“Temos de ser duros no controle da inflação”, defende Centeno
O governador do Banco de Portugal defendeu em Washington que o BCE deve travar um combate duro no controle da inflação no espaço da moeda única e lembrou que o BCE afasta uma recessão para 2023.
Mário Centeno, governador do Banco de Portugal, defendeu esta sexta-feira que o Banco Central Europeu (BCE) deve continuar “a travar um combate duro à inflação” e que a retirada de estímulos do BCE da economia da zona euro deve ser discutida no próximo ano.
Há uns dias, num evento em Lisboa, Centeno defendeu que “a normalização da política monetária é absolutamente necessária e desejável no contexto europeu … ao mesmo tempo que as decisões de política monetária devem ser graduais e orientadas pela flexibilidade e proporcionalidade”, disse Centeno num evento em Lisboa.
À margem das reuniões do Fundo Monetário Internacional que estão a decorrer em Washington, nos EUA, Centeno referiu ainda que o BCE deve considerar as ações dos outros bancos centrais aquando da tomada de decisões que impactem a política monetária da zona euro e que o BCE “ainda não tem uma recessão no seu cenário base”. No entanto, Ignazio Visco, governador do Banco de Itália sublinha que “não podemos descartar uma recessão global”.
As últimas projeções do BCE para o próximo ano apontam para uma queda do crescimento do PIB da Zona Euro de 3,1% em 2022 para 0,9% em 2023, recuperando depois para 2,3% em 2024, “com a melhoria dos mercados do gás, a descida da inflação e a diminuição da incerteza”, antecipa o BCE.
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