Empresas já criaram mais de 3 mil empregos “sustentáveis” com apoio do Estado

Já foram aprovadas quase 2.900 candidaturas à medida Compromisso Emprego Sustentável, que correspondem à criação de 3.077 empregos e valerem até agora esforço financeiro de 24,3 milhões de euros.

Um total de 2.876 candidaturas à medida Compromisso Emprego Sustentável, que apoia a contratação permanente de desempregados, já receberam “luz verde”, o que corresponde à criação de 3.077 postos de trabalho, segundo avançou o secretário de Estado do Trabalho. Estes números representam um esforço financeiro de 24,3 milhões de euros, até ao momento.

A medida entrou em vigor em março e o IEFP já recebeu 5.545 candidaturas, “o que mostra quão bem calibrada está a medida e como vai ao encontro das necessidades do mercado de trabalho e das entidades empregadoras”, salientou Miguel Fontes, durante a audição que era para ser à ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, mas à qual a governante não compareceu depois de testar positivo à Covid-19.

A meta para o Compromisso Emprego Sustentável, que está inscrita no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e tem uma dotação orçamental de 230 milhões de euros, é “conseguir ter 30 mil contratos apoiados até ao final deste programa“, recordou Miguel Fontes. O horizonte estende-se até ao final do ano de 2023.

Esta medida dá à entidade empregadora um apoio financeiro à contratação sem termo de desempregados inscritos no IEFP, conjugado com um apoio financeiro ao pagamento de contribuições para a segurança social, no primeiro ano de vigência dos contratos de trabalho apoiados. O apoio financeiro corresponde ao valor de 12 Indexantes de Apoios Sociais (5.318,4 euros). No entanto, estão contempladas situações em que o valor pode ser majorado, podendo chegar a um máximo de 11.434,56 euros.

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Bruxelas apela a maior isolamento da Rússia e dá mais 500 milhões a Kiev

  • Lusa
  • 13 Maio 2022

Josep Borrell apela ao aumento da pressão sobre a Rússia e anuncia mais 500 milhões de euros em ajuda militar à Ucrânia, nomeadamente veículos blindados, tanques, artilharia pesada e munições.

O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, apelou esta sexta-feira, na Alemanha, ao aumento da pressão sobre a Rússia e do isolamento internacional deste país, anunciando mais 500 milhões de euros de ajuda militar à Ucrânia.

Em declarações à entrada da reunião do grupo do G7 (as sete maiores economias mundiais), Borrell afirmou esperar que do encontro saia “mais pressão sobre a Rússia, com sanções económicas, uma continuação do trabalho de isolamento internacional da Rússia, contrariando a desinformação sobre as consequências da guerra – sobre os preços da energia e dos alimentos em todo o mundo – e a apresentação de uma frente unida para continuar a apoiar a Ucrânia”.

Do lado da União Europeia (UE), Borrel salientou que chega a esta reunião do G7, ao nível dos ministros dos Negócios Estrangeiros, com o anúncio de “uma nova quantia de 500 milhões de euros para ajuda militar”, de um total “de cerca de dois milhões” já disponibilizados pelo bloco comunitário à Ucrânia.

O Alto Representante da UE para a Política Externa afirmou ainda que estes 500 milhões de euros “serão atribuídos para armas pesadas”. “Atualmente, estamos a fornecer veículos blindados, tanques, artilharia pesada e munições”, acrescentou, sublinhando esperar que o G7 concorde também em aumentar o apoio militar à Ucrânia.

Os ministros dos Negócios Estrangeiros do G7 iniciaram, na quinta-feira, uma reunião de três dias em Schloss Weissenhaus, na costa do Mar Báltico, na Alemanha, país que ocupa atualmente a presidência anual rotativa do grupo.

Além da Alemanha, o G7 integra Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido, com a UE a participar também nas reuniões do grupo.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de três mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior. A ofensiva militar causou a fuga de mais de 13 milhões de pessoas, das quais mais de 6 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

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Quartos de hotel em Portugal já estão mais caros do que antes da pandemia

Março contou com 1,6 milhões de hóspedes, um número acima do registado no período homólogo. Preço médio por quarto foi de 74,3 euros, superando os números de 2019.

Os alojamentos turísticos nacionais receberam 1,6 milhões de hóspedes em março, o que representa um aumento de 464% face ao mesmo mês de 2021, mas ainda abaixo dos números de 2019, indicam os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE). Apesar disso, o preço médio por quarto ocupado superou o registado no período pré-pandemia — 74,3 euros em março de 2021.

No terceiro mês do ano, os alojamentos turísticos nacionais receberam 1,6 milhões de hóspedes, num total de quatro milhões de dormidas. Estes números representam disparos homólogos de 464% e 523,5%, respetivamente. Mas, apesar de evidenciarem uma recuperação face ao ano passado, continuam abaixo dos níveis de 2019. Comparando com março desse ano, o número de hóspedes caiu 15,3% e o número de dormidas desceu 12,7%.

Numa análise mais fina, o mercado interno contribuiu com 1,3 milhões de dormidas, enquanto as dormidas dos hóspedes internacionais totalizaram 2,7 milhões. No mercado internacional, os britânicos dominaram em número de hóspedes, seguindo-se os alemães e os franceses.

No que toca às localizações mais procuradas, a Área Metropolitana de Lisboa concentrou 30,1% das dormidas em março, seguida do Algarve (21,8%), Norte (16,7%) e da Madeira (14,2%), refere o INE. Comparando com março de 2019, todas a regiões apresentaram diminuição do número de dormidas, com realce para a evolução no Algarve (-18,8%) e Lisboa (-16,2%), diz o INE.

Em março, a estada média nos estabelecimentos de alojamento turístico (2,55 noites) aumentou 14%. A estada média dos residentes (1,81 noites) decresceu 5,8% e a dos não residentes (3,17 noites) diminuiu 16,4%.

A taxa líquida de ocupação-cama nos estabelecimentos de alojamento turístico (33,4%) aumentou 23,3 pontos percetuais, diz o INE. Em março, os proveitos do setor atingiram 233,9 milhões de euros, no total e 168,8 milhões de euros relativamente a aposento. Comparando com março de 2019, os
proveitos totais e os relativos a aposento decresceram 5,8%.

Por sua vez, no conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) situou-se em 31,3 euros em março, tendo aumentado 324,3% (+318,9% em fevereiro). Face a março de 2019 (33,7 euros), o RevPAR diminuiu 7,4%. Os valores de RevPAR mais elevados foram registados na AM Lisboa (50,2 euros) e RA Madeira (45,7 euros).

(Notícia atualizada às 11h27 com mais informação)

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Inetum Espanha faturou 673 milhões de euros em 2021

  • Servimedia
  • 13 Maio 2022

A Inetum Espanha, uma empresa de Tecnologias de Informação, atingiu os 673 milhões de euros de faturação em 2021. O valor revela um crescimento de 2% comparativamente ao ano anterior.

A empresa Inetum Espanha, dedicada às Tecnologias de Informação (TI) faturou 673 milhões em 2021, mais 2% do que no ano anterior, quando registou um total de 659 milhões, noticia a Servimedia.

Carlos Muñoz, diretor geral do Inetum Iberia e Latam, justificou este crescimento com “o processo de consolidação das empresas ligadas à integração do IECISA”, que lhes permitiu “atingir 673 milhões e 133 milhões em Espanha e na América Latina, respetivamente, em 2021”.

Ainda assim, o executivo quer alcançar melhores resultados durante este ano, já que revelou que espera que “estas geografias atinjam um crescimento pró-forma de mais de 7% durante o ano de 2022”.

A empresa, que reforçou as suas capacidades operacionais internacionais e a sua oferta comercial e especialização nas áreas de Cloud, Data e Cybersecurity, tem atualmente um volume de negócios de 2219 milhões de euros (o que representa um aumento de 16% nas receitas e um crescimento orgânico de 4,9%) e está presente em 26 países.

A sua margem operacional foi de 7,4%, o que corresponde a uma melhoria de 110 pontos (6,3% em 2020). Quase 60% das suas receitas são geradas internacionalmente, de acordo com o desenvolvimento e as atividades do grupo.

Desempenho e crescimento

“2021 ilustra o novo capítulo que se abriu para a Inetum. Conseguimos prosseguir as ambiciosas decisões estratégicas tomadas em 2020, transformando o grupo numa referência internacional através de grandes aquisições, o que nos permitiu consolidar o nosso posicionamento em áreas estratégicas que são fundamentais para o nosso crescimento futuro”, afirmou Vincent Rouaix, presidente e CEO da Inetum.

A conclusão da integração do IECISA, em 2021, acentuou a presença do grupo nos mercados ibérico e latino-americano e, com esta nova dimensão, a Inetum realizou três novas integrações de especialistas na sua área -a Ilex International, líder francês no IAM (Identity and Access Management), a HLi Consulting, integrador da solução CRM Dynamics em África, e a Projixi Europe para reforçar a perícia do grupo num contexto de consolidação do mercado.

Este impulso e ambição vão continuar em 2022 com a aquisição da EditInfo-IT em Marrocos, especialista na integração de software de gestão para empresas de média dimensão, e da JCommerce na Polónia, especialista digital ao serviço de uma clientela de grandes contas locais e internacionais.

“O Conselho de Administração da Mannai Corporation QPSC aprovou o início de negociações exclusivas com um grupo de investidores, liderado pela Bain Capital Private Equity, com vista a vender toda a sua participação na Inetum S.A. Com este novo parceiro, vemos um forte potencial para acelerar ainda mais o crescimento e as capacidades da Inetum em todas as atividades e geografias em que operamos”, revelou Rouaix.

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Produção industrial recua em março na Zona Euro e avança na UE

  • Lusa
  • 13 Maio 2022

Produção industrial recua em março 0,8% na Zona Euro e avança 0,7% na UE em termos homólogos. Em Portugal, este indicador subiu 4,4% face ao mês anterior de fevereiro.

A produção industrial em março recuou 0,8% na Zona Euro, mas avançou 0,7% na União Europeia (UE), face ao mesmo mês de 2021, segundo dados divulgados esta sexta-feira pelo Eurostat.

Na comparação com fevereiro, a produção industrial diminuiu 1,8% na Zona Euro e 1,2% na UE.

De acordo com o gabinete estatístico europeu, os maiores recuos homólogos registaram-se na Eslováquia (-7,3%), na Irlanda (-5,5%) e na Alemanha (-4,1%) e os principais avanços na Lituânia (25,9%), Bulgária (19,1%) e Polónia (17,4%).

Já na variação em cadeia, a Eslováquia (-5,3%), a Alemanha (-5%) e o Luxemburgo (-3,9%) apresentaram as maiores descidas, enquanto na Lituânia (11,3%), Estónia (5,1%), Bulgária e Grécia (5% cada) se observaram os maiores aumentos.

Em Portugal, a produção industrial subiu, em março, 0,1% face ao mês homólogo e 4,4% na comparação com fevereiro.

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Walk Talks. A importância de parar e descansar antes do corpo pedir

  • Trabalho
  • 13 Maio 2022

João Perre Viana e Nuno Santos Fernandes, partners e mentores da Walking Mentorship, falam-nos da importância de parar, e antes de o corpo pedir.

Parar para descansar ajuda-nos a recuperar e a estar nas melhores condições para voltar à atividade do dia a dia. E, apesar de isto ser válido para todos os profissionais, independentemente das funções e responsabilidades que assumam, é nas lideranças que se torna mais importante e indispensável.

“Tudo aquilo que o líder transmite acaba por passar para as pessoas que estão à sua volta. Se essa liderança está demasiado pressionada, provavelmente a equipa vai ser um espelho disso mesmo”, considera João Perre Viana, partner e mentor da Walking Mentorship.

E essas paragens devem ser feitas ainda antes de o corpo pedir, alertam João Perre Viana e Nuno Santos Fernandes, partners e mentores da Walking Mentorship, que esta semana nos acompanham numa nova caminhada de reflexão.

Uma conversa, enquanto se caminha, que se repete todas as semanas aqui na Pessoas. Bem-vindos à Walk Talks.

https://videos.sapo.pt/erghF739pP2vJTFoA57y

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Centeno também já vê os juros do BCE a subirem no verão

Governador português também já admite subida dos juros do BCE em julho, mas diz que é mais importante saber a "magnitude" do aperto monetário. Alerta que reação agressiva poderá provocar recessão.

O governador do Banco de Portugal também já admite que as taxas de juro do Banco Central Europeu (BCE) vão começar a subir este verão. Mas, para Mário Centeno, mais importante do que o timing de subida dos juros, é saber a “duração e magnitude” do novo ciclo de política monetária na Zona Euro, alertando que uma subidas agressivas das taxas poderão provocar uma recessão numa economia ainda a recuperar da crise pandémica.

“O programa de compras que já antecedia a pandemia deverá terminar nas primeiras semanas do terceiro trimestre deste ano. E algum pouco tempo depois o BCE deverá iniciar um ciclo de subidas das taxas de juro. Neste momento, antecipa-se que isso possa acontecer nas primeiras semanas do terceiro trimestre”, afirmou o também membro do conselho de governadores do BCE no Fórum Banca, organizado pelo Jornal Económico, em Lisboa.

As declarações do governador português surgem dias depois de a presidente do BCE, Christine Lagarde, também ter sinalizado que o BCE vai começar a subir os juros no verão, antecipando-se, por isso, que essa decisão venha a ser anunciada na reunião do banco central que vai acontecer no dia 21 de julho.

Mas Centeno considera que o debate mais importante agora nem é saber quando se iniciará o novo ciclo de aperto das condições financeiras. “É importante entender qual vai ser o processo da trajetória de subida das taxas nos vai trazer quer na sua duração e na sua magnitude”, explicou o ex-ministro das Finanças.

Segundo o governador do Banco de Portugal, “uma reação demasiado forte, através de um aumento rápido e acentuado das taxas de juros, pode ter efeitos desestabilizadores ou desencadear uma recessão quando a economia mal recuperou da crise da pandemia”. Por isso recomenda “paciência e gradualismo” na resposta do BCE aos choques que a Zona Euro enfrenta.

Centeno disse ainda que a inflação deverá permanecer elevada ao longo deste ano, mas assegura que “não há razões estruturais para que não convirja para o objetivo de médio prazo [objetivo de 2%] à medida que os desequilíbrios sejam de forma gradual resolvidos e a incerteza dissipada”.

Há, ainda assim, riscos de uma eventual desancoragem das expectativas da inflação e os efeitos de segunda ordem nas pressões salariais, que exigem a monitorização atenta dos bancos centrais, sublinhou Centeno.

A inflação na Zona Euro superou os 7% em abril, acima do objetivo simétrico do BCE que é de 2%

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As três condenações de Rendeiro e os 19 anos de prisão efetiva

O ex-presidente do BPP, João Rendeiro, já tinha no seu cadastro quatro processos judiciais que se traduziam em 19 anos e dois meses de prisão efetiva.

Cinco meses após ser detido em África do Sul, João Rendeiro foi encontrado morto esta sexta-feira na prisão de alta segurança de Westville, estando as circunstâncias da morte por apurar. O ex-presidente do BPP já tinha no seu cadastro quatro processos judiciais que se traduziam em 19 anos e dois meses de prisão efetiva e meses antes da sua prisão andou fugido à justiça portuguesa durante três meses.

Foi no dia 28 de setembro que Rendeiro anunciou no seu blogue pessoal que não pretendia voltar a Portugal e quase três meses depois, no dia 11 de dezembro, foi detido na África do Sul. Num artigo publicado no seu blogue “Arma Crítica”, João Rendeiro escreveu, no final de setembro, que não pretendia regressar a Portugal por se sentir injustiçado e que ia recorrer a instâncias internacionais, avançando ter pedido ao advogado para comunicar a decisão à Justiça portuguesa, argumentando que se tornou “bode expiatório de uma vontade de punir os que, afinal, não foram punidos”.

O colapso do BPP, banco vocacionado para a gestão de fortunas, aconteceu em 2010, já depois do caso BPN e antecedendo outros escândalos na banca portuguesa. O BPP originou vários processos judiciais, envolvendo crimes de burla qualificada, falsificação de documentos e falsidade informática, assim outro um processo relacionado com multas aplicadas pelas autoridades de supervisão bancárias.

Conheça aqui todas as condenações de João Rendeiro.

Caso Júlio Mascarenhas: burla qualificada

Decisão: condenado a três anos e seis meses de prisão efetiva

  • Esta é a decisão mais recente. Em setembro, o tribunal condenou João Rendeiro a três anos e seis meses de prisão efetiva por burla qualificada. E ainda os dois ex-administradores do BPP pelo mesmo crime. Paulo Guichard foi condenado a três anos de prisão efetiva e Salvador Fezas Vital foi condenado a dois anos e seis meses de prisão. Os três arguidos terão de pagar 235 mil euros de indemnização ao diplomata. O juiz admitiu que o tribunal ficou “convencido de que arguidos conheciam bem situação delicada em que se encontrava o banco à data da emissão da obrigação”, disse o magistrado. Na origem deste processo está a queixa do embaixador Júlio Mascarenhas que, em 2008, investiu 250 mil euros em obrigações do BPP, poucos meses antes de a instituição liderada por João Rendeiro pedir um aval do Estado de 750 milhões de euros para repor a liquidez. Júlio Mascarenhas, representado pelo advogado Francisco Teixeira da Mota, exigia que João Rendeiro e os outros dois ex-administradores acusados o indemnizem em mais de 377 mil euros por considerar ter sido enganado pela sua gestora de conta que alegadamente o convenceu de que estava a investir num produto com juros e capital garantido e não num produto de risco.

Processo falsidade informática e falsificação

Decisão: condenado a cinco ano e oito meses de prisão efetiva

  • Condenado a cinco anos e oito meses de prisão efetiva por falsidade informática e falsificação de documento, esta decisão transitou em julgado a 17 de setembro. No entanto, Rendeiro ainda não foi preso. Em Julho, o Tribunal da Relação de Lisboa (TRL) aceitou parcialmente o recurso do Ministério Público, que não ficou satisfeito com a pena de cinco anos de prisão determinada em outubro de 2018, tendo aumentado a condenação em oito meses pelos crimes de falsidade informática e falsificação de documentos, em coautoria. O processo estava relacionado com a adulteração da contabilidade do BPP, envolvendo uma verba a rondar os 40 milhões de euros, e o tribunal de primeira instância considerou que os arguidos agiram com dolo direto e que João Rendeiro, Paulo Guichard e Fezas Vital tinham perfeito conhecimento da ocultação de dados ao Banco de Portugal.

Processo de fraude fiscal

Decisão: Condenado a dez anos de pena de prisão efetiva

  • Rendeiro foi condenado a 10 anos de pena de prisão efetiva em maio deste ano por crimes de fraude fiscal, abuso de confiança e branqueamento de capitais — este segundo processo foi extraído do primeiro megaprocesso de falsificação de documentos e falsidade informática, no qual João Rendeiro foi condenado a cinco anos e oito meses de prisão efetiva. O tribunal condenou ainda Salvador Fezas Vital a nove anos e seis meses de prisão, Paulo Guichard a também nove anos e seis meses de prisão e Fernando Lima a seis anos de prisão. E é no âmbito deste processo que a magistrada pede a presença de Rendeiro na sexta-feira, em tribunal.

Processo Privadas Financeiras

Decisão: Absolvido

  • No dia 9 de setembro deste ano, João Rendeiro foi absolvido pelo Tribunal da Relação de Lisboa. Este tribunal confirmou a decisão da primeira instância não só em relação ao ex-líder do BPP como dos ex-administradores Paulo Guichard e Salvado Fezas Vital. Os arguidos estavam acusados do crime de burla qualificada por alegadamente terem burlado os investidores que aplicaram fundos naquele veículo do BPP no chamado processo das Privadas- Financeiras. A decisão do tribunal de primeira instância remonta a 2015. Os juízes consideraram que ficou provado em julgamento que o objetivo dos arguidos era apenas gerar mais-valias e recuperar o veículo de capital, sem prever a crise mundial “perfeitamente avassaladora” que se verificou na altura do colapso do BPP. O acórdão afastou qualquer “dolo típico” e qualquer “processo astucioso” ou “plano enganoso” por parte dos arguidos com o propósito de “enriquecimento individual”, pondo o acento tónico na crise global que afetou os mercados por altura do aumento de capital da Privado Financeiras, veículo de investimento que apostava em ações do Banco Comercial Português (BCP). Caso tal acontecesse, os clientes que participaram na operação de aumento de capital da Privado Financeiras iriam ganhar o triplo dos montantes investidos devido à alavancagem feita para a aquisição de ações do BCP.

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Governo garante que vai manter regra de atualizar pensões em função do PIB e inflação

O mecanismo de atualização regular das pensões será utilizado "para fazer face a este aumento da inflação", assegura Gabriel Bastos.

O Governo vai voltar a seguir os mecanismos de atualização das pensões, que contemplam a inflação, para o próximo ano, assegurou o secretário de Estado da Segurança Social, Gabriel Bastos. O mecanismo será utilizado “para fazer face a este aumento da inflação, que julgamos que será conjuntural”, nota.

“Os mecanismos de atualização regular das pensões já contemplam e refletem a inflação registada no ano anterior e esse mesmo mecanismo será utilizado já no próximo ano para fazer face a este aumento da inflação, que julgamos que será conjuntural”, disse o secretário de Estado, na audição que era para ser à ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, mas à qual a governante não compareceu depois de testar positivo à Covid-19.

A atualização que o secretário de Estado menciona — e que está prevista na lei — considera dois indicadores: o crescimento nominal do Produto Interno Bruto (PIB) nos dois últimos anos e o valor da inflação média, exceto habitação, do último ano (registada em novembro).

O PSD questionou ainda o Governo sobre a sua proposta para os pensionistas: o partido pretende que seja discutido na concertação social um mecanismo de atualização das pensões até 3,5 IAS (fixado em 438,81 euros em 2022), o qual tem de “respeitar os ciclos económicos”. No entanto, o secretário de Estado disse ainda não conhecer em concreto o texto.

Gabriel Bastos recorda também que a nova proposta de Orçamento de Estado para 2022 recupera o aumento extraordinário de dez euros nas pensões mais baixas. Esta medida estava prevista no anterior OE que, no entanto, caiu com o chumbo pelo Parlamento em novembro. Regressou agora e com efeitos a janeiro.

“A atualização e valorização das pensões mais baixas tem sido a política seguida pelos Governos do PS. Pelo sexto ano consecutivo, o que fazemos é aprovar e propor atualização extraordinária das pensões, este ano alargando para o limite dos 2 IAS e meio”, salienta o secretário de Estado da Segurança Social.

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Juros da dívida sobem a dois, cinco e 10 anos

  • Lusa
  • 13 Maio 2022

jjuros a 10 anos avançavam para 1,984%, um máximo desde novembro de 2017. Juros a cinco anos em máximo desde julho de 2017.

Os juros da dívida portuguesa estavam esta sexta-feira a subir a dois, a cinco e a 10 anos, alinhados com os de Espanha, Grécia, Irlanda e Itália.

Às 08:35 em Lisboa, os juros a 10 anos avançavam para 1,984%, contra 1,924% na quinta-feira e o máximo desde novembro de 2017, de 2,259%, em 06 de maio. Neste prazo, os juros terminaram em terreno negativo nas sessões de 08, 11 e 15 de janeiro de 2020 e atingiram o atual mínimo de sempre, de -0,059%, em 15 de dezembro de 2020.

Os juros a cinco anos também subiam, para 1,222%, contra 1,171% na quinta-feira e o máximo desde julho de 2017, de 1,544% verificado em 06 de maio, depois de terem recuado para o atual mínimo de sempre, de -0,506%, em 15 de dezembro de 2020.

No mesmo sentido, os juros a dois anos avançavam, para 0,259%, contra 0,239% na quinta-feira e o máximo desde abril de 2017, de 0,501%, em 6 de maio e o mínimo de sempre, de -0,814%, em 29 de novembro de 2021.

Juros da dívida soberana em Portugal, Grécia, Irlanda, Itália e Espanha às 08:35:

2 anos…5 anos…10 anos

Portugal

13/05…….0,259….1,222……1,984

12/05…….0,239….1,171……1,924

Grécia

13/05…….1,154….2,301……3,360

12/05…….1,140….2,286……3,343

Irlanda

13/05…….0,152….0,775…..1,521

12/05…….0,132….0,726…..1,484

Itália

13/05…….0,695….1,897……2,764

12/05…….0,652….1,851……2,710

Espanha

13/05…….0,429….1,153……1,934

12/05…….0,402….1,110……1,876

Fonte: Bloomberg Valores de ‘bid’ (juros exigidos pelos investidores para comprarem dívida) que compara com fecho da última sessão.

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Sánchez quer implementar fundos Next Generation

  • Servimedia
  • 13 Maio 2022

Pedro Sánchez considera que a implementação dos fundos Next Generation é "um desafio nacional" e apela a todas as empresas e administrações públicas de Espanha para que os implementem "de mãos dadas".

Numa conferência sobre os fundos europeus de recuperação, organizada pelo jornal espanhol ‘elDiario.es’, Pedro Sánchez, primeiro-ministro espanhol, afirmou que estes fundos são “um desafio nacional” que têm de superar em conjunto, “de mãos dadas, não só as administrações públicas, mas também as empresas”, noticia a Servimedia.

Os fundos Next Generation da UE, lançados pelas instituições europeias para enfrentar as consequências económicas e sociais da pandemia, vão mobilizar 750 mil milhões de euros entre os países europeus. No caso de Espanha, a injeção total vai chegar a 140 mil milhões, dos quais quase 70 mil milhões serão desembolsados sob a forma de transferências não reembolsáveis.

Segundo o primeiro-ministro espanhol, Espanha é o país que lidera a implementação dos fundos, dado que já foram recebidos mais de 19 mil milhões de euros da Comissão Europeia e, desde a sua aprovação, foram promovidos 17 mil projetos que estão a atingir 12 mil empresas.

Recordou, também, que existem nove projetos estratégicos, conhecidos como Perte, e referiu-se à próxima aprovação de dois outros relacionados com a economia social e os cuidados de microchips.

A importância dos fundos para a saúde

Os fundos são um plano de choque, mas vão treinar o nosso país e essas competências vão ficar. Para dar exemplos, antes da pandemia, Espanha não fabricava máscaras faciais, respiradores ou vacinas humanas, mas neste momento já tem quatro empresas que participaram na produção de vacinas”, afirmou, na mesma conferência, Diana Morant, ministra da Ciência e Inovação.

Sobre o tema da saúde de ponta, a ministra insistiu que é “muito especial”, uma vez que Espanha tem “um sistema de saúde que é um ponto de referência no mundo” e que, por isso, querem dar um “salto qualitativo muito importante, que implica investir em mais investigação sobre as terapias mais avançadas do mundo”.

A primeira mesa redonda do dia, moderada pela jornalista Natalia Chientaroli, vice-diretora do ‘elDiario.es’, centrou-se em ‘Saúde de vanguarda e medicina de precisão’. Nela estiveram presentes Raquel Yotti, secretária geral de Investigação do Ministério da Ciência e Inovação, Javier Arcos, diretor médico do Hospital Universitário Fundación Jiménez Díaz, Pepa Limeres, coordenadora de Programas Científicos da Fundação Botín, e Ana Francés, secretária de Saúde, Cuidados de Saúde Sociais e Dependência dos Serviços da UGT.

Durante esta conversa, todos os intervenientes analisaram questões relacionadas com as medidas previstas para a renovação do equipamento de alta tecnologia no domínio da saúde, ações de prevenção e promoção da saúde, bem como a capacidade de resposta do sistema de saúde. O desenvolvimento e os cuidados de saúde, a modernização da carteira destes cuidados e a melhoria da formação dos profissionais desta área foram outros dos tópicos abordados.

A contribuição do digital para a sustentabilidade e eficiência

Os participantes do evento ressalvaram, ainda, a necessidade de compromisso com os dados que vão permitir lançar estratégias para agir de forma mais sustentável e eficiente e esclareceram que, neste âmbito, os planos de competência digital vão dar um impulso para alinhar a Espanha com outros países mais evoluídos nestas áreas.

Para discutir estas questões mais relacionadas com energia, sustentabilidade e digitalização, a conferência contou com mais cinco mesas redondas, nomeadamente ‘Alimentação do futuro, com enfoque ambiental, demográfico e social’, ‘Modernização do ciclo da água’, ‘Energia limpa, renovável e acessível’, ‘Economia circular: menos utilização e deitar fora e mais reciclagem e reutilização’, ‘Automóveis eléctricos e ligados’ e ‘Tecnologia de ponta: microchips, semicondutores e digitalização de PMEs‘.

Nestas estiveram presentes representantes de administrações públicas, organizações, empresas e instituições educacionais como o AgroBank, Inlac, Aqualia, a Universidade Politécnica de Madrid, Canal de Isabel II, Endesa, Fundação Cotec, Ence, Iberdrola, BBVA, Samsung Electronics Iberia e Semidynamics.

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João Rendeiro encontrado morto na prisão

  • ECO
  • 13 Maio 2022

João Rendeiro, ex-presidente do BPP, foi encontrado enforcado dentro da cela da prisão de alta segurança. Advogada sul-africana avança à RTP que se tratou de um suicídio.

João Rendeiro foi encontrado morto na prisão, dentro da cela em que se encontrava detido na África do Sul. As circunstâncias da morte ainda estão totalmente por apurar, sendo que o ex-presidente do BPP foi encontrado enforcado.

A informação da morte do ex-banqueiro foi confirmada pela sua advogada, June Marks, que entretanto avançou à RTP que se tratou de um suicídio. A Procuradoria-Geral da República de África do Sul anunciou a abertura de uma investigação ao caso.

João Rendeiro foi encontrado morto no dia em que ia ser presente a tribunal em audição prévia numa sessão relativa à possível extradição para Portugal, que estava inicialmente agendada para 13 de junho.

Citado pela CNN Portugal, o advogado Pedro Marinho Falcão explicou que a responsabilidade patrimonial de João Rendeiro mantém-se, transmitindo-se a responsabilidade das dívidas para os herdeiros. O processo criminal “extingue-se” em relação a Rendeiro, mas a mulher e o motorista vão continuar na mira da Justiça.

Detido a 11 de dezembro do ano passado na cidade sul-africana de Durban, após quase três meses fugido à justiça portuguesa, João Rendeiro, que tinha 69 anos, encontrava-se desde essa altura na prisão de alta segurança de Westville.

O ex-banqueiro foi condenado em três processos distintos relacionados com o colapso do BPP, tendo o tribunal dado como provado que retirou do banco 13,61 milhões de euros. Das três condenações, apenas uma já transitou em julgado e não admitia mais recursos.

João Rendeiro foi ainda condenado a 10 anos de prisão num segundo processo e a mais três anos e seis meses num terceiro processo, sendo que estas duas sentenças ainda não tinham transitado em julgado.

A mais recente condenação de João Rendeiro foi de três anos e seis meses de prisão efetiva por burla qualificada. A decisão foi conhecida no dia 28 de setembro e diz respeito a um processo em que o embaixador Júlio Mascarenhas exigia que João Rendeiro e os outros dois ex-administradores do BPP, Paulo Guichard e Salvador Fezas Vital, fossem condenados a pagar-lhe uma indemnização de mais de 377 mil euros. Esta sentença ainda está em recurso.

A fuga de João Rendeiro foi anunciada pelo próprio no dia da condenação, através de uma publicação no blog que mantinha há vários anos. Na altura, o ex-banqueiro disse que estava em parte incerta e que não regressaria para cumprir pena de prisão.

“Não vejo nenhum cenário onde isso possa acontecer. O único cenário possível seria não haver condenações, ou havendo condenações haver um indulto do Presidente”, afirmou em entrevista à CNN Portugal, em 22 de novembro de 2021. A hipótese de um indulto foi desde logo afastada pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

A entrevista acabaria por ser determinante para a Polícia Judiciária encontrar João Rendeiro na África do Sul. O colapso do BPP, em 2010, lesou milhares de clientes e causou perdas de centenas de milhões de euros ao Estado.

Advogada ia deixar de representar João Rendeiro

O Ministério Público sul-africano (National Prosecuting Authority, NPA) revelou que João Rendeiro iria hoje comparecer em tribunal porque a sua advogada, June Marks, ia deixar de o representar no julgamento do processo de extradição.

“A conferência de pré-julgamento para a audiência de extradição de João Rendeiro foi marcada para 20 de maio de 2022. Durante esta semana, o Estado recebeu uma notificação do representante legal do Rendeiro, declarando que ela irá retirar os seus serviços. O Estado requisitou então que Rendeiro comparecesse hoje no Tribunal de Verulam para que as questões jurídicas pudessem ser abordadas antes da conferência de pré-julgamento da próxima semana”, refere uma nota do NPA à comunicação social.

Questionada pela Lusa, June Marks confirmou que iria deixar de representar o antigo presidente do BPP, mas escusou-se a adiantar as razões. “Isso permanecerá privado entre mim e o Sr. Rendeiro. A decisão foi minha e é privada”, afirmou a advogada sul-africana, continuando: “Fui eu que solicitei a comparência no tribunal. Ele morreu antes de eu poder retirar [o patrocínio]”. June Marks contou que a última vez que esteve com Rendeiro na prisão foi em abril.

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