Norte 2030 manterá montante inicial da aposta na inovação social

  • Lusa
  • 9 Novembro 2022

No programa Norte 2030, em coordenação com a Estrutura de Missão Portugal Inovação Social, o setor teve uma dotação de 37 milhões de euros, coadjuvados com 17 milhões de parceiros privados.

O presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-Norte), António Cunha, disse esta quarta-feira à Lusa que o programa Norte 2030 vai manter a dotação inicial do antecessor na inovação social, mas pode ser aumentado.

Nós vamos continuar a fazer uma aposta neste domínio, pelo menos no nosso planeamento inicial, com níveis de dotação orçamental semelhantes aos que tivemos, e esperamos certamente alavancar mais parceiros do lado privado“, disse esta quarta-feira à Lusa António Cunha.

O presidente da CCDR-Norte estará esta quarta-feira em Lousada, no distrito do Porto, na apresentação de projetos de inovação social da região Norte.

No programa Norte 2030, em coordenação com a Estrutura de Missão Portugal Inovação Social (EMPIS), o setor teve uma dotação de 37 milhões de euros, coadjuvados com 17 milhões de parceiros privados.

“Na fase inicial isso, e depois os próprios projetos geram algum valor, e portanto a alavanca final que conseguem fazer é muito maior que isso”, detalhou António Cunha.

Assim, no próximo programa comunitário Norte 2030, o objetivo da CCDR-N é, “no âmbito da gestão do programa, e caso se confirme o seu sucesso”, fazer “correções que sejam capazes de ainda lhe atribuir uma dotação maior”.

“Esta é nossa abordagem neste momento, sendo que há no meio deste balanço positivo que fazemos coisas a melhorar”, reconheceu o responsável da CCDR-Norte, referindo-se nomeadamente à dispersão territorial dos projetos apoiados, “numa lógica muito urbana”.

António Cunha disse que a CCDR tentará que exista “uma distribuição territorial maior, apesar de alguns exemplos também interessantes em territórios do interior, mas são coisas mais pontuais”.

Em causa estão projetos de inovação como o teatral À Barca!, À Barca, a metodologia de aprendizagem EKUI, o projeto para reclusos Pelos Dois, o educativo Mais Bagos, o projeto de literacia financeira No Poupar está o Ganho, o projeto profissional para pessoas com deficiência e/ou doença mental ValorIn, o projeto para idosos Aldeias Pedagógicas, o projeto para sem-abrigo Porto Sentido, o projeto de reabilitação de habitações Just a Change ou a incubadora de inovação social Human Power Hub.

António Cunha caracterizou estes projetos como tendo “uma abordagem menos tradicional do que aquelas lógicas muito assistencialistas que normalmente se utilizavam no passado, e que ainda se utilizam hoje”, como os “subsídios tradicionais”.

Com a inovação social, “além de alguma assistência inicial” às pessoas e projetos, as abordagens tentam “ajudar as pessoas em causa a criarem o seu emprego, a sua atividade”, e a “dar uma perspetiva futura e um caminho e um futuro sustentável para essas pessoas, ou para as organizações que estão a ser apoiadas”.

A própria Comissão Europeia identifica Portugal como um dos Estados-membros onde esta abordagem tem tido melhores resultados”, referiu.

António Cunha adiantou ainda à Lusa que, do lado da CCDR-N, o programa Norte 2030 “está finalizado”, podendo ainda “haver um ou outro ajuste do lado da Comissão”. “Ainda não recebemos uma carta formal de aprovação da Comissão, mas estamos com o processo, do ponto de vista factual, praticamente concluído”, apontou.

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Escritórios de advogados internacionais com quebra de lucros

A quebra dos lucros de alguns dos maiores escritórios de advogados internacionais está ser motivada pelo aumento dos custos e o decréscimo do número de M&A e ofertas pública, refere o FT.

O aumento dos custos e o decréscimo do número de fusões e aquisições e ofertas públicas levaram a uma quebra dos lucros de alguns dos maiores escritórios de advogados internacionais, avançou o Financial Times. Dados do Thomson Reuters Institute revelam que os pedidos de M&A caíram quase 14% no terceiro trimestre em comparação com 2021.

Segundo refere o jornal britânico, as despesas com salários aumentaram 11% e as gerais cerca de 13%, apesar de o número total de horas faturáveis ter caído menos de 1%. O indicador da rentabilidade foi o mais baixo desde que começou a ser medido em 2006.

Só Estados Unidos da América, o setor jurídico perdeu mais de 13.000 empregos em agosto e setembro, segundo dados do US Bureau of Labor Statistics. Também centenas de vagas de trabalho foram retiradas nos EUA em setembro. De acordo com o instituto, esta situação pode ser um sinal de uma “potencial desaceleração”.

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Caixa muda direções. Há um novo DRH e uma nova diretora de comunicação e marca

Francisco Viana é o novo diretor central de gestão e desenvolvimento de Pessoas da Caixa. Raquel Vila Verde assume como diretora de comunicação e marca do banco estatal.

Francisco Viana é o novo diretor central de gestão e desenvolvimento de Pessoas da Caixa, ocupando o cargo deixado em aberto com a saída de Elsa Carvalho para a EGOR. Raquel Vila Verde sucede-lhe como diretora de comunicação e marca do banco público.

Depois de mais de 10 anos à frente da comunicação e marca da Caixa, Francisco Viana assume a responsabilidade da direção de pessoas do banco, após a saída em março de Elsa Carvalho.

O profissional está há cerca de 30 anos ligado à CGD, tendo passado por diversas funções e cargos, primeiro como gestor comercial, depois como managing consultant, diretor de real estate financing, diretor de public relations, advertising & sponsorship e, na última década, como head of communication & brand.

Francisco Viana é desde agosto de 2020 administrador executivo da Culturgest. Tem formação em Bank Management pelo ISGB, uma pós-graduação em Bank Management pela Universidade Católica, tendo ainda participado no programa de Alta Direção de Empresas (PADE) pela AESE Business School.

Raquel Vila Verde na direção de Comunicação e Marca

Para a direção de comunicação e marca, a Caixa chamou Raquel Vila Verde. Licenciada em Direito pela Universidade de Lisboa, a profissional está na Caixa desde novembro de 2018. É administradora da Caixa Participações SGPS, S.A. e foi, até agora, diretora da direção de Suporte Corporativo, “dedicando especial ênfase a temas relacionados com o Governo da Sociedade.”

Com uma carreira de mais de 24 anos na banca, Raquel Vila Verde, certificada em compliance de Regulação pelo International Compliance Association, foi responsável pelo compliance comportamental do BCP até 2015, exercendo mais tarde responsabilidades na direção de marketing de retalho do banco.

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60% dos contratos na Sitel Portugal já são remotos. Empresa quer contratar 3.000 pessoas

Atualmente, 60% dos contratos celebrados pela Sitel Portugal já são remotos. Antes da pandemia a percentagem era nula. A companhia pretende contratar 3.000 pessoas em 2023.

Mais de metade dos contratos na Sitel Portugal já preveem o trabalho remoto, abrangendo um total de 2.400 pessoas. Os restantes colaboradores estão a trabalhar num modelo híbrido Sendo que, apenas 300, num universo de cerca de 4.000 pessoas, vão todos os dias ao escritório. A companhia prevê contratar até 3.000 novos colaboradores em 2023.

“Desde o modelo pandémico que iniciamos o contrato work at home, porque percebemos, rapidamente, que iniciava uma nova realidade. Neste momento, temos contrato de work at home com colaboradores a trabalhar full remote. 60% da nossa carteira está nessa modalidade. E 40% dos nossos colaboradores, embora estejam também work at home, já têm um modelo híbrido. Dos 4.000, cerca de 300 estamos presencial, o que é mínimo“, revela a diretora de RH regional de Portugal, Espanha, Grécia e Itália da Sitel, Cristina Teófilo, à Pessoas.

Antes da pandemia, os contratos de trabalho remoto não existiam. “Nunca tínhamos considerado essa possibilidade”, diz. “A pandemia trouxe muita coisa má, mas trouxe também uma nova realidade ao mercado de trabalho. Quando nos apercebemos da dificuldade que era colocar o colaborador a trabalhar a partir de casa, começámos, em termos tecnológicos, a agrupar uma série de requisitos que nos permitiram transferir as pessoas para o seu espaço de casa com regras de segurança que permitem, hoje em dia, que o cliente tenha confiança, porque viu que a segurança na sua rede mantém-se, a produtividade e a qualidade do seu serviço continua igual… E a Sitel inovou rapidamente com sistemas tecnológicos que permitem acompanhar as equipas da mesma maneira, tendo a agilidade que se tem no modelo presencial.”

Ainda assim, Cristina Teófilo mostra-se mais adepta dos modelos híbridos. “Preocupa-me muito a parte social”, admite. “É no meio de trabalho que existe a criação da amizade, da partilha, da entreajuda. (No regime remoto) cada um está no seu quadradinho. Existe, obviamente, um sistema tecnológico que permite, na hora, a gestão e o acompanhamento do colaborador. Existem fóruns para os colaboradores da equipa e equipas transversais comunicarem. Mas não deixa de ser virtual.”

Foi precisamente a pensar nisso, e na promoção do bem-estar dos colaboradores, que a empresa criou o conceito de MAXHub. Estes empower centers, como lhes chama o Sitel Group, são, no fundo, flagship que, não só refletem o fato de que a empresa se está a transformar e a trazer inovação na sua adaptação ao novo modelo de trabalho, mas também garantem o bem-estar dos colaboradores.

No início de outubro, a Grécia inaugurou o seu primeiro MAXHub, em Atenas, e, em Portugal, o escritório do Porto está a sofrer algumas adaptações para tornar-se mais atrativo. Será o primeiro MAXHub a nascer em Portugal. “O colaborador tem de se sentir atraído para vir para a empresa, porque o seu dia a dia já está a ser feito em casa. O trabalho dele é em casa. Qual é a vantagem de ir para a empresa?”, questiona. “Os nossos colaboradores partilharam connosco o que procuram na empresa e, com isso, decidimos virar um pouco o conceito.”

Estamos a trabalhar na criação de benefícios que permitam ao colaborador ter outro tipo de suporte que não seja só o salário, como podem ser parcerias com supermercados ou com outros estabelecimentos de bens de consumo essencial, que ajudem [as pessoas] a fazer face a esse aumento do custo de vida.

A Sitel considera, agora, que os escritórios são plataformas que devem oferecer, sobretudo, conforto. “Obviamente que ele [o colaborador] também o terá em casa, mas ao vir à empresa pode beneficiar de ginásio, salas de formação diferenciadas, espaços para deixar os filhos. Na Grécia, os nossos espaços de trabalho já são menores do que os espaços de lazer.

Contratar até 3.000 pessoas em 2023

Já no que toca a contratações, os planos para 2023 mantêm-se fortes. “Prevemos contratar entre 2.600 a 3.000 novos colaboradores em Portugal”, avança Cristina Teófilo. O valor está em linha com aquela que tem sido a média de contratações da companhia.

Questionada sobre planos de aumentos salariais, a responsável diz que ainda não há “decisões fechadas”, mas garante que a empresa está a trabalhar para “criar melhores condições para o colaborador”. “O custo de vida, a questão da eletricidade e a inflação são temas que nos preocupam muito. Estamos a trabalhar na criação de benefícios que permitam ao colaborador ter outro tipo de suporte que não seja só o salário, como podem ser parcerias com supermercados ou com outros estabelecimentos de bens de consumo essencial, que ajudem [as pessoas] a fazer face a esse aumento do custo de vida”, conclui.

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Com preços a disparar, portugueses procuram mais artigos em segunda mão

Ao ECO, as plataformas de comércio online e retalhistas de comércio especializado notam um aumento da procura de artigos em segunda mão e recondicionados e há quem admita subidas de preços. 

Numa altura em que a inflação supera os 10% em Portugal, o mercado de revenda está a acelerar. Ao ECO, as plataformas de comércio online e retalhistas de comércio especializado denotam um aumento da procura de artigos em segunda mão e recondicionados e há quem admita aumentos de preços.

É o caso do OLX que sinaliza que desde o início do ano verificou “um aumento de preços na generalidade das categorias“, na ordem dos 20%, face a igual período do ano passado, “o que significa que a inflação está também a afetar o mercado da revenda”. Esta tendência foi mais sentida nos “telemóveis e tablets”, com o preço médio a encarecer cerca de 80 euros”, o que representa um aumento de 37%, adianta a empresa de comércio online, em resposta ao ECO.

Segue-se a categoria de “carros, motos e barcos”, com o preço médio a ficar “cerca de 640 euros mais caro desde o início do ano” e ainda a categoria “móveis, casa e jardim”, com subidas de cerca de 30 euros. Ou seja, uma subida de 25% e 24%, respetivamente, face ao início do ano.

A par do aumento de preços, a plataforma verifica ainda um aumento da procura em alguns artigos em segunda mão, sendo esta tendência mais notória nos imóveis, com uma subida de 28% face ao período homólogo, seguida pela categoria de “outras vendas” (+17%), “bebé e criança” (+16%) e lazer (+15%). No entanto, o OLX sublinha que “há categorias com quebras de procura entre -20% e -17%, desde janeiro”, dando como exemplo a “Tecnologia”, que inclui produtos como computadores, televisões e bens ligados ao som e imagem, a “Moda” ou a “Agricultura”.

À semelhança do OLX, também a BabyLoop, plataforma de compra e venda de artigos de bebé em segunda mão, sente que há “uma maior recetividade dos clientes” no que toca aos artigos em segunda mão, uma vez que esta opção ajuda “a contornar dificuldades provocadas pela inflação”, afirma Gustavo Alves, diretor de E-commerce da empresa, ao ECO.

Além disso, verificam que “há mais pessoas a querer vender produtos na BabyLoop”, de modo “a conseguir rendimentos extra” perante a atual conjuntura económica. Esta tendência começou a ganhar força no início de setembro à boleia do “regresso às aulas e por coincidir com uma altura em que as famílias têm gastos acrescidos”, justifica a empresa de comércio online, ao ECO. E é maioritariamente sentida em produtos de puericultura pesada, tais como cadeiras auto, berços e carrinhos de passeio, dado que “são produtos mais caros”, permitindo recuperar parte do investimento feito com a compra.

Fnac e Worten sentem aumento da procura por artigos recondicionados

A par destas plataformas de venda de artigos em segunda mão, também as empresas de comércio especializado notam um aumento da procura por artigos recondicionados, apesar de referirem que ainda é prematuro fazer uma “correlação com a inflação”.

Ao ECO, Rui Pepe, diretor de serviços da Fnac Portugal, adianta que a empresa tem vindo a verificar um “aumento da procura por produtos recondicionados quando se trata do momento de aquisição de dispositivos tecnológicos”, com esta tendência a “afirmar-se de ano para ano”.

“A inflação pode contribuir para tal, mas não existem ainda números concretos que nos permitam fazer uma correlação”, sublinha o responsável. Ainda assim, a empresa francesa atribui este crescimento ao facto de os clientes estarem cada vez mais consciencializados para “compras inteligentes”, dado que esta opção permite não só gerar uma poupança de “mais de 60% na compra de equipamentos tecnológicos, quando os valores são comparados com os dos produtos novos”, mas também porque é benéfica para o ambiente.

A par da Fnac, também fonte oficial da Worten sinaliza que “os produtos recondicionados têm tido uma procura crescente nos últimos anos” e apesar de admitir que a inflação pode “motivar a escolha de produtos a preços mais acessíveis”, sublinha que “neste momento é ainda difícil prever exatamente os impactos” neste negócio. “Acreditamos que com a sobrecarga financeira das famílias este tipo de produto passou a ser uma alternativa fulcral na decisão de compra de produtos eletrónicos“, assegura ainda a empresa detida pela Sonae.

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Presidente da Fosun perde 35 lugares na lista dos multimilionários chineses

  • Lusa
  • 9 Novembro 2022

A fortuna pessoal de Guo, 55 anos, fixou-se, em 2022, no equivalente a cerca de 5,5 mil milhões de euros, de acordo com a lista elaborada pela Hurun Report Inc.

O presidente do grupo Fosun, Guo Guangchang, que detém várias empresas em Portugal, caiu 35 lugares na lista dos mais ricos da China, para a 126ª posição, no pior ano para os multimilionários do país desde 1998.

A fortuna pessoal de Guo, 55 anos, fixou-se, em 2022, no equivalente a cerca de 5,5 mil milhões de euros, de acordo com a lista elaborada pela Hurun Report Inc, unidade de investigação sediada em Xangai e considerada a Forbes chinesa.

A Fosun, que soma uma dívida equivalente a cerca de 38 mil milhões de euros, desfez-se já de milhares de milhões de euros em ativos este ano, à medida que enfrenta crescentes dificuldades de financiamento nos mercados chinês e internacional.

As ações da Fosun International Limited, a principal unidade do grupo cotada na Bolsa de Valores de Hong Kong, afundaram mais de 40%, nos últimos 12 meses.

A Fosun realizou, nos últimos dez anos, uma série de aquisições além-fronteiras, adquirindo em Portugal a seguradora Fidelidade, uma participação de quase 30% no banco Millennium BCP e mais de 5% da REN – Redes Energéticas Nacionais.

Segundo a lista da Hurun, difundida hoje, o número de multimilionários na China registou, em 2022, a maior queda em 24 anos, refletindo o impacto da política de ‘zero casos’ de covid-19 e a crise no setor imobiliário. De acordo com este ‘ranking’, 1.305 pessoas na China têm agora uma fortuna estimada em pelo menos 5 mil milhões de yuans (690 milhões de euros), uma queda de 11%, em relação ao ano passado.

A fortuna acumulada dos multimilionários chineses é equivalente a cerca de 3,5 biliões de euros, uma queda homóloga de 18%, o que representa também a maior descida homóloga dos últimos 24 anos.

A China é um dos últimos países do mundo a manter rigorosas medidas de prevenção epidémica. Os repetidos bloqueios de bairros, distritos e cidades inteiras implicam uma interrupção das cadeias de produção e abastecimento e do comércio, travando a atividade económica.

Os multimilionários chineses também sofreram no mercado de ações, face a uma campanha regulatória lançada por Pequim no setor da tecnologia, as incertezas ligadas à guerra na Ucrânia e a subida das taxas de juro pela Reserva Federal dos Estados Unidos.

A fortuna pessoal de Yang Huiyan, que dirige o grupo imobiliário Country Garden Holding, registou a maior perda, no valor equivalente a 15,7 mil milhões de euros. O chinês mais rico continua a ser Zhong Shanshan, fundador da empresa de água engarrafada Nongfu Spring, que viu a sua fortuna aumentar em 17%, para 65 mil milhões de euros.

Quase 300 chineses que, no ano passado, estavam nesta lista, deixaram de estar. A maioria pertence ao setor imobiliário, que enfrenta uma crise de liquidez.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê que a economia chinesa cresça 3,2%, este ano, o que seria o ritmo mais fraco das últimas quatro décadas, excluindo 2020, o ano em que a pandemia da covid-19 começou.

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Desconto no IRC tem limite de 1.520 euros por trabalhador

  • ECO
  • 9 Novembro 2022

O benefício fiscal no IRC para as empresas que aumentem salários em, pelo menos, 5,1% no próximo ano tem um teto de 1.520 euros por trabalhador.

O benefício fiscal no IRC para as empresas que aumentem salários em, pelo menos, 5,1% no próximo ano tem um teto de 1.520 euros por trabalhador, avança o Público.

Este limite está a gerar algumas dúvidas de interpretação, mas foi o próprio Governo que esclareceu a fasquia para “a majoração de custos salariais por trabalhador elegível até 3.040 euros (correspondente a quatro vezes a remuneração mínima mensal garantida em 2023)”, sendo o benefício 50% deste valor, esclareceu o Ministério das Finanças.

“O incentivo fiscal à valorização salarial em causa permite a consideração, para efeitos de IRC, de 150% dos encargos salariais. Nesse sentido, permite-se uma majoração de custos salariais por trabalhador elegível até 3.040 euros (correspondente a quatro vezes a remuneração mínima mensal garantida em 2023). Tal significa que, sendo aprovada a aludida proposta, as empresas poderão considerar, adicionalmente à totalidade dos custos com os encargos salariais, uma majoração até 1520 euros por trabalhador (3.040 euros x 50%)”, disse ao Público fonte oficial do gabinete de Fernando Medina.

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Hoje nas notícias: IRC, Setúbal e inflação

  • ECO
  • 9 Novembro 2022

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Benefício fiscal no IRC para as empresas que aumentem salários em pelo menos 5,1% no próximo ano tem um teto de 1.520 euros por trabalhador. A marcar o dia está ainda a notícia de que a inflação está a levar a um “aumento generalizado” dos pedidos de ajuda à Cáritas. Conheça estas e outras notícias em destaque esta quarta-feira.

Empresas podem deduzir até 1.520 euros por trabalhador no IRC

O benefício fiscal no IRC para as empresas que aumentem salários em pelo menos 5,1% no próximo ano tem um teto de 1.520 euros por trabalhador. Segundo o Público, a forma como este limite está definido na proposta de Orçamento do Estado para 2023 está a gerar dúvidas de interpretação. Mas foi o próprio Governo que esclareceu que o montante a majorar não pode ser superior a 3.040 euros (correspondente a quatro vezes a remuneração mínima mensal garantida em 2023), sendo o benefício de 50% deste valor.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado).

Miguel Alves justifica centro de exposições com projeto enterrado e outro por nascer

O secretário de Estado Ajunto do primeiro-ministro, que está a ser investigado pelo Ministério Público sobre o adiantamento de 300 mil euros à Green Endogenous, justificou o dinheiro para a construção de um Centro de Exposições Transfronteiriço em Caminha. Numa entrevista esta semana, em que reagiu às acusações, Miguel Alves apontou dois projetos como “evidência do trabalho” para justificar o adiantamento. Contudo, segundo o Público, um já tinha sido recusado e o outro nem sequer tinha sido apresentado na altura.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago).

Tribunal dá razão a trabalhadora que esteve 13 anos com contratos a prazo

O Supremo Tribunal Administrativo (STA) deu razão a uma funcionária do município de Gondomar que esteve 13 anos com sucessivos contratos a prazo para a mesma entidade pública, decidindo que o mesmo deve ser declarado sem termo. Esta decisão pode abrir a porta a sentenças semelhantes noutros tribunais. Contudo, é controversa, dado que, apesar da tendência geral de convergência, a legislação do público e do privado para este âmbito é diferente.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Setúbal com acesso a mais fundos europeus, mas menos competências que as CIM

O Governo propôs que Península de Setúbal aceda a mais fundos europeus através da criação de duas comunidades intermunicipais (CIM), uma de Setúbal e outra da Grande Lisboa, “sem colocar em causa” a Área Metropolitana de Lisboa. Contudo, essas CIM terão menos competências do que as que não integram as áreas metropolitanas. A Intenção consta numa proposta de lei entregue na Assembleia da República.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Inflação leva famílias com emprego a pedir ajuda à Cáritas para alimentação

A escalada dos preços está a levar a um “aumento generalizado” dos pedidos de ajuda à Cáritas. A instituição adianta que a maior parte dos pedidos chegam de famílias de classe média e média-baixa e há “uma tendência comum para um aumento da procura por parte de famílias em situação de empregabilidade”. Há também uma subida dos pedidos de famílias estrangeiras.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago).

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Democrata Fetterman vence lugar no senado norte–americano pela Pensilvânia

  • Lusa
  • 9 Novembro 2022

Fetterman, vice-governador da Pensilvânia, derrotou Mehmet Oz, o cirurgião que se tornou uma celebridade televisiva e que beneficiava do apoio do ex-Presidente Donald Trump.

O democrata John Fetterman venceu a corrida eleitoral na Pensilvânia para o senado dos EUA, vencendo um lugar ocupado pelos republicanos e dando aos democratas a esperança de manter o controlo da câmara alta do Congresso.

Fetterman, vice-governador da Pensilvânia, derrotou Mehmet Oz, o cirurgião que se tornou uma celebridade televisiva e que beneficiava do apoio do ex-Presidente Donald Trump, num estado considerado essencial para o resultado final das eleições intercalares de terça-feira.

Fetterman, 53 anos, fez campanha enquanto se recuperava de uma doença grave, que o obrigou a esforços acrescidos para fazer passar a sua mensagem de campanha.

Para perceber a importância desta disputa eleitoral, o Presidente Joe Biden fez campanha na Pensilvânia por Fetterman, por três vezes nas últimas três semanas, enquanto o ex-Presidente Donald Trump também ali compareceu para realizar um comício a favor de Oz.

As eleições intercalares norte-americanas que decorreram na terça-feira determinarão qual o partido que controlará o Congresso nos dois últimos anos do mandato do Presidente Joe Biden, estando também em jogo 36 governos estaduais e vários referendos estaduais a medidas sobre questões-chave, incluindo aborto e drogas leves.

Em disputa estarão todos os 435 lugares na Câmara dos Representantes, onde os democratas atualmente têm uma estreita maioria de cinco assentos, e ainda 35 lugares no Senado, onde os democratas têm uma maioria apenas graças ao voto de desempate da vice-presidente Kamala Harris.

As eleições podem não apenas mudar a cara do Congresso norte-americano, mas também levar ao poder governadores e autoridades locais totalmente comprometidos com as ideias de Donald Trump. Uma derrota muito pesada nestas próximas eleições pode complicar ainda mais o cenário de um segundo mandato presidencial para Joe Biden.

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Wall Street cai mais de 2% ainda à espera dos resultados das intercalares

  • ECO
  • 9 Novembro 2022

Mercado das criptomoedas continua sob forte pressão, com quedas que chegam aos 40%. Taxas que servem de referência ao crédito à habitação renovam máximos de 2009.

É um dia para esquecer no mercado das criptomoedas. Depois das quedas significativas do dia anterior, que continuaram esta quarta-feira, o final do dia trouxe mais uma notícia que abalou o setor: a Binance desistiu do negócio com a FTX.

Os futuros dos principais índices norte-americanos cotaram em terreno negativo, à medida que vão sendo conhecidos os resultados das eleições intercalares nos EUA, que tiveram lugar na terça-feira. Na Europa, as bolsas seguem sem uma tendência definida, mas o PSI encerrou no verde.

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Republicanos garantem 17 senadores nas eleições nos EUA, Democratas 11, dizem projeções

  • Lusa e ECO
  • 9 Novembro 2022

Nas projeções para a Câmara dos Representantes, os Republicanos asseguraram 186 mandatos, face aos 149 assegurados pelos Democratas.

Os Republicanos lideram a conquista de lugares no Senado com 17 mandatos, face aos 11 senadores assegurados pelos Democratas, segundo as mais recentes projeções da Associated Press (AP) das eleições intercalares.

Na corrida à câmara alta do Congresso norte-americano, as projeções da AP apontam para uma vantagem de 17-11 para os Republicanos. Já nas projeções para a Câmara dos Representantes, os Republicanos asseguraram 186 mandatos, face aos 149 assegurados pelos Democratas. Na eleição para governador, os Republicanos já asseguraram 16 lugares, enquanto os Democratas têm 13 governadores, segundo a AP.

O congressista Republicano Ted Budd conquistou um lugar no Senado pelo estado da Carolina do Norte, tendo derrotado a Democrata Cheri Beasley. Em Ohio, o candidato Republicano, o autor JD Vance, derrotou Tim Ryan, ganhando assim um lugar no Senado até agora controlado pelos Democratas.

O Republicano Rand Paul, antigo candidato presidencial, ganhou um terceiro mandato para o Senado em representação de Kentucky, derrotando o Democrata Charles Booker, o primeiro negro do Kentucky a concorrer como candidato democrata do estado para o Senado.

O líder da maioria democrata no Senado, Chuck Schumer, assegurou a sua reeleição para um quinto mandato frente a Joe Pinion. Já o Democrata Michael Bennet alcançou a vitória no Colorado, um dos estados disputados com os Republicanos, ao derrotar Joe O’Dea, segundo projeção da CNN.

No Dakota do Norte, o Republicano John Hoeven venceu a reeleição para o Senado frente à Democrata Katrina Christiansen e o independente Rick Becker. Já no Dakota do Sul, o também Republicano John Thune alcançou o quarto mandato para o Senado, sendo apontado como um potencial líder da câmara, após ter derrotado o Democrata Brian Bengs.

O também Republicano Jerry Moran assegurou o terceiro mandato no Senado no Kansas, ao derrotar o Democrata Mark Holland. Na corrida a governador, o procurador geral Democrata Josh Shapiro venceu na Pensilvânia o Republicano Doug Mastriano, um candidato de extrema direita apoiado pelo antigo presidente Donald Trump.

A Democrata Kathy Hochul tornou-se a primeira mulher a ser eleita governadora de Nova Iorque, sendo que já ocupava o cargo desde a demissão de Andrew Cuomo em 2021. Em Illinois o Democrata J.B. Pritzker foi reeleito numa corrida contra o senador Republicano Darren Bailey, também apoiado por Trump.

A Democrata Maura Healey foi eleita frente a Geoff Diehl, tornando-se a primeira lésbica assumida a conquistar este cargo. Também o Democrata Dan McKee derrotou Ashley Kalus para o cargo de governador em Rhode Island. No Colorado, o Democrata Jared Polis alcançou a reeleição ao derrotar a Republicana Heidi Ganahl.

Já o Republicano Mark Gordon conquistou o segundo mandato como governador no Wyoming, ao bater a Democrata Theresa Livingston, enquanto em Vermont o Republicano Phil Scott assegurou a sua reeleição no Estado Democrata, vencendo Brenda Siegel. Em Iowa, o Republicano Kim Reynolds venceu o segundo mandato como governador frente à Democrata Deidre DeJear.

Segundo as projeções anunciadas anteriormente, os Republicanos asseguraram também vitórias para o Senado no Oklahoma (reeleição de James Lankford e a eleição de Markwayne Mullin), no Alabama (eleição de Katie Britt), na Florida (reeleição de Marco Rubio), no Indiana (reeleição de Todd Young), no Arkansas (reeleição de John Boozman) na Carolina do Sul (reeleição de Tim Scott) e Kentucky (reeleição de Rand Paul).

Já os Democratas tinham assegurado lugares no Senado em Illinois (reeleição de Tammy Duckworth), em Maryland (reeleição de Chris Van Hollen), no Connecticut (reeleição de Richard Blumenthal) e Vermont (eleição de Peter Welch).

Na corrida a governador, os Democratas elegeram Wes Moore em Maryland, Maura Healey no Massachusetts e JB Pritzker no Illinois (reeleição). Nos Republicanos, Ron DeSantis foi reeleito governador na Florida, Chris Sununu foi reeleito em New Hampshire, Mike DeWine foi reeleito no Ohio, Kay Ivey foi reeleita no Alabama, Bill Lee foi reeleito no Tennessee, Henry McMaster foi reeleito na Carolina do Sul e Sarah Sanders foi eleita no Arkansas.

As eleições intercalares norte-americanas realizadas esta terça-feira determinarão qual o partido que controlará o Congresso nos dois últimos anos do mandato do Presidente Joe Biden, estando também em jogo 36 governos estaduais e vários referendos estaduais a medidas sobre questões-chave, incluindo aborto e drogas leves.

Em disputa estão todos os 435 lugares na Câmara dos Representantes, onde os democratas atualmente têm uma estreita maioria de cinco assentos, e ainda 35 lugares no Senado, onde os democratas têm uma maioria apenas graças ao voto de desempate da vice-presidente Kamala Harris.

As eleições podem não apenas mudar a cara do Congresso norte-americano, mas também levar ao poder governadores e autoridades locais totalmente comprometidos com as ideias de Trump. Uma derrota muito pesada nestas próximas eleições pode complicar ainda mais o cenário de um segundo mandato presidencial para Joe Biden.

“Democratas estão a superar expectativas” em todos os EUA, diz congressista

Com o controlo das duas câmaras do Congresso ainda por decidir, os democratas reunidos no Hollywood Palladium, em Los Angeles, acreditam terem conseguido travar a “onda vermelha” que os republicanos prometeram para as intercalares.

“Os democratas estão a superar expectativas em todo o país”, afirmou o congressista Ted Lieu, que foi reeleito pelo 33º distrito da Califórnia. “Definitivamente não é uma onda vermelha, com certeza”, disse Lieu, contrariando as palavras do republicano Lindsey Graham à televisão NBC.

O partido republicano continua a ser favorito para reconquistar o poder na Câmara dos Representantes, mas por uma margem inferior ao que desejava – que pode ser de apenas três assentos – e com o Senado a poder ainda cair para qualquer um dos lados.

Lieu disse que o desempenho se deve ao facto de os democratas terem aprovado legislação importante, como o pacote de combate à inflação, mas também porque muitos candidatos republicanos “são doidos da cabeça” e prometeram ações como a criminalização do aborto em todo o país.

O congressista Adam Schiff, também reeleito esta noite pelo 28º distrito da Califórnia, sublinhou igualmente o desempenho melhor que o previsto para os democratas. “Já desafiámos os analistas que estavam a prever uma onda vermelha em todo o país”, afirmou. “Em vez disso, os nossos democratas estão a aguentar-se firme”.

A surpresa, ainda por confirmar, explica porque é que o Hollywood Palladium – que abriu para receber os democratas à hora do fecho das urnas na Califórnia e é a central onde se estão a assistir aos resultados – tem menos de metade da capacidade preenchida. A noite temia-se desastrosa.

Falando a uma audiência pouco barulhenta, Adam Schiff endereçou a gravidade do momento perante o número elevado de candidatos republicanos que negam a legitimidade do presidente Joe Biden. “Encontramo-nos esta noite num momento muito precário da história da nossa democracia”, considerou Schiff, que estava no Capitólio a 06 de janeiro de 2021 quando foi atacado por uma multidão de apoiantes de Donald Trump.

“Pensei que depois de a grande mentira ter levado a violência, seria repudiada”, afirmou. “Mas os republicanos agarraram-se a ela ainda com mais força”. Este tema foi mencionado por todos os dirigentes que passaram pelo palco e falaram da importância de defender a democracia a partir de Los Angeles e da Califórnia, uma cidade e um estado que pendem fortemente para os democratas.

Isso refletiu-se nas vitórias locais. Não só a candidata oficial do partido ao cargo de “mayor”, Karen Bass, está à frente na corrida, como se espera que a proposta de lei para consagrar o direito ao aborto na Constituição estadual tenha vencido a votação.

Alex Padilla, anterior secretário de Estado, também se tornou no primeiro hispânico a ser eleito para o Senado pela Califórnia e comemorou o que disse ser “uma noite histórica”. “Temos uma batalha incrível pela frente”, afirmou Padilla, “e a Califórnia está pronta para a liderar”.

Padilla referiu os esforços promovidos pelo estado mais populoso dos Estados Unidos para alargar o acesso dos eleitores aos boletins de voto e facilitar a votação, tanto por correspondência como presencialmente. “A América é grande. A nossa democracia é sagrada”, disse Padilla. “O sonho americano é sagrado. E juntos vamos defendê-lo”.

A noite, que começou no Palladium com a atuação do grupo musical Mariachi Lindas Mexicanas, poderá ser longa, devido ao grande volume de votos por correspondência e margens apertadas em corridas-chave.

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Se as empresas baixarem investimento em I&D estarão a “matar as próximas décadas”, diz Elvira Fortunato

“Faz falta uma aproximação maior entre as universidades e a indústria", defende a Ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, que será uma das oradoras da conferência Fábrica 2030, do ECO.

A ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior defende que é “fundamental” que as empresas mantenham o investimento em investigação e desenvolvimento (I&D), apesar da incerteza provocada pela guerra, a subida dos custos de financiamento e o aumento dos custos. Elvira Fortunado, que será uma das oradoras na conferência Fábrica 2030, organizada pelo ECO, considera também que “ainda faz falta uma aproximação maior entre as universidades e a indústria”, apesar dos progressos feitos nos últimos anos.

Se as empresas não mantiverem investimento em I&D estarão a “matar as próximas décadas”, afirma a ministra na talk que será transmitida durante a conferência Fábrica 2030, que decorre amanhã, dia 10 de novembro, na Alfândega do Porto e que tem como tema: “Que indústria de futuro queremos para Portugal?”

Elvira Fortunato, que inventou o transístor de papel e foi pioneira da eletrónica transparente, é uma defensora da investigação aplicada. A governante considera que as empresas e as universidades estão hoje menos de costas voltadas, mas “ainda faz falta uma aproximação maior entre as universidades e a indústria. Não estamos ainda no pleno, contudo estamos melhor do que estávamos há uns anos a esta parte”.

A ministra deixou elogios aos laboratórios colaborativos, uma iniciativa do anterior Governo que apadrinhou, justamente por permitirem que as empresas trabalhem em conjunto com os centros de saber. “Neste momento existem já 41. Para a dimensão que o país tem é já um número suficiente”, considera.

Elvira Fortunato deixa também elogios ao ecossistema de inovação em Portugal, recordando a sua recente passagem pela Web Summit: “Temos startups que são tão boas ou melhores do que as que existem noutras partes do mundo”, afirma.

Pode assistir à conversa na íntegra com Elvira Fortunato na conferência Fábrica 2030, presencialmente ou online.

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