Rede 5G chega a 28% das freguesias do país. NOS tem o maior número de estações instaladas

A NOS é o operador com mais rede instalada, com dois terços do total. Segue-se a Vodafone e a Meo. O 5G representou 5,3% do total de tráfego de dados móveis até ao final de maio.

Portugal tinha 2.918 estações de 5G espalhadas pelo país no final de junho, abrangendo 28% das freguesias e 64% dos concelhos, indica um balanço divulgado esta segunda-feira pela Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom). A operadora Nos destaca-se na cobertura já atingida.

Na primeira avaliação ao desenvolvimento do 5G, o supervisor assinala que 79% das estações 5G localizam-se em Áreas Predominantemente Urbanas. Apenas 11% (325 estações) estão instaladas em Áreas Mediamente Urbanas e 10% (277 estações) em Áreas Predominantemente Rurais.

Olhando para a densidade populacional, a Anacom observa que apenas 13% das estações estão em freguesias de baixa densidade, o que significa que 86% não estão cobertas pela nova geração de telecomunicações móveis. Só 12% das freguesias das regiões autónomas dos Açores e da Madeira têm 5G.

A NOS foi o operador com maior número de estações instaladas (1.937), representando dois terços do total. Segue-se a Vodafone com 534 estações (18%) e a Meo com 447 estações (15%). Considerando o número total de estações (2G, 3G, 4G e 5G), a Vodafone lidera com 14.684 estações (38%), seguida pela Meo com 13.779 estações (36%) e em terceiro a NOS, com 10.267 estações (27% do total).

5,3% do tráfego móvel

A Anacom estima que, até ao final de maio, 5,3% do tráfego de dados móveis foi já em 5G. O supervisor realizou medições em todas as cidades do continente e ilhas, recorrendo à app NET.mede, que decorreram “maioritariamente junto aos paços do concelho de cada município, tendo ainda sido feitos alguns testes adicionais nas deslocações efetuadas”.

No total foram realizados, entre maio e junho, 1.682 testes, com o valor médio da velocidade de download, a situar-se em 306 Mbps, “um valor superior em 244 Mbps ao observado nos testes 4G e superior em 68 Mbps ao observado em testes de Banda Larga fixa”, nota a Anacom.

“Em termos de velocidade de upload observou-se um valor médio de 44 Mbps, ou seja, um valor superior em 24 Mbps ao observado nos testes 4G, mas inferior em 61 Mbps ao observado nos testes de Banda Larga fixa”, acrescenta o regulador. O valor médio em termos de latência situou-se em 26 milisegundos, menos 9 milisegundos do que o observado nos testes 4G, mas mais 9 milisegundos face a observado nos testes de Banda Larga Fixa.

Os melhores resultados em termos de velocidade de download e upload (valor médio dos testes) foram observados no concelho de Estarreja. Em termos de latência, destacou-se o município de Almeirim, com 13,8 milisegundos.

A Anacom salienta que “de acordo com os testes de 5G efetuados, observam-se situações bastante díspares quanto às características do acesso ao 5G disponível dos concelhos do país que já dispõem de estações”. Salienta, no entanto, “que informação agora divulgada não é suficiente para, por si só, aferir o cumprimento das obrigações de cobertura ou de desenvolvimento de rede que impendem sobre os operadores que adquiriram espetro no leilão”.

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Financiamento “verde” na Europa duplicou em 2021 mas é ainda insuficiente para potenciar neutralidade carbónica

Apesar de quase ter duplicado em 2021, o financiamento "verde" continua longe do valor necessário para concretizar a neutralidade carbónica na Europa, estima relatório do think thank New Financial.

Governos, bancos e empresas europeias angariaram, no ano passado, 331 mil milhões de euros em financiamento “verde”, quase o dobro do valor registado em 2020, mas ainda longe do montante necessário para acelerar a neutralidade carbónica até meados do século, conclui o relatório do think thank New Financial, informando que as verbas angariadas na Europa representam cerca de 12% de toda a atividade do mercado de capitais.

“É preocupante porque é um número bastante grande, e é um valor que precisa de ser repetido todos os anos entre os próximos 20 a 30 anos”, diz William Wright, diretor-gerente do think tank à Bloomberg.

Apesar de estar longe do necessário, o bloco europeu continua à frente das outras regiões analisadas – o Reino Unido está cerca de quatro anos atrás da Europa em matéria de financiamento “verde” – representando, em 2021, cerca de 12% da atividade no mercado de capitais, de acordo com a entidade. A grande maioria – mais de 95% – da atividade de finanças verdes na Europa está associada aos green bonds. “Os títulos verdes são de longe o maior componente individual das finanças verdes, arrecadando 425 mil milhões de euros nos últimos cinco anos e quase 200 mil milhões de euros só no ano passado”, indica o relatório.

Ainda assim, atividade de finanças verdes “terá que dobrar ou até triplicar para garantir que a economia europeia está no caminho certo para atingir a neutralidade carbónica”, conclui o documento, uma vez que, de acordo com as estimativas da Comissão Europeia, para atingir a neutralidade climática até 2050, o bloco europeu terá que gastar até 1 bilião de euros por ano.

O documento da entidade com sede em Londres, indica que existe “uma desconexão” entre a quantidade de capital levantado por empresas “boas” – cuja a atividade contribui ativamente para minorar os dados das alterações climáticas, nomeadamente, as empresas de energia renovável – e as empresas prejudiciais, ou “más”, que comprometem a transição verde, como as atividades ligadas aos combustíveis fósseis. “Nos últimos cinco anos, as empresas “más” arrecadaram 18 vezes mais dinheiro no mercado de capitais do que as empresas “boas”, embora essa proporção tenha caído no ano passado pela primeira vez abaixo de 10 para um”, informa o documento.

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Produção elétrica a partir do gás atinge valor mais alto de sempre no primeiro semestre, revela REN

Além dos níveis recorde na produção elétrica a partir do gás, também o nível de importações de eletricidade atingiram novos máximos nos primeiros seis meses do ano, revela REN.

A produção de energia elétrica a partir de gás natural respondeu a 31% do consumo em Portugal nos primeiros seis meses do ano, fazendo deste o valor mais elevado registado até hoje para este período. De acordo com os dados da Redes Energéticas Nacionais (REN), divulgados esta segunda-feira, as renováveis abasteceram 48% do consumo de eletricidade e, nesse período, 21% do valor correspondeu às importações de eletricidade.

Em comunicado, a entidade revela também que no mercado de gás natural registou-se, em junho, uma contração de 7,5%, mantendo-se a tendência de quebra no segmento convencional, com uma variação mensal homóloga negativa de 15,1%, “compensada parcialmente por um crescimento de 2,4% no segmento de produção de energia elétrica”. Ainda assim, informa que o consumo para produção de energia elétrica “foi mesmo o mais elevado de sempre para o primeiro semestre”, acrescentando que o abastecimento mantém-se quase integralmente a partir do terminal de GNL de Sines, com o saldo de trocas através da interligação com Espanha a registar este mês um valor praticamente nulo.

“Nos primeiros seis meses do ano, o consumo de gás natural registou uma ligeira queda homóloga de 1,2%, resultado de um recuo de 22% no segmento convencional e de um crescimento de 49% no segmento de produção de energia elétrica”, indica a nota.

Na nota divulgada, a entidade revela ainda que a produção de energia hidroelétrica registou, em junho, o valor mais baixo desde de que há registo neste mês do ano (sendo que os registos remontam a 1971). Este regime “permaneceu extremamente seco”, com um índice de produtibilidade de apenas 0,24, muito abaixo da média histórica igual a 1. Os valores surgem na mesma altura em que o Governo reconhece a situação de seca severa e extrema em Portugal.

No mesmo comunicado, a REN indica que o regime eólico, durante o mesmo mês, permaneceu em linha com a média, registando 0,99, enquanto a produção fotovoltaica se situou em 1,06, para uma média histórica igual a 1. Já a produção renovável abasteceu 38% do consumo total, valor semelhante ao da produção não renovável, enquanto os restantes 24% corresponderam à energia importada.

Por sua vez, o consumo de energia elétrica continuou a aumentar no primeiro semestre deste ano. De acordo com os dados, no primeiro semestre, o consumo cresceu, face ao mesmo período de 2021, 2,9%, ou 3% com correção da temperatura e dias úteis. Só em junho, o crescimento homólogo foi de 3,6%, ou 2,9% com correção nos mesmos moldes.

 

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Carga fiscal suportada pelas seguradoras – alguns indicadores públicos

  • ECOseguros + EY
  • 4 Julho 2022

Que informação pública existe sobre a carga fiscal associada à atividade seguradora. Será que estes dados confirmam eventuais ideias já existentes a este respeito?

É sempre interessante podermos analisar informação pública existente sobre o peso dos impostos associados a determinado setor de atividade, sem prejuízo de nem sempre os referidos dados se encontrarem disponíveis com a granularidade que desejaríamos, além de os mesmos poderem não abranger um período temporal tão recente quanto o que pretenderíamos, algo importante sobretudo quando estão em causa períodos económicos tão atípicos.

No caso do setor segurador, começámos a nossa pesquisa pelo “Dossier Estatístico de IRC” disponível no site da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), datado de 31 de março de 2022 e que abrange o período de 2018 a 2020, o qual tem por base a informação extraída do sistema central da AT relativamente aos valores declarados nas Declarações de Rendimentos Modelo 22 de IRC submetidas pelos contribuintes.

Inês Cabral, Partner EY, Tax Financial Services
Inês Cabral, Partner EY, Tax Financial Services

No que respeita em concreto ao setor segurador e ao indicador “IRC liquidado”, apenas é possível ter uma perceção do mesmo de forma agregada no âmbito do CAE — Atividades Financeiras e Seguros. Relativamente a contribuintes que se enquadrem neste CAE, refere o documento em apreço que, no período de tributação de 2020, cerca de 54,2% do IRC liquidado respeitou a contribuintes que prosseguem as seguintes atividades: Atividades Financeiras e Seguros — 20,9%; Comércio por grosso e a retalho, reparação de veículos automóveis, motociclos e de bens de uso pessoal e doméstico — 19%; Indústrias Transformadoras — 14,3%. Existiu, assim, grande concentração dos valores de IRC liquidado em contribuintes do chamado setor financeiro.

Ainda considerando o CAE — Atividades Financeiras e Seguros, refere a AT no mesmo relatório que a taxa efetiva de IRC, calculada de acordo com a fórmula em seguida transcrita, fixou-se, em 2020, em 17,3% [Taxa Média Efetiva = (Σ IRC Liquidado Corrigido + Σ Reposição de Benefícios Fiscais + Σ Tributação Autónoma + Σ Resultado da Liquidação + Σ Derrama Estadual + Σ IRC de Exercícios Anteriores) / (Σ Matéria Coletável Total + Σ Benefícios por Dedução ao Rendimento)], enquanto a média total deste indicador ascendeu a 18,4%.

Sem prejuízo destes valores agregados e que abarcam outras realidades que devem ser merecedoras de análise específica, focando-nos ainda no tema da taxa efetiva e obviamente para além dos Relatórios e Contas publicados pelas diversas companhias, podemos também considerar a informação constante do site da Associação Portuguesa de Seguradores (APS), no qual se indica, com base em valores ainda estimados à data, que a taxa efetiva de IRC suportada pelas companhias de seguros, calculada por referência ao IRC e Derrama face ao resultado bruto do exercício, ascendeu, em 2021, a 24,6%.

"Sem prejuízo destes valores agregados e que abarcam outras realidades que devem ser merecedoras de análise específica, focando-nos ainda no tema da taxa efetiva e obviamente para além dos Relatórios e Contas publicados pelas diversas companhias, podemos também considerar a informação constante do site da Associação Portuguesa de Seguradores (APS)”

Inês Cabral

Partner EY, Tax Financial Services

Naturalmente que a carga fiscal suportada pelas seguradoras abarca ainda outras realidades para além do IRC e Derramas, nomeadamente o IVA e os chamados Insurance Premium Taxes (IPT) que incidem sobre a receita/prémios emitidos pelas companhias e que talvez valesse a pena comparar com as taxas aplicadas noutros países da UE.

Por último, achámos interessante também analisar o que refere o “Dossier Estatístico de IRS”, publicado no site da AT em 28 de fevereiro de 2022, a respeito da despesa fiscal associada a benefícios. Sobre este tema, esclarece-se no referido relatório que, no ano de 2020, a despesa fiscal atingiu o montante de 1.614 M€ (12,27% do IRS liquidado), sendo que 56,25% respeitaram ao Regime dos Residentes não Habituais, 25,17% aos Benefícios às Pessoas com Deficiência, 7,62% às Reduções de Taxa das Regiões Autónomas e 4,43% aos relativos a Planos de Poupança Reforma (PPR), valor que nos parece reduzido face ao papel que estes produtos desempenham em termos de poupança de longo prazo. Talvez exista espaço para se rever e aumentar os valores de deduções à coleta do IRS decorrentes dos valores aplicados em PPRs.

Texto por Inês Cabral, Partner EY, Tax Financial Services

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Primeiro concurso do apoio às indústrias intensivas em gás dá menos de 1/10 da dotação total

Programa de ajuda a empresas com utilização intensiva de gás recebeu 183 candidaturas, que vão receber 14 milhões de euros. Apoio tem limite máximo de 400 mil euros por empresa.

Já terminou o primeiro concurso do Programa APOIAR Indústrias Intensivas em Gás, que dá apoios a fundo perdido às empresas mais afetadas pelo aumento no preço do gás natural. Contou com 183 candidaturas, que vão beneficiar de um incentivo previsto superior a 14 milhões de euros. Fica, assim, ainda longe da dotação total do programa, que é de 160 milhões.

“Encerrou no passado dia 30 de junho o primeiro concurso do Programa APOIAR Indústrias Intensivas em Gás, cujo período elegível compreendeu os meses de fevereiro e março, que atribui apoios a fundo perdido para suporte à liquidez das empresas mais afetadas pelo aumento extraordinário no preço do gás natural”, lê-se numa nota do Ministério da Economia.

O programa recebeu 183 candidaturas neste primeiro concurso, “66% das quais micro, pequenas ou médias empresas, que beneficiarão de um incentivo previsto superior a 14 milhões de euros”, adiantam.

A dotação do programa é de 160 milhões de euros, pelo que nesta primeira fase ainda não chegou a ser gasto um décimo do montante total. Só pode ser apresentada uma candidatura por empresa e a taxa de apoio é de 30% sobre o custo elegível, sendo o apoio atribuído sob a forma de subvenção não reembolsável com limite máximo 400 mil euros por empresa, de acordo com o IAPMEI.

Os beneficiários do programa são as empresas que “estejam inseridas em setores com utilização intensiva de gás ou que tenham um custo total nas aquisições de gás em 2021 de, pelo menos, 2% do volume de negócios anual”.

Os setores com mais candidaturas são o têxtil, a cerâmica e os químicos, segundo tinha adiantado o presidente do IAPMEI ao Jornal de Negócios. Francisco Sá alertou também que o limite de 400 mil euros para algumas empresas pode ser “quase uma gota de água”, isto já que “o aumento do custo de energia é de tal forma brutal que numa empresa com determinada dimensão ter uma limitação de quatrocentos mil euros vai ser duro”.

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Euribor sobem a três e a seis meses e caem a 12 meses

  • Lusa
  • 4 Julho 2022

Euribor a seis meses avança para 0,241%, um máximo desde setembro de 2014, enquanto no prazo de três meses avançou para -0,165%. Euribor a 12 meses cai para 0,897%, um máximo desde agosto de 2012.

As taxas Euribor subiram esta segunda-feira a três e a seis meses e desceram a 12 meses face a sexta-feira.

A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação e que entrou em terreno positivo em 6 de junho, avançou esta segunda-feira para 0,241%, mais 0,003 pontos, contra 0,291% em 17 de junho, um máximo desde setembro de 2014.

A média da Euribor a seis meses subiu de -0,144% em maio para 0,162% em junho.

A Euribor a seis meses esteve negativa durante seis anos e sete meses (entre 6 de novembro de 2015 e 3 de junho de 2022).

No prazo de três meses, a Euribor também avançou esta segunda-feira, ao ser fixada em -0,165%, mais 0,011 pontos, contra o máximo desde maio de 2020, de -0,163%, verificado em 21 de junho.

A média da Euribor a três meses, a única que está em terreno negativo, subiu de -0,386% em maio para -0,239% em junho.

Em sentido contrário, a Euribor a 12 meses caiu esta segunda-feira, pela terceira sessão consecutiva, ao ser fixada em 0,897%, menos 0,064 pontos e contra 1,124% em 17 de junho, um máximo desde agosto de 2012.

Após ter disparado em 12 de abril para 0,005%, pela primeira vez positiva desde 5 de fevereiro de 2016, a Euribor a 12 meses está em terreno positivo desde 21 de abril.

A média da Euribor a 12 meses avançou de 0,287% em maio para 0,852% em junho.

As Euribor começaram a subir mais significativamente desde 4 de fevereiro, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras este ano devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro.

A evolução das taxas de juro Euribor está intimamente ligada às subidas ou descidas das taxas de juro diretoras BCE.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses entraram em terreno negativo em 21 de abril de 2015, 6 de novembro de 2015 e 5 de fevereiro de 2016, respetivamente.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Portugal resiste à crise do gás para gerar eletricidade sem ajuda do carvão. Preços são o problema

O abastecimento de gás natural, que tem sido uma questão para países mais dependentes do fornecimento russo, não parece estar em causa, para já, para Portugal, dizem a Endesa e a EDP.

Os CEO da EDP e da Endesa – as duas empresas com maior quota no mercado liberalizado -indicam que, apesar dos cortes que a Rússia tem aplicado no gás que fornece à Europa, Portugal não deverá ter dificuldades no abastecimento desta fonte de energia e não deverá ser necessário voltar a recorrer ao carvão para gerar eletricidade, ao contrário do que tem vindo a ser decidido noutros países europeus. Por cá, são os preços que podem tornar-se um problema.

Na Península Ibérica não temos um problema com gás russo. [Na EDP] temos contratos de longo prazo, um com Trinidade e Tobago, outro com os Estados Unidos. Aqui [na Península Ibérica], o que temos é um tema de preço [do gás]”, afirmou Miguel Stilwell de Andrade, à margem do evento Business4Ocean, na passada sexta-feira. Em declarações enviadas pela elétrica, a EDP deu conta ao ECO/Capital Verde que, até à semana que terminou a 23 de julho, não notava “perturbações significativas no abastecimento e na atividade de produção de energia a partir de gás natural”.

Por seu lado, o CEO da Endesa, Nuno Ribeiro da Silva, indica que “a Península Ibérica tem uma situação mais facilitada do que tem a Europa do Norte e Central, porque os abastecimentos são diversificados e assentes sobretudo em gás liquefeito que vem por navios de qualquer parte do mundo” e que em Portugal não está a sentir dificuldade acrescida no abastecimento de gás.

Há que separar dois aspetos: uma coisa é dizer que não há gás natural, fisicamente. Isto não se coloca. Outro aspeto é o preço. Aí, de facto, qualquer acontecimento que venha dramatizar o mercado puxa para cima os valores.

Nuno Ribeiro da Silva

CEO da Endesa em Portugal

“A necessidade aguça o engenho”, introduz Nuno Ribeiro da Silva, para explicar que, à falta de melhores ligações energéticas com a Europa, a Península Ibérica acabou por construir mais terminais onde devolver ao gás liquefeito a forma gasosa, por comparação com a Alemanha e outros países europeus, que recebem sobretudo gás através de gasoduto, aumentando a dependência da Rússia. O líder da energética reconhece que obter o gás na forma líquida implica uma logística mais cara por oposição à forma gasosa, “o que não deixa de ser relevante mas é um problema menor no meio da tensão”.

E esta tensão nota-se, sobretudo, nos preços. “Há que separar dois aspetos: uma coisa é dizer que não há gás natural, fisicamente. Isto não se coloca. Outro aspeto é o preço. Aí, de facto, qualquer acontecimento que venha dramatizar o mercado puxa para cima os valores” – as sanções da Rússia à Europa, mas também o comportamento da China (cujas necessidades oscilam consoante o impacto da pandemia no país), ou outros eventos como disrupções na oferta devido a incêndios ou problemas técnicos nas infraestruturas.

Os preços dos contratos que são referência para a Europa, os holandeses TTF, estão esta segunda-feira a subir cerca de 6% para 157 euros por megawatt-hora (MWh), em valores equivalentes aos do início de março, altura em que estes contratos chegaram a bater um recorde, ao superar os 200 euros por MWh.

De forma a aliviar o fardo destes preços no mercado grossista – onde produtores (que podem utilizar o gás para gerar energia) vendem a eletricidade aos comercializadores – os governos português e espanhol obtiveram o aval da Comissão Europeia para implementar um mecanismo de desconto nos preços do gás natural. Na primeira semana de aplicação, o primeiro-ministro português, António Costa, afirmou que a medida permitiu uma redução de 10% do preço que seria pago se a mesma não estivesse em funcionamento, tendo o preço pago pela eletricidade no mercado grossista registado uma redução média de 26 euros por megawatt-hora.

Sobre esta medida, o CEO da EDP comentou que estaria a “cumprir” o objetivo para o qual foi desenhada, afirmando contudo que esta tem implícita uma distorção do mercado.

Regresso ao carvão dispensado em Portugal, mas “compreensível” noutros países

Em Portugal não há de facto qualquer necessidade de usar as antigas centrais a carvão, que, como se sabe, já estão todas paradas. Mesmo na situação em que vivemos [de pressão sobre o mercado de gás]”, defende o CEO da Endesa. O próprio governo português já reafirmou, em declarações ao ECO/Capital Verde, que não tenciona reativar centrais a carvão.

Na Península Ibérica, refere, as centrais a gás têm uma utilização ainda significativamente abaixo da capacidade que está instalada. Em Portugal, em maio, a utilização das várias centrais foi de apenas 37,7%, o que dá uma “boa margem” para, se for necessário, usá-las mais intensamente, considera Ribeiro da Silva.

No caso dos países que tomaram a decisão de usar o carvão como alternativa face aos cortes no gás operados pela Rússia, como a Alemanha, Áustria, Holanda e Itália, a dependência do gás russo é muito superior à de Portugal e Espanha, e “ainda tinham um grande peso das centrais a carvão, na maior parte dos casos estas ainda estavam a funcionar”, explica Nuno Ribeiro da Silva. A Alemanha, por exemplo, ainda tinha 30% da produção de eletricidade dependente do carvão.

“No nosso entender, se [o recurso ao carvão] for efetivamente uma solução temporária ela é compreensível”, indica o presidente da Zero, Francisco Ferreira, sublinhando que, apesar de regressar ao carvão, a Alemanha mantém para já o objetivo de deixar de recorrer a esta tecnologia até 2030.

Na sua ótica, a maior preocupação é a assinatura de contratos de longo prazo com outros países que também apresentam questões geopolíticas, determinando um maior compromisso com combustíveis fósseis para as próximas décadas. Ou, ainda, o avanço de investimentos ociosos em infraestrutura de gás, “que depois vão ter de ser utilizadas para remunerar esses investimentos”.

Ambiente sofre, mas dá para dar a volta por cima

Passar a substituir geração elétrica a gás natural para usar carvão tem impacto negativo sobre o clima e os objetivos de descarbonização, concorda o CEO da Endesa com o presidente da Zero, Francisco Ferreira.

No entanto, “se no imediato esta situação leva a que tenhamos que recorrer a soluções temporárias e de emergência que não ajudam aos objetivos da descarbonização, por outro lado põe imensa pressão para acelerar estes objetivos”, ao acentuar a necessidade de independência energética que deverá ser obtida com o aumento do uso de fontes renováveis, indica Nuno Ribeiro da Silva.

Os caminhos apontados por ambos estes líderes são a aceleração do investimento em renováveis e o aumento da aposta na eficiência energética – que pode também ser obtida através de um uso mais controlado da energia.

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Sporting vende Palhinha ao Fulham por 20 milhões de euros

  • Lusa e ECO
  • 4 Julho 2022

A Sporting SAD terá direito a receber o montante de 22 milhões de euros pela transferência do jogador, dos quais 20 milhões de euros fixos e até dois milhões de euros mediante objetivos.

O internacional português João Palhinha vai atuar na próxima temporada no Fulham, tendo assinado um contrato de cinco épocas com a equipa comandada por Marco Silva, anunciou esta segunda-feira o emblema que regressou à liga inglesa de futebol.

O clube está deliciado por confirmar a contratação de João Palhinha do Sporting Clube de Portugal por uma verba não revelada. O internacional português de 26 anos assinou um contrato de cinco anos, com o clube a ficar com uma opção para mais 12 meses, mantendo-o em Craven Cottage pelo menos até ao verão de 2027″, lê-se no site do Fulham.

De acordo com o comunicado enviado pelo Sporting à CMVM, o jogador é vendido pelo montante de 22 milhões de euros, dos quais 20 milhões de euros fixos e até dois milhões de euros de valor máximo variável em função de objetivos.

Numa futura transferência, a Sporting SAD” tem direito a receber o montante correspondente a 10% da mais-valia resultante”, lê-se ainda no comunicado.

O médio, de 26 anos, vai ter a sua primeira experiência fora do futebol português, depois de ter estado sempre ligado ao Sporting desde a formação, embora tenha somado alguns empréstimos a outros emblemas da I Liga.

“Estou muito contente por estar aqui. É uma grande oportunidade para mim, para a minha carreira, jogar naquela que é – na minha opinião – a melhor liga do mundo. Assinei por uma grande clube. O clube quis-me e eu escolhi o clube. Prometo aos adeptos que farei o meu melhor e espero que possamos ganhar muitas coisas esta temporada”, disse o jogador, citado pelos ‘cottagers’.

Palhinha esteve em destaque nos últimos dois anos na equipa de Rúben Amorim, mas antes chegou a representar Sporting de Braga, Moreirense e Belenenses, sempre cedido pelo emblema de Alvalade. As boas exibições do médio defensivo valeram a chamada à seleção nacional, tendo estado presente na fase final do Euro2020. Ao todo, Palhinha leva 14 jogos e dois golos por Portugal.

Palhinha e Marco Silva já se cruzaram no passado, no Sporting, em 2014/15, mas, nessa temporada, o médio foi sempre utilizado na equipa B dos ‘leões’.

Em Londres, o internacional luso vai encontrar Ivan Cavaleiro, embora ainda não seja certa a continuidade do extremo no clube. Na última época, já com Marco Silva no comando, o Fulham assegurou o regresso à Premier League e conquistou mesmo o Championship.

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Oitante já pagou totalidade do empréstimo de 746 milhões por causa da resolução do Banif

Reembolso antecipado da dívida contraída junto do Santander permitiu ao veículo criado para gerir ativos tóxicos do Banif poupar 110 milhões em juros.

A Oitante já pagou a totalidade do empréstimo de 746 milhões de euros que contraiu junto do Santander Totta por conta da resolução do Banif, em dezembro de 2015, segundo anunciou esta segunda-feira.

“A amortização final foi realizada no passado dia 30 de junho num montante de 18 milhões de euros, antecipando dessa forma em três anos e meio o vencimento do empréstimo obrigacionista previsto inicialmente para dezembro de 2025”, adianta a sociedade criada há sete anos para gerir os ativos tóxicos do Banif que não foram comprados pelo Santander.

De acordo com a Oitante, o pagamento antecipado do empréstimo obrigacionista permitiu poupanças de mais de 110 milhões de euros entre 2016 e 2022. No total, pagou mais de 62 milhões em juros.

“É com imenso orgulho e sentimento de realização que a Oitante cumpre um dos seus principais objetivos, o pagamento integral da sua dívida”, sublinha a entidade liderada por Miguel Artiaga Barbosa. O reembolso da dívida “permitiu libertar quer o Fundo de Resolução quer o Estado Português (contribuinte) das garantias e contragarantias inicialmente prestadas”, explica em comunicado.

“Imprescindível” para evitar fecho desordenado do Banif

O Banco de Portugal, enquanto autoridade de resolução nacional, felicitou a a Oitante pela liquidação integral deste empréstimo, assinalando que “faz perspetivar a recuperação de uma parte significativa dos 489 milhões de euros desembolsados pelo Fundo de Resolução, em 2015, no financiamento da resolução do Banif”.

A Oitante foi a sociedade criada pelo Banco de Portugal no âmbito da resolução do Banif, em 20 de dezembro, para gerir os ativos que não integraram o perímetro do negócio de venda ao Santander Totta por 150 milhões de euros.

Para se avançar com essa transferência de ativos, a Oitante teve de emitir dívida que foi subscrita pelo Santander Totta. Este empréstimo foi “imprescindível para a concretização da resolução e, assim, evitar a liquidação desordenada” do Banif, lembra o regulador.

A Oitante registou lucros 12,6 milhões de euros em 2020 e pagou pela primeira vez um dividendo de 15 milhões ao Fundo de Resolução, depois de ter acumulado resultados positivos de 122 milhões ao longo de cinco anos. Ainda não são conhecidos os resultados do ano passado.

(Notícia atualizada às 11h31)

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Petróleo cai quase 1%. Brent perto dos 111 dólares

  • Joana Abrantes Gomes
  • 4 Julho 2022

Preços do petróleo continuam pressionados pelo receio de uma recessão económica. Brent volta a cair esta segunda-feira, depois da desvalorização no final da passada semana.

Os preços do petróleo arrancaram a semana em queda, numa altura em que os receios de uma recessão global que afete a procura ofuscam as preocupações com uma produção mais baixa por parte da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), a instabilidade política na Líbia e as sanções do Ocidente contra Moscovo.

Enquanto o Brent cede 0,77%, para 110,79 dólares por barril, o crude WTI segue em baixa de 0,85%, para 107,51 dólares.

Cotação do Brent

“O risco está inclinado para o lado negativo, uma vez que os traders estão preocupados com o abrandar da procura de petróleo devido à forte possibilidade de uma recessão económica nos EUA e em outras partes do mundo”, afirmou Naeem Aslam, da corretora Avatrade.

A OPEP falhou o objetivo de aumentar a produção em junho, segundo a Reuters. Além disso, nos últimos dias, o Equador, que faz parte do grupo, disse que os seus níveis de produção estavam “em estado crítico”, depois de o país enfrentar uma onda de protestos devido ao elevado custo de vida, ameaçando interromper a produção de petróleo. Além disso, uma greve na Noruega pode reduzir a oferta esta semana.

Este cenário “está a colidir com uma possível escassez de capacidade de produção excedentária entre os produtores de petróleo do Médio Oriente”, disse Stephen Brennock da corretora de petróleo PVM. “E sem que a nova produção de petróleo atinja os mercados em breve, os preços serão forçados a subir“, acrescentou.

Este ano, o Brent já esteve perto de um máximo de 147 dólares por barril, alcançado em 2008, à medida que a invasão russa da Ucrânia aumentava as preocupações de abastecimento.

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Líderes internacionais discutem “Plano Marshall” para a Ucrânia

A Comissão Europeia está a planear uma plataforma para coordenar as doações do bloco comunitário à Ucrânia.

A Ucrânia vai apresentar um plano de reconstrução após a invasão da Rússia, numa conferência de dois dias na cidade suíça de Lugano, que já estava marcada antes do início da invasão por Vladimir Putin. O plano terá contributos de vários países, sendo que a Comissão Europeia irá também avançar com uma plataforma para coordenar as doações da União Europeia (UE), que poderão chegar a 500 mil milhões de euros.

Serão vários os líderes presentes nesta conferência, que se centra à volta de um novo “Plano Marshall”, pretendendo uma iniciativa semelhante à dos EUA para a recuperação após a Segunda Guerra Mundial, mas agora para a Ucrânia, com delegações de 37 outros países e 14 organizações internacionais na lista de participantes. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, estará presente, assim como os chefes de Governo da Polónia, Lituânia e República Checa, que exercem a presidência rotativa do Conselho da UE.

A presidente do executivo comunitário tem em vista apresentar uma plataforma para coordenar as doações da UE, para mobilizar o que pode chegar a mais de 500 mil milhões de euros, segundo avança a Bloomberg. A Comissão está a estudar várias formas de angariar esses fundos, incluindo subvenções e empréstimos, bem como empréstimos conjuntos, semelhantes ao fundo de recuperação pandémica da UE, para os quais seria necessária a aprovação dos líderes europeus.

O Banco Europeu de Investimento terá um papel-chave, ao criar um “trust fund”, que canalizará dinheiro para a Ucrânia, de acordo com o Politico. O banco poderá administrar o fundo de forma a permitir contribuições rápidas dos doadores, assegurando também a gestão de risco e reportes. O objetivo é arrecadar 100 mil milhões de euros na primeira ronda de financiamento e completá-lo nos anos seguintes.

Por sua vez, a Ucrânia vai apresentar um plano de reconstrução, que inclui investimentos em infraestrutura, clima e digital. Da conferência deverá resultar também uma declaração comum, para estabelecer as prioridades, método e princípios deste projeto de recuperação.

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Autarquia do Ano: Areeiro vence na subcategoria “Qualidade de Vida na Terceira Idade”

  • BRANDS' ECO
  • 4 Julho 2022

O presidente da Junta de Freguesia do Areeiro, Fernando Braamcamp, explica os contornos do projeto premiado na 3ª edição do Prémio Autarquia do Ano.

Garantir o bem-estar dos munícipes mais idosos, mitigar a sua solidão e promover uma relação de confiança e proximidade com os mesmos foram os principais objetivos do projeto da Junta de Freguesia do Areeiro, que venceu o Prémio Autarquia do Ano, na subcategoria “Qualidade de Vida na Terceira Idade”, nesta que é já a sua 3ª edição.

Fernando Braamcamp, presidente da Junta de Freguesia do Areeiro, explica um pouco melhor os contornos do projeto, a sua aplicação e o impacto que teve no município.

1. Qual foi a razão primordial que levou à seleção do vosso projeto, que acabou por se tornar vencedor na 3ª edição dos Prémios Autarquia do Ano?

Há duas razões principais. A primeira foi constatar nos anos 2010 um número elevado de óbitos em casa de cidadãos que por razões de solidão só se sentia a sua falta passados dias. Em segundo, os equipamentos de alarme, pelas suas características, nem sempre estavam junto do utilizador, o que limitava a sua função.

2. Qual sente que tenha sido o impacto do vosso projeto, a níveis práticos, no seu município e na sua comunidade?

O impacto foi muito bom, felizmente, quer para os utilizadores do programa, quer para os familiares e vizinhos.

O projeto em si, pela sua simplicidade de aplicação e pelo resultado imediato, permitiu à Junta de Freguesia saber diariamente o estado de saúde do morador e cumulativamente estabelecer um pequeno diálogo para mitigar a solidão e fazer sentir que a Junta se preocupava com as necessidades e bem-estar dos seus moradores.

Fernando Braamcamp, presidente da Junta de Freguesia do Areeiro.

4. Quais os principais pontos fortes do projeto submetido ao Prémio Autarquia do Ano que, para si, foram fundamentais?

  • Primeiro, a prova de vida;
  • Estabelecer uma relação diária e de confiança/amizade;
  • Em caso de emergência, acionar os meios já estabelecidos (familiares/PSP/INEM).

5. Considerando que nos encontramos novamente num formato presencial, acredita que existe algum impacto positivo no trabalho realizado diariamente pelo município? De que maneira?

A Junta de Freguesia é por excelência o principal órgão autárquico de proximidade com o cidadão. É obvio que a presença física, o seu contato é fundamental para materializar essa proximidade.

6. Considerando o projeto em questão, como foi a implementação do mesmo?

Muito fácil. Foi contratada uma pessoa com perfil adequado, isto é, de trato simples na abordagem, imaginativa quantos aos temas que mais interessa ao interlocutor, facilidade de expressão e anotar as preocupações ou estados de saúde para ser tema no dia seguinte. A inscrição pode ser solicitada pelo próprio, familiar ou pelo Núcleo de Ação Social da junta. Os equipamentos a utilizar: telemóvel.

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