Federação Agrícola dos Açores quer aumento do preço do leite à produção

  • Lusa
  • 30 Agosto 2022

Federação Agrícola dos Açores quer aumento do preço do leite à produção por causa da “escalada internacional” de preços das matérias-primas, dos fertilizantes, dos fretes marítimos e dos combustíveis.

Os produtores de leite na região dos Açores “atravessam um período crítico, atendendo à escalada internacional de preços das matérias-primas, dos fertilizantes, dos fretes marítimos ou dos combustíveis, e que tendem a aumentar face às repercussões da guerra na Ucrânia”, alerta a Federação Agrícola dos Açores (FAA), liderada por Jorge Rita. Por isso mesmo, a FAA defende aumento do preço do leite à produção.

“O aumento dos custos de produção foram exponenciais e contribuem em larga escala para o estrangulamento financeiro de muitas explorações. Em sentido contrário, os mercados dos produtos lácteos, a nível internacional, têm registado melhorias que, infelizmente, não são na sua totalidade refletidas no preço de leite pago ao produtor na região”, afirma o organismo representativo da produção de leite, em nota de imprensa.

Segundo a FAA, na Europa “tem havido um aumento generalizado dos preços de leite, alargando-se, cada vez mais, o diferencial entre produtores regionais e europeus”, enquanto no continente, “foi recentemente anunciado por uma indústria, uma subida de cerca de oito cêntimos por litro de leite pago ao produtor, o que vem repor alguma coerência e justiça na fileira”.

É imprescindível que o preço de leite praticado na região seja o mais adequado e vá de encontro às legítimas esperanças dos produtores.

Federação Agrícola dos Açores

Para a FAA, embora “já se tenham registado algumas subidas do preço de leite nos Açores, estas têm-se revelado insuficientes”, pelo que as indústrias regionais “têm de retificar a estratégia adotada e serem capazes de acompanhar a tendência que se está a verificar no continente e na Europa”.

A federação agrícola defende ainda que os produtores de leite dos Açores “têm de ter um rendimento justo e de acordo com as tendências dos mercados, já que a fileira do leite continua a ser a atividade económica mais importante da Região Autónoma dos Açores”.

“É imprescindível que o preço de leite praticado na região seja o mais adequado e vá de encontro às legítimas esperanças dos produtores”, conclui a FAA.

O setor leiteiro representa um dos principais pilares da economia dos Açores, gerando milhares de postos de trabalhos, dependendo dele milhares de agregados familiares.

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Bruxelas defende aprovação condicionada do plano de recuperação polaco após contestação

  • Lusa
  • 30 Agosto 2022

A resposta da Comissão acontece depois de quatro associações de juízes europeus contestaram junto do TJUE a ‘luz verde’ dada ao PRR da Polónia, por não estar salvaguarda a independência judicial.

A Comissão Europeia defendeu esta terça-feira a aprovação condicionada do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) da Polónia, apoiada pelo Conselho da União Europeia (UE) e que impõe mudanças no sistema judicial polaco, após contestação de juízes europeus.

“Tomamos nota do caso apresentado [junto do Tribunal de Justiça da UE – TJUE] contra a decisão do Conselho de aprovar o PRR polaco. A Comissão apoia plenamente a proposta que apresentou ao Conselho para aprovar o plano, que visa elevar os padrões em torno de várias áreas de qualidade judicial, bem como introduzir melhorias no clima de investimento”, disse a porta-voz da Comissão Europeia para os assuntos económicos e financeiros, Veerle Nuyts.

A responsável reagia na conferência de imprensa diária da instituição, em Bruxelas, à notícia de que quatro associações de juízes europeus – Associação dos Juízes de Direito Administrativo Europeu, Associação Europeia de Juízes, Magistrados Europeus pela Democracia e as Liberdades e a holandesa Juízes para os Juízes – contestaram junto do TJUE a ‘luz verde’ dada ao PRR da Polónia, por considerarem que, mesmo com salvaguardas, não serão resolvidos os problemas em termos de independência judicial no país.

A Polónia não poderá apresentar o seu pedido inicial para o desembolso de fundos até que o acordo [com a Comissão] tenha sido assinado e, para isso, é preciso que os objetivos e marcos tenham sido alcançados, incluindo (…) uma série de aspetos da independência do ramo judicial”, sublinhou Veerle Nuyts. A porta-voz reiterou que, se não forem preenchidos os requisitos, “não serão efetuados quaisquer pagamentos”.

Na segunda-feira, o Presidente polaco, Andrzej Duda, considerou que “os acordos com a Comissão Europeia foram quebrados” e acusou os juízes de “apenas quererem o poder”, reagindo à ação das associações judiciais europeias contra a Polónia.

Em causa está o recurso junto do TJUE, de quatro associações europeias de juízes, sobre a decisão do executivo comunitário de aprovar o PRR polaco. A aprovação do PRR polaco, que prevê a entrega de até 35,4 mil milhões de euros a Varsóvia em fundos europeus, levou a alterações na área da magistratura polaca exigidas por Bruxelas para garantir a independência dos juízes na Polónia e, entre outras medidas, desencadeou a eliminação da controversa Câmara Disciplinar (um mecanismo disciplinar de juízes do Supremo Tribunal).

Em junho, a Comissão Europeia deu então finalmente parecer favorável ao PRR da Polónia, determinando, todavia, que Varsóvia tenha de cumprir ainda marcos ao nível de reformas do sistema judicial para receber fundos. Entretanto, em meados desse mês, os ministros das Finanças da UE aprovaram, numa reunião do Ecofin, o PRR da Polónia, no montante de 23,9 mil milhões de euros em subvenções e 11,5 mil milhões de euros em empréstimos, apoiando a aprovação condicionada do executivo comunitário.

Após a ‘luz verde’ do Conselho, as primeiras verbas podem em breve chegar à Polónia, desde que o país cumpra na íntegra exigências como a extinção da atual câmara disciplinar e a sua substituição por um tribunal independente e imparcial estabelecido por lei, a reforma do regime disciplinar dos juízes e ainda a reintegração de magistrados. Em 2017, a Comissão deu início a um procedimento ao abrigo do artigo 7.º do Tratado para fazer face a um possível risco de violação dos valores da UE na Polónia.

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Wall Street recupera após abalo de Jackson Hole

Wall Street começa a recuperar após perspetiva mais agressiva da Fed ter levantado receios. Mesmo assim, balanço mensal dos índices deverá ser negativo.

Os principais índices de Wall Street começaram esta terça-feira a recuperar das perdas registadas na última sessão, quando os investidores estavam ainda a digerir a postura mais agressiva do presidente da Reserva Federal transmitida no discurso em Jackson Hole. Apesar das subidas, os índices de referência ainda estão a encaminhar-se para um mês de queda.

O índice de referência financeiro, S&P 500, está a subir 0,32%, para 4.043,53 pontos, acompanhado pelo industrial Dow Jones, que soma 0,31%, para 32.199,31 pontos. Já o tecnológico Nasdaq, que registou a maior queda na última sessão ao recuar 1%, avança 0,58%, para 12.086,79 pontos.

“Os investidores estão a aceitar a ideia de que a Fed leva a sério a contenção da inflação, mesmo quando dados recentes sugerem que a inflação está a começar a cair”, disse Rod von Lipsey, diretor administrativo do UBS Private Wealth Management, citado pela CNBC.

Além disso, os investidores aguardam também dados económicos que serão conhecidos esta terça-feira, nomeadamente o inquérito sobre confiança dos consumidores para agosto e a divulgação de vagas de emprego para julho.

Entre os maiores movimentos desta sessão, destaque para o Twitter, que cai 0,75% para os 39,74 dólares. Isto depois da equipa jurídica de Elon Musk ter apresentado outro registo esta terça-feira para por fim ao acordo de 44 mil milhões de dólares para comprar o Twitter, citando razões adicionais.

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Inflação na Alemanha sobe para máximos de 50 anos

  • ECO
  • 30 Agosto 2022

Alemanha registou em agosto a taxa de inflação mais elevada em quase meio século, dando argumentos ao BCE para apertar ainda mais a política monetária na Zona Euro.

A inflação na Alemanha subiu para o nível mais elevado em quase meio século, o que dá força para o Banco Central Europeu (BCE) anunciar um grande aumento das taxas de juro no próximo mês.

O índice harmonizado de preços no consumidor aumentou para 8,8% em agosto, depois a subida inesperada para 8,5% em julho, de acordo com o gabinete de estatísticas alemão. Ficou em linha com o esperado pelos analistas.

A subida surge apesar das medidas do governo para mitigar o impacto da escalada dos preços nas famílias, incluindo bilhetes de transporte público mais baratos e um corte nos impostos dos combustíveis, que terminará a 31 de agosto. Sem medidas adicionais, os analistas esperam que a maior economia da Europa venha a registar uma inflação de dois dígitos até final do ano.

“A julgar pela atual taxa de inflação e o que ainda está para vir, o BCE deverá anunciar uma subida jumbo nas taxas de juro”, disse o economista Thomas Gitzel, do VP Bank, citado pela agência Reuters.

O BCE, que tem como missão assegurar a estabilidade dos preços na ordem dos 2%, reúne-se a 8 de setembro e deverá anunciar uma subida das taxas de juro em 50 pontos base ou superior, isto já depois do aumento de 50 pontos em julho.

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Gasóleo mais caro do que a gasolina. Diferença recorde

O diesel está esta semana mais caro do que a gasolina 95, segundo os dados da Direção-Geral de Energia e Geologia. Não é inédito, mas é a primeira vez que a diferença é tão grande, de 8,4 cêntimos.

Os números da Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG) mostram que o gasóleo aumentou esta semana, em média, 9,4 cêntimos, depois de já ter subido na semana anterior. Já a gasolina 95 ficou com o preço praticamente inalterado, depois de uma série de 11 semanas consecutivas a cair.

A conjugação destas duas tendências leva a que o diesel — que é o combustível mais usado em Portugal –, já esteja mais caro do que a gasolina, algo que, não sendo inédito, é pouco usual. E a diferença entre os dois combustíveis nunca foi tão elevada.

O litro do gasóleo está a ser vendido a um preço médio de 1,865 euros, enquanto a gasolina 95 está a 1,781 euros. A diferença está nos 8,4 cêntimos, o que quer dizer que encher um depósito de 50 litros com gasóleo custa mais 4,2 euros.

Se numa base de média nunca tal tinha acontecido, no mercado como um todo, em março, logo depois do início da guerra na Ucrânia, muitos postos chegaram a cobrar o diesel mais caro do que a gasolina.

Diferença entre gasóleo e a gasolina nos últimos 12 anos

Fonte: DGEG. Valores em euros.

O gasóleo tem vindo a subir mais do que a gasolina 95 porque a dependência da Rússia é maior. Mas há outro fator a pesar negativamente na relação de forças entre os dois combustíveis: o VGO. O vácuo é uma das componentes utilizadas no fabrico de gasóleo, para o tornar mais leve já que este hidrocarboneto tem mais hidrogénio e menos carbono. Ora, a Rússia é responsável por metade da produção mundial deste produto e, perante a suspensão dos fornecimentos russos, há uma escassez no mercado.

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Morreu o empresário de lanifícios da Covilhã Paulo de Oliveira

  • ECO e Lusa
  • 30 Agosto 2022

Faleceu empresário da Covilhã Paulo de Oliveira, ligado à área dos lanifícios, a quem o Presidente da República conferiu grau de comendador da Ordem do Mérito Agrícola, Comercial e Industrial.

“É com profunda tristeza que informamos que o senhor Paulo de Oliveira nos deixou. Com a sua partida, a nossa empresa perdeu uma personalidade ímpar, um visionário carismático e um exemplo para todos nós”, é referido numa nota publicada, esta terça-feira, na página oficial do Facebook daquele grupo empresarial, que é um dos maiores do setor e que emprega mais de mil pessoas.

Paulo de Oliveira tinha 84 anos e iniciou a atividade profissional aos 18 anos na firma José Paulo de Oliveira Júnior, fundada em 1936.

Ao longo da vida, Paulo de Oliveira foi ainda distinguido com várias condecorações e homenagens, designadamente em 1995, quando o Presidente da República Portuguesa lhe conferiu o grau de Comendador da Ordem do Mérito Agrícola, Comercial e Industrial.

Além de empresário, Paulo de Oliveira também foi dirigente associativo, um dos grandes entusiastas da implantação do ensino superior na Covilhã e um dos primeiros empregadores dos quadros formados na Universidade da Beira Interior (UBI)”, como destacava aquela instituição, em 2014, quando lhe concedeu o grau de Doutor Honoris Causa.

“A Universidade da Beira Interior e eu próprio lamentamos o desaparecimento de Paulo de Oliveira, notável empresário de lanifícios que foi e será sempre uma referência na nossa região, no país e até na Europa pelo seu pensamento inovador e empreendedor”, afirma ao ECO/Local Online o reitor da Universidade da Beira Interior, Mário Raposo.

Para o reitor, “Paulo Nina de Oliveira teve um percurso profissional ímpar como empresário, gestor e dirigente associativo, ao nível nacional e internacional, contribuindo para o prestígio do setor dos lanifícios no país e no mundo”. Mais, prossegue Mário Raposo, “as suas qualidades de liderança e a capacidade em antecipar problemas e de processar informação sobre o setor de lanifícios permitiram-lhe atuar de forma rápida, inteligente, criativa e inovadora, desenvolvendo novos produtos para novas oportunidades de negócio em segmentos de mercado atrativos e de sucesso, conduzindo o seu grupo empresarial ao nível das empresas líderes, no âmbito nacional e europeu, considerando o volume de vendas e a quota de mercado”.

A Universidade da Beira Interior e eu próprio lamentamos o desaparecimento de Paulo de Oliveira, notável empresário de lanifícios que foi e será sempre uma referência na nossa região, no país e até na Europa pelo seu pensamento inovador e empreendedor.

Mário Raposo

Reitor da Universidade da Beira Interior

Segundo o reitor, as empresas de Paulo Oliveira foram das primeiras grandes empregadoras de quadros formados no então Instituto Politécnico da Covilhã e na atual Universidade da Beira Interior. Chegou a ser, de 2009 a 2013, membro do primeiro Conselho Geral da Universidade da Beira Interior, como personalidade cooptada por este órgão.

“Reconhecendo o mérito da atividade de empresário desenvolvida pelo Comendador Paulo Nina de Oliveira para o prestígio e engrandecimento da indústria e de Portugal, foi-lhe concedido o grau de Doutor Honoris Causa pela Universidade da Beira Interior em 21 de outubro de 2014″, realça o reitor.

Localmente, a Câmara Municipal da Covilhã atribuiu-lhe, em 2009, a Medalha de Ouro de Mérito Municipal e a Junta de Freguesia de Unhais da Serra agraciou-o com a Medalha de Mérito Empresarial, em 2010. Em 2011, recebeu o Crachá de Ouro da Liga dos Bombeiros Portugueses.

Foi ainda dirigente do então Grémio dos Industriais de Lanifícios da Covilhã, entre 1962 e 1979. De 1975 a 1979, foi presidente da Comissão Pró-Associação e, a partir dessa data, foi presidente da Associação Nacional dos Industriais de Lanifícios (ANIL), cargo que manteve até 1995, tendo nessa qualidade contribuído para que se instalasse na Covilhã a delegação do CITEVE (Centro Tecnológico das Indústrias Têxtil e do Vestuário de Portugal).

Foi ainda na sua presidência que foi construído na Covilhã o pavilhão de exposições e sede da ANIL, tendo sido também um dos fundadores do CILAN – Centro de Formação Profissional da Indústria de Lanifícios, do qual foi administrador.

Na década de 1990, também desempenhou o cargo de presidente da Comissão de Tecelagem da Federação Internacional da Lã, organismo que agrupa as Associações de Industriais de Lanifícios e Comerciantes de Lã de todo o mundo, tendo, de 1996 a 1998, sido presidente da INTERLAINE, organismo com sede em Bruxelas que agrupa todas as Associações de Industriais de Lanifícios da União Europeia. Foi ainda membro externo do Conselho Geral da UBI entre 2009 e 2013.

O grupo Paulo de Oliveira é um dos maiores no setor dos lanifícios em Portugal e integra as empresas Paulo de Oliveira, Tessimax e Penteadora de Unhais da Serra.

As cerimónias fúnebres estão marcadas para hoje, a partir das 14:30, na Igreja Nossa Senhora de Fátima (São Martinho, Covilhã).

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Itália quer recuperar a Via Appia

  • Servimedia
  • 30 Agosto 2022

A Itália pretende recuperar a Via Appia, que tem 580 quilómetros de história, com o objetivo de competir com o Caminho de Santiago. A rota foi construída há 2300 anos para os exércitos romanos.

O estado italiano está a trabalhar num projeto para relançar a Via Appia, a estrada que atravessa o país desde a periferia de Roma até Brindisi, que caiu em desuso após séculos de utilização por legionários, comerciantes e peregrinos, noticia a Servimedia.

Os seus 580 quilómetros, muitos deles enterrados sob estradas, aldeias e edifícios modernos, serão restaurados para criar uma rota de peregrinação através da história, com o objetivo de competir com o Caminho de Santiago.

A edição de Setembro da revista ‘National Geographic Spain’ dedica a sua capa e reportagem principal à Via Appia, promovida pelo administrador romano Appius Claudius e inaugurada em 312 AC. Esta estrada, considerada a primeira grande autoestrada europeia, era um símbolo do poder do Império Romano. Inspirou o ditado “todos os caminhos levam a Roma”, e em Itália ainda se chama Regina Viarum, a Rainha das Estradas.

No entanto, quando o Império começou a desmoronar-se em 395 d.C., a rota caiu gradualmente no esquecimento e grande parte do caminho foi enterrado sob milénios de história. Os vestígios da Via Appia são poucos e distantes, razão pela qual o governo italiano decidiu desenterrá-los e, em alguns casos, até localizá-los de modo a atrair o interesse das multidões.

A proposta do estado italiano e dos estúdios de arquitetura encarregados de fazer da Via Appia um percurso pedestre baseia-se num precedente histórico. Angelo Costa, fundador do Studio Costa, explica à ‘National Geographic Spain’ que os antigos romanos que viajavam ao longo desta rota encontraram uma estação de correios a cada 16 quilómetros e uma estalagem a cada 32 quilómetros.

Assim sendo, aquilo que é proposto é uma viagem de 29 troços a pé, cada um com uma duração de cerca de seis horas. Os caminhantes irão explorar as cenas das famosas lutas de gladiadores, dormir em casas de hóspedes simples rodeadas de ruínas e provar a gastronomia regional.

A Via Appia, a primeira das 29 estradas que partem de Roma, atravessa cidades, aldeias, montanhas e quintas ao passar por quatro regiões e uma centena de municípios. Por essa razão, o conceito do Caminho de Santiago, a rota sagrada espanhola, não passa despercebido aos promotores desta iniciativa. Reconhecem que “uma rivalidade encapotada” está a surgir.

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Paulo Portas, Susana Peralta e Luís Aguiar-Conraria marcam presença no Campus da Liberdade

O evento organizado pelo Instituto +Liberdade, destinado aos jovens, acontece de 7 a 11 de setembro, em Fátima.

Os políticos Paulo Portas, Cecília Meireles e Adolfo Mesquita Nunes, a investigadora Susana Peralta e o economista Luís Aguiar-Conraria são alguns dos mais de 20 oradores convidados que vão estar presentes na segunda edição do Campus da Liberdade, organizado pelo Instituto +Liberdade. O evento, que pretende fomentar o pensamento crítico, a participação cívica e o trabalho de equipa entre os jovens, acontece entre 7 e 11 de setembro, em Fátima.

“O Campus da Liberdade é um evento dedicado ao desenvolvimento e partilha de conhecimento em torno daqueles que são os valores-chave das sociedades mais desenvolvidas do mundo: a defesa da democracia, da liberdade individual e da economia de mercado”, refere André Pinção Lucas, diretor executivo do Instituto +Liberdade.

“Procuramos, assim, contribuir para que esta seja a geração mais bem preparada de sempre para defender a liberdade no nosso país e para fazer crescer Portugal”, acrescenta, em comunicado.

O primeiro dia do evento começa precisamente com uma sessão de acolhimento, feita por André Pinção Lucas, seguindo-se uma breve introdução à História do Liberalismo, com o professor Bruno Ferreira da Costa, bem como uma apresentação com os resultados do projeto “A composição dos governos liberais no contexto da União Europeia”, desenvolvido na Universidade da Beira Interior e financiado pelo +Liberdade.

O segundo dia conta com palestras dedicadas à Economia e Empreendedorismo (Cecília Meireles); Corrupção e Justiça (João Paulo Batalha); Saúde (Álvaro Almeida); e, durante a tarde, ao Centralismo e Descentralização (Carlos Guimarães Pinto).

O dia 9 de setembro, por sua vez, é dedicado à Educação e Desigualdades (Miguel Herdade); Finanças, Fiscalidade e Política Monetária (Luís Aguiar-Conraria); Pobreza e Estado Social (Susana Peralta); Ambientalismo de Mercado (Filipa Cunha Mota); e o papel dos jovens na defesa da democracia liberal (Filipa Osório e Ricardo Lima).

“A 10 de setembro contaremos com Paulo Portas para falar sobre geopolítica e estratégia internacional; uma mesa redonda dedicada às causas do atraso português, com António Pires de Lima (keynote speaker), Carla Castro, Margarida Balseiro Lopes e Ricardo Ferreira Reis; e ainda uma mesa redonda sobre os jovens e a liberdade, em que serão os próprios jovens os protagonistas: Adriana Cardoso, Alexandre Poço, Gaspar Macedo e Maria Castello Branco“, revela a entidade organizadora.

Já o último dia do evento é dedicado à liberdade de expressão, numa apresentação que ficará a cargo do humorista Tiago Dores, antes da sessão de encerramento, que será feita por Carlos Moreira da Silva, presidente do conselho de curadores do Instituto +Liberdade.

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Portugal favorável à suspensão do acordo de facilitação de vistos com Rússia

Cravinho afasta proibição total de vistos a russos, mas é favorável ao fim do acordo de facilitação que existe entre os dois blocos. Kiev lança uma contraofensiva na região de Kherson.

Portugal considera que a União Europeia (UE) não deve ter um acordo de facilitação de vistos com Moscovo, embora afaste um cenário de proibição total, avançou esta terça-feira o ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho. Em resposta a pedidos do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e também de vários países membros da UE, João Gomes Cravinho defendeu que “a Rússia não é um país em que podemos ter o tipo de confiança que está subjacente a esse tipo de acordo”.

A região ocupada de Kherson está a ser alvo de combates entre as forças russas e as forças ucranianas, após Kiev dar início a uma contraofensiva na região, avançou a Presidência ucraniana.

Segundo Kiev, “explosões poderosas tiveram lugar todo o dia [segunda-feira] e toda a noite na região de Kherson. Estão a decorrer combates intensos em quase todo o território da região.” Adicionalmente, a Presidência ucraniana acrescentou que foram lançadas ações ofensivas em várias direções.

Nas redes sociais surgiram diversos vídeos onde é possível ver explosões durante a noite em Kherson, avança o The Wall Street Journal. Segundo a imprensa estatal russa, foram destruídos vários edifícios na região de Kakhovka, em Kherson. As forças ucranianas na margem leste do rio Inhulets encontram-se a avançar na direção da cidade de Dnipro, a nordeste de Kherson, segundo um oficial ucraniano.

“Esta é uma operação lenta e planeada para esmagar o inimigo, salvando a vida dos nossos militares e civis”, disse esta terça-feira Oleksiy Arestovych, um conselheiro presidencial ucraniano. “É claro que muitos gostariam de uma ofensiva em grande escala com notícias sobre a captura de uma base por hora. Mas não lutamos assim. Os nossos meios são limitados”, acrescentou.

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Promessa de intervenção da UE alivia preços da energia. Gás recua 7%

O preço da eletricidade vendida na Alemanha registou uma quebra de 20% esta terça-feira, em linha com a quebra de mais de 7% verificada nos preços do gás para entrega em setembro.

Os preços grossistas da eletricidade na Europa dão sinais de alívio esta terça-feira, assim como os do gás natural. Na Alemanha, os contratos para o próximo ano caiam 20% para 610 euros por MWh (megawatt-hora), às 9h50, depois do recorde de 1.050 euros por MWh alcançado esta segunda-feira nas negociações intradiárias do mercado alemão, escreve a Bloomberg. Os preços do gás natural nos mercados internacionais notam esta terça-feira uma quebra de mais de 7%, que se segue ao alívio de 20% verificado na segunda-feira.

O alívio nos preços da energia na Europa acontece um dia depois da Comissão Europeia ter anunciado uma intervenção de emergência no mercado grossista da eletricidade, um mercado que sente a influência dos preços do gás natural utilizado para produzir parte da eletricidade que é vendida nos mercados grossistas.

Em linha com estas quebras, surge também uma desvalorização no preço do gás. O contrato TTF para entrega em setembro na Europa estava a cair 7,5% para 252 euros por megawatt-hora (MWh), pelas 10h00, acompanhando a tendência que se verificou esta segunda-feira, quando os preços chegaram a cair 20%.

Este alívio acontece depois de, na semana passada, os preços terem acumulado uma subida de 40% no preço por MWh em reação ao anúncio de que a estatal russa Gazprom iria suspender os envios de gás para o bloco europeu, via Alemanha, por três dias, uma interrupção que começa esta quarta-feira, 31 de agosto.

Esta segunda-feira, a presidente da Comissão Europeia defendeu uma “intervenção de emergência e uma reforma estrutural” no mercado da eletricidade da União Europeia (UE), admitindo “as limitações” da configuração atual, exacerbadas pela crise. Na atual configuração, o mercado grossista da UE é um sistema de preços marginais, pelo que os produtores de eletricidade recebem todos o mesmo valor pela energia que vendem num dado momento, independentemente da fonte que dá origem à energia vendida, sendo que a energia mais cara – geralmente a fóssil – é aquela que marca o preço.

Uma vez que o bloco europeu depende muito das importações de combustíveis fósseis, nomeadamente vindas da Rússia, o atual contexto geopolítico levou a aumentos de preços no gás natural e, consequentemente, da eletricidade.

Segundo o jornal El País, o governo espanhol irá propor que a União Europeia adote o mesmo modelo visado no mecanismo ibérico, ferramenta usada para travar o preço da eletricidade em Portugal e Espanha. A proposta deverá ser apresentada na próxima reunião do Conselho de Energia Europeu agendada para o próximo dia 9 de setembro. Além deste mecanismo, Espanha deverá propor limitar o preço pago pelas emissões de dióxido de carbono.

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Inspeção-Geral das Atividades em Saúde abre inquérito a morte de grávida no SNS

A Inspeção-Geral das Atividades em Saúde abriu uma investigação à morte de uma grávida que foi transferida do Hospital de Santa Maria para o Hospital São Francisco Xavier.

A Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) abriu um inquérito à transferência da grávida que morreu no passado sábado, na sequência de uma paragem cardiorrespiratória, depois de ser transferida do Hospital de Santa Maria para o de São Francisco Xavier, em Lisboa.

A mulher de 34 anos, de nacionalidade indiana e recém-chegada a Portugal, estava grávida de 31 semanas e foi transferida “por uma alegada inexistência de vaga no Serviço de Neonatologia da primeira unidade hospitalar para internar o bebé quando fosse provocado o parto”, adianta a entidade num comunicado.

Durante a viagem, a grávida sofreu uma paragem cardiorrespiratória, tendo sido realizados trabalhos de reanimação no transporte. Segundo um comunicado divulgado pelo Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte (CHULN), citado pela Lusa, já no Hospital São Francisco Xavier a grávida foi “submetida a uma cesariana urgente, tendo o recém-nascido, de 722 gramas, ido para a unidade de cuidados intensivos neonatais por prematuridade”. Mas a “mãe ficou internada nos cuidados intensivos”, tendo “vindo a falecer”, indicou o CHULN, enviando “as mais sentidas condolências à família”.

Nesse sentido, a IGAS adiantou esta terça-feira que abriu um inquérito para perceber a razão pela qual a utente foi transferida”, “quem foram os responsáveis pela decisão de transferência e sob que pressupostos clínicos asseguraram que a utente poderia ser transferida em segurança”, “qual era a situação do Serviço de Neonatologia do Hospital de Santa Maria na data da transferência da utente”, “em que circunstâncias ocorreu a morte” e se “existiam soluções alternativas e mais seguras à transferência da utente”. E garantiu que “após a elaboração e homologação do relatório do processo de inspeção, a IGAS divulgará os resultados do mesmo”.

Recorde-se que horas depois de este caso ter sido conhecido, e após os sucessivos constrangimentos enfrentados pelas urgências de obstetrícia do SNS durante este verão, a ministra da Saúde apresentou o pedido de demissão, ainda que no comunicado divulgado não tenham sido dados detalhes sobre os motivos que levaram à tomada de decisão. O primeiro-ministro já aceitou o pedido, e da esquerda à direita os partidos já reagiram.

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Universidade de Aveiro lidera projeto europeu de 8,5 milhões de euros

A Universidade de Aveiro lidera projeto europeu de restauração dos ecossistemas marinhos e costeiros na bacia do Ártico e Atlântico no valor de 8,5 milhões de euros.

A Universidade de Aveiro lidera, em articulação com a Administração do Porto de Aveiro (APA), um consórcio, que é constituído por 30 parceiros, que vai investir 8,5 milhões de euros num projeto de inovação para a restauração dos ecossistemas marinhos e costeiros, e aumento da resiliência climática na bacia do Ártico e do Atlântico.

O projeto A-AAgora prevê a implementação de três “laboratórios vivos”, em Portugal, na Irlanda e Noruega com vista à “implementação de um plano de cooperação para a Ágora Atlântico-Ártica para aumentar a resiliência às alterações climáticas e mitigar os respetivos impactos nos ecossistemas e zonas costeiras”, lê-se num comunicado enviado às redações.

De acordo com Hugo Faria, da INOVA+, “o A-AAgora procura explorar ao máximo as sinergias entre as missões da Comissão Europeia, tendo por foco a restauração do ecossistema marinho e comunidades costeiras particularmente vulneráveis ​aos riscos de aumento do nível do mar”.

No âmbito da Missão Oceano do programa Horizonte Europa da Comissão Europeia, este projeto visa, adianta a mesma nota, “definir e implementar um plano para a Ágora Atlântico-Ártica que incorpore as soluções baseadas na natureza desenvolvidas através de demonstração e uma estrutura de gestão validada”.

O A-AAgora procura explorar ao máximo as sinergias entre as missões da Comissão Europeia, tendo por foco a restauração do ecossistema marinho e comunidades costeiras particularmente vulneráveis ​aos riscos de aumento do nível do mar.

Hugo Faria

INOVA+

Entre os 12 parceiros portugueses constam a consultora de inovação INOVA+, as universidades de Aveiro e Nova de Lisboa, assim como o Instituto Português do Mar e Atmosfera (IPMA), a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) ou a Administração do Porto de Aveiro (APA). Também participam mais 18 entidades europeias neste consórcio.

“Este projeto preconiza a ampliação dos resultados e boas práticas dos três demonstradores, a partir dos quais serão promovidas sinergias de intercâmbio entre investigadores, decisores políticos e a indústria”, lê-se no comunicado.

Segundo Hugo Faria, “esta aprovação permitirá a Portugal marcar, desde já, um posicionamento estratégico neste programa e futuras convocatórios no âmbito da missão na área dos Oceanos, mares e águas costeiras e interiores saudáveis”.

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