Portuguesa Relive recebe um milhão para expandir negócio para o Texas

Startup fundada em 2021 por José Costa Rodrigues cruzou o Atlântico em direção ao Texas. Ronda de capital de risco vai financiar expansão e permitir a contratação de 15 pessoas este ano.

A Relive, uma startup portuguesa do setor imobiliário, recebeu um milhão de euros de um grupo de investidores para expandir o seu negócio para o Texas, EUA. A ronda foi liderada pela capital de risco nacional Shilling.

O fundador José Costa Rodrigues, que deu a notícia no LinkedIn, escolheu este mercado para dar o primeiro passo da internacionalização, depois de ter realizado meia centena de vendas e arrendamentos de imóveis em 2021, segundo números da empresa. Foi o primeiro ano completo de atividade da startup, depois da constituição em janeiro desse ano.

“É a nossa primeira ronda [de financiamento seed]. Antes disso, tinha havido outro investidor, que fui eu, com 150 mil euros na chamada pre-seed, brinca o empreendedor, em conversa com o ECO a partir dos EUA, para onde se mudou.

Fundadores da Relive: Sérgio Pinto Ferrás, José Costa Rodrigues e Henrique BrásD.R.

Com este milhão de euros, José Costa Rodrigues promete enraizar a startup num dos Estados norte-americanos preferidos dos multimilionários, por não cobrar impostos municipais (somente os federais). Planeia ainda recrutar 15 pessoas até ao final do ano, em áreas como programação e comunicação, das quais duas localizadas no novo mercado.

Além da Shilling, participam na operação os portugueses da Indico, Portugal Ventures e Bynd, e os norte-americanos da Techstars e da Accel, esta última conhecida por ter sido um dos primeiros investidores do Facebook, em 2005. O grupo conta ainda com alguns business angels, como Diogo Mónica, da Anchorage, e Pedro Bizarro, da Feedzai — dois “unicórnios” com ADN nacional.

“Conciliaram-se os interesses dos investidores portugueses e dos norte-americanos”, explica o fundador.

Num ano, diz, a Relive juntou “mais de 100 consultores”, a que chama de “empreendedores do setor imobiliário” e conta com “mais de 100 imóveis listados, de norte a sul”. “Se a banca é um mercado tão difícil de [revolucionar] e já está a ter grandes empresas, como o Nubank e a Revolut, porque é que a maior decisão da vida de qualquer pessoa, que é comprar ou vender casa, continua a ser tão tradicional?”, interroga.

A startup chegou ao mercado há um ano com o mote de “simplificar a jornada imobiliária”, contando com uma plataforma de ofertas e aplicações móveis, incluindo uma one-stop-shop para os seus consultores. A empresa considera-se uma proptech, termo aplicado às empresas em fase inicial que receberam capital de risco e desenvolvem tecnologia para o setor imobiliário.

José Costa Rodrigues ganhou notoriedade por ter fundado a Forall Phones, uma cadeia de lojas de venda de telemóveis e acessórios recondicionados (isto é, em segunda mão). O jovem, que lançou a marca ainda menor de idade, vendeu a empresa em dezembro de 2020 a um investidor chinês, por um montante que não foi revelado.

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Inês Ucha reforça equipa da Pinto Ribeiro Advogados

Inês Ucha vai integrar a equipa de Direito Público da Pinto Ribeiro Advogados. A advogada transita da Lisboa Ocidental SRU – Sociedade de Reabilitação Urbana.

Inês Ucha é a mais recente contratação do escritório Pinto Ribeiro Advogados. A advogada vai integrar a equipa de Direito Público, coordenada pelo sócio André Miranda.

“É com grande entusiasmo e sentido de responsabilidade que integro esta equipa, na expectativa de poder contribuir para reforçar a Sociedade numa área estratégica da advocacia no contexto atual”, refere a advogada.

No último ano, Inês Ucha exerceu as funções de presidente do conselho de administração da empresa municipal Lisboa Ocidental SRU – Sociedade de Reabilitação Urbana (fevereiro a novembro de 2021), empresa na qual já vinha desempenhando, desde 2018, as funções de vogal também do conselho de administração.

“A Inês é uma enorme mais-valia para o crescimento e consolidação do departamento de Direito Público, área de prática decisiva do escritório e cada vez mais solicitada por parte dos nossos clientes. Além dos mais, irá assumir a liderança de vários projetos já em preparação com alguns dos nossos clientes no âmbito das diferentes componentes do Plano de Recuperação e Resiliência“, sublinhou André Miranda, sócio e coordenador do departamento de direito público.

O novo reforço da Pinto Ribeiro possui uma vasta experiência em assessoria jurídica no âmbito do direito do urbanismo e da contratação pública. O seu percurso teve início na Invesfer, S.A., empresa dedicada à rentabilização do património imobiliário da REFER, nas áreas de imobiliário, urbanismo e contratação pública, na qual foi assessora jurídica entre 2005 e 2008.

Entre 2008 e 2015 foi assessora jurídica área da contratação pública na Parque Escolar, E.P.E, e entre 2015 e 2018 passou pela Câmara Municipal de Lisboa, onde desempenhou funções como assessora jurídica do vereador com os pelouros do Urbanismo, Obras Municipais e Património.

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Sofia Tavares assume departamento de office leasing da JLL

Esta área integra o departamento de leasing markets advisory, liderado por Mariana Rosa.

A JLL promoveu Sofia Tavares, head of tenant representation desde 2020, com o novo cargo de head of office leasing da empresa. A profissional vai acumular as duas funções e passar a reportar a Mariana Rosa, head of leasing markets advisory.

“Assumo este duplo desafio muito motivada e empenhada por impulsionar ainda mais o nosso negócio de escritórios. Queremos consolidar a nossa liderança neste segmento e estar sempre, de forma destacada, na linha da frente da resposta às necessidades, quer de ocupantes, quer de proprietários de escritórios, o que é especialmente importante neste momento de transformação que o mercado enfrenta”, afirma Sofia Tavares, head of office leasing, em comunicado.

A profissional vai liderar uma equipa de nove consultores distribuídos em Lisboa e Porto. Os segmentos de retalho e industrial & logística continuam a ser liderados diretamente por Mariana Rosa.

Sofia Tavares ingressou na JLL em 2014, integrando o departamento de corporate solutions na posição de consultora sénior. Sempre ligada ao negócio de escritórios da consultora, assumiu em 2020 a posição de head of tenant representation, com a qual acumula agora também o cargo de head of office leasing. É licenciada em economia pela Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa, tendo iniciado o seu percurso profissional em 2007 na Teixeira Duarte, de onde transitou para integrar a equipa da JLL.

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310 mil inscritos para voto antecipado, abaixo do esperado pelo Governo

  • Lusa
  • 21 Janeiro 2022

Foi desenhada uma logística para que cerca de um milhão de portugueses pudesse votar antecipadamente em mobilidade para as eleições legislativas a 23 de janeiro.

Mais de 310 mil pessoas inscreveram-se para votar antecipadamente em mobilidade no domingo nas eleições legislativas, indicou esta sexta-feira à agência Lusa o Ministério da Administração Interna (MAI).

Os eleitores recenseados no território nacional puderam inscrever-se, entre domingo e quinta-feira, para votar antecipadamente em mobilidade no domingo, uma semana antes das eleições legislativas de 30 de janeiro.

O MAI precisa que “o número total provisório de cidadãos eleitores que se inscreveram para votar no voto antecipado em mobilidade é superior a 310 mil”.

O Ministério da Administração Interna recorda que os eleitores que tenham feito a sua inscrição no voto antecipado em mobilidade, mas não consigam exercer o seu direito de voto no domingo, podem votar no dia 30.

Nesta modalidade, os eleitores inscreveram-se num local de voto à sua escolha num município do continente ou das regiões autónomas dos Açores e da Madeira, através de meio eletrónico em www.votoantecipado.mai.gov.pt ou por correio enviado para a Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna.

Na quarta-feira, o secretário de Estado Adjunto e da Administração Interna considerou que o número de eleitores inscritos para votarem antecipadamente em mobilidade a 23 de janeiro está “muito aquém das estimativas da administração eleitoral”. Antero Luís afirmou que foi desenhada uma logística para que cerca de um milhão de portugueses pudesse votar antecipadamente para as eleições legislativas em 23 de janeiro.

Nas anteriores legislativas, em 2019, mais de 50.000 eleitores votaram antecipadamente, uma semana antes das eleições, enquanto nas presidenciais de 2021, já durante a pandemia de covid-19, 197.903 portugueses exerceram o seu direito uma semana antes da data do ato eleitoral.

Na nota enviada à Lusa, o MAI apela para “o rigoroso cumprimento das normas de segurança sanitária durante o exercício de voto”, nomeadamente utilização de caneta própria, máscara; distanciamento social e higienização das mãos.

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ACT detetou “apenas seis infrações” ao teletrabalho obrigatório

Entre 25 de dezembro e 14 de janeiro, a adoção do teletrabalho foi obrigatória. Os inspetores da ACT detetaram seis infrações a essa regra, na ação nacional desenvolvida na primeira semana do ano.

Os inspetores da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) fiscalizaram 973 empresas, na primeira semana do ano, tendo detetado “apenas seis infrações relativas ao não cumprimento do teletrabalho obrigatório“, informou esta sexta-feira o Ministério do Trabalho.

Face à escalada dos casos de Covid-19 alimentada pela variante Ómicron, o Governo decidiu tornar obrigatória a adoção do teletrabalho, entre 25 de dezembro e 14 de janeiro, sempre que as funções fossem compatíveis e mesmo sem acordo entre o empregador e o trabalhador.

Para verificar o cumprimento desta obrigação, bem como do dever de desfasar os horários de entrada e saída dos trabalhadores cujas funções não são passíveis de ser exercidas à distância, a ACT “desenvolveu, entre os dias 3 e 7 de janeiro, uma ação inspetiva nacional”, no âmbito do qual foram fiscalizadas 973 empresas e 1.093 locais de trabalho, abrangendo cerca de 14 mil trabalhadores.

Segundo indica agora o Ministério do Trabalho, “foram detetadas 294 situações irregulares”, relacionadas sobretudo com “matérias de segurança e saúde no trabalho, exposição a agentes biológicos, organização dos tempos de trabalho ou prescrições mínimas de segurança no local de trabalho”. O gabinete de Ana Mendes Godinho destaca que “foram detetadas apenas seis infrações relativas ao não cumprimento do teletrabalho obrigatório”.

Das quase três centenas de situações irregulares, mais de metade (54%) já foram corrigidas. “No total, foram adotados 103 procedimentos inspetivos e instaurados nove processos contraordenacionais, com uma moldura sancionatória que pode ir até um máximo de 40,5 mil euros“, acrescenta o Ministério do Trabalho.

Esta ação inspetiva da ACT visou todos os setores de atividade e envolveu a participação de 298 inspetores do trabalho. “Foi no distrito de Lisboa que se concentrou o maior número de empresas visitadas (20,8% do total), seguido do distrito Porto (com 14,5%), Braga (9,7%) e Setúbal (9,4%)”, é detalhado em comunicado.

Desde 15 de janeiro que a adoção do teletrabalho passou de obrigatória a recomendada. Assim, para a generalidade dos trabalhadores, ficar a trabalhar de casa depende agora do “sim” da entidade empregadora, ainda há haja exceções a essa regra, como é o caso dos imunodeprimidos e de alguns pais.

O teletrabalho tem sido imposto pelo Governo nos períodos mais críticos da pandemia, de modo a restringir a mobilidade e os contactos dos cidadãos, mitigando a propagação do vírus.

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Riscos da variante Ómicron são 50% a 60% inferiores aos da variante Delta

  • Lusa
  • 21 Janeiro 2022

Ómicron representa menos 50% a 60% do risco de hospitalização e morte face às variantes anteriores, com a imunidade prévia à infeção, vacinação e tratamento a contribuir para resultados menos graves.

A variante Ómicron do coronavírus SARS-CoV-2, responsável por dois terços dos novos casos de Covid-19 na Europa, representa menos 50% a 60% de risco de hospitalização e morte do que estirpes anteriores, como a Delta, anunciou esta sexta-feira o ECDC.

Num relatório divulgado esta sexta-feira com uma atualização epidemiológica à data de 20 janeiro, o Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC) assinala que a Ómicron “foi identificada em todos os países” da União Europeia e Espaço Económico Europeu, com uma “prevalência estimada de 69,4%”, mais 20% face à semana anterior.

“Através de estudos realizados em vários cenários, verificou-se que o risco de hospitalização foi menor para a Ómicron do que para a variante Delta. Contudo, a imunidade prévia à infeção natural, a vacinação incluindo doses de reforço e as melhores opções de tratamento contribuem para resultados menos graves, o que torna difícil estimar o risco inerente de infeção grave”, contextualiza a agência europeia.

Ainda assim, “a maioria dos estudos encontrou uma redução do risco na ordem dos 50-60%”, especifica o ECDC.

Dados avançados pelo centro europeu demonstram que, do total de 155.150 casos da variante Ómicron comunicados entre os dias 20 de dezembro de 2021 e 9 de janeiro de 2022, 1,14% destes resultaram em internamentos, 0,16% implicaram apoio respiratório nas unidades de cuidados intensivos e 0,06% morreram.

Neste período, foram 570 o número de casos desta estirpe em Portugal comunicados ao ECDC, de acordo com o relatório.

“Estudos iniciais sugerem que as vacinas atuais podem ser menos eficazes contra a infeção Ómicron, embora ainda proporcionem proteção contra a hospitalização e doenças graves. Dada a vantagem do crescimento exponencial da propagação e o elevado número de casos, quaisquer benefícios potenciais de uma menor severidade observada podem ser ultrapassados pelo simples número de resultados graves ao longo do tempo”, alerta o ECDC.

A agência europeia fala, por isso, num nível global de risco muito elevado para a saúde pública associado à emergência e propagação da Ómicron.

“Os Estados-membros devem avaliar urgentemente os seus níveis aceitáveis de riscos residuais, as capacidades atuais do sistema de saúde e as opções disponíveis de gestão de riscos, por exemplo, adotando medidas de contingência”, adianta o ECDC.

A posição surge numa altura de elevado ressurgimento de casos de infeção com o coronavírus SARS-CoV-2, que ainda assim não se traduz para já em elevadas taxas de internamento ou de morte.

A contribuir para o elevado número de casos, que batem máximos, está a elevada transmissibilidade da variante Ómicron do SARS-CoV-2.

Fazendo um retrato sobre os novos casos de infeção com a Ómicron, o ECDC especifica que a idade média é de 20 a 33 anos e que a transmissão ocorre principalmente ao nível local, sendo apenas 7% dos casos importados ou relacionados com viagens.

A Covid-19 provocou 5.553.124 mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

Em Portugal, desde março de 2020, morreram 19.447 pessoas e foram contabilizados 2.059.595 casos de infeção, segundo a última atualização da Direção-Geral da Saúde.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.

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Governo alemão garante que não indemnizará consórcio do gasoduto Nord Stream 2

  • Lusa
  • 21 Janeiro 2022

O ministro da Economia e Energia alemão avisa que, no caso de os requisitos para aprovação do gasoduto não cumprirem a legislação alemã e europeia, "também não é devida qualquer compensação".

O ministro da Economia e Energia alemão, Robert Habeck, excluiu o pagamento de qualquer compensação ao consórcio do gasoduto Nord Stream 2 no caso de a licença não ser concedida para que este comece a funcionar.

De momento, o processo de certificação está bloqueado pelo regulador alemão, a Agência Federal de Redes (Bundesnetzagentur), à espera que a empresa que operará o gasoduto adote uma forma legal ao abrigo da lei alemã.

“Uma vez retomado o procedimento, tem de ser decidido se os requisitos para aprovação ao abrigo da legislação alemã e europeia são cumpridos. E, se não for este o caso, então também não é devida qualquer compensação“, disse Habeck, numa entrevista ao semanário Der Spiegel.

O ministro salientou também que o gasoduto, controlado pela gigante russa Gazprom, foi sempre um projeto com implicações geopolíticas, pois significaria que o gás russo não precisaria de passar pela Ucrânia no seu caminho para a Europa.

Há a preocupação de que o interesse geopolítico na Ucrânia fique paralisado, apesar de o país estar claramente orientado para a Europa e houve pessoas que morreram pela liberdade”, acrescentou o ministro.

Durante uma visita a Berlim na quinta-feira, o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, reiterou a necessidade de impedir Moscovo de utilizar “a energia como arma”. Os EUA opõem-se à autorização de um gasoduto que, segundo os críticos, iria aumentar a dependência energética da Rússia.

Enquanto ministros alemães ‘verdes’ como Habeck e a ministra dos Negócios Estrangeiros, Annalena Baerbock, se pronunciaram a favor do abandono do projeto, os sociais-democratas do chanceler Olaf Scholz estão mais relutantes por causa das significativas necessidades de gás da Alemanha.

Scholz disse em dezembro que via Nord Stream 2 como um projeto económico “privado”, embora tenha desde então admitido que, em caso de agressão russa contra a Ucrânia, todos os tipos de medidas estariam “em cima da mesa”.

Na entrevista publicada esta sexta-feira pelo Der Spiegel, Habeck reconheceu que a diminuição das reservas de gás natural na Alemanha torna o país vulnerável aos aumentos de preços e tensões geopolíticas, e disse que melhorar a situação para o próximo Inverno é uma “tarefa política”.

O vice-chanceler solicitou o recurso ao gás natural liquefeito (GNL) no caso de a Rússia, que atualmente fornece 55% do gás utilizado na Alemanha, deixar de fornecer as quantidades necessárias.

Salientou que os terminais de GNL existentes em países como a Polónia, Itália e Países Baixos estão apenas 30% ocupados, o que significa que, em termos de capacidade, seria possível aumentar o volume das importações de GNL.

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Norfin reforça direção com contratação de Marta Esteves Costa e Pedro Salema Garção

A empresa do ramo imobiliário contratou Marta Esteves Costa e Pedro Salema Garção, que assumem, respetivamente, o cargo de investor relations director e portfolio management director.

A Norfin está a reforçar a reforçar a sua equipa de asset management. A empresa contratou Marta Esteves Costa e Pedro Salema Garção, que assumem, respetivamente, o cargo de investor relations director e portfolio management director. Com estas duas contratações, a Norfin acredita que estará capacitada para acompanhar e liderar as tendências no mercado imobiliário português, bem como para implementar as melhores práticas.

“Foi com muito entusiasmo que aceitei este novo desafio. A Norfin é, há mais de 20 anos, uma referência em Portugal e está agora integrada num grupo internacional sólido, a Arrow Global, que tem investido de forma sustentada nos últimos anos no país. O mercado imobiliário em Portugal tem tido um crescimento impressionante, e a Norfin tem acompanhado esse crescimento. É para mim uma honra juntar-me a esta equipa”, diz Marta Esteves Costa, diretora de investor relations da equipa de asset management da Norfin, em comunicado.

Com mais de 20 anos de experiência no mercado imobiliário e após 15 anos na liderança da equipa de research & consultoria da Cushman & Wakefield, Marta Esteves Costa assumiu em 2019 a responsabilidade pela área de business development. Nestas funções, foi responsável pela definição e implementação de uma estratégia comercial integrada de todos os serviços da empresa, bem como pela coordenação de projetos de consultoria multidisciplinar e pela criação e implementação do programa de key clients.

Marta Esteves Costa, diretora de investor relations da equipa de asset management da Norfin.

Já Pedro Salema Garção, com mais de 18 anos de experiência no mercado imobiliário, conta com um percurso consolidado no setor de escritórios, industrial e retalho. Desempenhou funções de consultor comercial na Knight Frank e Aguirre Newman; em 2006 juntou-se à WORX, onde foi membro da comissão executiva e liderou o departamento de agency and occupier solutions.

“A Norfin é, sem dúvida, uma referência que tem sabido posicionar-se no mercado Imobiliário, encontrando oportunidades para ampliar e diversificar o seu negócio. A minha entrada na empresa está alinhada com esta missão de continuar a crescer, a diversificar e a reforçar o portefólio de investimentos e ativos sob gestão”, afirma Pedro Salema Garção, diretor de portfolio management da Norfin.

Pedro Salema Garção, diretor de portfolio management da Norfin.

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Reguladores internacionais contra repetidas vacinas de reforço com intervalos curtos

  • Lusa
  • 21 Janeiro 2022

A EMA e outros reguladores internacionais estão contra a administração de repetidas doses de reforço contra a Covid, e encorajam as empresas a desenvolver vacinas bivalentes ou multivalentes.

Reguladores internacionais, incluindo a Agência Europeia de Medicamentos (EMA), manifestaram-se esta sexta-feira contra a administração de doses repetidas de reforço de vacinas contra a Covid-19 em intervalos curtos, pedindo uma “abordagem sustentável a longo prazo” para enfrentar a pandemia.

“Ao analisar possíveis abordagens de vacinação contra a Ómicron e outras variantes de vírus, os participantes na reunião concordaram que a administração de doses múltiplas de reforço em intervalos curtos não é uma abordagem sustentável a longo prazo”, informa a EMA em comunicado, após um encontro da Coligação Internacional de Autoridades Reguladoras de Medicamentos (ICMRA).

No encontro promovido pela EMA e pela agência federal do Departamento de Saúde dos Estados Unidos, os reguladores internacionais vincaram haver “necessidade de desenvolver uma estratégia a longo prazo sobre os tipos de vacinas necessárias para gerir a Covid-19 no futuro”.

“Esta é uma discussão global em curso, que […] exigirá coordenação entre os decisores em matéria de saúde pública a todos os níveis”, refere a agência europeia.

A posição surge numa altura de elevado ressurgimento de casos de infeção com o coronavírus SARS-CoV-2, que ainda assim não se traduz para já em elevadas taxas de internamento ou de morte.

A contribuir para o elevado número de casos, que batem máximos, está a elevada transmissibilidade da variante Ómicron do SARS-CoV-2.

Por esta altura, decorre também, em muitos países, a administração de doses de reforço do ciclo primário de vacinação contra a Covid-19 à população adulta, considerando os reguladores internacionais que “está a tornar-se cada vez mais claro que é necessária uma dose de reforço para alargar a proteção da vacina” contra a Ómicron.

“Os participantes concluíram que as vacinas atuais oferecem menos proteção contra infeções e doenças leves causadas por esta variante, porém, a vacinação continua a oferecer uma proteção considerável contra a hospitalização e Covid-19 severa com a Ómicron, especialmente após uma dose de reforço”, defendem.

No que toca à atualização das vacinas contra a Covid-19, a coligação ICMRA encoraja “a comunidade científica internacional e os responsáveis pelo desenvolvimento de vacinas a analisarem abordagens alternativas às vacinas monovalentes”.

“Na opinião dos reguladores, as empresas devem também explorar a viabilidade de desenvolver vacinas bivalentes ou multivalentes para determinar se oferecem vantagens às vacinas monovalentes”, adiantam na nota de imprensa, pedindo estudos clínicos “para apoiar a utilização de uma nova vacina”.

A reunião em causa, realizada em 12 de janeiro e divulgada esta sexta-feira, reuniu delegados representando 24 membros e 13 membros associados, bem como a Organização Mundial de Saúde.

A Covid-19 provocou 5.553.124 mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

Em Portugal, desde março de 2020, morreram 19.447 pessoas e foram contabilizados 2.059.595 casos de infeção, segundo a última atualização da Direção-Geral da Saúde.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.

Uma nova variante, a Ómicron, classificada como preocupante e muito contagiosa pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral e, desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta em novembro, tornou-se dominante em vários países, incluindo em Portugal.

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Paddy usa salário de Costa para criticar primeiro-ministro irlandês

  • ECO
  • 21 Janeiro 2022

Fundador da Web Summit disse no Twitter que primeiro-ministro irlandês recebe mais do que os primeiros-ministros da Índia, China, Polónia e Portugal juntos.

Paddy Cosgrave, fundador da Web Summit, fez uma comparação dos salários dos primeiros-ministros de vários países, incluindo de Portugal, para criticar o salário do primeiro-ministro irlandês, Micheál Martin. A mensagem foi publicada esta sexta-feira no Twitter.

“Salários dos primeiros-ministros à volta do mundo: 50.961 euros – Polónia; 58.217 euros – Índia; 63.820 euros – Portugal; 72.688 euros – Grécia; 86.379 euros Espanha… 211.742 euros – Irlanda“, escreveu Paddy Cosgrave na rede social.

Numa mensagem adicional, o fundador da Web Summit escreveu: “Facto engraçado: o Taoiseach (primeiro-ministro) ganha mais do que os líderes da Índia, China, Polónia e Portugal… juntos. O próximo Governo irlandês precisa de rever os salários e benefícios dos políticos e conselheiros. Ah, e o salário de Paul Reid [diretor-geral do Serviço Executivo de Saúde, um organismo público] é de 420 mil euros!”, acrescentou.

O primeiro-ministro português recebe 75% do que aufere o Presidente da República, isto é, 5.436,6 euros. Multiplicado por 14 meses (ou seja, incluindo subsídio de férias e Natal) o salário bruto anual de Costa rondará os 76.112,4 euros. Paddy Cosgrave terá recorrido a dados mais antigos — a plataforma Pay Check atribui a Costa um salário de 72.352 dólares, o que, convertido para euros, resulta nos 63.820 euros mencionados pelo empreendedor, aproximadamente.

As críticas de Paddy Cosgrave a responsáveis políticos irlandeses são recorrentes no Twitter. Na Web Summit do ano passado, Cosgrave usou o palco da conferência para, em jeito de apoio à Whistleblower Aid, mencionar acusações envolvendo o anterior primeiro-ministro italiano, Leo Varadkar.

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MásMovil notifica Concorrência do controlo exclusivo da Cabonitel

  • Lusa
  • 21 Janeiro 2022

Com esta operação, a Nowo passou a ter a Másmóvil como único acionista, permitindo ao grupo concentrar esforços de investimento no futuro 5G.

A operadora espanhola MásMóvil notificou a Autoridade da Concorrência (AdC) sobre a aquisição do controlo exclusivo da Cabonitel, que detinha conjuntamente com a GAEA Inversión, segundo um anúncio publicado.

A operação de concentração notificada ao regulador consiste na aquisição, pela MásMóvil Ibercom, do controlo exclusivo sobre a Cabonitel, uma empresa de direito português que detém 100% da Nowo Communications, que presta serviços de comunicações eletrónicas, nomeadamente serviços fixos de televisão por subscrição, de internet de alta velocidade e de telefone fixo e serviços móveis de telefone, mensagens, dados e acesso à internet.

A MásMóvil Ibercom é a empresa-mãe de um grupo de empresas dedicadas à venda e distribuição de produtos e serviços de comunicações eletrónicas e de tecnologias de informação em Espanha, prestando serviços de telefone fixo, móvel e de Internet em banda larga através das suas marcas Yoigo, MásMóvil, Euskatel, Virgin Telco, Pepephone, Llamaya e Lebara.

A notificação à AdC, que vai agora analisar se se opõe ao negócio por afetar a concorrência nos mercados, surge após o grupo de telecomunicações espanhol ter celebrado, em novembro de 2020, um acordo para a compra da Oni à Gigas Hosting, operação avaliada em 40 milhões de euros segundo a empresa.

Com esta operação, a Nowo passou a ter a Másmóvil como único acionista, permitindo ao grupo concentrar esforços de investimento no futuro 5G, tendo a Nowo concorrido ao leilão de atribuição das licenças de quinta geração (5G) em Portugal e participado na construção da nova rede de fibra ótica em Portugal.

A Másmóvil entrou no mercado português em 2019, com a compra aos fundos da norte-americana KKR, em conjunto com a GAEA, da Cabonitel, dona da Nowo e da Oni.

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Auditoria reforça maturidade da Prosegur na proteção e respeito pelos direitos humanos

A empresa de segurança já implementou 67% das 49 recomendações emitidas e outras 27% estão atualmente em desenvolvimento, revelam os resultados da auditoria realizada pela KPMG.

A Prosegur obteve um grau de cobertura do seu ambiente de controlo de 4,2 em 5, numa auditoria realizada pela KPMG em matéria de direitos humanos. A empresa de segurança assenta a sua gestão de due diligence em direitos humanos na metodologia do ciclo de melhoria contínua, permitindo-lhe identificar potenciais riscos em termos de violações dos direitos humanos, bem como a consequente identificação de oportunidades de melhoria.

“Na Prosegur trabalhamos para fazer do mundo um lugar mais seguro, mas também mais justo. Estamos empenhados em continuar a proporcionar um ambiente de trabalho digno, seguro e saudável para os mais de 150.000 trabalhadores da Prosegur em todo o mundo. Assim, de três em três anos, realizamos proativamente esta auditoria externa, com o intuito de identificar tanto os processos ou elementos a melhorar, como os que devem ser mantidos”, diz José Lourenço, diretor de recursos humanos da Prosegur Europa, em comunicado.

De acordo com as conclusões do relatório da KPMG, realizado entre junho e setembro de 2021, a empresa já implementou 67% das 49 recomendações emitidas e outras 27% estão atualmente em desenvolvimento, o que leva a consultora a concluir que a Prosegur continua a trabalhar e reforçar a proteção e respeito pelos direitos humanos.

A política de direitos humanos aplica-se a todas as filiais, atividades e linhas de negócio da Prosegur em todos os países em que está presente. Além disso, este documento está em constante evolução através das suas várias políticas de desenvolvimento, como as aprovadas ou revistas em 2021: política de diversidade e crescimento inclusivo, política de condições de trabalho e diálogo social e política de saúde e segurança no trabalho, por exemplo.

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