Combustíveis voltam a disparar. Diesel sobe 11,5 cêntimos e a gasolina sete

Na próxima semana deverá passar a pagar 1,867 euros por litro de gasóleo simples e 1,771 euros por litro de gasolina simples 95.

Quando for abastecer a sua viatura na próxima semana vai ter uma surpresa desagradável. Os preços vão disparar à boleia de uma subida semanal de quase 6% no preço petróleo nos mercados internacionais. Assim, o litro de gasóleo, o combustível mais usado em Portugal, vai aumentar 11,5 cêntimos, enquanto o litro de gasolina deverá subir sete cêntimos, de acordo com os dados avançados ao ECO por uma fonte do mercado.

Assim, deverá passar a pagar 1,867 euros por litro de gasóleo simples e 1,771 euros por litro de gasolina simples 95, tendo em conta os valores médios praticados nas bombas esta segunda-feira, divulgados pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG), e que já têm em conta os descontos aplicados pelas gasolineiras. Os preços ainda podem sofrer um ajustamento, não só para ter em conta o fecho das cotações do brent esta sexta-feira e o comportamento do mercado cambial, mas também porque os preços finais resultam da média dos valores praticados por todas as gasolineiras.

Estes valores incorporam os novos descontos aplicados no Imposto sobre os Produtos Petrolíferos (ISP). Em outubro o Governo decidiu reduzir o desconto em 4,4 cêntimos na gasolina e 0,1 cêntimos no gasóleo, porque os preços dos combustíveis estavam a começar a abrandar. No entanto, com a antecipação de um corte na produção por parte dos países da OPEP+ que se veio a confirmar e numa magnitude sem precedentes desde a pandemia — dois milhões de barris por dia — o ouro negro voltou a disparar. Considerando todas as medidas em vigor, a diminuição da carga fiscal passou a ser “de 28,3 cêntimos por litro de gasóleo e 26,2 cêntimos por litro de gasolina”, de acordo com a nota do Ministério das Finanças avançada esta segunda-feira.

Este agravamento dos preços justifica-se coma subida do petróleo. O brent está a valorizar ligeiramente — 0,96% para os 95,33 dólares por barril — mas no conjunto da semana caminha para o maior ganho semanal desde março. A única notícia positiva é que o euro está a ganhar terreno face ao dólar o que ajuda a tornar as compras do brent um pouco mais baratas.

Petróleo em alta

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Euribor sobem. Taxas a três e a seis meses ultrapassam máximos de 2012 e 2009

  • Lusa
  • 7 Outubro 2022

A Euribor a três meses atingiu esta sexta-feira um novo máximo desde janeiro de 2012, enquanto no prazo de seis meses há um novo máximo desde janeiro de 2009.

As taxas Euribor subiram esta sexta-feira a três, a seis e a 12 meses face a quinta-feira, nos dois prazos mais curtos para novos máximos desde respetivamente janeiro de 2012 e janeiro de 2009.

  • A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação e que entrou em terreno positivo a 6 de junho, avançou esta sexta-feira para 1,897%, mais 0,059 pontos e um novo máximo desde janeiro de 2009. A média da Euribor a seis meses subiu de 0,837% em agosto para 1,596% em setembro. A Euribor a seis meses esteve negativa durante seis anos e sete meses (entre 6 de novembro de 2015 e 3 de junho de 2022).
  • No mesmo sentido, a Euribor a três meses, que entrou a 14 de julho em terreno positivo pela primeira vez desde abril de 2015, subiu hoje, ao ser fixada em 1,288%, mais 0,040 pontos do que na quinta-feira e um novo máximo desde janeiro de 2012. A taxa Euribor a três meses esteve negativa entre 21 de abril de 2015 e 13 de julho último (sete anos e dois meses). A média da Euribor a três meses subiu de 0,395% em agosto para 1,011% em setembro.
  • No prazo de 12 meses, a Euribor também avançou esta sexta-feira, ao ser fixada em 2,552%, mais 0,082 pontos, contra 2,625% a 27 de setembro, um novo máximo desde fevereiro de 2009. Após ter disparado a 12 de abril para 0,005%, pela primeira vez positiva desde 5 de fevereiro de 2016, a Euribor a 12 meses está em terreno positivo desde 21 de abril. A média da Euribor a 12 meses avançou de 1,249% em agosto para 2,233% em setembro.

As Euribor começaram a subir mais significativamente desde 4 de fevereiro, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras este ano devido ao aumento da inflação na Zona Euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia a 24 de fevereiro.

Em 8 de setembro, o BCE subiu as três taxas de juro diretoras em 75 pontos base, o segundo aumento consecutivo deste ano, já que em 21 de julho tinha subido em 50 pontos base as três taxas de juro diretoras, a primeira subida em 11 anos, com o objetivo de travar a inflação.

No final da última reunião, a presidente do BCE, Christine Lagarde, disse que o aumento histórico de 75 pontos base nas taxas de juros não é a “norma”, mas salientou que a avaliação será reunião a reunião. A evolução das taxas de juro Euribor está intimamente ligada às subidas ou descidas das taxas de juro diretoras BCE.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% a 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% a 20 de dezembro de 2021.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Preço do gás natural cai mais de 6%, para 163 euros por MWh

  • Joana Abrantes Gomes
  • 7 Outubro 2022

Desempenho acontece no dia em que os líderes da União Europeia estão reunidos numa cimeira informal em Praga para discutir a proposta de imposição de um limite temporários aos preços do gás.

Os preços do gás natural na Europa estão em queda na manhã desta sexta-feira, sobretudo devido a um aumento das reservas e das importações de gás natural liquefeito (GNL). Entretanto, os líderes da União Europeia (UE) estão a discutir, numa cimeira informal em Praga, a resposta do bloco comunitário à escalada dos preços da energia.

O contrato Dutch TTF Gas para entrega em novembro está a cair 6,81% pelas 10h41, para 163,75 euros por MWh, acumulando uma queda de 12,31% nos últimos cinco dias.

Este desempenho deve-se ao facto de os níveis de armazenamento de gás no continente europeu se encontrarem agora a cerca de 90%, já acima das reservas do ano passado, mas ainda abaixo dos valores de outubro de 2019 e 2020, de acordo com dados da Gas Infrastructure Europe, citados pela Bloomberg (acesso pago).

Por sua vez, Bruxelas está a considerar impor um limite temporário nos preços do gás para afastar uma potencial recessão económica, uma ideia reclamada por um número crescente de Estados-membros, entre os quais Portugal, mas que tem merecido a oposição da Alemanha.

Já a indústria teme que a imposição de um ‘teto’ aos preços do gás possa dificultar o abastecimento da Europa numa altura em que esta necessita de substituir os fluxos que normalmente viriam da Rússia, ainda mais depois das fugas detetadas nos gasodutos Nord Stream 1 e 2 na semana passada.

As importações europeias de GNL podem aumentar entre 45% e 50% este ano, segundo a Bloomberg. No entanto, o GNL pode apenas ser capaz de substituir cerca de 30% dos fornecimentos de gasodutos provenientes da Rússia, de acordo com alguns analistas.

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Reino Unido não irá recomendar corte no consumo de energia

  • Capital Verde
  • 7 Outubro 2022

Depois do alerta de risco de apagão, ministro do Clima garantiu que o Governo não irá recomendar às famílias e empresas que reduzam o consumo de energia no inverno.

O ministro do Clima do Reino Unido rejeitou o alerta proferido pela energética National Grid sobre um risco de apagão este inverno, e garantiu que a Grã-Bretanha não vai pedir que a população corte no consumo de energia.

“Não nos compete dizer às pessoas como viver as suas vidas”, começou por referir Graham Stuart, esta sexta-feira, em declarações à estação Times Radio, frisando que qualquer campanha que seja colocada em curso pelo Governo de Liz Truss não irá incluir recomendações de corte no consumo de energia.

A garantia surge depois do alerta da multinacional britânica de eletricidade e gás National Grid, proferido esta semana, em que dizia que as empresas e famílias poderiam sentir um apagão de três horas este inverno face à crise energética. De acordo com a Reuters, o alerta foi baseado no cenário mais pessimista em que a Grã-Bretanha não tem capacidade de importar eletricidade da Europa nem gás de outros fornecedores. Stuart referiu à Sky News que “se tal cenário fosse real, então significaria que teríamos chegado a um ponto muito crítico [da crise energética]. Portanto, pedirmos às pessoas para reduzir o consumo de energia uma semana ou um dia antes dessa fase, não faria diferença nenhuma”, admitiu, frisando que “em qualquer cenário, vamos ficar bem”.

Desde de que Liz Truss tomou posse como primeira-ministra, no mês passado, a Grã-Bretanha tem vindo a adotar medidas perante a escalada da crise energética. No novo Esquema de Alívio das Contas de Energia, o Governo “garante um desconto nos preços grossistas do gás e eletricidade a todos os clientes não-domésticos”, incluindo todas as empresas, organizações sem fins lucrativos e do setor público, como as escolas e hospitais.

O plano vai entrar em funcionamento em outubro e aplicar-se durante seis meses, para proteger as empresas sobretudo durante o inverno.

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Preço das casas em Portugal sobe mais do que no resto da Europa

"Em todos os Estados-membros para os quais existem dados disponíveis houve um aumento do preço das casas no segundo trimestre e em 16 deles, os aumentos foram superiores a 10%", como em Portugal.

O preço das casas em Portugal subiu 13,2% no segundo trimestre deste ano, face ao mesmo período do ano passado. Um agravamento de 3,3 pontos percentuais face ao registado no conjunto da União Europeia. De acordo com os dados publicados esta sexta-feira pelo Eurostat, o preço das casas aumentou 9,9% no espaço comunitário e 9,3% na zona euro, em termos homólogos.

Já numa comparação com o trimestre anterior, os preços das habitações subiram 2,3% quer seja na área do euro quer no conjunto dos países da UE. Em Portugal, os preços subiram 3,1% face aos três primeiros meses do ano.

Apesar de os portugueses estarem a sofrer um agravamento mais significativo dos preços das casas face a média europeia, não é em Portugal que se registaram as subidas mais significativas. Em termos homólogos, os maiores aumentos foram registados na Estónia (+27,4%), na Chéquia (+23,1%) e na Hungria (+22,8%).

O Eurostat sublinha que “em todos os Estados-membros para os quais existem dados disponíveis houve um aumento do preço das casas no segundo trimestre — e em 16 deles, os aumentos foram superiores a 10%”, como é o caso de Portugal.

No extremo oposto, foi no Chipre (+2%), na Finlândia (+2,2%) e na Dinamarca (+2,8%) que se registaram as subidas mais modestas neste indicador.

Se as comparações forem feitas face ao trimestre anterior, é possível perceber que os países que enfrentam um maior agravamento da inflação ao nível do mercado imobiliário foram sentidos na Estónia (+8%), Lituânia (+5,9%) assim como na Letónia e Eslováquia (ambos com subidas de +5,5%).

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Biden avisa que ameaça nuclear russa coloca mundo em risco de “apocalipse”

  • ECO
  • 7 Outubro 2022

Joe Biden considera que, pela primeira vez desde a crise dos mísseis cubanos durante a Guerra Fria, o mundo está em risco de "apocalipse" devido à ameaça russa do usar armas nucleares.

O Presidente dos Estados Unidos disse que a ameaça russa de utilizar armas nucleares no conflito da Ucrânia coloca o mundo em risco de um “apocalipse”. Tal acontece pela primeira vez desde a crise dos mísseis cubanos no auge da Guerra Fria, sublinhou Joe Biden.

Não enfrentamos a perspetiva de um apocalipse desde [o ex-Presidente John F.] Kennedy e a crise dos mísseis cubanos” em 1962, afirmou, numa angariação de fundos em Nova Iorque, onde disse que o homólogo russo, Vladimir Putin, “não estava a brincar” quando fez as ameaças.

Há meses que responsáveis norte-americanos alertam para a perspetiva de a Rússia poder utilizar armas de destruição maciça na Ucrânia, após uma série de reveses estratégicos no campo de batalha. No entanto, ainda esta semana disseram não ter visto qualquer mudança nas forças nucleares russas que exigisse uma mudança na postura de alerta das forças nucleares dos EUA.

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“Há uma distorção especulativa no preço do gás”, diz Teresa Ribera

  • ECO
  • 7 Outubro 2022

A vice-presidente do Governo espanhol sublinha a importância de encontrar outra referência de preços do gás para que não se tenha de "comprar a qualquer preço".

A vice-presidente do Governo espanhol e ministra da Transição Ecológica considera que o aumento do preço do gás não corresponde a um aumento equivalente do seu custo. “Há uma distorção um tanto especulativa”, aponta Teresa Ribera, em entrevista ao Expresso (acesso pago), assinalando que é “importante” encontrar outra referência de preços após a Rússia deixar de fornecer gás à Europa, e “dar um sinal aos mercados, antes que chegue o inverno e tenhamos de comprar a qualquer preço”. “Porque se o preço do gás baixa, automaticamente baixa toda esta inflação”, afirma.

Embora admita que o mecanismo ibérico que define um limite aos preços do gás natural que é usado na produção da eletricidade está “a funcionar muito bem”, Teresa Ribera diz ser, ao mesmo tempo, “um pouco frustrante”, já que “é difícil voltar aos preços de há dois ou três anos”. A ministra espanhola reconhece que “há ruído” sobre o impacto do mecanismo nos consumidores porque “não aparece em nenhum sítio a informação de como teria sido a sua fatura se não tivéssemos intervindo”. Contudo, continua, “o que é preciso é comparar com o que teria ocorrido na ausência do mecanismo“.

Teresa Ribera nega ainda que o mecanismo tenha provocado uma subida da atividade das centrais a gás. “O que provocou a subida do consumo de gás foi a seca e a situação do parque nuclear francês“, que funciona abaixo de 35% da sua operação, justifica. E, sobre a diferente interpretação aplicada por Portugal quanto ao ajuste do mecanismo, afirma que “foi um ponto sensível” que não agradou o Executivo de Pedro Sánchez, “porque 40% das famílias espanholas contri­buem para esse ajuste”. Ainda assim, “o importante é que [o mecanismo] está a funcionar bem nos dois casos”, remata.

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O cenário que Marcelo pediu. PIB cresce 1,3% e dívida cai para 110,8%

  • ECO
  • 7 Outubro 2022

No cenário macroeconómico da proposta de Orçamento para 2023, o Governo antecipa um abrandamento da economia para 1,3% e uma inflação de 4%. Dívida cai para 110,8%.

O Governo está a trabalhar com uma previsão de redução da dívida pública de 115% este ano para 110,8% no próximo, o que significa regressar a valores anteriores à troika, avança o Público (acesso condicionado) esta sexta-feira. No cenário macroeconómico que integra a proposta do Orçamento do Estado, o Executivo antecipa que o crescimento de 6,5% este ano deverá abrandar para 1,3% no próximo.

Recorde-se que o Banco de Portugal, por exemplo, apontava para um crescimento de 6,3% este ano e de 2,6% no próximo, com dados de maio. Mas depois reviu em alta o crescimento para este ano para 6,7%, sem atualizar as previsões para 2023. As previsões mais recentes são do Conselho das Finanças Públicas que aponta para um crescimento de 1,2% no próximo ano, mas num cenário de políticas invariantes, ou seja, sem ter em conta eventuais medidas que o Executivo venha a adotar nomeadamente no Orçamento do Estado.

No cenário macro deverá também estar inscrito um défice de 1,9% em 2022, caindo para 0,9% no próximo. Tal como o ministro das Finanças já tinha explicado, o défice este ano já poderia ter ficado em 0,9% do PIB, mas as medidas de apoio às famílias, para mitigar os impactos da inflação custaram cerca de um ponto percentual do PIB.

E a inflação vai continuar a em alta. Será de 7,4% no final deste ano, tal como o ministro das Finanças já tinha antecipado, desacelerando para 4% no próximo ano. Uma previsão que pressupõe que a política de subida de juros do Banco Central Europeu vai ajudar a estabilizar os preços e que é bastante inferior aos 5,1% apontados pelo Conselho das Finanças Públicas.

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Hoje nas notícias: OE2023, gás e Pizarro

  • ECO
  • 7 Outubro 2022

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Nas contas do Orçamento do Estado para 2023, o Executivo prevê baixar a dívida para 110,8% do PIB e antecipa um crescimento económico de 1,3%. Joaquim Miranda Sarmento considera que o crescimento de 6,5% este ano que o Governo vende como o maior da União Europeia é “ilusório”. Conheça estas e outras notícias em destaque na imprensa nacional esta sexta-feira.

Governo prevê crescimento de 1,3% e dívida pública de 110,8% do PIB em 2023

O Governo está a trabalhar com uma previsão de crescimento de 6,5% este ano, que deverá abrandar para 1,3% em 2023. No cenário macroeconómico que integra a proposta do Orçamento do Estado, o Executivo aponta para uma redução da dívida pública de 115% este ano e para 110,8% no próximo, o que significa regressar a valores anteriores à troika. Quanto ao défice, este deverá ser de 1,9% em 2022, caindo para 0,9% no próximo ano. Já a inflação será de 7,4% no final deste ano, tal como o ministro das Finanças já tinha anunciado, desacelerando para 4% em 2023.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado)

Miranda Sarmento diz que “o crescimento que o Governo vende é ilusório”

O líder parlamentar do PSD concorda com as previsões do Banco de Portugal (BdP) sobre a inflação em 7,8% este ano e uma travagem a fundo da economia em 2023 “por duas razões”. A primeira, diz, porque o crescimento económico de 6,5% que o Governo “vende como o maior da União Europeia (UE) é ilusório”. “Isso só acontece porque tivemos a quarta maior quebra do PIB em 2020, em 2021 crescemos abaixo da média europeia, e o crescimento de 2022 é apenas o recuperar dos níveis pré-pandemia”, aponta Joaquim Miranda Sarmento. “Em qualquer situação haveria sempre alguma travagem”, remata, justificando que “a economia portuguesa não cresce 6,5% desde o final dos anos 80, (pelo que) nunca poderia continuar a crescer a este ritmo”.

Leia a entrevista completa no Diário de Notícias (acesso livre)

“Há uma distorção especulativa no preço do gás”, diz Teresa Ribera

A vice-presidente do Governo espanhol e ministra da Transição Ecológica considera que o aumento do preço do gás não corresponde a um aumento equivalente do seu custo. “Há uma distorção um tanto especulativa”, aponta, em entrevista ao Expresso. Teresa Ribera diz ser “importante” encontrar outra referência de preços após ficar sem a Rússia como fornecedor de gás, e “dar um sinal aos mercados, antes que chegue o inverno e tenhamos de comprar a qualquer preço”. “Porque se o preço do gás baixa, automaticamente baixa toda esta inflação”, assinala.

Leia a notícia completa no Expresso (acesso pago)

Capitais de risco escolhidas pelo BPF esperam rentabilidade mínima de 8% ao ano

Há uma semana, 14 sociedades de private equity foram selecionadas pelo Banco Português de Fomento (BPF) no âmbito do programa “Consolidar”, mas deverá desde logo haver uma enorme competição pelo levantamento de capital. Além disso, o dinheiro terá de ser investido até ao final de 2025 e as primeiras tranches irão chegar às empresas a partir do primeiro semestre do próximo ano. Outro desafio será o da rentabilidade, com algumas fontes dos 14 fundos a admitirem ao JE que “o número mágico” de rentabilidade anual são os 8% — percentagem abaixo da qual não é considerado atrativo para os investidores privados.

Leia a notícia completa no Jornal Económico (acesso pago)

Suspeitas sobre promessas de Pizarro na Operação Teia devem ser arquivadas

Manuel Pizarro deverá ver arquivadas nos próximos meses as suspeitas que o envolvem na Operação Teia, caso que investiga um alegado favorecimento na adjudicação de contratos de 1,4 milhões de euros entre a empresa de Manuela Couto e várias autarquias socialistas e o IPO do Porto. O Observador avança que a Polícia Judiciária (PJ) terá concluído que não foram concretizadas as promessas de influência feitas pelo agora ministro da Saúde junto do Governo de António Costa para se abrir uma exceção na lei de limitação de mandatos dos gestores públicos, cujo objetivo seria manter José Maria Laranja Pontes como presidente do IPO do Porto.

Leia a notícia completa no Observador (acesso pago)

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Dados do emprego assustam Wall Street. Nasdaq desliza 3,7%

  • ECO
  • 7 Outubro 2022

A pressão vendedora voltou a abalar Wall Street, depois de se saber que a taxa de desemprego recuou para 3,5% em setembro.

As bolsas norte-americanas fecharam a última sessão da semana com perdas bastante significativas. A pressão vendedora voltou a abalar Wall Street, depois de se saber que a taxa de desemprego recuou para 3,5% em setembro, regressando ao nível pré-pandemia e deixando em aberto um novo aumento expressivo dos juros pela Fed.

Siga aqui as notícias dos mercados.

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Cinco passos para atrair e reter o melhor talento nas organizações

O ManpowerGroup apresenta cinco medidas que as empresas podem adotar para impulsionar o desenvolvimento de carreira e, consequentemente, reforçar a sua capacidade de atração e fidelização do talento.

Numa altura em que a escassez de talento se intensifica e em que candidatos e trabalhadores exigem novos valores e comportamentos por parte das empresas, a atração e a fidelização do talento são primordiais para o sucesso das organizações. É cada vez mais importante que os empregadores oiçam aquilo que os colaboradores procuram obter das suas vidas profissionais e respondam a essas necessidades, potenciando a atração e a permanência do talento na empresa.

“Uma forma de as empresas abordarem este desafio passa pela oferta de uma perspetiva de carreira onde os colaboradores sintam que podem aprender, desenvolver competências, e ter um impacto positivo na empresa e na sociedade. Quer seja através de upskilling ou career pathing, as empresas que responderem a estas necessidades não só impulsionarão a produtividade e a retenção do seu talento atual, como também verão reforçada a sua capacidade para atrair os melhores profissionais do mercado”, explica o ManpowerGroup.

Dados de um estudo da Gallup revelam que 87% dos inquiridos da geração millennial afirmam que as oportunidades de crescimento e desenvolvimento são muito importantes para a sua satisfação profissional e 67% dos respondentes de outros grupos etários manifestam o mesmo sentimento.

O grupo especializado em recursos humanos apresenta cinco medidas que as empresas podem adotar na sua estratégia, de modo a impulsionar o desenvolvimento da carreira dos colaboradores e, consequentemente, reforçar a sua capacidade de atração e fidelização de talento.

1. Alargar a definição de crescimento na carreira

Comece por assegurar que, na organização, a definição de “crescimento na carreira” vai além das promoções. “É necessário pensar em formas de os trabalhadores crescerem no cargo que desempenham, mas também ponderar a evolução para outras funções e até mesmo o crescimento no exterior, nomeadamente em atividades externas, em conselhos ou comités relevantes para a empresa e para a comunidade”, sugere o ManpowerGroup, em comunicado.

2. Capacitar os profissionais para serem responsáveis pela sua carreira

Quando cada pessoa se responsabiliza pela sua carreira, existe um maior sentido de propósito e de pertença. Assim, o papel das organizações passa por encorajar os colaboradores a explorarem os seus pontos fortes e valores e a forma como estes se alinham com a organização. É igualmente importante assegurar que lhes são proporcionados mecanismos para obter feedback, tais como ferramentas de avaliação 360 e assessments de carreira, bem como reforçar a sua capacidade para desenvolver uma rede de contactos relevantes dentro de toda a organização.

3. Formar os líderes para serem coaches de carreira

Os gestores devem atuar como coaches de carreira, colocando questões para ajudar os colaboradores a desenvolver o seu compromisso com a empresa e a sua função. São exemplo perguntas como: “O que o entusiasma mais nesta função?”, “qual é o trabalho dos seus sonhos?” ou “como posso ajudá-lo a progredir para essa função?”. Desta forma, “é possível ajudar os profissionais a descobrir um propósito e objetivos de carreira mais profundos, e a crescer”. Estas conversas também farão com que as pessoas se sintam ouvidas e valorizadas. Neste processo, recorrer a coaches de carreira certificados pode ser uma opção, recorda a empresa de RH.

4. Utilizar tecnologia que auxilie a mobilidade na carreira

A adoção de soluções de análise de competências e gestão de carreiras permite mapear as competências necessárias à organização no futuro, comparar a sua força de trabalho com estas competências e alinhar os colaboradores com as funções que melhor se adequam aos seus conjuntos de aptidões. “Estas ferramentas usam IA para ajudar a definir percursos de carreira para os colaboradores, o que pode ser especialmente útil em grandes organizações, mais complexas, onde as oportunidades podem ser difíceis de identificar.”

5. Acelerar carreiras de grupos sub-representados

“O estabelecimento de um programa de mentoria pode promover a inclusão e fomentar o crescimento profissional dos grupos minoritários”, sugere a recrutadora. Para que o resultado seja o esperado, será também importante fornecer aos mentores o apoio de que necessitam para compreender o seu papel. As empresas que adotarem estas medidas, em conjunto com um processo de onboarding robusto e com a melhoria do processo de recrutamento, serão as que vão conseguir vantagem no mercado, gerindo com sucesso a captação e fidelização dos melhores profissionais, garante.

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Comunicações em Portugal devem escapar a eventuais racionamentos de luz no inverno

Associação que representa Meo, Nos e Vodafone entende que caso tenha de haver "cortes programados" no fornecimento elétrico no inverno, as redes de telecomunicações terão de ficar de fora.

A associação que representa as operadoras portuguesas entende que caso o país tenha de racionar eletricidade durante o inverno, no contexto da crise energética, “quaisquer cortes programados” no fornecimento elétrico terão de “preservar o funcionamento das redes de comunicações”. No entanto, apagões inesperados poderão afetar os serviços, se forem prolongados, disse ao ECO fonte oficial da Apritel.

Na quinta-feira, a Reuters noticiou que operadoras em vários países europeus estão a alertar para o risco de “apagões” parciais nas telecomunicações, caso haja falhas no abastecimento elétrico. Em Portugal, a opção ainda é remota, porque, ao contrário de países como a Alemanha, as elétricas não dependem tanto do gás natural russo para a produção de eletricidade. Mas não estão imunes à subida dos preços.

O ECO questionou a Meo, Nos e Vodafone sobre o risco de constrangimentos no fornecimento de serviços de telecomunicações em Portugal por causa da crise energética que se vive na Europa. O setor optou por responder através da Apritel e começou por lembrar que “as principais infraestruturas de comunicações eletrónicas do país têm autonomia energética, suportada em sistemas de socorro adequados”.

Instalação da rede de telecomunicações e 5G no Rock in Rio Lisboa - 07JUN22
As infraestruturas usadas nas redes móveis têm baterias que lhes dão alguma autonomiaHugo Amaral/ECO

Porém, falhas imprevistas mais duradouras poderão ser um problema: “Naturalmente, perante eventuais situações de cortes prolongados de energia, não pode ser excluída a possibilidade de haver alguma afetação das redes de comunicações”, admite a Apritel.

Pelo contrário, caso se tratem de cortes previstos – por exemplo, por motivos de racionamento imposto ao nível da administração central –, o setor das telecomunicações entende que tem de ser deixado de fora dessas medidas excecionais. “Quaisquer cortes programados não poderão deixar de preservar o funcionamento das redes de comunicações, a par de outros serviços e infraestruturas críticas”, rematou, em resposta ao ECO, fonte oficial da associação setorial.

Certo é que os confinamentos da Covid-19 e o ciberataque à Vodafone no início do ano, que deixou a operadora praticamente sem serviços durante vários dias, vieram mostrar a criticidade das redes de telecomunicações na economia e sociedade modernas. Por exemplo, o problema da Vodafone afetou não só os milhões de clientes da empresa em Portugal, mas também entidades privadas e instituições públicas de serviços essenciais.

Não será, por isso, difícil para as operadoras argumentarem que as redes devem continuar a funcionar. Mesmo no pior cenário de racionamento de energia.

A notícia da Reuters de quinta-feira indicava, em concreto, que os Estados-membros da União Europeia estão a tomar medidas para garantir que as telecomunicações podem continuar a funcionar em caso de falhas na rede elétrica. No geral, os equipamentos que fornecem as redes móveis têm baterias que garantem energia em caso de falha elétrica, mas a autonomia rondará os 30 minutos, segundo a agência.

França, Suécia e Alemanha estarão entre os países em que o risco é superior. A Reuters referia que, em França, o Governo, as operadoras e a fornecedora de eletricidade EDF mantiveram conversações sobre este assunto no verão — o país enfrenta constrangimentos energéticos depois de a geração elétrica em vários dos seus reatores nucleares ter sido interrompida para manutenções. Na Suécia e na Alemanha, as operadoras também suscitaram estas preocupações.

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