Fundão e Covilhã em projeto europeu para a neutralidade climática

  • Lusa
  • 11 Outubro 2022

Fundão e a Covilhã integram projeto europeu que promove transição para a neutralidade climática, recebendo apoio para testar e partilhar modelos de transformação urbana.

O Fundão e a Covilhã, no distrito de Castelo Branco, vão integrar um projeto, que abrange 60 cidades europeias, e visa promover a transição para a neutralidade climática, anunciou, esta terça-feira, a Câmara Municipal do Fundão. A integração destes dois concelhos resulta de uma candidatura conjunta apresentada ao projeto CrAFt (Creating Actionable Futures), lançado em maio de 2022 e que tem duração prevista de três anos.

As duas cidades recebem, assim, apoio para testar e partilhar modelos de transformação urbana no sentido da neutralidade climática, “tornando-se dessa forma modelos de referência para outras cidades na Europa”.

“O projeto CrAFt pretende colocar a transição para a neutralidade climática no centro da vida de todos os atores relevantes dos centros urbanos e, para o efeito, conta com oito parceiros principais em toda a Europa: Universidade de Ciência e Tecnologia Norueguesa, Universidade de Bolonha, Liga Europeia de Institutos das Artes, Universidade Técnica Checa em Praga, Universidade de Ciências Aplicadas de Amesterdão, Fundação Cultural Europeia (ECF), União Internacional de Proprietários de Propriedades e Localidade Europa”. Arranca a 8 e 9 de novembro, em Praga, na República Checa.

O projeto CrAFt faz parte do Novo Bauhaus Europeu (NEB) da União Europeia, que se assume como promotor de sustentabilidade, beleza e inclusão e uma peça-chave na melhoria da qualidade de vida dos cidadãos europeus.

Financiado pelo Horizonte Europa, ao abrigo da Missão Cidades da União Europeia, o projeto pretende apoiar a implementação da Missão Cidades, da plataforma NetZeroCities e do Novo Bauhaus Europeu, com base no conhecimento e experiência de três cidades “sandbox”, nomeadamente Bolonha, Praga e Amesterdão, bem como de 60 cidades de referência.

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Economia mundial trava a fundo com crescimento abaixo de 3% em 2023, prevê FMI

A economia mundial vai crescer menos de 3% no próximo ano, o que, excluindo a crise financeira e a pandemia, já não acontecia há 20 anos. O FMI diz que o pior está por vir.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) traçou esta terça-feira um cenário muito sombrio para a economia mundial no próximo ano, admitindo recessão numa parte considerável dos países e um risco considerável de o PIB global crescer menos de 2% em 2023.

No World Economic Outlook (WEO), onde revê em baixa as projeções para a economia mundial, o FMI enumera uma série de alertas e riscos para a evolução da economia global, avisando que estas novas estimativas correm o risco de voltar a ser revistas em baixa.

Depois do crescimento de 6% em 2021, o FMI vê a expansão do PIB mundial ficar-se pelos 3,2% este ano e 2,7% em 2023, o que representa uma revisão em baixa de duas décimas face ao previsto em julho e 9 décimas face ao antecipado em abril. A entidade liderada pela búlgara Kristalina Georgieva assinala que, excluindo a crise financeira de 2008 e o pico da pandemia em 2020, este é o “perfil de crescimento mais fraco desde 2001”, ano em que o PIB cresceu 2,5%.

Segundo o FMI, nestes dois anos a economia global deverá crescer substancialmente abaixo da média histórica de 3,6%, quer se analise este século (2000-2021), ou os últimos 50 anos (1970-2021). O crescimento fraco é mais evidente nas economias avançadas (1,1% em 2023), enquanto nas economias emergentes e em desenvolvimento (3,7% em 2023), o crescimento também ficará abaixo do habitual.

Numa altura em que o mundo enfrenta “desafios turbulentos”, tenta “combater a crise do aumento do custo de vida” e o “equilíbrio de riscos é claramente negativo”, o FMI atribui uma probabilidade de 25% ao cenário de o crescimento da economia global ficar abaixo dos 2% em 2023, o que poucas vezes aconteceu nos últimos 50 anos.

“Resumindo, o pior ainda está por vir. Para muitas pessoas, 2023 vai parecer uma recessão”, resume o FMI.

"O futuro da economia global depende de forma crítica do sucesso da calibração da política monetária, curso da guerra na Ucrânia e possibilidade de mais disrupções nas cadeias de abastecimento, por exemplo, na China.”

FMI, no World Economic Outlook de outubro

Nas mãos dos bancos centrais

O FMI atribui a culpa desta travagem a fundo da economia mundial a vários fatores: inflação mais elevada em várias décadas, aperto das condições financeiras na maioria das regiões, invasão da Ucrânia por parte da Rússia e a persistência da pandemia da Covid-19.

Neste contexto, o FMI destaca que a evolução da economia global depende de forma crítica do “sucesso da calibração da política monetária, o curso da guerra na Ucrânia e possibilidade de mais disrupções nas cadeias de abastecimento, por exemplo, na China”.

No que diz respeito à política monetária, o FMI valida a estratégia que está a ser seguida pelos bancos centrais, mas também alerta para um potencial “erro de cálculo” e “políticas erradas” no combate à inflação.

“O aperto célere e agressivo da política monetária é crítico para impedir uma alteração nas expectativas de inflação das famílias e empresas tendo em conta a atual experiência” de subida de preços, refere o FMI, acrescentando que “a política orçamental é prioritária para proteger os mais vulneráveis através de apoios de curto prazo para aliviar o fardo do aumento do custo de vida que está a ser sentido em todo o globo”.

O FMI mostra ainda preocupação com o facto de o rumo da política monetária continuar a divergir entre as maiores economias, o que “conduzirá a uma maior apreciação do dólar e tensões entre países”. Acrescenta que choques adicionais nos preços da energia e alimentos pode levar a inflação a persistir em níveis elevados por mais tempo. O FMI projeta que a inflação mundial vai disparar para 8,8% este ano, aliviando para 6,5% em 2023 e 4,1% em 2024.

A Reserva Federal dos Estados Unidos deverá aumentar os juros acima dos 4% até ao final do ano, enquanto na Zona Euro a taxa de juro está ainda abaixo de 1%. No Japão a taxa de juro continuam em terreno negativo e as autoridades chinesas pretendem aliviar a política monetária para impulsionar a economia.

Zona Euro cresce apenas 0,5%, Alemanha em recessão e China recupera

Para ilustrar como a tendência de abrandamento da economia é global, o FMI assinala que reviu em baixa as projeções para 143 economias, que são responsáveis por 92% do PIB mundial.

Acrescenta que em algum ponto do período 2023-2023, cerca de 41% das economias com valores trimestrais para o PIB (31 em 72) vão passar por uma recessão técnica (dois trimestres consecutivos de queda em cadeia do PIB). Ou seja, um terço da economia mundial estará em recessão até ao final do próximo ano.

Será o caso de vários países da Zona Euro, com destaque para a Alemanha, que deverá sofrer uma contração de 0,3% no PIB de 2023, uma previsão já partilhada por outras entidades e admitida pelo governo alemão e que reflete a grave crise energética que afeta o país depois do corte do gás russo. Em julho, o FMI via a economia alemã a crescer 0,8% em 2023.

O FMI cortou sete décimas à previsão de crescimento da Zona Euro no próximo ano, para 0,5%, o traduz uma travagem forte face ao estimado para este ano (3,1%). O mesmo se passa com outras grandes economias da Zona Euro, que também deverão ficar próximas da estagnação. O crescimento da França passa de 2,5% este ano para 0,7% em 2023, enquanto Espanha também abranda fortemente (de 4,3% em 2022 para 1,2% em 2023).

Tal como a Alemanha, Itália também é apanhada pelo comboio da recessão, com uma contração de 0,2% em 2023. O Reino Unido também não deverá escapar, com o PIB a crescer apenas 0,3% no próximo ano.

No que diz respeito à economia portuguesa, o FMI aponta para um crescimento de 0,7% em 2023, substancialmente abaixo da meta que o Governo português inscreveu na proposta do Orçamento do Estado para o próximo ano (1,3%).

O FMI mostra uma visão menos pessimista para os Estados Unidos, mantendo a previsão de crescimento de 1% em 2023. No que diz respeito à segunda maior economia do mundo, aponta para uma recuperação devido ao alívio das restrições relacionadas com a pandemia. O PIB da China deverá crescer 4,4% em 2023, recuperando da expansão anémica de 3,2%, que ficará muito aquém das previsões de Pequim.

Destaque ainda para a Rússia, que deverá registar uma contração menos pronunciada em 2023 (-2,3%), face ao que é estimado para este ano (-3,4%). Ainda assim, o FMI melhorou as previsões para o país em mais de 1 ponto percentual para cada ano.

Assinalando a sua visão pessimista para a evolução da economia mundial, o FMI alerta que o corte no fornecimento de gás russo pode pressionar ainda mais a economia europeia; o ressurgimento da Covid-19 pode “atrapalhar ainda mais crescimento”; a crise no setor imobiliário na China pode contagiar o setor bancário e; a fragmentação geopolítica pode impedir o normal funcionamento do comércio e fluxo de capitais, ameaçando ainda mais a cooperação no combate às alterações climáticas.

Fonte: FMI

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FMI mais pessimista que o Governo vê Portugal a crescer 0,7% em 2023, com inflação de 4,7%

Economia vai abrandar de 6,2% em 2022 para 0,7% no ano seguinte, recuperando para 1,9% em 2024. "O pior ainda está para vir", alerta o FMI. Inflação vai desacelerar para 4,7%.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) está mais pessimista do que o Governo português quanto à evolução da economia nacional. Se António Costa antecipa, na proposta de Orçamento do Estado para 2023 (OE2023) entregue esta segunda-feira, que Portugal vai crescer 1,3% no próximo ano, a instituição liderada por Kristalina Georgieva aponta para um crescimento de 0,7% — ainda assim, um desempenho superior aos 0,5% esperados pelo FMI para a Zona Euro.

No relatório publicado esta terça-feira com as previsões mundiais — que apontam para um crescimento de 3,2% este ano, que abranda para 2,7% no próximo, com 25% de probabilidade de ser mesmo inferior a 2% — o FMI considera que “o pior ainda está para vir e, para muitas pessoas, 2023 vai parecer uma recessão”.

Para Portugal, a afirmação encaixa como uma luva, porque a economia vai abrandar de 6,2% em 2022 para 0,7% no ano seguinte, recuperando para 1,9% em 2024. Por comparação, o OE2023 aponta para um crescimento de 6,5% este ano e 1,3% no próximo. E o Conselho das Finanças Públicas (CFP) para 6,7% este ano, 1,2% em 2023 e 2% em 2024, numa base de políticas invariantes, ou seja, que não tem em conta as medidas que o Governo vai tomar, nomeadamente no Orçamento.

O FMI é ainda mais pessimista relativamente aos principais parceiros comerciais de Portugal. Alemanha, o principal motor da economia europeia, vai mesmo sofrer uma contração de 0,3%, tal como Itália, que cairá 0,2%. Já França crescerá 0,7% como Portugal, e Espanha deverá abrandar para 1,2% no próximo ano. O Reino Unido deverá crescer apenas 0,3% e os Estados Unidos 1%. O Fundo considera que as principais economias mundiais vão “estagnar”.

Este abrandamento do crescimento vai ser acompanhado de um aumento de quatro décimas na taxa de desemprego — que se deverá fixar em 6,5% em 2023 (o Executivo aponta para 5,6%), ainda assim abaixo da média da Zona Euro (7%) –, num ambiente de inflação elevada. É claro que em todos os países para os quais existem previsões haverá um abrandamento dos preços face a 2022, mas os valores estão muito acima da meta de 2% defendida, por exemplo, pelo Banco Central Europeu: o FMI aponta para uma taxa de inflação de 7,9% este ano, que desacelerará para 4,7% em 2023. Só em 2027 é que o Fundo vê a fasquia novamente nos 2% em Portugal.

Na proposta de OE2023, o Governo antecipa uma inflação de 7,4% este ano, que deverá abrandar para 4% em 2023. Uma previsão mais otimista do que a dos economistas do FMI, e que o próprio CFP considera estar sujeita “a um risco de natureza ascendente” tendo em conta o facto de Portugal ser “uma pequena economia aberta”.

Fonte: FMI

Sugestivamente intitulado “Combatendo a crise do custo de vida”, o relatório do FMI alerta que “a pressão dos preços se tem revelado bastante teimosa e uma grande fonte de preocupação para os legisladores”. “As crescentes pressões dos preços continuam a ser a principal ameaça imediata à prosperidade atual e futura ao reduzir os rendimentos reais e comprometendo a estabilidade macroeconómica”, pode ler-se no relatório, que destaca ainda o foco dos bancos centrais em restabelecer a estabilidade dos preços, sendo que existe risco de “apertarem demais ou de menos” as condições de mercado.

Mas os desafios não são apenas para os bancos centrais. O FMI diz que “definir a política orçamental apropriada tendo em conta a justaposição da crise energética, de custo de vida e alimentar tornou-se um desafio premente para muitos países”. Para os países onde a pandemia está a recuar, claramente é tempo de “reconstruir as almofadas orçamentais”, porque, “tal como a pandemia o demonstrou, ter margem orçamental é fundamental para lidar com as crises”.

Enquanto isso, “a política orçamental não deve contrariar os esforços das autoridades monetárias para reprimir a inflação”. Fazê-lo só vai prolongar ainda mais a luta para travar a escalada dos preços, alerta a instituição.

Num relatório que não deixa de sublinhar as “significativas disrupções geopolítica” geradas pela guerra na Ucrânia — economia que, este ano, deverá sofrer uma contração de 35% — o FMI prevê ainda para Portugal um desagravar do défice das contas externas para 0,4%, contra os 1,1% de défice deste ano, um saldo que está em terreno negativo desde 2020. As previsões relativas ao défice orçamental e à dívida pública serão divulgados mais tarde, no chamado Fiscal Monitor.

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Reby cresce em Itália ao ganhar concursos em cinco cidades

  • Servimedia
  • 11 Outubro 2022

A Reby, empresa de mobilidade elétrica, reforçou a sua posição em Itália depois de ter ganho concursos em cinco cidades - Génova, Bari, Busto Arsizio, Balestrate e Terrassini.

A empresa de mobilidade pessoal elétrica e partilhada – Reby – ganhou concursos em cinco cidade italianas, que lhe concederam licenças para começar a operar nelas, nomeadamente em Génova, Bari, Busto Arsizio, Balestrate e Terrassini, onde pretende iniciar as suas operações este Outono, noticia a Servimedia.

Com estas adições, a Reby posicionou-se como o operador líder no sul da Europa com a sua oferta intermodal. “A confiança das câmaras municipais italianas no nosso trabalho, ganhando concursos à frente de outros operadores internacionais, reforça a nossa imagem internacional e demonstra que com um trabalho bem feito, com I&D desenvolvido a partir daqui e com crescimento, pode tornar-se um líder“, referiu Pep Gómez, presidente da Reby.

Desta forma, os conselhos municipais “sabem que a qualidade e segurança que lhes oferecemos os ajudará a que o serviço que implementam, que para muitos é novo, se encaixe na sua cidade“, acrescentou.

Em Génova e Bari, e no seguimento do seu compromisso com a segurança e a inovação, a Reby implantará um total de 300 veículos do seu modelo de motocicleta anti-vandalismo, que devem ser estacionados em locais autorizados. Assim, o veículo é especialmente concebido para uma utilização partilhada, com o objetivo de melhorar a coexistência com os diferentes agentes da cidade.

Em Busto Arsizio (Lombardia) e Balestrate e Terrassini (Sicília), mais de 500 unidades da versão V2 das scooters, concebidas pela Reby e destinadas à partilha, com luzes intermitentes, bateria intercambiável e um ciclo de vida de mais de 24 meses e totalmente recicláveis, estarão à disposição. Significará também a instalação do serviço pela primeira vez na ilha da Sicília.

A Reby opera em mais de 18 cidades no sul da Europa e, desde a sua fundação, já realizou mais de dois milhões de viagens, gerou mais de 120 empregos diretamente, incluindo pessoas em risco de exclusão social, e tem mais de 1,5 milhões de utilizadores. Além disso, a empresa estima que os 6 milhões de quilómetros percorridos em veículos elétricos Reby pouparam 8,6 toneladas de CO2.

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Britânicos da Patron vendem sede da Uber em Lisboa por 18 milhões

Britânicos da Patron Capital e Finangeste venderam este edifício ao fundo VIP, gerido pela Silvip. Desde 2021 que o imóvel é um centro de excelência da Uber em Portugal.

O edifício onde está instalada a sede da Uber, em Lisboa, foi vendido pelos britânicos da Patron Capital e pela Finangeste ao fundo português VIP, gerido pela Silvip. O valor da operação não foi revelado, mas o ECO apurou junto de fontes do mercado imobiliário que foi fechada por 18 milhões de euros.

É o edifício que está localizado no número 85 da Avenida Barbosa du Bocage, na zona do Campo Pequeno, em Lisboa. Construído nos anos 1990 e com uma área de cerca de 3.800 metros quadrados, espalhada por seis pisos, acolhe desde 2019 a Uber.

O imóvel foi vendido pelos britânicos da Patron Capital e pela Finangeste — foi o primeiro banco com ativos tóxicos criado em Portugal, em 1978 — ao fundo VIP, gerido pela Silvip, uma empresa do Grupo SIL. A informação foi divulgada esta terça-feira pela Cushman & Wakefield que, em parceria com a RPE, assessorou os vendedores nesta operação. Em 2019, a Patron e a Finangeste tinham comprado o edifício à Tranquilidade.

David Lopes, partner e Head of Capital Markets da Cushman, citado num comunicado de imprensa, refere que “esta transação é um reflexo da contínua confiança dos investidores institucionais no presente e futuro dos mercados de investimento e de ocupação de escritórios de Lisboa”.

Já Tim Seconde, Head of Capital Markets da RPE, refere que, “numa altura de relativa incerteza, ainda existe confiança dos investidores no produto certo com o retorno certo”. “Iremos certamente continuar a ver atividade transacional no mercado de escritórios de Lisboa nos próximos 12 meses”, acresenta o responsável.

Em 2021, a Uber investiu mais de 90 milhões de euros para criar um centro de excelência neste edifício, para acolher cerca de 600 pessoas. É neste edifício que a empresa agrupa as operações da aplicação de transporte privado, mas também a Uber Eats. Este centro de excelência dá suporte aos clientes da cotada norte-americana no sul da Europa, num total de nove países, de Espanha a Itália, da Turquia a Israel.

O imóvel conta ainda com 116 lugares de estacionamento e é ainda casa da Park In, empresa que se dedica à exploração do parque de estacionamento.

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Portuguesa Didimo recebe mais de 7 milhões de investimento e contrata em 2023

Tecnológica fundada em 2016 no Porto consegue criar gémeos digitais de alta fidelidade em menos de um minuto. Em 2023 pretende contratar pelo menos 10 novos elementos.

A tecnológica portuguesa Didimo recebeu 7,15 milhões de dólares (7,34 milhões de euros) na sua série A de investimento. A startup do Porto, que cria gémeos digitais que podem ser usados no metaverso ou videojogos em menos de um minuto, vai acelerar o crescimento comercial e contratar, pelo menos, 10 novos elementos no próximo ano, elevando para 35 o número de colaboradores.

A injeção de capital foi liderada pela Armilar Venture Partners, contando com a participação das sociedades de capital de risco Bright Pixel Capital, Portugal Ventures e Techstars. Antes da série A, a Didimo já tinha arrecadado 8,8 milhões de dólares (cerca de 9 milhões de euros) junto dos investidores, refere a base de dados Crunchbase.

“Os principais objetivos da série A são constituir uma equipa comercial e desenvolver a tecnologia necessária para o crescimento do nosso produto para mais setores. Pretendemos adquirir clientes novos e estabelecer parcerias com grandes/médias empresas na área do entretenimento, moda e metaverso”, salienta ao ECO/Pessoas a fundadora e presidente executiva da Didimo, Veronica Orvalho.

O investimento foi levantado numa altura de menor liquidez do mercado financeiro. Veronica Orvalho reconhece que “conseguir esta ronda de investimento neste momento é um privilégio“.

A injeção de capital também vai servir para aumentar a equipa, atualmente com 24 pessoas. “Ao longo do próximo ano, esperamos crescer a equipa para 35 trabalhadores — algo que nos vai permitir trazer ainda mais dedicação à nossa missão.”

Apesar de contar com um escritório no Porto, a equipa da Didimo está espalhada pelo mundo, em países como Reino Unido e República Dominicana. “O escritório físico é um ótimo lugar para a equipa se reunir, adiantar trabalho e pensar em futuras implementações. Uma vez que construímos um produto que ajuda as pessoas a envolverem-se a partir de qualquer lugar, implantamos este pensamento também no nosso dia-a-dia profissional.

Gémeos para outras realidades

Criados a partir de um ser humano, os gémeos digitais da Didimo podem ser usados no metaverso, videojogos e experiências digitais imersivas, como concertos virtuais ou experimentar roupa em lojas digitais.

“Por exemplo, no caso de uma marca de roupa que pode proporcionar uma experiência de loja 100% digital ou mesmo do ponto de vista da educação, onde os professores podem lecionar aulas num mundo virtual. É uma identidade digital que não será a única no metaverso, mas será uma extensão de quem nós somos”, nota a líder da tecnológica.

A transformação de rostos a duas dimensões em versões digitais a três dimensões já conquistou empresas como a NOS, Sony, Atom Stars e a Soleil Game Studios, assinala Veronica Orvalho.

A questão das deep fakes também preocupa a missão da Didimo. Para evitar a criação deste tipo de vídeos, “não guardamos as fotografias

A Didimo também está cada vez mais preocupada com as questões éticas, tendo em conta que a tecnologia pode ser usada para fins maliciosos. “Nos nossos termos e condições explicamos que a nossa solução não pode ser usada de forma errada. Recusamos projetos que não sigam as práticas corretas.”

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União Europeia prepara novo pacote de combate à crise energética em novembro

Comissão quer voltar a debater proposta que visa aplicar um teto sobre o preço do gás junto dos Estados-membros mais reticentes. Fonte revela à Reuters que nova versão será apresentada ainda este mês.

A União Europeia (UE) prepara-se para aprovar um novo pacote de medidas de combate à crise energética já no próximo mês, estando em cima da mesa uma nova versão da medida que visa aplicar um teto sobre o preço do gás.

De acordo com a notícia avançada pela Reuters, esta terça-feira, as novas medidas de emergência deverão ser discutidas nas próximas semanas e oficializadas em novembro, isto depois de António Costa ter revelado que mais um país se juntou ao grupo de 15 Estados-membros, do qual Portugal faz parte, e que defende a aplicação de um teto sobre o preço do gás natural importado e distribuído por pipeline.Um dos países mais reticentes, já aceita a medida”, indicou o primeiro-ministro, na semana passada, após a primeira reunião da Comunidade Política Europeia, em Praga, não especificando, no entanto, que Estado terá mudado de posição. Certo, é que a Alemanha e os Países Baixos foram os dois países que se opuseram fortemente à medida proposta pela Comissão Europeia.

A maioria dos 27 países da UE defende que a fixação de um preço máximo do gás deve ser o próximo passo no combate à escalada da crise energética, agravada pela guerra na Ucrânia. No entanto, os países não conseguem chegar a um consenso sobre se esse teto deve ser aplicado a todos os negócios de gás, contratos a longo prazo ou apenas ao gás usado para produzir eletricidade.

Fonte da Comissão Europeia avança à Reuters que na reunião desta quarta-feira, 12 de outubro, o executivo comunitário vai procurar trabalhar a medida de forma a reunir consenso junto dos países. A ideia será apresentar uma nova versão da proposta ainda este mês e convocar, em novembro, uma reunião extraordinária entre os ministros da Energia para a aprovar de seguida. No entanto, a mesma fonte admite que será “difícil chegar a um consenso porque todos têm as suas próprias preferências”. Sem a aprovação dos 27 Estados-membros, a medida não pode ser aprovada.

Na semana passada, a presidente da Comissão Europeia Ursula von der Leyen tinha apontado que este teto, semelhante ao que existe já em Portugal e Espanha com o mecanismo ibérico, “seria também um primeiro passo no caminho para uma reforma estrutural do mercado da eletricidade”.

“Mas também temos de olhar para os preços do gás para além do mercado da eletricidade” e, por isso, “trabalharemos também em conjunto com os Estados-membros para reduzir os preços do gás e limitar a volatilidade e o impacto da manipulação dos preços pela Rússia”, indicou Ursula von der Leyen, sem concretizar.

Esta quarta-feira, os ministros também vão abordar a possibilidade de serem feitas compras conjuntas de gás e de serem negociados preços mais baixos com fornecedores não russos, como forma de a UE controlar os preços da energia.

Esta nova estratégia de intervenção de emergência procede o pacote de medidas adotado em setembro e que visa reduzir o consumo de eletricidade nas horas de maior procura, um teto sobre os preços das renováveis e uma “contribuição temporária de solidariedade sobre os lucros excedentários” nos combustíveis fósseis — o famoso imposto sobre os lucros excessivos.

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Irene Vieira Rua sobe a chief people officer do Doutor Finanças

A empresa tem, agora, 200 colaboradores e registou um crescimento de 12% ao nível dos recursos humanos no último ano.

O Doutor Finanças promoveu Irene Vieira Rua para a posição de chief people officer, passando a integrar a comissão executiva da empresa em Portugal e ficando com o pelouro das pessoas e da cultura organizacional.

“Todos conhecemos a Irene como a ‘pessoa das pessoas’, o que reflete totalmente o percurso que tem feito connosco, fazendo agora todo o sentido integrar a comissão executiva. A Irene tem um papel preponderante dentro do Doutor Finanças, sendo responsável pela implementação de várias iniciativas, como a semana das 32 horas ou o modelo de trabalho totalmente flexível, que têm como foco o bem-estar dos nossos doutores. As pessoas são mesmo o nosso maior investimento”, afirma Rui Bairrada, CEO do Doutor Finanças, em comunicado.

Com cerca de 200 colaboradores e um crescimento de 12% ao nível dos recursos humanos no último ano, a profissional integra agora a comissão executiva da empresa, cinco anos depois de ter assumido funções enquanto diretora de pessoas e cultura organizacional.

“As pessoas são a verdadeira força motriz de qualquer organização. Tenho muito orgulho na nossa equipa, e, sobretudo, nas nossas pessoas. Acredito que as organizações têm o dever de contribuir para a felicidade dos seus e, no que a nós diz respeito, tudo faremos para potenciar a felicidade dos nossos. Apenas assim conseguimos crescer em conjunto e levar o Doutor Finanças a continuar a sua rota de crescimento”, sublinha Irene Vieira Rua.

Licenciada em Psicologia, pós-graduada em Gestão e Desenvolvimento Estratégico de Recursos Humanos e com um executive master em Project Management, Irene Vieira Rua conta com mais de 15 anos de experiência profissional, desempenhando até à data o cargo de diretora de pessoas e cultura organizacional no Doutor Finanças.

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Impostos “verdes” ascenderam a 5 mil milhões de euros em 2021 e superaram média europeia

Em 2021, a fatia de impostos "verdes" em Portugal superou a média europeia, tendo acumulado cerca de 5 mil milhões de euros em receita fiscal. Impostos sobre energia com maior peso.

O valor dos impostos com relevância ambiental ascendeu a cerca de 5 mil milhões de euros em 2021, representando 6,6% da receita fiscal e contribuições sociais em Portugal naquele ano. Os impostos sobre a energia foram os que tiveram maior representação, acumulando 76,6% do total da receita dos impostos com relevância ambiental.

De acordo com o relatório divulgado esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), os 5 mil milhões de euros traduzem-se numa subida de 6,3% relativamente a 2020, o que compara com a variação de +7,5% observada para o total da receita de impostos e contribuições sociais, “refletindo essencialmente a retoma no consumo de combustíveis, uma vez que a receita de impostos associados à aquisição de veículos automóveis voltou a decrescer”, explica a entidade.

Os impostos com relevância ambiental são constituídos, essencialmente, por três taxas: o imposto sobre os produtos petrolíferos e energéticos, o imposto sobre veículos e o imposto único de circulação. Por categorias, em 2021, os impostos sobre a energia representaram 76,6% do total da receita dos impostos com relevância ambiental, já os impostos sobre os transportes tiveram um peso de 22,4%, enquanto os impostos sobre os recursos e sobre a poluição tiveram “uma expressão insignificante” (ambos com um peso de 0,5%), informa o INE.

Entre 2020 e 2021, o imposto sobre os produtos petrolíferos e energéticos foi o que pesou mais no total dos impostos “verdes”, passando de 69,8% para 70,7%, enquanto o imposto referente às licenças de emissão de gases com efeito de estufa aumentaram de de 5,6% para 5,9%, no mesmo período.

Em sentido oposto, revela a entidade, perdeu importância o imposto sobre os veículos, atingindo agora 8,6% do total dos impostos com relevância ambiental (9,5% em 2020), tendo-se verificado novamente uma diminuição (-3,4%) na receita deste imposto em 2021.

Impostos “verdes” em Portugal superam média europeia

Segundo o INE, em 2020, o peso dos impostos com relevância ambiental atingiriam 6,7% em Portugal — um valor superior à média dos restantes Estados-membros que se fixou em 5,6%. Nesse mesmo ano, o peso dos impostos com relevância ambiental no PIB em Portugal (2,4%) foi superior ao da média da UE (2,2%), explica a entidade.

Tal como em Portugal, a maioria dos países do bloco europeu regista um peso relativo mais elevado dos impostos sobre a energia no total dos impostos com relevância ambiental. Porém, em 2020, esse peso relativo em Portugal (75,4%) foi inferior à média da União Europeia (77,5%).

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Gestão da Mudança: o que é preciso nas Organizações?

  • PESSOAS + EY
  • 11 Outubro 2022

Historicamente, a mudança deriva dos tempos primórdios da existência humana e é um processo nato e necessário para a sobrevivência do Homem e da Sociedade.

Em todos os aspetos de transformação estratégica, comportamental, estrutural ou tecnológica, todas as organizações estão continuamente suscetíveis às mudanças.

A Gestão da Mudança é um tema relevante para o sucesso das organizações, tornando-se num processo contínuo e evolutivo, que visa acompanhar, rever e sequencialmente, mensurar o impacto das transformações que as organizações adotam. Os motivos que originam a necessidade de implementar programas de Gestão da Mudança estão maioritariamente relacionados com fatores internos (força de trabalho, alteração no volume de negócios, cultura organizacional, processos e estratégia) e fatores externos (desenvolvimento de novas tecnologias, eventos económicos, legislação, sociais, ambientais, clientes e a concorrência).

Segundo o inquérito realizado pela EY, em junho e julho de 2020, com o propósito de avaliar as transformações nas organizações (resultante do impacto da pandemia do COVID-19), foi possível averiguar que 84% dos colaboradores e 79% empregadores inquiridos reconhecem a adoção de ferramentas digitais no local de trabalho como críticas para future workexperience, e que 78% dos líderes planeiam mudanças ao nível das ferramentas tecnológicas e da força de trabalho.

Em todos os aspetos de transformação estratégica, comportamental, estrutural ou tecnológica, todas as organizações estão continuamente suscetíveis às mudanças.

No contexto atual, verifica-se que muitas organizações continuam inertes no que concerne ao timing em que detetam a necessidade da mudança e que esboçam os primeiros sinais de resposta aos desafios que lhes são apresentados. Na verdade, a própria noção de resistência à mudança, por parte das organizações está muitas vezes ligada à inércia organizacional que estas apresentam. Ao fator inércia, podemos ainda adicionar a incerteza, a falta de know-how e recursos financeiros que suportam a mudança. No caso das pessoas, a resistência à mudança deriva de fatores, tais como: hábitos, segurança, incertezas, crenças, sentimentos, perceções, etc… É importante referir que, independentemente do processo da mudança, o derradeiro impacto recai sobre as pessoas, e, por este motivo, estas são naturalmente resistentes à mudança, sobretudo quando não lhes é explicado o porquê do processo de mudança, bem como os seus ganhos.

Comummente, ouve-se a expressão “a mudança é a lei da vida”. Porém, é cada vez mais certo que a mudança nem sempre ocorre como pretendido, pois ela impacta e produz resultados de forma diferente, trazendo a imprevisibilidade e a incerteza para as organizações.

John Kotter, professor da Harvard Business School, desenvolveu 8 passos fundamentais para gestão de mudança, assim como metodologias de melhoria contínua que podem auxiliar nesse processo:

  1. Criar sentido de urgência
    Para que uma mudança possa acontecer efetivamente, o primeiro passo é envolver as pessoas que participarão dela. Desde a gestão de topo, passando pelos funcionários até aos acionistas e clientes. O objetivo desta etapa é preparar os funcionários para a próxima mudança e incentivá-los a participar. Para que esta etapa seja bem-sucedida, o projeto de mudança deve contar com o apoio de cerca de 75% da gestão da organização.
  2. Desenvolver Alianças estratégicas
    Outro passo fundamental durante o desenho de planos de gestão de mudança é a identificação de colaboradores, que possam servir como agentes da mudança. Estas pessoas devem ser escolhidas não apenas pelo cargo que ocupam, mas também pelo seu status e experiência no tema. O objetivo é que estes possam influenciar as pessoas do seu círculo durante o processo de mudança e ajudar a eliminar problemas antes mesmo de acontecerem. Esta etapa concentra-se na criação de uma equipa forte com todas as habilidades, qualificações, reputação, conexões e autoridade necessárias para liderar iniciativas de mudança e influenciar as partes interessadas
  3. Elaborar uma Visão para a Mudança
    A visão para uma empresa é o que motiva e orienta as ações da sua equipa. Deve fornecer metas realistas que sejam alcançáveis para ajudar a medir o sucesso, o que também atrairá as partes interessadas da empresa. Neste passo, é necessário elaborar uma visão com os principais valores relacionados com a mudança, de forma clara e objetiva, para que todos entendam rapidamente o que será necessário realizar no dia a dia. Este passo será essencial para colocar as suas ações em execução.
  4. Promover a Comunicação da Mudança
    Desenvolver um plano de comunicação irá contribuir para uma maior orientação de todos os envolvidos. Em todos os processos a comunicação, é um fator-chave; na Gestão da Mudança, é extremamente estratégico. O objetivo é conquistar os corações e mentes de todos os colaboradores, incentivá-los a fazer sacrifícios para apoiar a mudança e convencê-los de que a mudança é alcançável e que as recompensas são benéficas tanto para o negócio quanto para eles mesmos.
  5. Remover obstáculos
    No 5.º passo, Kotter propõe que as empresas se certifiquem de que as barreiras humanas, técnicas e normativas sejam devidamente removidas para que as novas soluções possam ser abraçadas sem barreiras. Como qualquer outro processo que acontece dentro de uma organização, os processos de mudanças são feitos por pessoas, é necessário verificar se estas pessoas, além de aderirem aos processos propostos, estão preparadas para as atividades que irão realizar. Capacitar a força de trabalho é um fator fundamental nos processos de Mudança. Algumas das ações a tomar é compreender os obstáculos internos à mudança que impedem a sua implementação e a comunicação aberta com colaboradores e stakeholders podem auxiliar neste diagnóstico. Garantir que a nova visão de mudança seja refletida em todos os processos organizacionais, estruturas, políticas e sistemas de recompensa. Reconhecer e recompensar os colaboradores que contribuem para implementar a mudança. Fornecer formação, coaching e orientação necessária para enfrentar os obstáculos com sucesso.
  6. Definir metas de curto prazo
    As mudanças não acontecem do dia para a noite. Os colaboradores podem ficar desanimados depois de trabalhar por muito tempo sem ter uma sensação de realização com as tarefas. Dessa forma, um importante passo é a criação de metas e incentivos para as equipas a curto prazo, com o objetivo de comemorar os objetivos alcançados e dar recompensas para aqueles que agirem em favor da mudança.
  7. Manter o ritmo
    Após os objetivos de curto prazo serem alcançados, as equipas tendem a considerar que o trabalho está realizado. Ainda que os ganhos de curto prazo sejam atrativos num momento inicial, as mudanças verdadeiras levam certo tempo para serem totalmente absorvidas. É muito importante manter o ritmo de entregas e permanecer focado em atingir todos os objetivos planeados inicialmente. Esta etapa trata de manter a mudança em andamento, garantindo que as equipes estão a trabalhar para alcançar a visão da mudança enquanto acompanham seu progresso.
  8. Fazer a Mudança ficar
    O objetivo dos líderes da mudança nesta etapa é criar uma nova cultura, em que a mudança possa ser sustentada. Isso inclui ajustar normas e valores organizacionais, procedimentos, sistemas de recompensa e outros componentes de infraestrutura para garantir que tudo esteja alinhado com a nova estratégia.Para alcançar este ponto é importante: discutir a importância das novas mudanças, enfatizando as vantagens que elas oferecem; criar novos programas de capacitação e desenvolvimento, para ajudar os colaboradores a adquirir as habilidades e competências de que precisam; e melhorar ou eliminar procedimentos organizacionais que não condizem com a nova cultura.

A Gestão da Mudança tem tudo que ver com trabalho em equipa e acordo (concordância entre as partes). Quatro princípios de mudança são usados em combinação com o modelo de mudança de 8 etapas Kotter para orientar a componente “pessoas”:

  1. Liderança e Gestão: enfatiza a necessidade de trazer liderança para ajudar na iniciativa de mudança.
  2. Mente e Coração: leva em consideração o que motiva cada pessoa para que esta consiga mudar o seu comportamento ou atitude em relação a algo novo.
  3. Selecione Poucos e Diverse Muito: em vez de simplesmente dar ordens às pessoas, deve ser dada a oportunidade de liderar.
  4. “Tenho que” + “Quero”: este conceito no modelo de Gestão de mudanças de Kotter afirma que as pessoas respondem melhor e podem tornar-se maiores defensores da mudança se quiserem ajudar, em vez de simplesmente fazer o que lhes é dito para fazer.

Estes 4 elementos são, portanto, fundamentais num processo de gestão de mudança e objetivo de foco durante qualquer desenho e implementação deste tipo de projetos. A impossibilidade de ter certos elementos juntos aumenta a probabilidade de falhar.

Maria Ngunza, Consultant EY, People Advisory Services; e Cátia Freitas, Manager EY, People Advisory Services

Para garantir que os projetos de Gestão da Mudança da sua organização são implementados com sucesso, poderá fazê-lo internamente; solicitando um consultor, mudar não é fácil, mas existem empresas especializadas no tema; ou adquirir workshops/Formações para capacitar as suas equipas a compreender a mudança, alavancá-la e promovê-la na sua organização.

Resumindo, a mudança estará continuamente presente no crescimento e desenvolvimento das organizações. É crucial criar uma cultura de mudança, o engagement das pessoas, incentivar e promover um espírito colaborativo para o alcance dos objetivos, de forma a garantir-se a eficácia do processo de transformação.

Considerando a vasta experiência da EY, a nossa abordagem à Gestão da Mudança foca-se em oferecer a melhor experiência de transformação aos nossos Clientes e às suas pessoas, permitindo que estes obtenham os melhores resultados e alcancem com sucesso os objetivos definidos de forma sustentável e robusta.

Texto por Cátia Freitas, Manager EY, People Advisory Services, e Maria Ngunza, Consultant EY, People Advisory Services.

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CP oferece mais 30 mil viagens no Intercidades com desconto. Lisboa-Porto a 5,50 euros

  • Joana Abrantes Gomes
  • 11 Outubro 2022

Bilhetes são válidos para viagens a realizar entre 20 de outubro e 22 de dezembro e devem ser comprados com uma antecedência mínima de 10 dias relativamente à data da viagem.

A CP – Comboios de Portugal anunciou que vai disponibilizar 30 mil viagens na segunda classe do Intercidades a preços promocionais a partir desta terça-feira. A iniciativa vem no seguimento de campanhas similares que a empresa tem realizado desde 2013.

À semelhança das campanhas anteriores, a viagem entre Porto e Lisboa pode ser comprada a partir de 5,50 euros, revela a empresa em comunicado.

Para quem pretenda viajar entre Lisboa e Aveiro, o custo será de 4,50 euros, tal como a viagem Lisboa-Faro. Da capital portuguesa à Covilhã ou a Coimbra, o preço é de 4 euros.

As viagens mais baratas ao abrigo da promoção continuam a ser entre Lisboa e Évora ou Beja, cujos preços são de 2,50 euros e 3 euros, respetivamente.

Os 30 mil bilhetes, que correspondem a cerca de 3.300 por semana, são válidos para viagens a realizar entre 20 de outubro e 22 de dezembro. A compra tem de ser feita, no mínimo, dez dias antes da data da viagem, através da bilheteira online, na app da CP e nos restantes canais da companhia ferroviária.

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Entrevista a Manuel Magalhães. Edição de outubro da Advocatus

  • ADVOCATUS
  • 11 Outubro 2022

Na Advocatus de outubro pode ler a entrevista ao managing partner da Sérvulo, Manuel Magalhães, um especial sobre as eleições da OA e ainda uma entrevista a João Lima Cluny, sócio da Morais Leitão.

Capa de outubro da Advocatus. Edição 140.º

Na Sérvulo desde 2011, Manuel Magalhães é atualmente managing partner e sócio no departamento de Financeiro e Governance, co-coordenando também as áreas de Reestruturação e Insolvência e Imobiliário, Turismo e Urbanismo. É membro da International Bar Association.

Esteve envolvido em várias operações relevantes e complexas – incluindo a criação, aquisição ou fusão de instituições de crédito e seguradoras, financiamentos estruturados, project finance, capital de risco, reestruturações de grandes grupos, assessoria de projetos turísticos de interesse nacional e inúmeras aquisições e vendas de ativos imobiliários, seja na forma de asset deal ou de share deal, através de sociedades ou fundos de investimento.

Manuel Magalhães, managing partner da Sérvulo & Associados, em entrevista ao ECO/Advocatus - 07SET22
Manuel Magalhães, managing partner da Sérvulo & Associados, em entrevista ao ECO/AdvocatusHugo Amaral/ECO

No passado dia 30 de setembro realizou-se a 13.ª edição do Rock ‘n’ Law, no Kais, em Lisboa e contribuíram com um donativo para o projeto “Centro de Integração para os Refugiados da Associação de Ucranianos de Portugal. Com este donativo, a organização do RnL pretende impactar cerca de 3.000 beneficiários diretos da associação e ainda 6.000 beneficiários indiretos, como por exemplo famílias. Espera-se que a linha de apoio psicossocial receba 2.500 contactos e que se possa ajudar estas pessoas através do correto encaminhamento dos refugiados para projetos específicos da associação ou outros serviços e entidades. A Advocatus fez a cobertura do evento.

Nesta edição pode ainda ler cinco entrevistas aos sete candidatos a futuro líder da Ordem dos Advogados. Com as candidaturas entregues até ao passado dia 30 de setembro, este ato eleitoral junta veteranos da Ordem, atual bastonário e alguns estreantes, incluindo uma mulher. Leia as posições de todos os candidatos a alguns dos temas mais fraturantes na advocacia atual: sistema de previdência versus Segurança Social, defesas oficiosas, sociedades multidisciplinares, regime fiscal dos advogados e ainda as alterações previstas ao regime das Ordens Profissionais.

Candidatos a bastonário da Ordem dos Advogados: António Jaime Martins, Fernanda de Almeida Pinheiro, Luís Menezes Leitão, Paulo Pimenta, Paulo Valério, Rui da Silva Leal e Varela de Matos.

Nuno Cerejeira Namora, sócio fundador da Cerejeira Namora, Marinho Falcão, esteve à conversa com a Advocatus e mostrou-se “orgulhoso” dos 30 anos de atividade do escritório. Afirmou que os objetivos estão a ser cumpridos e que, a curto prazo, pretendem atingir uma centena de profissionais. Em termos internacionais, o advogado avançou que “embarcaram” numa nova aventura internacional e que será anunciada em breve. Descubra todos os pormenores na rubrica sociedade do mês.

João Lima Cluny é o advogado do mês desta edição. O recente sócio da Morais Leitão contou como têm sido os 15 anos no escritório. Sublinhou que continua “apaixonado” pelo que faz e por poder contribuir para a “realização da Justiça”. O advogado defende que qualquer análise que se queira fazer às contas e à faturação dos escritórios deve ter em consideração as “diferentes fórmulas que têm sido usadas”.

João Lima Cluny, partner da Morais Leitão, em entrevista ao ECO/Advocatus - 07SET22
João Lima Cluny, partner da Morais Leitão, em entrevista ao ECO/AdvocatusHugo Amaral/ECO

A Greenvolt anunciou um aumento de capital no valor de 100 milhões de euros, resultante da emissão de quase 18 milhões de ações a um preço unitário de 5,62 euros. A PLMJ assessorou o sindicato bancário coordenado pelo BNP Paribas e pelo Santander e que integra o CaixaBank, o MedioBanca, a JB Capital Markets e o Caixa BI. Já a GreenVolt esteve com a VdA. Descubra todos os pormenores da operação na rubrica negócio do mês da 140.ª edição.

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