Lisboa segue ganhos da Europa com BCP a subir mais de 5%

O dia foi positivo nas bolsas europeias, depois de o BCE ter decidido manter os juros e o fim dos estímulos no terceiro trimestre. Em Lisboa, BCP destacou-se nos ganhos.

As bolsas europeias fecharam esta sessão, a última da semana devido ao feriado de Sexta-Feira Santa, em alta, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter decidido manter os juros, bem como o fim dos estímulos no terceiro trimestre. A praça lisboeta não foi exceção, com os ganhos de mais de 5% do BCP a impulsionar o desempenho.

Pela Europa, o Stoxx 600 subiu 0,7% a par com o alemão DAX, enquanto o francês CAC-40 avançou 0,9% e o espanhol IBEX-35 ganhou 1,2%. Já o britânico FTSE 100 valorizou 0,4%.

Por cá, o índice de referência nacional PSI subiu 0,85% para 6.133,52 pontos nesta sessão. Entre as 15 cotadas, a maioria fechou em terreno positivo, com apenas quatro títulos a registar desvalorizações.

A liderar os ganhos ficou então o BCP, que subiu 5,33% para os 0,1699 euros, beneficiando da manutenção da política do BCE, num dia marcado por subidas nas cotadas do setor da banca.

BCP sobe mais de 5%

A família EDP contribuiu também para o desempenho positivo do índice nacional, com a subsidiária EDP Renováveis a somar 1,89% para os 23,13 euros e a casa-mãe EDP a ganhar 0,97% para os 4,69 euros.

Nota ainda para a Greenvolt, que subiu 0,97% para os 7,31 euros, e para a Nos, que valorizou 0,79% para os 4,10 euros.

Já nas perdas encontra-se a Jerónimo Martins, que recuou 1,81% para os 20,64 euros, e a Galp Energia, que perdeu 0,13% para 11,94 euros. Este desempenho dá-se num momento em que os preços do petróleo negociado no mercado internacional recuam cerca de 1%.

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“Mexidas nos escalões do IRS são pequenas e surtem pouco efeito”, critica CCP

  • Lusa
  • 14 Abril 2022

O presidente da CCP, João Vieira Lopes, esperava que a proposta do OE introduzisse medidas adicionais de desagravamento fiscal para mitigar os efeitos na perda generalizada do poder de compra".

A Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) defendeu esta quinta-feira que o Governo devia ter sido mais audacioso nas medidas fiscais para as empresas e os cidadãos, no Orçamento do Estado para 2022 (OE2022), para dinamizar a economia.

O Governo devia ter sido mais audacioso nas medidas fiscais para as empresas e os cidadãos, pois as mexidas nos escalões do IRS são pequenas e surtem pouco efeito”, disse o presidente da CCP, João Vieira Lopes, à agência Lusa.

Vieira Lopes lembrou que, em matéria fiscal, o OE2022 reproduz no essencial as medidas que haviam sido apresentadas na anterior Proposta de Lei chumbada no parlamento em novembro. “Para além da anunciada introdução de dois escalões intermédios no IRS, muito pouco se vislumbra numa primeira apreciação das medidas de natureza fiscal, quando, face ao atual período inflacionista, se esperava que a atual proposta introduzisse medidas adicionais de desagravamento fiscal para mitigar os efeitos na perda generalizada do poder de compra”, disse o presidente da CCP.

O líder da CCP salientou que, relativamente às empresas, não se prevê qualquer desagravamento em termos de taxas do IRC. Segundo Vieira Lopes, o valor previsto no OE2022 para a inflação “poderá revelar-se otimista, face à conjuntura que se vive”, o mesmo acontecendo relativamente à previsão de crescimento de 4,9%, tendo em conta a atual situação, nomeadamente a duração da guerra na Ucrânia e as suas consequências na economia europeia.

O contributo do Investimento Público para o crescimento da economia também foi considerado insuficiente pelo presidente da CCP, que manifestou dúvidas quanto ao objetivo de um défice de 1,9%. “Não está em causa prosseguir uma trajetória de redução, mas sim o ritmo em que a mesma deverá ocorrer. Com tantas incertezas, não apostar em medidas efetivas de mitigação da crise pode revelar-se um erro”, disse.

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Lucro do Goldman Sachs cai 42% para 3.630 milhões até março

  • Lusa
  • 14 Abril 2022

“Este foi um trimestre turbulento, dominado pela devastadora invasão da Ucrânia”, apontou o presidente executivo do Goldman Sachs, David Solomon.

O Goldman Sachs registou 3.939 milhões de dólares (cerca de 3.630 milhões de euros) de lucro entre janeiro e março, menos 42% do que em igual período do ano passado.

“Este foi um trimestre turbulento, dominado pela devastadora invasão da Ucrânia”, apontou o presidente executivo do Goldman Sachs, David Solomon, citado pela agência EFE.

No primeiro trimestre, o banco aumentou as suas reservas em 561 milhões de dólares (cerca de 517 milhões de euros) para fazer face a problemas “macroeconómicos e geopolíticos”.

Por divisão, o banco de investimento do Goldman Sachs viu reduzida a sua receita em 36%, face à menor atividade no mercado de capitais.

Até março, a faturação da área de gestão de ativos recuou 88%, em comparação com o primeiro trimestre de 2021.

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TAP está a recuperar mais devagar que o setor na maioria dos indicadores

O ECO comparou os números da TAP no ano passado com o setor em seis métricas diferentes. A recuperação da companhia aérea portuguesa está atrasada em quatro deles.

A TAP apresentou um prejuízo recorde de 1.600 milhões em 2021, em grande parte devido aos custos extraordinários de mil milhões com o fecho do negócio de manutenção e engenharia no Brasil, mas o ano foi de recuperação na atividade da companhia aérea. Transportou mais passageiros e as receitas subiram. Mas como compara com o setor?

A comparação pode ser feita com algumas métricas para as quais existem dados internacionais da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA, na sigla em inglês) ou indicados pela própria TAP. O ECO reuniu seis indicadores usados pela indústria. Na maioria, a transportadora portuguesa fica aquém do setor. O que poderá não ser alheio ao plano de reestruturação que a empresa teve de implementar a partir do início de 2021 para ver autorizado pela Comissão Europeia um auxílio de Estado de 3,2 mil milhões.

Crescimento no número de passageiros

A TAP transportou 5,83 milhões de passageiros em 2021, um crescimento de 25,1% em relação ao ano anterior. A própria companhia aérea afirma no comunicado de apresentação de resultados que esta evolução fica acima dos 20,1% previstos pela indústria, de acordo com a IATA.

A transportadora portuguesa fez também uma apresentação onde estabelece uma comparação com as pares, elegendo a Lufthansa, Air France KLM e a International Airlines Group IIAG), dona da British Airways, Iberia ou Vueling. Estas três companhias tiveram, em média, um crescimento superior no número de passageiros: 28%.

Conclusão: a TAP teve um crescimento superior à indústria.

Número de passageiros face a 2019

As comparações na aviação, como noutros setores, tendem a ser feitas com o ano anterior à pandemia, para aferir quão perto ou longe está de voltar ao seu melhor ano de sempre. No caso da TAP, ainda está 66% abaixo dos 17 milhões de passageiros transportados em 2019.

Uma distância maior (mas não muito diferente) dos pares, que estão a 64%. A diferença na companhia portuguesa é até inferior à da Lufthansa (-68%) e à da IAG (-67%). A Air France KLM é que baixa a média, tendo transportado menos 57% de passageiros do que no último ano antes da covid-19.

Se recorrermos aos dados da IATA, a diferença para a TAP é maior, já que a indústria como um todo terminou 2021 com menos 53% de passageiros do que em 2019. Se for considerada apenas a Europa (60%) a diferença é menor.

Conclusão: a transportadora liderada por Christine Ourmières-Widener está mais longe que o setor dos números que tinha em 2019.

Oferta de lugares face a 2019

A oferta nas companhias aéreas é habitualmente medida usando um indicador chamado Lugares-quilómetro Oferecidos (Available Seat‐Kilometers – ASK), que multiplica a capacidade das aeronaves operadas pela distância percorrida. No caso da TAP, o ASK cresceu 28,8% no ano passado, ficando 55% abaixo do nível de 2019. A indústria como um todo regista uma recuperação mais rápida, tendo terminado o ano passado 48,8% abaixo do pré-pandemia (51,9% no caso da Europa), segundo dados da IATA.

A TAP faz também aqui a comparação com os pares. Neste caso reclama um crescimento superior em 2021, com os seus 28,8% a baterem a média de 23% das três companhias, que é muito penalizada pelos modestos 8% da IAG. Na comparação com 2019, há um empate nos 55%.

Conclusão: a companhia portuguesa está em linha com os pares na recuperação da oferta, mas fica abaixo do setor.

Procura por passagens face a 2019

Neste caso, o indicador mais comum é o Passageiro-quilómetro (Revenue Passenger‐Kilometers – RPK), que corresponde ao número total de passageiros multiplicado pelo número de quilómetros voados. O RPK da TAP cresceu 25,6% em 2021, mas ficou ainda 64,5% abaixo do nível de 2019. Segundo a IATA, o setor terminou o ano 58,4% abaixo do valor registado antes da pandemia. Na Europa a diferença foi de 61,3%.

Conclusão: também na procura a TAP está mais longe de voltar aos níveis de 2019.

Taxa de ocupação

Outra métrica importante é a taxa de ocupação, que se encontra dividindo a procura (Passageiro-quilómetro) pela oferta (Lugares-quilómetro oferecido), conhecida em inglês como load factor. Segundo os dados da IATA, a taxa de ocupação do setor foi de 67,2%, recuperando ligeiramente face aos 65,1% de 2020. Na Europa chegou aos 68,6%.

O relatório e contas de 2021 da companhia aérea indica um load factor de 63%, ligeiramente abaixo dos 64,6% registados no ano anterior. Em 2019 tinha sido de 80,1%,

Conclusão: a taxa de ocupação da TAP está ainda aquém do resto do setor.

Crescimento do negócio de carga

Um dos destaques das contas da TAP foi o crescimento do negócio de carga e correio, que contribui com 236,2 milhões para as receitas de 2021 (17% do total). Um crescimento de 88%, que segundo a transportadora “acompanhou o mercado”.

A TAP diz também no relatório e contas que quer a taxa de ocupação quer a rentabilidade (yield) gerada ficaram “acima da média do mercado”. A companhia portuguesa aumentou a yield em 25% no ano passado, uma evolução superior aos 15% do setor.

O segmento de carga continuará a ser uma aposta em 2022, estando em fase de certificação dois aviões convertidos para servir em exclusivo este mercado.

Conclusão: a fazer fé no relatório e contas, a TAP registou um desempenho em linha ou acima do mercado.

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Combustíveis voltam a subir na próxima semana. Gasóleo deve aumentar 1 cêntimo e gasolina 0,5 cêntimos

O preço do gasóleo e da gasolina deve voltar a subir, ainda que pouco expressivamente. Cálculos apontam para a manutenção do valor do ISP.

Depois de duas semanas de descidas, os combustíveis devem voltar a subir na próxima semana. A partir da próxima segunda-feira, o preço do gasóleo deverá aumentar 1 cêntimo por litro, enquanto a gasolina poderá subir cerca de 0,5 cêntimos, segundo adiantou ao ECO uma fonte do setor.

Atualmente, o gasóleo simples custa 1,864 euros por litro, segundo os dados da Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG) referentes a segunda-feira. Já a gasolina está a um preço de 1,948 euros por litro. Com as subidas deverão passar a custar 1,874 euros e 1,953 euros, respetivamente.

É de notar que, sendo que se tratam de subidas, o Governo poderá aplicar a fórmula que compensa o aumento de receita de IVA com um corte no ISP. No entanto, aplicando a fórmula, os cálculos apontam para a manutenção do valor do ISP, já que as subidas são pouco expressivas.

A equação nasceu com o objetivo de ajudar a mitigar o impacto da subida do preço dos combustíveis, reduzindo o valor do ISP no montante correspondente ao aumento da receita do IVA, o imposto que é influenciado pelo aumento dos preços. A ideia era criar um mecanismo neutro do ponto de vista fiscal.

Contudo, nas semanas em que os combustíveis descem de preço, o Executivo tem escolhido não aplicar a fórmula (que ditaria uma subida do ISP), deixando o ISP igual. Na última semana, o Governo calculou qual seria o valor acumulado que o ISP teria subido, e sinalizou que iria “diferir este ajustamento para o momento em que se concretize a descida do ISP pela aplicação da fórmula”. É ainda incerto quando tal irá acontecer.

O Governo avançou também uma outra medida que mexe no ISP (equivalente a uma redução do IVA dos combustíveis para 13%), mas que só irá entrar em vigor em maio, já que tem de passar pelo Parlamento.

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Cartier aumenta preços entre 3% e 5%. CEO diz que a procura irá resistir aos aumentos

O CEO da Cartier mostrou-se confiante de que a procura pelos bens de luxo irá resistir ao aumento dos preços esperado para as próximas semanas. Aumento irá compensar custo das matérias-primas.

A marca de luxo francesa Cartier vai aumentar o preço dos seus produtos, entre 3% a 5%, nas próximas semanas, e está confiante de que a procura irá resistir a este aumento, avançou esta quinta-feira a Bloomberg (acesso condicionado).

Segundo o CEO da fabricante de relógios e joalharia, Cyrille Vigneron, este aumento irá compensar, em parte, a valorização do dólar americano e do yuan chinês face ao euro, bem como o aumento dos custos de matérias-primas como diamante, ouro e platina.

Enquanto marcas como a Chanel aumentaram o preço de alguns produtos em mais de 50%, a Cartier planeia um aumento entre 3% e 5%. “Estamos num negócio a longo prazo e temos que ter cuidado para não ajustar os nossos preços demasiado rápido”, disse Vigneron.

Vigneron avançou que a Cartier registou vendas “robustas” nos EUA, Europa, Oriente Médio, Coreia do Sul e Japão, ao passo que o CEO da Cartier na América do Norte, Mercedes Abramo, aponta para uma “tremenda resiliência” do setor. O CEO acrescentou ainda que “o crescimento geral da riqueza mundial e a sua distribuição geral estão a favorecer o luxo”, pelo que o CEO não vê grandes obstáculos ao negócio, mas sim “soluços” a longo prazo.

Vigneron admitiu também que o volume de vendas registado vai ajudar a combater a quebra esperada no mercado asiático, fruto das restrições de combate ao Covid-19 em vigor na China. Apesar disto, o CEO mostra-se confiante de que a China irá recuperar, e ajudar a manter a procura global por bens de luxo, admitindo que o mercado asiático tem “provavelmente, o maior potencial de crescimento nos próximos cinco a dez anos”.

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Já foram entregues 2 milhões de declarações de IRS

Em menos de duas semanas, já foram entregues mais de 2 milhões de declarações de IRS. Os reembolsos deverão demorar em média 17 dias a chegar.

Ainda não passaram duas semanas desde que a campanha de IRS arrancou, mas os portugueses já entregaram mais de 2 milhões de declarações, de acordo com as estatísticas disponíveis no Portal das Finanças. Os reembolsos já começaram a ser processados, sendo que as Finanças estão a apontar para um prazo médio de 17 dias.

Até ao momento, foram entregues 2.034.447 declarações de IRS, segundo os dados da Autoridade Tributária e Aduaneira. No sábado passado, o balanço apontava para 1,5 milhões de declarações, sendo que no primeiro dia em que foi possível submeter a declaração, o número ficou ligeiramente acima das 450 mil até às 18h, de acordo o comunicado do Ministério das Finanças.

Os reembolsos do IRS já começaram a cair na conta bancária dos contribuintes, demorando “cerca de três dias úteis entre o processamento da ordem de reembolso (após liquidação da declaração) e a entrada na conta bancária do contribuinte”, de acordo com as Finanças.

Após dois anos em que não se comprometeu com reembolsos rápidos por causa das condicionantes da pandemia, o Fisco volta a ter prazos rápidos para reembolsar os contribuintes, se for caso disso, com uma previsão de 12 dias para quem entrega pelo IRS Automático e de 19 dias para quem entrega o IRS manualmente — em média, deverá demorar 17 dias. No máximo, o reembolso tem de ser feito até ao final de julho.

No total, é expectável que sejam entregues mais de seis milhões de declarações de IRS, tendo em conta o número fixado em 2021. Os contribuintes têm até ao final de junho para o fazer, mas muitos procuram acelerar este processo, obtendo mais rapidamente o reembolso, caso exista lugar a tal.

A entrega da declaração de IRS em 2022, referente aos rendimentos auferidos em 2021, é feita exclusivamente através do Portal das Finanças, sendo que os contribuintes podem recorrer à linha de apoio da AT (217 206 707). Muitos contribuintes beneficiam do IRS Automático, se preferirem, o que facilita o preenchimento da declaração, mas devem verificar os dados uma vez que pode ser mais vantajoso preencher manualmente.

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Feira de formação e emprego Qualifica está de volta à Exponor de 20 a 23 de abril

De olhos postos no futuro dos mais jovens, esta montra de ensino e empregabilidade leva até eles as tendências, orientações e inspirações ditadas pelo mercado.

A Qualifica – Feira de Educação, Formação, Juventude e Emprego está de regresso à Exponor, entre os dias 20 e 23 de abril. Durante quatro dias dedicados ao futuro dos mais jovens, e com o tema da economia circular no centro do debate, 140 expositores dão a conhecer uma vasta oferta de ensino, de formação e de saídas profissionais.

“A feira conta com a presença de várias empresas em processo de recrutamento, escolas de línguas, start-ups, ONG e instituições públicas e privadas de educação e formação, dedicadas a alunos, pais, profissionais dos setores da educação e educadores sociais”, lê-se em comunicado.

Sobre o tema “Economia Circular – Porque Tudo Acaba Onde Começa”, o intuito é reforçar o debate, a inspiração, a mudança e a transição para este modelo económico.

“A 13.ª edição da Qualifica promete sensibilizar os jovens para um sistema de produção e consumo que promove o uso sustentável dos recursos, em ciclos fechados energizados por fontes renováveis, regenerando o capital natural e assegurando o progresso social.”

Too Good To Goo, Bio Boards, ZouriShoes, MyCloma e IAFA – Intercultural Association For All são algumas das organizações que marcarão presença no “Espaço Economia Circular”, com o objetivo de consciencializarem a sociedade para este tema.

Na última edição do evento, que decorreu em 2020, estiveram presentes cerca de 27.000 visitantes de todo o país e 140 expositores. Este ano, a Qualifica vai decorrer na Exponor – Feira Internacional do Porto, de 20 a 23 de abril de 2022.

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FMI vai rever em baixa crescimento económico global

  • Lusa
  • 14 Abril 2022

“Estamos a enfrentar uma crise em cima de uma crise”, disse Kristalina Georgieva, diretora-geral do FMI.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) irá cortar as perspetivas de crescimento económico mundial para este ano e para 2023, nas próximas previsões, anunciou Kristalina Georgieva.

Para a maioria dos países, o crescimento ainda permanecerá em território positivo”, afirmou a diretora-geral da instituição, numa conversa com Tino Cuellar, presidente do Carnegie Endowment for International Peasse, acrescentando que o impacto da guerra irá contribuir para revisão em baixa para 143 economias este ano, representando 86% do PIB mundial.

Segundo Kristalina Georgieva, “a perspetiva económica global é extraordinariamente incerta muito além do intervalo normal”. “Estamos a enfrentar uma crise em cima de uma crise”, afirmou.

A responsável do FMI salientou o impacto da pandemia e a invasão da Ucrânia pela Rússia, afirmando que, além de ser devastadora para o país, “está a enviar ondas de choque” a nível global.

“As consequências económicas da guerra espalharam-se rapidamente” para os vizinhos, atingindo mais duramente as pessoas mais vulneráveis do mundo. Em janeiro, o FMI cortou a previsão de crescimento da economia mundial para este ano em 0,5 pontos percentuais (pp.) para 4,4%.

Segundo disse a instituição na altura, a revisão reflete o impacto das restrições de mobilidade, do encerramento de fronteiras e do efeito na saúde da propagação da variante Ómicron, com um peso diferenciado de país para país, mas que deverão condicionar o crescimento no primeiro trimestre deste ano.

Kristalina Georgieva admitiu também que a inflação deverá permanecer “elevada por mais tempo do que anteriormente estimado”.

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Exportações do setor das duas rodas crescem 49% nos dois primeiros meses do ano

  • Joana Abrantes Gomes
  • 14 Abril 2022

Em janeiro e fevereiro deste ano, as exportações do setor das duas rodas e da mobilidade suave atingiram quase os 110 milhões de euros, uma subida de 49% face ao mesmo período em 2021.

A indústria portuguesa do setor das duas rodas e da mobilidade suave registou um aumento das exportações de 49% nos dois primeiros meses deste ano face ao período homólogo de 2021, atingindo quase 110 milhões de euros em vendas para o estrangeiro, anunciou esta quinta-feira a Associação Nacional das Indústrias de Duas Rodas, Ferragens, Mobiliário e Afins (ABIMOTA).

“Os dois primeiros meses do ano passado valeram 73.782.591 euros [em vendas para o exterior]. Comparando os dados de janeiro e fevereiro do corrente ano, verificamos um crescimento de 49%, com um total de 109.933.337 euros“, refere a ABIMOTA em comunicado, salientando que estes dados “superam as melhores expectativas”.

De acordo com o secretário-geral da associação, Gil Nadais, as previsões para este ano eram de um “abrandamento” no crescimento, já que em 2021 as vendas para o estrangeiro aceleraram 39%, para um total de 594 milhões de euros, naquele que foi o melhor ano de sempre para o setor.

“No entanto, os números referentes aos dois primeiros meses deste ano parecem reforçar que o crescimento é uma realidade e, a manter-se esta tendência, iremos continuar a subir e, sobretudo, voltar a crescer percentualmente, face ao ano anterior“, sublinhou Gil Nadais, citado no comunicado.

A pandemia, a escassez e a consequente subida dos preços dos combustíveis foram os “catalisadores” desta subida, mas, segundo o responsável da ABIMOTA, os números que esta indústria está a atingir “só acontecem porque em Portugal, desde a década passada, é feito um trabalho e investimento integrados de todo o setor”.

Segundo dados divulgados em julho do ano passado pelo Eurostat, Portugal é, pelo segundo ano consecutivo, o maior produtor de bicicletas da União Europeia (UE), com 2,6 milhões de bicicletas produzidas em 2020.

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DBRS mantém rating do Novobanco em “lixo” mas melhora perspetiva para estável

  • Lusa e ECO
  • 14 Abril 2022

Agência de rating justifica a mudança na perspetiva com a melhoria da rentabilidade e da qualidade dos ativos. Rating continua a refletir o elevado stock de crédito malparado e os modestos rácios.

A agência de rating DBRS manteve o rating do Novo Banco em “B” (elevado), ainda grau de não investimento (vulgarmente designado “lixo”), mas alterou a perspetiva de negativa para estável, disse esta quinta-feira em comunicado.

A agência de rating justifica a mudança na perspetiva com a melhoria da rentabilidade do banco (lucros de 184,5 milhões de euros em 2021) e da qualidade dos ativos, depois de o desempenho do Novo Banco em 2021 ter sido melhor do que era esperado.

Ao mesmo tempo, indica, o banco continua a executar o seu plano de reestruturação e a reduzir crédito malparado e outros ativos problemáticos. “Pela primeira vez, o banco foi rentável em 2021. Contudo, o rating continua a refletir o elevado stock de crédito malparado e os modestos rácios de capital“.

O Novo Banco tinha 1.749 milhões de euros em crédito malparado no fim de 2021, ainda assim menos 30% do que em 2020. O rácio de capital CET 1 era de 11,1% em fim de 2021 (10,9% em 2020) e rácio de solvabilidade total de 13,1% (12,8% em 2020).

O Novo Banco teve lucros de 184,5 milhões de euros em 2021, no primeiro ano que apresentou resultados positivos desde a sua criação em agosto de 2014 (na resolução do BES), que comparam com prejuízos de 1.329,3 milhões em 2020.

Quando anunciou os lucros de 2021, em março, o banco anunciou também que vai pedir mais uma injeção de capital de 209 milhões de euros ao Fundo de Resolução bancário. Já o Fundo de Resolução considera que “não é devido qualquer pagamento” relativamente a 2021. Esta quarta-feira, na apresentação da proposta do Orçamento do Estado para 2022, o ministro das Finanças, Fernando Medina, disse que “não está prevista nenhuma transferência para o Novo Banco”.

Em final de março foi conhecido que António Ramalho vai sair da presidência executiva do Novo Banco em agosto, depois de o gestor ter comunicado essa intenção ao Conselho Geral e de Supervisão do banco. António Ramalho chegou à liderança do Novo Banco em agosto de 2016 (sucedendo a Eduardo Stock da Cunha) e manteve-se mesmo após a compra de 75% do Novo Banco pelo fundo de investimento norte-americano Lone Star.

Desde então, entre várias polémicas, tem sido o rosto da defesa do uso pelo banco do dinheiro do mecanismo de capitalização acordado nessa compra. Até ao momento, o Novo Banco já consumiu 3.405 milhões de euros de dinheiro público ao abrigo desse acordo, do máximo de 3.890 milhões de euros possíveis. Ramalho também deu a cara pelo processo de reestruturação do Novo Banco, incluindo a saída de milhares de trabalhadores.

Esta quarta-feira, tal como o ECO noticiou, o banco vai avançar na próxima segunda-feira com o processo para a venda da atual sede, na Avenida da Liberdade, em Lisboa. O objetivo é concentrar todos os colaboradores no Tagus Park, onde o novo projeto já está a andar. O ECO sabe que a venda pode render 100 milhões de euros à instituição.

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Twitter sobe mais de 2% após OPA de Elon Musk e impulsiona Wall Street

Os investidores reagem à OPA hostil lançada por Elon Musk, bem como aos resultados dos principais bancos norte-americanos.

A última sessão da semana, que é mais curta devido ao feriado, arranca com ganhos ligeiros em Wall Street. Os grandes bancos começaram a revelar os lucros, enquanto o Twitter dispara depois da OPA hostil de 43 mil milhões de dólares lançada por Elon Musk.

O índice de referência S&P 500 sobe 0,10%, para 4.451,21 pontos, enquanto o industrial Dow Jones valoriza 0,41%, para 34.705,62 pontos. Já o tecnológico Nasdaq contrariava a tendência ao recuar 0,09%, para 13.631,52 pontos, no arranque, mas segue agora a negociar com ganhos ligeiros.

Nesta sessão, destaca-se o Twitter, que sobe 2,29%, para 46,91 dólares. Este desempenho ocorre depois de Elon Musk lançar uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) para adquirir 100% das ações do Twitter.

Dias depois de ter anunciado a aquisição de uma posição de 9,2%, tornando-se no maior acionista da empresa, Musk propõe agora pagar 54,20 dólares por cada título, em dinheiro, o que representa um prémio de 54% em relação preço das ações em 28 de janeiro, segundo a Bloomberg.

Wall Street reage também ao arranque da época de resultados dos principais bancos dos EUA, que divulgaram os números do primeiro trimestre antes do arranque da sessão. O Goldman Sachs sobe 2,23%, o Morgan Stanley avança 1,78% e o Citigroup ganha 2,13%, depois de terem superado as expectativas dos analistas. Já o Wells Fargo cai 5,95% para 45,68 dólares após reportar uma queda de 21% no lucro trimestral.

Além dos resultados, os investidores processam os últimos dados dos pedidos de subsídio de desemprego nos EUA, que aumentaram em 18 mil na semana passada.

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