Mais de 140 seguradoras continuam a operar na Ucrânia

  • ECO Seguros
  • 18 Maio 2022

Apesar da destruição causada pela invasão militar russa, o mercado de seguros mantém atividade na Ucrânia, com 148 empresas em operação em abril.

Na sequência do ataque militar da Rússia à Ucrânia, as entidades locais que operam em seguros e o Banco Nacional da Ucrânia (NBU na sigla anglo saxónica), que funciona como regulador do mercado, lançaram um apelo conjunto à indústria internacional de seguros para agir contra as seguradoras russas. “Opomo-nos veementemente às práticas que permitem às seguradoras sediadas no país agressor ressegurar os seus riscos através de resseguradoras internacionais e corretores de seguros e resseguros,” afirmou então o vice-Governador do NBU, Sergiy Nikolaychuk num comunicado da autoridade monetária.

No último trimestre de 2021, o mercado ucraniano de seguros reunia 132 companhias com atividade em ramos de não Vida, 13 seguradoras de Vida e 64 corretoras. Deste universo de empresas, mais de 140 seguradoras continuavam ativas em abril deste ano, mostrando que a estrutura pouco se alterou com a guerra.

Dados do NBU, com referência a abril deste ano, referem a receção de 23 pedidos de registo e licenciamento por parte de participantes do mercado financeiro não bancário, sendo que deste total, 8 foram pedidos submetidos por seguradoras, noticiou no início de maio o site Forinsurer.

Relembre-se que GFIA, federação mundial que agrega associações de todo o mundo como a organização Insurance Europe, entidade que agrega associações europeias da indústria de seguros (incluindo a APS), tomaram posição decisiva sobre a expulsão da ARIA, associação de seguradores de Toda a Rússia das suas organizações.

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Benfica fecha acordo com treinador Roger Schmidt por duas épocas

SAD já fechou o acordo com o treinador Roger Schmidt, que assinará contrato na próxima semana. Vai comandar as "águias" por duas épocas.

O Benfica “alcançou um acordo final para a contratação do treinador Roger Schmidt para as próximas duas épocas”, anunciou a SAD num comunicado difundido através da CMVM. A informação surge menos de um mês depois de o clube da Luz ter revelado um “princípio de acordo” para a contratação do treinador.

De acordo com o comunicado desta quarta-feira, o Benfica já fechou o acordo com Roger Schmidt. Está “previsto” que o contrato seja “formalizado no decurso da próxima semana”, refere a SAD encarnada, que está obrigada a informar os investidores por ser cotada na bolsa.

Este anúncio surge na sequência de um primeiro comunicado do Benfica, divulgado em 27 de abril. Nessa quarta-feira, o clube comunicou que estavam “a decorrer negociações” e que existia “um princípio de acordo para a contratação do treinador Roger Schmidt”. Na altura, a contratação “ainda” não se encontrava “formalizada”, referia o Benfica.

O alemão de 55 anos tem treinado os holandeses do PSV Eindhoven desde 2020 e vai substituir Jorge Jesus nos comandos da equipa principal, depois do afastamento do português no final do ano passado por causa dos maus resultados desportivos. Desde essa altura, a equipa A do Benfica vem sendo liderada por Nelson Veríssimo, de forma interina, que veio da equipa B.

(Notícia atualizada pela última vez às 18h04)

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Allianz Partners reforça equipa portuguesa para ganhar quota de mercado

  • ECO Seguros
  • 18 Maio 2022

A empresa de seguros de assistência do grupo alemão em Portugal vai ter Claúdia Godinho e Mário Solano como novas caras na equipa comercial com o objetivo de aumentar presença no mercado.

A Allianz Partners Portugal , empresa de seguros e assistência, vai integrar Claúdia Godinho e Mário Solano no departamento comercial com a missão e o objetivo de desenvolver, fazer crescer e consolidar o negócio do grupo em Portugal.

Claúdia Godinho e Mário Solano, trazem experiência de setores para a equipa da Allianz Partners e da marca Allianz Assistance.

Cláudia Godinho, com formação na área da comunicação, trabalhou durante vários anos em ambiente internacional, nomeadamente, em Madrid e nos Estados Unidos. Conta com uma vasta experiência como Key Account Manager em diferentes grupos de trabalho de diversas áreas de negócio, sobretudo, seguros de equipamentos, automóvel e, mais recentemente, na oferta para Utilities e Telco.

Por sua vez, Mário Solano, conta com mais de 20 anos de experiência no setor automóvel, financial services, especialmente nas áreas comerciais e de desenvolvimento de negócio. Nos últimos 10 anos, enquanto Key Account Manager, foi responsável pelo desenvolvimento de programas de garantias automóvel, gerindo programas oficiais de marca. Adicionalmente acompanhou diversos players da área auto, entre os quais gestoras de frota e redes de retalho.

A “incorporação do Mário e da Claúdia na nossa equipa comercial constitui mais um passo evolutivo na estratégia que definimos para o futuro da companhia”, afirma Marco Ventura, responsável comercial da Allianz Partners Portugal, referindo ainda que “este reforço é determinante para a concretização do nosso objetivo de conquistar quota de mercado em Portugal”.

Allianz Partners é uma empresa de seguros de assistência e viagens, especializada nas áreas de mobilidade pessoal, casa, bem-estar e viagens, com soluções para parceiros (B2B) e para clientes finais (B2C) através dos seus canais directos e digitais, sob a marca Allianz Assistance. A empresa anuncia mais de 21 mil colaboradores em 78 países.

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“Nenhuma companhia consegue absorver estes aumentos sem ajustar os seus preços”, diz Rios Amorim

António Rios Amorim considera que a atividade, preços de venda e eficiência operacional "deverão permitir absorver uma parte da inflação de custos" da corticeira Amorim.

Cerimónia de entrega dos prémios IRGAwards 2021 - 23SET21
António Rios de Amorim foi premiado como melhor CEO nos IRGAwardsHugo Amaral/ECO

António Rios Amorim, presidente executivo e chairman da Corticeira Amorim, é um dos nomeados na categoria de melhor CEO na relação com os investidores da 34ª edição dos Investor Relations and Governance Awards (IRGAwards), uma iniciativa da consultora Deloitte. Em resposta por email a questões do ECO, afirma que “nenhuma crise deve ser desperdiçada”.

Rios Amorim chegou à liderança da Corticeira Amorim em 2001, com apenas 33 anos. Um dos maiores desafios que teve de vencer foi a ameaça da TCA, a substância química presente na cortiça que confere “sabor a rolha” ao vinho, e que superou através do desenvolvimento de novas técnicas. Aquisições e diversificação no uso da matéria-prima proporcionada pelo sobreiro, com a criação de novos materiais, sustentaram o crescimento do grupo, afirmando-o como o maior fabricante mundial de produtos de cortiça.

Licenciado em Comércio Internacional pela Universidade de Birmingham, fez estudos executivos em gestão no INSEAD, Stanford e Columbia. Depois da pandemia, o gestor de 54 anos, vencedor da 33ª edição dos IRGAwards, enfrenta agora os desafios criados pela inflação.

António Rios Amorim reconhece que a subida de preços vai ter impacto no negócio, mas considera “que o crescimento previsto da atividade, a evolução dos preços de venda e melhorias da eficiência operacional deverão permitir absorver uma parte da inflação de custos em 2022.”

A inovação foi sempre uma aposta de António Rios Amorim e foi recentemente eleito para a presidência da COTEC, substituindo Isabel Furtado, presidente executiva da TMG Automotive. É também vice-presidente da Business Roundtable Portugal, uma associação que reúne 42 das maiores empresas portuguesas com o objetivo de colocar na agenda políticas que acelerem o crescimento económico do país.

Que desafios é que a aceleração da inflação está a criar para o negócio e de que forma é que a Corticeira Amorim está a responder a eles?

A inflação a estes níveis vai certamente ter impacto na nossa atividade. Não é possível nenhuma companhia absorver estes aumentos sem ajustar os seus preços de venda uma vez que todos estamos confrontados com o mesmo problema. Veremos que impacto a guerra, a evolução dos preços de energia, as subidas de taxas de juro e o reequilíbrio das cadeias logísticas terão como amortecedor a esta preocupante inflação.

O ano de 2021 foi já muito desafiante no que diz respeito à rentabilidade, face aos aumentos consideráveis dos custos de energia, de transporte e de várias matérias subsidiárias, que limitaram o crescimento dos resultados e da rentabilidade. Acredito que o crescimento previsto da atividade, a evolução dos preços de venda e melhorias da eficiência operacional deverão permitir absorver uma parte da inflação de custos em 2022. Além disso, deveremos também beneficiar do enriquecimento da gama média de produtos e da melhoria do mix, nomeadamente decorrente da introdução das novas tecnologias desenvolvidas ao longo dos últimos anos.

A inflação trouxe também um novo ciclo de aumento das taxas de juro. Qual será a resposta da Corticeira Amorim a este novo enquadramento?

O aumento das taxas de juro resultará certamente num agravamento dos gastos financeiros. No entanto, a Corticeira Amorim tem uma estrutura de capitais equilibrada e um balanço sólido, que deverão atuar como salvaguarda de eventuais condicionantes decorrentes deste novo ciclo de crescimento das taxas de juro.

Enfrentamos o momento atual com a mesma dedicação, determinação e ambição, convictos de que nenhuma crise deve ser desperdiçada.

António Rios Amorim

“Shaping human lives through sustainability and technology” foi o tema escolhido para a edição deste ano dos IRGAwards, num convite à reflexão sobre a maneira como funcionamos enquanto sociedade e o legado que deixaremos às gerações futuras. O que é urgente mudar para deixarmos às próximas gerações um legado melhor?

Estamos verdadeiramente empenhados em contribuir para um modelo de desenvolvimento sustentável e para uma sociedade mais coesa, consciente e preparada para enfrentar com perseverança e tenacidade os desafios futuros. A nossa ambição para o futuro é continuar a nossa trajetória de crescimento, mas queremos fazê-lo garantindo a segurança e o bem-estar de todos, o desenvolvimento das nossas pessoas, a gestão eficiente dos recursos, a proteção do equilíbrio dos ecossistemas e a circularidade dos processos e da economia… Este é o nosso grande desafio para o futuro!

Da sua experiência como gestor, que lição considera mais valiosa para enfrentar o momento atual?

Enfrentamos o momento atual com a mesma dedicação, determinação e ambição, convictos de que nenhuma crise deve ser desperdiçada. Ao longo da nossa história, a Corticeira Amorim soube transformar momentos de crise em oportunidades, emergindo como uma empresa mais forte e melhor preparada. Os últimos dois anos foram extremamente desafiantes, marcados pela inesperada disrupção das cadeias de logística e a escalada da inflação, mas também pela resiliência, responsabilidade e solidariedade da Corticeira Amorim. Os sucessivos e inesperados obstáculos foram sendo superados, permitindo a recuperação dos níveis de atividade de 2019.

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Worten Resolve tem nova imagem e campanha

A Worten Resolve constitui o terceiro eixo estratégico da Worten, que se quer assumir como uma one-stop shop. A diferenciação é marcada na comunicação.

“Não é mais uma campanha, é uma opção estratégica”. É assim que António Fuzeta da Ponte, diretor de marca e comunicação da Worten, descreve a nova campanha que estará presente, a partir desta quarta-feira, em televisão, digital e rádio, da marca de serviços da Worten. A preços de tabela (ou seja, aplicados os descontos praticados pelos media) trata-se de um investimento de 5,5 milhões de euros, adiantou o responsável num encontro com jornalistas.

A campanha marca o arranque da nova imagem da Worten Resolve, projeto que está a ser desenvolvido, desde junho do ano passado, pela Solid Dogma. Na nova imagem o vermelho característico da marca passa a azul. “A linha gráfica é semelhante, mas a cor é azul. É uma cor muito associada a serviços, a care. É diferenciadora”, justifica António Fuzeta da Ponte. O rebranding começa a ser agora comunicado e a nova mancha cromática vai, progressivamente até ao final do ano, ocupar o espaço da Worten Resolve nas 200 lojas da insígnia.

A criatividade é da Fuel, a produção da Krypton, com realização de Fred Oliveira, e o planeamento de meios está a cargo da Arena Media. “Tipicamente, televisão e digital assumem o mesmo peso nas campanhas“, diz o responsável sobre o investimento que será feito em cada meio. “Direto ao que precisas? Mais vale ir à Worten Resolve” é o claim.

Esta, a Worten Resolve, constitui o terceiro eixo estratégico da Worten, que se quer assumir como uma one-stop shop. A diferenciação é marcada na comunicação.

Há cerca de um mês, recorda António Fuzeta da Ponte, a marca lançou a campanha umbrella para as categorias core, “tudo o que liga à tomada, como costumamos dizer”. “Direto ao que interessa? Mais vale ir à Worten”, é a assinatura. O vermelho mantém-se na comunicação, “ganhando o W uma maior simbologia”, explica o responsável.

O segundo eixo, o das “novas avenidas, dos produtos não core” é materializado nas campanhas protagonizadas por Ricardo Araújo Pereira. “Tem tudo e mais não sei o quê” diz o protagonista dos filmes, nos quais à Fuel se junta, como produtora, a Take it Easy.

Surge agora o terceiro eixo, com o azul a sublinhar a diferença. “Para nós é mesmo estratégico, é assumirmos uma nova dimensão perante os portugueses”, diz António Fuzeta da Ponte. “Esta avenida, a dos serviços, já existia. Mas é importante construir marca”, reforça.

De acordo com o responsável, esta área está com um crescimento, em número de serviços, de 30% ao ano. Quanto ao orçamento de marketing, e sem revelar valores concretos, António Fuzeta da Ponte diz que regressou aos números pré-pandemia.

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Galp Energia sobe 2% mas não segura Lisboa

Bolsa nacional encerrou em terreno negativo, apesar das subidas de vários "pesos pesados". Lisboa acompanhou, assim, a tendência do resto da Europa.

A bolsa nacional encerrou no vermelho, com a maioria das cotadas em queda. Esta sessão contou com subidas acentuadas de vários “pesos pesados”, mas isso acabou por não ser suficiente para impedir uma queda do índice. Lisboa acompanhou, assim, a tendência negativa do resto da Europa.

O PSI perdeu 0,09% para 5.828,56 pontos, com apenas cinco cotadas no verde. A Galp Energia representou a maior subida desta sessão, cujos títulos cresceram 2,1% para 10,925 euros, enquanto o BCP somou 1,95% para 0,1672 euros. Destaque ainda para a EDP que avançou 1,61% para 4,552 euros.

Mas apesar destes desempenhos, o índice de referência nacional acabou por encerrar no vermelho, penalizado pelo desempenho de várias cotadas. A maior queda desta sessão coube à Altri, que perdeu 4,57% para 5,115 euros, enquanto no mesmo setor a Navigator caiu 0,83% para 4,06 euros.

Destaque ainda para a Jerónimo Martins, que desvalorizou 1,24% para 18,2 euros, acompanhada pela Sonae que perdeu 0,89% para 1,008 euros. Na energia, a EDP Renováveis recuou 0,77% para 20,58 euros.

Lisboa acabou, assim, por acompanhar a tendência negativa do resto da Europa, com o índice europeu, Stoxx-600, a perder 1,14% para 433,96 pontos.

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Santos Silva aceitou convite do homólogo ucraniano para visitar Kiev

  • Joana Abrantes Gomes
  • 18 Maio 2022

"O presidente do Parlamento da Ucrânia reiterou o convite para a minha deslocação a Kiev e, mais uma vez, aceitei o convite", disse Augusto Santos Silva.

O presidente da Assembleia da República aceitou esta quarta-feira o convite do seu homólogo ucraniano para se deslocar a Kiev. “Essa deslocação será realizada oportunamente”, afirmou Augusto Santos Silva, após uma reunião por videoconferência com o presidente do Parlamento da Ucrânia.

A organização da deslocação de Santos Silva, que deverá fazer-se acompanhar de delegações parlamentares, será tratada “com a eficiência e a discrição necessárias” numa situação de guerra como aquela em que se encontra a Ucrânia, disse Santos Silva, reiterando que a visita acontecerá “logo que seja oportuno e que as condições o permitam”.

Questionado sobre se falou com Ruslan Stefanchuk acerca do pedido de adesão da Ucrânia à União Europeia (UE), o presidente da Assembleia da República afirmou que o Parlamento ucraniano tem pedido o apoio de Portugal nessa matéria. “Tomamos boa nota da apresentação desse pedido e tomamos muito boa nota da rapidez com que a Ucrânia respondeu ao questionário que lhe foi dirigido pela Comissão Europeia e que é o passo imediato à apresentação do pedido de candidatura“, disse Santos Silva.

“Esperamos que a Comissão Europeia possa divulgar o seu parecer que é essencial para que se possa progredir até ao próximo Conselho Europeu, de 23 e 24 de junho, para que as autoridades europeias possam responder à Ucrânia.
Acredito que o Conselho Europeu possa ter um debate sobre a questão” caso o Executivo comunitário divulgue o parecer até lá, adiantou.

Na reunião por videoconferência com o homólogo ucraniano, Santos Silva garantiu ainda que o apoio português continuará “em todos os cinco planos” em que tem de ser prestado, nomeadamente no acolhimento de refugiados ucranianos, no apoio aos pacotes de sanções contra a Rússia, no envio de equipamento militar, na reconstrução da Ucrânia e da sua economia no pós-guerra e no incremento da cooperação entre a UE e a Ucrânia.

(Notícia atualizada às 17h43)

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Federação Espanhola e World Padel Tour criam WPT Next

  • Servimedia
  • 18 Maio 2022

A Federação Espanhola e o World Padel Tour criaram a WPT Next, uma nova categoria promocional que vai facilitar o acesso dos jogadores nacionais amadores ao padel profissional.

A Federação Espanhola (FEP) e o World Padel Tour (WPT) anunciaram a criação da nova categoria promocional WPT Next, que facilitará o acesso dos jogadores nacionais amadores mais promissores ao padel profissional, noticia a Servimedia.

Além de selar a união definitiva entre o padel amador e a elite num dos mercados chave para este desporto a nível mundial (Espanha), a nova categoria vai visualizar e reivindicar o trabalho das federações regionais.

Os torneios da WPT Next vão ter quatro categorias, dependendo do número de jogadores – Diamante, Esmeralda, Rubi e Safira, que vão permitir aos participantes ganhar pontos WPT.

Tal como no resto dos eventos do World Padel Tour e circuitos WPT Challenger, assim como os da FEP, todos os torneios WPT Next terão o mesmo prémio em dinheiro nos sorteios de homens e mulheres. Desta forma, o padel vai tornar-se no primeiro desporto a alcançar a paridade tanto a nível profissional como amador.

O acordo entre o WPT e a FEP fez, ainda, com que se abrisse um novo cenário na proteção das categorias de formação, já que “estende a mão” às federações afiliadas ao FIP para que também possam implementar este modelo, concebido para proteger e ajudar os jogadores mais promissores.

Até agora, federações como a portuguesa já demonstraram o seu interesse em replicar a iniciativa e assinar um acordo semelhante com o principal circuito profissional mundial.

Mais campos de padel e mais jogadores

Este tipo de iniciativas, que promovem o crescimento e expansão global, tanto de jogadores, como do próprio desporto, estão a inspirar as instituições públicas e entidades privadas do país.

Aliás, um público cada vez mais jovem tem vindo a aceitar de bom grado estas promoções do padel, que até já permitiram que o número de instalações construídas em centros desportivos de padel em todo o país duplicasse nos últimos cinco anos, de 11 mil em 2017 para mais de 21 mil atualmente.

Esta transformação do padel num desporto popular também levou a uma queda acentuada na idade média dos seus praticantes. Dos 96872 cartões emitidos em 2021, 13,4% correspondiam a menores de 19 anos, de acordo com dados da FEP.

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Yellen sugere que Europa está mais vulnerável a uma recessão

A secretária do Tesouro dos Estados Unidos defende a importância da redução da dependência de petróleo russo da Europa, assegurando que os EUA podem ajudar no fornecimento.

A secretária do Tesouro dos Estados Unidos afasta a expectativa de uma recessão nos EUA, mas aponta que a Europa está “mais vulnerável”, nomeadamente por se encontrar “mais exposta na frente de energia”, segundo a AFP. Janet Yellen sinalizou que os Estados Unidos vão ajudar a quebrar a dependência da Europa da energia russa, em parte aumentando as exportações americanas de gás natural liquefeito.

Após uma reunião com Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, Yellen disse acreditar que as tarifas sobre o petróleo russo podem ser decretadas rapidamente e combinadas com a proposta de eliminação gradual que a Europa está a considerar. “É extremamente importante que reduzam a dependência do petróleo russo; nós apoiamos muito isso”, assegurou, apontando que os Estados Unidos ajudariam a garantir que a Europa tem fornecimento de energia.

Apesar de admitir que algumas metas climáticas para reduzir as emissões podem ser prejudicadas, a responsável salientou que a situação atual deve ser um lembrete da necessidade de “redobrar os esforços em energia limpa e renovável”.

Janet Yellen defendeu também que os EUA e os aliados europeus devem enfrentar a China juntos. Temos um interesse comum em incentivar a China a abster-se de práticas económicas que nos desfavorecem a todos”, disse Yellen, num discurso no Fórum Económico de Bruxelas, referindo que estas deixaram alguns países a enfrentar encargos de dívida insustentáveis.

A governante aproveitou ainda para lançar algumas críticas às políticas tomadas por Donald Trump, apontando que as tarifas que implementou sobre a China impõem “mais danos aos consumidores, empresas”, e “não são muito estratégicas”.

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PIB Group compra mais uma corretora em Espanha e quer crescer na península ibérica

  • ECO Seguros
  • 18 Maio 2022

A corretora britânica acaba de fazer a terceira compra deste ano em Espanha e a estratégia pan-europeia leva a intensificar esforços no sentido de aumentar presença na Península Ibérica.

O PIB Group Limited comprou a Tractio Risk Correduría de Seguros e a Tractio Risk Solutions “num passo para se tornar um player dominante no mercado de seguros espanhol”, afirma a corretora britânica . É a terceira aquisição do grupo este ano em Espanha, depois da Cicor Internacional e da Global Marine. A Tractio é especialista nos setores de transporte marítimo, terrestre e aéreo, o seu posicionamento será complementar à Global Marine, diz a PIB.

Brendan McManus, CEO do PIB Group, considera que está a faltar espaço para aquisições de corretoras no Reino Unido.

Brendan McManus, CEO do PIB Group, que há pouco tempo afirmou que está a faltar espaço para aquisições de corretoras no Reino Unido comentou a propósito desta operação que “a Tractio representa um negócio flexível, jovem e dinâmico e o seu conjunto de habilidades, cultura e foco claro no cliente a tornam uma combinação óbvia para nós”.

“Intensificámos também os nossos esforços no sentido de aumentar a nossa presença na Península Ibérica e teremos mais anúncios destes nos próximos meses à medida que formos construindo a estratégia de expansão internacional”, avisa ao mesmo tempo James Harmer, Head of European M&A da PIB.

Fundada por Iñigo Erhardt e Rafael Real em 2011, a Tractio é uma corretora de seguros especializada nos setores de transporte, porto e logística, o que levou à criação de produtos com coberturas inovadoras. Segundo a PIB “a equipa de 28 pessoas ganhou reputação como líderes nos setores dos transportes e da energia, com especializações em transporte marítimo, terrestre e aéreo, bem como em energia, PME e Private Equity“.

James Harmer, Head of European M&A, comentou que criará uma proposta de serviço completo que estende a oferta da PIB na Espanha para Cargo, Casco Marítimo e Responsabilidade Civil.

Criado em 2015 o grupo o PIB Group tem crescido fruto de aquisições financiadas pelo Carlyle Group que no ano passado vendeu a maioria do capital ao Apax Funds. Emprega 2 mil pessoas e tem operações no Reino Unido, Ilhas do Canal da Mancha, Irlanda, Alemanha, Polónia e, desde este ano, em Espanha.

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PSD considera que anteprojeto do Governo sobre emergência sanitária viola Constituição

  • Lusa
  • 18 Maio 2022

A bancada social-democrata classifica a proposta como "excessiva" e discorda do “afastamento do Presidente da República do processo de decretamento de estado de emergência".

O PSD considera que o anteprojeto de lei que o Governo enviou ao parlamento de proteção em emergência de saúde pública “viola a Constituição da República” nos poderes conferidos ao executivo para restringir direitos, liberdades e garantias.

Questionada pela Lusa sobre o diploma, fonte da direção da bancada social-democrata classificou a proposta já conhecida como “excessiva” nesse ponto e manifestou discordância quanto ao “afastamento do Presidente da República do processo de decretamento de estado de emergência, ainda que por razões sanitárias”.

“Nalguns aspetos, incluindo o relativo aos poderes conferidos ao executivo para restringir direitos, liberdades e garantias, a proposta de lei de emergência sanitária que foi tornada pública viola a Constituição da República e é, neste sentido, excessiva”, refere a mesma fonte.

Para a bancada social-democrata, o diploma apresentado pelo Governo “prova que é necessária uma revisão constitucional incidente sobre esta matéria”. O projeto de revisão constitucional do PSD previa a possibilidade – atualmente não contemplada na Lei Fundamental – de ser decretado o estado de sítio ou emergência por razões de “emergência de saúde pública”, em termos a fixar numa lei de emergência sanitária.

O diploma do PSD – que não será entregue no parlamento, pelo menos para já, por discordância sobre o timing de um dos candidatos à liderança do partido, Luís Montenegro – incluía ainda na lista de razões previstas na Constituição que permitem a privação de liberdade o confinamento ou internamento por razões de saúde pública “decretado ou confirmado por autoridade judicial competente”.

Sobre o diploma do Governo, o PSD afirmou que este “padece também de um conjunto de incongruências relacionadas, por exemplo, com a exclusão da validação judicial do isolamento ou a aparente exclusão dos meios gerais de reação para tutela de direitos de personalidade tão relevantes como o direito à liberdade”.

O PSD diz ter feito uma “análise detalhada” do diploma numa nota técnico-jurídica que poderá disponibilizar “como contributo para os trabalhos legislativos, destinado a prevenir uma eventual declaração de inconstitucionalidade”, já que a fiscalização preventiva foi já anunciada Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

Declarar o estado de sítio ou o estado de emergência é uma das competências do Presidente da República que estão previstas na Constituição da República Portuguesa e “depende de audição do Governo e de autorização da Assembleia da República”.

O Governo comunicou na semana passada, através de uma nota do gabinete do primeiro-ministro, que enviou um anteprojeto de lei de proteção em emergência de saúde pública à Assembleia da República, aos governos regionais, associações nacionais de municípios e de freguesias, conselhos e ordens profissionais do setor da saúde.

Este diploma foi elaborado por uma comissão técnica designada pelo primeiro-ministro, António Costa, para estudar a revisão do quatro jurídico aplicável em contexto de pandemia em função da experiência vivida com a covid-19.

Entretanto, o Presidente da República anunciou que, mesmo que não tenha dúvidas fortes quanto à sua constitucionalidade, tenciona enviar a futura lei de emergência sanitária para o Tribunal Constitucional, preventivamente, para lhe dar força e evitar recursos.

O anteprojeto da lei de proteção em emergência de saúde pública estabelece no seu artigo 6.º, que “quando se verifique ocorrência extraordinária que constitua ameaça de doença ou de alteração das condições de saúde, qualificada como emergência de saúde pública na definição do artigo 2.º, o Governo, sob proposta do membro do Governo responsável pela área da saúde, fundamentada nos elementos disponíveis e na análise do risco sanitário, declara, através de resolução do Conselho de Ministros, a emergência de saúde pública”.

Já no artigo 24.º, a proposta refere que o Governo pode declarar também “a fase crítica da emergência” por “um período de 30 dias”, sob “proposta do membro do Governo responsável pela área da saúde, e ouvidos os Governos Regionais, com fundamento nos elementos disponíveis, em evidência científica e no parecer do Conselho Científico”.

O Governo deve comunicar “imediatamente à Assembleia da República a aprovação do decreto regulamentar e os respetivos elementos de fundamentação” e a prorrogação da “vigência da fase crítica da emergência só pode ser autorizada por lei da Assembleia da República”.

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Charles Michel defende criação de “comunidade geopolítica europeia” e adesões “progressivas”

  • Lusa
  • 18 Maio 2022

A criação de uma “comunidade política europeia” permitiria que países fora da União Europeia, como a Ucrânia ou o Reino Unido, se juntassem aos "valores centrais europeus", defende Michel.

O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, defendeu esta quarta-feira a criação de uma “comunidade geopolítica europeia” e a alteração dos processos de adesão à União Europeia, de modo a permitir uma “integração progressiva” dos países candidatos.

As ideias foram apresentadas por Michel num discurso perante o Comité Económico e Social Europeu, em Bruxelas, e serão por si colocadas sobre a mesa no Conselho Europeu agendado para junho. Michel revelou ainda que pretende organizar uma conferência dedicada a este projeto de uma comunidade geopolítica europeia durante o verão, com a participação dos líderes da UE e dos países próximos do bloco europeu, assim como uma cimeira com os países dos Balcãs Ocidentais à margem do Conselho Europeu do próximo mês.

Na sua intervenção, Charles Michel lembrou que, “recentemente, o antigo primeiro-ministro italiano Enrico Letta e o Presidente [francês, Emmanuel] Macron abordaram as suas ideias sobre o alargamento e as relações com os países vizinhos”, tendo o chefe de Estado francês preconizado, durante um discurso no Dia da Europa, 9 de maio, a criação de uma “comunidade política europeia” que permitiria que países fora da União Europeia, incluindo Ucrânia e o Reino Unido, se juntassem aos “valores centrais europeus”.

“E penso que chegou o momento de agir nesta matéria”, disse, dando então conta das suas ideias sobre como “reforçar o processo de alargamento” da União Europeia e como criar uma “comunidade geopolítica europeia”, assim como da forma como pretende “organizar este debate no Conselho Europeu”.

Relativamente ao processo de alargamento, reconheceu que é necessário torná-lo “mais eficaz e mais vivo”, considerando que o atual modelo de ‘tudo ou nada’, em que um país candidato só adere depois de cumprir todos os requisitos em todas as matérias – processo que leva muitos anos – “provoca uma grande desilusão” a todas as partes.

“Passaram 19 anos desde Salónica [Grécia], onde nos comprometemos com a perspetiva do alargamento aos Balcãs Ocidentais. As negociações de alargamento arrastam-se […] E agora temos candidaturas da Ucrânia, da República da Moldávia e da Geórgia. É urgente dar um passo em frente”, disse.

O dirigente belga, recentemente reconduzido na presidência do Conselho Europeu para mais dois anos e meio de mandato, defendeu então processos de adesão “mais rápidos, mais graduais e reversíveis”.

“Podemos oferecer benefícios socioeconómicos concretos aos nossos parceiros durante as negociações de adesão, em vez de esperarmos até ao fim. A solução residiria numa integração gradual e progressiva, já durante o processo de adesão”, disse, dando de seguida exemplos de como tal se poderia processar.

“Por exemplo, quando um país cumpre as normas necessárias num determinado setor, poderia ser ativamente envolvido, a título consultivo, nos trabalhos do Conselho de Ministros de acordo com a agenda. O país seria também progressivamente integrado nas ações da UE, à medida que a sua conformidade com o acervo fosse confirmada. Por exemplo, em certos setores do mercado interno, a área de roaming da UE ou o mercado comum da energia. E quando o país atingir determinados parâmetros de referência, também beneficiará do acesso a programas e financiamentos da UE que ofereçam benefícios concretos aos seus cidadãos”, preconizou.

Do mesmo modo, defendeu “o princípio da reversibilidade”, de modo a que, se um país registar retrocessos em matérias como o Estado de direito, “alguns dos benefícios obtidos com a integração poderão ser retirados”. Charles Michel apontou então que é também necessário “pensar além do alargamento”, sustentando que, “à medida que a UE assume uma maior liderança geopolítica, as expectativas internacionais em relação à nossa União também estão a aumentar”, em particular de alguns dos vizinhos que querem uma nova relação com o bloco europeu.

“Isto deriva de uma observação fundamental: existe uma comunidade geopolítica, que se estende de Reiquiavique a Baku ou Erevan, de Oslo a Ancara. Estou firmemente convencido de que devemos dar a esta área geográfica uma realidade política, e temos de o fazer imediatamente”, defendeu.

Esclarecendo que “esta iniciativa não pretende, de forma alguma, substituir o alargamento ou encontrar novas desculpas para o adiar”, o dirigente belga acrescentou que a mesma “também não é uma garantia para os envolvidos que um dia serão membros da União Europeia”, visando acima de tudo proporcionar “o quadro para o reforço político das relações com outros países próximos”.

“Apelo à criação de uma comunidade geopolítica europeia. O objetivo é forjar a convergência e aprofundar a cooperação operacional para enfrentar os desafios comuns. Para promover a paz, estabilidade e segurança no nosso continente. Os Balcãs Ocidentais, os países associados da nossa Parceria Oriental e outros países europeus com os quais temos relações estreitas são os primeiros que vêm à mente”, disse.

Precisando a sua ideia, Michel apontou que “os chefes de Estado ou de Governo dos países participantes tomariam a liderança e reunir-se-iam pelo menos duas vezes por ano”, “a política externa seria um importante domínio de cooperação no seio desta comunidade”, os ministros dos Negócios Estrangeiros juntar-se-iam regularmente ao Conselho dos Negócios Estrangeiros da UE, “e outras formações do Conselho poderiam seguir o mesmo exemplo”.

Segundo o presidente do Conselho Europeu, “seria também dada ênfase à associação desses países parceiros a programas socioeconómicos que não requerem alinhamento regulamentar, mas que podem trazer benefícios mútuos concretos”, como por exemplo o programa Erasmus, o programa de investigação e desenvolvimento Horizonte, ou iniciativas no domínio das infraestruturas de transportes e energia.

“Comecei a consultar os 27 líderes sobre este assunto, que irei colocar na agenda do nosso Conselho Europeu de junho. E irei propor que se realize uma conferência por altura do verão, que juntará os líderes da UE e os dos países parceiros envolvidos para discutir as opções concretas para este novo projeto comum”, revelou então.

Charles Michel adiantou ainda que tenciona organizar, em coordenação com a presidência francesa do Conselho da UE neste primeiro semestre, uma reunião com os líderes da UE e dos Balcãs Ocidentais em junho, à margem do Conselho Europeu, agendado para os dias 23 e 24. “Estamos a viver um momento decisivo, um momento fulcral na nossa história. Não temos margem para cometer erros”, concluiu.

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