Petróleo avança mais de 2% com previsões de aumento da procura em 2023

Matéria-prima prolonga ganhos pela terceira sessão consecutiva e soma mais de 2%, no dia em que a OPEP e a AIE anteciparam uma recuperação da procura por "ouro negro" ao longo do próximo ano.  

Os preços do petróleo nos mercados internacionais prolongam os ganhos pela terceira sessão consecutiva, somando mais de 2%, após a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e a Agência Internacional de Energia (AIE) terem antecipado uma recuperação da procura por “ouro negro” ao longo do próximo ano.

Pelas 18h58 de Lisboa, o barril de brent, cotado em Londres e que serve de referência às importações nacionais, soma 2,79% para 82,93 dólares, enquanto o WTI, a negociar em Nova Iorque, ganha 2,83% para 77,52 dólares. Na sessão anterior, ambos os contratos de futuros tinham valorizado mais de 3%.

Petróleo acelera

Este desempenho acontece depois das perspetivas mais otimistas relativamente à procura de “ouro negro” para 2023. A OPEP espera que a procura por petróleo aumente em cerca de 2,25 milhões barris por dia no próximo ano, para 101, 8 milhões de barris por dia. Já a AIE antecipa que a procura por “ouro negro” aumente em 1,7 milhão de barris por dia em 2023 para 101,6 milhões por dia, na sequência do relaxamento das restrições Covid e na China e após uma contração de cerca de 400.000 barris por dia em 2022.

A influenciar o desempenho estão ainda os dados divulgados na terça-feira pelo Departamento do Trabalho norte-americano, que indicam que a inflação nos Estados Unidos abrandou para 7,1% em novembro. Estes dados poderão, aliás, ter “pesado” na decisão desta quarta-feira da Reserva Federal norte-americana de reduzir o ritmo de subida das taxas de juro para 50 pontos base, após quatro subidas de 75 pontos base

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Défice vai ficar abaixo do previsto este ano. Costa aponta para 1,5% do PIB

  • ECO
  • 14 Dezembro 2022

Primeiro-ministro antecipa novo resultado abaixo das previsões do Governo. Diz que situação com Pedro Nuno Santos foi "o único caso grave" do Governo de maioria absoluta.

António Costa garante que o défice das contas públicas de 2022 será, no máximo, de 1,5% do PIB. A informação é avançada em entrevista à revista Visão, que será publicada esta quinta-feira. A previsão inicial do Governo para 2022 apontava para um défice de 1,9%.

“Até agora, cumprimos sempre as nossas previsões. Para este ano, prevíamos um crescimento de 6,5% e agora já vamos em 6,7%. Tínhamos previsto um défice de 1,9% e, a 15 dias do final do ano, o défice não será seguramente superior a 1,5%“, refere o primeiro-ministro.

Já sobre as previsões de crescimento para o próximo ano e até 2026, António Costa sublinha que “vivemos uma época de incerteza”, pelo que é necessário “ter a cautela necessária para responder a qualquer cenário possível”.

Não obstante, o Chefe de Governo refere que o Governo se foi “adaptando”. “Há poucas coisas mais difíceis de gerir do que a resposta à inflação, sobretudo uma inflação como a atual, bastante atípica, pelo menos, na Europa, que é diferente dos EUA”, afirma, acrescentando que o objetivo é “fazer convergir as políticas orçamentais e a política monetária” e alcançar uma inflação de 2%, tal como recomendado pelo BCE.

O líder do Governo refere ainda que o episódio que praticamente levou à demissão do ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, “foi o único caso verdadeiramente grave que aconteceu” nos primeiros nove meses do primeiro Governo de António Costa com maioria absoluta.

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Fed tira o pé do acelerador e sobe taxa de juro em 50 pontos base

Após quatro subidas de 75 pontos da taxa de juro do dólar, Jerome Powell, presidente da Fed, anunciou o aumento da taxa de juro em 50 pontos base.

A taxa de juro do dólar voltou a aumentar, mas desta vez a um ritmo mais moderado do que tinha vindo a ser realizado pela Reserva Federal norte-americana (Fed).

Depois de nas últimas quatro reuniões do Comité de Política Monetária os governadores da Fed terem decidido aumentar o preço da moeda norte-americana em 75 pontos base, esta quarta-feira, Jerome Powell, presidente da Fed, anunciou uma subida de “apenas” 50 pontos base.

A decisão marca o sétimo aumento consecutivo da Fed desde março. Com esta decisão, a taxa de juro do dólar (“Fed funds rate”, em inglês) passa a situar-se na faixa dos 4,25% e 4,5% ao ano, a maior dos últimos 15 anos.

A Fed revela em comunicado que a decisão foi tomada por unanimidade por parte dos membros do Comité de Política Monetária e que “a inflação permanece elevada e que a Fed está a acompanhar de perto os riscos relacionados com a inflação.”

É nesse sentido que Powell, no decorrer da conferência de imprensa, sublinha que “não há razões para ser complacente” com a inflação.

No entanto, salienta também que o mercado de trabalho nos EUA tem-se mantido robusto “e a taxa de desemprego tem permanecido baixa.”

A decisão anunciada pela Fed já era esperada pelos mercados. O primeiro sinal foi dado pelo próprio presidente do banco central americano numa intervenção no Brooking Institution no final do mês de novembro, indicado que a Fed estaria pronta para abrandar o ritmo de subida das taxas de juro.

A confirmação dos investidores de que a Fed retiraria o pé do acelerador saiu reforçado ontem com a publicação dos dados da inflação dos EUA que voltaram a mostrar um abrandamento, com a taxa a situar-se nos 7,1%.

Apesar de a Fed ter anunciado um abrandamento do ritmo de subida das taxa de juro do dólar, não se espera que seja o fim do ciclo. Desde logo porque a Fed mantém a taxa de juro mediana nos 5,1% em 2023 e, segundo Powell “ainda não chegámos a uma posição suficientemente restritiva.”

Segundo o comunicado da Fed, “o Comité antecipa que futuras subidas serão apropriadas para se atingir uma postura de política monetária suficientemente restritiva para trazer a inflação para os 2% ao longo do tempo.”

Powell salienta também que as decisões tomadas pela autoridade monetária dos EUA serão sempre tomadas com base nos dados que recolhe da economia americana, sublinhando que “as nossas projeções não são um plano” e que “não há certezas sobre a economia”.

No mercado obrigacionista, a decisão da Fed teve um impacto imediato, com a yield das obrigações do Tesouro norte-americano a dois e a dez anos a registar uma ligeira subida.

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OMS espera que covid-19 e mpox deixem em breve de ser emergências de saúde pública

  • Lusa
  • 14 Dezembro 2022

"Percorremos um longo caminho e a situação está agora significativamente melhor e é por isso que o mundo está a abrir-se novamente”, disse o diretor-geral da organização.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) admitiu sta quarta-feira que as doenças covid-19 e mpox, anteriormente designada ‘monkeypox’, podem deixar em breve de ser consideradas uma emergência de saúde pública internacional.

Há um ano, a variante Ómicron [do coronavírus SARS-CoV-2, que causa a covid-19] matava 50 mil pessoas todas as semanas e na semana passada foram menos de 10 mil, um número que ainda é excessivo, mas que marca uma boa trajetória”, salientou o diretor-geral da OMS em conferência de imprensa.

A emergência de saúde pública internacional, o nível mais alto de alerta, foi declarada pela OMS para a covid-19 em janeiro de 2020 e para a mpox já em julho deste ano. Tedros Adhanom Ghebreyesus adiantou, porém, que o “coronavírus não vai desaparecer” de circulação, o que obriga os países a “aprender a geri-lo juntamente com outros problemas respiratórios”, como a gripe.

De acordo com o responsável da OMS, a diminuição de 90% nos casos notificados de mpox é também um sinal de otimismo em relação a um fim próximo dessa crise de saúde pública internacional. “Percorremos um longo caminho e a situação está agora significativamente melhor e é por isso que o mundo está a abrir-se novamente”, referiu o diretor-geral da organização, ao salientar que a melhoria da situação pandémica da covid-19 se deve às vacinas e aos medicamentos e sobretudo à imunidade vacinal e natural (após a infeção) da população mundial.

O levantamento da emergência internacional [para covid-19] está nas nossas mãos. É uma questão de proteger grupos de risco, como as populações idosas e vulneráveis”, sublinhou. A análise dos critérios para decidir se a covid-19 vai deixar de ser uma emergência de saúde pública decorrerá em janeiro, na próxima reunião do comité de peritos que desde 2020 se reúne trimestralmente para analisar a evolução da pandemia.

A última reunião decorreu em outubro, tendo a OMS decidido manter a pandemia da covid-19 como uma emergência de saúde pública internacional, na sequência da recomendação do seu comité de emergência.

Na altura, o comité de peritos considerou que a situação permanecia dinâmica e requeria reavaliações frequentes, tendo em conta o risco de novas variantes do SARS-CoV-2 e a chegada do inverno ao hemisfério norte. Nesta avaliação, a OMS salientou que, embora as mortes semanais estivessem próximas do valor mais baixo desde o início da pandemia, esse número permanecia ainda alto em comparação com outros vírus respiratórios.

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PS tenta desatar nó nas novas regras de trabalho em plataformas: “Terá de ser a plataforma a provar que não existe relação laboral”

Socialistas vão apresentar nova proposta que dá "primazia" ao reconhecimento do vínculo laboral com as próprias plataformas, ao invés dos intermediários. Solução à vista para o impasse no Parlamento.

O PS vai apresentar uma nova proposta para tentar resolver o impasse no Parlamento em torno das novas regras de trabalho em plataformas, anunciou esta quarta-feira o deputado socialista Fernando José. A nova proposta determina que “a presunção de laboralidade será com a plataforma”, e que, sendo o caso, terão de ser estas a provar que a relação laboral não existe.

"A presunção de laboralidade vai ser feita com a plataforma digital. Se a plataforma entender que não existe essa relação laboral, então ela terá de elidir essa mesma presunção. Significa que terá de ser a plataforma a provar que não existe qualquer relação laboral.”

Fernando José

Deputado do PS

Esse tem sido, precisamente, o ponto de discórdia entre os vários partidos. O anterior Governo tinha apresentado uma proposta de lei que previa que os motoristas e estafetas pudessem ver-lhes reconhecida a existência de um vínculo laboral com as próprias plataformas. Depois das eleições, o Governo foi acusado de recuar nesta matéria, ao prever, noutra proposta, que esse vínculo laboral também pudesse ser reconhecido com um intermediário (por exemplo, uma empresa que gira uma frota e tenha motoristas a trabalhar na Uber, figura por vezes apelidada de “parceiro”).

Recentemente, o PS apresentou uma proposta de alteração onde mantinha a presunção laboral com esta outra figura, a que chamou de “operador intermediário”. Agora, com o desenvolvimento anunciado esta quarta-feira, o novo artigo 12-A do Código do Trabalho não deverá fazer referência à presunção laboral com o intermediário, explicou ao ECO o deputado Fernando José, depois de ter feito uma declaração no Parlamento.

A declaração proferida pelo parlamentar esta quarta-feira deixa claro que o PS quer uma maior responsabilização das plataformas para com os “milhares” de pessoas que trabalham através delas, na expectativa de resolver o impasse que tem levado a sucessivos adiamentos da votação da medida na subcomissão que discute a Agenda do Trabalho Digno, e que tem o próprio Fernando José como coordenador.

“A proteção dos milhares de trabalhadores das plataformas digitais, hoje sem qualquer regulamentação, sem qualquer proteção, é uma das prioridades da ação política do PS. É nestes termos que, em sede de especialidade, discutimos a presunção de contrato de trabalho no âmbito de plataforma digital como forma de proteção destes trabalhadores. Uma discussão à volta do artigo 12-A em que o PS entende como fundamental um consenso alargado”, começou por dizer o parlamentar.

“Na procura desse consenso, o grupo parlamentar do PS vai apresentar amanhã [quinta-feira] uma proposta que vai reforçar ainda mais a presunção de laboralidade com a plataforma, acrescentando maior segurança jurídica aos trabalhadores. Em suma, reforço da primazia da plataforma na relação de laboralidade, por comparação com o intermediário”, disse Fernando José no Parlamento.

O socialista acrescentou que, “no essencial, a presunção de laboralidade será com a plataforma, não podendo esta estabelecer termos e condições de acesso à prestação de atividade mais desfavoráveis ou de natureza discriminatória”. “Este é mais um passo que damos na defesa dos trabalhadores e para o qual apelamos a um amplo consenso”, atirou.

Questionado sobre o teor concreto da medida, Fernando José respondeu: “Chegámos agora a um ponto em que a decisão foi a de dar primazia, face às preocupações que foram manifestadas, à plataforma digital relativamente ao intermediário no que toca à presunção de laboralidade”.

“O que tentámos fazer foi densificar a legislação, reforçando a segurança jurídica dos trabalhadores. A plataforma digital é quem vai estar em primeiro plano. A presunção de laboralidade vai ser feita com a plataforma digital. Se a plataforma entender que não existe essa relação laboral, então ela terá de elidir essa mesma presunção. Significa que terá de ser a plataforma a provar que não existe qualquer relação laboral”, disse ao ECO Fernando José.

A proposta deverá surgir, por isso, a tempo de ser discutida – e, potencialmente, votada – na reunião da subcomissão que está marcada para esta quinta-feira à tarde. Importa recordar que, esta terça-feira, os deputados acordaram adiar pela terceira vez a votação do controverso artigo, depois de o primeiro-ministro ter respondido sobre o tema durante um debate na Assembleia.

António Costa foi acusado pelo Bloco de Esquerda de ter “na Europa uma posição sobre as plataformas digitais que é diferente da que tem em Portugal”, pelo que aproveitou a ocasião para clarificar a visão do Governo sobre o trabalho ao serviço das plataformas.

“Admito que, tecnicamente, se robusteça a proteção dessa natureza laboral, prevendo que essa natureza se mantém ainda que haja um intermediário entre o motorista e a plataforma, e que, nessa circunstância, há uma responsabilidade solidária da plataforma e do intermediário relativamente ao seu trabalhador motorista”, tinha dito António Costa. Pelo contrário, “se for a valorização da figura do intermediário para desvalorizar a posição da plataforma, como jurista entendo o que está escrito, mas politicamente discordo”, acrescentou.

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Influencers multados por darem dicas para a compra de ações

A SEC multou em cerca de 100 milhões de euros oito influenciadores digitais por utilizarem o Twitter e o Discord para promoverem, em seu proveito, dicas de negociação de ações.

São oito os influenciadores digitais (influencers) que foram acusados esta quarta-feira pelo regulador do mercado de capitais norte-americano (SEC) por práticas fraudulentas na exposição de “dicas” de investimento nas plataformas Twitter e Discord. A acusação da SEC envolve uma multa global de cerca de 100 milhões de euros a oito influencers com residência nos EUA.

Segundo o regulador do mercado de capitais dos EUA, desde pelo menos janeiro de 2020 que “sete dos arguidos promoveram-se como traders de sucesso e cultivaram centenas de milhares de seguidores no Twitter e em chatrooms de negociação de ações na Discord.”

Os visados da acusação da SEC são conhecidos no Twitter por @PJ_Matlock (Perry Matlock), @MrZackMorris (Edward Constantin), @ohheytommy (Thomas Cooperman), @notoriousalerts (Gary Deel), @Hugh_Henne (Mitchell Hennessey), @LadeBackk (Stefan Hrvatin) e @Ultra_Calls (John Rybarcyzk).

De acordo com alegações do regulador norte-americano, estes sete arguidos terão comprado ações de determinadas empresas e depois encorajado os seus “seguidores” a replicarem as suas operações, levando-os a comprar as ações selecionadas e publicitando ao mesmo tempo preços-alvo para os títulos ou indicando as suas expectativas em relação aos títulos.

No entanto, quando as cotações das ações atingiam o nível pretendido, os influencers acabavam por vender as ações regularmente, mas ao contrário do que faziam quando os adquiriam, nunca promoviam a venda dos títulos nas redes sociais.

“Os arguidos utilizaram as redes sociais para angariar um grande número de investidores novatos e depois tirarem partido dos seus seguidores, alimentando-os repetidamente com uma ‘dieta’ constante de desinformação que resultou em lucros fraudulentos de aproximadamente 100 milhões de dólares”, referiu Joseph Sansone, chefe da SEC.

Em Portugal, este tipo de casos não é novo. Em 2021, a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) revelou ao Jornal de Notícias que tinha recebido mais de 90 denúncias contra seis influenciadores.

E já este ano a CMVM voltou a alertar os investidores portugueses sobre publicidade de investimentos em criptoativos, particularmente a recebida através das redes sociais ou influenciadores digitais.

A acusação da SEC apresentada esta quarta-feira visou ainda um oitavo influencer, Daniel Knight (conhecido no Twitter por @DipDeity), por “ter ajudado e sido cúmplice do alegado esquema ao, entre outras coisas, co-apresentar um podcast no qual promoveu muitos dos outros indivíduos como traders especializados e lhes proporcionou um fórum para as suas declarações manipulativas”, lê-se na acusação da SEC.

A SEC revela ainda que Knight também negociou em concertação com os outros arguidos e gerou regularmente lucros com a manipulação.

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Mau tempo: Governo diz que “não faltará ajuda e meios” para repor danos

  • Lusa
  • 14 Dezembro 2022

“Podemos até, se os prejuízos atingirem um certo patamar, recorrer a níveis de ajuda internacional”, disse a ministra de durante uma visita a Campo Maior.

A ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, afirmou esta quarta-feira que “não faltará ajuda e meios” para repor os danos provocados pelo mau tempo dos últimos dias, admitindo o recurso a mecanismos de ajuda internacional.

Não faltará ajuda e meios para repormos estes danos”, mas “não vale a pena andar a falar em dinheiro, porque ainda não sabemos o que está em causa”, realçou a governante, em declarações aos jornalistas em Campo Maior, no distrito de Portalegre.

Ana Abrunhosa, acompanhada pelo presidente do município, Luís Rosinha, e por outros dirigentes políticos, visitou a zona da vila alentejana mais afetada pela chuva forte que caiu na madrugada de terça-feira.

Depois de entrar em algumas casas que ficaram completamente inundadas com a enxurrada e de falar com moradores, a ministra justificou que quis ver os estragos provocados pela chuva nesta zona no centro de Campo Maior, conhecida como Alagoa. “É importante ter essa perceção e perceber agora, dentro dos mecanismos de apoio, como é que podemos rapidamente apoiar as famílias, sempre em parceria com os municípios”, sublinhou a titular da pasta da Coesão Territorial.

Segundo Ana Abrunhosa, este “é o momento” para a avaliação financeira dos prejuízos, juntamente com as autarquias, para, “muito em breve”, serem definidos “os mecanismos” disponíveis para conceder apoios. “Podemos até, se os prejuízos atingirem um certo patamar, recorrer a níveis de ajuda internacional”, admitiu, insistindo que agora é preciso falar com as famílias e dizer-lhes que vai ser encontrada “uma solução”.

Considerando que “a urgência” é encontrar apoio para repor “o mobiliário das casas” que ficaram inundadas, a ministra reconheceu que as famílias desalojadas “querem regressar o mais rápido possível às suas casas, sobretudo, nesta época natalícia”. “É o momento de passar palavras de tranquilidade, de que encontraremos uma solução, avaliaremos todos os prejuízos e de perceber os que são mais urgentes para atuarmos mais rapidamente”, reafirmou.

Ana Abrunhosa adiantou que já existe “uma metodologia” de como se faz o levantamento e a avaliação dos estragos e que, depois de esse trabalho estar concluído, será decidido que tipo de recurso será acionado. “Depois de avaliarmos, veremos se os danos são de um determinado montante e [se] temos que recorrer a ajuda internacional ou se temos que usar os instrumentos legais que nacionalmente temos”, referiu.

Questionada sobre uma possível demora da chegada das ajudas às pessoas, a ministra admitiu que “vai ser sempre muito devagar para quem precisa”, vincando que será necessário fazer uma “avaliação rigorosa”, pois, estão em causa “recursos públicos”. “O que temos de assegurar às famílias é que tudo faremos para que elas rapidamente regressem a suas casas” e, no caso dos municípios, “apoiar naquilo que é mais urgente”, acrescentou.

O Largo do Barata e a Rua da Lagoa, no centro de Campo Maior, ficaram alagados e várias casas foram inundadas, algumas com água até ao teto, segundo a câmara municipal, que acionou o Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil e indicou a existência de 20 desalojados, de sete famílias.

Numa estimativa inicial, o presidente do município, Luís Rosinha, estimou a existência de prejuízos na ordem dos dois milhões de euros no concelho, devido ao mau tempo, mas admitiu que esse valor possa vir a aumentar. A chuva intensa e persistente causou, na terça-feira, centenas de ocorrências, entre alagamentos, inundações, quedas de árvores e cortes de estradas nos distritos de Lisboa, Setúbal e Portalegre.

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BNP Paribas dá “cheque” de 500 euros e opção de antecipar subsídios para fazer face à inflação

Banco francês vai dar vales de 300 e 500 euros aos trabalhadores e outras regalias tais como a possibilidade de receber o subsídio de férias e de Natal em duodécimos.

O BNP Paribas vai dar “cheques” de 300 e 500 euros (consoante os ordenados) aos colaboradores para fazer face ao aumento da inflação, sabe o ECO/Pessoas. O banco francês vai ainda dar a possibilidade de escolher receber os subsídios de férias e de Natal em duodécimos.

“Sabemos que tempos de incerteza pedem ações tangíveis”, começa por dizer o BNP Paribas, no email enviado esta terça-feira aos colaboradores e a que o ECO/Pessoas teve acesso. “Estamos a monitorizar de perto a evolução da atual situação económica e o impacto nos nossos colaboradores e nas suas famílias. Estamos conscientes dos esforços adicionais que todos têm feito, por isso decidimos implementar uma série de medidas de ajuda”.

Assim, o banco vai dar um prémio “excecional”, que vai variar consoante o salário: 500 euros para quem recebe até 30 mil euros anuais/brutos e 300 euros para rendimentos de mais de 30 mil euros anuais até um máximo de 60 mil euros. Aqui, incluem-se os trabalhadores efetivos e com contratos a termo, que tenham integrado a empresa até 15 de novembro.

Esta ajuda será dada sob a forma de vouchers, que poderão ser gastos numa “plataforma digital” chamada VIP District, refere o mesmo email. Ao ECO/Pessoas, fonte oficial quando questionada sobre o tema diz apenas que o montante poderá ser “gasto, através de uma plataforma, numa grande variedade de retalhistas”.

“Estas medidas foram desenvolvidas a nível de cada país”, explica fonte oficial do BNP Paribas ao ECO/Pessoas, quando questionada sobre se a mesma se estendia a outros mercados onde o banco francês está presente. A mesma fonte também clarifica que se trata de uma medida “adicional, independente do processo de revisão anual de compensação, que terá lugar em fevereiro”.

Colaboradores podem antecipar subsídio de férias e Natal em 2023

O BNP Paribas quer oferecer uma “flexibilidade adicional” aos colaboradores no que diz respeito ao pagamento dos subsídios de férias e de Natal. Assim, todos os trabalhadores poderão escolher receber 50% ou 100% destes subsídios através de duodécimos – ao longo do ano. Não optando por esta modalidade, os colaboradores podem pedir um adiantamento de 100% dos subsídios de Natal e férias relativos a 2023.

O subsídio de refeição, que já tinha sido aumentado este ano de 9,03 euros para 9,50 euros, vai também sofrer alterações ao nível do montante que fica disponível diretamente no cartão de alimentação, passando de 7,63 euros, para 8,32 euros por dia, ficando o remanescente para a plataforma de benefícios do trabalhador, de acordo com a informação enviada aos colaboradores.

Ao ECO/Pessoas, fonte oficial acrescenta que também, aquando do aumento do subsídio, o apoio “concedido pelo BNP Paribas aos colaboradores pelo fato de estarem, alguns dias, em teletrabalho (aumentou), de 1,5 euros para 2 euros por dia”.

Outra das medidas anunciadas é a possibilidade de alocar até 20 euros por mês (até aqui o limite eram 15 euros) para reembolso de telecomunicações — a empresa reembolsa o trabalhador até 20 euros numa fatura da operadora. Isto funciona através do Benefit + Fund, um sistema que permite aos colaboradores destinar um fundo extra para certas despesas, como, por exemplo, o passe para os transportes, a mensalidade do ginásio, etc.

“Estamos confiante de que, coletivamente, vamos superar este momento desafiante”, termina o email enviado aos colaboradores, assinado pelo responsável do BNP Paribas em Portugal, Fabrice Segui.

Empresas avançam com apoios

O banco francês junta-se, assim, a outras empresas que já avançaram com este tipo de apoio. No setor da banca o BCP também dará um apoio de 500 euros, enquanto o Montepio dará uma ajuda de 400 ou 600 euros e a Caixa de 600 ou 900 euros.

O Santander e o Crédito Agrícola também. No banco espanhol, os trabalhadores com um vencimento até 30 mil euros anuais receberam um “pagamento extraordinário e suplementar” de 750 euros e no Crédito Agrícola atribuiu em novembro um apoio “pontual” de até 750 euros.

Na Caixa Central, o apoio foi de 500 euros, tendo a organização emitido orientações para ser atribuído um prémio entre 250 e 750 euros às restantes caixas de Crédito Agrícola e empresas do grupo. Um total de 3.800 pessoas foi abrangido por esta medida.

Mas este tipo de apoios para mitigar a perda de rendimentos não se limita à banca. Das telecomunicações (Altice com um apoio de 750 euros pago em janeiro), às tecnológicas (a tb.lx, o hub digital da Daimler Trucks com um apoio de 1.200 euros), à fábrica do Tramagal da Daimler Trucks (400 euros), passando pelo retalho inúmeras empresas têm vindo a avançar com este tipo de iniciativas.

O Ikea vai pagar um bónus equivalente a um salário e meio; enquanto a Jerónimo Martins vai distribuir cheques até 350 euros, a dona do Continente de 500 euros e a Leroy Merlin um voucher de 125 euros.

(notícia atualizada com correção às medidas relativas ao subsídio de alimentação)

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Mau tempo: Loures com mais de 20 milhões de prejuízos

  • Lusa
  • 14 Dezembro 2022

A Câmara de Loures estima um valor acumulado de prejuízos considerando os efeitos do mau tempo entre os dias 07 e 08 de dezembro e na terça-feira.

A Câmara de Loures estima que os prejuízos das fortes chuvas que afetaram o concelho desde a semana passada ascendam a “mais de 20 milhões de euros”, disse esta quarta-feira à Lusa fonte oficial da autarquia. Trata-se, indicou a fonte, de um valor acumulado considerando os efeitos do mau tempo entre os dias 07 e 08 de dezembro e na terça-feira.

Após mais uma noite de intensas chuvas, o presidente do município, Ricardo Leão (PS), tinha já referido na terça-feira de manhã que os prejuízos eram da ordem dos milhões de euros. O autarca acompanhou a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, numa visita a zonas do concelho afetadas pelo mau tempo.

A chuva intensa e persistente que caiu na terça-feira causou mais de 3.000 ocorrências, entre alagamentos, inundações, quedas de árvores e cortes de estradas, afetando sobretudo os distritos de Lisboa, Setúbal, Portalegre e Santarém.

O distrito de Lisboa tinha já sido fortemente atingido por chuvadas na semana passada. Loures foi um dos municípios onde o impacto foi mais visível, com inundações e cheias em vias públicas, estabelecimentos e casas, e alguns deslizamentos de terras, quedas de muros e de árvores.

O município registou na terça-feira mais de 160 ocorrências e teve no terreno mais de 400 operacionais, contabilizando 12 desalojados, acompanhados pelos serviços camarários. As maiores inundações ocorreram em zonas habitualmente sensíveis, como a Baixa de Loures, a Flamenga e a Ponte de Frielas.

Fanhões, Lousa e Unhos foram zonas afetadas por quedas de terras, taludes e muros de contenção, que ocorreram sobretudo em áreas mais isoladas, com poucas habitações, com consequências ao nível da interdição de vias. Hoje de manhã, a câmara anunciou que vai dotar o Fundo de Emergência Municipal com um milhão de euros, para apoio a famílias e comerciantes.

As famílias a apoiar – precisou a autarquia, em nota de imprensa – serão “aquelas cujo recheio das habitações ficou destruído pela intempérie dos últimos dias”. Não foram dados detalhes acerca do apoio a conceder aos comerciantes.

O município recordou que, nos últimos dias, investiu “mais de 700 mil euros, ao abrigo do Plano Municipal de Emergência e Proteção Civil”, e que esse montante foi “gasto em maquinaria e empreitadas que visam a estabilização de taludes e a desobstrução de vias”.

A autarquia disponibiliza duas linhas telefónicas: uma para a comunicação de ocorrências (800 966 112) e outra para apoio municipal (800 100 176). Esta quarta, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil contabilizou um total de 83 desalojados no país devido ao mau tempo de terça-feira.

Segundo Mariana Vieira da Silva, o Governo quer fazer o levantamento dos prejuízos nos concelhos afetados até ao final do ano para desenhar os apoios o mais rapidamente possível.

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Afinal, quem vai receber os 240 euros de apoio social?

Primeiro-ministro anunciou um apoio extra de 240 euros aos beneficiários de tarifa social de energia e de prestações sociais mínimas para atenuar o impacto da inflação. Saiba quem será elegível.

O Governo vai aprovar, esta quinta-feira, em Conselho de Ministros um apoio extraordinário de 240 euros destinado a apoiar as famílias carenciadas na sequência da escalada da inflação. Pagamento será feito por transferência bancária através da Segurança Social, a partir de dia 23 de dezembro.

O anúncio foi feito pelo primeiro-ministro, em entrevista à Visão, justificando que “a inflação atinge de maneira muito desigual as várias camadas da população”. A medida tem um custo global de 240 milhões de euros e à semelhança das duas prestações extraordinárias de 60 euros – concedidas no final do primeiro e segundo trimestres – destina-se apenas aos beneficiários de tarifa social de energia, bem como aos beneficiários de prestações sociais mínimas.

No que toca especificamente aos beneficiários de prestações sociais mínimas estão abrangidos os beneficiários do subsídio social de desemprego, pensão social de velhice, Complemento Solidário para Idosos (CSI) e Rendimento Social de Inserção (RSI), pensão social de invalidez do regime especial de proteção na invalidez, entre outras, sabe o ECO. O ECO questionou também o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social (MTSS), mas até à publicação deste artigo não foi possível ter resposta oficial. Contas feitas, o Governo estima abranger um milhão de famílias.

O “cheque” será pago através da Segurança Social de uma só vez e por transferência bancária, juntamente com a prestação normal. Já quem não tem conta bancária deverá receber um vale postal. O pagamento vai começar a ser feito a partir do dia 23 de dezembro e até ao final do ano.

Numa altura em que a inflação atinge os 9,9%, este apoio extraordinário juntam-se a outros apoios concedidos pelo Governo para atenuar a escalada de preços. Foi o caso do cheque de 125 euros pago em outubro aos cidadãos não pensionistas com rendimentos até 2.700 euros mensais brutos e o apoio de 50 euros por filho.

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Projeto de hidrogénio ‘verde’ em Sines ganha estatuto de projeto PIN

  • Lusa
  • 14 Dezembro 2022

O estatuto, atribuído pela AICEP, é um “reconhecimento da importância estratégica que o projeto tem para Portugal”.

O GreenH2Atlantic, para produção de hidrogénio ‘verde’ em Sines, ganhou o estatuto de projeto de Potencial Interesse Nacional (PIN), atribuído pela Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), foi anunciado esta quarta-feira.

O projeto GreenH2Atlantic, que se encontra a desenvolver uma unidade de produção de hidrogénio verde em Sines, recebeu o estatuto de PIN (Potencial Interesse Nacional)”, lê-se no comunicado enviado à Lusa.

Aquele estatuto é atribuído pela AICEP, “em reconhecimento da importância estratégica que o projeto tem para Portugal”, pesando na decisão fatores como o investimento estratégico e a captação de investidores e parceiros internacionais, a criação de emprego, a dinamização da economia local e nacional e a aposta na inovação e na transição energética a partir de fontes renováveis.

“Para a atribuição deste estatuto manifestaram-se favoravelmente todas as entidades consultadas: Agência Portuguesa do Ambiente, Direção Geral de Energia e Geologia, Instituto de Conservação da Natureza, Turismo de Portugal e Câmara Municipal de Sines”, esclarece a mesma nota.

O GreenH2Atlantic é promovido pela EDP, Galp, ENGIE, Bondalti, Martifer, Vestas Wind Systems A/S e conta com a participação de McPhy e Efacec, ISQ, INESC-TEC, DLR e CEA e pela concentração de empresas público-privada Axelera. O objetivo é adaptar e reaproveitar as infraestruturas da central de produção de energia elétrica a carvão de Sines, que terminou a sua operação em janeiro de 2021, num centro de produção de hidrogénio ‘verde’.

O projeto visa criar 1.147 empregos diretos e 2.744 indiretos ao longo de toda a cadeia de valor do hidrogénio, com um investimento previsto de mais de 150 milhões de euros, dos quais 30 milhões provêm de fundos atribuídos pela Comissão Europeia (programa Horizon 2020).

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Pedidos de reparação de telhados aumentaram 175% em cinco dias

  • Mariana Marques Tiago
  • 14 Dezembro 2022

Desde quinta-feira, só em Lisboa registaram-se 47 pedidos. Adiar as reparações pode levar a um gasto dez vezes maior, alerta a plataforma Fixando.

O início de dezembro tem sido marcado por um aumento da procura por serviços de reparação de telhados. Em apenas cinco dias (de 8 a 13 de dezembro), o aumento registado foi de 175%, face à semana anterior. Até ao momento, os profissionais da área já responderam a cerca de 70% dos pedidos de reparação recebidos.

Os dados avançados pela Fixando, uma plataforma de serviços, revelam que, desde a passada quinta-feira, se registaram 47 pedidos de reparação só em Lisboa, motivado pelos estragos provocados pela queda intensa de chuva nos últimos dias.

O distrito de Lisboa ocupa o primeiro lugar na lista dos que solicitaram mais pedidos de reparação (33%). Em segundo lugar surge o distrito de Setúbal (onde se registaram 12% dos pedidos) e Porto (10%). Leiria e Santarém, foram responsáveis por 8% e 7% dos pedidos registados, respetivamente.

O principal motivo que levou ao aumento da procura por estas reparações são as zonas de vazamento nos telhados ou danos causados pela precipitação, correspondendo a 59% dos pedidos registados. Seguem-se as rachas ou danos nos telhados (22% dos pedidos) e, por último, o fim do tempo de vida destes (15%).

Procura por serviços de reparação atingirá pico este mês

Este ano muitos portugueses adiaram a limpeza e manutenção dos telhados, lê-se no comunicado da plataforma, sendo esperado que o pico da procura seja atingido durante este mês. Nos anos anteriores, a maioria dos pedidos de limpeza ocorria no início do ano (após as reuniões de condomínio) ou em setembro (antes da queda das grandes chuvadas).

Face à “incerteza económica vivida durante este ano”, muitos proprietários optaram por adiar os trabalhos de limpeza e manutenção dos seus telhados, já que muitas vezes “não são considerados um gasto urgente”, afirma Alice Nunes.

De acordo com a diretora de Novos Negócios da Fixando, este adiamento pode levar a um gasto dez vezes superior. “Uma limpeza ou manutenção de telhados tem um custo médio de 800 euros, enquanto uma substituição [de um telhado] começa nos 8.100 euros”, alerta.

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