Meo atenta à inflação, mas sem plano para subir preços “de momento”

Nova líder da Altice Portugal diz que a equipa de gestão da empresa está atenta ao cenário de subida da inflação, mas garantiu que, para já, não planeia atualizar as mensalidades dos clientes.

A comissão executiva da Altice Portugal está atenta à conjuntura de elevada inflação em Portugal. No entanto, para já, não tem planos para subir as mensalidades aos atuais clientes, garantiu a nova presidente executiva da empresa, Ana Figueiredo.

“É um contexto que, como equipa de gestão, temos de ir monitorizando. De momento não temos nenhum plano” para fazer uma atualização intercalar dos preços, disse a gestora esta quarta-feira numa conferência de imprensa em Lisboa.

Este ano, em janeiro, a Altice Portugal promoveu uma atualização de preços de pacotes de telecomunicações. Essa atualização ditou a subida das mensalidades em 50 cêntimos.

A taxa de inflação em Portugal atingiu 5,3% em março, fortemente influenciada pelo aumento dos preços da energia. Na Zona Euro alcançou os 7,5%, exacerbada pela invasão da Rússia à Ucrânia.

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Portugal financia-se em 1.251 milhões a curto prazo

  • Joana Abrantes Gomes
  • 20 Abril 2022

Portugal foi aos mercados de dívida financiar-se a três e 11 meses pela primeira vez desde que o novo Governo apresentou a proposta de Orçamento do Estado para 2022.

Na primeira ida aos mercados financeiros desde que o Governo apresentou a proposta de Orçamento do Estado para 2022 (OE2022), a Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) emitiu esta quarta-feira 1.251 milhões de euros de dívida pública a três e 11 meses, um milhão de euros acima do teto máximo indicado. O duplo leilão manteve os juros negativos, mas verificou-se uma subida na taxa do prazo mais longo.

De acordo com os dados da Reuters, nos títulos com maturidade a três meses, o IGCP financiou-se em 451 milhões de euros, com uma taxa média negativa de -0,655%, ligeiramente abaixo da taxa de -0,610% paga no último leilão, no dia 16 de fevereiro, em que foram colocados 292 milhões de euros em Bilhetes do Tesouro (BT).

Nos títulos com maturidade a 11 meses, ou seja, até 17 de março de 2023, o financiamento do IGCP fixou-se em 800 milhões de euros, com uma taxa de juro média negativa de -0,314%, face a -0,555% no leilão anterior.

A procura atingiu 1.695 milhões de euros para os BT a 11 meses, correspondendo a 2,12 vezes o montante de oferta, que supera o registo de há dois meses (1,74 vezes), enquanto nos BT a três meses a procura foi de 1.379 milhões de euros, 3,06 vezes a oferta (menos do que o rácio de 3,69 do leilão anterior).

Este duplo leilão é o segundo deste ano em BT com estas maturidades, depois de o IGCP ter cancelado a realização de outros dois leilões de BT a três e 11 meses previstos para 18 de agosto do ano passado e de só ter realizado um leilão de BT a doze meses no segundo semestre de 2021.

Num comentário ao leilão, o diretor de investimentos do Banco Carregosa aponta que as diferenças entre as duas maturidades refletem o movimento que se tem observado nas curvas de taxas de juro das dívidas soberanas mundialmente.

Para Filipe Silva, o impacto da guerra na Ucrânia na evolução das economias tem sido maior na Europa, onde se assiste “a uma revisão em alta das previsões das taxas de inflação para 2022, por força de preços de energia e matérias-primas mais elevados, e a revisões em baixa das perspetivas de crescimento globais, motivos que têm feito os Bancos Centrais a ajustarem as suas políticas monetárias mais rapidamente do que inicialmente se assumia”.

São estes fatores que, no seu entender, estão a fazer subir as taxas de juro, prevendo-se ainda uma subida das taxas por parte do Banco Central Europeu no final do ano. “Portugal começa a sentir os efeitos deste movimento e, apesar de nestes leilões de curto prazo ainda estarmos com taxas negativas, parece ser uma realidade com os dias contados“, sublinha.

(Notícia atualizada às 11h54)

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Morais Leitão assessora 2TM na compra da maioria do capital social da Criptoloja

A equipa da Morais Leitão que assessorou a 2TM foi liderada pelo sócio e coordenador da Team Genesis Luís Roquette Geraldes.

A Morais Leitão assessorou a 2TM na aquisição de uma participação maioritária no capital social da Smart Token, Lda. (Criptoloja), a primeira sociedade registada junto do Banco de Portugal para atuar como entidade habilitada a exercer atividades com ativos virtuais. “Trata-se da primeira operação de M&A em Portugal relativa a uma sociedade com o referido registo”, sublinha o escritório.

A equipa liderada pelo sócio e coordenador da Team Genesis Luís Roquette Geraldes contou com a participação do advogado sénior Miguel Reis Carvalho, da advogada principal Rute Carvalho da Silva, do associado Miguel Dinis Lucas e do advogado estagiário João Serra Baptista.

“A 2TM tornou-se um “unicórnio” – e o primeiro “unicórnio” brasileiro no setor de criptoativos – depois de, em 2021, ter fechado uma Series B e recebido um investimento de 200 milhões de dólares do Latin America Fund – fundo de 5 mil milhões de dólares gerido pelo Softbank, um dos maiores investidores em capital de risco a nível mundial”, explicou a Morais Leitão.

A 2TM detém uma das maiores exchanges brasileiras, a Mercado Bitcoin, bem como outras empresas dedicadas a Fintech. A aquisição de uma posição na plataforma de compra e venda de ativos virtuais Portuguesa insere-se na estratégia global do grupo e permitirá a entrada no mercado europeu através de Portugal.

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Mercado de combustíveis cresce 52,22% em março e ultrapassa valores pré-pandemia

  • Lusa
  • 20 Abril 2022

Consumo em março aumentou de 261.921 toneladas para 763.484 toneladas, valores que, segundo a ENSE, não serão alheios ao cenário global de "alguma volatilidade anormal dos preços energéticos".

O mercado de combustíveis cresceu em março 52,22% em termos homólogos, uma variação a que não é “alheia o cenário internacional de alguma volatilidade anormal dos preços energéticos”, ultrapassando os valores pré-pandemia, adiantou a ENSE.

Em comunicado divulgado esta quarta-feira, a Entidade Nacional para o Setor Energético (ENSE) indica que as introduções ao consumo – registos efetuados, para efeitos fiscais, pelos comercializadores grossistas de combustível – aumentaram em março 52,22% face ao mesmo mês do ano anterior, um crescimento de 261.921 toneladas para 763.484 toneladas.

A esta variação mais robusta não será certamente alheio o cenário internacional de alguma volatilidade anormal dos preços energéticos em consequência da invasão da Ucrânia que poderá ter acelerado opções de consumo para procurar cobrir previsíveis variações futuras no mercado”, refere a entidade no seu portal.

A ENSE destacou a “expressiva recuperação face ao ano pré-pandémico”, havendo uma subida de 112.430 toneladas (17,27%) face a março de 2019, o que é revelador da “normalização das atividades económicas com a consequente retoma dos níveis de procura de produtos petrolíferos”.

A entidade destacou que na comparação face a março de 2021 se destaca a “recuperação homóloga do Jet [combustível para aviação] que registou uma variação de 274,61%, a gasolina (Categoria A) de 62,27%, o gasóleo (Categoria B, sem Jet) de 39,21% e a categoria C (GPL e Fuel) de 30,31%”.

Em termos mensais, verificaram-se subidas em todas as categorias, que acumulam uma variação de 33,44%, fruto do aumento total de 261.921 toneladas.

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Importação de energia gera défice comercial recorde nos países do Euro

Desequilíbrio comercial com o resto do mundo atingiu 7,6 mil milhões em fevereiro, com destaque para o aumento das compras à Noruega e Rússia. Portugal foi o 8º país que mais subiu as importações.

Os países da Zona Euro atingiram em fevereiro um défice recorde de 7,6 mil milhões de euros no comércio de mercadorias com o resto do mundo – compara com um excedente de 23,6 mil milhões no mesmo mês de 2021, que é explicado sobretudo pelo disparo nos valores das importações de energia.

A primeira estimativa divulgada esta quarta-feira pelo Eurostat mostra que a Zona Euro exportou 215,8 mil milhões no segundo mês do ano, que terminou com o início da guerra na Ucrânia. No entanto, esse crescimento homólogo de 17% foi insuficiente para compensar o aumento de 38,8% nas importações provenientes de fora da região da moeda única (223,4 mil milhões).

No campo das vendas para fora da União Europeia, em fevereiro, todos os países progrediram em relação ao mesmo mês de 2021, com Portugal a ficar a meio da tabela comunitária, com uma subida de 18%. Já no que toca às compras de fora da UE, o registo nacional coloca o país na primeira metade da tabela — em oitavo, num total de 27 países — com um crescimento homólogo de 70%.

Além da energia (137%), a outra categoria de produtos que mais cresceu nas importações europeias no mês de fevereiro foram os artigos químicos (57,3%). Já no que toca à origem, os mais beneficiados pelo aumento do valor das importações comunitárias foram a Noruega (143%), a Rússia (100,5%) e o Reino Unido (67,5%).

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“Preços do petróleo podem permanecer elevados durante bastante tempo”, diz CEO da Galp

Andy Brown diz que preços do petróleo podem manter-se elevados nos próximos meses. Abastecimento em Portugal não está ameaçado, mas Galp deixará de conseguir exportar por causa das sanções à Rússia.

“Preços do petróleo podem permanecer elevados durante bastante tempo”, diz CEO da Galp, sublinhando que os analistas apontam para um período de 12 meses. Andy Brown diz mesmo que será preciso esperar “um ano ou dois até os preços começarem a descer de forma substancial”.

O presidente executivo da petrolífera começou por lembrar que, no final do ano, os mercados de energia já estavam muito pressionados pela falta de investimento em nova capacidade e em manutenção. Um cenário que se agravou com a guerra na Ucrânia. “Os mercados estavam muito apertados no final do ano passado e depois tivemos a invasão que tornou a situação ainda pior“, apontou o responsável, que dirige os destinos da Galp desde fevereiro do ano passado, numa conferência de imprensa na sede da empresa.

O responsável lembrou que a Rússia é responsável por cerca de metade do fornecimento dos produtos destilados usados para produzir gasóleo. Andy Brown garantiu que o abastecimento em Portugal não está ameaçado, mas que a Galp deixará de conseguir exportar até encontrar alternativas. “Conseguimos satisfazer o mercado doméstico mas não conseguiremos exportar se não encontrarmos alternativa ao gasóleo de vácuo russo”, afirmou. “O fornecimento para abril está assegurado mas maio ainda está em aberto”, acrescentou. A falta de matéria-prima poderá forçar a uma redução de 10% a 15% na produção, mas não levará a uma redução de postos de trabalho, garantiu.

“Hoje, 55% da eletricidade em Portugal virá da energia eólica. Ontem também esteve bastante vento e o que aconteceu é que durante muito tempo não foi necessária eletricidade produzida a partir do gás natural. Ontem às 17h, o preço chegou a 6 euros por MWh. Eram só renováveis. O Gás não estava lá para definir o preço“, explicou Andy Brown.

“Isso não significa que a crise tenha acabado. O vento não vai continuar a soprar assim e vamos necessitar de energia a partir do gás. Os preços do gás recuaram um pouco porque o clima está mais quente e a ansiedade no mercado é menor. Baixou dos 110 MWh para cerca de 70 MWh ontem.

Mais do que o petróleo, o CEO da petrolífera está preocupado com os preços do gás natural e o seu impacto no custo de eletricidade. “Se olhar para a curva de contratos futuros [forward], se quiser comprar eletricidade no mercado futuro, não paga 80 mas mais de 200 MWh. A curva de futuros ainda está muito elevada e vai começar a afetar mais os consumidores com o passar do tempo, porque a eletricidade que os consumidores estão receber hoje foi comprada o ano passado quando os preços eram mais baixos”. “Não quero que ninguém acredite que a crise energética acabou”, sublinhou.

O gás e a eletricidade são uma questão mais importante para Portugal e a Europa do que o petróleo“, apontou o CEO da Galp, que deixou elogios ao acordo ibérico para limitar o preço do gás e assim travar uma subida maior dos custos da eletricidade.

(notícia atualizada às 16h25 com mais declarações)

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Nova SBE Haddad Entrepreneurship Institute arranca em Carcavelos

Em três anos, a Nova SBE já acelerou mais de 200 startups e incubou outras 70 que angariaram mais de 50 milhões de euros e criaram mais de 300 empregos.

A Nova SBE, a Fundação Alfredo de Sousa e a Fundação Haddad inauguram esta quarta-feira o Nova SBE Haddad Entrepreneurship Institute, em Carcavelos. O centro quer ser “líder em empreendedorismo na Europa.”

“Dada a aposta no desenvolvimento de uma mentalidade inovadora e assente na colaboração, fortemente estimulada por projetos e pela curadoria de mentores empresariais de topo, os nossos alunos e ex-alunos são profícuos em criar empreendimentos impactantes nas mais diversas indústrias”, destaca Euclides Ferreira Major, diretor Executivo do Nova SBE Haddad Entrepreneurship Institute, citado em comunicado.

“Nos seguros temos como uma das referências a Lovys, uma das principais insurtech europeias, e no turismo os Indie Campers, um dos líderes no setor do autocaravanismo com presença em toda a Europa e agora nos EUA”, exemplifica.

“Nem todos os alunos vão criar uma empresa, mas todos eles beneficiarão da mentalidade empreendedora: desafiar o status quo, lutar pela inovação, correr riscos, procurar oportunidades, aprender com o fracasso e ser um forte team player onde quer que se encontre”.

Instalado no campus da universidade em Carcavelos, o Nova SBE Haddad Entrepreneurship Institute detém uma área de 300 m2, que inclui um espaço de cowork, outro de team work, um brainstorming corner, espaço para eventos com um ecrã gigante, cabines acústicas e outros espaços de trabalho, descreve a universidade. O espaço conta com o apoio financeiro da Fundação Haddad, informa a escola, sem adiantar o valor desse apoio.

Nova SBE já acelerou mais de 200 startups

Com a mudança da escola para Carcavelos, ao longo dos últimos três anos, a Nova SBE lecionou e trabalhou programas específicos de empreendedorismo com mais de mil alunos, tendo desenvolvido projetos com várias universidades parceiras em todo o mundo, desde a Insper, no Brasil, à London School of Economics. A escola acelerou mais de 200 startups e incubou outras 70 que angariaram mais de 50 milhões de euros e criaram mais de 300 empregos, segundo dados avançados pela instituição de ensino.

O novo centro pretende “imprimir um novo ritmo à inovação, aprendizagem e criação de novos negócios na academia” sendo que, todos os semestres, “há pelo menos 50 alunos a dedicarem-se à criação dos seus próprios negócios“, destaca a Nova SBE.

“Graças à estreita cooperação com o, também recém-inaugurado, Nova SBE Innovation Ecosystem (iECO) será possível fomentar ainda mais sinergias entre a academia, os seus alunos, as empresas parceiras e as startups incubadas no campus, que agora se podem fixar permanentemente no local e beneficiar de um ambiente que valoriza ativamente o desenvolvimento de competências empreendedoras nas atuais e futuras gerações”, refere ainda.

Programas de estágio de verão, onde os alunos serão desafiados a integrar startups e enfrentar desafios específicos como a expansão internacional, projetos de trabalho de empreendedorismo aplicado e laboratórios de campo, bootcamps e sessões de pitch, web3 debates e experimentação, são algumas das iniciativas previstas serem lançadas pelo instituto, em parceria com o iECO.

“O instituto apoiará também a investigação de alta qualidade e o mindset de liderança no empreendedorismo, escalada de negócios, governance empresarial e companhias de alto crescimento”, refere a Nova SBE.

Já este verão está prevista a organização da primeira conferência académica de empreendedorismo, o desenvolvimento de case studies e barómetros, assim como o apoio a iniciativas para fomentar o empreendedorismo feminino, focando na sua sustentabilidade e impacto.

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Biotecnológica investe 80 milhões de euros em Cantanhede

  • Lusa
  • 20 Abril 2022

"Chegámos agora a um ponto em que a tecnologia está desenvolvida e é necessário agora passar à face de industrialização", disse Carlos Faro, um dos diretores da biotecnológica Carbocode.

A empresa Carbocode, em Cantanhede, vai investir, numa primeira fase, 45 milhões de euros na construção de uma nova fábrica naquele concelho e 35 milhões de euros em investigação e desenvolvimento dos seus produtos, revelou um dos diretores desta biotecnológica, Carlos Faro.

A empresa foi criada em 2017 por um conjunto de investigadores e cientistas, com experiência industrial, para o desenvolvimento de uma tecnologia de produção em larga escala de esfingolípidos.

Esfingolípidos são constituintes naturais das células que têm um papel importante para o funcionamento do sistema nervoso, do sistema gastrointestinal e da própria pele.

“Quando nascemos, a nossa fonte principal de esfingolípidos é o leite materno”, explicou Carlos Faro à agência Lusa.

“Aquilo que a empresa percecionou foi que não existia uma fonte acessível de produção em larga escala destes compostos que são essenciais ao nosso desenvolvimento. Estes cientistas conseguiram desenvolver pela primeira vez tecnologia para produzir estes compostos idênticos àqueles que temos no corpo humano, mas a uma escala industrial”, sublinhou.

O trabalho destes investigadores permitiu agora “abrir a porta ao negócio” para a produção industrial de esfingolípidos e a comercialização para as áreas da cosmética, da nutrição e farmacêutica.

“Esta empresa foi financiada para desenvolver tecnologia e esse desenvolvimento foi feito ao longo dos últimos cinco anos. Chegámos agora a um ponto em que a tecnologia está desenvolvida e é necessário agora passar à face de industrialização”, acrescentou Carlos Faro.

Nesse sentido, a empresa vai construir uma nova fábrica, que vai situar-se no núcleo industrial do Biocant Park, em Cantanhede, com um investimento de 45 milhões de euros, originando 90 postos de trabalho. Deverá começar a ser construída em 2023 e estar concluída em 2025.

“A nova fábrica foi planeada para que, em 2025, quando estiver em condições de começar a produzir, é também altura em que se espera ter a conclusão de todo este processo regulamentar que depois nos dará autorização de comercialização”, concluiu.

A empresa prevê construir no futuro um complexo industrial, com a construção de mais duas fábricas, num investimento total de 100 milhões de euros. A criação deste complexo industrial permitirá a criação de 250 postos de trabalho.

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“Bazuca” europeia apoia o crescimento de Portugal mesmo com a guerra, diz Fitch

Mesmo com os efeitos da guerra na Ucrânia, os fundos europeus deverão ajudar Portugal a crescer nos próximos anos. No entanto, a médio prazo há reformas que devem ser feitas, alerta a Fitch.

Os fundos Next Generation EU, resposta da União Europeia à Covid-19, vão apoiar a recuperação do crescimento pós-pandemia de Portugal no curto prazo, mesmo tendo em conta os “ventos contrários relacionados com o conflito Rússia-Ucrânia e inflação mais alta”, segundo sinaliza a Fitch num novo relatório. Ainda assim, a médio prazo será necessário lidar com algumas “fragilidades estruturais”, alerta a agência.

A agência de notação financeira prevê que o Mecanismo de Recuperação e Resiliência deverá ajudar a “direcionar os investimentos para projetos eficazes de aumento do crescimento”, sendo que o impacto destes gastos no crescimento do PIB será mais acentuado nos primeiros anos de recuperação pós-pandemia”.

Segundo as estimativas da Fitch, estes fundos podem ter um efeito multiplicador orçamental de até 1,5 pontos percentuais em 2022-2023, diminuindo gradualmente em 2024-2026. “O impacto elevará os níveis de produção portuguesa em 3,0-3,5% até 2026”, face a um cenário sem este mecanismo, calcula a agência. Já com o Plano de Recuperação e Resiliência, nomeadamente com o aumento do investimento público e incentivos a reformas na oferta, o PIB potencial poderá aumentar para 1,8% no curto prazo, acima dos 1,5% pré-pandemia, projetam.

Ainda assim, a médio prazo, “fragilidades estruturais pré-existentes”, como baixa produtividade do trabalho, uma população em idade ativa em declínio e altos níveis de endividamento dos setores público e privado, podem condicionar uma melhoria mais sustentada do potencial de crescimento, alerta a Fitch. “Sem uma reforma estrutural para lidar com estas fraquezas, existe o risco de que a produção permaneça abaixo da tendência pré-pandemia até 2026”, sublinha a agência de rating.

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Nas notícias lá fora: Pegasus, IBM e gás

  • ECO
  • 20 Abril 2022

O Parlamento Europeu vai investigar casos de espionagem com o software Pegasus. A IBM anunciou queda homóloga de 23% nos lucros no primeiro trimestre.

O Parlamento Europeu vai criar uma comissão de inquérito para investigar os escândalos causados pelo sistema de espionagem informática israelita Pegasus. A IBM anunciou menos 23% de lucros no primeiro trimestre face ao mesmo período do ano passado. E a Argélia não tem gás extra suficiente para disponibilizar rapidamente ao continente europeu. Conheça as notícias que marcam a atualidade internacional esta quarta-feira.

Euronews

Parlamento Europeu vai investigar escândalos de espionagem com o software Pegasus

O Parlamento Europeu vai criar uma comissão de inquérito para investigar os escândalos causados pelo Pegasus, um sistema de espionagem informática utilizado por governos da União Europeia (UE) para espiar políticos, jornalistas ou outras autoridades. “A gravidade do escândalo Pegasus não pode ser subestimada”, salientou a eurodeputada liberal neerlandesa Sophie in’t Veld, que deverá pertencer ao comité. A comissão irá investigar se o uso deste spyware violou a legislação da UE e os direitos fundamentais. Segundo o Renew Europe, o terceiro maior grupo do PE, o relatório deve ser realizado no espaço de um ano. O comissário europeu para a Justiça, o belga Didier Reynders, estará entre os funcionários europeus espiados com o Pegasus, da empresa israelita NSO.

Leia a notícia completa no Euronews (acesso livre, conteúdo em inglês)

Financial Times

Argélia tem dificuldades em satisfazer procura crescente pelo seu gás após invasão russa da Ucrânia

O facto de os países europeus procurarem afastar-se do gás russo poderia ser uma oportunidade de ouro para a Argélia, o terceiro maior fornecedor de gás natural do continente europeu, conquistar uma maior quota no mercado energético da Europa. Contudo, especialistas em energia disseram ao Financial Times que o país do norte de África, com cerca de 8% de quota de mercado na Europa, não tem gás extra suficiente para disponibilizar rapidamente ao continente. O problema, segundo os especialistas, deve-se ao longo período de escasso investimento estrangeiro no setor dos hidrocarbonetos do país, que o deixou com uma capacidade excedentária limitada.

Leia a notícia completa no Financial Times (acesso condicionado, conteúdo em inglês)

CNBC

Lucros da IBM no primeiro trimestre caem 23%

A IBM anunciou lucros no primeiro trimestre de 733 milhões de dólares (679 milhões de euros), ou seja, menos 23% face aos registados no mesmo período do ano passado. Apesar da redução dos lucros, a empresa sediada em Armonk, no Estado de Nova Iorque, faturou, nos três primeiros meses do ano, mais 17% em termos homólogos, ao encaixar 14,197 mil milhões de dólares. Os resultados da IBM, que foram melhores do que o esperado pelos analistas, animaram os investidores, que levaram as ações a subir 2,36% nas operações eletrónicas posteriores ao encerramento da praça nova-iorquina.

Leia a notícia completa na CNBC (acesso livre, conteúdo em inglês)

El Economista

México nacionaliza explorações de lítio

O Parlamento mexicano aprovou a nacionalização da futura exploração do lítio no país, onde, segundo peritos, não são ainda conhecidas as verdadeiras reservas deste mineral, essencial para as baterias elétricas. A maioria do partido do Presidente Andrés Manuel Lopez Obrador aprovou no Senado uma lei que proíbe qualquer nova concessão mineira de lítio, que foi declarado “património da nação”. A lei já tinha sido aprovada no dia anterior na Câmara dos Deputados. Entre as duas votações, o chefe de Estado disse que o seu Governo iria “rever” as concessões já aprovadas, numa referência aos 150.000 hectares concedidos pelo seu antecessor, Enrique Peña Nieto (2012-2018).

Leia a notícia completa no El Economista (acesso livre, conteúdo em espanhol)

Cinco Días

Telefonica e K Fund lançam primeira tranche do novo fundo Leadwind

A Telefonica e o K Fund, um dos maiores fundos de capital de risco da Península Ibérica, realizaram a primeira parcela do seu fundo Leadwind, no total de 140 milhões de euros. O fundo será para investir em startups e scaleups tecnológicas, na Península Ibérica e na América Latina, dedicadas a setores como inteligência artificial (IA) ou blockchain. Com um teto máximo de 250 milhões de euros e uma capacidade para investimentos de, pelo menos, cinco milhões por empresa, o Leadwind é apoiado por “investidores-âncora” como a Telefonica, BBVA, Go-Hub, ALSA, SATEC, assim como por “investidores institucionais” como AXIS-ICO.

Leia a notícia completa no Cinco Días (acesso livre, conteúdo em espanhol)

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Esmagadora maioria dos portugueses quer menos impostos sobre os combustíveis

  • ECO
  • 20 Abril 2022

Sondagem revela que 91,8% dos inquiridos defende que o Governo deveria baixar os impostos sobre os combustíveis. Quase 80% entende que a escalada de preços se deve também a erros de governação.

A grande maioria dos portugueses (91,8%) defende que o Governo deveria baixar os impostos sobre os combustíveis, de modo a permitir preços mais em conta para os consumidores, segundo uma sondagem da Intercampus para o Correio da Manhã (acesso pago). Apenas 3,9% dos 608 inquiridos se mostraram contra um corte na tributação sobre gasóleo e gasolina.

Além disso, 78% entende que a escalada de preços se deve a erros de governação e não apenas à guerra na Ucrânia, enquanto 15,6% culpam o conflito. A maioria (84,9%) defende ainda que o Executivo deveria adotar mais medidas para diminuir as consequências do custo dos combustíveis.

Entre as várias medidas anunciadas recentemente pelo Governo para mitigar as sucessivas subidas de preços constam a redução do Imposto sobre Produtos Petrolíferos (ISP), que torna o imposto equivalente à descida do IVA para 13%, a devolução da receita adicional de IVA via ISP e a suspensão da subida da taxa de carbono até final do ano. Em discussão em Bruxelas, está ainda uma baixa do IVA dos combustíveis, mas a proposta não está a reunir consenso.

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Lisboa no vermelho em dia de ganhos ligeiros na Europa

O dia arranca no vermelho para a praça lisboeta, com quedas da Altri e do grupo EDP. BCP impede maiores perdas e sobe mais de 1%.

A bolsa de Lisboa arrancou a sessão a prolongar as perdas sentidas na terça-feira, contrariando a tendência vivida nas congéneres, num dia que começa com ganhos muito ligeiros nas praças europeias. Quedas da Jerónimo Martins e da EDP penalizam o desempenho do índice de referência nacional.

No arranque da sessão, o benchmark europeu Stoxx 600 sobe 0,1%, a par com o alemão DAX, enquanto o francês CAC-40 avança 0,3% e o espanhol IBEX-35 ganha 0,2%. Já o britânico FTSE 100 negoceia na linha de água.

Em Lisboa, o PSI cai 0,38% para os 6.083,35 pontos esta manhã. A maioria das 15 cotadas está a negociar no vermelho, enquanto três se encontram em terreno positivo.

A liderar as quedas do índice de referência nacional encontra-se a Jerónimo Martins, que recua 1,44% para os 20,56 euros, e a Altri, que cai 1,27% para os 6,59 euros.

Destaque também para a família EDP: a casa-mãe cai 0,83% para os 4,65 euros enquanto a subsidiária EDP Renováveis perde 0,88% para os 22,60 euros. O grupo revelou esta terça-feira os dados operacionais do primeiro trimestre, que mostram que a EDP Renováveis produziu mais 14% de energia limpa. Já a EDP viu o inverno mais seco desde 1931 afundar a geração hídrica.

Nos ganhos do PSI, nota para o BCP, que sobe 1,30% para os 0,1713 euros, bem como para os CTT, que sobem 0,68% para os 4,44 euros.

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