Assembleia Municipal de Caminha discute caso que envolve secretário de Estado de Costa

  • Lusa
  • 9 Novembro 2022

Assembleia Municipal de Caminha vai discutir o contrato para construção do pavilhão multiúsos que envolve o secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro, Miguel Alves.

A Assembleia Municipal de Caminha reúne, a 17 deste mês, para discutir o contrato para construção do pavilhão multiúsos que o secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro, Miguel Alves, celebrou enquanto presidente da Câmara, foi esta quarta-feira divulgado.

Segundo fonte camarária contactada pela agência Lusa, a sessão extraordinária do órgão deliberativo daquele concelho do distrito de Viana do Castelo foi requerida pela coligação “O Concelho em Primeiro” (PSD/CDS-PP/Aliança/PPM).

Em causa está um contrato-promessa de arrendamento para fins não habitacionais, aprovado em 2020, que previa a construção de um Centro de Exposições Transfronteiriço (CET) na quinta do Corgo, em Vilarelho. Mas o projeto foi inviabilizado pelos herdeiros dos terrenos que recorreram aos tribunais por não concordarem com o valor de venda proposto.

De acordo com aquele contrato, quando o CET estivesse construído e a câmara outorgasse a licença de utilização, a autarquia comprometia-se a arrendar o espaço, durante 25 anos. Findo aquele prazo, o município podia exercer o poder de preferência de aquisição.

O acordo previa que os 300 mil euros avançados pelo executivo municipal, então liderado por Miguel Alves, ficavam por conta das rendas do 25.º ano.

No início deste mês, em reunião camarária, o atual presidente da Câmara, Rui Lages, adiantou que o promotor mantém o interesse na construção do CET e de um Centro de Ciência e Tecnologia, agora na zona empresarial de Vilar de Mouros e Argela, onde “procedeu à aquisição de 33 terrenos na zona empresarial de Vilar de Mouros e Argela, perfazendo, neste momento, 103.411.25 metros quadrados de área”.

Segundo Rui Lages, o promotor “colocou à disposição da Câmara Municipal a outorga de garantia de boa execução do contrato, mediante prestação de seguro-caução ou garantia autónoma à primeira solicitação iguais ao valor do adiantamento e/ou hipoteca a ser realizada sobre aqueles terrenos”.

O autarca adiantou que “o promotor já deu entrada na autarquia com um Pedido de Informação Prévia (PIP) para aferir da possibilidade de construção dos equipamentos naquela localização situada entre a Argela e Vilar de Mouros, onde o Plano Diretor Municipal (PDM) prevê uma zona industrial”.

Segundo Rui Lages, “neste momento, já foi feita uma avaliação preliminar”, tendo o documento sido remetido para “colher pareceres junto das entidades que têm tutela sobre o território”.

Miguel Alves está a ser investigado pelo Ministério Público por aquele contrato-promessa que celebrou quando era presidente da Câmara de Caminha. PSD e Chega já entregaram pedidos de audição urgente do governante no parlamento.

No domingo, em entrevista ao Jornal de Notícias e à TSF, Miguel Alves mostrou-se seguro da legalidade do processo e explicou o porquê de não se ter pronunciado antes publicamente sobre esta polémica. “E a minha primeira pronúncia não foi aqui, foi junto da PGR, através de carta, onde juntei a minha disponibilidade para prestar o meu esclarecimento a qualquer momento sobre o inquérito que foi aberto a propósito desta situação”, explicou o secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro. Mais, referiu o governante: “Agora, estou aqui para que todos possam compreender a minha opção, uma opção legal, transparente e que defende o interesse público em Caminha e, também, no país”.

Em 31 de outubro, em declarações aos jornalistas, o primeiro-ministro afirmou manter a confiança política em Miguel Alves.

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Lojas com História vão ter medidas de discriminação positiva

Mapa do Comércio, Serviços e Restauração vai estar em pleno funcionamento em 2023. Base de dados será alimentada por informação detida pelas entidades públicas competentes.

O Governo vai desenvolver novas medidas destinadas a promover as Lojas com História, designadamente “através de ações promocionais, bem como de discriminação positiva destes estabelecimentos em medidas de âmbito mais alargado”, avançou ao ECO fonte oficial do Ministério da Economia.

Na nota explicativa da proposta de Orçamento do Estado para 2023, publicada em antecipação da ida de António Costa Silva esta quarta-feira ao Parlamento, o ministro da Economia escreve que, “após ter sido “dinamizado, com sucesso, o Programa Comércio com História, o Governo irá agora desenvolver novas medidas destinadas a promover estes estabelecimentos e o inventário nacional, quer através de ações de divulgação, quer por intermédio de discriminações positivas que melhor correspondam ao objetivo de preservar e projetar estes operadores“.

“As medidas no âmbito das Lojas com História visam salvaguardar e fortalecer os estabelecimentos com história, que constituem um marco relevante do património cultural e imaterial do nosso país”, recorda ao ECO fonte oficial do Ministério da Economia, sublinhando que as medidas estão a ser delineadas “no contexto da definição de uma Agenda para a Competitividade do Comércio”, tal como foi assumido no Acordo de Médio Prazo de Melhoria dos Rendimentos, dos Salários e da Competitividade, assinado no início e outubro.

O conjunto das Lojas com História — que recebem essa classificação após reconhecimento pelos respetivos municípios de serem estabelecimentos de interesse histórico e cultural ou social – está agregado numa plataforma de informação que pode ser consultada através desta ligação. “Constitui um elemento agregador de conhecimento e divulgação do comércio com história a nível nacional e um instrumento de suporte ao desenvolvimento de políticas públicas de preservação e de promoção das lojas com história, modernizando o respetivo enquadramento”, explica fonte oficial.

Em 2017 foi aprovado o Regime de Reconhecimento e Proteção de Estabelecimentos e Entidades de Interesse Histórico com o objetivo de proteger as lojas da liberalização das rendas e estabeleceu que os contratos têm proteção legal por cinco ou dez anos dependendo do regime de arrendamento em que se encontram. As Lojas com História estão isentas de Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) e as despesas de conservação e manutenção são consideradas a 110% no apuramento do lucro tributável.

Outro exemplo de discriminação positiva é protegê-las contra o risco de despejo, sobretudo num contexto de aumento exponencial das rendas. O Parlamento já discutiu a 20 de outubro o projeto de lei apresentado pelo Partido Socialista para garantir a manutenção da proteção das lojas com história que tenham transitado para o Novo Regime do Arrendamento Urbano (NRAU) até 31 de dezembro de 2027, isto porque era necessário proteger estes estabelecimentos contra despejos por mais cinco anos, porque a norma em vigor não foi prorrogada no OE 2022.

Presentemente, há 345 lojas com história, que variam desde 99 restaurantes, 22 ourivesarias e duas floristas.

Veja alguns exemplos:

Mapa do Comércio, Serviços e Restauração concluído em 2023

Ao nível do comércio, o Executivo tem também inscrito na proposta de OE2023 a conclusão no próximo ano do Mapa do Comércio, Serviços e Restauração. “Uma medida importante para a caracterização e acompanhamento do setor, enquanto instrumento de apoio à definição de políticas públicas e à tomada de decisões de investimento pelos operadores económicos” e que é, há muito, reclamada pelas estruturas associativas representativas destes setores de atividade.

Este mapa consiste numa base de dados georreferenciada, disponível online, com informação sobre os estabelecimentos comerciais e de serviços existentes no território nacional. O Governo quer que esteja “em pleno funcionamento em 2023, através da integral interconexão com as diversas entidades públicas detentoras de informação nesta matéria”.

Não se pretendendo onerar os operadores económicos com a obrigação de registos dos seus estabelecimentos, esta base de dados será alimentada por informação detida pelas entidades públicas competentes designadamente pelo Instituto dos Registos e do Notariado e da Autoridade Tributária e Aduaneira”, explica ao ECO fonte oficial do gabinete de António costa Silva.

“Estão em curso o desenvolvimento da plataforma que alojará o Mapa, bem como os procedimentos necessários para a obtenção da informação que o alimentará”, acrescenta a mesma fonte.

O Mapa do Comércio, Serviços e Restauração permitirá também “à Administração Pública monitorizar, avaliar e definir políticas públicas para o setor do comércio e serviços e, simultaneamente, aos empresários, avaliar e identificar oportunidades de negócio”, conclui fonte oficial.

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Cruz Vilaça Advogados estabelece acordo com escritório brasileiro

A Cruz Vilaça Advogados celebrou um acordo de colaboração com o escritório brasileiro Carneiros e Dipp. Mariana Tavares será a advogada que ficará à frente do projeto na CVA.

A Cruz Vilaça Advogados (CVA) celebrou um acordo de colaboração com o escritório brasileiro Carneiros e Dipp. O objetivo é disponibilizar aos clientes um serviço jurídico nas mais variadas áreas do direto nas respetivas jurisdições – Brasil, Portugal/União Europeia. Mariana Tavares será a advogada que ficará à frente do projeto na CVA.

O sucesso desta parceria passa pela definição de um método. Este visa o intercâmbio entre os nossos profissionais e a articulação entre os clientes, assim como entre entidades de interesse para temas relevantes para ambos os países, sempre tendo em vista princípios de leal cooperação, interesse mútuo, e ética que nos regem”, notou José Luís Cruz Vilaça.

Segundo o comunicado o escritório, esta colaboração será ampla, abrangente e centrada no acompanhamento jurídico de clientes. Pretendem também ter uma componente académica de aprofundamento de temas relevantes para o direito que beneficie o relacionamento entre as duas jurisdições e que possa ser um “alerta para os meios políticos, institucionais e de comunicação social de ambos os países e da UE”.

“Estamos muito felizes com esta parceria. Os dois escritórios compartilham dos mesmos valores éticos e profissionais, o que sem dúvida fará com que possamos avançar em conjunto em busca de interesses mútuos”, sublinhou Rafael Carneiro, sócio fundador do Carneiros e Dipp Advogados.

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+M

Continente junta youtuber infantil Luccas Neto e Popota na campanha de Natal

  • + M
  • 9 Novembro 2022

A campanha marca presença em TV rádio, imprensa, outdoor, loja e em meios digitais.

Arranca hoje a campanha de Natal do Continente, que este ano junta o youtuber infantil brasileiro Luccas Neto à Popota.

O Natal é sempre uma época especial para o Continente e para a qual trabalhamos ao longo de vários meses. Queremos continuar a surpreender os nossos clientes com as campanhas de Natal, celebrando a magia e o entusiasmo natural desta altura, e que são sempre vividos com maior intensidade pelas crianças. Queremos continuar a estar ao lado das famílias, respondendo aos desejos dos clientes e ser a loja de eleição para brinquedos para todas as famílias”, diz citado em comunicado Tiago Simões, diretor de marketing da MC.

Na campanha de Natal deste ano, sempre um dos momentos altos em termos de comunicação da insígnia, os brinquedos, juntamente com a Popota, dão as boas-vindas ao boneco do Luccas Neto, que ganha vida nesta campanha. Começa então a “aventura musical pelos corredores da loja ao som da música original cantada pela Popota e pelo youtuber brasileiro porque No Continente já é Natal”.

A campanha é assinada pela Fuel e produzida pela Perfect Storm, com realização de Ivo Sousa. A animação 3D esteve a cargo da Glimpse. Com planeamento de meios da Arena Media, No Continente já é Natal marca presença em TV rádio, imprensa, outdoor, loja e em meios digitais.

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Economia pondera dar mais autonomia às equipas no estrangeiro do Turismo de Portugal

Governo está a ponderar converter estas equipas em serviços descentralizados do Turismo de Portugal, integrados nas respetivas representações diplomáticas.

A rede de delegados do turismo no estrangeiro, que atualmente cobre 25 mercados, tem de ser otimizada. A constatação é do ministro da Economia, que está a ponderar converter estas equipas em serviços descentralizados do Turismo de Portugal, integrados nas respetivas representações diplomáticas.

Na nota explicativa da proposta de Orçamento do Estado para 2023, António Costa Silva — que é ouvido esta quarta-feira no Parlamento, sublinha que “a rede dos delegados do turismo no estrangeiro necessitará de ser otimizada, privilegiando-se uma maior articulação e dependência funcional com as áreas de negócio do Turismo de Portugal”.

Portugal tem 17 equipas do Turismo de Portugal que atuam em 25 mercados emissores de turismo, considerados prioritários ou relevantes para a promoção turística externa. A sua função é levar a cabo atividades promocionais institucionais e “apoiar a internacionalização das empresas portuguesas, desenvolvendo a sua ação de prospeção e de implementação de ações próprias, ou em coordenação com as Agências Regionais de Promoção Turística”, como se pode ler no site do Turismo de Portugal.

As equipas do Turismo de Portugal estão presentes nos mercados alemão (que coordena Suíça e Áustria), belga (coordena ​​Países Baixos), brasileiro, canadiano, chinês, dinamarquês (que coordena Suécia e desenvolve ações na Noruega e Finlândia), espanhol, norte-americano, francês (que desenvolve ações no Luxemburgo), indiano, irlandês, italiano, japonês (que desenvolve ações na Coreia do Sul), polaco, britânico, checo e russo.

O ECO questionou o Ministério sobre o significado desta otimização. Fonte oficial explicou que passa pela necessidade de as equipas do Turismo de Portugal estrangeiro terem mais flexibilidade e autonomia.

“No Plano Reativar o Turismo| Construir o Futuro 2027”, lançado por uma Resolução do Conselho de Ministro em 2021, estavam previstas “iniciativas relacionadas com a internacionalização da oferta nacional e a capacitação do trade internacional que exigem Equipas de Turismo no estrangeiro com muito maior flexibilidade, agilidade e autonomia na sua intervenção, sendo por isso necessário convertê-las em serviços descentralizados do Turismo de Portugal, I. P., integrados nas respetivas representações diplomáticas”, disse fonte oficial da Horta Seca. “Essa ponderação está em curso”, acrescentou.

Estas alterações resultam da reflexão que o setor do Turismo “vive numa encruzilhada de novos desafios” e que Portugal, se quer “manter uma posição de liderança internacional no setor, tem de conseguir responder aos mesmos”.

“As questões da sustentabilidade, da digitalização, da inclusão, do mercado de trabalho e outras, são críticas para o turismo do futuro e Portugal está a preparar-se em todas essas frentes, sendo fundamental que consiga comunicar de forma ágil e assertiva esse novo posicionamento junto dos seus stakeholders internacionais institucionais e privados”, sublinha, por outro lado, fonte oficial do Ministério da Economia.

O turismo está a recuperar do período de pandemia, mas ainda não conseguiu retomar o fulgor de 2019. Entre janeiro e setembro houve um aumento de 113% nas dormidas em alojamentos turísticos em Portugal (+27,3% nos residentes e +222,3% nos não residentes). No entanto, face ao período pré-pandémico, as dormidas caíram 2,4% devido à “diminuição das dormidas de não residentes (-7%)” e dado que as dormidas de residentes cresceram 8%, segundo o Instituto Nacional de Estatística.

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1s1 Energy completa ronda de investimento de 2,15 milhões e acelera projeto de hidrogénio verde em Portugal

A fabricante portuguesa de sistemas de eletrólise de água para hidrogénio verde completou uma ronda de investimento 2,15 milhões de dólares. Faber e CSN Inova são os principais investidores.

A fabricante portuguesa de sistemas de eletrólise de água para a produção de hidrogénio verde completou uma ronda de investimento 2,15 milhões de dólares (cerca de 2,49 milhões de euros). De acordo com a nota divulgada esta quarta-feira, a Faber e CSN Inova são os principais investidores, com a participação da Asiri LLC, Gibson Lane GmbH, Aquarius Capital, e Ecoa Capital.

O financiamento, informa a nota, vai permitir à 1s1 Energy Portugal completar as fases de planeamento do Hy2Tech, o primeiro projeto de hidrogénio em solo português a ganhar o selo de Projeto Importante de Interesse Europeu Comum (IPCEI), tal como o ECO/Capital Verde avançou em julho. O projeto selecionado, e avaliado em 63 milhões de euros, prevê estabelecer operações de investigação e desenvolvimento (I&D) e o fabrico de 300 megawatts/ano de eletrolisadores em Portugal, permitindo criar 86 postos de trabalho.

“Estamos muito entusiasmados por nos juntarmos à 1s1 Energy neste ponto de inflexão e ajudar a lançar as bases para a execução do projeto IPCEI e desenvolvimento futuro” cita o comunicado as declarações do partner da Faber, Carlos Esteban. Segundo o responsável, “a solução única da 1s1Energy vai acelerar a utilização e produção economicamente viável de hidrogénio verde, que é fundamental para descarbonizar sectores difíceis de descarbonizar, como a indústria pesada e o transporte pesado, incluindo a navegação marítima”.

Fundada por experientes químicos, engenheiros e empresários, a 1s1 Energy está a desenvolver eletrolisadores para a produção rentável de hidrogénio verde. Ao ECO/Capital Verde, o responsável pela subsidiária portuguesa, Thiago Figueiredo, explicou que a empresa pretende inovar do ponto de vista da engenharia dos materiais, ao recorrer à utilização usar materiais mais baratos, com maior durabilidade e que permitam um desempenho superior, para diminuir o custo de produção. A empresa também esta a trabalhar em inovações no design e no processo produtivo dos seus módulos. A tecnologia da 1s1 Energy procura viabilizar o custo de produção de hidrogénio verde abaixo de 2 euros por quilograma.

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Câmara de Arcos de Valdevez aprova orçamento de mais de 32 milhões de euros para 2023

  • ECO e Lusa
  • 9 Novembro 2022

Município de Arcos de Valdevez aprova, em reunião do executivo, o orçamento e as grandes opções do plano de investimentos e atividades para o ano 2023, num valor superior a 32 milhões de euros.

A Câmara Municipal de Arcos de Valdevez aprovou o orçamento para 2023, num valor superior a 32 milhões de euros, com a abstenção do PS, que justificou, esta quarta-feira, o sentido de voto com as dificuldades previstas para o próximo ano.

Em comunicado enviado às redações, a autarquia de Arcos de Valdevez, no distrito de Viana do Castelo, anunciou que o orçamento e grandes opções do plano para 2023 “serão reforçados em mais de 1,1 milhões de euros” face a este ano, “assumindo um investimento na ordem dos 21,7 milhões de euros”.

Para o presidente da Câmara Municipal de Arcos de Valdevez, João Manuel Esteves, “este orçamento é mais uma etapa na consolidação da estratégia de desenvolvimento sustentável para Arcos de Valdevez”.

“Há uma clara preponderância do investimento nas funções sociais, com um valor superior a 11,1 milhões de euros, seguindo-se as funções económicas, com cerca de 6,9 milhões de euros, a parceria com as Juntas de Freguesia com mais de 2,25 milhões de euros, e as funções gerais com mais de 1,4 milhões de euros”, destaca a nota.

Este orçamento é mais uma etapa na consolidação da estratégia de desenvolvimento sustentável para Arcos de Valdevez.

João Manuel Esteves

Presidente da Câmara Municipal de Arcos de Valdevez

A autarquia destaca também que, “num ano que se perspetiva difícil, o município vai reforçar o apoio às famílias, instituições e economia e o investimento municipal”.

“O município vai continuar com uma política de incentivos económicos e fiscais amiga das empresas, das famílias, dos jovens e das pessoas desfavorecidas, através da isenção e redução de impostos e taxas e do lançamento de programas e apoios municipais. Serão reforçados os apoios à atividade das Juntas de Freguesia, associações e instituições, e será intensificado o relacionamento com as nossas comunidades de emigrantes e imigrantes”, acrescenta.

Na nota, a autarquia, cujo executivo é composto por cinco elementos do PSD e dois do PS, adiantou ainda que “será reforçado o investimento municipal na educação, na habitação, na cultura, desporto e lazer, urbanismo e mobilidade sustentável”. Assim como na rede de infraestruturas básicas, na coesão territorial e segurança, e no desenvolvimento rural, turístico e empresarial.

Em declarações à agência Lusa, o vereador do PS, João Braga Simões, referiu que a abstenção do partido visa “garantir a agilidade da Câmara face às dificuldades previstas para 2023”. Mais, justificou o vereador socialista: “Não votamos contra apenas por votar contra. Abstivemo-nos porque é um orçamento importante, é um ano difícil, é importante que a Câmara e o concelho tenham estabilidade orçamental que permita enfrentar os desafios do próximo ano”.

João Braga Simões adiantou que, apesar da abstenção, a bancada socialista “não passou um cheque em branco” ao executivo municipal de maioria social-democrata. Os dois vereadores do PS apresentaram, “na declaração de voto, propostas de escrutínio da execução do plano, que foram acolhidas pelo executivo municipal”.

“Demos este sinal de liberdade a quem governa mas, em contrapartida, pedimos um acrescento de escrutínio e transparência em 2023. Pedimos que em uma das reuniões mensais, fechada ao público, a autarquia apresente todos os procedimentos administrativos simplificados”, frisou o vereador. “Tudo o que seja matéria do exercício do executivo municipal, que não tem obrigatoriamente de ser apresentado em reunião camarária, passe a integrar a listagem da ordem de trabalhos, para informação dos vereadores dos procedimentos orçamentais do período do mês anterior”, especificou.

O PS pediu ainda “que cada proposta viesse identificada com o pelouro ou serviço camarário responsável pela sua execução e que a rubrica orçamental viesse expressamente discriminada em cada um dos pontos”. E deixou um recado: “Acima de tudo, vamos permanecer vigilantes em relação à execução do orçamento, mesmo em relação a matérias que não caibam ao órgão câmara escrutinar”.

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Dona do Facebook vai despedir mais de 11 mil pessoas

Despesas crescentes e um mercado publicitário fraco estão na origem da decisão de Zuckerberg.

Mark Zuckerberg oficializou esta quarta-feira os despedimentos na Meta. A dona do Facebook, Instagram e WhatsApp vai reduzir o número de trabalhadores em 13%, o equivalente a mais de 11 mil pessoas. Despesas crescentes e um mercado publicitário fraco estão na origem da decisão.

“Hoje estou a partilhar uma das mais difíceis mudanças já feitas na história da Meta. Decidi reduzir o tamanho da nossa equipa em 13% e ver partir mais de 11 mil dos nossos talentosos empregados”, anunciou o CEO da empresa numa mensagem aos funcionários, divulgada pela CNBC (acesso livre, conteúdo em inglês).

“Não apenas o comércio online voltou às tendências anteriores, mas a desaceleração macroeconómica, o aumento da concorrência e a perda de força dos anúncios publicitários fizeram com que a nossa receita fosse muito menor do que esperava”, justificou.

Leia na íntegra a mensagem de Mark Zuckerberg aos colaboradores (conteúdo em inglês e de acesso livre)

A tecnológica deverá transferir recursos para “áreas de crescimento de alta prioridade”, como é caso da inteligência artificial e do metaverso.

Como parte do pacote de indemnização aos funcionários abrangidos pelo despedimento coletivo, a Meta assegurou que vai pagar 16 semanas de salário base mais duas semanas adicionais por cada ano de serviço. Além disso, a empresa vai assegurar o seguro de saúde durante seis meses.

Tecnológicas a reduzir

Este despedimento coletivo — que afetará, sobretudo, as equipas de recrutamento e de negócio — será o primeiro nos 18 anos de história da Meta. Segue-se a milhares de cortes de postos de trabalho noutras grandes empresas de tecnologia, incluindo o Twitter e a Microsoft e será um dos maiores na indústria tech este ano.

No início desta semana, o The Wall Street Journal já tinha avançado que a Meta se preparava para anunciar um despedimento em massa. O corte de pessoal, motivado pelas despesas crescentes e pelo contexto mercado publicitário, pretende contribuir para a intenção de reduzir os custos em, pelo menos, 10% nos próximos meses.

A tecnológica anunciou ainda que planeia congelar as contratações até ao primeiro trimestre de 2023. Os trabalhadores da Meta já estavam avisados também para cancelarem as viagens não essenciais.

A Pessoas/ECO tentou saber junto da empresa que eventual impacto esta decisão poderia ter no mercado português, mas fonte oficial remeteu para a mensagem do fundador da empresa aos colaboradores.

(Notícia atualizada às 12h22)

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Subida de preços terá repercussões nos hábitos alimentares de mais de 90% dos portugueses

Maior planeamento das refeições, a compra de menos produtos e menos idas aos restaurantes são algumas das consequências listadas.

Face ao atual contexto de inflação, 94% dos portugueses consideram que o aumento de preços que terão mais impacto na sua vida são os com a alimentação, só depois aparecendo os relacionados com energia, transportes e habitação. A quase totalidade (92%) dos inquiridos revela mesmo que o aumento de preços terá repercussões nos seus hábitos alimentares. Maior planeamento das refeições, a compra de menos produtos e menos idas aos restaurantes são algumas das consequências listadas, revela o estudo “Barómetro FOOD 2022”, realizado no âmbito do Programa FOOD, do grupo Edenred, com o apoio da União Europeia e que, em Portugal, tem a Direção-Geral de Saúde como entidade parceira.

Cerca de 20% dos inquiridos assinalam mesmo que o aumento dos preços irá refletir-se numa menor qualidade nutricional das suas refeições. E os impactos sentidos seriam ainda mais acentuados se não recebessem o subsídio de alimentação através de cartão de refeição.

“A maioria revela que se deixasse de receber em vale social perderia poder de compra, o que teria efeitos ao nível das idas a restaurantes e da qualidade nutricional das suas refeições”, afirma a Edenred.

O inquérito — com base em 3.356 respostas de utilizadores do cartão Euroticket Refeição Edenred — revela que 79% dos participantes prestam mais atenção a uma alimentação saudável, sobretudo depois da pandemia (73%). “Face a esta mudança, 90% dos portugueses esperam hoje uma oferta mais saudável por parte dos restaurantes, com produtos frescos, informação nutricional clara, indicação clara de “opção saudável” na ementa, opções vegetarianas e/ou veganas e mais saladas”, refere o barómetro.

Situação que se reflete no tipo de restaurantes procurado: 49% dos responsáveis de estabelecimentos, no último ano, registaram um aumento na procura por refeições saudáveis/equilibradas, sendo que uma larga maioria dos restaurantes (91%) já disponibiliza opções mais saudáveis/equilibradas nas suas ementas, incluindo pratos vegetarianas/veganas.

Uma larga maioria dos inquiridos (88%) mostra-se igualmente preocupado com o desperdício alimentar e 91% gostaria de saber quais os restaurantes que atuam contra o desperdício. Do lado da restauração, 64% afirma já ter implementado esse tipo de medidas. “Embalagens para levar sobras, adaptação da ementa ou de receitas, gestão de stocks, parcerias com apps ou serviços de combate ao desperdício e parcerias com bancos alimentares são as ações mais comuns.”

As conclusões do “Barómetro FOOD 2022” em Portugal baseiam-se em 3.356 respostas de utilizadores do cartão Euroticket Refeição Edenred, consumidores incluídos na população ativa, e de responsáveis de restaurantes pertencentes à rede de estabelecimentos Euroticket Edenred.

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TTR: PLMJ lidera valor de operações de M&A com 2.387 milhões de euros

Segundo o relatório da TTR, nos primeiros 10 meses de 2022 as maiores operações de M&A foram assessoradas pela PLMJ, Linklaters, Garrigues, Morais Leitão e Uría Menéndez-Proença de Carvalho.

O recente ranking da TTR – Transactional Track Record, que analisa o período entre 1 de janeiro e 31 de outubro de 2022, revela quais foram os principais escritórios de advogados e legal advisors, nas principais operações de M&A, Venture Capital, Private Equity e Asset Acquisition. A PLMJ lidera por valor total das operações, cerca de 2.387,59 milhões de euros. Já a Garrigues e Morais Leitão lideram o ranking de assessores jurídicos por número de transações, com 25 cada.

Segundo o relatório da TTR, nos primeiros 10 meses de 2022 foram realizadas 371 transações que se traduziram num valor total de 9.751 milhões de euros. Das quatro áreas, M&A destacou-se com 160 transações (3.273 milhões de euros), seguida por Asset Acquisition com 95 transações (2.844 milhões de euros), Venture Capital com 83 transações (913 milhões de euros), e Private Equity com 33 transações (2.721 milhões de euros).

O volume de operação registou até outubro uma diminuição de 21%, face a 2021. O setor de Real Estate foi o mais ativo neste período, com 81 transações.

O TTR selecionou como transação do mês a conclusão da aquisição da Maxive – Cybersecurity pelo Thales Group, com um valor de transação de aproximadamente 120 milhões de euros. A operação contou com a assessoria jurídica dos escritórios Uría Menéndez-Proença de Carvalho e PLMJ.

Veja aqui todos os rankings.

M&A, Private Equity, Venture Capital e Asset Acquisitions

As sociedades em destaque são a PLMJ, com um valor de 2.387,59 milhões de euros, seguida pela Linklaters, com 1.450 milhões e a fechar o top 3 a Garrigues com um valor total de 1.418,82 milhões de euros. Logo abaixo na tabela ficou a Morais Leitão, com 1.105,25 milhões, e a Uría Menéndez-Proença de Carvalho, com 941,50 milhões de euros.

No que concerne ao número de transações em M&A, Private Equity, Venture Capital e Asset Acquisitions a liderar a tabela ficaram a Garrigues e a Morais Leitão, com 25 cada, seguida pela PLMJ, com 22.

Já relativamente aos “dealmakers, advogados que centram a sua prática na área de M&A, Private Equity, Venture Capital e Asset Acquisitions, cinco sociedades de advogados estão representadas no top 10, face ao valor de transações, sendo a PLMJ, a Morais Leitão e a Linklaters os escritórios com o maior número de distinções, três cada. Duarte Schmidt Lino, sócio da PLMJ, ocupa o lugar cimeiro da tabela com 11 transações que se traduzem em 1.253,04 milhões de euros.

Os dealmakers que somaram um maior número de transações nestas áreas foram Luís Roquette Geraldes, sócio da Morais Leitão, com 16; Duarte Schmidt Lino, sócio da PLMJ, e Paulo Bandeira, sócio da SRS, com 11 cada; e Mário Lino Dias, sócio da Garrigues, com oito.

Os “rising star dealmakers” na área de M&A, Private Equity, Venture Capital e Asset Acquisitions, por valor de transações, pertencem a três firmas: PLMJ, com sete destacados, a Garrigues com quatro, e a Linklaters com dois advogados. Diogo Barros Pereira, managing associate da Linklaters, ocupa o primeiro lugar com um valor total de transações de 1.300 milhões de euros.

Private Equity

Na área de Private Equity as sociedades em destaque são a PLMJ, com 1.517 milhões, a Linklaters, com 1.450 milhões, e a Morais Leitão, com 909,70 milhões. Já relativamente ao número de transações, a Garrigues e a SRS Legal somaram cinco transações cada, seguida pela PLMJ e Vieira de Almeida com quatro cada.

Venture Capital

Na área de Venture Capital as sociedades em destaque são a PLMJ, com um valor de 172,22 milhões de euros, a Uría Menéndez-Proença de Carvalho, com 120 milhões, e a Morais Leitão, com 46,91 milhões. Já relativamente ao número de transações, a Morais Leitão fica em primeiro lugar, com 14 transações, seguida pela SRS Legal, com 11, e a PLMJ, com sete.

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TELLES assessora venda do Hospital da Ordem da Trindade

A transação foi liderada pelos sócios Cristina Ferreira, sócia de societário, comercial e M&A, e Pedro Almeida e Sousa, sócio cocoordenador de imobiliário, construção e urbanismo.

O escritório de advogados TELLES assessorou a Ordem da Trindade na venda do Hospital da Ordem da Trindade ao Grupo CUF. O Hospital CUF Trindade foi inaugurado no passado dia 14 de outubro, no Porto, e representa um investimento de 11 milhões de euros e a criação de 120 postos de trabalho.

A transação foi liderada pelos sócios Cristina Ferreira, sócia de societário, comercial e M&A, e Pedro Almeida e Sousa, sócio cocoordenador de imobiliário, construção e urbanismo. A equipa integrou também Maria Miguel Cameira, associada da mesma área.

A Ordem da Trindade é uma Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS), com quase três séculos de história, que tem a preocupação de prestar cuidados de saúde e de apoio social, de excelência.

O Grupo CUF é o maior operador privado de cuidados de saúde em Portugal que reforça, agora, a sua presença na cidade do Porto, contribuindo para consolidar o posicionamento da rede CUF no norte do país.

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Défice da balança comercial tem segundo maior valor do ano em setembro

Importações superaram as exportações em 2,699 mil milhões de euros em setembro, segundo o Instituto Nacional de Estatística. Setembro foi o quarto mês do ano com mais importações e exportações.

O défice da balança comercial registou em setembro o segundo maior valor do ano. As importações superaram as exportações em 2,699 mil milhões de euros, segundo as estatísticas do comércio internacional publicadas esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Em setembro, as exportações e importações tiveram o quarto maior valor do ano. Os bens de Portugal para o estrangeiro valeram 6,85 mil milhões de euros, mais 24,7% do que em igual mês de 2021. De fora para dentro do país, os produtos importados valeram 9,549 mil milhões de euros, mais 29,6% do que em setembro do ano passado.

As importações de combustíveis e de lubrificantes tiveram a maior variação na balança comercial: em setembro, aumentaram 51%, para 1,515 mil milhões de euros. Logo a seguir vieram as importações de material de transporte e de acessórios, que somaram 46,3%, para 1,142 mil milhões de euros.

As exportações de combustíveis e de lubrificantes também tiveram um aumento significativo, de 39,6%, para 459 milhões de euros. No entanto, a balança comercial nestes produtos é claramente deficitária para Portugal, no valor de 1,056 mil milhões de euros. Também no material de transporte e acessórios registou-se défice, pois as exportações ficaram 36 milhões de euros abaixo das importações.

Por países, Espanha reforçou o estatuto de principal cliente de Portugal. Os envios para Espanha cresceram 20,8%, para 1,841 mil milhões de euros; os recebimentos do país vizinho aumentaram ainda mais (28,8%), para 3,103 mil milhões. Ou seja, agravou-se o défice da balança comercial com o principal parceiro económico de Portugal.

França manteve-se como segundo maior cliente das empresas nacionais, com um aumento de 21,4%, para 856 milhões de euros. As importações com os franceses aumentaram ainda mais, em 29,5%, para 577 milhões de euros. Ainda assim, a relação comercial entre Portugal e França continua a ser positiva para os lusitanos.

A Alemanha é o terceiro país para onde Portugal envia mais produtos, na ordem dos 759 milhões de euros (+23,8%). Já nos recebimentos, o montante passou para 1,107 mil milhões de euros (+26,5%), tendo sido agravado o défice comercial.

(Notícia atualizada às 11h50 com mais informação)

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