Estações do Metro de Lisboa fechadas devido à greve parcial dos trabalhadores

  • Lusa
  • 18 Maio 2022

As estações do Metropolitano de Lisboa estão esta manhã fechadas devido à greve parcial dos trabalhadores, que às 06h35 registava uma adesão de cerca de 100%, segundo a Fectrans.

As estações do Metropolitano de Lisboa (ML) estão esta manhã fechadas devido à greve parcial dos trabalhadores, que às 06h35 registava uma adesão de cerca de 100%”, segundo Anabela Carvalheira, da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans).

“A adesão à greve, a nona desde o início do ano, está perto dos 100%, por isso, as estações estão fechadas. Não há circulação de comboios”, disse à Lusa Anabela Carvalheira.

Os trabalhadores do ML cumprem esta quarta-feira e dia 27 novas greves parciais, entre as 05h00 e as 09h00, contra a falta de condições de trabalho na área operacional, devendo a circulação iniciar-se pelas 09h30.

Normalmente, o metro funciona entre as 06h30 e a 01h00.

Em declarações à Lusa, aquando da anterior paralisação, Anabela Carvalheira explicou que o pré-aviso de greve entregue pelos sindicatos para esta quarta-feira e 27 tinha a ver com as condições de trabalho, mas também com “a falta de efetivos e o clima [instalado na empresa] por parte da direção relativamente aos trabalhadores”.

De acordo com a sindicalista, a paralisação assenta nos mesmos motivos das greves parciais realizadas em março, nos dias 14, 22 e 29 de abril e em 4 de maio.

Em causa, explicou Anabela Carvalheira, está uma área da empresa que “representa os trabalhadores maquinistas e os trabalhadores chefia do posto de comando central”.

Na prática, segundo a Fectrans, trata-se de uma “situação desregrada quer de horários, quer de falta de trabalhadores e más condições de trabalho”, a que se soma “a grande prepotência por parte da direção, que leva a que os trabalhadores estejam a atingir o limite de cansaço”.

Na terça-feira, os trabalhadores do Metropolitano de Lisboa decidiram, em plenário, entregar um pré-aviso de greve para o mês de junho ao trabalho suplementar e eventos especiais, estando em risco o prolongamento do horário habitual durante os Santos Populares.

Na noite de Santo António, de 12 para 13 de junho, as linhas verde e azul do metro habitualmente têm o horário prolongado devido às festas populares, que este ano voltam à rua depois de dois anos sem se realizarem devido à pandemia de Covid-19.

Em declarações à Lusa na terça-feira, Anabela Carvalheira explicou que os trabalhadores aprovaram uma proposta conjunta de revisão parcial do Acordo Empresa e mandataram os sindicatos para fazer a entrega do pré-aviso de greve.

“[A greve será] ao tempo suplementar e eventos especiais no mês de junho”, disse, salientando que “as restantes lutas serão decididas no dia 23 consoante a posição da empresa” em reunião com os sindicatos.

O Metropolitano de Lisboa diariamente opera com quatro linhas: Amarela (Rato-Odivelas), Verde (Telheiras-Cais do Sodré), Azul (Reboleira-Santa Apolónia) e Vermelha (Aeroporto-São Sebastião).

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Linha SNS24 atendeu mais chamadas até maio do que em todo o ano de 2021

  • ECO
  • 18 Maio 2022

Entre janeiro de 2022 e até à passada segunda-feira, o SNS24 atendeu 6.099.500 chamadas, contra as 6.070.170 atendidas em todo o ano de 2021. Linha prescreveu 2,5 milhões de testes à Covid até maio.

Nos primeiros cinco meses deste ano, a Linha SNS24 atendeu mais chamadas do que em todo o ano passado. Trata-se de mais 29 mil chamadas atendidas face ao valor registado em todo o ano de 2021, de acordo com os dados fornecidos pelos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde ao Público (acesso condicionado).

Entre janeiro de 2022 e até à passada segunda-feira, o SNS24 atendeu 6.099.500 chamadas, contra as 6.070.170 atendidas em todo o ano de 2021. A Linha prescreveu 2,5 milhões de testes à Covid até maio, dos quais mais de 115 mil foram passados na semana passada. Em 2021, tinham sido prescritos 1,5 milhões de testes através do SNS24 e 440 mil em 2020.

Este aumento é explicado não só pela subida de infeções em Portugal, mas também pelo fim do regime excecional que permitia a cada utente ter dois testes gratuitos por mês nas farmácias ou laboratórios aderentes. “Na primeira semana de descomparticipação, a testagem nas farmácias diminuiu 60%, dos 25 mil, média diária, para dez mil” testes, revelou a Associação Nacional de Farmácias, acrescentando que “esta semana a procura aumentou para os 14 mil [testes] diários”.

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Hoje nas notícias: Linha SNS24, IP e cobradores de dívidas

  • ECO
  • 18 Maio 2022

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Até maio, a Linha SNS24 atendeu mais chamadas do que em todo o ano passado. No plano económico, o Conselho Geral de Supervisão da Infraestruturas de Portugal alerta para a necessidade de procurar uma compensação para os descontos nas portagens, enquanto a holding do Ministério da Defesa gastou quase 330 mil euros em advogados, consultores e móveis. Os cobradores de dívidas receberam 1,14 milhões de prémio.

Linha SNS24 atendeu mais chamadas até maio do que em todo o ano de 2021

Nos primeiros cinco meses deste ano, a Linha SNS24 atendeu mais chamadas do que em todo o ano passado. Trata-se de mais de 29 mil chamadas atendidas face ao valor registado em todo o ano de 2021, de acordo com os dados fornecidos pelos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde ao Público. Linha prescreveu 2,5 milhões de testes à Covid até maio, dos quais mais de 115 mil foram passados na semana passada.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado)

IP procura compensação por descontos nas portagens

O novo regime de descontos nas portagens teve um impacto na ordem dos 37 milhões de euros para a Infraestruturas de Portugal (IP), segundo o Conselho Geral de Supervisão (CGS) da empresa pública. Nesse sentido, a entidade alerta para a “necessidade de, em cumprimento do contrato de concessão estabelecido com o concedente Estado, ser promovido o reequilíbrio do mesmo”.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Holding do Ministério da Defesa gastou quase 330 mil euros em advogados, consultores e móveis

A holding do Ministério da Defesa, IdD – Portugal Defence, gastou 59.850 euros em aspetos jurídicos da sua restruturação e 260 mil numa consultora. A holding foi criada para promover as empresas e indústria nacional e renovada em 2020, mas desde então nenhum relatório e contas ou de atividades foi ainda publicado.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso pago)

Creches sem informação do Governo sobre acesso gratuito

A partir de 1 de setembro, as creches do sistema de cooperação e das amas do Instituto da Segurança Social serão gratuitas para as crianças de um ano de idade, sendo que a gratuitidade destas creches será feita de forma progressiva, até 2024. Contudo, o Governo ainda não esclareceu as regras a aplicar e as matrículas arrancam apesar das dúvidas dos encarregados de educação.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago)

Cobradores de dívidas recebem 1,14 milhões de prémio

Os 223 dirigentes e trabalhadores do Departamento de Gestão da Dívida (DGD) do Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social (IGFSS) tiveram direito a um prémio de desempenho com um total de 1,14 milhões de euros, tal como prevê a lei. Os cobradores de dívidas que estão sob a alçada do Ministério da Segurança Social, liderado por Ana Mendes Godinho, receberam 500 euros por mês, no caso dos dirigentes e técnicos superiores, e 340 euros por mês, no caso dos assistentes técnicos. A informação consta do relatório de Gestão do Fundo de Cobrança Executiva (FCE) da Segurança Social relativo a 2021.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago)

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Marcelo anuncia ida de Costa à Ucrânia esta semana

Finlândia e a Suécia já entregaram as suas candidaturas à NATO, apesar de a Turquia insistir que irá bloquear o processo. Costa confirma visita a Kiev.

O Presidente da República revelou hoje que António Costa vai visitar Kiev esta semana. Horas depois, na Roménia, o primeiro-ministro confirmou que iria rumar à capital ucraniana. “Quando? No dia em que lá chegar”, disse Costa, explicando que aproveitou a “proximidade das viagens à Roménia e Polónia para responder ao convite” que lhe foi dirigido pelo “colega ucraniano para visitar a Ucrânia”.

A Comissão Europeu apresentou esta quarta-feira o seu plano de 300 mil milhões de euros para pôr fim à dependência dos combustíveis fósseis russos. Ursula Von der Leyen anunciou a criação de uma plataforma para assegurar a compra conjunta de petróleo e gás, mas também a concessão de um empréstimo de curto prazo de nove mil milhões de euros para ajudar a Ucrânia enquanto dura a invasão russa. Depois o objetivo de Bruxelas é criar um instrumento financeiro que ajude à reconstrução do país.

Neste 84.º dia de guerra, prossegue a evacuação dos soldados entrincheirados no complexo siderúrgico de Azovstal e a Finlândia e a Suécia entregaram as suas candidaturas à NATO, apesar de a Turquia insistir que irá bloquear o processo.

Enquanto Moscovo entra numa “fase prolongada” do conflito, a Ucrânia começou a julgar os crimes de guerra. Um soldado russo de 21 anos começar a ser julgado esta quarta-feira em Kiev e confessou-se “culpado”, de acordo com os media internacionais.

 

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Petróleo recupera ligeiramente com China a reabrir

Na sessão anterior, a cotação do barril caiu cerca de 2% pelo que esta é uma sessão de recuperação.

O “ouro negro” está a valorizar ligeiramente no arranque da sessão desta quarta-feira. Os investidores têm esperança na recuperação da procura com origem na China numa altura em que o país alivia gradualmente as fortes restrições relacionadas com a Covid-19.

O Brent do Mar do Norte, que serve de referência para as importações portuguesas, sobe 0,8% para os 112,82 dólares.

Já o WTI (West Texas Intermediate) cotado em Nova Iorque valoriza 1,25% para os 113,8 dólares.

Na sessão anterior, a cotação do barril caiu cerca de 2% pelo que esta é uma sessão de recuperação.

Esta terça-feira a maior cidade da China, Xangai, atingiu três dias consecutivos sem casos de Covid-19 fora das zonas de quarentena pelo que as autoridades chinesas definiram planos para acabar com o confinamento que durou mais de seis semanas.

Além disso, a American Petroleum Institute deverá revelar esta quarta-feira que as reservas do crude norte-americano e de gasolina baixaram na semana passada, de acordo com as indicações dadas por fontes do mercado à Reuters.

Por outro lado, há pressão nos preços na sequência das notícias de que os Estados Unidos vão permitir à Chevron Corp que negoceie licenças de exploração de petróleo com a produtora nacional da Venezuela, levantando assim temporariamente a proibição que existia até então. A concretizar-se, esta notícia poderá levar a mais petróleo no mercado e, por isso, à queda da cotação.

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5 coisas que vão marcar o dia

  • Joana Abrantes Gomes
  • 18 Maio 2022

No mesmo dia em que se ficará a conhecer a taxa de inflação nos países da UE e da Zona Euro em abril, há resultados financeiros do 1.º trimestre de mais uma cotada do PSI e um duplo leilão de BT.

Sem sinal à vista do fim da guerra na Ucrânia, esta quarta-feira saem novos dados da inflação nos Estados-membros da União Europeia, desta vez relativos ao mês de abril. O Conselho de Finanças Públicas (CFP) publica o relatório sobre a Evolução Orçamental das Administrações Públicas no ano passado, enquanto o Banco de Portugal dá a conhecer os dados trimestrais da dívida externa líquida. A Sonae apresenta as contas de janeiro a março, num dia em que o IGCP realiza mais um leilão duplo de Bilhetes do Tesouro (BT).

Eurostat publica dados da inflação

O gabinete estatístico da União Europeia (UE) publica esta quarta-feira o Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) de abril. Em março, segundo o Eurostat, a taxa de inflação homóloga ultrapassou os 7% tanto na UE como na Zona Euro. Entre os Estados-membros, Portugal registou uma das taxas de inflação mais baixas, fixada em 5,5%.

Como evolui o orçamento das Administrações Públicas?

O Conselho de Finanças Públicas (CFP) divulga esta quarta-feira o relatório sobre a Evolução Orçamental das Administrações Públicas em 2021. No ano anterior, as Administrações Públicas regressaram a uma situação de défice orçamental (5,7% do PIB), após terem alcançado pela primeira vez um excedente anual em 2019 (0,1% do PIB), uma deterioração que se deveu em mais de metade ao impacto orçamental direto das medidas de resposta à crise pandémica (2,3% do PIB) e às medidas de apoio financeiro à TAP e à SATA (0,7% do PIB).

Sonae apresenta resultados do 1.º trimestre

Também esta quarta-feira, a empresa liderada por Cláudia Azevedo dá a conhecer os resultados financeiros relativos aos primeiros três do ano. A Sonae fechou 2021 com lucros de 268 milhões de anos, o valor mais elevado dos últimos oito anos e que representa um crescimento de 45,6% face ao ano anterior. O volume de negócios consolidado subiu 5,3% e atingiu um valor recorde, ultrapassando os sete mil milhões de euros.

IGCP realiza dois leilões de BT para arrecadar até 1.750 milhões

A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) realiza, pelas 10h30, dois leilões de Bilhetes do Tesouro (BT), com maturidades em 18 de novembro de 2022 (seis meses) e 19 de maio de 2023 (12 meses) e um montante indicativo global entre 1.500 milhões e 1.750 milhões de euros. Na semana passada, Portugal colocou 750 milhões de euros em Obrigações do Tesouro a cerca de oito anos.

BdP divulga dívida externa líquida

O Banco de Portugal publica esta quarta-feira os dados da posição de investimento internacional (PII) referentes ao primeiro trimestre deste ano, um indicador que permite apurar a dívida externa. A PII de Portugal tornou-se menos negativa no último mês de 2021, com o saldo entre os ativos financeiros sobre o exterior detidos por residentes e os passivos emitidos por residentes e detidos pelo resto do mundo a passar de -104,8% do PIB (-209,7 mil milhões de euros) no final de 2020 para -95,8% do PIB (-202,6 mil milhões de euros) no final de dezembro de 2021. A dívida externa líquida portuguesa reduziu para 80,7% no final de 2021, o valor mais baixo desde o terceiro trimestre de 2009.

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Startup portuguesa Delox levanta mais 750.000 euros

A ronda contou com o apoio dos dois investidores existentes, Bionova Capital e Caixa Capital, além de dois novos investidores, a Kiilto Ventures da Finlândia e um business angel português.

A startup portuguesa Delox levantou numa nova ronda de investimento no valor de 750.000 euros, elevando o total de capital angariado para mais de 1,3 milhões de euros. A ronda contou com o apoio dos dois investidores existentes, Bionova Capital e Caixa Capital, além de dois novos investidores, a Kiilto Ventures da Finlândia e um business angel português.

“Estamos a lançar este novo produto para responder a uma necessidade do mercado por um sistema eficaz e económico para bio-descontaminação de equipamentos de laboratório. Realizámos vários estudos piloto nos EUA e na Europa, tendo a eficácia e ajustamento do nosso produto às necessidades do mercado sido confirmada. Este novo financiamento também vai permitir-nos certificar este produto e desenvolver produtos adicionais para clientes na indústria hospitalar e farmacêutica”, afirma Fadhil Musa, CEO da Delox, em comunicado.

A Bionova Capital fez o investimento pre-seed inicial que permitiu à Delox — spin-off da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa que desenvolveu um novo sistema de bio-descontaminação capaz de eliminar 99,9999% de todos os microrganismos das superfícies de equipamentos de laboratório e espaços de trabalho, incluindo bactérias e vírus — estabelecer-se, em 2018.

“Quando primeiro reunimos com os fundadores, eles estavam à procura do primeiro financiamento para poderem estabelecer a empresa. Desde então, temos trabalhado em estreita colaboração para os ajudar a trazer a sua tecnologia inovadora até ao mercado. Estamos, por isso, muito satisfeitos por testemunhar o lançamento deste produto inovador no mercado global”, confessa Peter Villax, chairman da Bionova Capital.

“A Delox é outro bom exemplo do nosso papel na criação de startups de saúde por toda a Europa. A Bionova Capital ajudou no desenvolvimento deste complexo produto, que combina química com engenharia, assim como no recrutamento do chairman e do conselho consultivo da empresa”, acrescenta Ricardo Perdigão Henriques, CEO da Bionova Capital.

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Efapel “raciona” material elétrico para contornar falhas de abastecimento

Plásticos, metais e eletrónica mais caros e raros obrigam fabricante da Lousã a restringir gestão de stocks no mercado. Crescimento do setor da construção valeu recorde de vendas em 2021.

A dificuldade no acesso e o consequente aumento de preços nos plásticos, nos metais e na eletrónica a nível mundial estão a obrigar a Efapel a “racionar algumas entregas” com o objetivo de tentar “contornar” falhas no abastecimento de materiais elétricos ao mercado, como interruptores, domótica, quadros elétricos ou calhas técnicas.

“A escassez resolve-se com mais stock e pagando o preço que nos exigem”, desabafa ao ECO o presidente da empresa de Serpins, no concelho da Lousã, onde emprega cerca de 450 pessoas. Américo Duarte aponta a escassez e o custo das matérias-primas como “um problema maior”, calculando subidas médias de 25% em 2021.

Ainda assim, o empresário que detém 67% do capital garante que a Efapel está a “[evitar] refletir no preço a totalidade dos incrementos” nesses custos — cujo valor decorre do mix do preço de entrada da mercadoria com o das existências nesse momento –, assegurando que durante o ano de 2022 apenas aumentou os preços em abril, na ordem dos 3%.

A escassez e o consequente aumento de preços das matérias-primas são um problema maior que procuramos contornar, evitando refletir no preço a totalidade dos incrementos dos preços.

Américo Duarte

Presidente da Efapel

Por outro lado, a subida dos custos da energia “não é um grande problema” para a maior fabricante nacional de aparelhagem elétrica de baixa tensão, que exporta cerca de 30% da produção para mais de 50 países na Europa, África, Médio Oriente e América Latina, e que conta com subsidiárias em Espanha e França. É que, ressalva Américo Duarte, a fatura energética “cifra-se em aproximadamente 1% dos custos totais”.

Construção vale recorde de vendas

Apesar dos atuais entraves na cadeia de abastecimento e a nível logístico, a Efapel logrou registar no ano passado um volume de negócios de 53,5 milhões de euros, ficando 22% acima do período homólogo e melhorando 28% na comparação com 2019, antes da pandemia. É o valor mais elevado de sempre para a companhia fundada em 1978, que “tentou manter a sua agilidade nas constantes adaptações ao mercado, com investimentos em inovação e na constante qualificação e competência dos seus ativos”.

Américo Duarte, presidente da Efapel

“Apesar da forte contração da economia devido às restrições da Covid-19, a trajetória de crescimento do setor da construção foi significativamente positiva no ano de 2021. Não obstante, a evolução do setor industrial em Portugal também tem sido crescente e contribui para o crescimento de alguns setores de atividade, como o da Efapel”, justifica Américo Duarte.

Num ano em que investiu 2,4 milhões no desenvolvimento de uma nova linha de embutir com o objetivo de exportar para mercados latino-americanos, como Chile, Colômbia, Perú e México, a Efapel concretizou ainda o plano de expansão da capacidade produtiva e de armazenamento na Lousã, avaliado em 5,1 milhões de euros. Duplicou a área do atual edifício 2 da fábrica, que passou a ter 18 mil metros quadrados.

Já no âmbito da “política de captação de novos quadros e de ligação ao meio envolvente”, a empresa industrial destaca a assinatura de protocolos de parceria com o Instituto Superior de Engenharia de Coimbra (ISEC), com a Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra (FEUC) e com a APEU-FEUC – Associação Para a Extensão Universitária, “com vista a desenvolver uma cultura de cooperação, aberta à partilha de conhecimento e aprendizagem num contexto empresarial”.

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Estado pode ficar com 0,3% do Haitong no final do próximo mês

Estado pode entrar no capital de mais um banco a partir do final do próximo mês. Haitong tem de pagar 3,4 milhões para comprar mais de 500 mil direitos de conversão de créditos fiscais em ações.

O Estado pode assegurar uma participação de 0,31% no capital do Haitong Bank, o antigo banco de investimento do BES, já a partir do final do próximo mês, de acordo com as informações recolhidas pelo ECO junto de fonte oficial do banco.

Em causa está a conversão de mais de 500 mil direitos relativos a ativos por impostos diferidos (DTA) registados pelo Haitong em 2015 a favor do Estado em ações do banco e cujo período de exercício de aquisição potestativa por parte da instituição financeira decorrerá a partir de 6 de junho e até final do mês.

Naquele ano, a Autoridade Tributária aprovou créditos tributários de 3,08 milhões de euros, o que implicou que o Haitong tivesse de constituir uma reserva especial no valor de 3,39 milhões de euros junto do Banco de Portugal — montante que corresponde ao valor do DTA com uma majoração de 10%. Estes créditos tributários estão agora a expirar.

Este montante pode vir a aumentar, pois o banco mantém uma disputa com o fisco em relação ao reconhecimento do valor remanescente (de cerca de dois milhões de euros) em sede de procedimento tributário. Pode o “valor dos direitos potestativos de aquisição de direitos de conversão ser incrementado no futuro em caso de procedência do peticionado pelo Haitong Bank”, adianta o banco no aviso publicado.

Foi por via de um processo semelhante que o Estado, através da Direção-Geral do Tesouro e Finanças (DGTF), também passou a deter uma participação direta de cerca de 1,6% no Novobanco no final do ano passado, “comendo” parte da participação que era de 25% do Fundo de Resolução.

No caso do Haitong, está em cima da mesa a possibilidade de o Estado vir a assumir uma posição de 0,31% no capital da instituição correspondentes aos 526.061 direitos de conversão que expiram este ano. Fonte oficial do banco diz ao ECO que ainda não existe uma decisão na medida em que o tema ainda está a ser analisado pelo acionista chinês.

O ex-BESI foi comprado em 2015 pelos chineses do Haitong, por 380 milhões de euros, já depois da medida de resolução aplicada ao BES, em agosto de 2014.

Se o Haitong não exercer a opção de aquisição dos direitos dentro deste período, eles passam em definitivo para a mão do Estado e serão posteriormente convertidos em ações do banco, momento a partir do qual passa a ser acionista da instituição.

Por outro lado, se o Haitong exercer o direito de aquisição para se manter como acionista único do banco — a lei determina que os acionistas têm o direito potestativo de adquirir os direitos em períodos definidos –, terá de pagar cerca de 3,39 milhões euros ao Estado. Cada direito tem o preço de 6,44 euros. O aviso publicado pelo banco com as condições do exercício indica que “o preço global de exercício deverá ser pago a pronto pelo acionista no momento do respetivo exercício”.

De acordo com a Autoridade Tributária, o banco avançou com pedidos de reconhecimento de DTA de 22,8 milhões, 10,1 milhões e 250 mil euros em 2016, 2017 e 2018, tendo sido certificados pelo Fisco apenas 12 milhões dos DTA pedidos em 2016.

Para tal, o Haitong terá de manifestar a sua vontade, por escrito, mediante o preenchimento e assinatura da “Declaração de exercício do direito potestativo de aquisição dos direitos de conversão concedidos ao abrigo do REAID”.

O banco fechou 2021 com lucros de 3,6 milhões de euros, uma subida em relação ao resultado de 1,6 milhões em 2020.

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Primeiros concursos para empresas do PT2030 devem abrir em junho

"As empresas já sabem que as áreas prioritárias são descarbonização, eficiência energética, digitalização, apoio às economias e cadeias de valor locais e ao turismo", diz a ministra da Coesão.

O Governo espera que a Comissão Europeia dê luz verde ao Acordo de Parceria do Portugal 2030, o próximo quadro comunitário de apoio, até final de junho e só depois desse passo será possível submeter formalmente a Bruxelas os diferentes Programas Operacionais (PO). No entanto, a ministra da Coesão, que tem a tutela dos Programas Operacionais Regionais, gostaria de lançar os primeiros concursos para empresas em junho, antes mesmo de os PO estarem aprovados.

“Gostaria muito, antes da aprovação dos Programas Operacionais Regionais, de abrir avisos para as empresas, para registo de auxílios de Estado”, avançou em entrevista ao ECO, Ana Abrunhosa. “No fundo, onde as empresas manifestam o seu interesse em investir”, acrescentou.

Gostaria muito, antes da aprovação dos Programas Operacionais Regionais, de abrir avisos para as empresas, para registo de auxílios de Estado.

Ana Abrunhosa

Ministra da Coesão Territorial

Este passo permitirá “às empresas iniciar os investimentos sem perder elegibilidade da despesa que entretanto façam até abrirmos o aviso de concurso propriamente dito”, explicou a ministra da Coesão. Esta é uma uma prática comum no âmbito dos quadros comunitários de apoio. Aliás, no Portugal 2020, o quadro em vigor e cuja execução terá de ser concluída até 2023, um dos primeiros concursos foi lançado em novembro de 2014 e visava a pré-qualificação dos projetos de Desenvolvimento Local de Base Comunitária”.

“Muito realisticamente diria que é razoável falar no segundo semestre” para o arranque dos primeiros concursos do PT2030, que tem uma dotação de 23 mil milhões de euros, diz Ana Abrunhosa. “Seguimos uma metodologia diferente, mas inteligente: andamos a negociar o Acordo Parceria e todos os programas [operacionais]. O Acordo de Parceria é o chapéu e assim que o fecharmos há uma parte significativa dos Programas Operacionais Regionais que já está validada. Como andamos a par e passo, apesar de só submetermos formalmente em junho, acredito que depois do verão teremos concursos”, explicou.

Questionada sobre quando seria possível abrir os primeiros concursos para as empresas, a ministra da Coesão disse: “Gostava que fosse em junho”.

Ana Abrunhosa, Ministra da Coesão Territorial, em entrevista ao ECO - 13MAI22
Ana Abrunhosa, Ministra da Coesão Territorial, em entrevista ao ECOLuís Francisco Ribeiro/ECO

“Teremos de ser muito seletivos mesmo na realização dos próprios avisos e, por isso, esses avisos que façamos de auxílios de Estado são muito importantes para as empresas começarem a preparar as suas candidaturas”, detalhou Ana Abrunhosa, Ministra da Coesão Territorial, em entrevista ao ECO. “As empresas já sabem que, em princípio, as áreas prioritárias são a descarbonização, a eficiência energética, a digitalização, apoio às economias locais, às cadeias de valor locais ao turismo, tudo o que sejam projetos inovadores. Teremos de ser muito seletivos mesmo na realização dos próprios avisos e, por isso, esses avisos que façamos de auxílios de Estado são muito importantes para as empresas começarem a preparar as suas candidaturas”, detalhou.

O Portugal 2030 mantém sete programas operacionais regionais, mas os programas temáticos são reduzidos a três: Demografia, Qualificações e Inclusão, que substitui os atuais Programa Operacional Capital Humano (POCH) e Programa Operacional Inclusão Social e Emprego (PO ISE); Inovação e Transição Digital, que corresponde ao atual Compete, mais conhecido com o programa operacional das empresas (embora estas também sejam financiadas através dos Programas Operacionais Regionais); e Transição Climática e Sustentabilidade dos Recursos, que surge em ligar do atual Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso dos Recursos (POSEUR).

A demografia e a inclusão, seguida da inovação e da transição digital, são os dois programas operacionais (PO) que mais verbas vão receber do Portugal 2030, com 5,6 mil milhões e 3,9 mil milhões de euros, respetivamente. Para as empresas, Nelson Souza, o então ministro do Planeamento, tinha anunciado um reforço da dotação para seis mil milhões de euros.

Portugal submeteu dois drafts informais à Comissão Europeia do Acordo de Parceria, sendo que o segundo já incorporava os 242 documentos, que se desdobraram em 1.428 questionários, recebidos no âmbito da consulta pública ao documento que decorreu nos últimos 15 dias de novembro do ano passado. A Comissão foi pedindo vários esclarecimentos e as autoridades nacionais limando o documento para que, quando for entregue formalmente, já não precisar de grandes acertos. A versão formal foi entregue nos primeiros dias de março, após aprovação em Conselho de Ministros.

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Investir na formação dos trabalhadores garante, pelo menos, ganhos de 5% na produtividade

Apesar de metade das empresas valorizar a formação, esta vantagem não se traduz ainda numa aposta generalizada por parte das empresas nacionais. O motivo? Falta de tempo e custos inerentes.

Apesar de metade das organizações valorizar a formação, esta vantagem não se traduz ainda numa aposta generalizada por parte das empresas portuguesas. O motivo? Falta de tempo, custos inerentes, falta de oferta formativa adequada, dificuldade em avaliar as necessidades de formação, receio de perder o trabalhador e o facto de os contratos de curto prazo não promoverem a formação. O risco pode valer a pena e resultar em, pelo menos, 5% de ganhos de produtividade, revela a Fundação José Neves (FJN), que acaba de lançar o “Guia para empresas: como apostar na formação dos trabalhadores?”.

“As empresas têm um papel fundamental na criação de mecanismos para apoiar a formação e promover formação em contexto de trabalho. Mas a verdade é que, menos de 20% das empresas promove a formação dos seus trabalhadores”, começa por dizer Carlos Oliveira, presidente executivo da Fundação José Neves.

“Este guia de leitura rápida e objetiva revela os obstáculos existentes, demonstra os ganhos da formação ao nível da produtividade, performance e rentabilidade da empresa, e ajuda empresários, gestores e as empresas a identificarem as necessidades que podem fazer a diferença para melhorar as suas organizações e para incutirem estratégias, planeamento e uma cultura aberta à aprendizagem”, detalha, em comunicado.

Falta de tempo (46% em Portugal contra 29% na média da União Europeia) e custos inerentes (40,5% em Portugal contra 31,7% na UE) são as principais razões apontadas pelas empresas para não haver uma maior aposta na formação, apesar dos potencias ganhos de produtividade.

Mas não só. O documento da Fundação José Neves mostra que outros benefícios passam pelo “aumento do número de trabalhadores e do valor acrescentado bruto nas respetivas empresas”. O aumento da formação dos trabalhadores promove ainda ganhos de competitividade, melhores salários e, inclusive, a retenção dos trabalhadores, ao reforçar o seu sentimento de satisfação e orgulho na empresa.

Já do lado dos trabalhadores, ao adquirirem novas competências indispensáveis para a sua progressão profissional, as vantagens são evidentes. “Outros dados mostram que metade das empresas portuguesas valorizam a formação – um valor superior à média da UE (35%) –, mas que menos de 20% a promove efetivamente”, revela a FJN.

No que toca à dimensão da empresa, é possível concluir que quanto maior a dimensão da empresa, maior é a aposta na formação. Nas empresas com 500 trabalhadores ou mais, nove em cada dez organizações apostam na formação contínua. Simultaneamente, apenas 11% das empresas até dez trabalhadores o fazem.

A falta de apoio por parte da entidade empregadora (28%) é um dos principais obstáculos revelados por praticamente metade dos adultos portugueses que gostaria de apostar (ou de apostar mais) na sua educação e formação, antecedido pela falta de tempo (59%), custos financeiros (39%) e motivos familiares (32%).

Recomendações

Este é o cenário apresentado no estudo da Fundação José Neves, que faz um retrato da situação portuguesa e deixa algumas recomendações e práticas inspiradoras para que as empresas e os gestores contornem estes obstáculos.

Estas são as oito as recomendações que o guia identifica como forma de ajudar as empresas:

  • Promover uma cultura aberta à aprendizagem na empresa;
  • Ver a formação como um investimento na empresa;
  • Não recear investir nos trabalhadores apesar dos riscos inerentes;
  • Planear e organizar a empresa a pensar no valor da formação;
  • Avaliar com regularidade: as boas opções nascem de bons diagnósticos;
  • Não bloquear perante os obstáculos: há sempre soluções e apoios;
  • Estudar bem as opções à disposição;
  • Não acreditar em soluções únicas e universais.

O “Guia para empresas: como apostar na formação dos trabalhadores?” pode ser consultado na íntegra através deste link.

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Franceses carregam 150 milhões de investimento na portuguesa Power Dot

Injeção de capital permite à empresa, que opera postos de carregamento para carros elétricos, apostar em fusões e acelerar crescimento da equipa para 100 funcionários em seis mercados europeus.

A bateria financeira da Power Dot recebeu um carregamento de 150 milhões de euros. A empresa portuguesa que opera postos de carregamento para carros elétricos foi investida pelo fundo francês de investimento em infraestruturas Antin, segundo o anúncio feito nesta quarta-feira. A injeção de capital vai servir para acelerar o crescimento da equipa e abrir porta a possíveis aquisições.

“Com um crescimento tão acentuado, sentimos necessidade de trazer um parceiro adicional, que vai ajudar-nos a crescer e a chegar aos nossos objetivos”, destaca, em entrevista ao ECO, o co-fundador e presidente executivo da Power Dot, Luís Santiago Pinto.

Para já, a operadora portuguesa mantém os objetivos de crescimento: ter a funcionar 14 mil pontos [tomadas] de carregamento até 2025 e atingir os 27 500 pontos até 2030 em Portugal, Espanha, França, Luxemburgo, Bélgica e Polónia. Está afastada, para já, a hipótese de instalar carregadores em novos mercados.

Atualmente, a empresa opera ou está prestes a instalar um total de 3.900 tomadas: 2.300 em França, Bélgica e Luxemburgo; 1.300 na Polónia; 1.100 em Portugal (com 770 pontos já a funcionar); e ainda 300 em Espanha.

Co-fundadores da Power Dot: Luís Santiago Pinto (de pé) e José Sacadura)DR

Assumindo que os números podem ser “demasiado conservadores”, a Power Dot admite que pode vir a comprar algumas empresas concorrentes. “Estamos atentos a oportunidades que possam aparecer no mercado. Trabalhar com um fundo como a Antin permite-nos ir atrás de oportunidades de aquisição e de fusão. Estamos numa posição em que esse crescimento passa a ser possível”, antecipa Luís Santiago Pinto.

Atualmente com perto de 50 funcionários diretos (e centenas indiretos), a equipa da Power Dot vai duplicar para 100 elementos nos próximos anos nos seis países onde está presente.

Ganhos repartidos

Fundada em dezembro de 2018, a Power Dot contou desde o início com a família Arié entre os investidores. Os carregadores são colocados “nos sítios para onde as pessoas vão e param o seu carro“, como centros comerciais, supermercados, ginásios e parques de estacionamento.

A Power Dot não cobra qualquer verba pela instalação dos carregadores, trata da respetiva certificação, instalação e gestão e ainda dá uma parte das receitas às empresas com que faz parceria. Em Portugal, a empresa está presente em 150 dos 308 municípios.

Estamos atentos a oportunidades que possam aparecer no mercado. Trabalhar com um fundo como a Antin permite-nos ir atrás de oportunidades de aquisição e de fusão. Estamos numa posição em que esse crescimento passa a ser possível

Luís Santiago Pinto

Co-fundador e presidente executivo da Power Dot

Atualmente, mais de 80% dos carregadores da gestora são rápidos ou ultra-rápidos, permitindo carregamentos com potência mínima de 50 kW.

A empresa também tem seis hubs de carregamento rápido para motoristas que trabalhem para a Uber em Portugal. Esta opção está igualmente disponível em França. Menos conhecida é a opção de fornecimento de pontos de carga para edifícios de escritórios.

Crescimento sem ameaça

Com os elétricos e híbridos plug-in a valerem 18% das vendas de carros novos até abril, a Power Dot assinala que o parque de carregadores “tem de aumentar” para responder à cada vez maior procura dos consumidores por opções alternativas à gasolina e ao gasóleo.

Apesar da subida dos preços, a empresa não tem tido problemas com as encomendas dos carregadores. “Tratámos desse processo com bastante antecedência. Os impactos que temos sentido ao nível da inflação são reduzidos.”

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