Solução do Governo é equilibrada para “não criar problemas” orçamentais em 2023, diz Marcelo
Presidente da República disse que o Governo tentou equilibrar o pacote de apoio às famílias para “não criar problemas” orçamentais ou de endividamento em 2023.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, disse que o Governo tentou equilibrar o pacote de apoio às famílias para “não criar problemas” orçamentais ou de endividamento em 2023.
“Havia quem entendesse que o pacote devia ser um pacote pesado, muito significativo e muito duradouro. Havia quem entendesse que havia o risco de ser tão dispendioso, tanto dinheiro, e um compromisso tão duradouro para o ano que vem que corre de endividar ou de criar problemas no Orçamento do Estado”, observou o chefe de Estado, em declarações aos jornalistas à porta do Palácio de Belém, transmitas pelas televisões.
Para Marcelo Rebelo de Sousa, o Governo “tentou fazer o equilíbrio entre as duas posições”. “Como é que avançou para esse equilíbrio? Há medidas que são tomadas de uma só vez em outubro. Há uma concentração de medidas em outubro, quanto a distribuição de rendimentos por famílias, incluindo crianças, e ao mesmo tempo (…) o aumento previsível de pensões e reformas”, atentou. “Há uma concentração em outubro por uma única vez de medidas para uma situação muito específica”, acrescentou.
Marcelo Rebelo de Sousa explicou ainda que houve uma preocupação em não repetir os apoios durante “meses consecutivos”, porque poderia provocar “um compromisso incomportável”. “(…) A preocupação é não repetir isto meses consecutivos, porque isso significaria não só um esforço financeiro muito grande, mas sobretudo no ano que vem, em que não há folga que se sabe agora este ano, poder haver um compromisso incomportável”, sublinhou.
O Presidente da República considerou que o pacote de apoios às famílias anunciado esta segunda-feira pelo Governo é “uma solução equilibrada”, considerando que “o PSD ajudou imenso” e que existe “um consenso implícito”.
Marcelo Rebelo de Sousa admitiu que a solução do Governo “não é tão ambiciosa como outras que foram propostas, mas também não tem o risco de poder ser atacada”, nomeadamente por outros países da União Europeia.
O chefe de Estado recordou que, durante a governação socialista de José Sócrates, muitos países europeus disseram que “era preciso gastar” e, depois, questionaram: “mas como é que foram gastar tanto”.
“Se me perguntam se gostaria que fosse mais ambicioso, gostaria, mas daqui a uns meses isso vai ser escrutinado intensamente. Sabe a pouco, mas fazer tudo o que os portugueses precisariam teria custos muito elevados em termos de equilíbrio financeiro português se esta guerra se prologasse”, disse.
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