Governo britânico aprova primeira mina de carvão no Reino Unido em 30 anos

  • Lusa
  • 7 Dezembro 2022

A empresa por detrás do projeto estima que irá atrair 165 milhões de libras (190 milhões de euros) de investimento privado para a região inglesa e cerca de 500 postos de trabalho.

O Governo britânico aprovou esta quarta-feira a abertura de uma nova mina de carvão no norte de Inglaterra, a primeira em quase 30 anos, atraindo críticas da oposição e de grupos ambientalistas. A mina na região de Cumbria vai produzir carvão “coque”, utilizado exclusivamente a indústria metalúrgica e não para a produção de energia, que até agora tem sido importado de outros países, nomeadamente Austrália e Estados Unidos.

Num documento onde é confirmada a decisão do ministro do Nivelamento, Habitação e Comunidades, Michael Gove, este diz-se “satisfeito por existir um mercado para o carvão no Reino Unido e Europa” e que, embora não exista consenso, “é altamente provável que continue a existir uma procura mundial elevada”.

Embora o Reino Unido tenha feito pressão na cimeira climática COP26 do ano passado em Glasgow para acabar com o uso do carvão, o Governo britânico diz que a nova mina é compatível com a legislação climática que exige a neutralidade carbónica até 2050.

A West Cumbria Mining, a empresa por detrás do projeto, estima que irá atrair 165 milhões de libras (190 milhões de euros) de investimento privado para a região inglesa, cerca de 500 postos de trabalho e produzir 2,8 milhões de toneladas de carvão de coque por ano.

O grupo ambientalista Friends of the Earth criticou a autorização, afirmando que “é a decisão errada, um erro profundamente prejudicial que ignora todas as provas disponíveis”. “A mina não é necessária. Vai aumentar as emissões mundiais e não vai substituir o carvão russo”, criticou o ativista do grupo, Tony Bosworth.

Também lamentando a decisão, a deputada do Partido Verde, Caroline Lucas, disse que o que o Reino Unido precisa é de “uma estratégia industrial limpa e verde para o futuro”.

O antigo presidente da COP26, Alok Sharma, antigo ministro do Partido Conservador, questionou o interesse da mina, alegando que 85% do carvão produzido será para exportação porque excede a necessidade nacional. “A abertura de uma nova mina de carvão não só será um passo atrás na ação climática do Reino Unido, como também prejudicará a reputação internacional duramente conquistada pelo Reino Unido”, afirmou através da rede social Twitter.

O aumento dos preços do gás resultante da guerra na Ucrânia forçou o Reino Unido a reavaliar a sua política energética e quase duplicou as importações de carvão para produzir eletricidade, invertendo a tendência dos últimos anos de usar mais gás e energias renováveis.

Nos primeiros 10 meses deste ano, o Reino Unido importou mais de 5,5 milhões de toneladas de carvão, ultrapassando os 4,2 milhões de toneladas ao longo de todo o ano de 2021, segundo a consultora Kpler, citada pelo jornal The Times.

Nos últimos meses também aprovou mais explorações de petróleo e de gás do Mar do Norte, embora mantenha como objetivo produzir 100% de eletricidade a partir de fontes de energia limpas até 2035 e atingir a neutralidade carbónica até 2050.

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+M

3,9 milhões assistiram ao Portugal x Suíça, o jogo mais visto do Mundial

  • + M
  • 7 Dezembro 2022

Acompanhe as audiências de todos os jogos do campeonato mundial de futebol no Qatar, numa análise da agência de meios Carat para o ECO/+M, e confira os resultados desportivos.

Estádio de Lusail, na cidade Al Daayen. Portugal já tinha jogado neste palco contra o Uruguai. 83.720 espectadores assistiram ao vivo à vitória de Portugal x Suíça por 6-1, garantindo assim a passagem aos 1/4 final, onde irá defrontar Marrocos.

O jogo transmitido na RTP1 registou uma audiência de 3 milhões e 700 mil telespectadores (39,1% aud. média) e 68,4% share de audiência, a mais alta até ao momento. 183 mil acompanharam o jogo através da SportTV1. No global o jogo terá sido visto por cerca de 3 milhões 882 mil (+92 mil do que o encontro frente ao Uruguai), como mostra a análise da Carat.

O encontro entre Marrocos x Espanha transmitido na TVI e SportTV1 registou uma audiência de 829 mil telespectadores.

Audiência Jogo a Jogo – 1/8 Final

Aud. Média (Nr. Indivíduos) = Somatório das audiências dos canais onde foi efetuada a transmissão
Canais Sport TV, audiências recolhidas na faixa horária da transmissão
Fonte: CAEM TV / Yumi – Análise Carat

 

Audiência Portugal x Suíça – 1/8 Final

Aud. Média (Nr. Indivíduos) = Somatório das audiências dos canais onde foi efetuada a transmissão
Canais Sport TV, audiências recolhidas na faixa horária da transmissão
Fonte: CAEM TV / Yumi – Análise Carat

 

Audiência Jogo a Jogo – 1ª Fase + 1/8 final

Aud. Média (Nr. Indivíduos) = Somatório das audiências dos canais onde foi efetuada a transmissão
Canais Sport TV, audiências recolhidas na faixa horária da transmissão
Fonte: CAEM TV / Yumi – Análise Carat

 

Audiência Fase a Fase

Aud. Média (Nr. Indivíduos) = Somatório das audiências dos canais onde foi efetuada a transmissão
Canais Sport TV, audiências recolhidas na faixa horária da transmissão
Fonte: CAEM TV / Yumi – Análise Carat

 

Audiência por Seleção

Aud. Média (Nr. Indivíduos) = Somatório das audiências dos canais onde foi efetuada a transmissão
Canais Sport TV, audiências recolhidas na faixa horária da transmissão
Fonte: CAEM TV / Yumi – Análise Carat

 

Audiência Acumulada dia a dia – Telespectadores

Aud. Média (Nr. Indivíduos) = Somatório das audiências dos canais onde foi efetuada a transmissão
Canais Sport TV, audiências recolhidas na faixa horária da transmissão
Fonte: CAEM TV / Yumi – Análise Carat

 

Jogos e resultados – Fase Final

Jogos e resultados – 1ª Fase

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Presidente do Peru detido após ser destituído e acusado de golpe de Estado

  • Lusa e ECO
  • 7 Dezembro 2022

Depois do presidente peruano ter dissolvido o parlamento do país, os deputados aprovaram uma moção de censura para destituir o chefe de Estado. Pedro Castillo acabou detido.

O Presidente do Peru, Pedro Castillo, foi detido esta quarta-feira, depois de ter sido destituído pelo Congresso, acusado de tentar executar um golpe de Estado ao anunciar a dissolução deste órgão.

A Procuradoria do Peru determinou a detenção de Castillo, que se encontra na sede da polícia de Lima, para onde se deslocou com a sua família e o ex-primeiro-ministro Aníbal Torres, noticiou a agência Europa Press.

O parlamento do Peru aprovou uma moção de censura contra o Presidente do país por “incapacidade moral”, com 101 dos 130 votos a favor, horas depois de Pedro Castillo ter anunciado a dissolução deste órgão, a criação de um “governo de emergência” e a instituição de um recolher obrigatório.

Castillo tinha dissolvido o parlamento e anunciado o estabelecimento de um “governo de emergência”. Em mensagem à nação desde o palácio presidencial, indicou ainda que até à constituição de um novo Parlamento, “o Governo será dirigido por decreto-lei” e anunciou um “recolher obrigatório a partir de hoje”, entre as 22:00 e as 04:00, a nível nacional.

Dina Boluarte, entretanto confirmada pelo congresso peruano, já assumiu a presidência do país sul-americano e será a primeira mulher no cargo. Boluarte, vice-presidente e aliada de Castillo, tinha-se distanciado do então Chefe de Estado, através da rede Twitter, a quem acusou de “perpetrar contra a ordem constitucional” e de “golpe que agrava a crise política e institucional” da sociedade peruana.

(artigo atualizado às 22h19)

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Simplificação ambiental soma atalho no hidrogénio verde e dispensa edifícios de instalações de gás

Entre as novidades, o Governo avança que os edifícios novos ou que sejam sujeitos a obras deixam de estar obrigados a ter instalações de gás.

O pacote para simplificar os procedimentos ambientais voltou a ser apresentado, após a consulta pública que se estendeu por mais de 50 dias. Mantêm-se, em linhas gerais, as orientações previstas inicialmente, mas há alguns acrescentos: os projetos de produção de hidrogénio verde ficam dispensados de apresentarem Avaliações de Impacte Ambiental (AIA) e os edifícios novos ou que sejam sujeitos a obras deixam de estar obrigados a ter instalações de gás.

“É uma mudança de paradigma que vamos viver. Nós temos de perceber que se há momento para tomar esta decisão, é agora. Pedem-nos na rua urgência, aceleração… a transformação é feita com simplificação”, declarou o ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro, na apresentação da nova versão do pacote de simplificação ambiental, que foi feita esta quarta-feira, em Alcochete.

Este pacote é “um sinal a todos, também aos privados, de que Portugal é um país que quer acelerar”, continuou o ministro. Seguiu-se o líder do Executivo, António Costa, que justificou a decisão relativamente ao hidrogénio verde da seguinte forma: “Deixamos de exigir burocracia para um gás amigo do ambiente”.

Mas há mais exceções às avaliações ambientais que são abertas nesta segunda versão. A AIA é dispensada para substituição de equipamentos, com ou sem alteração da capacidade instalada, “cumpridas certas condições”; a análise caso-a-caso para produção de energia elétrica a partir de fonte solar ou eólica também é exigida em menos situações. Para o aproveitamento das lamas de ETAR, a necessidade deste tipo de análise é mesmo eliminada.

O setor químico sem escala industrial já não terá de apresentar licença ambiental, e esta licença (ou a mera possibilidade de a vir a ter) dispensa qualquer entidade da obtenção do chamado Título de Emissões Para o Ar. Deixa ainda de ser necessária a licença de produção e a licença de utilização para aproveitamento de águas para reutilização em várias situações.

O essencial do texto mantém-se: a eliminação ou redução da necessidade de AIA num leque alargado de situações, a dispensa de renovação de licença ambiental ao fim de dez anos, e a criação de um “reporte ambiental único” – que permite inserir apenas uma vez informações que serão usadas em vários documentos, evitando a duplicação do trabalho. Uma iniciativa que recebeu acesas críticas dos ambientalistas, que consideram esta simplificação um retrocesso na política ambiental.

No final da apresentação, João Tiago Silveira, presidente do grupo de trabalho dos licenciamentos, indicou alguns dos ajustes que foram feitos no texto da simplificação em resposta a críticas dos ambientalistas. Manteve-se o prazo de emissão de licenças de recursos hídricos em 45 dias, em vez de reduzir para 30 como proposto inicialmente, e o prazo para emissão de pareceres por entidades administrativas que era restringido a 10 dias em vez de 20, ficou fixado nos 15 dias.

A generalidade das medidas entra em vigor a 1 de março de 2023. “Acaba agora a parte específica do ambiente, vai continuar no urbanismo e indústria”, concluiu.

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Plano da rede de transporte de eletricidade foi aprovado, com projetos de 475 milhões

  • Lusa
  • 7 Dezembro 2022

João Galamba aprovou o Plano de Desenvolvimento e Investimento da Rede de Transporte de Eletricidade relativo a 2022-2031. Projetos representam 475 milhões.

O secretário de Estado do Ambiente e da Energia aprovou o Plano de Desenvolvimento e Investimento da Rede de Transporte de Eletricidade (PDIRT) relativo a 2022-2031, para projetos que representam 475 milhões de euros, foi divulgado esta quarta-feira.

A aprovação pelo secretário de Estado João Galamba do PDIRT consta de um comunicado da REN – Redes Energéticas Nacionais enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Foi aprovado, pelo secretário de Estado do Ambiente e da Energia, o Plano de Desenvolvimento e Investimento da Rede de Transporte de Eletricidade (PDIRT) para o período 2022-2031, para projetos que representam o montante total de 475 milhões de euros”, pode ler-se no comunicado.

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Blackrock reforça posição na EDP Renováveis para 3%

  • Lusa
  • 7 Dezembro 2022

Antes deste reforço, a Blackrock detinha, direta e indiretamente, 2,92% da EDPR.

A Blackrock reforçou a sua posição na EDP Renováveis (EDPR) para 3%, passando a deter 28.823.929 direitos de voto, na sequência de transações executadas esta segunda-feira, foi comunicado esta quarta-feira ao mercado.

“A Blackrock notificou a EDPR de que […] em resultado de transações executadas a 05 de dezembro de 2022, ultrapassou o patamar mínimo de 3% para posições acionistas qualificadas”, lê-se no comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Na sequência destas operações, a Blackrock, gestora de ativos norte-americana, passou a deter 28.823.929 direitos de voto na EDP Renováveis, o correspondente a 3% do total. Antes disto, a Blackrock tinha, direta e indiretamente, 2,920% da EDPR.

Na sessão de bolsa, as ações da EDP Renováveis cederam 0,46% para 21,87 euros.

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+M

Trabalhadores da Impresa discutem aumentos no dia 13

A administração do grupo dono da SIC e do Expresso apresentou esta quarta a proposta de aumentos à CT. Para o próximo dia 14 está agendada uma ação de protesto.

A Impresa vai comunicar aos trabalhadores, até ao final da semana, as medidas a implementar no próximo ano para fazer face ao aumento do custo de vista. “A administração do grupo Impresa, no âmbito da preparação do orçamento para 2023, apresentou hoje às Comissões de Trabalhadores da SIC e da Impresa Publishing as medidas que, apesar do ano particularmente desafiante que se avizinha, serão implementadas a partir de 1 de janeiro de 2023 para fazer face ao aumento do custo de vida devido à inflação”, diz fonte oficial do grupo ao +M/ECO.

Essas medidas, “com foco nos trabalhadores com remunerações mais baixas“, “serão comunicadas internamente até ao final da semana”, prossegue o grupo, que quando questionado sobre a proposta passar por aumentos de 3% para trabalhadores com ordenados até aos 1.500 euros, optou por não fazer comentários.

Também questionada sobre a eventualidade de vir a ser atribuído algum “cheque inflação”, como tem vindo a acontecer por exemplo no retalho, a Imprensa não respondeu. As medidas apresentadas esta quarta-feira aos representantes dos trabalhadores, que passam também pelo aumento do subsídio de alimentação, vão ser partilhadas em reunião geral de trabalhadores no próximo dia 13 de dezembro.

Para dia 14, sabe o +M/ECO, terá estado marcada uma ação de protesto junto das instalações da Impresa, em Paço de Arcos, e também no exterior da SIC Porto, em Matosinhos. Esta foi aprovada em reunião geral de trabalhadores, no dia 30 de novembro. Em causa, de acordo com o documento enviado aos trabalhadores, a “recusa da administração em, mais uma vez, conceder aumentos salariais generalizados”. Nessa reunião foi também decidido que as comissões de trabalhadores da SIC e do Expresso uniriam esforços em “reivindicações e protestos conjuntos”.

Não nos foi transmitida formalmente qualquer intenção do lado dos trabalhadores de avançar com ações de protesto”, garante fonte oficial do grupo ao +M/ECO.

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Renovação Automática do Cartão de Cidadão distinguida nos “Portugal Digital Awards 2022”

O serviço do Instituto dos Registos e do Notariado (IRN) foi o único projeto da Administração Pública premiado na 7.ª edição dos prémios que distinguem a transformação digital em serviços e produtos.

A Renovação Automática do Cartão de Cidadão (CC) venceu os Portugal Digital Awards 2022, nas categorias “Best Government Project – melhor projeto de transformação digital no setor da Administração Pública” e “Future of Citizen Experience Project – melhor projeto relacionado com a criação de novos produtos/serviços e/ou melhoria da experiência do cliente”.

O serviço do Instituto dos Registos e do Notariado (IRN) foi o único projeto da Administração Pública premiado na 7.ª edição dos prémios, promovidos pela Axians e pela IDC para distinguir a transformação digital em processos, produtos ou serviços.

A renovação automática do CC, que já é o meio de renovação mais utilizado pelos cidadãos com mais de 25 anos, foi disponibilizada a 5 de maio de 2021. “Desde então, já permitiu a 1,25 milhões de portugueses renovarem automaticamente o seu documento de identificação e recebê-lo comodamente em casa, por correio, evitando mais de 3 milhões de deslocações”, segundo comunicado do Ministério da Justiça.

Nesta modalidade, o processo de renovação inicia-se 60 dias antes do fim de validade do cartão, por iniciativa dos serviços, com o envio “automático” para a morada do cidadão de uma carta a avisar do fim da validade do seu CC e com uma referência bancária que possibilita pagar a taxa de renovação.

Uma vez efetuado o pagamento da referência bancária, o cartão é emitido sem alteração de dados biográficos e biométricos e enviado para a morada do cidadão, por correio registado, com entrega exclusivamente ao próprio.

“A Renovação automática do CC é uma nova modalidade de serviço público, que tem como fator crítico de sucesso a reutilização de dados existentes na administração pública. Materializando as boas práticas instituídas para a transição digital no setor público, o projeto estabelece que seja a administração pública a antecipar proactivamente as necessidades do cidadão, recorrendo a uma metodologia que será aprofundada noutros projetos de digitalização em curso e integrados no Plano de Recuperação e Resiliência”, conclui o mesmo comunicado.

 

 

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Metro de Lisboa: Obras na linha circular podem ficar até 30% mais caras

Inflação dos custos dos materiais obrigou a rever preço das obras para prolongamento das linhas verde e amarela. Expansão da linha vermelha pode avançar quando for resolvida providência cautelar.

As obras para pôr a funcionar a linha circular do Metro de Lisboa vão ficar mais caras. A subida no preço final pode atingir até os 30%, assumiu o secretário de Estado da Mobilidade, Jorge Delgado, depois de o Conselho de Ministros desta quarta-feira ter autorizado a “reprogramação” das verbas. A culpa é da inflação dos preços dos materiais, que também já levou à revisão em alta das obras de expansão do Metro do Porto.

“Os valores anteriores foram feitos com estimativas orçamentais à data. Hoje em dia, registamos que as coisas aumentaram, os preços são muito maiores. Há uma autorização de até mais 30% dos gastos. Não quer dizer que todo o valor a mais acabe por ser utilizado”, adiantou ao ECO o secretário de Estado da Mobilidade, à margem de uma conferência sobre os 20 anos do Metro do Porto, na estação Campo 24 de Agosto.

Inicialmente, o investimento total previsto para esta fase de expansão do Metropolitano de Lisboa era de 210,2 milhões de euros, segundo resolução do Conselho de Ministros aprovada em 13 de dezembro de 2018. Este montante seria cofinanciado em 127,2 milhões pelo Fundo Ambiental e em 83 milhões pelo Fundo de Coesão, através do POSEUR – Programa Operacional de Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos.

Partindo do exemplo do Metro do Porto, em que o reforço das verbas para as obras vai ser feito com fundos do Fundo Ambiental, o preço dos trabalhos para a linha circular do Metro de Lisboa poderá subir mais 38,16 milhões. Se não houver mexidas no financiamento do POSEUR, a despesa total poderá ascender aos 248,36 milhões de euros.

Desde 21 de maio e até ao final deste ano há um regime excecional que permite a qualquer empreiteiro, fornecedor de bens ou fornecedor de serviços apresentar um pedido de revisão extraordinária de preços desde que um determinado material, tipo de mão-de-obra ou equipamento de apoio represente, ou venha a representar durante a execução, pelo menos 3% do preço contratual e a taxa de variação homóloga do custo seja igual ou superior a 20%.

Este projeto de expansão do Metro de Lisboa prevê ligar o Rato ao Cais do Sodré, com novas estações em Santos e na Estrela, e assim criar uma nova linha verde interligada. Os trabalhos deverão terminar entre o final de 2023 e início de 2024, e a nova linha está prevista abrir ao público no último trimestre de 2024. Quando foi inicialmente apresentado, em 2017, o plano previa concluir os trabalhos até ao final de 2021.

A linha circular tem gerado polémica porque o novo modelo de exploração implica transbordos para os residentes na zona norte de Lisboa: por exemplo, se quiser deslocar-se de Odivelas para o Marquês de Pombal, terá de mudar de linha na estação do Campo Grande.

Expansão da linha vermelha depende de providência cautelar

Noutra resolução, o Conselho de Ministros desta quarta-feira autorizou as despesas para a expansão da linha vermelha do Metro de Lisboa, entre a estação de São Sebastião e de Alcântara. “Poderíamos lançar as obras já amanhã, mas há uma providência cautelar submetida sobre a Declaração de Impacto Ambiental. Quando isso estiver resolvido, estaremos em condições de lançar o concurso público para as obras“, notou Jorge Delgado.

No início de novembro, as associações Fórum Cidadania Lx, a Quercus e a Casa de Goa apresentaram uma providência cautelar a pedir a nulidade da declaração de impacto ambiental deste projeto, no valor de 304 milhões de euros e que conta com verbas do Plano de Recuperação e Resiliência.

Nesta extensão, prevê-se a construção de três novas estações subterrâneas (Amoreiras, Campo de Ourique e Infante Santo) e uma estação à superfície (Alcântara) e poderá haver um acréscimo de 11 milhões de passageiros à rede, só no primeiro ano. É esperado que os trabalhos arranquem em 2023 e que fiquem concluídos até ao final de 2025.

Para as associações que apresentaram a providência cautelar, há uma “completa ausência de estudos razoáveis e criteriosos em relação ao valor e sensibilidade do Jardim da Parada enquanto conjunto”, lembrando que a própria APA “reconheceu a potencial afetação da integridade do arvoredo de interesse público existente no jardim” na declaração de impacto ambiental que emitiu, noticiou na altura o jornal Público.

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Afinal, Orlando Figueira não vai já para a cadeia cumprir pena

A 2 de dezembro, o recurso para o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) foi aceite, conferindo “efeito suspensivo” da pena. Orlando Figueira foi condenado em dezembro de 2018 a seis anos e oito meses.

Afinal, o ex-magistrado do Ministério Público (MP), Orlando Figueira, não vai para a cadeia já para cumprir a pena de seis anos e oito meses a que foi condenado. Segundo avançou o Observador e a Visão, a 2 de dezembro, o recurso para o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) foi aceite, conferindo “efeito suspensivo” da pena. Ou seja: até haver decisão da mais alta instância, o Supremo, o ex-magistrado não terá de se dirigir à prisão para dar início ao cumprimento de pena.

Apesar do Tribunal Constitucional ter rejeitado um recurso do magistrado, o Tribunal da Relação de Lisboa, a 2 de dezembro, aceitou outro recurso que tinha dado entrada em julho deste ano. Com esta decisão, Orlando Figueira ganha mais um tempo até o processo voltar à primeira instância e, aí, ser emitido o respetivo mandado de condução ao estabelecimento prisional.

O procurador Orlando Figueira foi demitido do Ministério Público seis anos após a abertura do processo disciplinar. Segundo revelou a Visão, na segunda-feira, a demissão com efeitos imediatos de Orlando Figueira foi votada na última reunião da secção disciplinar do Conselho Superior do Ministério Público (CSMP). O procurador pode agora recorrer da decisão para o plenário do CSMP e depois para o Supremo Tribunal Administrativo.

Em causa está uma pena de seis anos e oito meses de prisão efetiva em primeira instância por corrupção passiva, branqueamento de capitais, violação do segredo de Justiça e falsificação de documento e cinco anos de proibição de exercer funções no âmbito do processo “Operação Fizz”.

Orlando Figueira foi condenado em dezembro de 2018. O tribunal deu como provado que o procurador recebeu contrapartidas de Manuel Vicente, ex-vice-Presidente de Angola, para arquivar processos em que estes estava implicado na Justiça portuguesa. No mesmo processo, o advogado Paulo Blanco foi considerado corresponsável e condenado a uma pena suspensa única de quatro anos e quatro meses de prisão. O terceiro arguido do processo, Armindo Pires, empresário e amigo do ex-vice-Presidente angolano, Manuel Vicente, foi absolvido de todos os factos imputados.

Este julgamento ficou marcado pelo discurso bastante crítico por parte do juíz quanto ao depoimento do arguido Orlando Figueira, nomeadamente quanto ao “comportamento processual” de um homem que, em tempos, exerceu funções de magistrado. Durante a leitura da súmula do acórdão, com mais de 500 páginas, o juiz repetiu várias vezes que a “versão” dos arguidos não convenceu o tribunal”, sublinhando que “não deixa de ser sintomático que o Orlando sempre tentou encaixar os factos de forma a ser favorecido na interpretação a dar aos mesmos”, disse.

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TotalEnergies constrói central solar em Nisa num investimento de 100 milhões

  • Lusa
  • 7 Dezembro 2022

A central solar vai começar a ser construída numa área de 230 hectares, a partir de 2023. Projeto já obteve Declaração de Impacte Ambiental favorável.

A TotalEnergies vai investir 100 milhões de euros na construção de uma central solar, em Nisa (Portalegre), com capacidade instalada de 128 megawatts (MW) e produção anual prevista de 234 gigawatts hora (GWh), disse esta quarta-feira fonte da empresa.

Em resposta à agência Lusa, fonte da TotalEnergies avançou que o investimento na Central Solar de Falagueira será de 100 milhões de euros. A central solar vai começar a ser construída numa área de 230 hectares, a partir de 2023, acrescentou.

Em comunicado, a TotalEnergies salienta ainda que este é o “maior investimento” em energias renováveis feito naquela região, com uma produção de energia elétrica suficiente para “suprir 16 vezes” o consumo doméstico do concelho de Nisa.

A empresa, que espera que o projeto esteja concluído em 2024, sublinha que, com a capacidade a instalar e a respetiva produção anual, a central vai permitir evitar a emissão para a atmosfera de “cerca de 31.000 toneladas” de dióxido de carbono (CO2). “Este projeto já obteve Declaração de Impacte Ambiental favorável pela Agência Portuguesa do Ambiente e Licença de Produção pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG)”, pode ler-se no documento.

De acordo com os promotores do projeto, “encontra-se a decorrer” o licenciamento camarário, sendo este o “último passo” que permitirá a construção da Central Solar da Falagueira.

“Para além da considerável mais-valia ambiental e contribuição para a segurança energética do concelho e do país, é de salientar a enorme contrapartida financeira que permitirá ao município um encaixe na ordem dos 1,3 milhões de euros, a serem canalizados para benefício do concelho”, sublinham ainda no comunicado.

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Trabalhadores dos Silos de Leixões anunciam greve para dias 9 e 12 de dezembro

  • Lusa
  • 7 Dezembro 2022

A paralisação, a 9 e 12 de dezembro, vai afetar "todas as cargas e descargas de cereais, nomeadamente o abastecimento à indústria alimentar, de moagens e panificação, e a descarga de navios".

Os trabalhadores dos Silos de Leixões vão fazer greve nos dias 9 e 12 de dezembro por aumentos salariais, anunciou esta quarta-feira o Sindicato dos Trabalhadores da agricultura e das indústrias de alimentação, bebidas e tabacos de Portugal (SINTAB).

O sindicato prevê, em comunicado, que a paralisação afete “todas as cargas e descargas de cereais, nomeadamente o abastecimento à indústria alimentar, de moagens e panificação, e a descarga de navios, desde as 00:00 do dia 08 de dezembro até às 08:00 do dia 13”.

De acordo com a nota, está ainda agendada a realização de um plenário de trabalhadores para dia 13, onde será feito um balanço da greve “e decididas novas formas de luta, caso a empresa mantenha a sua irredutibilidade perante as reivindicações apresentadas”.

Segundo o SINTAB, os trabalhadores estiveram 12 anos sem aumentos salariais nem direito a contratação coletiva, depois de a empresa ter afastado o Acordo Empresa da Silopor, após o início da concessão. “Perante a luta dos trabalhadores, e em resultado desta, a empresa processou, no ano passado, e à margem das negociações, aumentos salariais residuais, bem longe da reivindicação de 200 euros que os trabalhadores apresentaram“, afirma o sindicato.

O SINTAB refere ainda que os aumentos aconteceram antes do atual momento de subida do custo de vida, que veio prejudicar “ainda mais” o poder de compra dos trabalhadores.

“Já este ano, perante a insistência do SINTAB, a empresa declarou não querer sequer discutir aumentos de salários e muito menos a aplicação de contratação coletiva“, afirma o sindicato, acrescentando que a administração da empresa tentou, nos últimos dias, impedir a realização da greve, considerando-a ilegal.

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