Governo desvia fundos das câmaras para obras nas escolas e centros de saúde

  • ECO
  • 30 Novembro 2022

Governo alega não ter outra alternativa já que este tipo de intervenção não é elegível nos programas operacionais temáticos. Já em maio Ana Abrunhosa tinha anunciado o recursos aos PO Regionais.

As obras de requalificação das escolas e centros de saúde vão ser financiadas com verbas dos programas operacionais regionais que já eram destinadas às câmaras e às comunidades intermunicipais. A opção não é do agrado de alguns autarcas que classificam a medida de “abuso dos fundos municipais”, já que os edifícios são do Estado, noticia esta quarta-feira o Jornal de Notícias (acesso pago).

“O Governo começa este processo com o pé esquerdo, é quase um abuso o uso de fundos municipais para requalificar edifícios que são do Estado”, defende Hélder Sousa Silva. Em declarações ao JN o líder dos autarcas social-democratas e presidente da Câmara de Mafra frisa que o uso de fundos europeus destinados às câmaras “era a válvula de escape para situações pontuais”, mas “a primeira coisa que o Governo faz é vir ao bolso dos municípios”, o que é “uma distorção total” do acordado.

O Governo alega não ter outra alternativa já que este tipo de intervenção não é elegível nos programas operacionais temáticos. “Os avisos abertos ao abrigo do Mecanismo Extraordinário de Antecipação do Portugal 2030 apenas podem contemplar como programas financiadores os PO regionais, já que os PO temáticos não têm consagrada a elegibilidade em causa”, explicou fonte oficial do Ministério da Coesão.

Em maio, no Parlamento, a ministra da Coesão anunciou que seria através dos Programas Operacionais Regionais “com enquadramento ainda no quadro comunitário do Portugal 2020, mas com a possibilidade de transitar para o PT2030”, um quadro comunitário que vai ter um programa específico para as freguesias que até agora não se podem candidatar diretamente aos fundos europeus, que seriam financiadas as obras das escolas e centros de saúde. E que iria usar uma verba de 100 milhões de euros.

Os primeiros avisos foram abertos a semana passada para a região Centro e têm uma dotação de 30 milhões de euros para obras em escolas e cinco milhões para centros de saúde.

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IBM vai abrir mais um centro tecnológico em Portugal

  • ECO
  • 30 Novembro 2022

A empresa tem centros em Tomar, Viseu, Fundão, Portalegre e Vila Real e tudo aponta que a escolha volte a recair no centro do país.

A IBM Portugal vai abrir mais um centro tecnológico no país em 2023. Será o sexto que a empresa abre em Portugal e está previsto entrar em funcionamento menos de seis meses depois da abertura de um em Vila Real, avança ao Jornal de Negócios (acesso pago) o presidente da filial norte-americana em Portugal.

Com esta unidade deverão ser criados entre 150 e 200 postos de trabalho, mas o presidente da filial norte-americana em Portugal admite que estes valores possam ser rapidamente ultrapassados. “Com os projetos que temos como base é isso que queremos fazer, mas a perspetiva é de crescimento. Temos projetos em calha que se calhar obrigam a ter logo 100 ou 150 recursos só para esses”, diz Ricardo Martinho.

Quanto à nova localização, o responsável não levanta ainda a ponta do véu. A empresa tem centros em Tomar, Viseu, Fundão, Portalegre e Vila Real e tudo aponta que a escolha volte a recair no centro do país.

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Câmaras chamam arte às luzes e feiras de Natal para evitar concursos públicos

  • ECO
  • 30 Novembro 2022

Espetáculos artísticos ficam eximidos do princípio da concorrência e ao critério do preço mais baixo.

Há autarquias portuguesas que estão a tratar luzes e feiras de Natal como arte, por forma a ultrapassar os limites legais dos ajustes diretos para os adjudicarem, sem concurso público, segundo noticia esta quarta-feira o Público (acesso condicionado).

Isto acontece porque a lei exime ao princípio da concorrência e ao critério do preço mais baixo os espetáculos artísticos, devido ao caráter único. Esta exceção está a ser explorada no caso de municípios como Tomar e Portimão, que alegam o caráter único das peças em causa para justificar o meio de adjudicação.

A utilização destes meios levanta algumas dúvidas legais. “Há uma confusão entre o conceito de entretenimento e o de espetáculo artístico”, defende o jurista João Amaral e Almeida, que aponta que “os enfeites de Natal não são um espetáculo artístico”. Já o professor da Faculdade de Direito de Coimbra Pedro Costa Gonçalves explica que “o que justifica o ajuste direto são as especiais qualidades ou características da entidade que se pretende contratar”.

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Endesa prepara sucessão de Nuno Ribeiro da Silva em Portugal

  • ECO
  • 30 Novembro 2022

A transição de poder do atual presidente da subsidiária portuguesa da Endesa já estará a ser preparada pela empresa.

Nuno Ribeiro da Silva, atual presidente da Endesa em Portugal desde 2005, deverá deixar o cargo em breve, sendo que a empresa espanhola, controlada pela italiana Enel, quer avançar com mudanças na gestão desta subsidiária, avança o Público (acesso condicionado).

A transição do gestor da liderança da empresa, que esteve envolto numa polémica devido a declarações sobre o aumento dos preços da eletricidade que levaram a um choque com o Governo, já está a ser preparada. Ocorre numa fase em que a empresa está a apostar no desenvolvimento de vários projetos de renováveis e hidrogénio.

Desde a polémica, na qual as suas declarações foram consideradas “alarmistas” pelo Ministério do Ambiente e o primeiro-ministro emitiu um despacho a determinar que nenhuma entidade da administração central deveria pagar faturas à Endesa sem que estas fossem validadas primeiro, o gestor tem estado mais discreto.

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Hoje nas notícias: IBM, fundos das câmaras e Endesa

  • ECO
  • 30 Novembro 2022

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

As capas dos jornais estão marcadas por notícias sobre as autarquias esta quarta-feira. Por um lado surgem relatos de que o Governo desvia fundos das câmaras para obras nas escolas, alegando que não tem outras alternativas. Já quanto às feiras e luzes de Natal, algumas autarquias estão a apelidá-las de arte para evitarem concursos públicos. Este dia marca também a aprovação do segundo orçamento de Carlos Moedas na Câmara de Lisboa, ainda que com o chumbo da isenção de IMT para jovens. Veja estas e outras notícias que marcam a atualidade nacional.

IBM vai abrir mais um centro tecnológico em Portugal

A IBM Portugal vai abrir mais um centro tecnológico no país em 2023. Será o sexto que a empresa abre em Portugal e está previsto entrar em funcionamento menos de seis meses depois da abertura de um em Vila Real. Com esta unidade deverão ser criados entre 150 e 200 postos de trabalho, mas o presidente da filial norte-americana em Portugal admite que estes valores possam ser rapidamente ultrapassados. Quanto à nova localização, Ricardo Martinho não levanta ainda a ponta do véu.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Governo desvia fundos das câmaras para obras nas escolas

As obras de requalificação das escolas e centros de saúde vão ser financiadas com verbas dos programas operacionais regionais que já eram destinadas às câmaras e às comunidades intermunicipais. A opção não é do agrado de alguns autarcas que classificam a medida de “abuso dos fundos municipais” já que os edifícios são do Estado. O Governo alega não ter outra alternativa e lembra que as câmaras terão muitas verbas até 2030. Os primeiros avisos foram abertos a semana passada para a região Centro e têm uma dotação de 30 milhões de euros para obras em escolas e cinco milhões para centros de saúde.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago)

Câmaras chamam arte às luzes e feiras de Natal para evitar concursos públicos

Há autarquias que estão a tratar luzes e feiras de Natal como arte, por forma a ultrapassar os limites legais dos ajustes diretos para os adjudicarem, sem concurso público. Isto já que lei exime ao princípio da concorrência e ao critério do preço mais baixo os espetáculos artísticos, devido ao caráter único. É o caso de municípios como Tomar e Portimão, que alegam o caráter único das peças em causa para justificar o meio de adjudicação.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado)

Endesa prepara sucessão de Nuno Ribeiro da Silva em Portugal

Nuno Ribeiro da Silva, atual presidente da Endesa em Portugal desde 2005, deverá deixar o cargo em breve, sendo que a empresa espanhola, controlada pela italiana Enel, quer avançar com mudanças na gestão desta subsidiária. A transição do gestor da liderança da empresa, que esteve envolto numa polémica devido a declarações sobre o aumento dos preços da eletricidade que levaram a um choque com o Governo, já está a ser preparada.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado)

PS viabiliza segundo orçamento de Moedas, mas sem isenção de IMT

O segundo orçamento de Carlos Moedas à frente da Câmara de Lisboa será viabilizado esta quarta-feira pelo PS. No entanto, uma das bandeiras eleitorais do autarca fica pelo caminho: a isenção de IMT (Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis) na compra de casas até 250 mil euros, para jovens até aos 35 anos, será chumbada pela oposição.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso pago)

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PSI fecha em alta com EDP a somar 2%

  • ECO
  • 30 Novembro 2022

S&P 500 e Dow Jones abriram com perdas, enquanto o Nasdaq negoceia em alta. Os investidores estão à espera do discurso de Jerome Powell previsto para as 18h30 de Lisboa.

A principal praça financeira portuguesa fechou em alta pelo segundo dia consecutivo. O PSI terminou a sessão a somar 0,55%, para 5.862,69 pontos, com a EDP a crescer mais de 2%. Das 15 cotadas do índice nacional, oito fecharam em terreno positivo, cinco concluíram o dia em terreno negativo e duas ficaram estáveis (BCP e CTT).

As bolsas norte-americanas abriram mistas esta quarta-feira, dia em que o presidente da Fed vai dar pistas sobre os próximos passos da política monetária norte-americana Jerome Powell, presidente da Fed, vai falar sobre inflação, perspetivas económicas e mercado de trabalho às 18h30 de Lisboa. Já as bolsas europeias negoceiam em alta, incluindo o índice de referência nacional.

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Dona do Pingo Doce passa cheque anti-inflação até 350 euros aos trabalhadores em dezembro

Medida, para mitigar o impacto da inflação nos rendimentos, abrange cerca de 25 mil pessoas do grupo Jerónimo Martins em Portugal, envolvendo um montante global de apoio superior a 8 milhões de euros.

O grupo Jerónimo Martins, o dono do Pingo Doce e do Recheio, vai atribuir um apoio extraordinário no valor de até 350 euros no início de dezembro. O cheque anti-inflação abrange um total de cerca de 25 mil colaboradores de todas as empresas do grupo em Portugal, resultando num montante global de apoio superior a 8 milhões de euros, avançou fonte oficial do retalhista à Pessoas.

“Considerando os tempos difíceis que enfrentamos, os efeitos de uma conjuntura inflacionista e o aumento do custo de vida, o Grupo Jerónimo Martins decidiu avançar com uma medida de apoio extraordinário para cerca de 25 mil colaboradores de todas as Companhias do Grupo em Portugal, (na sua maioria colaboradores das operações)”, adianta fonte oficial do retalhista alimentar.

“A Administração do Grupo Jerónimo Martins aprovou a atribuição de um apoio extraordinário, no valor de 350 euros – para part-times, até 20 horas semanais, o valor será metade desse valor –, que irá ser disponibilizado no início de dezembro”, revela.

Salário de entrada em 2023 acima do SMN

O retalhista alimentar junta-se a uma série de outras companhias que têm avançado com apoios extraordinários aos colaboradores para aliviar a quebra de rendimentos causada pelos elevados níveis de inflação, como é o caso do Santander, Caixa Geral de Depósitos ou, no setor do retalho, o Ikea, entre outros.

A medida surge no mesmo ano em que o grupo avançou com aumentos dos salários de entrada nas insígnias Jerónimo Martins em Portugal (Pingo Doce, Recheio, JMA, Jeronymo e Hussel) entre 7% e 25% acima dos de 2021, representando um investimento de 22 milhões de euros e abrangendo cerca de 26 mil trabalhadores, tal como avançou em primeira mão, a Pessoas.

O grupo não adianta qual será o valor de aumento para o ano que se avizinha, mas deixa uma garantia: “É certo que a estratégia retributiva do Grupo Jerónimo Martins continuará assente em estabelecer salários de entrada acima dos salários mínimos nacionais nos três países onde está presente”. Para 2023, o salário mínimo nacional em Portugal deverá subir dos atuais 705 euros para 760 euros.

“É também importante salientar que, na maioria das nossas companhias em Portugal (bem como nas outras duas geografias onde operamos), as políticas retributivas contemplam aumentos salariais logo após um ano de antiguidade, como forma de promover a retenção e reconhecer uma maior autonomia dos nossos colaboradores no desempenho das suas funções”, destaca fonte oficial da Jerónimo Martins.

“Estas mesmas políticas preveem ainda uma componente variável associada à performance individual, que, a título de exemplo, no corrente ano já reconheceu cerca de 70% dos colaboradores do Pingo Doce.”

É certo que a estratégia retributiva do Grupo Jerónimo Martins continuará assente em estabelecer salários de entrada acima dos salários mínimos nacionais nos três países onde está presente.

Fonte oficial

Grupo Jerónimo Martins

“Os prémios atribuídos aos colaboradores das operações podem acrescentar mais de 100% da remuneração base mensal nos níveis de entrada. Um exemplo é o prémio que foi atribuído em abril deste ano a 21 mil colaboradores das operações (na sua maioria lojas e centros de distribuição) das nossas companhias em Portugal, com um valor individual de 550 euros, o que se traduziu num investimento superior a 11 milhões de euros”, recorda ainda a mesma fonte.

O retalhista alimentar lembra a política de apoio direto aos colaboradores na área de Saúde, Educação e Bem-estar familiar. “No ano passado, investimos em Portugal mais de 3,2 milhões de euros em programas de responsabilidade social que incidem nestes três eixos. É certo que continuaremos a investir nestes apoios diretos.”

“Desde 2011 dispomos do Fundo de Emergência Social (FES), como resposta a situações de vulnerabilidade e emergência familiar nas suas diversas valências, designadamente, o apoio financeiro, jurídico, alimentação entre outros. O FES dispõe de uma equipa de assistentes sociais que estabelece planos de ação customizado para cada família, de forma complementar à ação do Estado e com enfoque na sua capacitação e autonomia”, refere ainda a mesma fonte.

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António Costa parte a pasta “porta-aviões” das Finanças em duas

Finanças demoraram oito meses a corrigir o erro de concentrar numa super-pasta os dossiers das Finanças e Tesouro. Na mini-remodelação, volta a haver a cisão das duas pastas.

No ministério das Finanças, João Nuno Mendes, ainda secretário de Estado do Tesouro, tinha sob a sua responsabilidade competências próximas de um “super-ministro”.

Sob a sua tutela detinha a Direção-Geral do Tesouro e Finanças (DGTF) – com exceção das competências em matéria de património imobiliário público –, as relações do Governo com o Banco de Portugal e com os reguladores (Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões e CMVM), a gestão da dívida pública e ainda cabia ao secretário de Estado do Tesouro gerir as participações financeiras do Estado nas mais de 120 empresas que compõem o Setor Empresarial do Estado (SEE).

Com a mini-remodelação de António Costa no Ministério das Finanças, o primeiro-ministro prepara-se para dividir ao meio este “porta-aviões”, repartindo as várias competências por João Nuno Mendes, que assumirá o cargo de secretário de Estado das Finanças, e Alexandra Reis, que assumirá a pasta de secretária de Estado do Tesouro. E corrigir um erro que já tinha feito no seu primeiro mandato, com Mário Centeno como ministro. Nesse Governo, suportado pela geringonça, o “porta-aviões” ainda esteve em funcionamento durante um ano e três meses. Agora, esteve cerca de oito meses.

Dentro de dias caberá ao ministro das Finanças, Fernando Medina, publicar uma delegação de competências em detalhe as áreas que cada um dos dois secretários de Estado ficará responsável.

No entanto, tomando em consideração o resultado da última cisão da pasta das “Finanças e do Tesouro”, que ocorreu em 2017 com a entrada de Álvaro Novo como secretário de Estado do Tesouro e Ricardo Mourinho Félix que passou a ser adjunto de Centeno e ficou “só” a pasta das Finanças, é expectável que sob a batuta de João Nuno Mendes fique:

  • O controlo da execução da política financeira do Estado, que abrange a gestão da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP)
  • As relações do Governo com o Banco de Portugal e com os reguladores dos seguros (Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões) e do mercado de valores mobiliário (Comissão do Mercado de Valores Mobiliários)
  • A coordenação das relações financeiras entre o Estado e as Regiões Autónomas;
  • E a tutela das entidades financeiras do SEE, como seja a Caixa Geral de Depósitos, o Novobanco, o Banco Português de Fomento e a instituição financeira de desenvolvimento SOFID.

Sob a responsabilidade de Alexandra Reis deverá ficará a gestão do vasto grupo de empresas do SEE, onde pontificam os 11 hospitais e 21 centros hospitalares, e empresas tão diversas como o Teatro Nacional D. Maria II e o Teatro S. João, a TAP (numa gestão partilhada com o ministério das Infraestruturas) ou o Siresp.

Além disso, deverá ainda caber à próxima secretária de Estado do Tesouro a gestão da Unidade Técnica de Acompanhamento do SEE, a gestão do SUCH – Serviço de Utilização Comum dos Hospitais, e ainda a gestão da Unidade Técnica de Acompanhamento de Projetos.

A grande indefinição cairá sob a gestão patrimonial do Estado que, por norma, fica sob a tutela do Tesouro mas que neste governo permanece sob a alçada de Fernando Medina, não tendo o ministro delegado essa função para nenhum dos seus secretários de Estado.

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Em maioria absoluta, Costa perde quase um governante por mês

  • Mariana Marques Tiago
  • 30 Novembro 2022

Oito meses depois de tomar posse, a 30 de março, sete elementos do terceiro Executivo formado pelo socialista António Costa já abandonaram os cargos que ocupavam. Quem foram os sacrificados?

Foi a 30 de março de 2022 que tomou posse o XXIII Governo, o terceiro liderado por António Costa e o primeiro suportado por uma maioria absoluta no Parlamento. Oito meses volvidos, sete elementos deixaram os lugares que ocupavam no arranque da legislatura.

A primeira baixa foi registada a 2 de maio. Sara Abrantes Guerreiro, à época secretária de Estado da Igualdade e Migrações tomou a decisão por uma “questão pessoal e de força maior”, segundo fez saber Marcelo Rebelo de Sousa. O Presidente da República queria afastar os rumores que ligavam a decisão ao caso relativo ao acolhimento de refugiados ucranianos por russos pró-Putin na Câmara de Setúbal. Acabou substituída por Isabel Rodrigues.

Três meses depois, a 30 de agosto, foi a vez de Marta Temido apresentar a demissão. Em comunicado, a até então ministra da Saúde dizia ter deixado de ter “condições para se manter no cargo”. O anúncio da demissão, ao início da madrugada, ocorreu algumas horas depois de se saber que uma grávida morrera após ser transferida do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, devido à falta de vagas na neonatologia.

Em solidariedade com Marta Temido, António Lacerda Sales (secretário de Estado Adjunto e da Saúde) e Maria de Fátima Fonseca (secretária de Estado da Saúde) seguiram os passos da ministra da tutela, que atravessou os anos da pandemia e acabou por ser substituída por Manuel Pizarro.

Novembro ainda não acabou, mas são já três as saídas. A primeira foi a de Miguel Alves, a 10 de novembro. A demissão do então secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro surgiu após ser acusado do crime de prevaricação pelo Ministério Público. Esta terça-feira, a Presidência da República confirmou que António Mendonça Mendes fica como braço direito de António Costa, deixando a secretaria de Estado dos Assuntos Fiscais.

As outras saídas do mês foram anunciadas no mesmo dia. Aprovado o Orçamento do Estado para 2023, António Costa demitiu demitiu João Neves, por divergências com António Costa Silva, ministro da Economia e do Mar. Para o seu lugar entra Pedro Cilínio. Pelas mesmas razões, Rita Marques, secretária de Estado do Turismo, será rendida no Executivo por Nuno Fazenda de Almeida.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, foi informado das alterações no Executivo ao longo da tarde desta terça-feira. Pouco tempo depois das primeiras notícias, os nomes dos substitutos foram anunciados no site da Presidência, com a informação de que a tomada de posse dos novos governantes vai acontecer na sexta-feira, 2 de dezembro, pelas 12h, no Palácio de Belém.

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Promovido, despromovido e promovido outra vez. Quem é Mendonça Mendes, o novo “braço direito” de Costa

Chegou ao Governo em 2017 para assumir os Assuntos Fiscais. Foi promovido a Adjunto nas Finanças em 2020 e perdeu o título com a saída de João Leão. É o novo secretário de Estado Adjunto de Costa.

Das Finanças para São Bento, António Mendonça Mendes é o novo secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministroHugo Amaral/ECO

Com a saída de Miguel Alves do Governo, após ter sido acusado de prevaricação na Operação Teia, ficou vago o cargo de secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro. Em 10 de novembro, António Costa indicou que “oportunamente” o iria preencher. E esse momento chegou: o novo “braço direito” do primeiro-ministro vem do Ministério da Finanças.

O escolhido é António Mendonça Mendes, 45 anos, até aqui secretário de Estado dos Assuntos Fiscais da equipa de Fernando Medina.

Natural de Coimbra e aí formado em Direito, integra a equipa executiva de António Costa desde julho de 2017, quando foi designado para essas funções após a demissão de Fernando Rocha Andrade, na sequência da polémica das viagens para ver o Euro2016. Na altura, foi a sua estreia na área fiscal — a três meses da entrega da proposta de Orçamento do Estado para 2018. Hoje, é pela fiscalidade que é mais conhecido do grande público: tem liderado a campanha anual do IRS e é quem anuncia aos portugueses quanto tempo vão demorar a chegar os reembolsos.

Considerado um homem do aparelho do PS, passou pela Juventude Socialista e é irmão mais novo de uma ministra — mais concretamente, de Ana Catarina Mendes, que agora tutela a pasta dos Assuntos Parlamentares, depois de ter sido líder da bancada parlamentar socialista (o facto, que já amplamente conhecido, foi referido esta terça-feira pelo líder do Chega, André Ventura, para criticar esta escolha do primeiro-ministro).

Mendonça Mendes é ainda o presidente da Federação Distrital do partido em Setúbal, função que ocupa desde março de 2016 e para a qual foi reeleito neste mesmo mês de novembro, com 85% dos votos.

Há cinco anos, antes de chegar à equipa governativa, Mendonça Mendes era sócio da André, Miranda e Associados, uma sociedade de advogados em Lisboa, onde esteve desde 2014. Segundo o registo de interesses disponível na Assembleia da República, desfez-se logo da posição de 25% que tinha na empresa assim que assumiu funções. Mas não era primeira vez que circulava nos corredores do poder.

De acordo com o currículo disponibilizado pelo atual Governo, Mendonça Mendes foi assessor do secretário de Estado da Justiça entre 1999 e 2002, que era Diogo Lacerda Machado, também conhecido atualmente por ser o “melhor amigo” de António Costa. Aliás, nessa altura, Costa ocupava o cargo de ministro da Justiça de António Guterres. A equipa contava ainda com Eduardo Cabrita como secretário de Estado Adjunto do Ministro da Justiça.

Desempenhou também a função de chefe de gabinete da secretária de Estado dos Transportes entre 2005 e 2008, Ana Paula Vitorino (atual presidente da Autoridade da Mobilidade e dos Transportes, ex-ministra do Mar e mulher de Eduardo Cabrita, de resto, uma das relações envolvidas no caso Family Gate). Entre 2009 e 2011, foi chefe de gabinete de Ana Jorge, ministra da Saúde no segundo Governo de José Sócrates, que lhe dirigiu um louvor em 20 de junho de 2011.

Referindo-se a Mendonça Mendes, Ana Jorge escreveu: “Ao cessar funções, quero dar testemunho público do meu grande apreço e reconhecimento pelo seu trabalho, pela dedicação e pelo brio profissional demonstrados no trabalho desenvolvido. A sua cordialidade e afabilidade são qualidades que resultaram num contributo muito significativo para o bom funcionamento e espírito de equipa que sempre pautou o ambiente deste gabinete.”

A nota, que pode ser consultada no Diário da República, vai ainda mais longe. Diz que Mendonça Mendes “assumiu com naturalidade o cargo” e esteve “inteiramente à altura das suas responsabilidades”, sendo “profundamente respeitado por todos os colegas e interlocutores”.

Quero dar testemunho público do meu grande apreço e reconhecimento pelo seu trabalho, pela dedicação e pelo brio profissional.

Ana Jorge, ex-ministra da Saúde

Louvor ao então chefe de gabinete, Mendonça Mendes

Este é o homem que António Costa escolheu para “reforçar a coordenação política do Governo”, como tinha dito sobre o cargo o gabinete do primeiro-ministro em setembro. Para Mendonça Mendes, é uma promoção, mas não é a primeira. Em 2020, subiu a secretário de Estado Adjunto e dos Assuntos Fiscais de João Leão, quando este último chegou a ministro das Finanças após a saída de Mário Centeno para o Banco de Portugal.

A jornada foi curta. Com o chumbo da primeira proposta de Orçamento do Estado para 2022, o Governo caiu e o país partiu para eleições antecipadas, que deram a maioria absoluta ao PS. Mendonça Mendes transitou para o atual Governo sem o título de Adjunto e com a mesma designação que tinha quando chegou à governação em 2017, num Executivo onde só o primeiro-ministro e Ministério da Justiça os têm (além de a própria Ana Catarina Mendes ser ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares).

Perdeu o título, mas não as responsabilidades. A Orgânica do atual Governo determina que cada ministro escolhe o seu número dois “nas suas ausências ou impedimentos”. Segundo o Ministério das Finanças, o nome indicado por Medina até aqui era, precisamente, o de Mendonça Mendes. Doravante, será o de João Nuno Mendes.

Antes da acusação judicial, Miguel Alves já estava debaixo de fogo por causa de um pagamento de 300 mil euros quando era presidente da Câmara de Caminha, que tem contornos duvidosos. Só que a primeira opção de António Costa durou 56 dias no cargo. O chefe do Governo espera agora que escolha de Mendonça Mendes para secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro, um dos veteranos da “Team Costa”, sirva para ajudar a serenar os ânimos. Nas Finanças, Nuno Félix é quem vai assumir o seu lugar.

(Notícia atualizada às 10h17 para clarificar que, apesar de ter perdido o título de Adjunto quando transitou do anterior para o atual Governo, Mendonça Mendes continuou a ser, na prática, o número dois do ministro das Finanças, agora Fernando Medina).

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Divergências na Economia. Com Guterres caíram ministro e secretário de Estado

Há 27 anos, um outro diferendo na praça pública entre o ministro da Economia e um secretário de Estado – sobre os horários dos hipermercados – acabou com a demissão dos dois. Recorde o episódio.

A demissão de um secretário de Estado da Economia por causa de divergências políticas com o ministro da tutela, como acaba de suceder com João Neves e António Costa Silva, respetivamente, não é, de facto, um acontecimento habitual, mas traz à memória um episódio com quase três décadas que também agitou o Palácio da Horta Seca. No entanto, nessa altura a corda acabou por partir dos dois lados.

O longo consulado de Aníbal Cavaco Silva em São Bento tinha chegado ao fim, mas foi um decreto aprovado nos últimos meses de vigência desse governo social-democrata, pela mão do então ministro do Comércio, Faria de Oliveira, que acabou por estar na origem do diferendo entre os dois protagonistas que estrearam o Ministério da Economia, criado pela primeira vez pelo socialista António Guterres em 1995.

Com as grandes superfícies comerciais a exercerem forte pressão para que o novo Executivo revogasse as limitações aos horários que tinham sido impostas – abertura aos domingos e feriados por um período máximo de seis horas –, Daniel Bessa, que Guterres tinha ido buscar em outubro de 1995 à Faculdade de Economia da Universidade do Porto (FEP) para liderar a pasta, defendia que os horários deveriam ser iguais para todo o comércio.

Por outro lado, o seu secretário de Estado do Comércio, Manuel dos Santos, que mais tarde fez carreira política como deputado no Parlamento Europeu, fazia questão de defender na praça pública que o comércio tradicional devia ter uma “discriminação positiva” nessa matéria dos horários de funcionamento e nos apoios à modernização.

Ora, quando a 22 de março de 1996 é aprovado em Conselho de Ministros um novo regime jurídico para “corrigir distorções da concorrência e dar um sinal de encorajamento ao pequeno comércio e a outras formas de comércio tradicional”, o independente Daniel Bessa bate mesmo com a porta – Augusto Mateus assumiria a pasta. Mas Manuel dos Santos também sai nessa altura do Governo.

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Prestação da casa sobe até 250 euros em dezembro. Calcule aqui a sua

Euribor dão sinais de abrandamento na tendência de subida. Ainda assim, a prestação da casa vai voltar a agravar nos contratos que forem revistos no próximo mês, com subidas entre 10% e 55%.

Dezembro não traz boas notícias para quem tem crédito à habitação e vai ver as condições do contrato novamente revistas pelo banco. Embora as taxas Euribor deem sinais de algum abrandamento em relação à tendência de subida acelerada que vinham registando este ano, a prestação da casa vai voltar a agravar-se de forma expressiva no próximo mês, antecipando-se subidas entre 10% e 55% no próximo mês, de acordo com as simulações feitas pelo ECO.

O aumento dos encargos com a casa surgem num momento particularmente desafiante para as famílias, que estão a lidar com o aumento do custo de vida por via da inflação galopante que supera os 10%. Para lidar com o efeito da subida dos juros, o Governo acabou de lançar medidas que visam agilizar a renegociação do crédito com o banco para evitar situações de incumprimento e despejo.

As Euribor, que são calculadas nos empréstimos que os bancos fazem entre si e usadas depois como indexantes nos contratos financeiros, como os empréstimos para a compra de casa, têm estado em forte aceleração desde o início do ano, com o mercado a antecipar um forte aperto do banco central para controlar a espiral de subida dos preços.

O aumento destas taxas impacta diretamente nos contratos com taxa variável, que representam mais de 90% do mercado do crédito à habitação em Portugal, correspondendo a mais de 1,3 milhões de contratos.

Quanto é que a prestação vai subir? Vamos às contas, tomando como cenário base um empréstimo de 150 mil euros e com um spread de 1%:

  • Euribor a 3 meses: a prestação que vai pagar nos próximos três meses irá subir para cerca de 617 euros, mais de 62 euros (+11%) em relação à prestação que pagava desde setembro;
  • Euribor a 6 meses: a prestação que vai pagar nos próximos seis meses irá subir para mais de 657 euros, um aumento de cerca de 164 euros (+33%) em relação à prestação que pagava desde junho;
  • Euribor a 12 meses: a prestação que vai pagar nos próximos 12 meses irá subir para mais de 700 euros, quase mais 251 euros (56%) em relação à prestação que pagou no último ano.

O impacto da subida das Euribor vai ser maior ou menor consoante o valor do capital que ainda está em dívida. De acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), o capital médio em dívida para a totalidade dos contratos era de 61.513 euros em setembro, o que significa que, em termos médios, o efeito da subida das Euribor vai ser mais baixo do que aquele que mostra a simulação do ECO – que teve em consideração um empréstimo de 150 mil euros.

Na semana passada, o Banco de Portugal antecipou que a prestação da casa vai subir mais de 90 euros em termos médios até final de 2023, assumindo que a Euribor vai atingir os 3% no final daquele período.

O ECO preparou um simulador para calcular a prestação da casa. Faça as contas para o seu caso.

Tenho um crédito à habitação no valor de euros, contratualizado por um prazo de anos, indexado à Euribor a 12 meses (que há um ano estava nos % ), com um spread de %. A prestação da casa que pago atualmente é de 308 euros, mas caso a Euribor a 12 meses passe para %, a prestação passa para 432 euros. (Mude os campos sublinhados para descobrir os números mais próximos da sua previsão.)

Nota: Se está a aceder através das apps, carregue aqui para abrir o artigo no browser.

Ainda que as subidas previstas para dezembro sejam expressivas e tenham impacto no bolso de milhares de famílias portuguesas, a evolução da prestação da casa em dezembro mostra uma tendência de abrandamento em relação ao mês anterior nos casos dos contratos associados às taxas Euribor a 3 meses e a 6 meses.

Isto é o reflexo das expectativas do mercado em relação à condução da política monetária do Banco Central Europeu (BCE), que durante o mês de novembro especulou se a autoridade liderada por Christine Lagarde iria abrandar no ritmo de subida das taxas diretoras daqui em diante, perante uma economia que começa a dar sinais de recessão.

Euribor em alta

Fonte: Reuters

Desde junho, o BCE já subiu as suas taxas em 200 pontos base e tem a próxima reunião marcada para 15 de dezembro. Esta semana, Lagarde avisou que a inflação ainda não atingiu o pico e que será necessário continuar a apertar as condições financeiras para trazer a inflação para o objetivo de médio prazo mesmo que isso implique uma recessão.

Para as famílias que sentirem uma deterioração do seu orçamento familiar devido ao aumento da prestação da casa, o Governo avançou com novas regras para permitir uma renegociação do crédito à habitação mais tempestiva, definindo critérios mais concretos (taxa de esforço acima dos 36%) em que os bancos poderão desencadear um processo de negociação dos termos do contrato com o cliente. As medidas já entraram em vigor.

Mas pode sempre tomar a iniciativa e tentar negociar diretamente com o seu banco no sentido de rever as condições do empréstimo da casa.

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