PIB trimestral está 3,1% acima do nível de 2019, diz Medina

Isolando o primeiro trimestre de 2022 e comparando-o com o primeiro trimestre de 2019, a economia portuguesa está 3,1% acima desse nível pré-pandemia. No conjunto de um ano, ainda não recuperou tudo.

O ministro das Finanças aproveitou o seu discurso no debate do Orçamento do Estado para 2022 (OE2022) no Parlamento para reagir aos dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgados minutos antes: “Neste primeiro trimestre estamos já 3,1% acima do primeiro trimestre de 2019, recuperando para os níveis pré-pandemia”, anunciou Fernando Medina. Contudo, no conjunto de um ano, fazendo a média dos últimos quatro trimestres, a economia portuguesa ainda não recuperou totalmente.

Temos sinais que [nos permitem] legitimamente esperar a continuação desta dinâmica ao longo de 2022“, começou por dizer o ministro das Finanças, assinalando que “segundo os dados do INE hoje mesmo conhecidos, no primeiro trimestre deste ano a economia portuguesa cresceu a um impressionante valor superior a 11% em termos homólogos e 2,6% face aos três meses anterior”.

Isto faz com que neste primeiro trimestre estejamos já 3,1% acima do primeiro trimestre de 2019, recuperando para os níveis pré-pandemia“, acrescentou, concluindo que “esta é uma mensagem fortíssima de confiança que os trabalhadores e empresas nos estão a dar e temos de estar à altura para poder continuar”.

De facto, usando as séries estatísticas do INE e aplicando as variações anunciadas esta sexta-feira, o PIB trimestral entre janeiro e março de 2022 está 3,05% acima do mesmo trimestre em 2019, período pré-Covid. No primeiro trimestre deste ano a economia “produziu” um valor acrescentado de pouco mais de 52 mil milhões de euros, o que compara com pouco mais de 50,5 mil milhões de euros no mesmo período há três anos.

Porém, para aferir se a economia portuguesa já superou os níveis pré-pandemia é preciso comparar um ano inteiro e nessa perspetiva Portugal está atrasado face aos países europeus. Nessa ótica, comparando os últimos quatro trimestres (incluindo o primeiro trimestre de 2022) com o ano inteiro de 2019, o PIB português ainda está a 1,26% do nível pré-Covid, de acordo com os cálculos do ECO com base nos dados do INE. Em 2019, a economia “produziu” 203,8 mil milhões de euros, o que compara com 201,3 mil milhões de euros “produzidos” nos últimos quatro trimestres.

A expectativa do Governo é que, com crescimento de 4,9% no conjunto do ano, o PIB chegue ao final de 2022 com um nível 0,7% superior ao de 2019. A evolução do primeiro trimestre surpreendeu face todas as previsões disponíveis, mas a dúvida está no potencial impacto da guerra no segundo trimestre e seguintes. Se esta dinâmica do arranque do ano se mantivesse a recuperação seria mais rápida, mas é expectável uma forte travagem.

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Inflação da Zona Euro sobe ligeiramente para 7,5% em abril

Taxa de inflação homóloga na Zona Euro acelerou de 7,4% para 7,5% em abril. Portugal tem uma das taxas mais baixas.

A inflação na Zona Euro subiu de 7,4% em março para 7,5% em abril, em termos homólogos, de acordo com a estimativa publicada esta sexta-feira pelo Eurostat. Espera-se que a energia registe a maior taxa homóloga em abril, passando para os 38%. No meio deste cenário de subidas, Portugal aparece com uma das taxas de variação homóloga mais baixas — 7,4%.

Analisando os principais componentes da inflação, a energia destaca-se com a maior taxa de todas, apesar de registar um abrandamento. A inflação passou de 44% em março para 38% em abril. Atrás aparece a alimentação, álcool e tabaco, passando de 5% em março para 6,4% em abril. Atrás aparecem os bens industriais não energéticos, passando de 3,4% para 3,8% e os serviços, que passam de 2,7% para 3,3% em abril.

Fonte: INEEurostat

Numa análise aos 19 Estados-membros para os quais há dados, a Estónia apresenta a taxa de inflação mais alta de todas: 19% em abril face aos 14,8% observados em março. A seguir vem a Lituânia (16,6%) e a Letónia (13,2%). No lado oposto da tabela, Malta apresenta a taxa mais baixa (4,9%), seguida da França (5,4%) e da Finlândia (5,6%).

Portugal apresenta uma taxa de inflação homóloga (harmonizada) de 7,4%, apresentando, assim, um dos valores mais baixos entre os 19 Estados-membros, no mesmo patamar que a Eslovénia, mostram os dados do Eurostat. Em termos mensais, a inflação foi de 2,4%.

(Notícia atualizada às 10h41 com mais informação)

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Orçamento do Estado para 2022 aprovado na generalidade

A proposta de Orçamento do Estado para 2022 foi aprovada só com os votos a favor dos socialistas. PAN e Livre abstiveram-se e as restantes bancadas votaram contra.

O Parlamento avançou para o segundo dia de debate na generalidade da proposta do Orçamento do Estado para 2022. Depois de uma tarde em que os deputados puderam questionar e ouvir António Costa na quinta-feira, que insistiu em recusar as acusações de austeridade disfarçada, foi a vez de alguns ministros assumirem o protagonismo.

Neste dia, os ministros das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos, e da Saúde, Marta Temido, abordaram o plano de investimentos do Governo nas áreas que tutelam, segundo tinha sinalizado o primeiro-ministro nesta quinta-feira. No final da sessão o Orçamento foi aprovado na generalidade, seguindo agora para a especialidade.

Veja aqui.

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PIB da Zona Euro cresce 0,2% no primeiro trimestre

A economia europeia resistiu, para já, ao efeito da guerra e ainda cresceu 0,2% em cadeia no primeiro trimestre. Em termos homólogos o crescimento do PIB foi de 5%.

O PIB da Zona Euro desacelerou no arranque de 2022. Após ter crescido 0,3% em cadeia no quarto trimestre de 2021, a economia europeia cresceu 0,2% no primeiro trimestre de 2022, resistindo aos efeitos iniciais da invasão russa na Ucrânia, de acordo com a estimativa rápida do Eurostat divulgada esta sexta-feira. Em termos homólogos, o PIB da Zona Euro (19 Estados-membros) cresceu 5%.

No conjunto dos 27 países da União Europeia, o PIB cresceu 0,4% em cadeia (face ao quarto trimestre) nos três primeiros meses do ano e expandiu 5,2% em termos homólogos. O Eurostat não detalha nesta estimativa rápida o que contribuiu ou não para este desempenho da economia europeia.

Portugal destaca-se pela positiva ao ser, entre os 11 Estados-membros (entre 29) para os quais há dados relativos ao primeiro trimestre, a economia com uma variação em cadeia (2,6%) e homóloga (11,9%) mais expressiva. A economia portuguesa surpreendeu face às previsões dos economistas, principalmente graças ao motor do consumo privado numa altura em que as restrições da pandemia foram sendo retiradas.

No “ranking” europeu, segue-se a Áustria com 2,5% em cadeia e 8,7% em termos homólogos e a Letónia com 2,1% e 5,6%. Porém, quando forem integrados os dados de mais Estados-membros, estas conclusões poderão ser diferentes.

Já em Itália (-0,2%) e na Suécia (-0,4%) houve uma contração da economia em cadeia e em França uma estagnação. Em termos homólogos, como seria de esperar por causa do impacto da pandemia no ano passado, todos os Estados-membros com dados disponíveis apresentaram um crescimento do PIB.

A 17 de maio o Eurostat irá divulgar dados mais completos sobre a evolução da economia europeia no primeiro trimestre de 2022.

(Notícia atualizada às 10h21 com mais informação)

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Nas notícias lá fora: Alemanha, Musk e Airbnb

  • ECO
  • 29 Abril 2022

Do embargo ao petróleo russo, passando pela economia francesa e indo até Elon Musk, conheça as notícias que estão a marcar o dia lá fora.

Do embargo ao petróleo russo, passando pela economia francesa e pelas vendas de ações de Elon Musk, conheça as notícias que estão a marcar o dia lá fora.

The Wall Street Journal

Alemanha abandona oposição a embargo ao petróleo russo

A Alemanha está pronta para parar de comprar petróleo russo, abrindo assim caminho a uma proibição às importações de petróleo da Rússia na União Europeia. Esta mudança de posição de Berlim, que era um dos principais opositores ao embargo ao petróleo russo, acontece depois de a Alemanha ter fechado um acordo com a Polónia para parar de importar petróleo de Moscovo através dos seus portos no Mar Báltico.

Leia a notícia completa no The Wall Street Journal (acesso pago/conteúdo em inglês).

BFM Business

Economia francesa estagna no primeiro trimestre

O PIB francês registou uma variação em cadeia de 0% no primeiro trimestre do ano, um desempenho que não era esperado pelos economistas e que está relacionado com uma quebra na procura interna, na ordem de 0,6%. O consenso da Reuters apontava para um crescimento de 0,3% no trimestre, depois do crescimento de 0,8% no último trimestre do ano passado, mas o resultado terá sido uma estagnação. O desempenho alimenta assim os receios de um cenário de “estagflação” na Zona Euro, um período caracterizado por inflação elevada e estagnação económica.

Leia a notícia completa na BFM Business (acesso livre/conteúdo em francês).

Bloomberg

Elon Musk vende quatro mil milhões de dólares em ações da Tesla

Elon Musk vendeu cerca de quatro mil milhões de dólares em ações da Tesla, depois de ter fechado um acordo para a compra do Twitter por 44 mil milhões de dólares. O dono da Tesla alienou 4,4 milhões de títulos em 26 e 27 de abril e os analistas e investidores suspeitam que Musk pode vir a precisar de vender mais ações da fabricante para assegurar a parcela de 21 mil milhões de dólares que vai despender do seu próprio bolso para comprar a rede social. Todavia, após a venda destes títulos, Musk afirma que “não há mais vendas da Tesla planeadas”.

Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso condicionado/conteúdo em inglês).

CNN News

Airbnb adotou definitivamente o teletrabalho
O Airbnb deu “luz verde” aos funcionários para que possam trabalhar à distância de de forma permanente e não vai baixar o salário a quem opte por países e cidades onde o custo de vida seja mais reduzido. A informação foi enviada num email aos trabalhadores, assinado pelo CEO e cofundador da plataforma, Brian Chesky.
Leia a notícia completa na CNN (acesso livre/conteúdo em inglês)

Reuters

Xangai alivia restrições para 12 milhões de habitantes
Cerca de 12 milhões de habitantes de Xangai, quase metade da população do centro financeiro da China, estão agora em áreas consideradas de menor risco para a Covid-19, o que significa que estão autorizadas a sair de casa, revelou o governo chinês esta sexta-feira. No início deste mês, toda a população desta cidade chinesa tinha sido colocada em confinamento, na sequência de um surto de SARS-CoV-2 e da política “Zero Covid” delineada pelo governo.
Leia a notícia completa na Reuters (acesso condicionado/conteúdo em inglês).

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Inflação em Portugal dispara para 7,2% em abril, o valor mais alto dos últimos 29 anos

Variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor atinge valor mais elevado desde março de 1993. Preços dos produtos energéticos estão em máximos de maio de 1985.

A taxa de inflação em Portugal acelerou para 7,2% em abril, o valor mais elevado desde março de 1993 e um aumento de 1,9 pontos percentuais face a março, de acordo com a estimativa rápida do Instituto Nacional de Estatística (INE). Este aumento é influenciado pelos produtos energéticos e alimentares não transformados.

Os dados indicam que o indicador de inflação subjacente (excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos) continuou a acelerar em abril, passando de uma variação homóloga de 3,8% em março para 5% em abril, o registo mais elevado desde setembro de 1995.

Fonte: INEINE

A a taxa de variação homóloga do índice relativo aos produtos energéticos foi de 26,7%, o “valor mais alto desde maio de 1985”, aponta o INE. Enquanto isso, o índice referente aos produtos alimentares não transformados apresentou uma variação de 9,5% (5,8% em março).

Comparando com março, o IPC teve uma variação de 2,2% (em março, a variação mensal foi 2,5%). “Estima-se uma variação média nos últimos doze meses de 2,8% (2,2% no mês anterior)”, refere o gabinete de estatísticas.

O Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) português apresentou uma variação homóloga de 7,4%, o valor mais elevado registado desde o início do IHPC, em 1996.

Estes valores são provisórios e os valores definitivos serão conhecidos a 11 de maio.

(Notícia atualizada às 10h05 com mais informação)

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PIB cresce 2,6% e supera previsões. Motor do consumo acelera no arranque de 2022

A economia portuguesa não só não contraiu no arranque de 2022 por causa da guerra como acelerou. O PIB cresceu 2,6% em cadeia e 11,9% em termos homólogos.

Após um crescimento de 4,9% em 2021 e apesar do impacto da guerra a partir do final de fevereiro, a economia portuguesa cresceu 2,6% em cadeia (face ao quarto trimestre) nos primeiros três meses deste ano, segundo a estimativa rápida divulgada esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Em termos homólogos, o PIB avançou 11,9% uma vez que no primeiro trimestre de 2021 tinha contraído, assim como no primeiro trimestre de 2020.

O Governo conta com um crescimento do PIB de 4,9% no conjunto do ano, ficando 0,7% acima do nível pré-pandemia, em linha com o Banco de Portugal (4,9%) e o Conselho das Finanças Públicas (4,8%). Contudo, há instituições com previsões mais conservadoras, como é o caso do Fundo Monetário Internacional (FMI) que aponta para os 4%.

Foi o consumo privado a dar este impulso inesperado ao PIB durante o primeiro trimestre de 2022. “Comparando com o 4.º trimestre de 2021, o PIB aumentou 2,6% em volume (crescimento em cadeia de 1,7% no trimestre anterior), verificando-se um contributo mais positivo da procura interna para a variação em cadeia do PIB, em parte motivada pela aceleração do consumo privado, enquanto o contributo da procura externa líquida se manteve ligeiramente positivo”, explica o INE. Tal poderá ser explicado pela retirada gradual das restrições da pandemia.

Fonte: INE

Assim, ao contrário do esperado pela maioria dos economistas, que apontavam para uma travagem da economia no primeiro trimestre, o PIB português até acelerou face ao quarto trimestre de 2021 e superou todas as previsões.

“O Produto Interno Bruto (PIB), em termos reais, registou uma variação homóloga de 11,9% no 1º trimestre de 2022 (5,9% no trimestre anterior)”, revela o gabinete de estatísticas, explicando que “a evolução em termos homólogos reflete em parte um efeito de base dado que, em janeiro e fevereiro de 2021, estiveram em vigor várias medidas de combate à pandemia que condicionaram a atividade económica“.

O INE detalha que o contributo da procura interna, onde se destaca o consumo privado, aumentou no primeiro trimestre para a variação homóloga do PIB. Quanto à procura externa líquida, também houve um maior contributo porque as importações desaceleraram e as exportações aceleraram, “refletindo a recuperação da atividade turística”.

Fonte: INE

“No 1º trimestre de 2022, a perda nos termos de troca foi mais intensa que nos três trimestres precedentes, em resultado do crescimento pronunciado do deflator das importações”, detalha ainda o INE.

Em reação a estes números, no debate do Orçamento do Estado para 2022 no Parlamento, o ministro das Finanças, Fernando Medina, sublinhou que a economia portuguesa, isolando o primeiro trimestre de 2022, está 3,1% acima do nível do primeiro trimestre de 2021. “Esta é a mensagem fortíssima de confiança que trabalhadores e empresas nos estão a dar”, disse Medina.

Siza Vieira diz que assim “as projeções de crescimento para este ano ficam mais credíveis”

O ex-ministro da Economia, que ocupou o cargo durante o primeiro trimestre deste ano, reagiu no LinkedIn aos números divulgados pelo INE, afirmando que esta é “uma excelente notícia em tempos de grande perturbação da situação internacional e de subida dos preços”. “Portugal voltou a crescer mais que a média europeia e as projeções de crescimento para este ano ficam mais credíveis“, defende Pedro Siza Vieira, que não foi reconduzido no terceiro Governo de António Costa.

Este crescimento do primeiro trimestre, apesar da incerteza do que acontecerá nos trimestres seguintes, dá mais confiança à previsão do Governo de 4,9% para crescimento anual do PIB português e, a continuar esta dinâmica, poderá levar a uma revisão em alta.

“Sobretudo, atingimos ainda durante esse trimestre o nível pre-pandemia, o que significa que tardamos apenas dois anos a recuperar da mais grave crise das últimas décadas”, assinala Siza Vieira, acrescentando que “com os dados do emprego muito positivos e o indicador de clima económico em abril também elevado, espero que estejam criadas condições para enfrentarmos da melhor maneira possível estes tempos conturbados“,

(Notícia atualizada às 13h40 com declarações do ex-ministro da Economia, Pedro Siza Vieira)

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Walk Talks. Como ter uma visão para a vida nos ajuda a ter um propósito

  • Trabalho
  • 29 Abril 2022

João Perre Viana e Nuno Santos Fernandes, partners e mentores da Walking Mentorship, falam-nos de como a visão pode ser combustível para a ação. Junte-se a esta caminhada semanal.

Ter uma visão na vida pessoal e no trabalho ajuda-nos a ter um propósito. E o mesmo vale para as empresas. Ter uma visão significa trazer algo de novo, mas não é sinónimo de fantasia, embora tenhamos que acreditar que é possível a sua concretização.

Visão é o combustível para a ação, lembram João Perre Viana e Nuno Santos Fernandes, partners e mentores da Walking Mentorship, que esta semana nos acompanham numa nova caminhada de reflexão.

Uma conversa, enquanto se caminha, que se repete todas as semanas aqui na Pessoas. Bem-vindos à Walk Talks.

http://videos.sapo.pt/Fm3WMeJrA2Oy92er0YPp

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Grupo Himo abre cowork em Setúbal. Investe um milhão em dois novos espaços em Aveiro e Lisboa

Braga, Cascais, Ericeira, Sines, Lagos e Évora estão entre as cidades na mira do grupo Himo para o nascimento de novos espaços de cowork.

O grupo Himo acaba de abrir um cowork em Setúbal e prepara-se para abrir dois novos Sitio em Aveiro e Lisboa. Só nestes três projetos o grupo, que faz gestão de uma rede de coworks e espaços de coliving, investiu cerca de 1,5 milhões de euros. Braga, Cascais, Ericeira, Sines, Lagos e Évora estão entre as cidades onde o grupo pretende investir em novos espaços.

“Estamos neste momento a iniciar as obras em dois novos espaços, um em Aveiro, com cerca de 1.000m2, e outro em Lisboa, com 2.400m2 que será o novo espaço da Fintech House, que está atualmente num outro edifício da rede e que já é uma referência no ecossistema das fintech a nível europeu”, adianta Miguel Ricardo, general manager da rede Sitio, do Grupo Himo, à Pessoas/ECO. “O investimento na reconversão destes dois espaços é de cerca de um milhão de euros”, acrescenta.

“No plano de crescimento temos cidades como Braga, Cascais, Ericeira, Sines, Lagos, Évora, entre outras. Quanto aos modelos de negócio para novos espaços ponderamos profit sharing, arrendamento ou sale and leaseback em que a marca Sitio, enquanto operador, garante a rentabilidade do investidor”, refere ainda o gestor.

Setúbal junta-se a rede de coworks

A rede Sitio é composta por 14 espaços de coworking (dez em Lisboa, três no Porto, um em Setúbal) e oito de coliving (todos em Lisboa). “O rápido crescimento da rede também se deve ao suporte das outras empresas do grupo Himo, em especial a Habita (mediadora imobiliária) na identificação de ativos imobiliários, Roots responsável pelo desenvolvimento e gestão de projetos e CMquadrado na construção”, explica o responsável.

Setúbal acolhe o mais recente Sitio a nascer na rede. “Setúbal tem um enorme potencial para ser das cidades que proporcionam um maior equilíbrio entre a vida pessoal e profissional pois alia um importante tecido empresarial a uma posição estratégica entre a serra da Arrábida e o estuário do Sado que permite ótima qualidade de vida”, justifica Miguel Ricardo. “É também um ótimo local de trabalho para todos os que vivem a sul do Tejo e pretendem evitar o stress das deslocações para Lisboa.”

Neste espaço o grupo investiu 420 mil euros, tendo criado dois postos de trabalho diretos e vários indiretos, nomeadamente na cafetaria, lojas e serviços de suporte.

Composto por duas lojas, uma cafetaria — sob a gestão da Casa Borba, com produtos artesanais e café biológico — o Sitio de Setúbal tem quatro salas de reuniões e espaços de trabalho com capacidade para 120 pessoas, divididos entre escritórios e zonas com postos de trabalho dedicados ou flexíveis, para utilização por membros ou por clientes pontuais.

Os preços variam entre diárias de 15 euros para os postos de trabalho flexíveis e mensalidades entre 175 a 200 euros por posto em escritório ou secretária dedicada.

“O preço inclui o que consideramos necessário para que os nossos membros possam chegar, ligar o computador e começar a trabalhar. Entre os serviços incluídos estão internet de alta velocidade, acesso ao espaço 24/7, pacote de horas de utilização das salas de reuniões e utilização da copa onde são disponibilizados de forma gratuita fruta e café“, refere o gestor da rede.

Os membros do Sitio também têm acesso aos eventos em toda a rede e à possibilidade de trabalhar em qualquer um dos outros espaços. “Isto significa que um membro do Sitio Setúbal pode reunir com um cliente num dos espaços do Porto ou passar um dia a trabalhar a Lisboa”, destaca Miguel Ricardo.

Para o espaço em Setúbal, a gestora pretende ainda desenvolver eventos para a comunidade e parcerias que aumentem o bem estar no local de trabalho, como sessões de ioga, massagens, entre outras.

Pretende-se que o espaço seja um ecossistema entre freelancers, nómadas digitais, startups e PME com constantes sinergias entre membros. Toda esta atividade e networking também são cativantes para quem está em teletrabalho e que tem aqui uma alternativa a trabalhar no escritório ou em casa”, refere.

Miguel Ricardo diz-se “muito confiante” como a forma como o mercado está a evoluir e espera taxas de ocupação elevadas. “Esperamos alcançar ocupações entre 85% e 90% quando entrarmos em velocidade cruzeiro.”

Empresas procuram coworks

Com a revolução nos modelos de trabalho imposta pela pandemia, muitas empresas têm adotado modelos híbridos. Com parte dos trabalhadores no escritórios e muitos deles em situação de trabalho à distância tem vindo a ganhar tração o conceito de ‘terceiro espaço’. As empresas têm vindo a procurar os cowork da rede, para funcionar como terceiro escritório para os seus colaboradores?

“Tem sido cada vez mais uma realidade e uma forma de as empresas responderem às necessidades dos trabalhadores no contexto atual”, diz o managing director da rede Sitio sem mais detalhes.

Com o trabalho à distância muitas empresas também estão a aumentar a sua rede de contratação, não se limitando às zonas onde têm os seus escritórios. O Estado português tem ainda inclusive um plano para a criação de uma rede de coworks em zonas do interior do país.

“É uma boa iniciativa para o combate à desertificação do interior, no entanto criar espaços de coworking não chega, é preciso incentivar e dar condições a que as empresas se estabeleçam, criar uma comunidade e desenvolver uma rede entre os vários municípios para que o ecossistema seja sustentável”, alerta Miguel Ricardo.

“Estamos disponíveis para ajudar as autarquias a pensar e desenvolver os seus espaços de coworking, bem como formas de cativar empresas e de lhes proporcionar condições para que se desenvolvam.”

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Retirada de civis da fábrica de Azovstal falha

  • ECO
  • 29 Abril 2022

Estava prevista para esta sexta-feira uma operação de retirada ucranianos na cidade de Mariupol, mas apesar da participação da ONU os civis continuam dentro da fábrica Azovstal.

O Presidente da Ucrânia tinha anunciado para esta sexta-feira uma operação de retirada de civis ucranianos que se encontram nos subterrâneos da fábrica Azovstal, cercada pelas tropas russas na cidade portuária de Mariupol. Mas, apesar da expectativa criada pela presença em Kiev e Moscovo do Secretário-Geral da ONU, os civis continuam dentro da instalação fabril.

Pelo menos uma pessoa morreu e cerca de dez terão ficado feridas na sequência do ataque com mísseis em Kiev, pouco depois da reunião entre o Presidente ucraniano e o secretário-geral da ONU. Em reação a este bombardeamento, António Guterres, disse em entrevista à RTP, que ficou “chocado” com o sucedido, não por ter acontecido durante a sua vista, mas porque “é uma cidade sagrada quer para os ucranianos quer para os russos”.

Já Volodymyr Zelensky referiu que estes ataques “dizem muito sobre a atitude da Rússia para com instituições internacionais”.

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Economia francesa estagnou no primeiro trimestre

PIB francês registou variação em cadeia de 0% no primeiro trimestre do ano, aumentando os receios de um cenário de "estagflação" na Zona Euro.

O Produto Interno Bruto (PIB) francês registou uma variação em cadeia de 0% no primeiro trimestre do ano, um desempenho que não era esperado pelos economistas e que está relacionado com uma quebra na procura interna, na ordem de 0,6%.

O consenso da Reuters apontava para um crescimento de 0,3% no trimestre, depois do crescimento de 0,8% no último trimestre do ano passado, mas o resultado terá sido uma estagnação. O desempenho alimenta assim os receios de um cenário de “estagflação” na Zona Euro, um período caracterizado por inflação elevada e estagnação económica.

À semelhança da generalidade dos países Ocidentais, França também tem assistido a um acelerar da taxa de inflação. No entanto, a inflação francesa mantém-se abaixo da registada em países como Espanha e Alemanha: em abril, a taxa homóloga cifrou-se em 5,4%, contra os 5,1% no mês anterior.

A subida mais lenta estará relacionada com a maior preponderância da energia nuclear no país, ao contrário dos países mais dependentes do gás natural.

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Crescimento do PIB espanhol desacelera no primeiro trimestre para 0,3%

  • Lusa
  • 29 Abril 2022

Crescimento da economia espanhola desacelerou quase dois pontos percentuais no primeiro trimestre do ano, para 0,3%, que compara com a subida de 2,2% no trimestre anterior.

O crescimento da economia espanhola desacelerou quase dois pontos percentuais no primeiro trimestre do ano, para 0,3%, depois de ter sido de 2,2% no trimestre anterior, segundo o Instituto Nacional de Estatísticas espanhol (INE).

A instituição estima que o consumo das famílias diminuiu 3,7% no primeiro trimestre, em comparação com um crescimento de 1,5% no último trimestre de 2021.

Trata-se da primeira evolução negativa das despesas das famílias desde o primeiro trimestre de 2021 e o seu maior declínio desde o segundo trimestre de 2020, quando o confinamento provocado pela pandemia de Covid-19 provocaram uma diminuição do consumo das famílias em 20,4%.

Por outro lado, o crescimento anual do PIB (Produto Interno Bruto) acelerou quase um ponto percentual no primeiro trimestre, de 5,5% no último trimestre de 2021 para 6,4%, como resultado de uma maior contribuição do setor externo.

A procura externa contribuiu com 3,1 pontos para o PIB anual no primeiro trimestre, um valor 1,3 pontos superior ao do trimestre anterior, enquanto a procura interna contribuiu com 3,3 pontos, cinco décimos menos.

O INE adverte que futuras revisões destes dados provisórios para o primeiro trimestre poderão ser maiores do que o habitual devido ao atual contexto económico e a mudanças “abruptas”.

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