Finlândia só admite adesão à NATO em simultâneo com a Suécia

  • Lusa
  • 14 Outubro 2022

O presidente turco aceitou que o seu país ratifique o ingresso da Finlândia na NATO, mas não da Suécia,

O Presidente da Finlândia, Sauli Niinisto, rejeitou esta sexta-feira a possibilidade de o seu país aderir à NATO a um ritmo diferente da Suécia, face à recusa da Turquia em ratificar de momento o ingresso de Estocolmo na Aliança Atlântica.

Na semana passada, o Presidente turco Recep Tayyip Erdogan anuiu a que o seu país ratifique o ingresso da Finlândia na NATO, mas não da Suécia, alegando que o Governo sueco ainda não cumpriu o acordo em torno do combate ao que designa de “terrorismo curdo”. Em declarações aos media, Niinisto defendeu que os dois países nórdicos devem cooperar para uma adesão simultânea à NATO. “Iniciámos este processo com a Suécia e vamos prossegui-lo com a Suécia”, disse.

“O facto de se especular sobre uma admissão da Finlândia antes da Suécia é algo que serve os interesses de outros, e não os nossos”, insinuou Niinisto. A Finlândia e a Suécia formalizaram em maio passado o seu pedido de adesão à NATO de forma conjunta, após décadas de não-alinhamento, uma decisão justificada pela alteração do quadro de segurança europeu na sequencia da invasão russa da Ucrânia.

O processo de adesão dos dois países escandinavos registou uma celeridade sem precedentes, e em apenas cinco meses 28 dos 30 Estados-membros da Aliança ratificaram o seu ingresso, com as exceções da Turquia e Hungria. O Presidente Tayyip Erdogan, que de início bloqueou o processo de ratificação ao argumentar que os dois países candidatos forneciam proteção e apoio a curdos definidos de “terroristas”, prescindiu do seu veto em junho durante a cimeira da NATO em Madrid.

Em troca, Ancara impôs um conjunto de condições à Finlândia e Suécia, incluindo a extradição dos ativistas curdos que considera “terroristas” e o fim do veto à exportação de armamento para a Turquia, uma medida aceite por Helsínquia e Estocolmo.

Segundo Erdogan, o seu país está agora disposto a ratificar o ingresso da Finlândia na NATO, mas está disposto a bloquear o acesso da Suécia “enquanto as organizações terroristas continuem a manifestar-se na rua e estiverem presentes no parlamento sueco”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Banco de Fomento prevê assinar primeiros contratos de capitalização esta semana

Em causa estão 11 empresas escolhidas a 30 de junho para ter apoio do Programa de Recapitalização Estratégica. Esperam 36 milhões há mais de três meses.

O Banco de Fomento prevê assinar os primeiros contratos para a capitalização de empresas na próxima semana, avançou ao ECO fonte oficial da instituição. Mas não avança uma data para os 36 milhões de euros chegarem às empresas.

Em causa estão 11 empresas que foram escolhidas a 30 de junho para aceder a este apoio do Programa de Recapitalização Estratégica, no âmbito do Quadro Temporário de Auxílio Estatal (que terminou a 30 de junho de 2022). Mas as minutas dos contratos apenas chegaram às empresas na sexta-feira 23 de setembro, tal como o ECO avançou.

“O processo de negociação das minutas contratuais encontra-se em curso, prevendo-se a assinatura dos primeiros contratos durante a próxima semana”, confirmou ao ECO fonte oficial da instituição liderada por Beatriz Freitas.

O processo de negociação das minutas contratuais encontra-se em curso, prevendo-se a assinatura dos primeiros contratos durante a próxima semana.

Fonte oficial do Banco de Fomento

Ora, sem a assinatura dos contratos, as empresas não poderão ter acesso ao financiamento de 36,61 milhões de euros. Um valor revisto em baixa em 40 milhões de euros depois de Mário Ferreira ter prescindido do empréstimo para a capitalização da Douro Azul, uma desistência justificada pelo próprio pela pressão mediática em torno do mesmo.

O banco ainda liderado por Beatriz Freitas – a nova administração ainda não recebeu luz verde do Banco de Portugalnão se compromete com nenhuma data para entregar as verbas às empresas, quando questionado nesse sentido.

Como condição deste reforço de capitalização, as empresas tinham de fazer um investimento na sua área de negócio que ronda um terço do montante global do apoio, como explicou ao ECO o responsável de uma das empresas. E a demora na conclusão deste processo dificulta o processo, porque com a persistência da guerra na Ucrânia os preços subiram e algumas cadeias de abastecimento, nomeadamente de equipamentos, estão ainda mais pressionadas.

O ministro da Economia reconheceu que os resultados deste programa ficaram “aquém do desejado” e, por isso, a tutela irá estudar com a nova administração do banco a possibilidade de rever os critérios para a atribuição destes apoios. “As políticas públicas primeiro são desenhadas e depois afinadas”, justificou, destacando a necessidade de haver uma consonância entre os critérios e o tecido empresarial.

“Sabemos que a resposta não foi aquilo que pensávamos e, portanto, vamos ter, talvez, alguma flexibilidade de alguns critérios para permitir que o programa se transforme, realmente, no programa motor da economia”, disse Costa Silva no Parlamento no final de setembro.

O ECO questionou o banco se já está a ser feito algum trabalho de revisão dos critérios. A instituição garante que “o trabalho realizado” passa “pelo contacto permanente não só com os candidatos e respetivos coinvestidores, mas também com potenciais candidatos e potenciais coinvestidores”, para “ir aferindo em que medida as regras estabelecidas constituem um impedimento à concretização de operações e apresentação de candidaturas”.

As conclusões preliminares apontam para, pelo menos, três “possíveis impedimentos principais”:

  • Os termos e condições propostos pelos potenciais coinvestidores não serem aceitáveis para os potenciais candidatos, um problema que o banco entende não ser resolúvel com uma alteração das regras.
  • Os potenciais candidatos não cumprirem as condições de elegibilidade. E nesse caso, o banco não considera “recomendável a alteração das condições de elegibilidade”, porque estão em causa quase sempre “questões legais e regulatórias, nomeadamente resultantes do PRR”. “Apenas a condição relacionada com o plano de negócios poderia ser suavizada mas, neste caso, o Fundo de Capitalização e Resiliência (FdCR) ficaria exposto a um risco superior, eventualmente excessivo”, alerta o banco, nas respostas enviadas ao ECO.
  • Os potenciais candidatos não atingirem a pontuação mínima de 1,7 nos critérios previstos na matriz de seleção. Também aqui uma alteração poderia implicar correr “o risco de acolher empresas cujo caráter estratégico seria mais questionável”. Isto porque a matriz “oferece alguma flexibilidade aos potenciais candidatos, nomeadamente no critério 1”. “Os restantes 7 critérios são de verificação objetiva”.

Janela A já recebeu 27 candidaturas. Estão em análise

O Programa de Recapitalização Estratégica que ascende a 400 milhões de euros está a ser operacionalizado em duas janelas. A primeira a ser anunciada foi a janela B, com a escolha de 12 empresas que passam a 11 após a desistência de Mário Ferreira. Os 40 milhões que tinham sido concedidos em empréstimo à Pluris transitaram para a janela A, cujo período de investimento só termina a 31 de dezembro deste ano. As candidaturas podem ser apresentadas em contínuo até lá e são apreciadas numa lógica de first come-first served.

Até ao momento já foram recebidas 27 candidaturas. Mais uma face ao último balanço, avançou o Banco de Fomento. “O processo de análise das candidaturas continua em curso, nomeadamente a obtenção de esclarecimentos junto dos candidatos e a negociação dos termos e condições propostos para o investimento pelo Fundo de Capitalização e Resiliência”, precisou fonte oficial.

“Em alguns casos, o processo de aprovação terá de ser precedido pela emissão de pareceres pela Comissão Técnica de Investimento do FdCR”, acrescentou a mesma fonte.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Ministra da Ciência diz que deixou de deter participação em empresa antes de assumir o cargo

  • Lusa
  • 14 Outubro 2022

“A 18 de março de 2022, foi realizado um pedido de transmissão de quota, através do qual Elvira Fortunato deixou de deter qualquer participação na empresa”, adiantou o ministério.

A ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior assegurou esta sexta-feira que “deixou de deter qualquer participação na empresa” NTPE em 18 de março deste ano, cerca de duas semanas antes de tomar posse no cargo. “A 18 de março de 2022, foi realizado um pedido de transmissão de quota, através do qual Elvira Fortunato deixou de deter qualquer participação na empresa”, adiantou o ministério da Ciência Tecnologia e Ensino Superior (MCTES) em comunicado.

Elvira Fortunato tomou posse como ministra em 30 de março. De acordo com o comunicado, a empresa NTPE – Investigação, Desenvolvimento e Comercialização de Transístores e Biossensores Eletrónicos de Papel foi criada em 31 de julho 2018, tendo Elvira Fortunato uma quota de 10,5%.

A 27 de dezembro de 2021, foi realizado um aumento de capital da empresa, tendo Elvira Fortunato ficado com 15,98% da mesma. Este ato foi publicado no portal das Publicações de Atos Societários e de outras entidades a 3 de junho de 2022”, avança ainda o ministério.

Em causa poderá estar um “eventual conflito de interesses”, segundo noticiou a SIC, que adiantou que, ao “contrário do que diz o ministério, no Portal da Justiça não há qualquer comunicação de cessação de atividades de Elvira Fortunato”.

Já sobre o laboratório colaborativo sem fins lucrativos AlmaScience, dedicado à investigação científica, Elvira Fortunato foi administradora, na qualidade de representante da Universidade NOVA de Lisboa, “funções que deixou de exercer aquando da sua nomeação enquanto ministra”. O comunicado confirma que, em 11 de março de 2022, a AlmaScience apresentou à Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) uma candidatura para um projeto de investigação, cujo financiamento de 56.257 euros foi anunciado em 27 de julho de 2022.

“A decisão de apresentar este tipo de candidaturas compete à comissão executiva do CoLab AlmaScience, não tendo o conselho de administração qualquer participação nessa decisão”, avançou o gabinete de Elvira Fortunato. Segundo assegurou, a ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior “não teve, nem poderia ter tido, qualquer intervenção na aprovação deste financiamento, nem poderá ter em quaisquer outras candidaturas a financiamentos da FCT”.

De acordo com o ministério, o projeto em causa é coordenado pelo UNINOVA (Instituto de Desenvolvimento de Novas Tecnologias da Universidade Nova de Lisboa), tendo dois parceiros, o AlmaScience e a Universidade do Minho. “A participação do professor Rodrigo Martins, marido da ministra Elvira Fortunato, ocorre na qualidade de membro de equipa do UNINOVA, com uma participação de 10%”, adianta o MCTES, ao avançar que as candidaturas apresentadas à FCT são avaliadas por painéis compostos por peritos independentes, “predominantemente afiliados a instituições estrangeiras, experientes e de reconhecido mérito e idoneidades, sujeitos ao regime de garantias de imparcialidade”.

Na quarta-feira, o Presidente da República pediu ao parlamento que reveja o regime jurídico sobre as incompatibilidades e impedimentos de titulares de cargos políticos, caso a Assembleia da República “considere relevante e necessária tal reflexão”.

“Com efeito, o emaranhado legislativo complexo tem suscitado ampla controvérsia na sociedade portuguesa, numa matéria essencial para a confiança dos cidadãos nas instituições, a qual resulta de uma imposição constitucional, dúvidas essas que foram expressas, inclusivamente, pelo Conselho Consultivo da Procuradoria-Geral da República”, justifica Marcelo Rebelo de Sousa, na nota divulgada no site da Presidência da República.

No mesmo dia, o primeiro-ministro, António Costa, assumiu que não tem dúvidas sobre a “probidade” de como os membros do Governo exercem as suas funções e disse que o executivo não se intromete nos diálogos entre Presidente e Assembleia da República.

“Não são casos nenhuns, nem suscitam dúvidas nenhumas, porque a lei é absolutamente clara sobre eles. Sobre dois deles, pelo menos, houve pareceres do conselho consultivo da Procuradoria-Geral da República. Portanto, da minha parte, não tenho dúvidas nenhumas sobre a probidade da forma como os membros do meu Governo têm exercido as suas funções”, assumiu António Costa. Questionado sobre o pedido de revisão da lei por parte de Marcelo Rebelo de Sousa, o primeiro-ministro disse que “o Governo não se intromete no diálogo entre o Presidente da República e a Assembleia da República”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Espanhol paga pelo menos 0,56 euros por ação na OPA ao Boavista

  • ECO
  • 14 Outubro 2022

Auditor independente fixou um valor abaixo (1 cêntimo por ação) do que a sociedade Jogo Bonito, de Gérard Lopez, apresentou (56 cêntimos) para comprar a totalidade do capital da SAD axadrezada.

O empresário espanhol Gérard Lopez, através da sociedade Jogo Bonito, vai ter de oferecer uma contrapartida de, pelo menos, 0,56 euros por ação na Oferta Pública de Aquisição (OPA) sobre a SAD do Boavista, de acordo com o regulador.

O auditor independente contratado para fixar o preço da OPA concluiu que cada ação da SAD boavisteira vale 0,01 euros, “correspondente ao valor mínimo nominal de uma ação em termos legais, tendo em conta que a melhor avaliação atribuiu à sociedade desportiva um valor de 28,6 milhões de euros negativos”.

Sendo “inferior ao montante constante do anúncio preliminar divulgado pela Jogo Bonito e do acordo de compra e venda que esteve na origem da aquisição do controlo da Boavista SAD (0,56 euros por ação), o valor a pagar pelo empresário espanhol “não deverá ser inferior a 0,56 euros por ação”, determinou a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Em comunicado, o regulador adianta o procedimento relativo ao registo e tendente ao lançamento da referida oferta se encontra em curso.

A SAD do Boavista declarou como “oportuna” a OPA lançada pela sociedade Jogo Bonito, dizendo que “não afeta o normal funcionamento, desenvolvimento e recuperação” desta sociedade desportiva.

A OPA sobre 39,22% do capital e direitos de voto da Boavista SAD foi lançada depois de a CMVM ter concluído no verão passado que o empresário já detinha mais de 50% do capital.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Rússia espera uma redução de 10% na produção de gás

  • Lusa
  • 14 Outubro 2022

O vice-primeiro-ministro russo disse também que o preço do petróleo no mercado internacional em 2023 será de cerca de 100 dólares.

A produção de gás na Rússia poderá cair até 10% em 2022, admitiu esta sexta-feira, em Moscovo, o vice-primeiro-ministro russo, Alexander Novak. “Não vou dar um número concreto, mas se as exportações forem como hoje, poderá haver uma redução de até 10% aproximadamente”, disse Novak aos jornalistas à margem do Fórum Semana Russa da Energia, citado pela agência russa Interfax.

A produção russa de gás totalizou 763.000 milhões de metros cúbicos em 2021. A guerra que a Rússia iniciou na Ucrânia, em 24 de fevereiro deste ano, revelou a dependência energética dos países europeus face a Moscovo, que já cortou fornecimentos a alguns clientes em reação às sanções de que tem sido alvo.

De acordo com dados da Comissão Europeia, a Rússia fornece 43% do gás natural consumido na União Europeia (UE). Em agosto, entrou em vigor na UE um plano de redução voluntária de 15% da procura de gás natural este inverno, face a possíveis novos cortes da Rússia.

O vice-primeiro-ministro russo disse também que o preço do petróleo no mercado internacional em 2023 será de cerca de 100 dólares (mais de 102 euros, ao câmbio atual) por barril, no contexto de uma queda do investimento global. “Na situação atual, provavelmente veremos preços no próximo ano semelhantes aos que vemos hoje”, disse Novak, acrescentando que o preço será de cerca de 100 dólares, segundo a agência espanhola EFE.

Numa intervenção na Semana Russa da Energia, Novak disse que os investimentos no setor petrolífero mundial caíram acentuadamente no ano passado. “Este é um problema real. No meio do júbilo da transição para uma agenda verde, aconteceu o seguinte: o nível de investimentos no setor mundial do petróleo diminuiu agora mais de metade”, afirmou.

Segundo Novak, “se [o investimento] costumava ser de 700.000 milhões de dólares [cerca de 720.390 milhões de euros, ao câmbio atual] por ano, hoje é aproximadamente de 300.000 milhões de dólares [cerca de 308.740 milhões de euros] por ano”.

“Este é um problema que se irá agravar”, alertou. Novak considerou que o défice de investimento global foi criado artificialmente. “Há um ano, a Agência Internacional de Energia (…) declarou que era necessário parar completamente o investimento em projetos ligados ao setor do petróleo e do gás. Os principais bancos seguiram o exemplo e declararam que pararam e vão deixar de financiar e creditar estes projetos”, disse.

Novak referiu que as empresas russas mantiveram os seus programas de investimento, ao contrário da recomendação. “Temos recursos suficientes”, afirmou. Novak disse tratar-se da estratégia correta, porque “ninguém está a rejeitar a energia verde, mas tem de se chegar lá gradualmente”.

Relativamente aos riscos gerados pelas sanções ocidentais e à possibilidade de se impor um limite de preço ao petróleo, Novak disse que a Rússia está a procurar reorientar as suas rotas de exportação, uma vez que não venderá petróleo àqueles que aplicam esta medida. A exportação será redirecionada não só para países da região Ásia-Pacífico, mas também para África e América Latina, acrescentou.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Novo governo sueco vai ter apoio parlamentar da extrema-direita

  • ECO
  • 14 Outubro 2022

Bloco de direita composto pelos moderados, democratas-cristãos e liberais vão formar governo na Suécia. Novo executivo conta com apoio parlamentar dos democratas suecos, partido de extrema-direita. 

O líder dos Moderados na Suécia, Ulf Kristersson, anunciou esta sexta-feira que o seu partido chegou a acordo com os democratas-cristãos e com os liberais para formar um novo governo de direita na Suécia, avança o Deutsche Welle (acesso livre, conteúdo em inglês). Novo executivo conta com o apoio parlamentar dos democratas suecos, um partido de extrema-direita.

Os moderados, democratas cristãos e liberais vão construir um governo e cooperar com os democratas suecos no parlamento“, afirmou Ulf Kristersson, em declarações aos jornalistas. O bloco de direita composto por estes partidos venceu as eleições de setembro na Suécia por uma pequena maioria, tendo garantido 176 assentos de um total de 349.

Perante este resultado, a primeira-ministra social-democrata Magdalena Andersson, que lidera o maior partido na Suécia, reconheceu a derrota, tendo apresentado o pedido de demissão. De acordo com o mesmo jornal, os liberais recusaram-se a governar em coligação com os democratas suecos, um partido de extrema-direita fundado na década de 80 e que tem a segunda maior representação parlamentar.

De acordo com o Politico, o parlamento sueco tem previsto votar o nome de Kristersson para primeiro-ministro na próxima segunda-feira, devendo este apresentar a sua equipa ministerial na terça-feira e o seu orçamento para 2023 nas próximas semanas.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Governo diz que revisão da lei do táxi “está em curso” e é um “trabalho participado”

  • Lusa
  • 14 Outubro 2022

“Está em curso o processo legislativo relacionado com a revisão da lei do táxi, para ser enviado à Assembleia da República, onde deve ser votado”, disse Duarte Cordeiro.

O ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, garantiu esta sexta-feira que o processo legislativo relacionado com o setor dos táxis “está em curso”, estando em causa um “trabalho participado”. Segundo Duarte Cordeiro, que não indicou prazos nem deu mais pormenores sobre o processo, “está em curso o processo legislativo relacionado com a revisão da lei do táxi, para ser enviado à Assembleia da República, onde deve ser votado”.

“A proposta resulta de um trabalho participado. Acreditamos que o setor do táxi se revê na proposta, que o permite modernizar e tornar mais sustentável”, afirmou à agência Lusa o ministro do Ambiente, que tutela os transportes urbanos. O governante deslocou-se a Castelo Branco com a ministra da Agricultura e da Alimentação, Maria do Céu Antunes, para presidirem à Reunião da Comissão Permanente de Prevenção, Monitorização e Acompanhamento dos Efeitos da Seca.

Segundo a proposta de Orçamento do Estado (OE) entregue na segunda-feira, “2023 será também marcado pela alteração da legislação do táxi, visando a modernização do setor, e pela revisão da legislação da atividade de TVDE, na sequência da avaliação do regime jurídico, prevendo-se ainda a elaboração de um plano plurianual para acelerar a descarbonização do setor”, lê-se no relatório que acompanha o documento.

Esta intenção do Governo foi inscrita pela primeira vez no OE para 2022, apresentado em abril deste ano, não tendo feito parte da proposta entregue em outubro do ano passado e que foi chumbada no parlamento.

O OE 2022 referia já que este ano seria “marcado pela alteração da legislação do táxi, que visa a modernização do setor e a instituição da possibilidade de uma reorganização territorial a nível intermunicipal, e pela revisão da legislação da atividade de TVDE, na sequência da avaliação do regime jurídico, prevista na lei e promovida pelo IMT [Instituto da Mobilidade e dos Transportes]”.

Desta forma, ficou adiado para o próximo ano um tema que tem sido bastante contestado pelos dois setores de mobilidade urbana. Em julho de 2020, o executivo criou um grupo de trabalho composto por 13 entidades ligadas ao setor e aos transportes para a modernização do setor do táxi, centrado na contingentação, na digitalização e nos tarifários.

O relatório do grupo de trabalho reconheceu que o táxi “é um serviço público”, diferenciando-se de outros segmentos específicos do mercado de transporte de passageiros em veículos ligeiros.

A Associação Nacional dos Transportes Rodoviários em Automóveis Ligeiros (ANTRAL), a Federação Portuguesa do Táxi (FPT) e a Associação Nacional Táxis Unidos de Portugal (ANTUPE) tiveram diversas reuniões com o Governo, para discutir o que podia ser melhorado no setor, sendo o sistema tarifário, que segundo as associações não é atualizado há 10 anos, uma das principais reivindicações. O OE 2023 vai ser debatido na generalidade no parlamento nos dias 26 e 27, estando a votação final global do diploma da proposta do Governo marcada para 25 de novembro.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Exportações de vestuário crescem 15,8% e somam 2.400 milhões até agosto

  • Lusa
  • 14 Outubro 2022

Entre os principais mercados de destino das exportações de vestuário, a associação destaca, “pela dimensão, o caso de Espanha”. Mercados alemão e italiano cresceram cerca de 24%.

As exportações portuguesas de vestuário aumentaram 15,8%, para perto de 2.400 milhões de euros, no acumulado de janeiro a agosto deste ano face ao mesmo período de 2021, informou esta a sexta-feira a associação setorial.

“No conjunto dos primeiros oito meses de 2022, as exportações de vestuário cresceram 327 milhões de euros em relação ao período homólogo do ano anterior”, avança a Associação Nacional das Industrias de Vestuário e Confeção (ANIVEC) em comunicado.

A associação explica que “esta tendência foi dinamizada quer pelo vestuário de malha, quer pelo vestuário de tecido”. O primeiro acumula um crescimento de 12,3% desde janeiro, enquanto o vestuário de tecido soma um incremento de 26,3% face a igual período de 2021.

Entre os principais mercados de destino das exportações de vestuário, a associação destaca, “pela dimensão, o caso de Espanha”, que registou um crescimento de 1,8% em relação a 2021 e assume uma proporção de 28% do vestuário exportado no período. Segundo a ANIVEC, é “também de salientar o mercado francês, pelo desempenho e representatividade, com uma proporção de 17% e um crescimento de 26,8% em comparação com 2021”.

Ainda referidos são os mercados germânico e italiano, com crescimentos na ordem dos 24%. Citado no comunicado, o presidente da ANIVEC afirma que, apesar de se manter “uma ligeira desaceleração, no cômputo geral as exportações nacionais de vestuário continuam a evidenciar uma evolução considerável”.

“Apesar do pior desempenho das exportações de vestuário de malha destinadas ao mercado espanhol, salientamos os resultados excecionais em inúmeros mercados de referência, como o francês, o germânico, o italiano, o holandês e o norte-americano”, destaca César Araújo.

“Prosseguimos com uma dinâmica considerável nas exportações, quer no vestuário de malha, quer no de tecido, assegurando crescimentos de dois dígitos na maioria dos principais mercados de destino”, acrescenta o dirigente associativo.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Aquecer a casa este ano pode custar até 62 euros por mês na fatura da luz

Seja com um aquecedor ou ar condicionado, aquecer a casa este inverno vai pesar na fatura da luz, numa altura em que já vigoram novos preços. Mas existem algumas formas de contornar as subidas.

Aquecer a casa este ano no inverno, numa altura em que já entraram em vigor os novos preços da eletricidade, poderá vir a tornar-se numa tarefa cara, isto considerando que cerca de 40% das casas em Lisboa e no Porto não estão preparadas para enfrentar os meses mais frios.

O comparador de tarifas de energia e telecomunicações Selectra, fez as contas e partilhou-as com o ECO/Capital Verde: estima que aquecer a casa no inverno poderá traduzir-se num acréscimo na fatura da eletricidade de até 62 euros para uma família composta por um casal com dois filhos.

Para fazer as contas, tudo depende das necessidades da habitação e o equipamento utilizado. Se a casa estiver mal isolada, as necessidades para aquecimento são superiores, pelo que, para manter o interior confortável, o consumo de energia também tenderá a ser superior. Este consumo, e respetivo custo com energia, é tanto maior quanto menos eficiente for o equipamento utilizado. Os valores também variam consoante o tarifário que o consumidor contratou, o perfil do consumidor e em que regime se encontra, mercado livre ou regulado.

Tendo isto em conta, a comparadora de tarifas fez as estimativas com base em dois cenários. No primeiro, onde as temperaturas frias já se sentem dentro de casa, um casal com dois filhos, com uma tarifa única de eletricidade com uma potência de 6,9kVA contratada no mercado livre de energia, e que utilize num mês um dos seguintes aparelhos, durante uma média de cinco horas diárias, poderá verificar os seguintes acréscimos na fatura da luz:

Olhando para a tabela, é possível concluir que a utilização de um aquecedor convector é a mais cara, seja nas horas de ponta ou nas horas de vazio. Já a mais barata deverá ser o ar condicionado, cujo preço deverá rondar entre os 19 e os 34 euros.

A realidade mantém-se para o mesmo perfil de consumidor, mas no mercado regulado. Segundo as contas da Selectra, um aquecedor convector nas horas de ponta poderá custar até 57 euros nas horas de ponta, enquanto o custo do ar condicionado deverá rondar os 17 euros e os 31 euros, nas horas de menor e maior procura, respetivamente.

É importante frisar que estes valores têm apenas em conta a utilização de um destes aparelhos, ou seja, se cada família tiver dois aparelhos ligados em casa, o preço irá consequentemente duplicar”, explica a Selectra ao ECO/Capital Verde.

Importa também referir que estas estimativas não tiveram em conta a próxima atualização às tarifas reguladas da eletricidade, proposta que deverá ser apresentada pela ERSE no próximo sábado, 15 de outubro. Segundo a previsão avançada esta semana pelo ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro, a expectativa do Governo é que as famílias com tarifas reguladas de eletricidade fiquem sujeitas a um aumento dos preços de cerca de 3%, no próximo ano.

Perante o mais recente aumento do preço da eletricidade, cabe ao consumidor analisar e comparar as tarifas no mercado e escolher qual a mais vantajosa, seja no mercado regulado, onde os preços são definidos pelo Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), seja no mercado livre, onde as comercializadoras são livres de definir os seus preços.

E, mesmo com a baixa do IVA de 13% para 6% já em vigor, importa referir que esse desconto aplica-se apenas nos primeiros 100 kWh de consumo de energia. Segundo a Pordata, em 2020, o consumo de energia por consumidor doméstico foi de cerca de 110 kWh por mês (ou seja, 1.321 kWh anuais). Com este valor em conta, e considerando um agregado familiar de quatro pessoas, essa família irá consumir cerca de 440 kWh de energia por mês.

Assim, e considerando as mesmas tarifas simples do exemplo anterior, a Selectra voltou a fazer contas e concluiu que uma fatura de 77,03 euros de um casal com dois filhos, com uma tarifa única de eletricidade, cuja potência é de 6,9kVA contratada no mercado livre de energia, sentiria um desconto de cerca de 1 euro, passando a pagar 76,01 euros depois da aplicação deste desconto no IVA.

O valor do desconto não difere se esta família tiver uma fatura da luz de 84,95 euros por mês resultante de um contrato no mercado regulado com as mesmas condições. Com o IVA a baixar de 13% para 6%, passaria a pagar 83,83 euros por mês.

Esta medida não é suficiente para dar aos consumidores a segurança que eles precisam. Assim, deverá partir também deles ajustarem os seus hábitos de consumo para conseguirem poupar um pouco mais em casa”, recomenda a entidade

Como aquecer com custos menores na fatura da luz?

Apesar destes valores, existem medidas que podem reduzir as necessidades de energia da habitação. A Deco Proteste partilhou algumas com o ECO/Capital Verde.

A primeira prende-se com um reforço do isolamento térmico da envolvente da habitação. Segundo Pedro Silva, especialista em Energia da entidade de defesa do consumidor, desta forma o consumidor consegue reduzir “as trocas térmicas com o exterior, o que faz com que as temperaturas interiores se mantenham mais confortáveis, reduzindo o recurso a equipamentos”, seja para aquecimento, no inverno, ou arrefecimento, no verão.

Além desta, deve considerar substituir janelas por outras mais eficientes e colmatar fendas e fissuras, pois trazem vantagens imediatas de conforto térmico e também contribuem para um melhor isolamento acústico, aconselha a Deco Proteste. Estas soluções, naturalmente, pressupõem contudo investimentos significativos.

No inverno, a entidade sugere abrir as persianas e cortinas durante o dia para deixar a radiação solar entrar e aquecer a casa, fechando-os de noite para ajudar a conter o calor no interior, um método que deve ser aplicado ao contrário no verão — isto é, “fechar os dispositivos de proteção solar durante as horas de maior calor” — para manter o interior da casa mais fresco.

“Todas estas são medidas que, com a maior ou menor investimento, permitem manter o interior da casa mais confortável de forma “passiva”, sublinha Pedro Silva, acrescentando que “ao reduzir as necessidades de energia para aquecer e arrefecer as divisões, o consumo de energia associado será menor (independentemente do equipamento utilizado), o que se traduzirá numa redução da respetiva fatura energética“. Por outro lado, acrescenta, “para manter as mesmas condições de conforto não alterando a envolvente, uma redução do consumo de energia só é conseguida através de equipamentos mais eficientes”.

Da parte da Selectra, também existem dicas, nomeadamente, fazer um uso eficiente dos aquecedores, não ultrapassando a temperatura recomendada de 21º Celsius, uma vez que “cada grau acima disso pode encarecer a fatura em cerca de 7%”.

Desligar todas as fontes de aquecimento sempre que se ausenta de casa e antes de ir dormir e colocar temporizadores nas tomadas elétricas para definir horas limite em que os aparelhos se podem manter ligados, também são formas de poupar na fatura mensal da luz, ao mesmo tempo que aquece a casa no inverno. Isto sem esquecer que, se optar por ligar os aparelhos de aquecimento, deve colocá-los em lugares estratégicos, “evitando colocá-los num local com demasiados objetos ao seu redor, para que estes não interfiram com a radiação”, recomenda a consultora.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Governo alemão diz que atingiu meta de encher as reservas de gás a 95%

  • Lusa
  • 14 Outubro 2022

O objetivo do Governo de atingir os 95% até 1 de novembro foi alcançado duas semanas antes, apesar da paragem do gasoduto Nord Stream 1.

O Governo alemão anunciou esta sexta-feira ter atingido, antes do previsto, o objetivo de ter as reservas de gás do país a 95%, o equivalente a dois meses de consumo no inverno, apesar da interrupção do fornecimento russo. “As reservas ultrapassaram hoje os 95%. Atingiram 95,14%”, afirmou em comunicado o Ministério da Economia alemão.

O objetivo do Governo de atingir os 95% até 1 de novembro foi alcançado duas semanas antes. “Apesar da paragem do gasoduto Nord Stream 1, as reservas foram abastecidas mais cedo do que o previsto”, afirmou o ministro da Economia, Robert Habeck, citado no comunicado.

Antes da guerra na Ucrânia, 55% do fornecimento de gás à Alemanha vinha da Rússia. Depois do conflito ter começado, em fevereiro, as entregas caíram e cessaram completamente no início de setembro. Entre as medidas adotadas pelo Governo liderado por Olaf Scholz, foram desbloqueados 1,5 mil milhões de euros para comprar gás natural liquefeito para garantir abastecimento.

As entregas de gás da Noruega e dos Estados Unidos aumentaram consideravelmente. Berlim teve, no entanto, de se abastecer a preços mais elevados, o que se traduz num aumento do preço do gás para famílias e empresas.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Putin não prevê novos “ataques massivos” na Ucrânia nem ampliar mobilização parcial

  • Lusa
  • 14 Outubro 2022

Presidente russo disse que não prevê ampliar a mobilização parcial. Até ao momento foram recrutados 220.000 homens dos 300.000 previstos e 16.000 estão encontram estacionados no combate.

O Presidente russo afirmou esta sexta-feira que não prevê novos ataques “massivos” na Ucrânia, após os bombardeamentos de mísseis e drones ocorridos no início da semana em represália pela destruição parcial da ponte da Crimeia, que atribuiu a Kiev.

“No imediato, não há necessidade de ataques massivos. Atualmente, existem outros objetivos. De momento. Depois veremos”, declarou Vladimir Putin em conferência de imprensa após uma cimeira regional no Cazaquistão, assegurando ainda que não tem por objetivo “destruir a Ucrânia”. Nesta perspetiva, o líder do Kremlin assinalou que a Rússia está a fazer “tudo o que é necessário” na Ucrânia após oito meses de combates, e num momento em que as forças russas têm registado diversos reveses.

“Não é agradável o que atualmente se passa, mas [caso a Rússia não tivesse atacado a Ucrânia em 24 de fevereiro], estaríamos na mesma situação um pouco mais tarde, e com condições mais nefastas para nós”, considerou. Putin também frisou que não prevê ampliar a mobilização parcial que anunciou há três semanas para um envolvimento no conflito, apontando que até ao momento já foram recrutados 220.000 homens dos 300.000 previstos e que 16.000 já se encontram estacionados “em unidades envolvidas nos combates”.

“Nada mais está previsto. Não foi recebida qualquer proposta do ministério da Defesa e não vejo necessidade num futuro previsível”, declarou, antes de admitir o fim do processo de mobilização “dentro de duas semanas” e de reconhecer falhas no seu decurso.

A linha da frente prolonga-se por 1.100 quilómetros, por isso é quase impossível mantê-la exclusivamente com tropas formadas por militares contratados”, justificou o Presidente russo, quando o anúncio da mobilização implicou a fuga do país de milhares de russos. Putin também disse estar aberto a negociações com Kiev e a mediações de países como a Turquia ou os Emirados Árabes Unidos, criticando a liderança ucraniana por recusar o início de conversações consigo.

Pelo contrário, o líder da Federação russa indicou que não tem interesse imediato em manter conversações com o seu homólogo norte-americano, Joe Biden, mesmo no quadro da cimeira da G20 prevista para novembro na Indonésia. “Não vejo a necessidade, atualmente não existe plataforma de negociações”, disse durante a conferência de imprensa.

“Devemos perguntar-lhe se está preparado, ou não, para manter essas negociações comigo”, acrescentou ainda numa referência a Joe Biden, que em 6 de outubro afirmou não excluir um possível encontro com Vladimir Putin no decurso da cimeira do G20 em Bali. Nas suas declarações, o chefe de Estado russo também reconheceu pela primeira vez que os parceiros de Moscovo na ex-URSS estão “preocupados” pelo conflito na Ucrânia.

Na passada segunda-feira a Rússia efetuou bombardeamentos massivos sobre diversas cidades ucranianas que danificaram infraestruturas elétricas e zonas residenciais. Estes ataques surgiram dois dias após a explosão na ponte russa da Crimeia, uma infraestrutura decisiva, que Putin atribuiu aos serviços secretos ucranianos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Walk Talks. Pôr o foco da conversa no outro

  • Trabalho
  • 14 Outubro 2022

Uma conversa, enquanto se caminha, que se repete todas as semanas aqui na Pessoas. Bem-vindos à Walk Talks.

Escutar atentamente e pôr o foco da conversa na outra pessoa pode ser a chave para melhores relacionamentos, e consequentemente, melhores resultados. Parece simples, mas nem sempre é fácil ouvir o outro, sem interromper e respeitando os momentos de silêncio da conversa.

Esta semana, João Perre Viana e Nuno Santos Fernandes, partners e mentores da Walking Mentorship, partilham com os leitores algumas dicas para melhorar relacionamentos, baseadas no conceito de “escuta extrema”.

Uma conversa, enquanto se caminha, que se repete todas as semanas aqui na Pessoas. Bem-vindos à Walk Talks.

https://videos.sapo.pt/4IAJGdJirUdZ6mtwySgU

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.