Mais clientes e menos custos impulsionam resultados da Altice Portugal no primeiro trimestre
Os resultados da Altice Portugal no primeiro trimestre melhoraram face ao período homólogo, suportados em mais clientes e menos custos. Mas a empresa investiu menos do que em 2021.
O primeiro trimestre deste ano foi de crescimento para a Altice Portugal, depois da pressão dos confinamentos no mesmo período do ano passado. O EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) da dona da Meo melhorou 8,7% em termos homólogos, para 222 milhões de euros, anunciou a empresa em comunicado.
A Altice Portugal justifica esta melhoria com o crescimento da base de subscritores, que deu gás às receitas, mas também com a “disciplina do controlo dos custos operacionais”.
“Ambos os segmentos, consumo e serviços empresariais, apresentaram um desempenho operacional sólido e na trajetória de crescimento, baseado na aposta num leque de serviços inovador, claramente diversificado, convergente e alavancado em elevados padrões de qualidade de serviço, segurança e robustez das redes e infraestruturas de telecomunicações”, acrescenta o grupo.
O crescimento do EBITDA resulta do crescimento constante da base de subscritores, que impulsionam a receita, e da disciplina de controlo dos custos operacionais.
As receitas da empresa liderada por Ana Figueiredo cresceram 11,5% entre janeiro e março, atingindo 612,5 milhões de euros, uma evolução assente “no crescimento dos negócio fixo e móvel, da base de clientes e do leque de serviços” prestados. Mas este trimestre ainda foi conduzido pelo anterior presidente executivo, Alexandre Fonseca.
No segmento de consumo, as receitas avançaram 2,7%, para 313,9 milhões. Neste período, a Altice Portugal conseguiu 215,3 mil no móvel, das quais mais 96,4 mil em modalidade pós-paga. Nos serviços fixos, registaram-se 32,3 mil adições líquidas, segundo a empresa. A Altice diz que conseguiu 14,1 mil novos clientes líquidos nos últimos 12 meses, o que explica com a “manutenção do ritmo de adições e da manutenção do churn em níveis recorde”.
Já em relação ao segmento dos serviços empresariais, as receitas “demonstraram um forte desempenho” e fixaram-se em 298,6 milhões de euros nos primeiros três meses de 2022. Trata-se de uma melhoria de 22,7%, mas que, excluindo o efeito da compra da Unisono em Espanha, o crescimento foi mais modesto, na ordem dos 5,2%.
“Esta evolução tem por base o sucesso na transição digital e a qualidade de serviço, mas também a inequívoca fiabilidade e cobertura das redes disponíveis na Altice Portugal. A tendência para a convergência total e o movimento de ‘pacotização’ de soluções inovadoras visaram ampliar a relação próxima com o cliente e melhorar a experiência de utilização completa dos serviços disponibilizados a cada um deles”, refere a Altice Portugal no comunicado.
Por fim, o investimento da empresa neste trimestre ascendeu a 102,9 milhões de euros. Apesar de a Altice não referir a evolução percentual face ao mesmo trimestre de 2021, nessa altura, a empresa tinha reportado um investimento total de 111,3 milhões de euros. Ou seja, no início deste ano, o investimento recuou 7,54%.
De acordo com a operadora, este investimento focou-se, sobretudo, no “reforço da capacidade na rede móvel”, numa altura em que a empresa está a expandir a sua cobertura de 5G. Além disso, a empresa investiu no alargamento da rede de fibra ótica, que cresceu em 65 mil novas casas passada, para um total de 6,1 milhões.
“O reforço da rede móvel impulsionou uma penetração de 4G para 99,8% no trimestre e a aposta na implementação da nova tecnologia 5G é fundamental para garantir a eficácia da estratégia da Altice Portugal”, remata a dona da Meo.
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