“Temos de ser duros no controle da inflação”, defende Centeno

  • ECO
  • 14 Outubro 2022

O governador do Banco de Portugal defendeu em Washington que o BCE deve travar um combate duro no controle da inflação no espaço da moeda única e lembrou que o BCE afasta uma recessão para 2023.

Mário Centeno, governador do Banco de Portugal, defendeu esta sexta-feira que o Banco Central Europeu (BCE) deve continuar “a travar um combate duro à inflação” e que a retirada de estímulos do BCE da economia da zona euro deve ser discutida no próximo ano.

Há uns dias, num evento em Lisboa, Centeno defendeu que “a normalização da política monetária é absolutamente necessária e desejável no contexto europeu … ao mesmo tempo que as decisões de política monetária devem ser graduais e orientadas pela flexibilidade e proporcionalidade”, disse Centeno num evento em Lisboa.

À margem das reuniões do Fundo Monetário Internacional que estão a decorrer em Washington, nos EUA, Centeno referiu ainda que o BCE deve considerar as ações dos outros bancos centrais aquando da tomada de decisões que impactem a política monetária da zona euro e que o BCE “ainda não tem uma recessão no seu cenário base”. No entanto, Ignazio Visco, governador do Banco de Itália sublinha que “não podemos descartar uma recessão global”.

As últimas projeções do BCE para o próximo ano apontam para uma queda do crescimento do PIB da Zona Euro de 3,1% em 2022 para 0,9% em 2023, recuperando depois para 2,3% em 2024, “com a melhoria dos mercados do gás, a descida da inflação e a diminuição da incerteza”, antecipa o BCE.

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Governo quer antecipar subida de nível remuneratório dos técnicos superiores

O Governo propôs aos sindicatos da FP acelerar a subida de mais um nível remuneratório para técnicos superiores. A progressão será feita em dois anos, em vez de quatro como estava prevista.

O Governo propôs esta sexta-feira aos sindicatos da Função Pública acelerar a subida de mais um nível remuneratório para alguns técnicos superiores. A progressão estava prevista ocorrer ao longo da legislatura, ou seja quatro anos, mas agora irá acontecer em dois anos.

“O Governo hoje apresentou a proposta de podermos acelerar essa progressão passando de uma progressão que estava prevista para quatro anos para toda a legislatura para dois anos“, revelou a ministra da Presidência, quando questionada pelos jornalistas sobre a renumeração dos técnicos superiores. “Não fixámos ainda nenhum limite para a atualização deste ano e para as do próximo ano“, sinalizou, em declarações transmitidas pela RTP3.

Esta indicação já tinha sido sinalizada pelo Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE) no final da reunião desta sexta-feira com o Executivo. Na sexta-feira, a secretária de Estado da Administração Pública tinha adiantado que alguns técnicos superiores, nomeadamente os da terceira e quarta posições da tabela remuneratória, poderiam ter um aumento de 104 euros já no próximo ano (ou seja, um aumento de dois níveis). O STE propôs que fossem abrangidos por este salto os trabalhadores do terceiro ao oitavo nível.

A ministra sinalizou ainda que esta “foi uma aproximação muito significativa” às reivindicações dos sindicatos. “Para dar um exemplo quando olhamos para a terceira posição técnica superiores o conjunto da atualização salarial anual e da proposta que fazemos permite um aumento salarial para todas as pessoas que estão naquela situação de 7,3%”, sublinhou.

Por fim, Mariana Vieira da Silva destacou que o “Governo tem procurado dar sinais e fazer as aproximações que considera serem relevantes”, dando como exemplo a subida do subsídio de alimentação para 5,20 euros, bem como a os aumentos entre 2% a 8% para os funcionários públicos no próximo ano que têm como objetivo assegurar “justiça social”.

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Procuradoria Europeia investiga aquisição de vacinas contra a Covid na União Europeia

  • Lusa
  • 14 Outubro 2022

O organismo confirmou a existência desta investigação devido ao “interesse público extremamente elevado”. Comissão Europeia já celebrou um total de oito contratos, em nome de toda a UE.

A Procuradoria Europeia, que investiga fraudes lesivas ao orçamento da União Europeia (UE), está a investigar a aquisição de vacinas anticovid-19 no espaço comunitário, após a Comissão Europeia ter contratado já 4,2 mil milhões de doses, foi anunciado esta sexta-feira.

Numa informação divulgada na sua página na internet, a Procuradoria Europeia indica que “tem em curso uma investigação sobre a aquisição de vacinas anticovid-19 na União Europeia”. O organismo independente da União Europeia para investigação de fraude e corrupção diz que confirmou a existência desta investigação devido ao “interesse público extremamente elevado. Nesta fase, não serão tornados públicos mais pormenores”.

Questionada pela Lusa, a Procuradoria Europeia remeteu mais informação para quando “houver alguma evolução” no caso. Já fontes ligadas ao processo referiram estarem em curso “várias investigações” que já se realizam há vários meses e que já motivaram “muito interesse”.

A Comissão Europeia tem vindo a negociar em nome da UE para assegurar uma carteira diversificada de vacinas para os cidadãos europeus, num total de oito contratos já celebrados com fabricantes (a maioria com o consórcio farmacêutico Pfizer/BioNTech) e uma carteira de até 4,2 mil milhões de doses.

Até ao momento, segundo os dados do executivo comunitário, foram entregues 1,7 mil milhões de doses, que permitiram vacinar totalmente 83,4% da população adulta. As entregas de doses de vacinas aos países da União Europeia têm ocorrido de forma constante desde dezembro de 2020.

Porém, têm surgido também várias críticas – como da sociedade civil e de outras instituições europeias – à falta de transparência dos contratos. Num relatório divulgado em meados de setembro, o Tribunal de Contas Europeu (TCE) considerou que os contratos firmados pela Comissão Europeia para a compra, pela UE, de vacinas anticovid-19 foram tardios e não continham cláusulas para resolver falhas no abastecimento como as registadas.

Em causa estão os contratos celebrados pela Comissão Europeia, em nome da UE, para aquisição de vacinas anticovid-19 dada a estratégia criada em junho de 2020, no âmbito da qual, até ao final de 2021, celebrou contratos no valor de 71 mil milhões de euros. Estes permitiram assegurar mais de quatro mil milhões de doses de vacinas das fabricantes Pfizer/BioNTech, Moderna, AstraZeneca, Janssen, Sanofi/GSK, CureVac, Novavax e Valneva.

A Procuradoria Europeia começou a funcionar a 1 de junho de 2021. Funciona como um Ministério Público independente e altamente especializado, a sua função é investigar, instaurar um processo penal e preparar a acusação contra quem pratica crimes que prejudiquem o orçamento da UE.

A Procuradoria Europeia foca-se em investigações complexas e transfronteiriças sobre crimes económicos e financeiros sofisticados, investigando fraudes que envolvem fundos da UE superiores a 10 mil euros e fraudes transfronteiriças ao IVA com danos superiores a 10 milhões de euros.

Num relatório divulgado em março passado sobre os seus primeiros sete meses de atividade operacional, a Procuradoria Europeia avançou que foram abertas 576 investigações nesse período, além de outras 515 investigações ativas em dezembro de 2021, com um total de 5,4 mil milhões de euros de prejuízos estimados.

Todos os Estados-membros da UE fazem parte da Procuradoria Europeia à exceção de cinco, Dinamarca, Hungria, Irlanda, Polónia e Suécia, num total de 95 procuradores europeus que trabalham em 35 gabinetes nos 22 países participantes. Em Portugal, existem gabinetes em Lisboa e no Porto.

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Águas de Gaia: Início do Sistema de Gestão de Anticorrupção

  • BRANDS' ECO
  • 14 Outubro 2022

A empresa Águas de Gaia poderá tornar-se a primeira entidade gestora de água, saneamento e resíduos a certificar-se numa norma de Gestão Anticorrupção

O Conselho de Administração da Águas de Gaia decidiu recentemente, implementar um Sistema de Gestão Anticorrupção (SGAC) de acordo com os requisitos da Norma Portuguesa ISO 37001:2018, que será concebido à medida dos desafios que se colocam permanentemente à Águas de Gaia, e que terá por base o Regime Geral de Prevenção da Corrupção, o Regime Geral de Proteção de Denunciantes de Infrações e, ainda, as recomendações provenientes do Conselho de Prevenção da Corrupção e do Mecanismo Nacional Anticorrupção (MENAC).

A empresa Águas de Gaia tem vindo a progredir nas suas atuações, Miguel Lemos Rodrigues, Presidente e Administrador da empresa Águas de Gaia, afirma “é uma organização determinante para a sustentabilidade do Concelho de Vila Nova de Gaia e para a melhoria da qualidade de vida dos seus habitantes”.

Consciente do seu papel na sociedade, Águas de Gaia, tem adotado modelos de melhorias de governo que visam uma conduta ética e de integridade de todos os seus colaboradores, contribuindo com o seu exemplo para a difusão das boas práticas em matéria de anticorrupção.

Os principais objetivos do Sistema de Gestão Anticorrupção são: instituir uma cultura ética e de tolerância zero à corrupção em todas as atividades e operações das Águas de Gaia e implementar novos e reforçar os atuais controlos destinados a prevenir e detetar qualquer tentativa ou ato de corrupção.

O Sistema de Gestão Anticorrupção vai aplicar-se a todos as Unidades Orgânicas da Águas de Gaia. Com este passo, a empresa ÁGUAS DE GAIA poderá vir a tornar-se a primeira entidade gestora de água, saneamento e resíduos e uma das primeiras empresas portuguesas a se certificar numa norma de Gestão Anticorrupção.

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Produção automóvel nacional cresce 9,4% até ao final do terceiro trimestre

Acumulado dos nove meses de 2022 regista 219.640 veículos produzidos em Portugal. Em setembro, a produção nacional foi 7,1% superior face a igual período do ano anterior.

A produção automóvel nacional cresceu 9,4% até ao final do terceiro trimestre de 2022, face a igual período de 2021, segundo dados divulgados esta sexta-feira pela Associação Automóvel de Portugal (ACAP).

No acumulado dos primeiros nove meses de 2022, saíram das fábricas portuguesas um total de 219.640 veículos, o que representa um aumento de 9,4% face a igual período do ano anterior. Por sua vez, foram produzidos em Portugal 22.503 automóveis em setembro, um valor que supera o registado no mês homólogo de 2021 em 7,1%.

Os dados de 2022 demonstram ainda que 97,8% dos veículos fabricados em Portugal têm como destino a exportação, em especial o mercado europeu, que recebe 91,7% da produção nacional. Dentro deste mercado líder, 22,8% dos veículos têm como destino a Alemanha, seguido de 15,1% para França, 11,5% para Itália, e Espanha com 9,4% da produção.

Já no que diz respeito à montagem de veículos pesados, em setembro foram fabricados 13 veículos, o que representa uma queda de 27,8% face a igual mês do ano anterior. Em termos acumulados, nos nove meses de 2022 foi registada uma quebra de 8,3% na montagem de veículos pesados, face a período homólogo de 2021, o que representa 143 unidades entre janeiro e setembro.

Já no que diz respeito à montagem de veículos pesados, em setembro foram fabricados 13 veículos, o que representa uma queda de 27,8% face a igual mês do ano anterior. Em termos acumulados, nos nove meses de 2022 foi registada uma quebra de 8,3% na montagem de veículos pesados, face a período homólogo de 2021, o que representa 143 unidades entre janeiro e setembro.

Nos primeiros nove meses do ano foram exportados 30,8% dos veículos pesados fabricados em Portugal, ou seja, um total de 44 unidades. Dentro deste universo, 54,5% destinaram-se à Alemanha e 45,5% foram para o Reino Unido, sendo estes países os únicos destinos em registo. Apenas foram montados veículos pesados de passageiros pelo nono mês consecutivo.

Dentro da produção de veículos pesados, apenas foram produzidas unidades pesadas de passageiros pelo nono mês consecutivo.

(notícia atualizada às 15h51 com mais informação)

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Luísa Salgueiro eleita para a Comissão Executiva da “maior organização mundial de governos locais”

Luísa Salgueiro eleita para a Comissão Executiva da United Cities and Local Governments, considerada a "maior organização mundial de governos locais", para um mandato de quatro anos.

A presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) foi eleita para a Comissão Executiva da United Cities and Local Governments (UCLG) – Cidades e Governos Locais Unidos –-, considerada a “maior organização mundial de governos locais”, avança a ANMP em comunicado.

Esta eleição aconteceu, esta sexta-feira, no âmbito do 7.º Congresso Mundial da UCLG, que reúne mais de três mil líderes locais e regionais de 80 países, em Daejeon, na Coreia do Sul.

Além da também presidente da Câmara Municipal de Matosinhos foram nomeados, em simultâneo, mais eleitos locais de outros países, para um mandato de quatro anos que “procurará impulsionar ações pela paz, solidariedade e salvaguarda das aspirações das comunidades locais“, de acordo com a ANMP.

Segundo a associação de defesa dos municípios, a UCLG, com sede em Barcelona, Espanha, foi fundada em 2004, a partir da junção da União Internacional de Autoridades Locais (UICL) e das Organizações das Cidades Unidas (UTO)”, reunindo governos locais e associações regionais e municipais de todo o mundo.

A ANMP adianta ainda que esta entidade “promove a cooperação entre governos locais e na comunidade internacional, prosseguindo o desenvolvimento dos valores da autonomia local, os objetivos e interesses das comunidades locais e suas organizações, no sentido de assegurar uma organização mundial eficiente e democrática”.

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Vai nascer um “bairro alfacinha” de 300 milhões no Campo Grande

Campo Novo é o novo empreendimento da Norfin em Lisboa. Investimento de 300 milhões conta com três condomínios residenciais e quatro edifícios de escritórios unidos por uma zona de comércio.

Vai nascer na área do Campo Grande “um novo conceito de bairro alfacinha”. O Campo Novo é o mais recente empreendimento da Norfin, em Lisboa, e representa um investimento de 300 milhões de euros. O conceito promete não só fomentar como também ligar a “tradicionalidade dos bairros lisboetas” com a “modernidade da cidade contemporânea”, explica a gestora de investimentos.

Com um total de 80.000 m2 de construção acima do solo, o projeto irá contar com três condomínios residenciais (30.300 m2) e quatro edifícios de escritórios (37.600 m2), interligados por uma zona de comércio (12.100 m2). Além destes espaços, o Campo Novo vai ainda contemplar uma área de jardins com 20.000 m2 e mais de 2.200 lugares de estacionamento.

O investimento será maioritariamente assegurado pelo fundo norte-americano King Street Capital Management, que detém o terreno juntamente com o Grupo Arrow Global, dono da Norfin. Francisco Sottomayor, CEO da Norfin, descreve o projeto como um “polo residencial, empresarial e comercial” histórico, nomeadamente pela sua dimensão e pelo novo conceito que acarreta.

Fonte: Norfin

A área residencial será composta por três condomínios com 245 apartamentos entre T1 e T4, com jardins privativos, piscina, rooftop, salas de co-work, kids’ club, ginásio e acesso direto à zona comercial; os preços de venda arrancam nos 380 mil euros. Os moradores poderão contar ainda com o acesso a lugares para carregamento de veículos elétricos e estacionamento para bicicletas com acesso à ciclovia.

No entanto, Miguel Saraiva, diretor executivo, fundador e arquiteto da Saraiva & Associados – a empresa responsável pelo projeto da área residencial -, garante que não será feita uma “rutura com os bairros existentes”. O responsável remata que o projeto irá avançar antes com um novo bairro contemporâneo “onde se pode viver com uma grande qualidade de vida”.

Já a área empresarial prevê quatro edifícios com certificação Leed Gold – que reconhece edifícios de design sustentável -, sendo que cada um dispõe de rooftop com 450 m2. O objetivo desta área passa por atrair empresas em busca de “escritórios vanguardistas, com fortes preocupações de sustentabilidade, com luz natural e com uma oferta completa de serviços”, avança a Norfin em comunicado.

Os escritórios serão projetados pela Reify, detida pela Sonae Sierra, contando com mais de 30 anos de experiência na criação e gestão de espaços urbanos. Para Jorge Morgadinho, diretor executivo da Reify, os escritórios do Campo Novo “oferecem um conceito de espaços flexíveis respondendo às necessidades de trabalho de hoje”. Por este motivo, o diretor executivo considera que estes espaços são o “convite perfeito” para empresas e pessoas que procurem uma nova centralidade.

A zona comercial, por sua vez, irá unir a área residencial e empresarial com 18 lojas, 15 restaurantes, sete quiosques e um supermercado. Esta área será gerida pela Sonae Sierra e o conceito visa conjugar “a qualidade, a proximidade do comércio tradicional e a conveniência do retalho moderno”, acrescenta a mesma nota.

Cristina Santos, diretora executiva da área de Property Management da Sierra, refere ser um motivo de orgulho para a empresa poder contribuir para a “regeneração urbana desta zona emblemática da capital, em linha com a sua nova estratégia de negócio”. Neste sentido, a diretora executiva assegura que a Sierra irá garantir uma oferta comercial de proximidade e complementar entre si, respondendo às necessidades das comunidades locais.

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Taxa de absentismo entre professores ronda os 8%, maioria com baixa médica

  • Lusa
  • 14 Outubro 2022

O governante indicou que a taxa de absentismo “se tem mantido estável”. Trata-se sobretudo de baixas médicas.

A taxa de absentismo entre os professores tem-se mantido estável nos últimos anos, segundo o ministro da Educação, que disse esta sexta-feira que esse número ronda, atualmente os 8%, a maioria por baixa médica. “De acordo com o último levantamento, a taxa de absentismo ronda os 8%”, afirmou João Costa já na segunda parte do debate parlamentar sobre política setorial, que se prolongou por mais de três horas.

O ministro da Educação respondia à deputada Carla Castro, da Iniciativa Liberal, que voltou a levar à discussão o tema das baixas médicas, levantado por alguns partidos, como o PSD e o BE, que quiseram também conhecer o ponto de situação da contratação das 7.500 juntas médicas anunciadas em agosto e que, segundo João Costa, estão atualmente em fase de adjudicação.

Afirmando que, com a constituição dessas juntas médicas, o Ministério da Educação levanta “uma poeira” de suspeição sobre os docentes que pedem baixa, Carla Castro pediu um balanço atualizado da taxa de absentismo entre os professores e a sua evolução ao longo dos últimos anos.

O governante indicou que a taxa de absentismo “se tem mantido estável” e, de acordo com um esclarecimento do gabinete do Ministério da Educação à Lusa, trata-se sobretudo de baixas médicas, incluindo também faltas de curta duração.

Pelo PS, que à semelhança de outros partidos dividiu o seu tempo por vários deputados, Bruno Aragão considerou que “o melhor preditor do comportamento futuro é sempre o comportamento passado”, criticando que os problemas referidos pela oposição nesta área sejam sempre apresentados como se tudo estivesse por fazer, dando o exemplo de debates no parlamento sobre amianto, manuais escolares ou psicólogos nas escolas, questões que afirma que o PS resolveu.

Para o deputado socialista, não se pode dizer que Portugal tem “a melhor geração de sempre” e depois dizer que foi “a pior escola de sempre” que a preparou, admitindo que ainda há trabalho a fazer e aproveitando para questionar o ministro sobre a implementação do plano de recuperação das aprendizagens devido à pandemia de covid-19.

João Costa destacou a componente de monitorização do programa, um dos eixos do Plano 21|23 Escola+, afirmando que essa monitorização está a ser feita, já com um conjunto de análises quantitativas que daí resultaram, como os estudos de aferição amostral e o estudo de diagnóstico realizados pelo IAVE.

Sobre este tema, a deputada Cláudia André, do PSD, já tinha considerado que os dados que resultam dessas avaliações são insuficientes, por não incluírem “todas as escolas e todos os alunos”, sublinhando que, ainda assim, “revelam grandes lacunas”.

Também Carla Castro, da Iniciativa Liberal, referiu a recuperação das aprendizagens, afirmando que o partido não se revê “no otimismo sobre o evoluir do plano” e no que respeita aos processos de avaliação e aferição. “Temos de ser bastante mais ambiciosos”, defendeu.

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Web Summit esgota bilhetes a quase duas semanas do arranque

Cimeira tecnológica nunca tinha esgotado tão cedo. Vai contar com o mesmo número de participantes de 2019, o último ano antes da pandemia.

Já não há bilhetes para a Web Summit de 2022. Nunca tinha esgotado tão cedo uma edição da cimeira tecnológica. No entanto, o evento vai ter o mesmo número de participantes de 2019. Entre 1 e 4 de novembro vão estar mais de 70 mil participantes na FIL e no Altice Arena, em Lisboa, refere o comunicado da organização, divulgado nesta segunda-feira. Além disso, estarão presentes 2.300 startups de mais de 100 países, assim como 1.040 oradores.

“No início de 2021, parecia que a Web Summit poderia não sobreviver a esse ano. Como equipa, seguimos juntos e, de alguma forma, conseguimos fazer a edição de 2021. Nos últimos 18 meses temos tido uma recuperação extraordinária, da quase morte em 2021 para o nosso melhor ano de sempre, em 2022″, refere o líder da Web Summit, Paddy Cosgrave.

Fica por cumprir, no entanto, a ambição do Presidente da República. Marcelo Rebelo de Sousa pretendia que estivessem 100 mil participantes na edição deste ano. Contudo, não houve nenhuma expansão do espaço da FIL, conforme o ECO escreveu no final de setembro.

A dimensão do recinto, no entanto, vai crescer. “Para a Web Summit 2022 estamos a aumentar a pegada total do evento para o maior número de sempre. O nosso recorde anterior tinha sido estabelecido em 2019, com 183.292 metros quadrados. Em 2022, vamos crescer para 204.386 metros quadrados”, escreveu Paddy Cosgrave no início de setembro através de uma publicação na rede social LinkedIn.

Além da Altice Arena, o evento vai utilizar “exatamente o mesmo espaço que ocupou em 2019” na FIL: “os pavilhões 1, 2, 3, 4 e multiusos [entre os pavilhões 2 e 3], áreas exteriores entre pavilhões, a Praça Sony, o PT Meeting Center e a Praça FIL. Sabemos que a rua pública entre o Pavilhão 4 e a Praça Sony também será ocupada, à semelhança do que aconteceu em 2019”, esclareceu ao ECO, na altura, fonte oficial da Fundação AIP, dona da Feira Internacional de Lisboa.

A edição deste ano também vai ficar marcada pelo surgimento de quatro novos palcos:

  • Verified – para receber criadores de conteúdos e influenciadores;
  • Book Summit – para receber pensadores, escritores e académicos das áreas da crítica literária, não-ficção e ficção;
  • Security Summit – espaço para falar sobre regulação e cumprimento das regras no metaverso, cibersegurança e Web3;
  • Crypto – palco para falar sobre “a próxima grande evolução da internet”

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Tribunal de Contas português vai ser auditor externo do laboratório de partículas CERN

Instituição portuguesa foi a escolhida num concurso público internacional dirigido aos Tribunais de Contas dos vários Estados-membros. Vai ser auditor externo do CERN entre 2023 e 2025.

O Tribunal de Contas (TdC) português foi o escolhido para ser o auditor externo do laboratório de física de partículas CERN (Organização Europeia para a Investigação Nuclear), em Genebra, na Suíça. A instituição portuguesa vai cumprir um mandato de três anos, que arranca a 1 de janeiro de 2023 e se prolonga até 2025.

“A candidatura portuguesa foi entregue há mais de um ano, na sequência de um concurso público internacional dirigido aos Tribunais de Contas dos vários Estados Membros e acabou por ser a escolhida no final do mês de setembro”, adianta o TdC, em comunicado.

A equipa do Tribunal de Contas que vai trabalhar com o CERN, conhecido por ter o maior e mais potente acelerador de partículas do mundo, ao longo do triénio 2023-2025 inclui seis pessoas coordenadas por uma Juíza Conselheira, adiantam.

“Esta não é a primeira vez que o Tribunal de Contas é auditor externo” de organizações internacionais, recorda o órgão, entre os quais a ESA (Agência Espacial Europeia), ESO (Organização Europeia para a Observação Astronómica do Hemisfério Sul), IUE (Instituto Universitário Europeu), EUMETSAT (Organização Europeia de Satélites Meteorológicos), EUROCONTROL (Organização Europeia de Navegação Aérea), EMBL (Organização Europeia de
Biologia Molecular), CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) e Organização Ibérica de Nanotecnologia.

O CERN junta-se agora a esta lista, desenvolvendo um trabalho que se aplica em áreas como a energia, tecnologias de informação e comunicação, saúde e engenharia. A organização dedicada à investigação nuclear abrange 23 Estados-membros e outros estados associados.

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+M

Rádio Comercial segue na liderança das audiências

Analisando por grupos, o Bauer Media Audio Portugal obtém nesta quarta vaga do estudo uma AAV de 30,5% (o Grupo Renascença Multimédia de 26,8% e Grupo RTP de 7%.

A Rádio Comercial mantém-se como a estação mais ouvida do país, ao registar uma audiência acumulada de véspera (AAV) de 21%, em setembro. Em relação ao mês homólogo a rádio liderada por Pedro Ribeiro cresceu 1,6 pontos percentuais (p.p.). Os dados compilados entre 3 de maio e 28 de setembro (quarta vaga) revelam uma queda de um ponto percentual face à vaga anterior (3 de março e 28 de junho), período no qual bateu todos os recordes de audiência. O reach semanal situa-se agora nos 41,5% e o share de audiência nos 28,5%.

Na segunda posição, com uma AAV de 19,3%, prossegue a RFM. A estação do grupo Renascença Multimédia regista uma variação positiva de 0,3 p.p. na comparação homóloga e um decréscimo de 0,4 p.p. em relação à vaga homóloga deste ano. O reach semana é de 39,8% e o share de audiência de 22,7%.

Na terceira posição surge a M80, detida tal como a Comercial pelo grupo Bauer Media, com uma AAV de 7,8%, percentagem que traduz um decréscimo de 0,1% em relação à vaga anterior do estudo, divulgada em julho, e um crescimento homólogo de 0,1 p.p.. O reach semanal é de 18,5% e o share de audiência de 8,1%.

A Rádio Renascença, com uma AAV de 6,4%, aparece na quarta posição, seguindo-se, a fechar o top 5 do Bareme Rádio (estudo regular de audiências elaborado pela Marktest), a Cidade FM, com uma AAV de 5,2%.

Seguem-se a Antena 1 (4,5%), Mega Hits (3,5%), TSF (3,4) e a Antena 3 (2,3%). Com uma AAV de 0,9% surge agora a Smooth FM, a Rádio Observador e a Rádio NoAr. Nas posições seguintes está a Rádio Nova Era e a Rádio Meo Sudoeste (0,6%) e, por fim, a Antena 2 e a Rádio Amália (0,5%), terminando o estudo com estas estações.

Analisando por grupos, o Bauer Media Audio Portugal obtém nesta quarta vaga do estudo uma AAV de 30,5%, o Grupo Renascença Multimédia de 26,8% e Grupo RTP de 7%.

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Há quatro escritórios de advogados portugueses no top mundial dos mais inovadores do FT

A Vieira de Almeida, a PLMJ, a Abreu Advogados e a Morais Leitão são os quatro escritórios de advogados portugueses que surgem entre os mais inovadores no ranking anual do Financial Times.

No que toca à inovação, existem quatro escritórios de advogados portugueses no ranking anual do Financial Times. A Vieira de Almeida (VdA), a PLMJ, a Abreu Advogados e a Morais Leitão são as sociedades destacadas internacionalmente.

A VdA é a sociedade de advogados que surgem, entre as portuguesas, em primeiro lugar, ocupando a posição 23 no ranking geral. O escritório de advogados liderado por Paula Gomes Freira obteve uma pontuação total de 68.8.

No 28.º lugar surge a PLMJ. A firma liderada por Bruno Ferreira alcançou uma pontuação de 64.1. Em 31.º e 36.º ficaram classificadas a Abreu Advogados, com 62.1, e a Morais Leitão, com 56, respetivamente.

A nível global, o escritório com melhor classificação foi o britânico Ashurst, com uma pontuação de 86.7.

Os escritórios de advogados foram classificados com base nos critérios de inovação, pessoas (políticas de recursos humanos, diversidade de género, políticas de inclusão e de regresso ao trabalho), digital (uso de dados e tecnologia), menções de clientes (número de recomendações recebidas por criatividade jurídica, abordagem na prestação de serviços jurídicos e impacto positivo) e crescimento financeiro. A análise ficou a cargo da RSGI.

O FT Innovative Lawyers Europe 2022 é um sistema de classificação, relatório e premiação de advogados. O FT e seu parceiro de pesquisa, RSGI, desenvolveram uma metodologia única para classificar advogados em inovação. Escritórios de advocacia e equipes jurídicas internas foram convidados a fazer apresentações.

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