adiantou.

Para dia 21 ficou agendado um “eventual debate com o Governo sobre tema a definir na próxima conferência de líderes” e dia 22 serão debatidas “pelo menos duas propostas de lei do Governo com votação na generalidade, especialidade e final global”. Nesta reunião foi ainda agendada a sessão solene que assinala o 25 de Abril de 1974.

De acordo com a porta-voz, o Presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, solicitou ainda aos grupos parlamentares que não viram eleitos vice-presidentes para a Mesa do Parlamento nas últimas eleições, que possam “reapreciar a posição e ver do interesse ou não em apresentarem uma nova candidatura”.

Na semana passada foram eleitos dois dos quatro vice-presidentes da Mesa da Assembleia da República: Edite Estrela (PS) e Adão Silva (PSD). Os nomes apresentados pelo Chega e Iniciativa Liberal acabaram chumbados, sem alcançar a maioria necessária de 116 deputados.

Depois desta reunião, Inês Sousa Real, porta-voz do PAN, considerou que para os deputados únicos representantes de partidos “é importante que o grupo de trabalho sobre o Regimento dê mais dignidade aos trabalhos parlamentares”.

“Não se aceita que, em quatro anos, apenas de possa apresentar duas iniciativas legislativas. Isso é não só um silenciamento dos deputados únicos representantes dos partidos, mas é também não deixar trabalhar e defraudar as expectativas dos eleitores que colocaram estas forças políticas na Assembleia da República”, vincou.

Rui Tavares, deputado único do Livre, falou nalgumas das iniciativas apresentadas pelo partido e lamentou o facto de um voto sobre a situação de guerra no Mali não tenha sido já agendado.

“Aceitamos essa decisão mas lamentamos o facto de acabarmos por ser suscetíveis à crítica de que os crimes de guerra que estão a ocorrer no nosso continente tenham uma prioridade política sobre outros. Compreendemos a prioridade politica dada à situação na Ucrânia, aliás, apresentámos duas iniciativas sobre isso mas gostaríamos que o Mali também tivesse direito a um debate em plenário”, sustentou.

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Gi Holding lança nova marca corporativa. Tem 400 ofertas de emprego em Portugal

Em Portugal, o grupo italiano que presta serviços de recrutamento especializado tem 400 ofertas de trabalho disponíveis para diversas funções.

O Gi Group acaba de anunciar uma nova marca corporativa, a Gi Group Holding, para agregar as marcas do grupo italiano que atua na área da prestação de serviços de recrutamento. Em Portugal, o grupo tem 400 ofertas de trabalho disponíveis.

A nova marca assinala “um dia importante e de orgulho na história da nossa empresa. Desde a fundação, em 1998, graças ao contributo inestimável dos nossos dedicados colaboradores em todo o mundo, a nossa organização tornou-se uma força líder na indústria dos recursos humanos”, disse o CEO Stefano Colli-Lanzi, citado em comunicado.

“Nunca antes o cuidado com o indivíduo foi tão crucial para o sucesso organizacional. E com a criação da Gi Group Holding, a nossa missão é cada vez mais clara: contribuir para a evolução do mercado de trabalho sustentável e enfatizar o valor pessoal e social do trabalho”, reforça.

Sediado em Milão, o grupo está ativo em 30 mercados contando com mais de 6.000 colaboradores que atuam através das marcas Gi Group (trabalho temporário e permanente), Gi BPO (business process outsourcing), INTOO (transição de carreira e empregabilidade), Wyser (search and selection de Quadros Médios e Superiores), Grafton (professional staffing), TACK/TMI (aprendizagem e desenvolvimento) e QiBit (recrutamento na área de IT), agora sob o chapéu da Gi Group Holding.

“A nova empresa Holding –- através das suas principais marcas –- presta serviços a mais de 20.000 empresas, com receitas de 3,3 mil milhões de euros (números de 2021), tornando-se a 5ª maior empresa europeia de recrutamento e 16.ª a nível mundial. Coletivamente, nos últimos cinco anos, entre 2017 e 2021, o grupo registou um aumento de receitas de 65% (+1,3 mil milhões de euros)”, informa o grupo.

Nos próximos cinco anos, a estratégia de negócio irá centrar-se na “consolidação de mercados fortes (Itália, Brasil, Reino Unido, Alemanha, França, Polónia, China e Espanha) e na aceleração em países com alta oportunidade de crescimento através do crescimento orgânico e possíveis aquisições”.

O grupo pretende ainda “reforçar e melhorar o seu core business de Trabalho Temporário” e os serviços de Professional Staffing, “que têm um potencial considerável, nomeadamente através de relações consolidadas com clientes corporativos de topo.”

400 ofertas de emprego

Em Portugal, onde conta com cerca de 100 quadros, distribuídos por 11 escritórios, a companhia oferece serviços através de cinco marcas (Gi Group, Gi BPO, Wyser, TACK/TMI e QiBit), gerando mais de 50.000 contratos de trabalho desde o arranque da operação no país, segundo dados partilhadas pela companhia.

Tem neste momento 400 vagas de emprego por preencher. As ofertas são para os “perfis mais variados: blue collar (motoristas, técnicos de manutenção, native speakers – muitas vagas para shared services center, apoio ao cliente, etc. – operadores fabris, entre outros); White collar (profissionais de RH, engenharia, financeiros, entre outros)”, informa Tiago Varanda, Lead Marketing Manager do grupo, à Pessoas.

Há ainda vagas disponíveis para profissionais de IT.

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Paulo Macedo quer CGD a “continuar a crescer organicamente em Angola”

  • Lusa
  • 6 Abril 2022

"No ano passado crescemos cerca de 20% em crédito e vemos aqui também uma oportunidade de crescer", disse o CEO da Caixa, de visita a Angola.

O presidente da comissão executiva da Caixa Geral de Depósitos de Portugal reafirmou esta quarta-feira, em Luanda, a importância do mercado angolano, onde pretende continuar a apoiar projetos de construção de novas infraestruturas.

Paulo Macedo falava à imprensa, no final de uma audiência concedida pelo Presidente de Angola, João Lourenço, na qual apresentou os planos do banco para o país africano lusófono.

“Esta visita teve vários objetivos, primeiro, apresentar cumprimentos ao Presidente da República, a equipa do Banco Caixa Geral aqui em Angola, uma vez que amanhã é a assembleia geral, há um novo mandato, há uma continuidade da equipa e também apresentar os planos que o banco tem, que é de continuar a crescer organicamente em Angola”, referiu Paulo Macedo.

Segundo Paulo Macedo, ao chefe de Estado angolano reafirmou que a CGD, enquanto acionista do Banco Caixa Geral de Angola, depois de um período de recapitalização, reestruturação, manteve a sua presença no território angolano, colocando-se à disposição para estudar novos projetos.

Angola tem vários projetos de infraestruturas e temos aqui mais alguns projetos que vamos analisar e que vamos agora depois reunir com o ministro das Obras Públicas e outros responsáveis, para vermos de que forma é que esses projetos podem ser apoiados”, frisou.

De acordo com o presidente da Comissão Executiva do banco, Angola desempenha no grupo Caixa um papel importante, “uma vez que há empresas portuguesas, há comunidade portuguesa, há aqui um papel a desempenhar”.

“Nós saímos de outros países, onde achamos que não havia potencial de futuro e não tinha um enquadramento ou um ‘fit’ tão interessante como este e vemos aqui a nossa presença. No ano passado crescemos cerca de 20% em crédito e vemos aqui também uma oportunidade de crescer, para além de que também podemos estudar, apoiar outros projetos, designadamente através da CGD em Lisboa”, destacou.

Paulo Macedo realçou que o banco já apoiou no passado vários outros projetos, designadamente o projeto do Soyo, que se encontra em construção.

Com uma recapitalização pública e privada de cerca de 4,9 mil milhões de euros, o banco já devolveu uma parte desse dinheiro ao Estado e aos investidores privados, informou Paulo Macedo, prevendo a amortização total para daqui a dois anos.

Paulo Macedo participa hoje ao final do dia do Encontro Caixa, organizado pelo Banco Caixa Geral de Angola, evento no qual serão apresentadas as principais linhas orientadoras da instituição para o futuro próximo.

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Refugiados ucranianos já celebraram 359 contratos de trabalho em Portugal

São números de hoje e mostram que as empresas portuguesas já celebraram 359 contratos de trabalho com ucranianos que fugiram da guerra e chegaram a Portugal.

A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho.MIGUEL A. LOPES/LUSA

Nos primeiros dias de guerra, o Governo abriu uma plataforma para que as empresas portuguesas pudessem disponibilizar ofertas de emprego a cidadãos ucranianos que estão a chegar a Portugal por causa guerra.

Até esta manhã, segundo apurou o ECO junto de uma fonte da Segurança Social, já tinham sido celebrados 359 contratos de trabalho, um número que vai continuar a crescer já que são mais de 28 mil os ucranianos que chegaram a Portugal e fizeram um pedido de proteção temporária ao Serviço de Estrangeiros e Fronteiras.

As empresas, por solidariedade e por falta de mão-de-obra, também estão a responder e já disponibilizaram na plataforma do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) mais de 20 mil ofertas de empregos, nas mais variadas aéreas.

Além de agregar as ofertas, o IEFP diz que também fará “o mapeamento das competências dos trabalhadores ucranianos acolhidos, dos locais de acolhimento/residência e das ofertas de emprego disponíveis, e entrará em contacto para apresentar os candidatos, caso exista ajustamento ao perfil pretendido” pelas empresas.

Como escrevia ontem o jornal Público, o salário médio oferecido a estes trabalhadores ronda os 884 euros.

O valor mais baixo pago é de 310,19 euros, por trabalhos de limpeza em part time em Lisboa e em Loulé. No lado oposto da tabela há três ofertas de emprego, em Lisboa e em Matosinhos, para as áreas de informática, publicidade e marketing que pagam quatro mil euros.

Além de poderem concorrer a esta ofertas de emprego, os refugiados, nomeadamente os ucranianos, que se inscrevam IEFP como desempregados também podem beneficiar do contrato emprego-inserção. Este contrato permite que desempregados façam trabalho socialmente necessário, recebendo mais dinheiro além do subsídio de desemprego, enquanto procuram por um contrato de trabalho.

Atualmente o apoio contrato emprego-inserção destina-se a desempregados beneficiários de subsídio de desemprego ou de subsídio social de desemprego. Ao aderirem a esta medida, passam a beneficiar de uma bolsa mensal complementar no valor de 20% do IAS (438,81 euros em 2022), despesas de transporte, subsídio de alimentação e seguro de trabalho. Durante pelo menos quatro dias de cada mês, podem dedicar-se à procura ativa por trabalho.

Uma alteração à portaria que regulamenta este apoio publicada esta segunda-feira em Diário da República determina que passam a estar abrangidos também os beneficiários de proteção temporária ou refugiados, nomeadamente os ucranianos.

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Prescrição eletrónica de exames médicos aumentou 50% com novas medidas

Os médicos dos centros de saúde já podem prescrever os exames médicos de todas as especialidades através de SMS ou e-mail. Alteração permitiu aumentar a taxa de prescrição eletrónica em cerca de 50%.

Os médicos dos centros de saúde já podem prescrever todos os meios complementares de diagnóstico e terapêutica por SMS ou e-mail. Esta alteração permitiu aumentar a taxa de prescrição eletrónica dos exames médicos em cerca de 50%.

“Já é possível a prescrição de todos os meios complementares de diagnóstico e terapêutica (MCDT), de forma desmaterializada, nos cuidados de saúde primários“, revelam os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS), em comunicado divulgado esta quarta-feira.

Esta possibilidade já existia para alguns exames, contudo, foi alargada para as restantes especialidades, nomeadamente “as áreas referentes a endoscopia gastrenterológica, medicina física e reabilitação, pneumologia-imunoalergologia e radiologia”, realça a entidade liderada por Luís Goes Pinheiro, exemplificando que “são abrangidas agora as requisições de radiografias, de TAC, de provas de exercício com avaliação de parâmetros cardiorrespiratórios (em tapete rolante ou bicicleta ergonómica), de testes de alergologia ou de colonoscopias”.

Neste contexto, os SPMS explicam que a medida visa “facilitar a vida aos doentes”, pelo que os utentes podem aceder às respetivas prescrições através da app SNS24 ou na Área Pessoal do Portal SNS24 (sns24.gov.pt) e recebê-las através de SMS e e-mail.

A entidade liderada por Luís Goes Pinheiro adianta ainda que esta alteração permitiu aumentar a taxa de prescrição eletrónica em cerca de 50%, tendo passado de cerca de 36% para 85%. Desde o início de abril, já foram passadas 302.639 prescrições eletrónicas, “das quais mais de 33 mil” só esta quarta-feira.

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Endesa vê “um racional” em produtores pagarem para gerar eletricidade

  • Lusa
  • 6 Abril 2022

Líder da Endesa em Portugal explica que as renováveis têm "custos variáveis ínfimos", pelo que existe "um racional" para os produtores estarem dispostos a pagar para gerar eletricidade.

O presidente executivo da Endesa Portugal defende que os produtores estarem dispostos a pagar para gerar eletricidade tem “um racional”, resultante do facto de as renováveis terem “custos variáveis ínfimos”.

“Os preços negativos têm um racional, por de facto o mercado elétrico não se ter ajustado à evolução tecnológica e não se ter ajustado à evolução tecnológica quer dizer que nas tecnologias de antes, no gás, no nuclear, havia custos fixos elevados e custos variáveis também muito elevados. Agora, com as tecnologias das renováveis tenho também investimento de capital intensivo, mas depois custos variáveis ínfimos”, afirmou Nuno Ribeiro da Silva esta quarta-feira.

O presidente da Endesa recorda que não se compra o sol nem o vento. “Eu tendencialmente terei geração de eletricidade a custo variável zero e o mercado está só focado nessa componente do meu custo e do preço que estou disponível a entrar”, acrescenta.

Na prática, acrescentou, que os produtores “pagam o bilhete para se ligarem à rede [elétrica]”. “Se houver desenvolvimento da rede e se for gerida de outra maneira, de forma menos conservadora, levará a que a capacidade de ligação deixe de ser tão escassa e perde valor e os produtores não terão necessidade de fazer esse pagamento de compensação à rede”, considerou.

O Governo leiloou, na segunda-feira, a exploração de 263 megawatts (MW) de energia solar em sete barragens do país, tendo adjudicado um total de 183 MW, segundo o Ministério do Ambiente e da Ação Climática.

O Governo afirmou que o leilão foi “um sucesso”, atingindo o preço mais baixo da energia mundial, com um lote ao preço fixo de -4,13 euros por megawatt-hora (MWh), equivalente a um desconto de 110% à tarifa de referência fixada inicialmente pelo Governo.

A Endesa ganhou o direito de ligação dos 42 megawatt (MW) leiloados na barragem do Alto Rabagão, Montalegre, para a instalação de um projeto de energia solar fotovoltaica flutuante com investimento de 115 milhões de euros, disse hoje a empresa.

Segundo a empresa, o projeto naquela barragem vai envolver um investimento de cerca de 115 milhões de euros e deverá entrar em funcionamento em 2026.

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Capsa e Liquats Vegetals quebram aliança apenas dois meses após anunciar acordo

  • Servimedia
  • 6 Abril 2022

A colaboração entre a empresa mãe da Central Lechera Asturiana e a Liquats Vegetals durou pouco e foi interrompida por "razões internas das duas empresas".

A Capsa Food e a Liquats Vegetals colocaram um ponto final no projeto conjunto na área das bebidas vegetais anunciado no início do ano e que entrou em vigor a 1 de fevereiro. No âmbito desta aliança, a Capsa começou a distribuir e a fazer a gestão comercial exclusiva de todos os clientes do canal Horeca e Food Service em Espanha do portfolio de bebidas vegetais Liquats Vegetals, que comercializa sob as marcas Yosoy e Almendrola, noticia a Servimedia.

A colaboração entre a empresa mãe da Central Lechera Asturiana e a Liquats Vegetals durou pouco. O que se pretendia que fosse uma aliança para promover uma alimentação de base vegetal e sustentável, como ambas as empresas explicaram na altura do anúncio, quebrou por “razões internas das duas empresas”, avança a agência de notícias espanhola.

De acordo com fontes da indústria, a decisão foi mutuamente acordada e cada empresa continuará a desenvolver, separadamente, os seus projetos e estratégia na categoria das bebidas à base de plantas, incluindo a distribuição.

O fim do acordo significará que a distribuição de produtos Liquats no canal Horeca realizada pela Capsa deixará de ser efetiva a partir de 1 de maio, de acordo com as informações a que a Servimedia teve acesso. A partir dessa data, será o dono de Yosoy e Almendrola a geri-la diretamente com os clientes.

As mesmas fontes consultadas consideram que o acordo assinado pela Capsa com a empresa familiar catalã foi feito à pressa, após a Capsa ter abdicado do controlo da distribuição de bebidas vegetais no mercado espanhol da Alpro, a marca líder do setor, que voltou às mãos do seu proprietário, Danone, a 1 de fevereiro.

Salientam também que a Liquats é uma empresa em crescimento com uma aposta crescente em vegetais, pelo que as sinergias esperadas da união com o conglomerado de laticínios asturiano não produziram os resultados esperados na fase inicial.

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Wall Street recua enquanto espera divulgação das atas da Fed

Bolsas norte-americanas abriram com perdas, enquanto os investidores aguardam para conhecer as atas da última reunião do banco central sobre política monetária.

Os principais índices de Nova Iorque abriram em terreno negativo, enquanto os investidores esperam a divulgação das atas da última reunião da Fed, que podem dar mais pistas sobre a estratégia de política monetária do banco central norte-americano. Os receios quanto ao aumento da inflação também estão a abalar os mercados.

O S&P 500 está a perder 1,01%, para 4.479,23 pontos, acompanhado pelo industrial Dow Jones, que cai 0,75%, para 34.381,91 pontos. Pelo mesmo caminho segue o tecnológico Nasdaq, ao desvalorizar 1,49%, para 13.992,02 pontos.

Esta quarta-feira, às 19h00 em Lisboa, a Fed vai publicar as atas da última reunião de política monetária, onde dará mais pistas sobre os planos para o futuro. Os investidores aguardam por estes documentos, numa altura em que os receios com o aumento da inflação são muitos.

Também esta quarta-feira, houve mais um responsável da Fed a mostrar-se preocupado com o facto de a inflação norte-americana ter chegado ao nível mais alto dos últimos 40 anos, antecipando que haverá a necessidade de aumentar ainda mais as taxas de juro. “A inflação está muito alta e estou muito preocupado com isso”, disse Patrick Harker, presidente da Fed de Filadélfia, à Câmara de Comércio do Estado de Delaware, citado pela CNBC.

Na terça-feira, Lael Brainard já tinha afirmado que o banco central precisa de reduzir o seu balanço “rapidamente”. “A inflação está muito alta e está sujeita a riscos”, disse a responsável, citada pela CNBC, notando que a Fed precisa de um ritmo constante de aumento de juros.

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Continente Online volta a funcionar após ataque informático

Uma semana depois de ter sofrido um ataque informático, a Sonae MC repõe o serviço de compras online e também algumas das funcionalidades da app Cartão Continente.

O Continente Online e a maior parte das funcionalidades da app Cartão Continente já foram repostos pela MC, a empresa de retalho alimentar da Sonae que no dia 30 de março foi vítima de um ataque informático.

“Já é possível comprar online, consultar e utilizar saldo; visualizar, recuperar e usar cupões, consultar movimentos, vantagens, marcas associadas e informação sobre lojas e ainda beneficiar da caderneta de selos. Contamos em breve ter disponíveis os restantes serviços da app: recuperar transações; Continente Pay e novas adesões à app”, resume.

Em comunicado enviado às redações, a empresa do grupo Sonae repete que “não há evidência de que os dados pessoais de clientes tenham sido afetados”, sublinhando que “esta constatação decorre do profundo trabalho forense que tem vindo a ser realizado nos últimos dias”.

“Os dados bancários associados ao serviço Continente Pay, Continente Online e Wells Online não estão nos sistemas da MC, pelo que esta informação não foi de todo comprometida, uma vez que é do domínio único e exclusivo das entidades financeiras”, justifica a MC.

Como o ECO noticiou na semana passada, a retalhista que detém também a Wells, a Note ou a Go Natural, diz que está a trabalhar com as autoridades nacionais e internacionais para “identificar e punir os responsáveis [pelo] ato criminoso”, que deixou inacessíveis os serviços online da marca Continente, assim como a app do Cartão Continente.

Em comunicado, a dona do Continente agradece ainda a todos os colaboradores, clientes, parceiros e concorrentes que se solidarizaram com a empresa perante este ataque. Foi o caso do Minipreço, que utilizou as redes sociais para assinalar que “quando um de nós é o alvo, somos todos”.

Há três semanas, durante a conferência de imprensa de apresentação dos resultados de 2021, questionado pelo ECO sobre o tema da cibersegurança, o administrador João Günther Amaral respondeu que o grupo “faz tudo e mais alguma coisa para [se] proteger”, ressalvando, porém, que “ninguém pode afirmar que está protegido contra todos os ataques”.

“Todas as empresas com algum destaque são atacadas diariamente e estão diariamente a defender-se. É o nosso caso. E, até à data, temos feito isso tudo com sucesso”, acrescentou, numa referência aos informáticos que já este ano atingiram outros grandes grupos, como a Impresa ou a Vodafone Portugal.

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Prémio INOVA+ distingue excelência científica e empresarial em Portugal

A consultora de inovação procura soluções capazes de dar resposta às principais prioridades europeias nas áreas da inteligência artificial, sustentabilidade e cidades resilientes.

A INOVA+ assinala os seus 25 anos com o lançamento de um prémio nacional para distinguir projetos inovadores em contextos científico e empresarial, que apresentem potencial de escala internacional. O Prémio INOVA+ vai distinguir ideias, soluções e tecnologias de excelência científica, bem como projetos de excelência empresarial, capazes de dar resposta às principais prioridades europeias nas áreas da inteligência artificial, sustentabilidade dos recursos naturais e dos ecossistemas e soluções digitais para cidades resilientes.

“A inovação é crucial para o desenvolvimento do País, pelo que ao longo dos últimos 25 anos temos colocado a nossa expertise e conhecimento ao serviço de instituições públicas e privadas. Neste percurso acompanhou-nos a certeza de que a inovação não é um talento, mas antes uma competência e a chave para o crescimento das organizações e dos países. É por isso, para incentivar a excelência na Inovação, que lançamos o Prémio INOVA+, aberto à comunidade científica e empresarial”, afirma Eurico Neves, chairman da INOVA+.

“Pretendemos incentivar um ecossistema de inovação aberto e multipolar, promovendo a cooperação, as parcerias e experiência internacionais e uma visão tecnológica. Mas pretendemos também trazer projetos para o dia a dia das pessoas e das empresas, ajudando no acesso a fontes de financiamento, nomeadamente a fundos europeus nacionais e transnacionais”, acrescenta, citado em comunicado.

O prémio — que vai distinguir em três áreas os melhores projetos com aplicação na indústria — contempla as categorias de “Excelência Científica” e de “Excelência Empresarial”. À primeira, em cada uma das áreas, podem candidatar-se os bolseiros de pós-doutoramento, doutorados, doutorandos e investigadores, a título individual ou em representação de uma equipa.

Já à “Excelência Empresarial” de cada área podem candidatar-se empresas portuguesas de qualquer natureza e sob qualquer forma jurídica com atividades de I&D e inovação.

O Prémio INOVA+ é organizado pela consultora e tem como parceiros a Agência Nacional da Inovação (ANI), o Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP), o Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP) e a AIP – Associação Industrial Portuguesa. As candidaturas estão abertas até 30 de junho, sendo posteriormente avaliadas pelo júri.

Mais informações sobre o prémio aqui.

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