Sonae “estica” braço de investimento tecnológico com 300 milhões
Liderada por Eduardo Piedade, a Bright Pixel Capital conta mais do que duplicar o valor investido desde 2016 em negócios de tecnologia aplicada ao retalho, infraestrutura digital ou cibersegurança.
Bright Pixel Capital é a nova designação do braço de investimento tecnológico do grupo Sonae, que conta com cerca de 50 investimentos diretos e engloba participações em empresas – desde as fases iniciais às de crescimento – focadas em áreas estratégicas de negócio, como a tecnologia aplicada ao retalho (retail tech), infraestrutura digital, cibersegurança e tecnologias emergentes.
Em comunicado enviado às redações, a propósito da apresentação da nova identidade criada para a investidora de capital de risco do grupo nortenho, a antiga Sonae IM contabiliza já ter investido mais de 250 milhões de euros desde que foi criada em 2016. E avança que pretende “investir mais 300 milhões de euros nos próximos anos em empresas capazes de mudar indústrias a nível global”.
Tendo no portefólio empresas como a Arctic Wolf, a Outsystems, a Feedzai e a Ometria, a empresa é liderada por Eduardo Piedade e tem agora como mote “Building a Brighter Future Together” [a construir juntos um futuro mais brilhante]. Mas se a nova identidade “transmite modernidade e agilidade”, ressalva que “ao mesmo tempo enfatiza os seus valores de orientação a resultados financeiros e ao crescimento”.
A mais recente operação realizada pela Bright Pixel Capital foi um acordo com a Thales Europe para a venda da totalidade do capital da Maxive, uma holding ligada à cibersegurança que agrega a S21sec e a Excellium. No relatório relativo às contas do primeiro trimestre, em que a Sonae lucrou 42 milhões de euros, é referido que essa transação tem subjacente um enterprise value da Maxive de 120 milhões de euros e estimado um impacto positivo de cerca de 63 milhões nos resultados consolidados da Sonaecom.
Estamos certos de que esta mudança nos ajudará a projetar a nossa marca e os nossos valores únicos junto de empresas disruptivas por todo o mundo.
“Estamos orgulhosos da carteira de investimentos que construímos ao longo dos últimos cinco anos e que conta com empresas distintas e globais. A nova marca reflete a ambição de nos consolidarmos como um dos principais investidores e impulsionadores destas indústrias. Estamos certos de que esta mudança nos ajudará a projetar a nossa marca e os nossos valores únicos junto de empresas disruptivas por todo o mundo”, frisa o managing partner e CEO da Bright Pixel Capital.
Esta transformação está englobada na nova identidade corporativa apresentada em fevereiro pela holding liderada por Cláudia Azevedo, que envolveu também uma mudança nas várias unidades de negócio do grupo sediado na Maia.
Só as empresas em que não tem posição maioritária, as marcas comerciais (como o Continente) e o retalho de eletrónica (Worten) é que mantiveram as designações originais. A operação de retalho alimentar passou a ser apenas MC, a unidade imobiliária conhecida pelos centros comerciais ficou Sierra, a área da moda transformou-se em Zeitreel e os serviços financeiros assumiram a designação Universo.
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.
Comentários ({{ total }})
Sonae “estica” braço de investimento tecnológico com 300 milhões
{{ noCommentsLabel }}