Portugal recuou no combate à corrupção, diz Transparência Internacional

  • Lusa
  • 11 Outubro 2022

Um total de 47 países exportadores recuaram no combate contra a corrupção, incluindo Portugal, nas atividades que as respetivas empresas mantêm no estrangeiro, alertou a Transparência Internacional.

Um total de 47 países exportadores – a nível mundial – recuaram no combate contra a corrupção, incluindo Portugal, nas atividades que as respetivas empresas mantêm no estrangeiro, alertou esta terça-feira a Transparência Internacional (TI).

À escala global registou-se um “declive contínuo” na luta contra irregularidades incluindo o pagamento de subornos nas operações no estrangeiro, de acordo com a organização não-governamental (ONG) com sede da Alemanha.

Na Europa, de acordo com o estudo da ONG, predomina “um panorama sombrio” em países como Portugal, Espanha, Itália e Suécia onde se registou “um abandono brutal” do empenhamento em relação às medidas de combate a irregularidades.

Nos últimos dois anos estes países (incluindo Portugal) passaram da categoria “aplicação moderada” a “aplicação limitada”, de acordo com os padrões estabelecidos pela ONG.

Outros países da União Europeia como Bélgica, Dinamarca, Finlândia ou Luxemburgo mantêm-se na categoria “aplicação inexistente”.

Entre os motivos para esta situação a TI refere que, na “quase totalidade” dos países avaliados, as autoridades policiais ou de investigação contra delitos económicos e financeiros carecem de recursos necessários.

Apesar do impacto provocado pela pandemia de Covid-19, em todos os aspetos, incluindo na luta contra a corrupção, a Transparência Internacional indica que o “declive registado” começou a notar-se antes da crise sanitária refletindo “uma profunda vontade política”.

A organização não-governamental que prepara o lançamento do relatório bianual com o título “A Exportação da Corrupção” alerta esta terça-feira que se alcançaram níveis semelhantes aos verificados em 2009.

Em 2018, 27% dos países estudados aplicavam de forma ativa a Convenção Anti-Corrupção da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), mas entre 2020 e 2022 assistiu-se à redução para 16,5% e 11,8%, respetivamente, o que significa um retrocesso de 56% em quatro anos.

“Os governos enfrentam muitos desafios, desde [o combate] à cleptocracia aos desastres climáticos e ao caos económico”, afirma a presidente da Transparência Internacional, Delia Ferrera, em comunicado divulgado esta terça-feira.

Mesmo, assim, sublinha Ferrera, os países não devem perder de vista as redes de corrupção transnacionais que fazem aumentar as ameaças e bloqueiam possíveis soluções ao infringir leis, ao afastarem a concorrência sendo que também bloqueiam recursos do erário público.

De acordo com as primeiras conclusões da Transparência Internacional, atualmente apenas dois países – de um total de 47 – se mantêm na lista “implementação ativa” da convenção da OCDE: Estados Unidos e Suíça.

Paradoxalmente, os Estados Unidos e a Suíça encontram-se também no final da tabela em matéria de “transparência financeira”.

Sete países, responsáveis por 16,9% das exportações globais incluem-se na categoria “implementação moderada” e 18 Estados que acumulam 15,5% das exportações, aplicam a mesma convenção de forma “limitada”.

A Transparência Internacional destaca igualmente que, na atualidade, 55% das exportações mundiais procedem de países que não lutam contra a corrupção das empresas multinacionais.

No caso da República Popular da China, a TI recorda que se trata de um país que não é signatário da convenção da OCDE e que não dispõe de qualquer legislação sobre subornos no estrangeiro. No mesmo grupo da República Popular da China encontram-se países como o Japão, Índia, México ou Rússia.

Nos últimos dois anos só o Peru e a Letónia intensificaram o combate contra subornos no estrangeiro, de acordo com a Transparência Internacional.

A ONG avisa que a maioria dos grandes exportadores mundiais não dispõe de qualquer tipo de programa de proteção para denúncias sobre alegados delitos de corrupção internacional e recomenda que os governos reforcem “os pontos de debilidade” legislativa e os sistemas de implementação de medidas.

A TI insta também os vários países exportadores a garantir a transparência no que diz respeito à informação relacionada com a luta contra este tipo de corrupção como, por exemplo, a criação de uma base de dados pública de casos assim como pede aos governos medidas para compensação das vítimas destes delitos.

“Chegou o momento de se reconhecerem os direitos das vítimas e o momento para se desenvolverem mecanismos transparentes e capazes de prestarem contas no sentido de serem compensados os prejudicados, incluindo Estados estrangeiros, empresas e populações afetadas pelos subornos”, disse Gillian Dell, uma das autoras principais do relatório da Transparência Internacional.

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Buscas na GFK por suspeitas de manipulação de audiências televisivas

  • ECO
  • 11 Outubro 2022

A PJ está a fazer buscas na sede da GFK Portugal. Em causa suspeita de adulteração nas audiências televisivas. A empresa liderada por António Salvador reagiu ao final da tarde.

A Unidade de Combate à Corrupção da Polícia Judiciária (PJ) realizou buscas na sede da GFK Portugal, a empresa que mede as audiências televisivas em Portugal, avançou o Correio da Manhã. A informação também foi confirmada pelo ECO junto da Unidade de Combate à Corrupção.

De acordo com a CNN, em causa estão suspeitas de “adulteração dos resultados das audiências de televisão, com consequências diretas no mercado publicitário”.

O crime em causa, sabe o ECO, é ilícito de corrupção no setor privado e está a ser investigado pelo DIAP de Lisboa

A abertura do inquérito foi confirmado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) em junho do ano passado, na sequência de uma denúncia sobre a alegada adulteração de audiências televisivas, que foi remetida ao Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP), onde deu origem a um inquérito.

A notícia foi revelada em manchete pelo semanário Tal & Qual, acabado de relançar. “Guerra das audiências a ferro e fogo: ‘Share da televisão de Balsemão na mira das autoridades’”, escrevia o título, sendo depois citado pela TVI. Seguiram-se comunicados e contra comunicados da SIC, TVI e Comissão de Análise de Estudos de Meios (CAEM), os principais interessados na medição de audiências, instrumento que dita o investimento publicitário em televisão.

A Impresa classificava de “absolutamente falsa, de má-fé e lesiva a acusação do Tal & Qual”, reservando-se ao “direito de recorrer aos meios legais ao seu dispor para defender a sua reputação”.

“Tal como o resto do mercado, representado pela CAEM (que agrega anunciantes, agências e meios de comunicação social), exceto, aparentemente, a TVI, confiam no sistema de medição de audiências em vigor, algo que acontecia mesmo durante os anos em que a SIC não foi líder de audiências”.

De seguida, a reação da TVI. “É completamente falsa e sem sentido a acusação feita pelo Grupo Impresa e SIC de que existiu má-fé por parte da TVI”, que se limitou a “noticiar uma investigação da PGR, confirmada oficialmente, como tantas vezes acontece em relação aos mais variados temas e assuntos”.

Também a CAEM, que reúne representantes dos canais, anunciantes e agências de meios, repudiou, “em absoluto” a “tentativa de descredibilizar de forma infundada” o sistema de medição de audiências. A CAEM “sempre envolveu e prestou os devidos esclarecimentos aos seus associados, incluindo todos os operadores de televisão, acerca de todas as questões relacionadas com este tema” e “reitera a sua confiança na idoneidade e credibilidade do sistema de medição de audiências em vigor e na importância de reforçar a sua estabilidade”, afirmou na altura em comunicado.

A GFK é responsável pela medição de audiências televisivas desde 2012. O contrato foi renovado no final de 2020, após ter vencido o concurso internacional lançado pela CAEM para a medição de audiências televisivas até 2025. A proposta da GFK foi aprovada por agências, anunciantes e meios, realçando a Comissão de Análise de Estudos de Meios “o elevado empenho e qualidade técnica das propostas apresentadas nesta consulta. A concurso estavam também a Marktest, a Nielsen e a Kantar Media.

Entretanto, já ao fim da tarde, a GFK reagiu em comunicado às buscas levadas a cabo durante a manhã. “A GfK repudia e lamenta a tentativa, infundada e injusta, de descredibilização do sistema de medição de audiências televisivas, cujo propósito será certamente apurado“, diz a empresa liderada por Salvador. “A GfK tem estado a colaborar com as autoridades, com o objetivo de repor a verdade, reiterando que cumpre, e sempre cumpriu, com total rigor, transparência e idoneidade os serviços de medição de audiências televisivas”, prossegue a empresa, acrescentando que a “conduta da GfK respeita escrupulosamente as obrigações contratuais convencionadas com a CAEM e respetivas especificações”.

A TVI também já reagiu. Em comunicado, a estação da Media Capital diz que “tendo tomado conhecimento que a Polícia Judiciária está a investigar a empresa atualmente responsável pela medição das audiências, gostaríamos de informar que envidaremos todos os esforços para que quaisquer dúvidas sobre a fiabilidade dos processos de medição de audiências sejam rapidamente esclarecidas, para que a publicidade continue a cumprir com eficácia o seu importante papel no funcionamento da sociedade Portuguesa”.

“É do interesse da TVI e dos demais operadores que o negócio da publicidade, principal fonte de financiamento do setor da comunicação social, seja credível aos olhos de todos”, diz a empresa.

(Notícia atualizada às 18h18 com declarações da GFK e da TVI)

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Football Leaks: Tribunal quer que dois inspetores da PJ sejam investigados

Os juízes que estão a julgar Rui Pinto pediram ao DIAP uma investigação a dois inspetores da PJ. Em causa estão suspeitas de abuso de poder, falsidade de documento e violação de segredo de justiça.

Os juízes encarregues do caso Football Leaks solicitaram ao Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa (DIAP) uma investigação a dois inspetores da Polícia Judiciária (PJ), Hugo Monteiro e José Amador, segundo avançou o jornal Público. Em causa está a eventual prática dos crimes de falsidade de documento, abuso de poder, falsidade de testemunho, violação de segredo de justiça e falsificação de documento.

Apesar de não fazer comentários sobre este novo pedido, ao jornal Público a PJ explicou que desencadeia um procedimento disciplinar interno sempre que tem conhecimento da abertura de um procedimento criminal contra os seus agentes.

Rui Pinto responde por um total de 90 crimes: 68 de acesso indevido, 14 de violação de correspondência, seis de acesso ilegítimo, visando entidades como o Sporting, a Doyen, a sociedade de advogados PLMJ, a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e a Procuradoria-Geral da República (PGR), e ainda por sabotagem informática à SAD do Sporting e por extorsão, na forma tentada. Este último crime diz respeito à Doyen e foi o que levou também à pronúncia do advogado Aníbal Pinto.

Entre os visados estão Jorge Jesus, Bruno de Carvalho, o então diretor do DCIAP Amadeu Guerra ou o advogado José Miguel Júdice, João Medeiros, Rui Costa Pereira e Inês Almeida Costa.

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Football Leaks: Rui Pinto nega autoria da sabotagem informática ao Sporting

  • Lusa
  • 11 Outubro 2022

O hacker Rui Pinto negou ter sido o autor de sabotagem informática ao Sporting, m dos crimes pelos quais responde em julgamento e que rebateu no arranque das suas declarações.

O criador da plataforma eletrónica Football Leaks, Rui Pinto, negou ter sido o autor de sabotagem informática ao Sporting, um dos crimes pelos quais responde em julgamento e que rebateu no arranque das suas declarações.

Após mais de dois anos de julgamento e com uma sala de audiência completamente cheia no Juízo Central Criminal de Lisboa, Rui Pinto falou durante cerca de três horas, respondendo ainda apenas a perguntas do coletivo de juízes. As declarações prometem, assim, prolongar-se por mais sessões, face aos vários assistentes no processo e ao facto de ainda não terem sido abordados todos os pontos da acusação elaborada pelo Ministério Público (MP).

“[A sabotagem é] curiosa, porque não aconteceu. Ficou claro pela testemunha David Tojal [responsável pela informática do Sporting à data dos factos] que não houve qualquer interferência externa. Não tive inicialmente conhecimento desta situação”, começou por explicar o principal arguido deste processo.

Rui Pinto recordou a este respeito que tal ocorreu quando preparava a contestação em “meia dúzia de dias” e apenas respondeu ao seu advogado, Francisco Teixeira da Mota, para referir que não teve intenção. Agora, explicou que foram duas pessoas que estiveram por trás dessa iniciativa, mas que não foi o responsável pelos problemas informáticos de então no Sporting.

“Terá sido um problema interno, não foi um problema externo. A explicação que me deram é que se aperceberam do problema no Sporting e arranjaram uma maneira… já que o servidor estava fragilizado, poderia ser usado algo que permitisse otimizar os acessos”, frisou, além de abordar as contas de e-mail de dirigentes de então do Sporting a que acedeu e de confirmar que o clube de Alvalade foi a primeira entidade visada nos acessos efetuados no Football Leaks.

Recuando às origens da criação da plataforma eletrónica que abalou o futebol português e internacional a partir de 2015, o arguido contou que a ideia surgiu quando estava com alguns amigos em Praga (República Checa). “Tive a ideia, eles no início não levaram muito a sério, mas depois empenharam-se bastante no projeto”, assinalou, reiterando sempre a existência de mais elementos envolvidos, mas sem nunca revelar nomes ou até o número de pessoas em causa.

“Se formos pensar no início do projeto Football Leaks, a minha ideia foi sempre tentar ir ao fundo da questão e a várias entidades nacionais e internacionais. No meu caso, nas entidades que foram acedidas por mim, não houve nenhuma que não tivesse lá um indício forte do cometimento de crimes. Era feita uma análise da informação que tínhamos naquele momento e a partir daí íamos perceber as ligações”, observou, reconhecendo que já tinham tido acesso a informação “através de acessos ilegítimos”.

Sublinhou também não ter sido o autor dos primeiros acessos a outros sistemas informáticos, mas que a partilha da informação lhe revelou a existência de “coisas duvidosas”. Por outro lado, vincou a natureza coletiva do trabalho da plataforma, apesar de ser o único rosto conhecido.

“Se bem me recordo, soube antecipadamente de todas as publicações no Football Leaks e houve divergências. Eu sabia o que acontecia, eu sugeria, mas era tudo decidido em conjunto”, anotou, refutando também uma motivação clubística nas revelações do site, embora tenha admitido ser adepto portista: “O FC Porto é o meu clube e é o que tem mais contratos divulgados”.

Em relação à Doyen, Rui Pinto justificou o porquê de ter sido visada pelo Football Leaks com o mediatismo alcançado com diversas transferências no futebol nacional e internacional.

“O que estava por detrás [da Doyen] era dinheiro escuro do Cazaquistão. A maior parte dos fundos de investimento eram danosos para os clubes de futebol. Muitas vezes o jogador não queria sair, mas os clubes eram pressionados a vender. O Football Leaks conseguiu demonstrar a todo o mundo o que eram os ‘third party ownership’ [TPO, partilha de passes com terceiros] e a Doyen”, disse, numa breve referência ao fundo de investimento, que foi uma das entidades a apresentar queixa logo em 2015.

Num dia em que assumiu ter “perfeita noção” de estar a proferir declarações que “contradizem bastante” aquilo que disse no primeiro interrogatório judicial, o criador da plataforma eletrónica atribuiu essa diferença ao contexto vivido no início de 2019, quando foi detido na Hungria, e às dificuldades que revelou ter passado enquanto esteve detido em solo húngaro.

Todo o processo de extradição foi bastante penoso e complexo. O mediatismo do caso deixou-me um pouco fragilizado e o período de detenção no estabelecimento prisional húngaro foi bastante complicado. É público que as prisões húngaras são das piores da União Europeia. Só podia tomar banho três vezes por semana, a alimentação era completamente medíocre e os guardas prisionais não me viam com bons olhos. Foi uma tortura psicológica”, contou.

“Estava bastante fragilizado, disse aquilo que me veio à cabeça e tentei basicamente negar. Não o devia ter feito, é verdade”, admitiu Rui Pinto, fazendo uma referência particular à acusação do crime de tentativa de extorsão à Doyen: “A tentativa de extorsão é aos olhos do público a situação mais negra”.

O julgamento do processo Football Leaks prossegue com a continuação das declarações de Rui Pinto na próxima segunda-feira, a partir das 09h30, no Campus da Justiça.

Rui Pinto, de 33 anos, responde por um total de 90 crimes: 68 de acesso indevido, 14 de violação de correspondência, seis de acesso ilegítimo, visando entidades como o Sporting, a Doyen, a sociedade de advogados PLMJ, a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e a Procuradoria-Geral da República (PGR), e ainda por sabotagem informática à SAD do Sporting e por extorsão, na forma tentada. Este último crime diz respeito à Doyen e foi o que levou também à pronúncia do advogado Aníbal Pinto.

O criador do Football Leaks encontra-se em liberdade desde 07 de agosto de 2020, “devido à sua colaboração” com a Polícia Judiciária (PJ) e ao seu “sentido crítico”, mas está, por questões de segurança, inserido no programa de proteção de testemunhas em local não revelado e sob proteção policial.

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Euribor a seis meses supera 2%, um máximo de 2009. Simule o impacto no crédito à habitação

  • Lusa
  • 11 Outubro 2022

Euribor a seis meses atingiu esta terça-feira um novo máximo desde fevereiro de 2009, nos 2,003%. Faça aqui a simulação do seu crédito à habitação.

As taxas Euribor subiram esta terça-feira a três, a seis e a 12 meses face a segunda-feira e em todos os prazos para novos máximos desde respetivamente janeiro de 2012, fevereiro de 2009 e janeiro de 2009. A seis meses, superou os 2%.

  • A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação e que entrou em terreno positivo em 6 de junho, avançou esta terça-feira, para 2,003%, mais 0,041 pontos e um novo máximo desde fevereiro de 2009. A média da Euribor a seis meses subiu de 0,837% em agosto para 1,596% em setembro. A Euribor a seis meses esteve negativa durante seis anos e sete meses (entre 6 de novembro de 2015 e 3 de junho de 2022).
  • No mesmo sentido, a Euribor a três meses, que entrou em 14 de julho em terreno positivo pela primeira vez desde abril de 2015, subiu esta terça-feira, ao ser fixada em 1,340%, mais 0,021 pontos do que na segunda-feira e um novo máximo desde janeiro de 2012. A taxa Euribor a três meses esteve negativa entre 21 de abril de 2015 e 13 de julho último (sete anos e dois meses). A média da Euribor a três meses subiu de 0,395% em agosto para 1,011% em setembro.
  • No prazo de 12 meses, a Euribor também avançou esta terça-feira, ao ser fixada em 2,693%, mais 0,054 pontos e um novo máximo desde janeiro de 2009. Após ter disparado em 12 de abril para 0,005%, pela primeira vez positiva desde 5 de fevereiro de 2016, a Euribor a 12 meses está em terreno positivo desde 21 de abril. A média da Euribor a 12 meses avançou de 1,249% em agosto para 2,233% em setembro.

Faça aqui a simulação do seu caso

Tenho um crédito à habitação no valor de euros, contratualizado por um prazo de anos, indexado à Euribor a 12 meses (que há um ano estava nos % ), com um spread de %. A prestação da casa que pago atualmente é de 308 euros, mas caso a Euribor a 12 meses passe para %, a prestação passa para 432 euros. (Mude os campos sublinhados para descobrir os números mais próximos da sua previsão.)

As Euribor começaram a subir mais significativamente desde 4 de fevereiro, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras este ano devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro.

Em 8 de setembro, o BCE subiu as três taxas de juro diretoras em 75 pontos base, o segundo aumento consecutivo deste ano, já que em 21 de julho, tinha subido em 50 pontos base as três taxas de juro diretoras, a primeira subida em 11 anos, com o objetivo de travar a inflação.

No final da última reunião, a presidente do BCE, Christine Lagarde, disse que o aumento histórico de 75 pontos base nas taxas de juros não é a “norma”, mas salientou que a avaliação será reunião a reunião.

A evolução das taxas de juro Euribor está intimamente ligada às subidas ou descidas das taxas de juro diretoras BCE. As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021. As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Claranet investe no potencial das pessoas com nova marca dedicada ao recrutamento em TI

Com o lançamento da Ignít, a Claranet pretende investir no potencial das pessoas para criar, formar, recrutar e colocar nas empresas profissionais com elevado know-how e competência em TI.

A Claranet acaba de anunciar o lançamento da Ignít, uma nova subsidiária dedicada ao recrutamento e gestão de recursos humanos especializados em tecnologia da informação (TI), e detida a 100% pela tecnológica.

“Na Claranet acreditamos que as pessoas e o conhecimento são os principais pilares do crescimento dos negócios. Criámos a Ignít para desenvolver soluções que permitem aumentar a relevância das empresas num mundo cada vez mais tecnológico, onde é preciso encontrar ou formar o talento certo”, comenta António Miguel Ferreira, CEO da Claranet Portugal, em comunicado.

“A Ignít vem introduzir um olhar inovador e inspirador sobre um desafio há muito identificado: desenvolver e preparar pessoas altamente qualificadas e adequadas às necessidades digitais das organizações, cada vez mais dependentes das tecnologias para ter sucesso. Numa altura em que o talento escasseia, é necessário inspirar e envolver as pessoas num projeto coletivo para um futuro maior, seja valorizando a experiência de muitos profissionais, seja potenciando a energia das novas gerações digitais”, acrescenta Marco Aguiar, diretor da Ignít.

A Ignít vem introduzir um olhar inovador e inspirador sobre um desafio há muito identificado: desenvolver e preparar pessoas altamente qualificadas e adequadas às necessidades digitais das organizações, cada vez mais dependentes das tecnologias para ter sucesso.

Marco Aguiar

Diretor da Ignít

Assumindo-se como uma consultora estratégica para a evolução das pessoas e das empresas, a Ignít pretende dar um contributo decisivo para colmatar a escassez de talento na indústria tech, aumentando o número de profissionais especializados disponíveis no mercado e apoiando os processos de formação, planeamento de carreiras e recrutamento. Oferece soluções end-to-end que refletem as necessidades concretas de cada profissional e instituição, desde o aconselhamento estratégico de gestão de talento, seleção especializada e recrutamento de profissionais de IT até à sua formação e colocação.

É a partir do lema “Human potential through tech” que a Ignít se apresenta como um trusted advisor, tanto para as empresas, como para os profissionais que pretendem evoluir na sua carreira e abraçar um novo paradigma profissional.

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Agência de “rating” alerta para riscos da dívida do acionista chinês da Mota-Engil

  • Lusa
  • 11 Outubro 2022

Agência adverte que a CCCC, acionista chinês da Mota-Engil, pode ter de reestruturar a dívida face ao abrandamento da construção na China e à crise cambial nos países em desenvolvimento.

O acionista chinês da Mota-Engil EGL 0,00% pode ter de reestruturar a dívida e otimizar operações, advertiu uma agência de rating, à medida que o abrandamento da construção na China coincide com uma crise cambial nos países em desenvolvimento.

A agência de notação financeira China Chengxin International Credit Rating apontou que a China Communications Construction Group (CCCG) foi abalada pela crise de liquidez no setor imobiliário da China e por custos irrecuperáveis em projetos falhados nos países em desenvolvimento.

“As mudanças na economia global e a pandemia da Covid-19 aumentaram os riscos operacionais no exterior” para a China Communications Construction Co. (CCCC), a principal unidade do grupo, apontou a China Chengxin.

A CCCG desempenha um papel importante na iniciativa de Pequim “Uma Faixa, Uma Rota”, um projecto internacional de infraestruturas que prevê a construção de portos, linhas ferroviárias ou auto-estradas, a ligar o leste da Ásia à Europa, Médio Oriente e África.

Visando expandir a sua influência em África e na América Latina, o grupo adquiriu 23% do capital da Mota-Engil, por 169,4 milhões de euros, em 2020.

O grupo registou um lucro líquido de 30,5 mil milhões de yuans (4,41 mil milhões de euros), em 2021, – um aumento de 70%, em relação a 2016.

O valor total dos contratos obtidos pela empresa está a crescer e o grupo é “capaz” de garantir novos negócios, observou a agência de rating.

Mas o aumento dos investimentos alinhados com a iniciativa do Governo chinês aumentou também o endividamento da CCCG. A dívida total duplicou, nos últimos cinco anos, para 1,84 bilião de yuans (265 mil milhões de euros), no final de junho.

A CCCC planeia investir 280 mil milhões de yuans, em 2022, mais 3% do que no ano passado. A empresa pode ter de restruturar as dívidas que resultam do financiamento de novos projetos, apontou a China Chengxin.

Em 2020, os Estados Unidos colocaram a empresa numa “lista negra”, que limita o acesso a tecnologia norte-americana, devido ao seu papel na militarização do Mar do Sul da China.

Entre janeiro e junho deste ano, a CCCC fechou 22% mais contratos além-fronteiras, por volume de negócio, do que no mesmo período de 2021, sobretudo em África e no Sudeste Asiático. Em setembro, a unidade anunciou um novo projeto rodoviário no Ruanda e a reforma de um porto nas Bahamas.

O aumento das taxas de juro nos EUA e a subida do preço dos alimentos e energia, no entanto, ameaçam a rentabilidade desses projetos, face ao risco crescente de uma crise cambial nos países em desenvolvimento.

A CCCG depende também cada vez mais do mercado imobiliário chinês. As receitas no exterior caíram para 13% do total dos negócios da empresa, em 2021, de um pico de 24%, em 2017. Enquanto isso, o setor imobiliário doméstico aumentou cerca de 6% para cerca de 14%.

O presidente da CCCC, Wang Haihuai, disse, no mês passado, que existe uma proposta para fundir várias subsidiárias do grupo no setor imobiliário. A CCCG está interessada num “crescimento estável” e em “prevenir riscos”, afirmou.

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WYGroup tem nova Head of People, Talent and Culture

  • BRANDS' TRABALHO
  • 11 Outubro 2022

Com o objetivo de se focar cada vez mais nas pessoas, o WYGroup nomeou Ana Andrade como head of People, Talent and Culture.

Com mais de 8 anos de experiência profissional na área dos Recursos Humanos, Ana Andrade assume agora um novo desafio como HeadofPeople, TalentandCulture, no WYGroup. O cargo, que até aqui não existia na estrutura do grupo, corresponde a uma função muito mais orientada para as pessoas e para o seu desenvolvimento, refletindo o objetivo da empresa em se focar cada vez mais no talento e nas pessoas.

Formada em Sociologia, Ana Andrade, desenvolveu projetos em várias vertentes no campo dos Recursos Humanos, desde recrutamento, gestão de carreiras, avaliação de desempenho até formação, sempre ligada ao setor da tecnologia da informação.

Ana Andrade é a nova Head of People, Talent and Culture, do WYGroup

“O WYgroup, sendo o maior e o mais completo ecossistema de comunicação empresarial do país, dedicado aos serviços de marketing e experiência do consumidor, tem como principal objetivo ampliar o seu crescimento no desenvolvimento de ofertas inovadoras de marketing, criatividade, media e tecnologia. Mas isto só é possível se as nossas pessoas se sentirem motivadas e fundamentais para o nosso crescimento. Por isso, decidimos criar esta nova função dentro do grupo, para tornar a experiência do colaborador ainda mais atrativa e para proporcionar oportunidades contínuas de crescimento a cada um”, revela Rita Baltazar, co-fundadora e partner do WYgroup.

Com a entrada da Ana Andrade para reforçar esta área, o WYgroup pretende tornar-se cada vez mais diferenciador na estratégia de employer branding e reforçar, ainda mais, o princípio de que as pessoas estão em primeiro lugar.

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FC Porto sai do fair-play financeiro com lucro de 20,8 milhões na época 2021/2022

SAD dos dragões garante resultado líquido que permite saída do regime do fair-play financeiro. Vendas de jogadores foram determinantes para resultado.

A SAD do FC Porto terminou a época de 2021/2022 com lucros de 20,765 milhões de euros. O resultado permite aos dragões saírem da regra do fair-play financeiro da UEFA. As vendas de jogadores foram determinantes para este desempenho.

“Cumpridas estas regras, o FC Porto fica definitivamente fora das regras do fair-play financeiro. Foram quatro anos de exigências. O acordo com a UEFA foi integralmente cumprido. Deixamos de ter quaisquer constrangimento neste sentido”, assinalou o administrador executivo da SAD, Fernando Gomes, durante a sessão de apresentação de resultados.

Os lucros de 20,765 milhões de euros ficaram 7,73% acima do desempenho da época de 2020/2021, segundo o comunicado divulgado nesta terça-feira junto da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

O FC Porto fica definitivamente fora das regras do fair-play financeiro. Foram quatro anos de exigências. O acordo com a UEFA foi integralmente cumprido. Deixamos de ter quaisquer constrangimento neste sentido

Fernando Gomes

Administrador executivo da SAD do FC Porto

Para deixar de estar sob a alçada da regra do fair-play financeiro da UEFA, o clube tinha de apresentar um lucro igual ou superior a 10,2 milhões de euros. Em setembro, a SAD dos dragões já tinha comunicado que ia superar as metas de equilíbrio financeiro relativas aos anos de 2019, 2020, 2021 e 2022, na sequência de uma investigação reaberta pela Primeira Câmara do Comité de Controlo Financeiro de Clubes.

Caso não o acordo não fosse cumprido, o FC Porto arriscava a sua exclusão das competições europeias nas próximas três épocas.

As vendas de jogadores foram determinantes para este resultado. Entre julho de 2021 e junho de 2022, a SAD do FC Porto vendeu jogadores como Luis Díaz (por 47 milhões de euros, ao Liverpool), Vitinha (por 41,5 milhões, ao PSG) e Fábio Vieira (por 35 milhões, ao Arsenal).

“Há dois fatores absolutamente essenciais para resultados positivos no FC Porto: tem de ter acesso à Liga dos Campeões e tem de vender bem. Isto aconteceu mais uma vez na época passada”, salientou Fernando Gomes.

Preços dos bilhetes e camarotes ficam congelados

A época de 2022/2023 arrancou num contexto de forte inflação, com os preços em geral a subirem mais de 9%, máximo de três décadas. Apesar de reconhecer que “a inflação tem alguns custos”, Fernando Gomes adiantou que “os preços dos camarotes e dos bilhetes não vão aumentar“.

Nas contas do FC Porto, a inflação implica uma subida dos custos energéticos e de funcionamento “na proporção” da taxa de inflação”. O clube também não vai ter mais receitas com a participação nesta época na Liga dos Campeões porque “os valores já estavam definidos antes da época”.

Fernando Gomes, administrador da SAD do FC PortoPaula Nunes/ECO

Para as contas da época de 2022/2023, a SAD do FC Porto conta que a equipa de futebol chegue aos oitavos de final da Liga dos Campeões. “O melhor desempenho nas contas depende de quão longe iremos na competição. Se isso não acontecer, poderemos ter prejuízo”, sinalizou o administrador executivo.

Atualmente, a equipa está na segunda posição do grupo B, empatada com o Atlético de Madrid (Espanha) e o Bayer Leverkusen (Alemanha), todos com três pontos. Com metade dos seis jogados já disputados, o grupo é liderado pelos belgas do Club Brugge.

Novo acionista como no SC Braga “não é provável”

Esta segunda-feira, a Qatar Sports Investments, proprietária do clube francês Paris Saint-Germain, comprou quase 22% da SAD do Sporting Clube de Braga. Quando questionado se situação semelhante poderia ocorrer com a SAD do FC Porto, o administrador executivo considerou que o cenário “não é provável”.

O FC Porto detém 75,99% das ações, controlando totalmente as atividades da sua SAD — há ainda 7,34% de capital social nas mãos de António Oliveira e 6,68% nas mãos de Joaquim Oliveira (via Olivedesportos). Ou seja, “só com o consentimento da administração e a aprovação de uma assembleia-geral” é que a participação do clube na SAD poderia diminuir.

Durante a apresentação de resultados, Fernando Gomes assinalou que as vendas de produtos do clube, como as camisolas,têm um valor ainda baixo“, tendo representado 7,929 milhões de euros de receitas na época passada. Para dinamizar o mercado do merchandising, “há um projeto de modernização do site para melhorar a acessibilidade das vendas”. “É um desafio imenso, que está sobre carris”, referiu o administrador.

FC Porto tem negociações em curso para o “naming” do estádio do Dragão

O clube nortenho está também a procurar novas formas de aumentar as receitas publicitárias, através de um patrocinador para o Estádio do Dragão. A pandemia suspendeu as negociações com uma empresa, mas o processo está em andamento. “Há algumas hipóteses em cima da mesa e é provável que venha a acontecer. É, sem dúvida, uma ajuda para o equilíbrio das nossa contas”, concluiu o administrador.

Na época 2021/2022, as receitas de publicidade foram de 25,92 milhões de euros, acima dos 21,46 milhões de euros da época 2019/2020 e dos 22,855 milhões de euros da época de 2018/2019.

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Renault e Nissan negoceiam alterações na sua aliança automóvel

Renault procura garantir o financiamento da Nissan para o seu novo empreendimento elétrico, em troca de uma redução da sua participação no grupo japonês, dos atuais 43% para 15%.

A Renault e a Nissan estão a negociar alterações às condições da sua parceria, incluindo um investimento em elétricos e a possível venda de parte da participação do grupo francês na empresa japonesa. Os dois grupos integram a aliança automóvel Renault-Nissan-Mitsubishi, que é o terceiro maior player mundial do respetivo setor.

Num comunicado conjunto, a Renault e Nissan revelam estar em “discussões de confiança sobre várias iniciativas”, no âmbito de esforços para o reforço da sua cooperação e do futuro da própria aliança. Entre as opções em cima da mesa pode estar um investimento da Nissan no novo negócio de veículos elétricos da Renault, bem como outras “melhorias estruturais” na parceria.

Segundo as marcas, também a ser avaliado um acordo sobre um conjunto de iniciativas estratégicas comuns relativamente a “mercados, produtos e tecnologias”, dizem na mesma nota. Porém, não fornecem mais detalhes.

Em troca, noticia a Reuters, a Renault pode reduzir a sua participação na fabricante japonesa, dos atuais 43% para 15%. A potencial venda de parte da participação da Renault na Nissan seria avaliada em 3,8 mil milhões de dólares e a posição restante ficaria em linha com a participação da Nissan na própria Renault, que também é de 15%.

Face a isso, a Nissan estará a considerar financiar-se para recomprar a participação da Renault. Espera-se agora que as negociações prossigam até à próxima apresentação com investidores, marcada para o início de novembro, onde a Renault deverá anunciar novidades sobre o projeto, que tem o nome de código “Ampere”.

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Lisboa fecha no “vermelho” pelo quinto dia consecutivo com GreenVolt a tombar 6%

  • ECO
  • 11 Outubro 2022

A bolsa de Lisboa fechou no "vermelho" pela 5ª sessão consecutiva e pressionada pelo setor energético. Também os principais índices dos EUA abriram em terreno negativo Siga o dia nos mercados.

A bolsa de Lisboa fechou a sessão desta terça-feira em terreno negativo pelo quinto dia consecutivo, pressionada sobretudo, pelo setor energético e com especial destaque para a GreenVolt que tombou cerca de 6%. Do outro lado do Atlântico, também as bolsas norte-americanas abriram com perdas até 0,52%. Os investidores aguardam pela época de balanços corporativos, para avaliar o impacto do aumento das taxas de juro e da inflação nos lucros das empresas.

Siga aqui as notícias nos mercados.

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Hoje nas notícias: Salários, descida do IRC e Medina

  • ECO
  • 11 Outubro 2022

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Os trabalhadores que ganham o salário mínimo nacional vão passar a pagar IRS a partir de 2024, na sequência da reforma do mínimo de existência. Conheça esta e outras notícias em destaque esta terça-feira.

Quem ganha salário mínimo começa a pagar IRS em 2024

Os contribuintes que ganhem o salário mínimo deverão passar a pagar IRS a partir de 2024, noticia o Jornal de Negócios, que aponta para a reforma do mínimo de existência prevista na proposta de Orçamento do Estado para 2023. No ano que vem, o limiar da isenção sobe para 10.640 euros, à boleia do salário mínimo, e, nos anos seguintes, está previsto que o mínimo de existência corresponda ao maior valor entre 14 vezes o salário mínimo do próximo ano ou 1,5 a multiplicar por 14 vezes o Indexante dos Apoios Sociais (IAS). Nas contas do jornal, é uma melhoria que pode dar até 491 euros a alguns contribuintes, mas garantir “centenas de milhões” ao Fisco mais tarde.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Corte seletivo no IRC vale mais do que corte transversal para 19%

O corte seletivo no IRC previsto no OE2023 deverá beneficiar as empresas em 325 milhões de euros. É um montante superior àquele que resultaria de um corte transversal do imposto de 21% para 19%, como defendia o ministro da Economia, António Costa Silva, e diversas associações empresariais (200 milhões de euros).

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado).

Acordo de rendimentos tem “cláusula de salvaguarda”

O ministro das Finanças, Fernando Medina, assume haver uma cláusula de salvaguarda anual no acordo de rendimentos que poderá levar a alterações nos aumentos salariais até 2026. Segundo o governante, trata-se de uma cláusula de razoabilidade, pelo que os níveis salariais podem ser caucionados mediante as circunstâncias que se verificarem na altura. O ministro das Finanças salvaguarda que é de “liminar bom senso” haver uma avaliação regular do acordo consoante as projeções da economia portuguesa, ou em caso de situações anormais.

Leia a entrevista no Público (acesso condicionado) e na Renascença (acesso livre).

Incentivo ao aumento de salários dá máximo de 342 euros por trabalhador

O novo incentivo à valorização salarial, previsto na proposta de OE2023, irá contemplar por ano, e por indivíduo, um montante máximo de encargos majoráveis correspondente a quatro vezes o salário mínimo nacional, ou 3.040 euros, após feitas as contas. Dado que o valor dos encargos poderá ser majorado em 50% por pessoa, ao considerar um IRC médio de 22,5%, o benefício máximo irá ascender aos 342 euros por trabalhador, segundo Catarina Gonçalves, especialista em impostos sobre as sociedades da consultora PWC.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Cônjuges de secretários de Estado com ligações a empresas com contratos públicos

Dois secretários de Estado podem ter infringido a lei das incompatibilidades por alegadas ligações a empresas que obtiveram contratos públicos, noticia o Polígrafo. Depois das dúvidas suscitadas pela empresa do pai do ministro das Infraestruturas, surgem agora os casos da secretária de Estado das Pescas, Teresa Coelho, e do marido; mas também do secretário de Estado Conservação da Natureza e Florestas, João Paulo Catarino, e da respetiva mulher. Os governantes em questão garantem não ter infringido a lei das incompatibilidades.

Leia a entrevista completa no Polígrafo (acesso livre)

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