+Liberdade junta-se a consórcio para relançar relatório ‘Doing Business’
A par com o Fraser Institute, o +Liberdade vai juntar-se a consórcio para relançar o relatório Doing Business, antes produzido pelo Banco Mundial, para avaliar a competitividade económica dos países.
O +Liberdade, um instituto apartidário liderado por André Pinção Lucas, juntamente com o think tank canadiano Fraser Institute e outras universidades e organizações internacionais, vai relançar o relatório “Doing Business”, elaborado até ao ano passado pelo Banco Mundial. Este relatório serve para avaliar a competitividade económica de cada país, analisando se as suas jurisdições criam barreiras ao investimento e à prosperidade.
Em comunicado, o diretor executivo do +Liberdade justifica o relançamento deste estudo com o facto de, nas últimas décadas, ter sido “uma referência para governos, empresas e investidores na avaliação da competitividade económica de cada país, nomeadamente na eficiência da regulação e condições de contexto das empresas“. “Várias entidades faziam depender as suas decisões estratégicas, de investimento e de internacionalização, em grande parte, deste estudo”, reitera André Pinção Lucas.
Convidando ao envolvimento de universidades e outras organizações da sociedade civil, André Pinção Lucas aponta que o objetivo, agora, é criar “um estudo ainda mais robusto e relevante para os agentes económicos e políticos, em prol de um mundo mais próspero e desenvolvido”.
Já o diretor de políticas do grupo dos mercados financeiros na London School of Economics e um dos criadores do “Doing Business”, Simeon Djankov, argumenta que quando o Banco Mundial cancelou a produção do relatório, no ano passado, “deixou um enorme vazio de informação para economistas e governos que procuram estimular o crescimento económico e reduzir a pobreza”.
“Todos os anos, os países mais desenvolvidos encabeçam as classificações, mas, em parte devido ao relatório, muitos países mais pobres estavam a recuperar e a melhorar o seu ambiente empresarial“, sublinha Djankov, num novo estudo publicado esta quarta-feira pelo Fraser Institute, intitulado “Doing Business 2.0: A Better Guide for Policy Makers”.
No estudo publicado esta quarta-feira, o grupo de reflexão independente e apartidário sobre políticas públicas, com sede no Canadá, sugere um conjunto de melhorias, tais como:
- Revisão dos pressupostos sobre procedimentos e documentos administrativos e judiciais para refletir os desenvolvimentos na transferência eletrónica de documentos;
- Restabelecimento do indicador da regulamentação do trabalho;
- Inclusão de informação sobre as barreiras enfrentadas por empresas maioritariamente estrangeiras;
- Trabalhar de perto com investigadores e especialistas de países subdesenvolvidos para criar casos de estudo para reformas estruturais;
- Assegurar que a nova metodologia só é adotada após investigação e estudos rigorosos publicados em revistas académicas e revista por pares.
O “Doing Business” foi criado em 2003 pelo Banco Mundial e tinha como objetivo avaliar a eficiência da regulamentação governamental em jurisdições de todo o mundo, analisando se estas criavam barreiras ao investimento e à prosperidade. Até ao ano passado, foi a principal fonte de informação sobre o ambiente empresarial global e ajudou a orientar decisores políticos dos países em desenvolvimento para melhorarem o investimento e crescimento dos mesmos.
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.
Comentários ({{ total }})
+Liberdade junta-se a consórcio para relançar relatório ‘Doing Business’
{{ noCommentsLabel }}