Sonangol alienou parcialmente participações em oito concessões petrolíferas

  • Lusa
  • 8 Abril 2022

A venda de participações "está inserida na estratégia da Sonangol de reposicionamento e sustentabilidade do seu portefólio de investimento”.

A petrolífera estatal angolana, Sonangol, anunciou a alienação parcial de participações em oito concessões petrolíferas no país, num concurso público limitado e sem referir o valor do negócio.

Em comunicado a que a Agência Lusa teve esta sexta acesso, a Sonangol refere que estiveram abertos a concurso público, para a alienação parcial dos seus interesses participativos, os Blocos 3/05, 4/05, 5/06, 15/06, 18, 23, 27 e 31.

De acordo com a Sonangol, para os locais em produção, foram selecionadas para o Bloco 3/05 a Afentra (20%); para o Bloco 15/06, a Namcor, Sequa e Petrolog (10%); para o Bloco 18, a Somoil e Sirius (8,5%) e para o Bloco 31 a Somoil e Sirius (10%).

Para os blocos em exploração, a petrolífera estatal angolana selecionou para o Bloco 23 a Namcor, Sequa e Petrolog (Operador 40%) e Afentra (40%) e para o Bloco 27 a Namcor, Sequa e Petrolog (35%) e Somoil e Sirius (25%).

Após avaliação das propostas recebidas, foram selecionadas as empresas que apresentaram valores que mais se aproximaram aos estabelecidos nas condições de venda definidas pela Sonangol. “A alienação parcial de interesses participativos, nas referidas concessões petrolíferas, está inserida na estratégia da Sonangol de reposicionamento e sustentabilidade do seu portefólio de investimento”, sublinha a nota.

A Sonangol privatizou 13 ativos em 2021 que renderam 37 milhões de dólares (33 milhões de euros), anunciou, em fevereiro deste ano, o presidente da petrolífera angolana, adiantando que a empresa continua a preparar, sem pressa, a dispersão em bolsa de até 30% do seu capital.

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Huawei atribui bolsa de 5.000 euros a 50 estudantes. Metade são mulheres

Com 25 estudantes do género feminino na lista final, a escolha destes candidatos e candidatas teve em conta não só o seu percurso académico, mas também o pessoal.

A Huawei e o .PT já decidiram que são os 50 alunos do ensino superior das áreas de engenharia e tecnologia que irão receber bolsas de estudo. Com 25 estudantes do género feminino na lista final, a escolha destes candidatos e candidatas teve em conta não só o seu percurso académico, mas também o pessoal. A Huawei investe 250.000 euros nesta iniciativa e apoia cada um destes 50 alunos com 5.000 euros, para que possam enriquecer os seus percursos académicos.

“Acreditamos que a paixão desbloqueia o potencial e, para isso, a Huawei pretende investir em jovens com capacidade para transformar o mundo e as suas comunidades num lugar melhor através da tecnologia”, afirma Diogo Madeira da Silva, diretor da Huawei em Portugal, em comunicado. Estes jovens “vão marcar a diferença fruto da sua aprendizagem e capacidades adquiridas”, acrescenta.

Diogo Madeira da Silva, diretor de comunicação da Huawei Portugal.D.R.

O período de apresentação das candidaturas para a primeira edição do Programa de Bolsas terminou em fevereiro. A partir daí, um júri independente analisou as cerca de 3.000 candidaturas recebidas, das quais 45% de mulheres, e selecionou os 50 jovens portugueses que vão receber apoio financeiro para a continuação dos seus estudos.

Entre os bolseiros, encontram-se estudantes de todo o território nacional e jovens com diversos graus académicos, da licenciatura ao doutoramento, com especial incidência para a licenciatura (40% dos alunos) e para jovens entre os 18 e os 23 anos (72%). Dos vários cursos existentes nas áreas de engenharia e tecnologia, os de engenharia informática e engenharia eletrotécnica de computadores são a maioria, com 28 estudantes a frequentarem estes cursos.

“Todas as pessoas têm direito a uma educação de alta qualidade, nomeadamente, nas competências digitais, e investir na valorização do talento nacional é uma das principais estratégias e prioridades para o futuro de Portugal. Esta geração é a mais bem preparada de sempre, nunca tivemos tantos e tantas jovens a estudar no ensino superior como nos últimos anos”, diz Luísa Ribeiro Lopes, presidente do .PT.

E deixa ainda um conselho para os jovens selecionados: “Desafiem-se a vocês próprios e invistam em áreas desconhecidas, que muito provavelmente serão as áreas do futuro. Envolvam-se em projetos que tragam mais-valias aos vossos estudos.”

Além de ser planeado em estreita colaboração com o .PT, o programa contou com a contribuição do INCoDe.2030 e da Comissão para a Cidadania e a Igualdade do Género, e com os apoios do Portugal Digital e da Secretaria de Estado para a Cidadania e a Igualdade.

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Lisboa no verde com Galp Energia a subir 2%

Ações da Galp Energia animaram o PSI, mas as restantes cotadas do setor energético impediram uma subida mais expressiva do índice.

A bolsa de Lisboa encerrou a última sessão da semana em terreno positivo, com a maioria das cotadas a valorizar, e acompanhando a tendência positiva do resto da Europa. O destaque foram as ações da Galp Energia, que valorizaram quase 2%, enquanto as restantes cotadas do setor energético travaram uma subida mais acentuada do índice nacional.

O PSI somou 0,71% para 6.106,11 pontos, com apenas três cotadas no vermelho e uma inalterada. A Galp Energia deu impulso ao índice, com os títulos a subirem 1,9% para 11,78 euros, num dia em que o preço do barril de petróleo está a valorizar nos mercados internacionais. Destaque ainda para a Nos, que avançou 1,94% para 3,984 euros, acompanhada pelo BCP que ganhou 1,12% para 0,1627 euros.

Ainda nas subidas está também a Jerónimo Martins ao avançar 1,48% para 21,88 euros, assim como a Sonae que cresceu 1,08% para 1,033 euros. Os CTT valorizaram 0,69% para 4,37 euros.

No lado oposto, a travar um crescimento mais acentuado do índice estiveram as cotadas do setor energético. A GreenVolt caiu 1,89% para 7,8 euros, representando a maior descida desta sessão. A EDP recuou 0,22% para 4,611 euros e a EDP Renováveis perdeu 1,3% para 23,61 euros.

Lisboa acompanhou, assim, a tendência positiva das restantes praças europeias, no dia em que o índice de referência da Europa, Stoxx 600, valorizou 1,21% para 460,54 pontos.

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Berlim anuncia plano de apoio às empresas

  • Lusa
  • 8 Abril 2022

O pacote inclui 100 mil milhões de euros em empréstimos com garantias do Estado e sete mil milhões de euros de empréstimos públicos com taxas reduzidas.

O Governo alemão anunciou esta sexta-feira um programa de ajuda às empresas que sofrem consequências da guerra na Ucrânia, nomeadamente devido aos custos com a energia e à escassez de materiais. “Esta guerra tem efeitos na Alemanha e o Governo considera que é da sua responsabilidade limitar os danos na economia”, declarou, em conferência de imprensa, o ministro das Finanças, Christian Lindner.

Este plano inclui um pacote de 100 mil milhões de euros em empréstimos com garantias do Estado e sete mil milhões de euros de empréstimos públicos com taxas reduzidas, detalhou o Ministério da Economia.

Berlim prevê também a concessão de ajudas diretas que podem ir até “5 mil milhões de euros” para aliviar a fatura energética das empresas, explicou Lindner. O programa abre a porta a “ajudas em capital” concedidas pelo Estado às empresas em maiores dificuldades.

A guerra na Ucrânia tem afetado o setor industrial alemão, em particular devido aos custos da energia, que dispararam após a invasão russa. Este setor, que depende bastante do comércio internacional, também tem sentido os efeitos das perturbações nas cadeias de fornecimento e das sanções adotadas contra a Rússia.

O plano apresentado esta sexta inspira-se nos programas de ajuda às empresas desbloqueados nos últimos anos para atenuar os efeitos da pandemia de covid-19, mas o ministro das Finanças alemão salientou que a situação agora é diferente, dado que “o crescimento económico e o mercado de trabalho estão estáveis”.

A invasão russa da Ucrânia, uma operação que começou em 24 de fevereiro, foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

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Exportações de componentes automóveis sobem 0,3% até fevereiro para 1.638 milhões

  • Lusa
  • 8 Abril 2022

Destacam-se, em valor, as exportações de componentes automóveis para Espanha, que subiram 1,8% até fevereiro para 518 milhões de euros, seguido do mercado alemão e francês.

As exportações de componentes automóveis subiram 0,3% nos primeiros dois meses do ano para 1.638 milhões de euros face a 2021, segundo dados da Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel (AFIA). No mês de fevereiro, as exportações de componentes automóveis desceram 2,3% para os 817 milhões de euros, indicou, em comunicado, a AFIA.

Desde julho de 2021, as exportações mensais têm estado abaixo do valor apurado no ano anterior. Por mercado, destacam-se, em valor, as exportações de componentes automóveis para Espanha, que subiram 1,8% até fevereiro para 518 milhões de euros.

Segue-se a Alemanha, com 340 milhões de euros (+8,7%), França, com 178 milhões de euros (-13,7%), Estados Unidos, com 80 milhões de euros (+40,1%) e o Reino Unido, com 64 milhões de euros (-22,5%). Estes países representam, no total, 72% das exportações portuguesas de componentes automóveis.

“[…] Os problemas nas cadeias de abastecimento continuam a afetar toda a indústria automóvel com a falta de chips, componentes eletrónicos e outras matérias-primas. Esta situação tem ainda tendência a agravar-se com o recente conflito entre a Ucrânia e a Rússia”, apontou.

Os cálculos da AFIA baseiam-se nas estatísticas do comércio internacional de bens do Instituto Nacional de Estatística (INE), divulgadas hoje, que dão conta que as exportações portuguesas de bens aumentaram 20,3% e as importações subiram 42,3% em fevereiro, face ao mesmo mês de 2021.

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Macron critica primeiro-ministro da Polónia por apoiar Marine Le Pen

"Não sejamos ingénuos, ele quer ajudá-la antes das eleições!", disse o Presidente francês, referindo-se a Mateusz Morawiecki.

O Presidente francês, Emmanuel Macron, criticou esta sexta-feira o primeiro-ministro polaco, acusando-o de apoiar Marine Le Pen, a sua rival para as eleições presidenciais francesas. Mateusz Morawiecki “é um antissemita de direita que proíbe as pessoas LGBT”, disse, em entrevista ao Le Parisien.

“Ele apoia Marine Le Pen, a quem recebeu em várias ocasiões. Não sejamos ingénuos, ele quer ajudá-la antes das eleições!“, disse o Presidente francês. Estas declarações foram feitas depois de Morawiecki ter criticado Emmanuel Macron por ter pouco a mostrar nos seus esforços para acabar com a guerra na Ucrânia, apesar das conversas regulares que este tem tido com o Presidente russo, Vladimir Putin.

“Quantas vezes negociou com Putin e o que é que conseguiu?”, questionou o primeiro-ministro polaco esta segunda-feira, dirigindo-se a Macron. “Não negociamos com criminosos. Os criminosos precisam de ser combatidos”, acrescentou. “Ninguém negociou com Hitler. Você [Macron] negociaria com Hitler, com Stalin, com Pol Pot?”, voltou a perguntar Morawiecki.

As reações do Governo polaco às declarações de Macron não tardaram. O porta-voz do Governo da Polónia, Piotr Muller, disse ser “mentira” que Morawiecki seja “antissemita”.

Também Donald Tusk, ex-presidente do Conselho Europeu, reagiu às críticas de Macron, afirmando que “nenhum polaco decente apoia Marine Le Pen, tal como nenhum polaco decente apoio Orbán ou Putin”. “Os polacos, na sua esmagadora maioria, são pela Europa, pela Ucrânia e pela liberdade, independentemente da porcaria que o primeiro-ministro Morawiecki diz”, escreveu, no Twitter.

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Boris Becker condenado após falência em 2017

Um tribunal de Londres condenou o antigo tenista Boris Becker por quatro acusações relacionadas com a sua falência em 2017. Alemão de 54 foi acusado de não divulgar bens e ocultar dívidas.

O tenista e antigo campeão de Wimbledon, Boris Becker, foi considerado culpado de quatro acusações relacionadas com a sua falência em 2017, avançou esta sexta-feira a Agence France Presse.

O alemão de 54 anos encontrava-se acusado de esconder milhões de libras em ativos, de modo a não saldar as suas dívidas, sendo que um tribunal de Londres o condenou por remoção de propriedade, duas acusações por não divulgar bens e ocultação de dívidas.

Becker ocultou ainda dois troféus de Wimbledon, mas o tribunal de Londres acabou por absolver o tenista de mais de 20 acusações. O antigo campeão de Wimbledon teve a sua fiança liquidada ainda antes da sentença ser anunciada, pelo mesmo tribunal, em 29 de abril.

Boris Becker vive no Reino Unido desde 2012 e venceu seis vezes o Grand Slam. Becker declarou falência em 2017 por um empréstimo não pago de quase 4 milhões de libras, na sua residência em Maiorca, Espanha. Além desta dívida, o tenista terá ainda deixado em incumprimento uma dívida de 1,2 milhões de libras ao empresário britânico John Caudwell.

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Apoio para compra de combustíveis pode ser pedido até 30 de abril

  • Lusa
  • 8 Abril 2022

Apoio à compra de combustível e AdBlue para transportes de mercadorias pode ser pedido até 30 de abril. Desconto é de € 0,30 por litro em pesados até 35 toneladas, e de € 0,20 a partir desse valor.

O apoio ao setor dos transportes de mercadorias para atenuar a subida de preços dos combustíveis pode ser pedido até ao fim deste mês, segundo despacho publicado esta sexta-feira que define o cálculo do apoio e os beneficiários.

O despacho do secretário de Estado das Infraestruturas, Jorge Delgado, aprova o regulamento do “apoio extraordinário e excecional” ao setor dos transportes de mercadorias por conta de outrem aprovado em meados de março pelo Conselho de Ministros e define poderem aceder ao apoio as empresas, com sede em território nacional, com licença ou com permissão administrativa para o exercício da atividade emitida pelo Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT).

“O apoio pode ser pedido de 1 de abril a 30 de abril de 2022”, determina o regulamento, ressalvando que as empresas beneficiárias não podem ter dívidas à Segurança Social nem à Autoridade Tributária e Aduaneira, e que o apoio a conferir “é pago de uma só vez”.

Para o cálculo do apoio, são considerados os pesos dos veículos que utilizem gasolina/diesel, incluindo os que utilizem o reagente para redução de emissões poluentes (AdBlue), sendo o valor apurado em função do número de dias em que a beneficiária tenha o veículo licenciado em seu nome.

Já para os veículos tratores de mercadorias que não possuam peso bruto atribuído, o valor a considerar para efeitos da tipologia é o correspondente ao respetivo peso bruto do conjunto.

A autorização deste apoio extraordinário de 30 cêntimos por litro de combustível a veículos até 35 toneladas e de 20 cêntimos para pesados a partir das 35 toneladas foi aprovada em 18 de março, por resolução do Conselho de Ministros, que inclui apoiar o líquido de controlo de emissões poluentes (AdBlue) COM 30 cêntimos por litro, independentemente do peso do veículo.

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Siderurgia Nacional voltou ao trabalho depois de custos da energia forçar paragem

  • Lusa
  • 8 Abril 2022

Os trabalhadores, que durante a paragem gozaram férias ou foram colocados em outras funções para manterem o salário, já regressaram ao trabalho.

A Megasa, dona da Siderurgia Nacional, já voltou ao trabalho tanto na sua unidade da Maia como na do Seixal, depois de ter paralisado parte das suas atividades, devido ao aumento dos custos de energia, segundo fonte sindical.

A norte, na Maia, a empresa esteve parada pouco mais de uma semana, tendo voltado a laborar no dia 19 de março e no Seixal retomou atividade em 26 de março, com os normais três turnos, de acordo com a mesma fonte. Os trabalhadores, que durante a paragem gozaram férias ou foram colocados em outras funções para manterem o salário, já regressaram ao trabalho, referiu. A Lusa contactou a Megasa que não fez qualquer comentário oficial sobre este assunto.

No dia 11 de março, a empresa decidiu suspender atividade nas fábricas do Seixal e da Maia devido ao aumento dos preços da eletricidade, da qual é o principal consumidor em Portugal.

Num comunicado, a dona da Siderurgia Nacional referiu na altura que “o agravamento da crise energética provocada pela guerra e o consequente aumento radical dos preços de eletricidade e de gás natural levaram a Megasa a suspender atividade nas fábricas do Seixal e da Maia”.

Na altura, precisou que a paragem afetava “a totalidade da atividade produtiva na Maia e a produção de aço no Seixal, sendo que nesta fábrica” se manteve a atividade de laminagem, utilizando o stock existente. Questionado pela Lusa nessa altura, o grupo explicou que “decidiu antecipar a paragem anual que costuma fazer durante o verão”, e os trabalhadores estavam “a gozar período de férias” e, por isso, não se encontravam em lay-off“.

Na mesma nota, o grupo referiu que “a paragem aconteceu no passado dia 5 de março, com o contexto internacional a tornar economicamente inviável a produção das duas unidades. Ainda assim, “consciente da preocupação manifestada já pelo Governo português e pela Comissão Europeia, a Megasa propôs ao primeiro-ministro a adoção de medidas extraordinárias na contratação de energia, nomeadamente através da colocação de energia adquirida pelo Comercializador de Último Recurso (CUR) a produtores em regime especial (PRE) aos consumidores” que usam eletricidade intensivamente.

“Com o apoio das instituições nacionais e europeias e recorrendo a mecanismos como o proposto, a Megasa considera ser possível manter a sua atividade, que representa 700 empregos diretos, 3.500 indiretos e uma exportação equivalente a 1.000 milhões de euros anuais“, disse também na altura.

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Magistrados portugueses vão ajudar juízes, procuradores e funcionários ucranianos

O SMMP, o MP Solidário e a Associação Sindical de Juízes Portugueses reuniram esforços para a angariação de donativos que permitam a aquisição e posterior envio de kits de proteção.

O Sindicato dos Magistrados do Ministério Público (SMMP) e o MP Solidário vão enviar material de proteção individual, como capacetes, coletes, botas, primeiros socorros, entre outros, destinados aos juízes, procuradores e funcionários da Ucrânia, “que todos os dias exercem as suas funções num contexto de guerra, sem um mínimo de condições de segurança asseguradas e correndo risco de vida”.

“Após contacto com o State Judicial Administration of Ukraine (SJAU), que é o órgão de gestão do judiciário, através da juíza Anna Adamska, que integra uma missão da OSCE naquele país, e do ponto de contacto na SJAU, Olha Sribniak, fomos informados que os tribunais estão abertos e juízes, procuradores e funcionários estão proibidos de abandonar o país e são obrigados a trabalhar em condições extremamente difíceis e perigosas”, explicam em comunicado.

Desta forma, o SMMP, o MP Solidário e a Associação Sindical de Juízes Portugueses (ASJP) decidiram congregar esforços para a angariação de donativos junto dos procuradores e juízes portugueses que permitam a aquisição e posterior envio de kits de proteção para todos os que trabalham nos tribunais ucranianos em zonas de risco.

O SMMP apela a que os procuradores portugueses contribuam, dentro das suas possibilidades, para esta causa solidária (descubra como aqui).“A ideia é entregar o material na Polónia, em local a designar junto à fronteira com a Ucrânia. A partir daí, a SJAU irá recolher o material e utilizá-lo de acordo com suas necessidades”, referem.

Em data ainda a designar será realizada uma videoconferência na plataforma Zoom com os interlocutores na Ucrânia para que todos os associados se possam “inteirar pessoalmente da situação em que se encontram, das suas maiores necessidades e da forma como podemos fazer-lhes chegar o material que adquirirmos”. Esta reunião será aberta à participação da ASJP, do SMMP e dos respetivos magistrados – juízes e procuradores – que queiram assistir.

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Um em cada dez portugueses na internet lê jornais ou revistas no WhatsApp

  • Lusa
  • 8 Abril 2022

90% dos utilizadores de internet em Portugal usam o WhatsApp e um em cada dez admite receber e ler jornais ou revistas na aplicação, concluiu um estudo da Netsonda feito "online".

Quase 90% dos utilizadores de internet em Portugal utilizam o WhatsApp e 10% recebem e leem jornais ou revistas através desta aplicação, sobretudo, os jornais diários e as revistas de TV e cor-de-rosa, segundo um estudo da Netsonda.

“De acordo com este estudo, 89% dos utilizadores de internet em Portugal utilizam atualmente a aplicação WhatsApp e 10% recebem e leem jornais ou revistas através desta plataforma”, indicou, em comunicado, a Netsonda. Os jornais diários (12%) e as revistas TV e cor-de-rosa (10%) são os mais lidos e partilhados na aplicação.

Por outro lado, o WhatsApp potencializa até 6,5 vezes o alcance dos jornais e revistas em Portugal, sobretudo nos jornais desportivos, revistas de motores e de grande informação, quando comparados com os números das versões impressas.

O estudo concluiu ainda que, considerando o número médio de jornais e revistas impressos e as leituras através do WhatsApp, os económicos, as revistas de motores, os desportivos e as revistas de grande informação são os que apresentam um maior crescimento em termos de partilha e leitura na aplicação.

As estimativas apontam para um crescimento de 645% nos jornais económicos, considerando o universo total de publicações impressas e as partilhadas através da aplicação, face ao número de impressões médias mensais.

Prevê-se ainda um aumento de 550% nas revistas de motores, 539% nos jornais desportivos e 492% nas revistas de grande informação com a leitura online e via WhatsApp. No sentido oposto, as revistas de TV e cor-de-rosa apresentam um menor crescimento (127%) com a leitura online.

Este resultado foi impactado “pela baixa variação entre o número médio de impressões semanais e as leituras via WhatsApp”.

No caso dos jornais semanários, o alcance provocado pela aplicação permite um ganho de 181%, em comparação com a média de impressões semanais.

Para a realização deste estudo foi tida em conta uma amostra 470 entrevistas, feitas online, a indivíduos com mais de 18 anos, com uma margem de erro de 4,52%. Do total, 52% dos entrevistados são homens e 48% mulheres. A faixa etária com maior representação é a dos 35-44 anos (26%), seguida pela dos 25-34 anos (23%), 45-54 anos (22%), 18-24 (13%), 55-64 (11%) e 65 ou mais (6%).

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Conserveiras com “enorme preocupação” sobre o atum face ao preço dos combustíveis

  • Lusa
  • 8 Abril 2022

Subida do preço dos combustíveis tem "enorme impacto" no preço da indústria do peixe devido à captura. Efeitos serão sentidos no preço do óleo de girassol, azeite e alumínio.

A Associação Nacional dos Industriais de Conservas de Peixe (ANICP) manifestou esta sexta-feira à Lusa “enorme preocupação” com o impacto do aumento dos combustíveis no preço do atum, perspetivando ainda problemas com o alumínio no segundo semestre.

“Há um fenómeno que não é um fenómeno imediato, mas que já se começa a notar, e esse sim, é de enorme preocupação, é que o aumento do combustível tem um enorme impacto no preço da indústria do peixe, da captura“, disse o presidente da ANICP, José Maria Freitas. Segundo exemplificou o responsável do setor, a subida do preço dos combustíveis “começou a originar também uma subida enorme no preço das matérias-primas, fundamentalmente no atum, onde as subidas têm sido impressionantes”.

“O atum, nos últimos dois meses, no mercado internacional, para dar uma ideia, em lombos passaram de um preço de 4,5 para 5,8 euros, subiu um euro e 30, é para aí 30% ou 40%“, elencou José Maria Freitas. O responsável considerou adicionalmente que se gera “um primeiro momento que tem alguma especulação metida no meio e depois é preciso tempo para que o ajustamento seja feito no que é a subida adequada e real, e isso ainda é cedo”.

“No atum, ainda estamos na fase de subida, ainda não parou a subida”, pelo que o melhor, para já, é “deixar que o mercado funcione, para saber exatamente qual é o impacto real do aumento de custos da pesca no aumento da matéria-prima”. Ao preço dos combustíveis e do peixe soma-se o já conhecido aumento imediato nos preços do óleo de girassol, matéria-prima importada da Rússia e da Ucrânia.

“Sendo o óleo transformado pela indústria conserveira, e 50% proveniente da Rússia e da Ucrânia, que era o maior fabricante mundial de girassol, o impacto foi imediato, porque havia uma série de navios a carregar com destino para a refinação. Não vieram e isso originou uma subida impressionante, duplicou o preço“, ilustrou José Maria Freitas.

Admitindo que “é impossível normalizar um mercado com a matéria-prima a deixar de ter 50% da sua produção”, o presidente da ANICP referiu que a informação que tem vinda dos mercados de futuros é que, “a verificar-se algum ajustamento”, virá só a partir de julho. “Por arrastamento, também levou o azeite, porque claro, havendo um aumento de pressão sobre o óleo, o arrastamento do preço do azeite acontece, mas o ajustamento do azeite começa-se a fazer já muito lentamente”, disse ainda.

Já relativamente ao alumínio utilizado para as latas de conserva, José Maria Freitas antecipou a possibilidade de aumentos de preços “no segundo semestre”, porque “neste primeiro semestre as fábricas tinham, de facto, o alumínio necessário para as suas produções”. Os preços ao consumidor “já aumentaram”, e com os aumentos no preço do atum, e possivelmente nas latas, estando já consumada a do óleo, “as subidas terão que ser ainda mais significativas”.

Recordando o passado, o dirigente associativo lembrou que o setor já teve “experiências similares” de aumentos nos fatores de produção e de preços ao consumidor em geral, por exemplo quando houve “uma subida exponencial do azeite, que originou uma quebra enorme”. “O passado diz-nos que estas subidas originam quebras no consumo, e um reajustamento no equilíbrio da oferta e da procura, e depois uma tendência de descida dos preços. Essa é a história e eu acredito, sinceramente, que é o que vai acontecer. A questão aqui é saber quando”, disse.

Apesar das dificuldades antecipadas, o presidente da ANICP revelou que em março “o incremento de vendas foi muito significativo” no setor da indústria conserveira, porventura associado à “segurança alimentar” pretendida pelos consumidores em contexto de guerra. “Nós pensávamos que podia ser prudência da grande distribuição, exclusiva para terem um stock para qualquer eventualidade, mas a informação que temos é que parte dele são vendas reais”, explicou.

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