SIBS avança com solução para gerir subscrições e assinaturas no MB Way

SIBS prepara-se para adicionar novas funcionalidades no MB Way: vai poder aceitar pagamentos e também gerir as suas subscrições e assinaturas através da plataforma.

A chamada “economia de subscrição” acelerou durante a pandemia. Atenta ao fenómeno, a SIBS prepara-se para lançar uma nova funcionalidade no MB Way que vai permitir aos utilizadores fazerem a gestão das suas assinaturas e subscrições naquela plataforma.

“É algo que muito brevemente vai estar disponível no MB Way: a possibilidade de gerirmos as nossas assinaturas e subscrições através do MB Way, utilizando muito estes serviços que têm pagamentos recorrentes”, adiantou Madalena Tomé, CEO da SIBS, na conferência New Money, organizada pelo ECO.

Madalena Tomé na Conferência New MoneyHugo Amaral/ECO

Madalena Tomé revelou ainda que o MB Way vai passar a permitir que os lojistas e comerciantes possam aceitar pagamentos sem precisarem de “um aparelho para ler o cartão”.

“Assim como temos a possibilidade de realizar pagamentos através do telemóvel, também temos a possibilidade de aceitar pagamentos. Com o MB Way, QR Code ou cartão contactless, já é possível que os lojistas e comerciantes ou qualquer pessoa que precise de aceitar um pagamento possa utilizar o seu telemóvel para receber pagamentos. Já lançámos a solução na Polónia e Roménia, estamos a lançar nos outros mercados onde estamos presentes”, adiantou a responsável.

“Claramente, vai ser o caminho da desmaterialização dos terminais de pagamento tal como os conhecemos”, apontou Madalena Tomé na conferência que teve lugar na sociedade de advogados Morais Leitão, em Lisboa.

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eDreams ODIGEO quer contratar mais de 500 pessoas nos próximos três anos. Tech hub no Porto é prioridade

Sem detalhar o número de vagas destinadas a Portugal, a companhia sublinhou que o novo tech hub no Porto, inaugurado em outubro, será uma pedra basilar na sua estratégia.

A eDreams ODIGEO planeia aumentar em 50% a sua força de trabalho global até ao ano fiscal de 2025. Sem detalhar o número de vagas destinadas a Portugal, a companhia sublinhou, uma vez mais, que o novo tech hub no Porto, inaugurado em outubro do ano passado, será uma pedra basilar desta sua estratégia de crescimento. Ao todo serão contratados mais de 500 profissionais em três anos, sendo que a primeira fase do recrutamento será anunciada ainda este ano, e contará com cerca de 200 vagas.

“As novas contratações em toda a Europa e, em especial nos hubs estratégicos do Porto e de Milão, vão reforçar a nossa capacidade de inovar e desenvolver novos produtos e serviços para os viajantes, com especial enfoque na expansão da nossa proposta vencedora de subscrição de viagens, o Prime. Para manter o nosso sólido crescimento, estamos à procura do melhor talento internacional para que nos ajude a revolucionar o mercado e continuar a guiar a inovação tecnológica no setor do e-commerce”, diz Dana Dunne, chief executive officer da eDreams ODIGEO.

“Estamos num caminho entusiasmante para transformar a nossa empresa e reinventar a experiência de viagens dos consumidores. Temos muito orgulho nos excelentes resultados que os nossos ‘eDOers’, os membros da nossa equipa, alcançaram ao longo dos últimos anos, e estamos encantados por lançar a nossa próxima fase de crescimento enquanto empresa guiada pelo modelo de subscrição”, acrescenta, em comunicado.

As novas contratações vão reforçar as equipas de tecnologia, produto e inovação da eDreams ODIGEO, com vista a permitir à empresa desenvolver a sua plataforma tecnológica própria e a gama de produtos e serviços de viagens que oferece.

A primeira fase desta longa campanha de recrutamento a três anos será lançada ainda este ano, ao longo do qual a empresa planeia preencher 200 vagas, nomeadamente nos seus mais recentes hubs tecnológicos no Porto e em Milão –- onde pretende centrar os seus maiores esforços de atração de talento -–, mas também nos escritórios de Barcelona, Madrid e Budapeste.

Este anúncio, o maior processo de recrutamento de talento de sempre da eDreams ODIGEO, é comunicado numa altura em que a empresa está a transitar de um modelo baseado em transações para um assente em subscrições. Apenas nos últimos 12 meses, o Prime, o programa de subscrição de viagens da eDreams ODIGEO, cresceu 182% e ultrapassou os 2,4 milhões de membros, adianta a companhia.

“Com base neste sucesso contínuo, a empresa espera que 66% do total das suas reservas seja feito por subscritores já em 2025, ano em que planeia ter atingido os 7,25 milhões de membros Prime”, detalha a eDreams ODIGEO.

Os interessados podem candidatar-se aqui.

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Governo cria regime excecional de pagamento por práticas agrícolas ‘verdes’

  • Lusa
  • 29 Março 2022

Governo cria regime excecional de pagamento por práticas agrícolas benéficas para o clima e o ambiente. Objetivo é “poderem utilizar” superfícies para produção alimentar e de alimentação dos animais.

O Governo criou um regime excecional e temporário para pagamento por práticas agrícolas benéficas para o ambiente, para práticas de diversificação de culturas e das superfícies de interesse ecológico, segundo uma portaria publicada esta terça-feira em Diário da República.

O regime “prevê o pagamento de práticas agrícolas benéficas para o clima e o ambiente, Greening, nas quais se incluem as práticas de diversificação de culturas e das superfícies de interesse ecológico”, que visa a “melhoria do desempenho ambiental das explorações agrícolas”, lê-se no documento assinado pela ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes.

Na sequência da invasão russa da Ucrânia e consequente impacto nos preços de produção agrícola, a Comissão Europeia autorizou os Estados-membros a decidirem aplicar o pagamento de práticas agrícolas benéficas para o clima e o ambiente para fazer face à situação.

O objetivo é “poderem utilizar, tanto quanto possível, as suas superfícies disponíveis para efeitos de produção alimentar e de alimentação dos animais”, sendo que a portaria produz efeitos em 1 de janeiro deste ano.

Assim, são abrangidas pelo regime as “subparcelas de pousio, ainda que sejam pastoreadas, sejam colhidas ou tenham sido cultivadas, no período compreendido entre 1 de fevereiro e 31 de julho de 2022”, sendo contabilizadas para o efeito de diversificação de culturas e de superfícies de interesse ecológico.

São também consideradas como superfícies de interesse ecológico as subparcelas de pousio que tenham sido cultivadas e em que tenham sido utilizados produtos fitofarmacêuticos.

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Valor acrescentado bruto das empresas não financeiras cai 9,8% em 2020

  • Lusa
  • 29 Março 2022

Alojamento e restauração sofreu a maior descida no VAB. Setores da informação e comunicação e energia e água registaram os únicos crescimentos no conjunto das empresas.

O Valor Acrescentado Bruto (VAB) das empresas não financeiras caiu 9,8% em 2020, marcado pelo forte impacto da pandemia de Covid-19, enquanto o volume de negócios diminuiu 10%, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística divulgados esta terça-feira.

De acordo com os dados definitivos sobre as empresas em Portugal relativos a 2020, um ano “marcado pelo forte impacto da pandemia de Covid-19”, “as empresas não financeiras registaram decréscimos do volume de negócios e do Valor Acrescentado Bruto (VAB) de 10% e 9,8%, respetivamente”, comparativamente aos crescimentos de 4% e 5,8%, respetivamente, registados em 2019.

Já o pessoal ao serviço, os gastos com o pessoal e o excedente bruto de exploração (EBE) diminuíram 2%, 1,7% e 17,2%, respetivamente, face a subidas de 4,1%, 8,7% e 2,1% observadas em 2019.

Por setor de atividade, o alojamento e restauração sofreu a maior descida no VAB, caindo 53,9% face a 2019, enquanto os setores da informação e comunicação e energia e água registaram os únicos crescimentos no conjunto das empresas, de 11,2% e 1,4%, pela mesma ordem, comparativamente ao ano anterior.

Em 2020, iniciaram atividade 35.610 sociedades não financeiras, o que corresponde a uma taxa de natalidade de 7,9% (-2,6 pontos percentuais face a 2019).

No sentido oposto, o INE estima que o número de mortes de sociedades não financeiras tenha sido 24.941, correspondente a uma taxa de mortalidade de 5,5% (-0,4 pontos percentuais face a 2019).

De acordo com a autoridade estatística, a produtividade aparente do trabalho das sociedades não financeiras atingiu 27.822 euros, correspondendo a uma redução de 1.880 euros face ao ano anterior, enquanto a remuneração média anual situou-se nos 15.188 euros por pessoa ao serviço remunerada (+1,2% face ao ano anterior).

Com referência aos dados do Relatório Único de 2019, 19,1% dos trabalhadores das sociedades não financeiras tinham habilitação superior, a antiguidade média dos trabalhadores era de 6,6 anos no e a rotatividade média dos trabalhadores daquelas sociedades era de 23,5%.

O setor da informação e comunicação apresentou a maior proporção de trabalhadores com licenciatura ou habilitação superior (67%), enquanto o do alojamento e restauração a menor (8,1%).

No ano em análise, cerca de 12% das sociedades com 10 ou mais pessoas ao serviço atingiram um nível muito alto ou alto de intensidade digital, um valor que fica abaixo da média da União Europeia (15%).

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MC&A e PMCM assessoram candidatura a concessão para exploração de hidrocarbonetos em Moçambique

A operação envolveu uma equipa multidisciplinar das sociedades de advogados MC&A e PMCM focada em direito público, regulatório e das energias.

As sociedades de advogados MC&A e PMCM estão a assessorar, em conjunto com o escritório moçambicano integrado na rede da MC&A International, uma empresa internacional no âmbito do processo de candidatura ao sexto concurso para concessão de 16 áreas para pesquisa e produção de hidrocarbonetos em Moçambique, distribuídos pelas regiões de Rovuma, Angoche, Zambeze Delta e Save.

“O setor da energia em Moçambique tem despertado grande interesse junto de investidores estrangeiros ao longo dos últimos anos, sobretudo pelas oportunidades emergentes, relacionadas com a exploração de gás natural”, referiu Vítor Marques da Cruz, sócio fundador da MC&A.

Segundo o sócio fundador da MC&A, apesar de existir alguma instabilidade no País, “a competição é forte neste setor, pelo que, no âmbito dos concursos de concessão de exploração entre o Governo e as petrolíferas, parte em vantagem quem estiver melhor preparado e for conhecedor das especificidades da realidade moçambicana, não só em termos jurídicos mas igualmente do ponto de vista socioeconómico”.

A colaboração entre as duas firmas nesta operação conciliou o conhecimento dos seus advogados em matéria de direito público e regulatório, assim como em matéria de legislação moçambicana em direito das energias.

João Luís Mota de Campos, sócio fundador da PMCM, sublinhou que “a vasta experiência que os nossos advogados têm no âmbito do Direito público e regulatório em países de língua portuguesa, confere-nos uma vantagem adicional face a outras sociedades de advocacia internacionais”.

Através de um protocolo de colaboração recentemente assinado entre a MC&A e a PMCM, estas duas sociedades de advogados reforçaram a sua oferta de serviços jurídicos de forma a apoiar os seus clientes na concretização dos seus negócios e na consolidação da sua presença nos mercados em que atuam. “O objetivo é possibilitar uma maior rapidez e eficácia na assistência aos seus clientes”, referem.

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TELLES representa grupo Ferpinta na aquisição do Aparthotel Luamar

A equipa da TELLES responsável pela assessoria prestada ao grupo Ferpinta foi liderada pelo sócio Francisco Espregueira Mendes e contou com a intervenção do associado Tomás Paiva Rosado.

A sociedade de advogados TELLES assessorou o grupo Ferpinta na compra de 100% das ações representativas do capital social da Aparthoteluamar – Hotelaria, Lda. e Porto Santo Geste – Hotelaria, Lda., sociedades proprietárias e gestoras do Aparthotel Luamar, situado na ilha de Porto Santo.

“Com conclusão desta operação, o Grupo Ferpinta reforçou o seu posicionamento estratégico com a sua presença fortalecida no arquipélago da Madeira, detendo agora três unidades hoteleiras nesta região (duas em Porto Santo e uma no Funchal)”, refere a firma.

A equipa de Comercial, Societário e M&A da TELLES responsável pela assessoria prestada ao grupo Ferpinta foi liderada por Francisco Espregueira Mendes, sócio co-coordenador da área, e contou, em particular, com a intervenção do associado Tomás Paiva Rosado.

O Grupo Ferpinta está muito ativo no setor do turismo, em Porto Santo e Moçambique (Hotel Vila Baleira e SAPAP respetivamente), destacando-se por ser uma multinacional global com o seu core-business na produção de tubos de aço, reconhecido como um dos principais players no setor a nível europeu.

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“No Pego ainda há 400 MW de ligação à rede, que podem ir a leilão”

A Endesa venceu o concurso e avança para projeto de renováveis que estará pronto em 2025. A Tejo Energia discorda da decisão. Mesmo em desacordo, ambas têm "responsabilidade" de tirar o carvão do Pego

“Onde há um divórcio, há filhos”. A expressão é de Nuno Ribeiro da Silva, presidente da Endesa, em declarações ao ECO, para se referir à atual relação entre a elétrica que dirige e a Tejo Energia, uma joint venture entre a Trustenergy, com uma participação maioritária de 56,25%, e a própria Endesa.

Na prática, a Tejo Energia é ainda a atual proprietária da Central Termoelétrica (a carvão) do Pego, apesar de o Governo ter já leiloado a ligação à rede por onde a central escoava toda a energia que produzia, até fechar portas a 30 de novembro de 2021.

A Endesa venceu o concurso lançado pelo Governo e vai agora avançar sozinha para um novo projeto de renováveis no local, que ocupará apenas um terço da ligação disponível à rede (cerca de 600 MW). Ou seja, diz o presidente da Endesa: “No Pego restam ainda 400 MW de ligação à rede, que podem ir de novo a leilão”.

A Tejo Energia ficou em segundo lugar no concurso, mas já anunciou em comunicado que “não está de acordo com a decisão anunciada”. “Apesar do desfecho deste concurso, a Tejo Energia mantém o seu entendimento de que o lançamento deste procedimento não respeitou os direitos que a empresa detém sobre o ponto de injeção na rede”, refere o mesmo comunicado.

Não é de agora que a relação está “azeda” entre os dois parceiros. Mas Nuno Ribeiro da Silva lembra: “Vamos ter de continuar juntos, estamos associados quer na central de ciclo combinado a gás natural do Pego, quer no que ainda há a fazer com a central a carvão”, disse ao ECO.

Endesa e Trustenergy são sócias na Tejo Energia e “têm responsabilidades e compromissos na limpeza do local. A sociedade tem de se manter operacional e responsável na limpeza do que eram os parques de carvão, e quanto ao futuro da central”, sublinhou o presidente da Endesa.

Endesa quer ter 6.000 horas de produção com renováveis no Pego

Quanto aos projetos de energias renováveis, cada um puxa à brasa à sua sardinha, mas só um podia sair vencedor.

“O primeiro lugar foi a confirmação de que o nosso projeto era de facto o melhor. É um projeto entusiasmante pela combinação de tecnologias que apresenta, todas elas renováveis, com recurso a energia eólica, solar, hibridização, armazenamento (a maior bateria da Europa) e ainda um eletrolisador de 500 kW que poderá ir crescendo na sua capacidade ao longo dos anos. Quando as baterias estiverem saturadas, começa a ser adicionada capacidade de eletrolisação para a produção de hidrogénio verde. Não se perde nada, nenhuma energia produzida”, explica Ribeiro da Silva.

Já a Tejo Energia apresentou um projeto que assentava numa solução integrada, que passava pela conversão da Central do Pego, flexível, com várias componentes, a introduzir faseadamente utilização sustentável de biomassa de origem residual para produção de eletricidade renovável (245 MW), energia eólica (159 MW) e energia solar (350 MWp).

“Possibilitaria começar a injetar já eletricidade de origem renovável no Sistema Elétrico Nacional, reduzindo as necessidades de importação de energia e de combustíveis fósseis para produção elétrica, numa altura em que Portugal enfrenta uma seca extrema e preços crescentes de energia por causa do conflito russo-ucraniano”, frisou a empresa em comunicado.

Já Nuno Ribeiro da Silva salienta que, apesar de o futuro projeto da Endesa ter uma potência total de mais de 600 MW, “como sabemos que nem sempre será toda necessária, por isso não solicitámos toda essa ligação à rede, mas apenas uma parte”.

“Isso tem a ver com a flexibilidade do projeto, que requer apenas um terço de ligação à rede face ao que está instalado. Assim, não ocupamos capacidade a mais, que é um bem escasso. Isto permite agora que a capacidade remanescente vá de novo a leilão. É muito importante tendo em conta a escassez de ligações à rede e a proliferação de projetos renováveis”, diz o presidente da Endesa.

Quanto aos planos da elétrica espanhola, cujos detalhes já são conhecidos, terá um investimento de 600 milhões de euros e ficará pronto em março de 2025, em terrenos contíguos à central do Pego, que já haviam sido adquiridos para o efeito.

A Endesa obteve um direito de ligação à Rede Elétrica de Serviço Público de 224 MVA para a instalação de 365 MWp de energia solar, 264 MW de energia eólica, com armazenamento integrado de 168,6 MW e um eletrolisador de 500 kW para a produção de hidrogénio verde.

Garante a empresa que o projeto vai permitir a obtenção de quase 6.000 horas de produção, superior ao funcionamento de qualquer central térmica convencional.

A empresa compromete-se ainda com a criação de 75 postos de trabalho, 12.000 horas de formação e apoio às PME para que integrem os seus projetos na região.

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Governo autoriza instalação e uso de sistema de videovigilância na cidade do Porto

  • Joana Abrantes Gomes
  • 29 Março 2022

Ministério da Administração Interna autorizou a implementação de um sistema de videovigilância composto por 79 câmaras a colocar no centro da cidade.

O Ministério da Administração Interna deu “luz verde” à instalação e utilização de um sistema de videovigilância composto por 79 câmaras fixas a colocar no centro do Porto. Este projeto, celebrado entre a câmara da cidade e a Polícia de Segurança Pública (PSP) em outubro passado, visa combater a criminalidade e o sentimento de insegurança dos portuenses.

“Aprovo a instalação e o funcionamento de um sistema de videovigilância, composto por 79 câmaras fixas, na cidade do Porto (…), com o fim da proteção da segurança das pessoas, animais e bens, em locais públicos ou de acesso público, e a prevenção da prática de crimes, em locais em que exista razoável risco da sua ocorrência”, lê-se no despacho publicado esta terça-feira no Diário da República.

As 79 câmaras fixas serão instaladas nas artérias e nos espaços públicos da baixa da cidade do Porto, situados na União das Freguesias de Cedofeita, Santo Ildefonso, Sé, Miragaia, São Nicolau e Vitória.

Além da aprovação do Ministério da Administração Interna, o projeto foi objeto de parecer da Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD) que, embora não vinculativo, tem como objetivo o reforço das medidas de segurança a adotar.

Tomando em conta as recomendações da CNPD, o Governo elencou ainda um conjunto de 12 condições para a utilização do sistema de videovigilância, entre as quais o funcionamento ininterrupto, a proibição de captação de sons (exceto em situações de “perigo concreto”), o “barramento dos locais privados“, impedindo a visualização de portas, janelas e varandas, e a proibição de câmaras ocultas.

No dia em que o projeto foi aprovado pela Câmara do Porto, o presidente da autarquia, Rui Moreira, disse que as câmaras podem começar a ser instaladas seis meses após a aprovação do Governo, pelo que agora será lançado o concurso para aquisição dos equipamentos. O sistema de videovigilância pode ser utilizado por um período de três anos, a contar da data da sua ativação, após o qual poderá ser formulado pedido de renovação.

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Rendas das casas sobem 7,7% para 6,04 euros por metro quadrado em 2021

Rendas aumentaram 8,3% no quarto trimestre de 2021, perfazendo uma subida de 7,7% na totalidade do ano. Ritmo de crescimento acelerou face a 2020.

Depois de uma subida de 5,5% em 2020, o ritmo de crescimento das rendas acelerou no ano passado. De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), entre janeiro e dezembro de 2021, os arrendamentos ficaram 7,7% mais caros, perfazendo uma mediana nacional de 6,04 euros. Lisboa, como tem sido habitual, continua a ser a cidade mais cara para arrendar casa em todo o país (11,24 euros por metro quadrado).

No final do ano passado estavam realizados 87.349 contratos de arrendamento de alojamentos familiares no país, o que mostra uma subida de 9,4%, em linha com o aumento de 9,7% que já tinha acontecido de 2019 para 2020. Em 2021, o valor mediano das rendas subiu 7,7% para 6,04 euros o metro quadrado, acima dos 5,61 euros observados em 2020 — ano em que a subida foi de 5,5% — e dos 5,32 euros observados em 2019 (10,8%).

Taxas de variação homóloga da renda mediana por m² e do número de novos contratos de arrendamento para Portugal.INE

Houve 32 municípios com rendas acima do valor nacional, mantendo-se a capital como a cidade mais cara. Em Lisboa, onde foram celebrados 9.548 contratos de arrendamento — o número mais elevado do país –, o valor mediano das rendas fixou-se nos 11,24 euros por metro quadrado. Atrás vem Cascais (10,95 euros por metro quadrado), Oeiras (dez euros por metro quadrado), Amadora e Porto (ambos com 8,8 euros por metro quadrado).

Entre as 24 freguesias de Lisboa, apenas oito assistiram a um aumento nas rendas, com destaque para Santa Clara e Belém, que tiveram as maiores subidas — 8,1% e 5,7%, respetivamente. Santo António e Santa Maria Maior continuam a ser as mais caras: 13,33 euros e 13,09 euros por metro quadrado, pela mesma ordem. Santa Clara é a freguesia mais barata, com uma mediana de 8,59 euros por metro quadrado.

Por sua vez, das sete freguesias do Porto, apenas duas viram as rendas ficarem mais baratas — Ramalde e a União das freguesias de Lordelo do Ouro e Massarelos. Os maiores aumentos das rendas aconteceram em Campanha (+9,4%) e na União das freguesias de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde (+5,5%). Ramalde é a freguesia mais barata para arrendar casa na Invicta — 8,18 euros por metro quadrado.

(Notícia atualizada às 11h36 com mais informação)

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China é o quinto país que mais investe em Portugal, superando os EUA

Uma nova estatística do Banco de Portugal que identifica o investidor último, em vez do local da subsidiária, mostra que a China é o quinto país que mais investe em Portugal. Estava em 9.º lugar.

O stock de Investimento Direto Estrangeiro (IDE) da China em Portugal é o quinto maior, representando 6,8% (10,6 mil milhões de euros) do total (154,9 mil milhões de euros). Uma nova estatística do Banco de Portugal divulgada esta terça-feira que identifica o investidor último, em vez do local da subsidiária, mostra um maior peso dos investidores chineses, em comparação com a estatística anterior em que estava em nono lugar (2% do total, 2,9 mil milhões de euros)). Já os Estados Unidos ficam no oitavo lugar (anteriormente estavam no 12.º).

A economia chinesa é a que mais utiliza subsidiárias no Luxemburgo e em Hong Kong para realizar os investimentos em Portugal, o que reduzia o seu peso nas estatísticas anteriores que olhavam para a origem do investimento e não para o beneficiário último. França e EUA também beneficiam desta alteração: “Novas estatísticas mostram que China, Estados Unidos da América e França investem em Portugal através de outros países“, diz o banco central.

Stock de investimento direto estrangeiro por investidor final (2021)

Fonte: Banco de Portugal.

Com a mudança de ótica, a China passa a estar no top 5, apenas atrás de Espanha (23,6 mil milhões de euros), o maior investidor, Portugal (23,5 mil milhões de euros) — refere-se a empresas portuguesas que têm subsidiárias fora do país –, França (17,1 mil milhões de euros) e Reino Unido (13,3 mil milhões de euros). Os dados são de 2021.

No caso de Portugal, este fenómeno chama-se este fenómeno “round tripping” (investidor final coincidente com país do investimento) e “estava associado à passagem do investimento com origem e destino em Portugal por entidades intermediárias residentes nos Países Baixos e no Luxemburgo (59% e 17%, respetivamente)“, explica o Banco de Portugal.

Depois da China surgem a Holanda (8,7 mil milhões de euros), Alemanha (7,6 mil milhões de euros), Estados Unidos (7,1 mil milhões de euros), Brasil (5 mil milhões de euros) e Luxemburgo (4,3 mil milhões de euros). Só depois surgem países como a Angola e Suíça. No total, o stock de investimento direto estrangeiro correspondia a 154,9 mil milhões de euros em 2021.

Entende-se por investimento direto o investimento que uma entidade residente numa determinada economia realiza com o objetivo de controlar ou influenciar a gestão de uma empresa residente noutra economia“, explica o banco central, referindo que “as novas estatísticas de posições de investimento direto por investidor final permitem identificar a origem do investimento”.

Por outro lado, países como Luxemburgo e Holanda, que estavam no segundo e terceiro lugar como maiores investidores em Portugal, deixam de entrar no top 5 nesta nova ótica, uma vez que eram utilizados por outros países para realizar o investimento. Ainda assim, os dois países continuam no top 10.

Os dados do Banco de Portugal mostram ainda que o peso da China é maior no setor da eletricidade, água e gás, o que deverá estar relacionado com a posição da China Three Gorges na EDP e da Fosun na REN.

No caso das indústrias transformadoras, o Reino Unido domina, seguido de Espanha e Alemanha. No caso da construção, é Espanha que domina, com o Brasil de perto. Nos serviços (o que inclui os serviços financeiros como a banca e os seguros), é Portugal quem tem o maior IDE, seguido de Espanha e França.

O antes e o depois, com a mudança de ótica:

(Notícia atualizada às 11h21 com mais informação)

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Portugal recompra 431 milhões de euros em dívida que vence em outubro

IGCP recomprou antecipadamente 431 milhões de euros em dívida emitida em 2015 e que vence em outubro deste ano.

Portugal foi esta terça-feira aos mercados recomprar antecipadamente 431 milhões de euros em dívida que vence em outubro. Com esta operação, o IGCP – Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública baixa o montante que terá de reembolsar daqui a sete meses para 8,4 mil milhões de euros.

A instituição liderada por Cristina Casalinho baixa, assim, o saldo vivo desta emissão feita em 2015 de 8,8 mil milhões de euros para 8,4 mil milhões de euros. Este montante tem de ser devolvido aos investidores dentro de sete meses, quando estes títulos atingem a maturidade.

Estas Obrigações do Tesouro foram emitidas em setembro de 2015, com uma emissão inicial de três mil milhões. Esta linha foi reaberta por diversas vezes desde então para financiar o Estado, tendo atingido os 10,69 mil milhões em fevereiro de 2018.

O IGCP tem seguido uma estratégia de alisamento do perfil de amortizações de dívida pública. A agência liderada por Cristina Casalinho tem realizado várias operações de recompra antecipada destes títulos, que visam aliviar o esforço de reembolso aos investidores.

(Notícia atualizada às 10h58 com mais informação)

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Estas são as 50 startups em Portugal com crescimento mais rápido. Há três unicórnios

Só estas 50 startups obtiveram um financiamento de 1,2 mil milhões de dólares, uma avaliação conjunta de seis mil milhões de dólares e empregam 3.500 pessoas,

As startups unicórnio com ADN nacional Remote, Sword Health e Anchorage Digital estão entre as 50 startups em Portugal com crescimento mais rápido nos últimos dois anos. Só este conjunto de empresas obteve um financiamento de 1,2 mil milhões de dólares, tem uma avaliação conjunta de seis mil milhões de dólares e emprega 3.500 pessoas, segundo o ranking da Rows.

“A evolução do ecossistema de startups em Portugal deve ser um motivo de orgulho para a nossa comunidade empresarial e tecnológica. O fenómeno das startups portuguesas já vai para além da Farfetch ou da OutSystems. Temos agora dezenas de empresas — incluindo pelo menos sete avaliadas em mais de mil milhões de dólares — a competir (e vencer) em mercados globais ao lado das melhores startups do mundo”, sublinha Humberto Ayres Pereira, CEO e fundador da Rows, citado em comunicado.

Fundada em 2016 pelo português Humberto Ayres Pereira e pelo alemão Torben Schulz, contando com uma equipa de mais de 60 colaboradores nos escritórios do Porto e de Berlim, a Rows que se apresenta como concorrente de gigantes como o Excel e o Google Sheets, apresentando uma solução de spreadsheets, abriu a folha de Excell e “utilizando a funcionalidade de integração automática com o LinkedIn — para analisar dados como o crescimento a nível de colaboradores — e cruzando com dados de financiamento do Crunchbase” desenvolveu uma lista das 50 startups com crescimento mais rápido nos últimos dois anos.

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No top 5 do ranking estão três unicórnios com ADN português e que angariaram mais de 100 milhões de dólares em financiamento, cada um, entre 2020 e 2021: a Remote, liderada por Job van der Voort e pelo português Marcelo Lebre, que gere uma plataforma de teletrabalho; a Sword Health, liderada por Virgílio Bento, que criou a primeira solução digital para o tratamento de patologias músculo-esqueléticas; e a Anchorage Digital, liderada por Nathan McCauley e e Diogo Mónica, que desenvolveu uma plataforma de custódia de ativos digitais responsável pela criação do primeiro banco de criptomoedas nos EUA.

A lista das cinco mais fecha com a Casafari, fundada em Portugal por Nils Henning e Mila Suharev, que tem uma plataforma de dados imobiliários, e a Infraspeak, que desenvolve uma plataforma digital de manutenção, liderada por Felipe Ávila da Costa.

A lista inclui mais 45 startups que demonstraram um crescimento acelerado desde 2020, e que atuam nas mais diversas áreas, como Rows, Stratio, kencko, Jscrambler, knokcare, Barkyn, LOQR, ENEIDA.IO, Kitch e Replai.

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