Lusoponte “sem contactos” com Governo sobre aumento das portagens nas pontes
Líder da Mota-Engil, acionista da Lusoponte, disse não saber de contactos com o Executivo por causa do aumento de 9% das portagens nas pontes Vasco da Gama e 25 de abril.
“A Lusoponte, ao abrigo das suas obrigações contratuais, já informou o IMT que, segundo o INE, o aumento das portagens será dessa monta [mais de 9%]. Que eu saiba não existe qualquer tipo de contacto até ao momento” com o Governo, respondeu o CEO da Mota-Engil, Gonçalo Moura Martins, questionado sobre se havia negociações com o Executivo para travar a subida do preço das portagens nas pontes Vasco da Gama e 25 de abril no próximo 1 de janeiro.
Moura Martins começou por lembrar que a Lusoponte, onde a construtora que lidera detém 30%, “tem a sua gestão e a administração independente”. Mas não deixou de abordar o tema da subida das portagens nas duas pontes em Lisboa que atravessam o rio Tejo.
“O contrato de concessão da Lusoponte diz que as portagens são atualizadas segundo a inflação e com o critério da inflação decretada pelo INE no final de setembro de cada ano. Depois, o interlocutor da Lusoponte, quem representa o Estado concedente para a Lusoponte, é o IMT, a entidade dos transportes”, explicou. Moura Martins falava na sessão de apuramento dos resultados do empréstimo obrigacionista de 70 milhões da Mota-Engil, na Euronext Lisbon.
"A Lusoponte, ao abrigo das suas obrigações contratuais, já informou o IMT que, segundo o INE, o aumento das portagens será dessa monta [mais de 9%]. Que eu saiba não existe qualquer tipo de contacto [com o Governo] até ao momento.”
De acordo com o gestor, o IMT terá de ser pronunciar até final de novembro para que “tudo fique definido, porque a atualização das portagens será aplicada no dia 1 de janeiro do ano seguinte”.
As portagens nas pontes 25 de Abril e Vasco da Gama vão aumentar 9,3% a partir de 1 de janeiro de 2023, de acordo com a taxa de inflação divulgada na semana passada pelo INE.
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