Boris Johnson recusa sair apesar das demissões no Governo
Mais de 30 elementos do Governo britânico demitiram-se nas últimas 24 horas e um conjunto de ministros foi a Downing Street pedir a demissão do líder do executivo. Nada feito.
Boris Johnson recusa demitir-se do cargo de primeiro-ministro do Reino Unido. O líder do Partido Conservador enfrentou nesta quarta-feira uma vaga de demissões no Governo e um grupo de ministros foi a Downing Street pedir a saída de Boris Johnson. Mas nada mudou.
“O primeiro-ministro continua focado em temas importantes que o país está a enfrentar“, referem fontes ligadas ao executivo britânico citadas pelos meios de comunicação locais.
O primeiro-ministro britânico está sob intensa pressão devido a uma série de demissões nas últimas 24 horas, que forçou uma remodelação da equipa. Entre ministros, secretários de Estado, assistentes e conselheiros, contam-se mais de 30 membros do Governo britânico que se demitiram desde terça-feira.
Em sentido contrário, Boris Johnson demitiu o ministro da Habitação, Michael Gove, que durante esta quarta-feira manifestou-se contra a permanência do primeiro-ministro no cargo.
Numa audição com a Comissão de Ligação, composta por presidentes das diferentes comissões parlamentares, Boris Johnson repetiu a determinação em “continuar”, apesar do número crescente de deputados Conservadores insatisfeitos.
“O país está a atravessar tempos difíceis”, disse o primeiro-ministro britânico, referindo “as pressões a que as pessoas estão sujeitas e a necessidade de o Governo se concentrar nas suas prioridades”.
Mencionando ainda “a maior guerra na Europa nos últimos 80 anos”, Johnson argumentou que “não seria de maneira nenhuma responsável virar as costas”. Questionado sobre se o Executivo vai sofrer com a falta de ministros e outros membros que se demitiram nas últimas horas, respondeu que “há uma riqueza de talentos” na bancada parlamentar, de mais de 300 deputados.
(Notícia atualizada às 21h30 com informação sobre a demissão de Michael Gove)
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