Nasdaq cede quase 4% e lidera perdas em Wall Street

  • Joana Abrantes Gomes
  • 26 Abril 2022

As ações na bolsa de Nova Iorque baixaram drasticamente ao longo da sessão desta terça-feira. Alphabet e Microsoft perderam mais de 3% após divulgarem resultados trimestrais.

Wall Street estendeu as perdas registadas na abertura da sessão e fechou com os principais índices a recuar entre 2% e 4%. O setor tecnológico liderou as perdas, numa altura em que os investidores estão preocupados com o abrandamento do crescimento económico global e com a ameaça de uma política monetária mais agressiva da Reserva Federal.

Enquanto o S&P 500 caiu 2,75%, para 4.178,17 pontos, o industrial Dow Jones recuou 2,28%, para 33.273,71 pontos e o tecnológico Nasdaq cedeu 3,81%, para 12.508,79 pontos.

As ações da Tesla caíram pelo segundo dia consecutivo, um dia após o seu CEO, Elon Musk, ter visto a sua proposta para compra do Twitter ser aceite. Os investidores, por seu lado, estão preocupados que Musk possa vender parte da sua participação na fabricante de veículos elétricos para ajudar a pagar a compra da rede social.

Também a Alphabet, “empresa-mãe” da Google, cedeu 3,59%, no dia em que anunciou os resultados financeiros relativos ao primeiro trimestre. A Microsoft e a Apple perderam, respetivamente, 3,74% e 3,73%.

“Como está o mercado neste momento, nesta fase de venda indiscriminada e de medo, penso que tem mais potencial para o risco negativo do que para uma surpresa positiva“, disse Ross Mayfield, um estratega de investimento na Baird, citado pela Reuters.

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BES: Juiz Ivo Rosa rejeita urgência da instrução por considerar que seria “perturbador”

  • Lusa
  • 26 Abril 2022

Acelerar o processo "além de constituir um elemento perturbador quanto à sua tramitação, em nada contribuiria para a sua celeridade e realização da justiça no caso concreto", afirma o juiz.

O juiz Ivo Rosa rejeitou esta terça-feira conceder caráter urgente à instrução do processo BES/GES, como foi requerido pelo assistente Banco Espírito Santo (BES) em liquidação, alegando que poderia ser “perturbador” e que não aceleraria o seu trabalho.

Conceder natureza urgente ao processo nesta fase processual, além de constituir um elemento perturbador quanto à sua tramitação, em nada contribuiria para a sua celeridade e realização da justiça no caso concreto”, pode ler-se no despacho a que a Lusa teve acesso.

O juiz do Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC), que iniciou as sessões da instrução do caso BES/GES com a audição das primeiras testemunhas, reconheceu a proximidade dos prazos de prescrição dos crimes de falsificação de documento e infidelidade – estimados pelo Ministério Público (MP) entre 7 de agosto de 2024 e 28 de março de 2025 -, mas salientou que esse cenário não pode condicionar o tempo necessário para proferir a decisão instrutória.

A celeridade processual, apesar de constituir um fator relevante para a realização da justiça, não constitui um valor absoluto e em nome da celeridade nunca poderão ser colocados em crise outros valores igualmente fundamentais de um Estado de Direito, como é o das garantias de defesa, da igualdade de armas, da segurança das decisões judiciais e o da motivação e fundamentação do processo de decisão”, considerou o juiz.

Ivo Rosa descartou a possibilidade de a fase de instrução decorrer também durante as férias judiciais, sendo substituído por um juiz de turno no TCIC sem conhecimento do processo, argumentando que “seria impensável agendar diligências de instrução com esta dimensão, complexidade e morosidade” para o período entre meados de julho e o fim de agosto.

Não será pelo facto de o processo ter natureza urgente que o juiz lhe irá conferir maior dedicação ou que irá trabalhar além daquilo que lhe é exigido ou que irá deixar de praticar todos os atos de instrução que, de acordo com a lei e com a sua prudente avaliação, repute essenciais para as finalidades da presente instrução”, realçou, lembrando estar em regime de exclusividade parcial.

Apesar de o requerimento do BES em liquidação ter tido igualmente o apoio do MP, Ivo Rosa enfatizou que o papel de juiz de instrução “não é o de mera instância burocrática do MP e nem o processo de decisão se reconduz a uma mera adesão, de forma acrítica, à posição do MP e dos assistentes ou à posição dos arguidos” no processo.

“Em face de todo o exposto, por não se verificar qualquer vantagem em que os atos de instrução decorram durante o período de férias judiciais ou fora dos dias úteis, indefere-se o requerido”, resumiu o juiz, que reconheceu também neste despacho o estatuto de vítima a mais alguns lesados do BES.

O processo BES/GES conta com 29 arguidos (23 pessoas e seis empresas), num total de 356 crimes. Considerado um dos maiores processos da história da justiça portuguesa, este caso agrega no processo principal 242 inquéritos, que foram sendo apensados, e queixas de mais de 300 pessoas, singulares e coletivas, residentes em Portugal e no estrangeiro. Segundo o Ministério Público (MP), cuja acusação ocupa cerca de quatro mil páginas, a derrocada do Grupo Espírito Santo (GES), em 2014, terá causado prejuízos superiores a 11,8 mil milhões de euros.

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Governo vai enviar ao parlamento relatório sobre Zona Franca da Madeira

  • Lusa
  • 26 Abril 2022

“Neste momento está feita a proposta de renovação dos benefícios contratuais e também a proposta de renovação do regime fiscal associado ao apoio ao investimento regional”, referiu Mendonça Mendes.

O secretário e Estado dos Assuntos Fiscais disse essa terça-feira que vai enviar ao parlamento o estudo de avaliação do custo-benefício da Zona Franca da Madeira, com o qual poderá ser decidida a prorrogação da emissão de novas licenças.

Falando na Comissão do Orçamento e Finanças no âmbito da apreciação na generalidade do Orçamento do Estado para 2022 (OE2022), o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, António Mendonça Mendes, afirmou que o estudo foi enviado na sexta-feira ao Governo Regional da Madeira e seguirá agora para o parlamento.

Em resposta a uma pergunta da deputada do Bloco de Esquerda Mariana Mortágua, que questionou sobre a prorrogação do regime, Mendonça Mendes afirmou que a proposta do OE2022 não prevê a renovação da possibilidade de concessão de licenças [ao abrigo do regime IV].

Neste momento está feita a proposta de renovação dos benefícios contratuais e também a proposta de renovação do regime fiscal associado ao apoio ao investimento regional”, referiu o secretário de Estado.

O governante salientou, no entanto, “que não está na proposta de lei [do OE] do Governo a renovação da possibilidade de concessão de licenças à Zona Franca da Madeira”, afirmando que o Governo vai cumprir aquilo a que se comprometeu, que é dotar o parlamento do estudo que encomendou à Faculdade de Economia a Universidade de Coimbra, sendo os deputados soberanos para “tomarem as decisões que entenderem com base em informação que é rigorosa”.

O regime IV está em vigor até 2027, com a emissão de licenças a terminar em 31 de dezembro de 2020, prazo que o Governo prorrogou até 31 de dezembro de 2021. Com o mapa de auxílios regionais aprovado é possível prorrogar a concessão das licenças.

Este sábado, o deputado do PS/Madeira na Assembleia da República Carlos Pereira disse numa conferência de imprensa que foi estabelecido um “pré-acordo” ao nível do grupo parlamentar para prolongar o prazo de licenciamento de empresas na Zona Franca pelo menos até ao final do ano.

Foi possível um pré-acordo, porque a proposta ainda não foi entregue, para resolver a questão relacionada com a entrada de novas empresas no Centro Internacional de Negócios da Madeira”, afirmou, adiantando que a matéria “será resolvida” no quadro do OE2022.

O Centro Internacional de Negócios da Madeira (CINM), também designado por Zona Franca, foi criado em 1987 e opera com base num regime especial de benefícios fiscais concedido pela União Europeia, estando em vigor o IV regime, que terminou em 2020, mas produz efeitos até 2027.

A Comissão Europeia autorizou, no entanto, o licenciamento de novas empresas até 2023, ao abrigo do Regime Geral de Isenções por Categorias (RGIC), mas o Governo português optou por aplicar a medida comunitária ano a ano, sendo que o último prazo caducou a 31 de dezembro de 2021. A Zona Franca da Madeira está, assim, impedida de licenciar novas empresas desde 01 de janeiro de 2022.

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Berkley tem novo CEO para Espanha e Portugal

  • ECO Seguros
  • 26 Abril 2022

Transitando da Zurich España, Carlos Palos assume a liderança executiva do negócio ibérico da WR Berkley com efeitos da partir de junho.

Carlos Palos, CEO da Berkley Espanha e Portugal: “(…) digitalização do setor é uma realidade que queremos liderar:”

A W.R. Berkley Europe, companhia de (re)seguros comerciais (RC Profissional e D&O) e linhas de especialidade, nomeou Carlos Palos novo presidente executivo (CEO) do grupo para Espanha e Portugal. Com mais de 20 anos de experiência no setor dos seguros, Palos desempenhou diferentes funções de gestão cobrindo todos os segmentos de clientes, tanto no ramo Vida como em Não-Vida.

Juntando-se à Berkley vindo da Zurich Espanha, Carlos Palos é licenciado em Engenharia Civil Marinha e Naval, tem vasta experiência na liderança de equipas técnicas, comerciais e de operações, descreve a plataforma Inese.es. Nos últimos anos, geriu as áreas de Reclamações, Vendas e Distribuição, e Serviço de Clientes e Corretores. Entre os cargos mais recentes, liderou a modernização da gestão de reclamações e serviços, introduzindo novas tecnologias e digitalizando a relação com clientes e intermediários.

Na situação atual, “empresas e profissionais enfrentam inúmeras incertezas, razão pela qual a especialização e a excelência dos serviços são fundamentais para proporcionar a necessária tranquilidade de espírito aos nossos clientes. Por outro lado, a digitalização do setor é uma realidade que queremos liderar, inovando e simplificando a relação com os nossos clientes e intermediários,” afirma o novo líder da Berkley para o mercado ibérico.

A Berkley España, parte da subsidiária europeia do grupo norte-americano, engloba a operação da empresa em Portugal. A WR Berkeley Corporation, que consolida diversas filiais instaladas nos EUA, Europa, Ásia e Pacífico e na Austrália, encerrou o primeiro trimestre de 2022 com crescimento homólogo de 18% em volume líquido de prémios emitidos, totalizando receita de 2,4 mil milhões de dólares e a reportar rácio combinado de 87,8%, incluindo perdas de 28,8 milhões de dólares relacionados com catástrofes naturais.

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Gasóleo subiu menos 2 cêntimos que o previsto pelo Executivo

Governo esperava que esta semana o gasóleo ficasse seis cêntimos mais caro e a gasolina dois cêntimos. Acertou na previsão da gasolina, mas o gasóleo não subiu tanto.

O Governo esperava que esta semana o gasóleo ficasse seis cêntimos mais caro e a gasolina dois cêntimos e, de acordo com os preços médios divulgados pela Direção Geral de Energia e Geologia, confirmou-se a subida de dois cêntimos na gasolina simples 95. Mas, afinal, o gasóleo subiu quatro cêntimos e não seis. Uma boa notícia para o bolso dos automobilistas.

O preço médio do gasóleo simples a semana passada foi de 1,881 euros por litro e esta semana subiu para 1,926. É já a segunda semana em que os preços médios acabam por não subir tanto como o antecipado pelo Governo. A semana passada era esperado que o gasóleo ficasse quatro cêntimos mais caro e o preço da gasolina não mexesse. Mas, o diesel subiu em média três cêntimos e a gasolina desceu um cêntimo.

Perante as previsões de subida, o Executivo optou esta semana por voltar a não mexer no Imposto sobre os Produtos Petrolíferos (ISP). “O desconto temporário do ISP manter-se-á inalterado na próxima semana, sendo de 4,7 cêntimos por litro de gasóleo e de 3,7 cêntimos por litro de gasolina”, disse o Ministério das Finanças em comunicado, na sexta-feira.

Para mitigar o impacto da subida dos preços dos combustíveis, os portugueses têm o Autovoucher que lhes dá um apoio de 20 euros até ao final de abril. Já foram devolvidos 117,5 milhões de euros (um aumento de 14,5 milhões de euros face à semana anterior), de acordo com o último balanço das Finanças.

A partir de maio entra em vigor outra medida — uma baixa do ISP equivalente a uma redução do IVA dos combustíveis para 13%, que foi aprovada no Parlamento na sexta-feira.

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Tranquilidade patrocina e segura festival Rock in Rio Lisboa

  • ECO Seguros
  • 26 Abril 2022

Seguradora confirmou presença na 9ª edição do Rock in Rio Lisboa, marcada para junho na Cidade do Rock, no Parque da Bela Vista. O festival assume metas ambiciosas de sustentabilidade.

Maria João Silva, Diretora de Marketing da Tranquilidade: “um projeto com a dimensão e o prestígio do Rock in Rio, e que está em sintonia com os nossos valores de sustentabilidade, diversidade e inclusão, faz todo o sentido.”

A Tranquilidade é parceira do festival Rock in Rio “disponibilizando os seguros do evento, que vai envolver um elevado número de participantes e de infraestruturas, artistas de renome e muitos milhares de espetadores”. Patrocinadora e seguradora oficial da esperada edição do festival, no próximo mês de junho na Cidade do Rock, em Lisboa, a marca do grupo Generali afirma que o apoio a “um dos maiores eventos de música realizado em Portugal, está alinhado com o seu compromisso e aposta crescente nas áreas culturais, designadamente da música.”

Para a Tranquilidade, “a associação a um projeto com a dimensão e o prestígio do Rock in Rio, e que está em sintonia com os nossos valores de sustentabilidade, diversidade e inclusão, fazem todo o sentido”, refere Maria João Silva, Diretora de Marketing da Tranquilidade.

A 9ª edição do Rock in Rio Lisboa está agendada para os dias 18, 19, 25 e 26 de junho de 2022, com mais música e novos conteúdos, com destaque para o Palco Mundo, por onde passarão astros como Foo Fighters, Duran Duran, a-ha, Black Eyed Peas, Ellie Goulding, Post Malone, Anitta, Jason Derulo, entre outros. A nossa presença em eventos que despertam sensações positivas nas pessoas – tão relevantes após dois anos de pandemia -, ajudam-nos a reforçar a ligação emocional à nossa marca” complementa a responsável de Marketing da companhia seguradora.

Com o regresso ao Parque da Bela Vista, o Rock in Rio pretende “ir ainda mais longe” relativamente a metas de sustentabilidade até 2030 que visam aumentar o seu impacto positivo nos pilares social, ambiental e económico. Alinhadas com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável promovidos pela ONU, estas metas “começam já a ser concretizadas nas edições de 2022 do festival – em Portugal e no Brasil – e propõem-se, ao longo dos próximos anos, “capacitar 100 mil pessoas, ser lixo zero em todas as edições do festival (0% de lixo em aterro), ter zero desperdício alimentar em todas as edições,” pode ler-se no comunicado da seguradora.

A organização do festival propõe-se, ainda, “envolver 100% dos stakeholders na sua política de sustentabilidade, ser um evento 100% acessível, inclusivo e plural, e garantir todas as condições de segurança, saúde e bem-estar adequadas” para todas as pessoas que participam na construção da Cidade do Rock.

 

 

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Novobanco: Governo pediu capítulo específico sobre ativos por impostos diferidos

  • Lusa
  • 26 Abril 2022

"Queremos que haja total transparência nesta matéria", justificou o Secretário de Estado do Tesouro João Nuno Mendes no Parlamento.

O Governo pediu que o relatório de auditoria do Novobanco incluísse um capítulo específico sobre os ativos por impostos diferidos, para que exista “total transparência nesta matéria”, disse esta terça-feira o secretário de Estado do Tesouro, João Nuno Mendes.

“A lei é aplicável a todo o setor bancário. Os valores dos créditos tributários são todos certificados pela Autoridade Tributária. Há relatórios periódicos que são enviados à Assembleia da República e, ainda por cima, relativamente ao relatório de auditoria face às transferências que são efetuadas através do Fundo de Resolução foi solicitado pelo Governo que houvesse relativamente ao Novo Banco um capítulo específico sobre esta matéria, dos ativos por impostos diferidos, porque queremos que haja total transparência nesta matéria“, disse João Nuno Mendes, durante uma audição na Comissão de Orçamento e Finanças (COF), no parlamento.

O responsável governativo respondia a uma questão da deputada bloquista Mariana Mortágua sobre se o executivo iria fazer uma injeção de 138 milhões de euros para a instituição por via do regime por impostos diferidos.

João Nuno Mendes sublinhou ainda que relativamente aos apoios às empresas “é muito importante termos em consideração a exposição que o Estado tem a um conjunto de garantias muito substanciais, que foram dadas durante o período da covid e que ascendem em termos de contragarantia mútuo a nove mil milhões de euros”.

“Essencialmente uma parte muito substancial respeitam a este período covid e que alavancam sensivelmente 14 mil milhões de financiamentos“, disse o secretário de Estado, acentuando que “são financiamentos com prazos entre seis e oito anos” e que, a título de provisão, já foi registado “um valor que anda entre 300 e 400 milhões para prover potencial sinistralidade”.

O governante acrescentou que a este valor “há que adicionar um conjunto de garantias que o Estado português deu no Fundo de Garantias pan-europeu, que atingiu 230 milhões de euros e que permitiu um conjunto de operações com o BEI [Banco Europeu de Investimento] e com o FEI [Fundo Europeu de Investimento], em conjunto com a banca portuguesa que atingiu sensivelmente dois mil milhões de euros”.

João Nuno Mendes acrescentou ainda “foi entregue um documento onde é referida uma expectativa que é uma provisão para eventuais minimizações para eventuais desfechos judiciais, arbitrais que poderá atingir um valor de sensivelmente 0,1% do PIB” para contratos de Parcerias Público-Privadas.

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Vulcão de La Palma: segurados já receberam 180,2 milhões de euros por danos

  • ECO Seguros
  • 26 Abril 2022

Organismo espanhol continua a desembolsar compensações e estima em 218 milhões de euros o montante total de indemnizações aos segurados afetados pela erupção na ilha espanhola.

O Consorcio de Compensación de Seguros (CCS), entidade espanhola que indemniza os danos provocados por fenómenos adversos e riscos extraordinários sobre pessoas e bens cobertos por seguro, atualizou números relativos aos processos de sinistro no âmbito da destruição causada pela erupção do vulcão de La Palma, nas Canárias.

O Cumbre Vieja, vulcão que se manteve em erupção cerca de três meses (de 19 de setembro até dezembro adentro, em 2021) provocou danos que resultaram num custo estimado de 218 milhões de euros para o CCS, entidade tutelada pelo Ministério da Economia espanhola. Até 18 de abril, o consórcio já havia pago 180,22 milhões de euros aos segurados afetados pela erupção vulcânica. O montante representa 81% do encargo total estimado com os pedidos de indemnização originados pela catástrofe.

O valor das compensações pagas corresponde a 3 409 pedidos de indemnização, dos quais 2 863 referem-se a habitações (156,8 milhões de euros); 263 por danos em automóveis, por um total aproximado de 772,6 mil euros e, entre outros, 283 processos ligam-se a lojas comerciais e escritórios, estabelecimentos hoteleiros e outros imóveis públicos ou privados de uso não industrial que, em conjunto, representam já 18,5 milhões de euros.

Globalmente, de acordo com o relatório do Consorcio, foram recebidos 6 353 pedidos de indemnização relacionados com aquele evento de risco extraordinário. Desse total de processos entrados, 5 437 corresponderam a habitações, 354 a veículos automóveis, 506 a estabelecimentos comerciais, escritórios e outros imóveis de uso não industrial e ainda 56 relativos a instalações de atividade industrial.

Nesta última atualização, o CCS indica que 612 pedidos de indemnização não foram satisfeitos, destacando-se entre outros motivos da recusa o fato de não ter decorrido o prazo legal de 7 dias entre a data de emissão do contrato do seguro e data em que se produziram, de facto, os danos reclamados.

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OE para 2022 sem redução das portagens, alerta Plataforma da A23 e A25

  • Lusa
  • 26 Abril 2022

"Esta omissão contraria o prometido pelos candidatos do PS e pelo seu secretário-geral nas recentes eleições legislativas", refere a organização.

A Plataforma P’la Reposição das SCUT A23 e A25 disse esta terça-feira que a proposta de Orçamento de Estado (OE) para 2022 não consagra qualquer redução do valor das portagens, contrariando promessas de ministros e do programa do Governo.

“O relatório do OE refere-se às portagens, mas apenas na perspetiva dos impactos da redução de 2021 nas contas para 2022. Ora, esta omissão contraria o prometido pelos candidatos do PS e pelo seu secretário-geral nas recentes eleições legislativas e não corresponde ao inscrito no Programa de Governo, recentemente apresentado na Assembleia da República”, refere a organização.

Numa nota emitida no final de uma conferência de imprensa, realizada na Covilhã, a Plataforma recorda as palavras da candidata do PS e atual ministra da Coesão territorial, Ana Abrunhosa: “O partido atualmente no poder (PS) está disponível para uma redução gradual das portagens e talvez comprometermo-nos com valores já para o próximo orçamento”.

Lembram ainda que o Programa do Governo diz que quer “continuar a promover a redução do valor das taxas das portagens nas autoestradas do Interior”. A ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, garantiu, em novembro de 2021, que os descontos na taxa de portagem das autoestradas ex-SCUT (vias sem custos para o utilizador) se mantinham em 2022, independentemente das atualizações que as concessionárias possam fazer.

“O que posso garantir é que os descontos que tínhamos em 2021 se vão manter em 2022”, mesmo sem orçamento, “posso garantir que temos condições de continuar a aplicar” esses descontos, disse a ministra, citada na referida nota, numa entrevista à Antena 1 e ao Jornal de Negócios.

A Plataforma sublinha ainda que às razões económicas, sociais, ambientais e de sinistralidade que justificam a urgente reposição das SCUT no Interior, “acresce agora o aumento generalizado dos preços, com especial destaque para os custos da energia, dos combustíveis, das matérias-primas e outros bens de primeira necessidade, que induzem ainda maiores impactos negativos ao já muito débil tecido económico e social do Interior do País”.

Acusam ainda o presidente da Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa (CIMBB) e da Câmara de Proença-a-Nova, João Lobo (PS), de ter afirmado recentemente que a reposição das SCUT é muito difícil e que a posição da CIM é a de que o valor das portagens no Interior apenas deve chegar ao preço da A1.

“Com estas declarações, o presidente da CIM Beira Baixa, para além de não fundamentar a afirmação de que a reposição das SCUT no Interior é difícil, contradiz o compromisso que esta e ele próprio assumiram com a Plataforma, denuncia de forma categórica a razão porque ao longo dos anos nada fizeram pela reposição das SCUT e mostra com clareza que em vez de estarem ao serviço e na defesa das as populações que os elegeram optam por estar ao lado e na defesa do governo e do partido a que pertencem”, sustentam.

Face ao atual quadro, a Plataforma P’la Reposição das SCUT A23 e A25 decidiu solicitar reuniões à ministra da Coesão Territorial e aos ministros das Infraestruturas e Habitação e das Finanças, deixando ao critério dos ministérios envolvidos o formato, dia, hora e local da reunião solicitada.

Decidiu ainda propor ao Governo a suspensão imediata do pagamento de portagens nas ex-SCUT do Interior (A23, A24 e A25), com o objetivo de minimizar “os efeitos negativos atrás referidos e manter a nossa exigência de redução em 50% em 2022 sobre o valor atualmente em vigor e a aprovação da total reposição das SCUT no Interior no OE de 2023”.

A organização realça que, caso as reuniões com o Governo não sejam positivas ou não se realizem, vão solicitar reuniões aos grupos parlamentares, a começar pelo do PS. Por último, sustentam que caso as pretensões da Plataforma não sejam acolhidas vão realizar ações públicas descentralizadas na Covilhã, Castelo Branco, Fundão, Belmonte, Guarda e Seia compostas de buzinões e distribuição de documentos à população e automobilistas.

Estas ações irão culminar com a realização de uma manifestação/concentração, no dia 21 de maio, pelas 16:00, junto da Secretaria de Estado da Conservação da Natureza e Florestas, em Castelo Branco. A Plataforma P’la Reposição das SCUT nas autoestradas A23 e A25 integra sete entidades dos distritos de Castelo Branco e da Guarda – a Associação Empresarial da Beira Baixa, a União de Sindicatos de Castelo Branco, a Comissão de Utentes Contra as Portagens na A23, o Movimento de Empresários pela Subsistência pelo Interior, a Associação Empresarial da Região da Guarda, a Comissão de Utentes da A25 e a União de Sindicatos da Guarda.

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Do retalho para aviação, Sofia Lufinha será a nova administradora da TAP

  • Lusa
  • 26 Abril 2022

Sofia Lufinha, que estava até agora no grupo Jerónimo Martins, deve entrar em funções no dia 1 de julho.

A TAP contratou Sofia Lufinha, que estava até agora no grupo Jerónimo Martins, para o cargo de Chief Strategy Officer, de acordo com um comunicado interno, a que a Lusa teve acesso. “A entrada do novo membro do Conselho de Administração, que também irá exercer funções como membro da Comissão Executiva, será efetivada na próxima Assembleia Geral da TAP, sendo expectável que entre em funções no dia 1 de julho”, indicou a companhia aérea, na mesma nota interna.

Segundo a TAP, “com uma vasta experiência profissional no setor do retalho, Sofia Lufinha é licenciada em Engenharia Industrial”. “Transita do Grupo Jerónimo Martins, onde desenvolveu grande parte da sua carreira, depois de ter sido também consultora da McKinsey & Company durante vários anos”, destacou a transportadora.

Em junho de 2021, a TAP anunciou ter sido designada pelo Conselho de Administração a nova Comissão Executiva da companhia para o quadriénio 2021-2024, presidida por Christine Ourmières-Widener. A empresa está a implementar um plano de reestruturação, que, mesmo antes de aprovado por Bruxelas, já tinha conduzido à saída de pessoal e a reduções salariais.

A TAP teve um prejuízo de quase 1.600 milhões de euros no ano passado, apesar do aumento do número de passageiros transportados e das receitas relativamente ao ano anterior, segundo comunicou a empresa. Na informação enviada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a transportadora aérea nacional explicou que registou custos não recorrentes de 1.024,9 milhões – por exemplo, com o encerramento das operações de manutenção no Brasil – que tiveram impacto nos resultados.

“Deve também ser destacado o impacto líquido negativo das diferenças cambiais (EUR 175,5 milhões) relacionado com a depreciação do euro face ao dólar (com um forte impacto nas rendas futuras e, portanto, sem impacto em caixa neste ano), e também a depreciação do real face ao euro”, acrescentou.

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Presidente da ASF afirma que OE 2022 compromete supervisão nos seguros

  • ECO Seguros
  • 26 Abril 2022

Margarida Corrêa de Aguiar teme o regresso às limitações impostas à entidade supervisora existentes nos dez anos anteriores a 2021. Enviou carta aos deputados alertando para as consequências.

Para Margarida Corrêa de Aguiar a proposta de OE representa “um inexplicável retrocesso em relação à Lei-Quadro das Entidades Reguladoras, aprovada pela Lei nº 67/2013, de 28 de agosto, na sua redação atual”.A. Lopes/Lusa

Margarida Corrêa de Aguiar, presidente da ASF, entidade supervisora do setor segurador, dirigiu uma carta ao deputado socialista Filipe Neto Brandão, Presidente da Comissão de Orçamento e Finanças da Assembleia da República, expressando “preocupações da ASF relativas à proposta de Lei de Orçamento do Estado de 2022″ atualmente em discussão no parlamento.

Na carta a presidente da ASF constata que o proposta de orçamento de Estado para 2022 repete a proposta de Lei 116/XIV/3, apresentada em outubro de 2021, cujo teor, “representa um inexplicável retrocesso em relação à Lei-Quadro das Entidades Reguladoras, aprovada pela Lei nº 67/2013, de 28 de agosto, na sua redação atual”. A presidente lembra que para essa lei gerou desde logo preocupação, já manifestada pela ASF junto da Comissão de Economia e Finanças da AR.

Segundo Margarida Aguiar, a manter-se o disposto na atual proposta de OE apresentado pelo Governo, vai verificar-se um “recuo radical face às importantes alterações legislativas feitas pelo Parlamento” no orçamento de Estado 2021, sujeitando-se novamente as entidades reguladoras, incluindo a ASF e fundos por ela geridos — que não beneficiam de quaisquer receitas provenientes do Orçamento do Estado para fazer face às respetivas despesas- a restrições orçamentais que dificultam e comprometem gravemente a eficácia da regulação e da supervisão, refere a presidente.

Em causa estão alterações que entraram em vigor no ano passado e que reforçaram a autonomia da ASF quando a alteração da Lei das Entidades Reguladoras passou a prever que “não podem ser impostas às entidades reguladoras cativações de verbas sobre os montantes das respetivas receitas próprias ou sujeição a autorização das membros do Governo para celebração de contratos ou realização de despesa”.

A mesma Lei, que aprovou o Orçamento do Estado de 2021, excluiu ainda as entidades reguladoras de restrições aos contratos de aquisição de serviços, estudos, pareceres, projetos e consultoria”, afirma a presidente da ASF

As consequências: Fica em causa o bom funcionamento dos seguros e fundos de pensões

Para a presidente da ASF as consequências da revogação pelo OE 2022 desta abertura ocorrida no OE 2021, “impede o cabal cumprimento da sua missão de assegurar o bom funcionamento do mercado segurador e dos fundos de pensões em Portugal e a proteção dos tomadores de seguro, pessoas seguras, participantes e beneficiários, dando Iugar a um acumular de necessidades não satisfeitas que diminuem a nossa adaptação às novas realidades e de resposta a novos desafios e responsabilidades, restringindo ainda gravemente o aproveitamento de fundos disponíveis para apoiar a modernização desta Autoridade”.

Em causa e no caso da ASF, “ficam comprometidos a modernização informática e de processos, a transição digital e o programa SAMA (que inclui, entre outros projetos, o desenho de modelos e soluções de que a ASF necessita para o desempenho cabal da sua missão), a segurança informática, a organizaçao e racionalização organizacionais, a implementação de um sistema de contabilidade de gestão (para se dar cumprimento à legislação em vigor) e, em geral, o cumprimento dos planos de atividades”, complementa Margarida Aguiar.

A carta lembra os dez anos em que a ASF e outras entidades reguladoras foram limitadas na sua autonomia que no caso da supervisora dos seguros se “viu impedida de adquirir, de forma conforme às suas necessidades, serviços essenciais ao desenvolvimento da sua atividade, de que são exemplo os serviços de vigilância, de transporte, de desenvolvimento aplicacional, de segurança informática e de infraestruturas digitais, de limpeza, de publicidade à transferência de carteiras de seguros, serviços postais, serviços de assessoria e consultoria, incluindo jurídica, serviços de patrocínio judicial, serviços de impressão ou serviços de medicina no trabalho, sem os quais uma instituição não pode funcionar” refere Margarida Aguiar concluindo que a situação “é motivo de relevantes riscos operacionais e reputacionais, com impacto sistémico”.

Solução é adiantada, caso não tenha sido um lapso

Este risco de retrocesso na autonomia da ASF leva a presidente a colocar hipótese de não ser esta uma opção política do governo. “Tendo em conta que estamos perante alterações legislativas projetadas que visam modificar regimes legais muito recentemente aprovados pelo próprio Parlamento, admitimos que a aplicabilidade das disposições e restrições assinaladas às entidades reguladoras possa ter resultado de um lapso não intencional de técnica legislativa, potenciado pela urgência havida na preparação da proposta de lei do Orçamento de Estado”, conclui.

Assim, Margarida Aguiar, nesta carta datada de 18 de abril, sugere quatro alterações ao articulado da proposta do OE 2022, tendente a dar continuidade ao espírito de autonomia das entidades reguladoras consagrado no OE 2021.

A presidente a ASF termina solicitando que o deputado Filipe Neto Brandão dê conhecimento da sua carta aos diversos grupos parlamentares.

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Setor do pescado espera exportar mais de mil milhões este ano

Maria do Céu Antunes mostrou disponibilidade para que o apoio à participação das empresas nacionais neste tipo de feiras aumente para 80%, à semelhança do que já aconteceu no passado.

O setor do pescado congelado, salgado seco, fresco e conservas, espera exportar este ano mais de mil milhões de euros, um desempenho que significa um regresso a valores pré-pandemia, avançou ao ECO, Manuel Tarré, CEO da Gelpeixe e presidente da Alif – Associação Da Industria Alimentar Pelo Frio.

Com mil milhões de euros de exportação, estas quatro áreas exportam mais do que o setor dos vinhos“, diz o responsável que está presente na European Seafood Exposition, que se realizada pela primeira vez em Barcelona. O empresário sublinha ainda o grande valor acrescentado desta indústria já que das 680 mil toneladas de peixe que são transformadas em Portugal, só 180 mil é pescado no país, o resto é importada. “Mas estas importações são reexportadas com um elevado valor acrescentado”, acrescenta o responsável.

A maior feira da especialidade do mundo, onde são esperados mais de 60 mil visitantes em três dias, é vista pelas 20 empresas mais representativas dos setores do pescado congelado, salgado seco, fresco e conservas como “um meeting point com empresas da Nova Zelândia à América do Sul”, que depois a ajudará a fazer negócio.

A ministra da Agricultura e Alimentação, com a tutela das pescas, visitou a feira e demonstrou determinação em apoiar os setores, nomeadamente quanto aos custos energéticos, fontes alternativas à energia elétrica e no apoio à internacionalização. Em causa estão “4,5 milhões de euros para apoiar a indústria agroalimentar a fazer face ao aumento dos custos da eletricidade”, explicou Manuel Tarré, mas também um aumento das taxas de financiamento deste tipo de feiras.

A presença de empresas portuguesas neste tipo de feitas é financiada em 50% pelo Mar 2020, mas Maria do Céu Antunes mostrou disponibilidade para que esse apoio aumente para 80% à semelhança do que já aconteceu no passado, explicou ainda o presidente da Alif. O ECO tentou contactar Maria do Céu Antunes, mas foi impossível por se encontrar em deslocação de regresso a Portugal.

 

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