Índice de transmissibilidade da Covid-19 volta a subir para 1,02 em Portugal

  • Lusa
  • 27 Abril 2022

Índice de transmissibilidade (Rt) da Covid-19 sobe em Portugal de média de 1, na semana anterior, para 1,02. RT acima de 1 no Norte, Centro e Açores, indicando uma tendência crescente de infeções.

O índice de transmissibilidade (Rt) do coronavírus SARS-CoV-2 subiu ligeiramente em Portugal para os 1,02 e a média de casos diários aumentou para os 9.474, indicou esta quarta-feira o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA).

“O valor médio do Rt para os dias de 18 a 22 de abril foi de 1,02” a nível nacional, o que representa um aumento em relação ao valor de 1,00 registado na semana anterior, avança o relatório do INSA sobre a evolução do número de casos no país.

Entre 21 de janeiro e 15 de fevereiro, este indicador tinha registado uma descida acentuada, chegando aos 0,71.

Segundo os dados divulgados esta quarta-feira, o número médio a cinco dias de casos diários passou dos 8.931 para os 9.474 a nível nacional, sendo mais baixo em Portugal continental (8.842).

O documento do INSA adianta ainda que o Rt – que estima o número de casos secundários de infeção resultantes de cada pessoa portadora do vírus – está acima do limiar de 1 no Norte (1,07), no Centro (1,03) e nos Açores (1,05), o que “indica uma tendência crescente” de infeções pelo SARS-CoV-2.

Este indicador está nos 0,99 em Lisboa e Vale do Tejo, nos 0,98 no Alentejo, nos 0,95 no Algarve e nos 0,89 na Madeira.

“Portugal apresenta a taxa de notificação acumulada de 14 dias superior a 960 por 100 mil habitantes e um Rt superior a 1, ou seja, uma taxa de notificação muito elevada e com tendência crescente”, adianta o instituto.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Efeito positivo da inflação nas contas públicas vai desaparecer “rapidamente”, avisa o CFP

Este efeito não será duradouro. "No médio prazo, a inflação irá necessariamente provocar uma pressão significativa na despesa pública", alerta o Conselho das Finanças Públicas.

O Conselho das Finanças Públicas (CFP) vem esta quarta-feira validar a ideia da oposição ao Governo de que o Estado está e vai beneficiar ainda mais da aceleração da inflação em Portugal, com a receita de impostos a aumentar. Contudo, os peritos em contas públicas alertam que esse efeito é visível no “muito curto prazo” e “rapidamente” se esgota.

Sendo 2022 o primeiro ano de um processo inflacionista não totalmente antecipado, o saldo orçamental tende a melhorar no muito curto prazo por via de vários mecanismos que, contudo, rapidamente se esgotam“, lê-se no relatório da instituição que analisa a proposta do Orçamento do Estado para 2022 (OE2022). O CFP prevê que a taxa de inflação (IHPC) se situe nos 3,9% e o Governo nos 4%.

A instituição liderada por Nazaré Costa Cabral detalha os mecanismos através dos quais o Estado fica a ganhar, começando logo pela “não atualização dos escalões (não desdobrados) de IRS”, cuja decisão tem sido criticada pela oposição. Em sua defesa, o ministro das Finanças, Fernando Medina, tem argumentando que essa atualização teria um impacto mínimo e que o desdobramento (já previsto no OE2022 original) tem um impacto muito maior.

Além disso, há uma “reação automática” de aumento da receita de IVA — taxa fixa que incide sobre o preço dos bens e serviços — por causa da subida do preço dos bens e serviços consumidos pelos cidadãos. Acresce que em 2022 o aumento da função pública já estava “pré-determinado”, tendo como referência a inflação registada de 2021, e que a aquisição de bens e serviços por parte da administração pública “beneficia por algum tempo do preço de contratos fixados anteriormente”.

Porém, este efeito não será duradouro. “No médio prazo, a inflação irá necessariamente provocar uma pressão significativa na despesa pública“, alerta o Conselho das Finanças Públicas, elencando as vias pelas quais a despesa vai aumentar no futuro. O CFP começa pelo “custo das novas colocações de dívida pública subirá”, um fenómeno que já é visível e que se intensificará assim que o Banco Central Europeu (BCE) começar a subir as taxas de juro diretoras, tal como sinalizou Christine Lagarde na semana passada.

Do ponto de vista dos salários, a entidade admite que “as negociações salariais serão pressionadas pela perda de poder de compra em 2022” e lembra que no caso das pensões há uma fórmula de atualização “legal” e automática que tem em conta o IPC (Índice de Preços no Consumidor) e a evolução do PIB, duas variáveis que vão registar variações expressivas em 2022.

Os novos contratos de aquisição de bens e serviços refletirão preços necessariamente mais elevados; os próprios concursos para investimentos suportados pelo PRR sofrerão o impacto, o que se pode traduzir num menor volume de investimento para os mesmos fundos“, acrescenta ainda o CFP. Nos últimos meses já têm sido noticiados alguns casos de investimentos cujos concursos ficam desertos ou empresas que reclamam uma atualização dos valores contratuais face à subida recente dos preços.

Se o OE2022 pode colher os “frutos” desta inflação, será o Orçamento para 2023 a colher os impactos potencialmente negativo. “Todos estes efeitos vão criar pressões sobre o próximo Orçamento do Estado para 2023“, avisa o CFP, assinalando que “a ausência do referido enquadramento plurianual dificultará ainda mais o seu processo de elaboração”. O Conselho refere-se à Lei das Grandes Opções, que inclui o quadro plurianual das despesas e receitas públicas que deveria definir os tetos máximos da despesa para os anos seguintes, à qual os Orçamentos de Estado deveriam submeter-se.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Prisa faturou 210 milhões no primeiro trimestre de 2022

  • Servimedia
  • 27 Abril 2022

A reestruturação realizada no ano passado e a melhoria operacional das divisões de Educação e Media levaram a que a Prisa faturasse mais 100 mil euros no primeiro trimestre de 2022 face a 2021.

No primeiro trimestre do ano, a Prisa gerou receitas de 210,6 milhões de euros, mais 100 mil euros (32,8%) face ao período homólogo, no qual tinha registado uma perda de 13,8 milhões de euros, noticia a Servimedia.

Este aumento nas receitas deve-se, de acordo com o grupo, à reestruturação empreendida no ano passado e à contínua melhoria operacional das suas divisões de Educação e Media.

Prova disso é o Ebitda deste ano da Prisa, que, excluindo as indemnizações por despedimento, atingiu 43,8 milhões, mais 156,3% do que entre janeiro e março de 2021.

O grupo registou uma caixa positiva de 40,8 milhões de euros, mais 89% do que no primeiro trimestre de 2021 e, a 31 de março, a caixa da empresa era de 216 milhões de euros, com 99 milhões de euros de linhas de liquidez não utilizadas.

“O grupo está num momento decisivo em que todas as mudanças empreendidas nos permitem abordar o futuro centrado no crescimento empresarial e centrado no interesse dos nossos acionistas e empregados”, referiu Joseph Oughourlian, presidente da Prisa, citado pela Servimedia.

“Objetivos claros e definidos”

Oughourlian acrescentou: “Apresentamos um plano estratégico a médio prazo, com objetivos claros e definidos, que estamos concentrados em executar, e os resultados do primeiro trimestre refletem que o caminho que estabelecemos é o caminho certo”.

O responsável pelo grupo de media indicou ainda que “estes primeiros meses do ano têm sido muito bons para a empresa, continuando com a tendência positiva que se tem vindo a registar” e afirmou que mantém as previsões estabelecidas no início do ano, apesar de ressalvar que não esquece que tem de haver cautela “face à incerteza resultante da guerra na Ucrânia e às consequências económicas que esta pode acarretar”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Mais PIB e menos medidas Covid permitiam maior redução do défice em 2022, diz CFP

O Governo está a ser criticado por baixar o défice em 2022 face aos efeitos da guerra e inflação, mas na análise ao OE2022 o CFP calcula que Fernando Medina até podia ter ido mais longe.

O défice orçamental vai descer de 2,8% do PIB em 2021 para 1,9% em 2022, mas o Governo até podia ter ido mais longe. Segundo a análise do Conselho das Finanças Públicas (CFP) à proposta do Orçamento do Estado para 2022 (OE2022), o crescimento económico e a retira das medidas Covid-19 “geram” um impacto positivo de 6.815 milhões de euros nas contas públicas, mas a descida do défice é quatro vezes menor (1.576 milhões).

Para a redução do défice orçamental muito contribuirá a retoma progressiva da atividade económica e a eliminação de grande parte das medidas de emergência adotadas na resposta à crise pandémica“, revela o CFP no relatório divulgado esta quarta-feira, notando que “a dimensão do efeito destes dois fatores no saldo ascende a 6.815 milhões de euros, mais do quádruplo da melhoria de 1.576 milhões de euros que o Ministério das Finanças prevê para o saldo orçamental em 2022“.

Isto é, o Governo podia ir mais longe na redução do défice orçamental este ano. Exemplo disso é que antes de o OE2022 ser apresentado, o CFP calculava que o défice ficaria nos 1,6% este ano, em políticas invariantes. Antes da guerra e da maior aceleração da inflação, Mário Centeno, atual governador do Banco de Portugal e ex-ministro das Finanças autor do primeiro excedente orçamental da democracia portuguesa, dizia que havia “condições aritméticas” para chegar a um défice de 1% em 2022.

Porém, com os efeitos da invasão russa na Ucrânia e da aceleração da taxa de inflação, o Governo foi obrigado a atuar, inscrevendo mais despesas ou abdicando de receitas públicas — ainda que à direita e à esquerda há quem argumente que fica aquém do necessário para as empresas e cidadãos. No OE2022 chumbado o défice original era de 3,2% do PIB, mas o ponto de partida mais favorável podia tê-lo levado para os 1% não fosse a guerra a inflação.

Mesmo assim, o crescimento do PIB e a retirada das medidas Covid-19, que até pode estar a ser maior do que antecipado anteriormente, é “mais do que suficiente para compensar não apenas a variação do impacto negativo no saldo das medidas one-off (1.171 milhões de euros), como também o impacto desfavorável no saldo das medidas discricionárias de natureza permanente (2.610 milhões de euros) e de resposta ao choque geopolítico (1125 milhões de euros) explicitadas pelo Governo na POE/2022″.

Nestas contas também é visível que a maior parte da “folga” orçamental criada por mais crescimento económico e menos despesa Covid-19 é dedicada a medidas permanentes, como é o caso de despesas com pessoal, descidas de impostos (IRS) e outros gastos correntes do Estado, como bens e serviços.

“Excluindo as medidas do Plano de Recuperação e Resiliência, o impacto na despesa das medidas explicitadas pelo governo que não relativas às de emergência COVID-19 totalizará 3.199 milhões de euros“, calcula o CFP. Do lado da melhoria do défice, o Estado conta ainda este ano com um efeito positivo para as finanças públicas: a inflação. O Conselho admite que tal ajudará no curto prazo, mas avisa que esse efeito esgota-se “rapidamente”.

Nesta análise, o CFP destaca que este será o “primeiro ano em que se prevê uma execução expressiva do PRR (1,4% do PIB) e um PIB em volume que superará o valor atingido antes da pandemia“, mas reconhece que “a pandemia e o choque geopolítico decorrente da invasão da Ucrânia terão um impacto considerável nas finanças públicas”. O peso da despesa e da receita pública face ao PIB vai descer, principalmente graças à redução da carga fiscal face a 2021, “ano em que aquele indicador atingiu o valor mais elevado dos últimos 27 anos (35,6% do PIB)”.

Tendo em conta os números do Governo na proposta do OE2022, a entidade liderada por Nazaré Costa Cabral conclui que “os objetivos de saldo orçamental e de dívida pública” são “passíveis” de ser atingidos, “assim não se materializem a totalidade dos riscos descendentes também identificados”. Quais são esses riscos? O CFP elenca pelo menos sete riscos, entre elas uma nova transferência para o Novo Banco que tanto o Governo como o Fundo de Resolução têm rejeitado:

  • A incerteza sobre a duração e a escalada do conflito militar entre a Rússia e a Ucrânia, cujas consequências poderão implicar um impacto de magnitude superior ao previsto pelo Governo nas medidas de mitigação que pretende implementar em 2022 ou determinar a adoção de medidas adicionais;
  • Surgimento de novas variantes da COVID-19 que, não obstante os progressos na vacinação e controlo da doença, poderão retardar a redução e eliminação das medidas relacionadas com a pandemia, penalizando a recuperação do equilíbrio orçamental;
  • Ativação das garantias do Estado concedidas no âmbito de algumas das medidas de resposta à crise pandémica e ao choque geopolítico, nomeadamente linhas de crédito a empresas;
  • Sobrestimação das poupanças e ganhos de eficiência a obter no âmbito do exercício de revisão de despesa;
  • As responsabilidades relacionadas com pedidos de reposição do equilíbrio financeiro e ações arbitrais submetidas por concessionárias e subconcessionárias no âmbito de projetos de Parcerias Público-Privadas (PPP) que impliquem uma despesa superior à considerada na POE/2022;
  • Transferências adicionais para o Novo Banco ao abrigo do Acordo de Capitalização Contingente;
  • A eventualidade de a TAP poder necessitar de apoios financeiros superiores aos considerados pelo MF na POE/2022 em contas nacionais.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Dantas Rodrigues abre escritório em Viana do Castelo

Sociedade reforça presença a norte, com ligação direta ao escritório do Porto para cobrir área da Galiza, Minho e Grande Porto.

A sociedade de advogados, Dantas Rodrigues & Associados está, a partir de agora, presente em Viana do Castelo, com a abertura de um escritório no Edifício Palácio numa ação que visa o reforço da presença a Norte, com maior aproximação ao mercado da Galiza, onde a equipa já está presente através de parcerias com escritórios locais. “É um passo lógico e natural na estratégia de crescimento que temos delineada”, diz Dantas Rodrigues, sócio-partner da sociedade com sede em Lisboa e escritório no Porto.

“Desde há algum tempo que temos estabelecidas várias parcerias com escritórios de advogados de outros países, Espanha incluída e, em particular, na Galiza”, refere o advogado. Por isso, sustenta, “foi com naturalidade que surgiu o objetivo de abrir um escritório em Viana do Castelo”.

Dantas Rodrigues recorda que “Viana do Castelo é um município muito industrializado, com forte ligação a setores como o têxtil, a construção naval, a pesca, a mecânica, papel e cartão, energias renováveis”. “Um concelho onde estão presentes as grandes empresas empregadoras que são simultaneamente exportadoras e, também por isso, faz todo o sentido instalar aqui os nossos serviços”, frisa o sócio-partner da Dantas Rodrigues & Associados.

Paralelamente, frisa o advogado, “estamos à porta da Galiza, prontos para oferecer a melhor qualidade de serviços jurídicos integrados às empresas que estão instaladas na Galiza ou que ali querem instalar-se ou manter negócios com parceiros do outro lado da fronteira”.

O escritório de Viana do Castelo, tal como os do Porto ou de Lisboa, terá uma equipa multidisciplinar de profissionais habituados a prestar assessoria em diferentes idiomas e com as mesmas especialidades. Em particular na área do Direito da Família, Direito Imobiliário, Direito Sénior, Direito da Segurança Social e Pensões, Direito Administrativo, Direito Fiscal e Contencioso Tributário, Direito Penal, Direito do Trabalho (Laboral), Direito das Sociedades / Empresa, Direito Internacional e Registos e Notariado.

Recorde-se que, além dos serviços jurídicos, a Dantas Rodrigues & Associados tem vindo a desenvolver um importante trabalho na área da Terceira Idade, tendo criado, em 2020, o Gabinete Sénior, um projeto social de apoio aos cidadãos com 65 ou mais anos, bem como aos seus cuidadores. Reunido em forma de livro, os conselhos e explicações jurídicas procuram ajudar a tomar as decisões mais corretas, sendo um projeto pioneiro à data no mercado da advocacia portuguesa.

Igualmente focado na excelência da formação, o Centro de Estudos Dantas Rodrigues (CEDR) criou uma academia associada ao escritório de advogados, para formação especializada, para o desenvolvimento de competências jurídicas, de gestão e de liderança. Este Centro promove ainda a edição de obras técnico-jurídicas, resultantes do estudo e investigação em áreas como o Direito, a Fiscalidade, a Ciência Política e a Cidadania, mas absolutamente distintas de outras publicações no género pela linguagem acessível utilizada e pela inovação científica que as norteia.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

JPAB integra grupo do Banco de Portugal

Marisa Silva Monteiro, coordenadora de Financeiro &Garantias da JPAB foi convidada pelo BdP a integrar o grupo de contacto com o mercado que a Instituição acaba de criar para debater o euro digital.

Marisa Silva Monteiro, coordenadora de Financeiro & Garantias da José Pedro Aguiar-Branco Advogados, JPAB, foi convidada pelo Banco de Portugal a integrar o grupo de contacto com o mercado que a Instituição acaba de criar para debater o euro digital.

O Banco de Portugal pretende que este grupo “contribua para obter a visão de diferentes intervenientes da sociedade quanto às opções relativas à conceção e distribuição de um potencial euro digital e às oportunidades que a introdução do mesmo poderá trazer para os diferentes agentes e setores de atividade intervenientes no mercado de pagamentos nacional”.

Os membros do Grupo de Contacto com o Mercado sobre o Euro Digital foram selecionados pelo Banco de Portugal “com base na sua experiência profissional e ligação ao sistema financeiro.”

A advogada e consultora da JPAB – José Pedro Aguiar-Branco Advogados é especializada nas áreas de financeiro, bancário e garantias e acompanha bancos internacionais, instituições financeiras, sociedades e fundos de investimento em matérias distintas como procedimentos, auditorias de modelos contratuais e compliance legislativa.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Portugal e Espanha criticam obrigação de armazenamento de gás acima de 80%

  • Lusa
  • 27 Abril 2022

Devido à baixa capacidade de retirada nos dois países, os níveis de armazenamento acima de 80% da capacidade podem não ser acessíveis durante o inverno, resultando em stocks inúteis e dispendiosos.

Portugal e Espanha criticaram esta quarta-feira a obrigação mínima proposta pela Comissão Europeia de armazenamento subterrâneo de gás na União Europeia (UE) acima dos 80%, pedindo a inclusão das “circunstâncias específicas da Península Ibérica” e a contabilização do GNL.

Numa posição conjunta divulgada esta quarta-feira, um mês após o Executivo comunitário ter proposto, para garantir fornecimento energético face às tensões com os fornecedores russos, a obrigação mínima de 80% de armazenamento de gás na UE até início de novembro para o próximo inverno e uma meta de 90% nos anos seguintes, Lisboa e Madrid vincam que “o compromisso final deve ter em conta as diferentes e específicas circunstâncias da Península Ibérica”.

Embora saudando “os objetivos” da proposta da Comissão Europeia, por entenderem que “o sistema de gás da UE deve estar suficientemente preparado para enfrentar os riscos decorrentes das atuais mudanças geopolíticas e aumentos sem precedentes dos preços da energia, em particular durante o próximo inverno”, os dois países realçam a “baixa capacidade de armazenamento subterrâneo e de retirada” na Península Ibérica.

“Existem cinco instalações de armazenagem subterrânea em funcionamento na Península Ibérica, representando 39.002 GWh [Gigawatt] de capacidade – 9% do consumo anual ibérico – e uma capacidade máxima de retirada de 270 GWh/dia – cerca de 23% da procura média diária ibérica – e, devido a esta baixa capacidade de retirada, níveis de armazenamento acima de 80% da capacidade podem não ser acessíveis durante o inverno, resultando em stocks inúteis e dispendiosos”, elencam.

Assim, “o objetivo de enchimento para armazenamento subterrâneo em Portugal e Espanha deve ser fixado em 80% da capacidade de armazenamento para 2022 em diante, permitindo contar as existências de GNL [gás natural liquefeito] para o cumprimento do objetivo de 90%”, sugerem.

“Portugal e Espanha não podem concordar com abordagens alternativas baseadas no enchimento do armazenamento subterrâneo acima de 80% da sua capacidade ou com a obrigação de armazenar volumes estabelecidos com referência a uma percentagem da procura nacional de gás”, insistem.

Para Lisboa e Madrid, “tais abordagens não aumentariam o nível de segurança do aprovisionamento de gás na Península Ibérica, nem reconheceriam o papel do GNL, resultando num encargo injusto para os consumidores ibéricos no atual contexto de preços elevados da energia”.

Os dois países realçam, antes, o “papel proeminente do GNL”, que a seu ver “oferece garantias suficientes no que diz respeito à segurança do aprovisionamento, uma vez que a capacidade de regaseificação dos terminais é suficiente para satisfazer a procura num dia normal de inverno, se necessário”, o que permitiria também diversificar as fontes de abastecimento.

“Para manter um nível suficiente de segurança do aprovisionamento de gás, os governos português e espanhol adotaram as suas próprias regras nacionais que obrigam os expedidores de gás a manter níveis mínimos de reservas de GNL durante o inverno, bem como obrigações de reserva estratégica nas instalações de armazenamento”, concluem.

No final de março passado, a Comissão Europeia propôs uma obrigação mínima de 80% de armazenamento de gás na UE para o próximo inverno, até início de novembro, para garantir fornecimento energético, percentagem que deverá chegar aos 90% nos anos seguintes.

Previsto está que os 18 dos 27 Estados-membros que têm instalações subterrâneas de gás assegurem o preenchimento até pelo menos 80% da capacidade até 1 de novembro de 2022, aumentando para 90% nos anos seguintes, com objetivos intermédios de fevereiro a outubro.

Os operadores devem comunicar os níveis de preenchimento às autoridades nacionais, cabendo aos Estados-membros controlar os níveis de enchimento mensalmente e informar a Comissão.

A UE importa 90% do gás que consome, sendo a Rússia responsável por cerca de 45% dessas importações, em níveis variáveis entre os Estados-membros.

A Rússia é também responsável por cerca de 25% das importações de petróleo e 45% das importações de carvão da UE.

Já antes, no início de março, a Comissão Europeia propôs a eliminação progressiva da dependência de combustíveis fósseis da Rússia antes de 2030, com aposta no GNL e nas energias renováveis, estimando reduzir, até ao final do ano, dois terços de importações de gás russo.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Marcelo promulga suspensão dos limites mínimos do ISP

Pacote de medidas para responder ao aumento de preços já foi promulgado pelo Presidente da República, depois de receber "luz verde" no Parlamento, e vai poder entrar em vigor em maio.

O Presidente da República promulgou o decreto que aprova medidas excecionais e temporárias de resposta ao aumento dos preços dos combustíveis, permitindo assim baixar o ISP para o equivalente a uma redução do IVA dos combustíveis a 13%. O pacote de medidas contempla a suspensão do limite mínimo do ISP e a publicação de um relatório trimestral dos preços dos combustíveis por parte da ERSE.

A promulgação por parte de Marcelo Rebelo de Sousa foi comunicada na página oficial da Presidência, que dá conta da promulgação de dois decretos da Assembleia da República. Com este passo, a redução mais agressiva do ISP poderá assim entrar em vigor em maio, sendo que o Governo prevê a sua aplicação por dois meses. Recorde-se que, com a entrada em vigor desta medida, deixa de se aplicar o apoio do Autovoucher.

Apesar deste horizonte de aplicação até junho, o que tem um custo estimado de 170 milhões de euros, ou seja, cerca de 85 milhões por mês, há a possibilidade de prolongar a medida. Isto já que a lei entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação e vigora até 31 de dezembro de 2022, pelo que o Governo terá margem para mexer no ISP até ao final do ano, se for necessário.

Neste decreto fica também determinada a “publicitação trimestral e, bem assim, sem prejuízo de outros meios de prestação de informação, a publicação de um relatório completo de informação referente à formação dos preços de venda ao público dos combustíveis, por parte da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos”.

Um dos objetivos do Governo com este relatório é certificar que o efeito da descida do ISP chega mesmo aos automobilistas na bomba. O documento poderá também servir como suporte para decidir sobre um eventual travão às margens no âmbito de uma lei que foi aprovada pelo Parlamento no ano passado e que permite travar a subida excessiva de margens das gasolineiras e das petrolíferas. Seja a margem de refinação ou margem de comercialização.

No pacote de medidas, consagra-se também uma “isenção de imposto sobre o valor acrescentado sobre transmissões de alguns bens utilizados no âmbito da produção agrícola”.

Marcelo promulga alterações à Lei de Enquadramento Orçamental

O Presidente da República também promulgou as alterações propostas pelo Governo à Lei de Enquadramento Orçamental (LEO). Com esta promulgação e a posterior entrada em vigor das novas normas, a Função Pública vai poder receber subsídio de férias sem novo Orçamento e, além disso, a entrega da Lei das Grandes Opções fica adiada.

Considerando que o disposto no n.º 3 do artigo 8.º adita uma avaliação ex-post do Conselho das Finanças Públicas, sem extinguir a avaliação prévia, o Presidente da República promulgou o Decreto que procede à alteração da Lei de Enquadramento Orçamental“, lê-se na nota publicada no site da Presidência da República.

Na sexta-feira, a Assembleia da República aprovou o projeto de lei do Governo que muda a lei orçamental para que seja possível pagar em junho o subsídio de férias aos 733 mil funcionários públicos, mesmo que não haja um novo Orçamento do Estado para 2022 (OE2022) em vigor. Com as alterações, as quais foram aprovadas pelos 120 deputados do PS, criam-se mais exceções ao regime de duodécimos que está em vigor desde o início do ano devido ao chumbo do OE2022.

No projeto de lei, aprovado com os votos a favor do PS, PSD e Livre e votos contra do PCP e Bloco e Esquerda, o Executivo diz que “as alterações propostas visam garantir o normal funcionamento da Administração Pública e, em particular, o cumprimento de compromissos já assumidos enquanto se encontrar em vigor o regime transitório de execução orçamental”.

(Notícia atualizada às 14h38 com mais informação)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Fundador da Archegos detido pelas autoridades norte-americanas

  • ECO
  • 27 Abril 2022

Bill Hwang, fundador do falido fundo Archegos, foi detido pelas autoridades norte-americanas. Em causa estão suspeitas de manipulação dos títulos de carteiras de investimento. 

Bill Hwang, fundador do falido fundo Archegos Capital Management, foi detido pelas autoridades norte-americanas, avança o Financial Times. Em causa estão suspeitas de manipulação do mercado.

A queda do fundo Archegos aconteceu em março do ano passado, tendo gerado perdas de vários milhares de milhões de dólares a vários bancos de investimento, incluindo o Credit Suisse, UBS, Nomura e Morgan Stanley. Na altura, a venda apressada de derivados arrastou também algumas das empresas do portefólio do fundo para quedas significativas na bolsa.

Além de Bill Hwang, também Patrick Halligan, antigo diretor financeiro do fundo foi detido. As autoridades alegam que executivos de topo na Archegos terão manipulado os preços de ativos financeiros pertencentes ao portefólio do family office de Hwang. O plano terá ajudado o portefólio da empresa a passar de 1,5 mil milhões de dólares para 35 mil milhões de dólares num só ano, acrescenta o The New York Times (acesso pago, conteúdo em inglês).

Na sequência deste escândalo, o Departamento de Justiça norte-americano abriu uma investigação para apurar responsabilidades. O colapso do Archegos terá gerado perdas superiores a dez mil milhões de dólares em várias instituições financeiras da Europa e da Ásia.

(Notícia atualizada pela última vez às 13h49)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Já há empresas europeias a pagar gás russo em rublos

Bloomberg avança que quatro empresas europeias já pagaram à Gazprom em rublos, cedendo à exigência de Moscovo. Dez empresas no total já abriram conta no Gazprombank.

Quatro empresas europeias que importam gás natural da Rússia já terão feito pagamentos à Gazprom em rublos, como exige o Presidente russo Vladimir Putin. A notícia foi avançada pela Bloomberg, que cita uma fonte próxima da empresa.

A agência indica também que dez empresas europeias abriram conta no Gazprombank, um dos passos necessários para pagar o gás natural em rublos, a moeda russa. Ao abrigo do mecanismo criado por Moscovo, as empresas transferem o pagamento na divisa original para uma conta nesse banco, que devolve o equivalente em rublos para liquidação do pagamento.

Esta quarta-feira, a Gazprom cortou o gás à Polónia e Bulgária, depois de estes países terem recusado fazer pagamentos à Rússia em rublos. Os países falam em violação dos contratos.

Foi no final do mês passado que Vladimir Putin fez o ultimato aos países Ocidentais para que paguem o gás em rublos. Caso contrário, ameaça fechar a torneira, agravando severamente a crise energética vivida no continente europeu.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Três equipas portuguesas vencem final nacional do Brandstorm. Nova SBE e ISCTE estão representadas

Equipas terão mentoria da L'Oréal para promover os projetos e criar as apresentações que vão defender perante o júri internacional. Pela primeira vez iniciativa junta equipas ibéricas.

Duas equipas da Nova School of Business and Economics e uma do ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa são as grandes vencedoras da final nacional do Brandstorm, que juntou pela primeira vez nos seus 30 anos de história, estudantes de Espanha e Portugal. As três equipas terão, agora, mentoria personalizada da L’Oréal para promover os seus projetos e criar as apresentações que vão defender perante o júri internacional na meia final que se realiza a 12 de maio. Quase 300 participantes de nove universidades de ambos os países conceberam um projeto disruptivo para o setor.

“A experiência emocionante desta final do Brandstorm reflete a grande capacidade e acuidade que existe entre os jovens espanhóis e portugueses. Eles são o futuro da nossa sociedade, por isso, é de vital importância promover iniciativas que as incentivem e acompanhem no seu desenvolvimento profissional, preparando-as para todos os desafios do mundo do trabalho. Sem dúvida, esta competição é uma grande ferramenta de aquisição de talento para o nosso Grupo”, afirma Juan Alonso de Lomas, CEO da L’Oréal Espanha e Portugal, em comunicado.

Entre nove finalistas, a equipa Beautif’all formada por Rui Mesquita Diniz, Maria Neiva Santos e Marta Monteirinho, foi a vencedora da área de tech. No projeto de beleza inclusiva venceu a equipa Equal Future, formada por Rita Simões Raposo, Marta Augusto e Isabel Pedro. Já a equipa Glamovation, composta por Smriti Singh, Koray Uerkuet e Juliana Klude, venceu com o projeto de beleza sustentável.

A competição permite que os alunos conheçam a cultura da empresa e tenham contacto com recrutadores para uma primeira experiência de trabalho. Também oferece aos jovens a possibilidade de aumentarem as suas competências profissionais, através de um percurso completo de aprendizagem (master classes, especialistas, e-learnings, e por aí fora.), graças à colaboração com a Salesforce.

Além disso, os vencedores poderão desfrutar de uma experiência internacional em Paris, com todas as despesas de viagem e alojamento incluídas, para desenvolver o seu projeto em sessões de empreendedorismo com os especialistas da L’Oréal, na sua sede mundial, e no maior campus de startups do mundo, a Estação F.

“O Brandstorm é uma iniciativa da qual nos orgulhamos muito. Foram três décadas a incentivar e a promover jovens talentos. Estamos muito gratos pela grande participação e empenho de todas as equipas que apresentaram projetos muito inovadores e impactantes, que contribuem para o nosso objetivo enquanto grupo de continuar a apostar na sustentabilidade, inclusão e beauty tech“, afirma Lola Ortuño, diretora de relações humanas da L’Oréal Espanha e Portugal.

Desde a sua criação, há 30 anos, que a competição mundial da L’Oréal para recrutar os melhores jovens talentos continua a ser uma das maiores apostas da companhia. No ano passado, participaram cerca de 60.000 estudantes de 65 países e todos os anos são recrutados entre 150 e 200 jovens para se juntarem à empresa.

Veja aqui as equipas portuguesas vencedoras:

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Confiança dos consumidores na Alemanha cai acentuadamente

  • Lusa
  • 27 Abril 2022

Consultora prevê queda de 10,8 pontos no indicador da confiança dos consumidores alemães, um novo mínimo à boleia da guerra na Ucrânia e da inflação. Consumidores acreditam em perigo de recessão.

A confiança dos consumidores alemães deteriorou-se acentuadamente pelo segundo mês consecutivo, caindo para um novo mínimo, à medida que a guerra na Ucrânia e a inflação desvaneceram as esperanças de uma recuperação pós-pandemia.

A Society for Consumer Research (GfK) prevê uma queda de 10,8 pontos para o seu indicador – com base nas opiniões de quase 2.000 inquiridos e que mede a confiança dos consumidores – de 15,7 negativos em abril para 26,5 negativos em maio.

Assim, o clima de consumo afunda-se para um novo mínimo histórico e cai significativamente abaixo do anterior recorde negativo na primavera de 2020 durante o primeiro confinamento público da Alemanha, disse esta quarta-feira a consultora num comunicado.

Um aumento acentuado da propensão para poupar em abril acelerou esta queda.

A guerra na Ucrânia, bem como a elevada inflação, atingiram duramente o sentimento de consumo. Isto acabou por frustrar as esperanças de uma recuperação como resultado da flexibilização das restrições relacionadas com a pandemia”, disse Rolf Bürkl, especialista em consumo da GfK.

A explosão dos preços da energia em resultado da grande incerteza causada pela guerra, bem como as extensas sanções contra a Rússia, provocaram também uma diminuição das perspetivas de rendimento dos consumidores.

As elevadas taxas de inflação fazem com que o poder de compra dos consumidores se desvaneça.

Assim, o indicador das perspetivas de rendimento atingiu o seu valor mais baixo em quase vinte anos em abril, caindo para 31,3 pontos negativos, 9,2 pontos abaixo do valor de março.

A última vez que foi registado um valor pior foi em fevereiro de 2003, quando o indicador atingiu 32,8 pontos negativos.

“Só pode haver uma mudança sustentável no clima de consumo se houver negociações de paz bem-sucedidas relativamente à guerra na Ucrânia”, acrescenta Bürkl.

As expectativas económicas também voltaram a sofrer perdas significativas depois da quebra do mês passado; o indicador caiu para 16,4 pontos negativos em abril, 7,5 pontos abaixo dos de há um mês, e quase 24 pontos abaixo dos de há um ano.

Os consumidores acreditam que o risco para a economia alemã aumentou ainda mais e que o perigo de uma recessão é elevado.

Associada à queda das expectativas económicas e de rendimentos, a propensão para comprar também diminuiu pela terceira vez consecutiva.

Assim, o indicador correspondente perdeu 8,5 pontos em abril para 10,6 pontos negativos, o valor mais baixo em mais de treze anos.

A última vez que o indicador foi ainda pior foi em outubro de 2008, durante a crise financeira e económica, quando caiu para 20,1 pontos negativos.

Além da incerteza geral, é sobretudo a subida acentuada dos preços que está a amortecer os consumidores, diz a consultora.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.