Dívida pública diminuiu 900 milhões de euros em agosto
Redução refletiu, essencialmente, uma amortização de Obrigações do Tesouro de Rendimento Variável (OTRV), no valor de 1,2 mil milhões de euros.
A dívida pública recuou 900 milhões de euros em agosto para 278,2 mil milhões de euros, mostram os dados do Banco de Portugal (BdP). Esta redução refletiu, essencialmente, uma amortização de Obrigações do Tesouro de Rendimento Variável (OTRV), no valor de 1,2 mil milhões de euros. Em sentido contrário, as responsabilidades em depósitos aumentaram 300 milhões de euros, por via das emissões de Certificados de Aforro.
Os depósitos das Administrações Públicas aumentaram 600 milhões de euros. “Deduzida desses depósitos, a dívida pública diminuiu 1,6 mil milhões de euros, para 252,5 mil milhões de euros”, refere a instituição liderada por Mário Centeno.
Em julho, a dívida pública baixou 1,4 mil milhões de euros para um total de 279,2 mil milhões de euros, depois de ter atingido um valor recorde no mês de junho. Foi a primeira vez este ano que o endividamento público caiu, após seis meses a subir.
Portugal fechou 2021 com uma dívida pública de 269,3 mil milhões de euros e foi subindo, mês após mês, na primeira metade do ano, que costuma ser mais preenchido com operações de financiamento da parte do IGCP.
Adicionalmente, como aconteceu em maio, o país começou a receber os empréstimos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que também engordam a dívida pública. Junho fixou assim um novo máximo histórico de 280,6 mil milhões de euros, caindo no mês seguinte.
Olhando para o rácio da dívida pública em relação ao PIB, Portugal tem registado uma evolução positiva este ano. Chegou ao final do segundo trimestre com um rácio de 126,7% do PIB, estando a reduzir-se desde o final do primeiro trimestre de 2021 à boleia do bom desempenho da economia.
O ministro das Finanças, Fernando Medina, disse que o Governo tem como objetivo “tirar Portugal do grupo de países com maior dívida pública” e aponta para uma redução do rácio para perto de 100% até 2026.
(Notícia atualizada às 12h08 com mais informação)
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