Aumentos na Função Pública têm “margens para melhorias”, diz Mariana Vieira da Silva
Ministra considera que proposta de aumentos para a Função Pública é uma "proposta que dá garantias de justiça", dado que "protege os salários mais baixos", mas admite que há espaço para "melhorias".
A ministra da Presidência considera que proposta de aumentos para a Função Pública, que contemplam subidas entre os 2% e os 8%, é uma “proposta que dá garantias de justiça” social, dado que “protege os salários mais baixos”, mas admite que há espaço para “melhorias”.
“Precisamos de olhar para esta negociação com uma abertura tendo em conta a dimensão do esforço orçamental que já aqui é feito e, portanto, pode haver sempre pequenos acertos”, afirmou Mariana Vieira da Silva, em declarações aos jornalistas, após a reunião com os sindicatos da Função Pública.
Nesse sentido, a ministra da Presidência lembra que as medidas de valorização social para a Administração Pública terão um impacto total de 1.200 milhões de euros, o que representa “um esforço muito significativo”, face aos “680 milhões de euros do ano anterior”, mas admite que “um processo negocial tem naturalmente margem para melhorias”.
Recorde-se que o Governo propôs um aumento de 52,11 euros para a maioria dos trabalhadores, que recebem até 2.600 euros brutos. Já para aqueles que ganham acima desse valor, o aumento será de pelo menos 2%. As subidas salariais situam-se assim entre os 2% e os 8%, variando tendo em conta os salários que os trabalhadores auferem. Contudo, os valores foram considerados “insuficientes” pelos sindicatos da Função Pública.
Mariana Vieira da Silva lembra ainda que o valor de pelo menos 2% “se aplica a salários a partir dos 2.600 euros” brutos, pelo que o objetivo é garantir que “está é uma proposta justa e progressiva”. “Sendo certo que todos sofremos o impacto da inflação também é certo que atinge os salários de forma distinta e atinge mais severamente os baixos salários” pelo que é nos baixos salários que o Governo procura “fazer o reforço principal”, sublinha.
Questionada pelos jornalistas sobre quanto custaria aumentar os salários de todos os trabalhadores da Função Pública à taxa de inflação, a ministra disse que seria “incomportável no espaço orçamental que o Governo dispõe”.
Além disso, a ministra da Presidência salienta que o Governo “tem procurado fazer face a este momento inflacionista respondendo ao problema em diferentes direções”, dando como exemplo as medidas dirigidas aos preços da energia, transportes públicas ou às rendas e que “todas essas medidas, em conjunto com os aumentos salariais da Função Pública são compromissos do Governo para fazer face à inflação”, pelo que, defende, que não se pode olhar para o aumento dos salários “como uma resposta única”.
(Notícia atualizada pela última vez às 19h05)
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