Portugal envia para a Ucrânia helicópteros Kamov sem licença para operar em Portugal

  • Lusa
  • 13 Outubro 2022

Helena Carreiras indicou que apesar dos seis helicópteros precisarem de reparação (e um deles estar inoperacional) serão “transferidos no estado em que estão”.

Portugal vai enviar para a Ucrânia os seis helicópteros Kamov de combate a incêndios, atualmente sem licença para operar por serem de origem russa e um dos quais inoperacional, anunciou esta quinta-feira a ministra da Defesa, Helena Carreiras.

“A pedido da Ucrânia e em articulação com o Ministério da Administração Interna vamos disponibilizar à Ucrânia a nossa frota de helicópteros Kamov que, em virtude do cenário atual, das sanções impostas à Rússia, deixámos de poder operar, aliás não têm os seus certificados de aeronavegabilidade e nem sequer poderemos repará-los”, anunciou Helena Carreiras.

Falando à imprensa portuguesa em Bruxelas, no final da reunião dos ministros da Defesa da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), na qual foi discutida a guerra na Ucrânia, a governante apontou estarem em causa “seis helicópteros que precisam de reparação, um deles inoperacional porque foi acidentado”. Helena Carreiras vincou que estes seis helicópteros Kamov, que serão “transferidos no estado em que estão”, serão “muitíssimo úteis à Ucrânia e essa cedência foi muito agradecida pelas nossas contrapartes ucranianas”.

“Os ucranianos conhecem as condições em que se encontra o material”, apontou a ministra da Defesa, recordando a “cadeia logística de helicómetros semelhantes” detida pela Ucrânia, que os poderá reparar. A ideia é que a transferência das aeronaves ocorra “o mais rapidamente possível”, adiantou Helena Carreiras.

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Pedro Nuno Santos quer TAP em grande grupo para “salvar a empresa”

Ministro das Infraestruturas e da Habitação defende que "não há exemplos de companhias aéreas que sobrevivam sozinhas". Direita teme privatização com perdas e esquerda defende companhia no Estado.

Pedro Nuno Santos voltou a defender que a TAP deve ser integrada num grupo de aviação. Para o ministro das Infraestruturas e da Habitação, esta é a única forma de a companhia se manter em atividade e de beneficiar a economia portuguesa. A oposição tem outras ideias: à direita, defende-se a privatização sem perdas para o Estado; à esquerda, a companhia de aviação deve continuar no Estado.

“Não há exemplos de companhias aéreas que sobrevivam sozinhas. A TAP tem de integrar um grande grupo de aviação, para não lutar pela sobrevivência de cinco em cinco anos ou de 10 ou 10 anos”, sustentou o ministro durante a segunda intervenção no debate marcado pelo PSD.

Os sociais-democratas foram o principal alvo do debate porque o partido “nunca teve coragem de tomar uma decisão sobre o que faria em março de 2020 caso fosse Governo”. Em resposta, o deputado Paulo Moniz dirigiu-se ao ministro: “Acredita que vamos ter mais-valia com a TAP? Não tenha ilusões.”

O Chega virou os argumentos para a parte política. Primeiro foi André Ventura: “O senhor ministro, na posição em que está, com todas as suas trapalhadas está sozinho e sem apoio de António Costa como primeiro-ministro. Se alguém lhe quer tirar o lugar é António Costa e dois terços da bancada do partido.” Depois, foi Filipe Melo: “A TAP e o aeroporto são a disputa eleitoral interna com clara desvantagem para o ministro”.

A Iniciativa Liberal propôs a elaboração de uma auditoria à nacionalização da empresa tendo em conta que “tudo o que os portugueses estão a pôr na TAP é um donativo”, acusou o deputado Bernardo Blanco. O mesmo parlamentar questionou se já houve alguma iniciativa para privatizar a empresa.

Pedro Nuno Santos respondeu que “não se iniciou o processo de privatização” porque “a principal prioridade do Estado é garantir execução, com sucesso, do plano de reestruturação”.

À esquerda, o PCP defendeu que na TAP “é preciso que haja uma gestão ao serviço dos interesses nacionais” e que uma eventual privatização da companhia “é prejudicial para o povo e para o nosso país”, referiu a deputada Paula Santos.

O Bloco de Esquerda, através de Mariana Mortágua, considerou que, “boas ou más, decisões sobre recursos nacionais devem ser soberanas e tomadas pela Assembleia da República”. A deputada insistiu em saber qual a percentagem de capital que o Estado pretende privatizar.

Do lado do PAN, Inês de Sousa Real considerou que a injeção de capital na TAP “custa mais aos portugueses (310 euros por cidadão) do que o apoio dos 125 euros” para todos os portugueses que ganhem menos de 2.700 euros de salário bruto.

O deputado do Livre, Rui Tavares, avaliou que “deixar cair a TAP era uma opção tão boa que nenhum país a adotou”. O parlamentar considera ainda que manter a TAP na esfera pública poderia contribuir para o desenvolvimento da cadeia do hidrogénio verde.

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SRS Legal contrata consultora externa para escolher novo managing partner

Pedro Rebelo de Sousa disse à Advocatus que o seu sucessor será escolhido até Junho. Consultora externa vai selecionar os sócios com mais perfil. Nova imagem marca uma "mudança e o fim de um ciclo".

A SRS Advogados — agora SRS Legal — está já a preparar o processo de transição geracional da firma. Em declarações exclusivas à Advocatus, o ainda managing partner Pedro Rebelo de Sousa, explicou que foi contratada uma consultora externa que está a avaliar o perfil dos sócios do escritório que possam se enquadrar no cargo que é de gestão e não jurídico.

“O sucessor vai ser eleito até junho do ano que vem, depois de um processo de seleção que já está em curso, feito por consultores externos à SRS”, explicou Pedro Rebelo de Sousa, à Advocatus. “Será partilhado com os demais, num formato que é inédito”, disse.

A SRS acaba de assinalar o seu 30.º aniversário e de renovar a sua imagem. A partir desta quarta-feira, a SRS Advogados passa a ser SRS Legal e com a assinatura de marca: “About Law. Around People”, acompanhando a presença global da sociedade, presente em quatro continentes, oito localizações (fora de Portugal, onde está presente em Lisboa, Porto e Madeira) e dez desks. A apresentação da nova imagem e marca realizou-se esta quarta-feira, no Convento do Beato, em Lisboa.

Esta é uma fase em que se fecha um ciclo, que está muito bem identificado no que toca aos protagonistas. E não sou só eu, mas também os outros sócios mais velhos. Estamos na passagem de testemunho com esta SRS, cuja imagem pretende apenas transmitir uma diferença estratégica naquilo que para nós são os objetivos de uma sociedade do séculko XXI, que tem que enfrentar o mundo digital e que tem de enfrentar a grande dialética da globalização/localização que a crise pandémica e depois a guerra veio ainda exacerbar. E, acima de tudo, um conjunto de gente mais nova, com um olhar diferente”, disse ainda Rebelo de Sousa.

“A forma como pensamos e agimos governa as nossas relações com todos os stakeholders, sempre com os interesses dos nossos clientes em mente. Acreditamos que esta forma de estar – em torno das pessoas – é um pilar decisivo para a continuação do nosso sucesso e um traço comum a todos os que trabalham na SRS. Tentámos ser sempre inovadores! É nossa firme convicção que, por colocarmos em prática estes valores, criamos valor acrescentado para os nossos clientes, colaboradores, sócios, parceiros de negócio, para a SRS e para tudo o que nos rodeia“, explica a apresentação a que o ECO/Advocatus teve acesso.

A nova ‘imagem da SRS, feita pela 9 Creative Connected Communication, defende que os novos valores do escritório, segundo comunicado oficial, assentam na Agilidade, Empatia, Inovação e Sustentabilidade: “Agilidade nos processos e forma de estar; Empatia nas conexões humanas – mesmo num mundo cada vez mais tecnológico; Inovação no modo de pensar diferente e na ambição; Sustentabilidade porque as políticas ESG são uma prioridade rumo a um futuro mais consciente”.

Já em abril deste ano, o managing partner dizia, em entrevista à Advocatus, que “uma sucessão não é dinástica. Ou seja, ninguém escolhe, nem eu nem ninguém dentro do escritório, o managing partner. O que nós fizemos e estamos a fazer neste momento é um processo com o apoio de consultores, que é um projeto de desenvolvimento de lideranças de modo transversal. Ou seja, nós chegamos à conclusão que não é só a liderança do escritório mas são as lideranças a níveis departamentais, de tal forma que é dar um passo que é crítico para, no fundo, atrair/reter e, naturalmente, desenvolver os talentos que já tem e que envolve todos os sócios. Vai decorrer durante os próximos dois anos, aproximadamente, e isso vai dar perspetivas de carreiras a cada um deles”.

O escritório foi um dos primeiros, na estrutura de arranque, com três parceiros internacionais líderes nas suas jurisdições, bem como a ter associação com uma City Law Firm, a Simmons & Simmons. Conheceu múltiplas alianças que culminaram na criação de
uma sociedade independente, a sociedade Rebelo de Sousa & Advogados Associados. Pelo caminho, realizaram projetos na Ucrânia, Rússia e Bielorrússia, atuaram em direito europeu em Bruxelas e Luxemburgo, as primeiras privatizações, IPO, Securitizações, M&A, PPP e Arbitragens. Passaram a ter presença na Madeira, Porto, Luanda, Macau, Malta e Maputo, onde atualmente mantêm alianças locais, assim como um escritório representativo em Singapura

Desenvolveram ainda desks com o Brasil e, mais recentemente, com a Alemanha. Por mais de 20 anos, têm defendido uma política de Responsabilidade Social e Ambiental e um instrumento (LexDebata) de formação interna e externa com parcerias internacionais.

Em 2011, juntou-se à SRS a equipa da Soares Machado & Associados, com uma atividade muito centrada no Contencioso e Arbitragem. Em 2016, concluíram uma aliança estratégica com a RCF-PI, um dos maiores e mais antigos escritórios de propriedade intelectual a operar em Portugal, com forte componente internacional. Em 2020, juntou-se à SRS a Equipa da sociedade AAA.

 

 

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Novo recorde de 228.240 entradas irregulares na UE entre janeiro e setembro

  • Lusa
  • 13 Outubro 2022

As rotas migratórias mais utilizadas são as dos Balcãs Ocidentais, com 106.396 passagens nos primeiros nove meses do ano, uma subida homóloga de 170%.

A agência europeia das fronteiras (Frontex) detetou quase 228.240 entradas irregulares na União Europeia (UE) nos primeiros nove meses do ano, um valor recorde para este período desde 2016, foi divulgado esta quinta-feira. O número de entradas irregulares registadas entre janeiro e setembro representa, por outro lado, uma subida de 70% face ao período homólogo de 2021.

De acordo com dados divulgados pela Agência Europeia da Guarda de Fronteiras e Costeira (Frontex), em setembro foram detetadas cerca de 33.380 entradas irregulares na UE, um aumento de 25% face ao mesmo mês de 2021. Em relação às rotas migratórias mais utilizadas, a dos Balcãs Ocidentais (via Croácia, nomeadamente) continua a ser a mais ativa, com 106.396 passagens nos primeiros nove meses do ano, uma subida homóloga de 170%, e 19.160 só em setembro, o dobro das identificadas um ano antes. Esta rota é fundamentalmente usada por sírios, afegãos e turcos.

Na rota do Mediterrâneo Central (uma das rotas migratórias mais mortais, que sai da Líbia, Argélia e da Tunísia em direção à Itália e a Malta), a segunda mais ativa, foram registadas, entre janeiro e setembro, 65.572 entradas irregulares, um avanço homólogo de 42%, das quais 7.200 em setembro (+5%), na sua maioria de pessoas procedentes da Tunísia, Egito e Bangladesh.

A Frontex reitera que os refugiados ucranianos que fogem da ofensiva russa, lançada em 24 de fevereiro e condenada pela generalidade da comunidade internacional, não integram os números das entradas irregulares nos territórios da UE. Segundo a agência europeia, desde a invasão russa, entraram no espaço da UE 11 milhões de ucranianos.

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Três em cada cinco portugueses utilizam serviços bancários online

Portugueses revelam maior preocupação com a sustentabilidade dos seus produtos financeiros face ao cidadão médio europeu, mas menos de metade sabe se os seus investimentos cumprem com este critério.

Cerca de 63% dos portugueses utilizam sem problemas o setor bancário online, contra 73% dos europeus. Esta é uma das conclusões de um inquérito Eurobarómetro sobre a forma como os europeus interagem com o mundo dos serviços financeiros, divulgado pela Comissão Europeia esta quinta-feira.

O estudo incide principalmente em áreas como a crescente digitalização e o desenvolvimento do financiamento sustentável e verificou que, globalmente, 86% dos europeus defendem estar à vontade com a gestão das suas finanças pessoais. Em linha com estes dados, também 80% dos portugueses concordaram com a afirmação.

As conclusões demonstram ainda que uma parte dos europeus tira partido do Mercado Único Europeu, já que 12% tem uma conta bancária em outro Estado-membro, contra 15% que tem um produto de investimento. Por sua vez, 16% dos portugueses tem um produto de investimento noutro Estado-Membro, ao passo que 12% tem uma conta bancária.

No momento de tomar uma decisão referente a um produto financeiro, tanto a maioria dos cidadãos europeus, como portugueses, preferem aconselhar-se junto de um banco ou outros consultores financeiros (45% contra 43%, respetivamente). Contudo, 41% dos portugueses têm uma maior preferência por comparações diretas entre produtos, através de publicações especializadas ou sites de comparação, contra 36% dos europeus.

Já a terceira fonte de informação favorita, face a produtos financeiros, são as recomendações de amigos, família ou conhecidos, sendo esta opção a favorecida por 35% dos europeus – e 32% dos portugueses.

No que diz respeito à sustentabilidade dos seus investimentos, mais de seis em cada dez europeus (62%) consideram importante que as suas poupanças e investimentos não financiem atividades económicas prejudiciais para o planeta – 72% dos portugueses concordam com a afirmação. Por outro lado, 57% dos portugueses estão mais dispostos a investir num produto financeiro sustentável, contra 49% dos europeus.

No entanto, apenas 34% dos europeus sabe se as suas poupanças e investimentos estão aplicados em produtos sustentáveis, contra 38% dos portugueses. Nesta mesma linha, apenas 29% dos cidadãos europeus recebem informações sobre o impacto na sustentabilidade de produtos ou serviços financeiros, contra 34% dos portugueses.

Face a estes números, os dados concluem que existe a necessidade de haver mais informação acessível ao público, e de fácil compreensão, de modo que os consumidores consigam fazer escolhas devidamente informadas.

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+M

SIC e TVI chegam a acordo com a RTP para a transmissão do Mundial

  • + M
  • 13 Outubro 2022

As estações vão repartir a transmissão dos jogos do Mundial 2022, que terá lugar entre 20 de novembro e 18 de dezembro. A RTP fica com 22 jogos, incluindo a final.

A TVI vai transmitir o primeiro jogo de Portugal no Mundial 2022, no Qatar. Será no dia 24 de novembro e coloca frente a frente Portugal e o Gana. A SIC, por sua vez, terá o jogo decisivo de Portugal na fase de grupos, bem como o dos quartos de final. As duas estações privadas chegaram assim, como é hábito, a acordo com a RTP para a partilha dos jogos. Cada uma vai transmitir sete jogos em sinal aberto.

A TVI vai transmitir três jogos da fase de grupos, dois jogos dos oitavos de final, um dos quartos de final e uma das meias-finais. A SIC fica com quatro jogos da fase de grupos, dois dos oitavos de final e um dos quartos de final, com direito de preferência sobre o da equipa portuguesa.

O Mundial vai também ser transmitido na íntegra pela Sport TV, que anunciou em setembro ter adquirido a totalidade dos direitos de transmissão da competição, pelo que transmitirá os 64 jogos.

O valor dos acordos não foi revelado. Em junho Nicolau Santos, presidente da RTP, recordava em entrevista à Lusa que a compra do Mundial do Qatar tinha sido uma decisão tomada em 2011 pela administração liderada por Guilherme Costa. “Esse encargo é de 12 milhões de euros, foi contratado em 2011, mas é este ano que vai ter de ser contabilizado”, dizia.

A venda do Mundial estava ainda a ser negociada com as estações privadas, dependendo as receitas da RTP dos resultados obtidos. “Algo que vai pesar aqui claramente é a nossa negociação com os canais privados, com as estações privadas que obviamente não quererão estar a dois meses no final do ano sem nenhum espetáculo desportivo e, portanto, vão seguramente negociar com a RTP para comprar parte deste pacote de 12 milhões que nós comprámos em 2011”, pelo que “valor final das contas da RTP em 2022” também decorrerá disso, acrescentava.

Entretanto, já perto do final da tarde, a RTP anunciou que “chegou a um princípio de acordo com a SIC e com a TVI para o sublicenciamento de um pacote de alguns jogos do Mundial de Futebol 2022, o qual será agora submetido à aprovação da FIFA, a quem cabe a última palavra nesta matéria”.

A estação recorda também que cedeu à Sport TV os direitos de transmissão exclusiva no cabo de 28 jogos, sendo “o operador português em sinal aberto com a transmissão do maior número de jogos do Mundial de Futebol 2022, numa extensa cobertura que tem em conta o interesse público do evento”. A RTP fica com 22 jogos, incluindo a final. No total, dependendo da progressão da equipa nacional, pode transmitir três jogos da seleção.

 

(notícia atualizada às 17h13 com declarações da RTP)

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Instituto Superior Técnico recebe Talent Bootcamp a 14 e 15 de outubro

Fidelidade, Teleperformance, SIBS, Jerónimo Martins, EY, BPI, Critical Software, Huawei, Deloitte e L’Oréal são algumas das empresas que têm marcado presença no evento.

O Instituto Superior Técnico de Lisboa vai acolher a 200.ª edição do Talent Bootcamp esta sexta-feira e sábado. Ao longo dos anos, este projeto com a assinatura da Magma Studio já contou com mais de 25 mil participantes. São esperados 150 alunos e 150 empresas no evento.

“Os primeiros anos de trabalho são cruciais para o desenvolvimento profissional e pessoal. É importante escolher bem a empresa onde queremos começar, e o Talent Bootcamp é precisamente o ponto de encontro ideal entre candidatos e empregadores”, afirma Miguel Gonçalves, CEO da Magma Studio, em comunicado.

O Talent Bootcamp, que conta já com cerca de 70 edições internacionais ocorridas em países como Bélgica, China, Espanha e Moçambique, é um programa que ajuda estudantes universitários e recém-licenciados a desenvolver conhecimentos para a sua carreira e encontrar a empresa que mais se adequa aos seus objetivos. Ao todo, mais de quinze mil estudantes foram já colocados no mercado de trabalho através desta ligação direta entre a academia e as empresas.

Durante estes dois dias, os participantes terão a oportunidade de estabelecer contactos diretos com 150 empresas dos mais variados setores. Fidelidade, Teleperformance, SIBS, Jerónimo Martins, EY, BPI, Critical Software, OGMA, Huawei, Deloitte e L’Oréal são algumas das entidades nacionais e multinacionais que têm marcado presença no Talent Bootcamp.

Os interessados podem encontrar mais informações sobre a 200.ª edição do Talent Bootcamp na plataforma online oficial da Magma Studio, disponível aqui.

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Angela Merkel considera que Rússia era fornecedor de gás “confiável”

Ex-chanceler alemã alerta que o abastecimento de gás russo nunca fora um problema durante o seu mandato uma vez que Moscovo foi, desde a Guerra Fria, "um fornecedor de gás confiável".

Angela Merkel não se arrepende de ter mantido as relações comerciais com a Rússia durante o seu mandato enquanto chanceler da Alemanha, garantindo que “desde a Guerra Fria que a Rússia era um fornecedor confiável”.

Durante uma conferência de imprensa, esta quinta-feira, na sequência da entrega do Prémio da Humanidade da Fundação Calouste Gulbenkian, Angela Merkel relembrou que o gás da Rússia sempre foi mais barato” quando comparado com a oferta vinda do Qatar, Arábia Saudita ou Estados Unidos, argumentando que “desde a Guerra Fria que a Rússia era um fornecedor confiável” e que por isso não lamenta a decisão tomada. “Na altura, era claro”, disse, acrescentando, no entanto, que nunca duvidou que deveria haver negociações” com outros parceiros económicos.

Questionada sobre se a guerra na Ucrânia pode comprometer os esforços alocados no combate às alterações climáticas, Angela Merkel considera que “o assalto à Ucrânia foi uma decisão que chamou a atenção política para esta questão” mas considera que “não temos tempo para nos concentrar num tema”. “Temos de ver que aqui o desafio é global e todos os países têm de prestar um contributo”, frisou.

ONGs ambientais ganham Prémio Gulbenkian para a Humanidade de 2022

A Plataforma Intergovernamental sobre Biodiversidade e Serviços Ecossistémicos (IPBES) e o Painel Intergovernamental sobre as Alterações Climáticas (IPCC) receberam o Prémio Gulbenkian para a Humanidade de 2022, no valor de um milhão de euros.

A distinção, anunciada pela presidente do júri Angela Merkel, foi atribuída às duas organizações intergovernamentais pelos esforços a nível de produção de conhecimento científico, combate às alterações climáticas e à perda de biodiversidade. As duas entidades foram selecionadas entre 116 nomeações de 41 nacionalidades, provenientes de cinco continentes.

Durante a conferência de imprensa, esta quinta-feira, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, a ex-chanceler alemã reconheceu o valor destas duas organizações frisando que o contributo da ciência no combate às alterações climáticas continua a ser “decisivo para assegurar a sobrevivência da humanidade”.

“A evidência científica tornou-se mais clara, confiável nos últimos anos mas, infelizmente, nunca houve boas notícias porque os sinais se tornaram cada vez mais dramáticos”, acrescentou Merkel, sublinhando que o trabalho realidade pelo IPBES e IPCC, nos últimos anos, veio a sublinhar “necessidade de agirmos em conjunto” no combate contra a degradação do ambiente e da biodiversidade.

epa10240434 The former German chancellor and president of the prize jury Angela Merkel (L) attends a press conference to announce the winner of Gulbenkian Humanity Prize, at Calouste Gulbenkian Foundation in Lisbon, Portugal, 13 October 2022. EPA/ANDRE KOSTERS

 

A IPBES é um organismo intergovernamental independente, criado em 2012, com a missão de melhorar a relação entre o conhecimento científico e os decisores políticos. Presente na conferência de imprensa estava a secretária-executiva da ONG que considerou a atribuição deste prémio como “uma poderosa declaração que confirma que a perda global de espécies, a destruição de ecossistemas e a degradação dos benefícios da natureza, representa uma crise não só de magnitude semelhante às alterações climáticas, mas também de uma crise que deve ser abordada com o mesmo caráter de urgência”.

Já o IPCC, distinguindo em 2007 com o Prémio Nobel da Paz, juntamente com Al Gore, é um organismo das Nações Unidas desde 1998, mais conhecido pelos relatórios anuais divulgados sobre o impacto ambiental resultante da ação humana. Ambas as organizações têm como objetivo ajudar os decisores políticos a nível mundial a adotar medidas de combate às alterações climáticas. Hoesung Lee, presidente da ONG, considera que o prémio é atribuído “numa altura crítica” em que se assiste a uma forte degradação do ambiente, fruto das alterações climáticas e da ação humana. “A humanidade não pode sentir-se desencorajada pela dimensão deste desafio. O tempo para a ação climática é agora“, apelou.

A Presidência do Júri do Prémio Gulbenkian Humanidade foi o primeiro cargo aceite por Merkel desde que cessou funções como chanceler em dezembro de 2021. Angela Merkel sucede no cargo a Jorge Sampaio, que foi presidente do júri desde a sua primeira edição.

O Prémio Gulbenkian para a Humanidade foi instituído pela Fundação com o propósito de distinguir pessoas, grupos ou organizações de todo o mundo que se têm evidenciado na mitigação e adaptação às alterações climáticas. A distinção foi atribuída pela primeira vez, em 2020, à jovem ativista sueca Greta Thunberg, que decidiu distribuir o montante por vários projetos ambientais e humanitários no Sul Global.

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Metros e Transtejo com menos 22% de utentes até setembro face ao pré-pandemia

Metro do Porto é a empresa mais perto dos números pré-pandemia entre os transportes públicos tutelados pelo Ministério do Ambiente e da Ação Climática.

Tardam em voltar todos os utentes dos metros de Lisboa e do Porto e dos barcos da Transtejo/Soflusa. Nos primeiros nove meses do ano, a procura por estes meios de transporte ficou 22% abaixo dos números pré-pandemia, referem dados publicados nesta quinta-feira pelo Ministério do Ambiente e da Ação Climática.

Até setembro, houve 154,85 milhões de validações de bilhetes nestas empresas, o que compara com os 198,94 milhões do mesmo período de 2019. Face a 2021, no entanto, a recuperação é de 76%; na comparação com 2020, são 44%.

O Metro do Porto é o meio de transporte que está mais perto da recuperação total: até setembro, registou 51,38 milhões de validações, menos 9% face ao período homólogo de 2019. Se olharmos apenas para setembro, são menos 6% face a 2019.

Na Transtejo e na Soflusa, foram registados 14,27 milhões de validações até ao final de setembro, menos 19% face a 2019. Na comparação entre setembro deste ano e de 2019, a diferença é de menos 12%.

O Metro de Lisboa continua a ser o meio de transporte com mais dificuldades em recuperar o número de passageiros: há uma perda de 28% até setembro de 2022 (96,58 milhões de utentes) face aos primeiros nove meses de 2019 (133,28 milhões). Na comparação estritamente mensal, setembro foi o melhor mês do ano até agora: a perda de utentes foi de 18% face a setembro de 2019.

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Carlos Alexandre já entregou candidatura para Relação. Será o fim do protagonismo do super juiz?

O magistrado já entregou a candidatura a juiz-desembargador, depois de duas décadas na instrução criminal, em que mandou prender Sócrates, Salgado, Rendeiro, Luís Filipe Vieira ou Duarte Lima.

Resistiu e resistiu. Mas acabou por ceder. O juiz Carlos Alexandre, 61 anos, já entregou o pedido de promoção a desembargador do Tribunal da Relação, esta quinta-feira, às 10.45. Uma decisão que, a concretizar-se, será o fim do protagonismo — e de um ciclo — do chamado por muitos de super-juiz, depois de quase duas décadas no Tribunal Central de Instrução Criminal, em que mandou prender José Sócrates, Ricardo Salgado (em casa), Duarte Lima, Manuel Pinho, Oliveira e Costa, Luís Filipe Vieira ou os principais arguidos do processo dos Vistos Gold.

Os resultados do concurso da entrada ou não no Tribunal da Relação de Carlos Alexandre, a cerca de três anos da reforma, deverão sair em março de 2023. Caso seja promovido, assumirá o cargo de desembargador mas só em setembro de 2023.

Foi em janeiro deste ano que tudo mudou para Carlos Alexandre. Habituado ao protagonismo que o Ticão lhe garantia — apesar de em entrevista à Sic ter revelado que não gostava dos holofotes — a 4 de janeiro entrou em vigor a lei que determina que este Tribunal passasse a ter uma composição com mais sete juízes, depois de se fundir com o Juízo de Instrução Criminal de Lisboa.

No “Ticão” existiam, até esta mudança, dois juízes em funções, Carlos Alexandre, em exclusividade até 2015, e Ivo Rosa, desde 2015, e que levou a que todos os processos “mediáticos” transitassem para as suas mãos. Para este tribunal — na fase de instrução — foram parar os processos mais mediáticos da Justiça portuguesa como a Operação Marquês, caso GES/BES, BPP/João Rendeiro, Face Oculta, Operação Furacão, entre outros.

Já a Estratégia Anticorrupção de Francisca Van Dunem sublinhava que a perceção das decisões do ‘Ticão’ “é agravada pela circunstância de os processos que ali correm terem um grau de mediatização acrescido, pela gravidade dos factos”, aliada ao que a titular da pasta, à data, chamou de “pessoalização” das decisões. O aumento do número de magistrados afetos à realização das missões do Tribunal Central de Instrução Criminal “é a solução consensualmente apontada. Impõe-se, pois, reponderar a composição do Tribunal”, diz o documento. Desta forma, esbateu-se a pessoalização que aquele tribunal tinha e que dava origem, na opinião pública, à ideia de que cada processo era decidido em função da pessoa que o tramita, e não em função de critérios objetivos da lei.

O juiz Carlos Alexandre, após a sua audição relativamente à Operação Fizz, no Campus de Justiça, em Lisboa, 13 de março de 2018. JOÃO RELVAS/LUSAJoão Relvas/LUSA 13 Março, 2018

Carlos Alexandre ordenou a detenção do antigo primeiro-ministro — realizada a 21 de novembro de 2014, às 23:00 no Aeroporto de Lisboa, com câmaras de televisão a assistir. O início da Operação Marquês, quando ainda havia apenas três pessoas em contacto com o processo (o juiz, o procurador do Ministério Público responsável pelo processo, Rosário Teixeira, e o inspetor que liderava a equipa de investigação das finanças no MP, Paulo Silva), ficou assim manchado com uma nuvem de dúvidas de quem teria sido o autor das fugas de informação.

Conhecido também por ser mais próximo das teses da acusação — com alguns advogados de defesa desses mega processos a admitirem que muitos dos despachos do juiz de instrução são meros copy paste dos textos do Ministério Público – o super juiz esteve também sob suspeita de abuso de poder aquando a distribuição do processo relativo à Operação Marquês. Mas em maio, a Relação de Lisboa (TRL) considerou que não houve abuso de poder no que toca à distribuição manual do processo da Operação Marquês, que acabou por ficar nas suas mãos e sem ter sido feito uma sorteio eletrónico, como manda a lei. Sendo assim, a decisão foi de não pronúncia.

Antes, também o Conselho Superior de Magistratura (CSM) havia realizado um processo de averiguações e um procedimento de inquérito que culminaram em arquivamento. No entanto, o advogado do ex-primeiro-ministro, Pedro Delille, criticou então o órgão máximo de gestão e disciplina da magistratura judicial por ter admitido a violação do princípio do juiz natural.

As suas rivalidades com Ivo Rosa — que também já pediu a sua promoção para a Relação — são há muito públicas e notórias. Enquanto estavam sozinhos no Ticão, a frieza entre ambos era uma constante. Sendo que em janeiro deste ano, Carlos Alexandre chegou a acusar Ivo Rosa de colocar em perigo a vida de agentes encobertos da Polícia Judiciária.

O despique destes dois juízes não começou aqui. Anteriormente, Ivo Rosa também acusou Carlos Alexandre por este ter deixado muitos despachos em atraso no processo BES, entre eles um sobre o arresto de uma conta bancária de Maria João Salgado, mulher de Ricardo Salgado. Carlos Alexandre considera assim que o seu colega do Ticão cancelou “ações encobertas (…), apelidando de ilegais, colocando agentes encobertos em risco de vida”. Segundo a revista Sábado, estas decisões foram posteriormente anuladas pelo Tribunal da Relação de Lisboa, “considerando que eram atos ilegais e ordenando a reposição da cadeia de prova, através deles obtida”, referiu Carlos Alexandre.

 

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Rendas das casas sobem 2,9% em setembro em termos homólogos

  • Lusa
  • 13 Outubro 2022

O valor médio das rendas de habitação por metro quadrado registou uma subida mensal de 0,3%, valor idêntico ao registado em agosto.

As rendas das casas por metro quadrado aumentaram 2,9% em setembro face ao mesmo mês de 2021, acelerando face aos 2,8% de agosto e com todas as regiões a apresentarem subidas homólogas, divulgou esta quinta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Segundo o INE, em setembro “todas as regiões apresentaram variações homólogas positivas das rendas de habitação, tendo Lisboa registado o aumento mais intenso (3,1%)”.

Quanto ao valor médio das rendas de habitação por metro quadrado, registou uma subida mensal de 0,3%, valor idêntico ao do mês anterior.

As regiões com a variação mensal positiva mais elevada foram o Norte e o Algarve (0,4%), não se tendo observado qualquer região com variação negativa do respetivo valor médio das rendas de habitação.

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Portugal é o terceiro país da União Europeia com a população mais envelhecida

Em 2021, a idade média da população portuguesa situou-se nos 45,8 anos, apenas inferior à média etária registada em Itália e na Alemanha.

A União Europeia está a envelhecer. Em 2021, a idade média era de 44,1 anos, valor que compara com a média de 43,9 apurada no ano anterior. E em Portugal, o ritmo é acelerado. É já o terceiro país da UE onde a idade média da população é mais elevada. Em 2021, a idade média da população portuguesa situou-se nos 45,8 anos, apenas inferior à média etária registada em Itália e na Alemanha. Contrariamente, a Islândia é o país que regista a média etária mais baixa (36,7 anos), revelam os dados do Eurostat, divulgados esta quinta-feira.

Em 11 anos, a média das idades da população portuguesa avançou 4,6 anos, tendo vindo sempre a aumentar gradualmente de ano para ano.

Analisando a geografia nacional mais ao detalhe, o centro é região mais envelhecida, com uma idade média de 47,4 anos, especialmente o distrito do Alentejo (47,9 anos). Segue-se a região norte (46,1 anos), o Algarve (45,2 anos) e a Área Metropolitana de Lisboa (44,7 anos), sendo que nas duas últimas as médias já são, inclusive, inferiores à União Europeia.

Nos arquipélagos portugueses, a Madeira regista uma média de idades de 43,6, enquanto os Açores situam a sua média nos 40,6 anos.

Quase 11 anos separam Itália da Islândia

Apenas Itália e Alemanha apresentam um retrato da população mais envelhecido do que Portugal, com a idade média a situar-se nos 47,6 e 45,9 anos, respetivamente.

Em sentido oposto, Islândia, Chipre e Irlanda ocupam o pódio dos países cuja população é mais jovem, com médias de idades nos 36,7, 38 e 38,5 anos. Juntamente com o Luxemburgo são mesmo os únicos países da UE onde a média etária da população não toca sequer nos 40 anos.

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