Grupo chinês Fosun acelera venda de ativos para reforçar liquidez

  • Lusa
  • 4 Julho 2022

Conglomerado chinês que detém quase 30% do BCP e controla a Fidelidade está sob pressão para reduzir uma dívida que ascende a 40 mil milhões de dólares.

O grupo Fosun, que detém várias empresas em Portugal, desfez-se do equivalente a dois mil milhões de euros em ativos este ano, visando reforçar a liquidez, numa altura em que enfrenta pressão no mercado obrigacionista.

As vendas comunicadas à bolsa de valores de Hong Kong, onde o grupo está cotado, são o culminar de uma década de expansão agressiva além-fronteiras, que incluiu a compra, em Portugal, da seguradora Fidelidade, uma participação de quase 30% no banco BCP ou mais de 5% da REN, através da Fidelidade.

O conglomerado soma agora uma dívida de 40 mil milhões de dólares (mais de 38 mil milhões de euros), mas a emissão de títulos tornou-se mais cara, após várias empresas chinesas terem entrado em incumprimento, incluindo a Evergrande, a segunda maior construtora da China.

No mês passado, a agência de notação financeira Moody’s colocou o ‘rating’ da Fosun, atualmente com a nota de crédito Ba3, em revisão, para possível baixa.

Em comunicado, a vice-presidente da Moody’s Lina Choi disse que decisão reflete a “preocupação” da agência, de que a “crescente aversão” ao risco, entre os investidores no mercado de dívida, pressione a liquidez já de si “escassa” da Fosun, numa altura em que se aproxima a data de vencimento de obrigações emitidas nos mercados chinês e internacional.

Na mesma nota, a Moody’s apontou o risco de “contágio” e a “pressão adicional sobre a liquidez” das empresas e subsidiárias do conglomerado.

Questionada pela agência Lusa, a Fosun disse que, enquanto empresa cotada em bolsa, não pode comentar sobre uma possível venda de ativos detidos em Portugal, mas garante que está numa “posição sólida e saudável”, apontando uma relação dívida/capital de 54% e 96,78 mil milhões de yuans (quase 14 mil milhões de euros) de dinheiro em caixa, entre saldos bancários e depósitos a prazo.

“A [Fosun] e as suas subsidiárias estabeleceram parcerias com mais de 100 bancos chineses e estrangeiros em todo o mundo e assinaram acordos de cooperação estratégica com vários bancos internacionais e vários bancos chineses”, apontou.

O grupo também anunciou em junho planos para a recompra de dois títulos emitidos no mercado internacional, com vencimento este ano, no valor conjunto de cerca de 800 milhões de dólares (767 milhões de euros). Para a Moody’s, no entanto, a Fosun tem um perfil financeiro “fraco”.

“A receita recorrente da empresa, principalmente dividendos de investimentos subjacentes, é inadequada para cobrir os juros e despesas operacionais”, apontaram os analistas da agência.

A venda de ativos pela empresa este ano ultrapassou já os dois mil milhões de dólares, em comparação com 85 milhões de dólares (81,5 milhões de euros), em 2021, segundo dados da Dealogic, fornecedora global de conteúdo e análise para o setor financeiro.

Em março, o conglomerado chegou a acordo para vender a sua divisão de moda, Lanvin Group, através de uma entrada na Bolsa de Valores de Nova Iorque, mediante uma empresa de aquisições para fins específicos (SPAC, na sigla em inglês). No mês seguinte, a empresa acordou a venda da seguradora norte-americana AmeriTrust Group à Accident Fund Insurance Company of America, subsidiária integral do AF Group, com sede nos EUA.

Entre os ativos vendidos este ano pelo grupo constam ainda uma posição no valor de 500 milhões de euros na Tsingtao Brewery, a principal marca de cervejas da China, 5% do grupo chinês taihe technology, no valor de 43 milhões de euros, ou 6% do capital da empresa Zhongshan, por 100 milhões de euros, de acordo com a cotação atual no mercado.

A Moody’s observou que a qualidade de crédito da empresa, que afeta diretamente a sua capacidade de refinanciamento, vai provavelmente enfraquecer devido à venda de ativos, o que significa uma queda nas receitas com dividendos.

Os principais ativos do grupo incluem participações em mais de 40 empresas nas áreas saúde, turismo, gestão de ativos, mineração, siderurgia e tecnologia.

Entre os ativos mais sonantes constam a cadeia hoteleira Club Med e o clube inglês de futebol Wolverhampton Wanderers.

Em 2021, a receita total do grupo fixou-se em 161 mil milhões de yuans (23 mil milhões de euros) e os seus ativos valiam, no conjunto, 806 mil milhões de yuans (115 mil milhões de euros), de acordo com a empresa.

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Abreu Advogados assessora entrada da Utrust no mercado de troca de imóveis por ativos virtuais

A equipa da Abreu Advogados que assessorou a Utrust na expansão dos seus serviços para o mercado imobiliário português foi coordenada pelo sócio Rodrigo Formigal.

A Abreu Advogados assessorou a Utrust na expansão dos seus serviços para o mercado imobiliário português. A Utrust é uma fintech portuguesa que pretende revolucionar os sistemas de pagamentos em criptomoeda ao possibilitar que comerciantes aceitem “pagamentos” em criptomoedas de forma rápida e com conversão para fiat.

“Conhecida como a “Paypal da blockchain”, a Utrust prepara-se para lançar uma solução tecnológica inovadora de pagamentos em criptoativos para transações com imóveis, na qual contou com o apoio jurídico da Abreu Advogados. Através da Utrust, transmitentes e adquirentes de imóveis poderão receber e liquidar pagamentos em criptoativos de forma instantânea, removendo a volatilidade associada aos criptoativos através do “bloqueio” do seu valor”, explicou o escritório.

A assessoria da Abreu Advogados incluiu, entre outros aspetos, o enquadramento legal e fiscal dos contratos de permuta de imóveis por criptomoedas, incluindo o cumprimento dos requisitos de combate ao branqueamento de capitais e ao financiamento do terrorismo aplicáveis a este tipo de transações, bem como o enquadramento jurídico-contratual do papel da Utrust como intermediário nas referidas operações.

A equipa da Abreu Advogados foi coordenada pelo sócio Rodrigo Formigal e contou com a participação do associado João Carlos Gusmão e do advogado estagiário João Soares Carvalho, todos da área de prática de Direito Financeiro.

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Vanda de Jesus de saída do Portugal Digital. Bernardo Santos e Sousa assume direção temporariamente

A profissional assumia o cargo diretora executiva do Portugal Digital desde junho de 2020. Bernardo Santos e Sousa, coordenador do Portugal Digital, vai assumir temporariamente as funções.

Vanda de Jesus está de saída do Portugal Digital, onde assumia, desde junho de 2020, o cargo de diretora executiva, depois de quase oito anos na Microsoft Portugal. Bernardo Santos e Sousa, coordenador do Portugal Digital, assume temporariamente as funções de diretor executivo, sabe a Pessoas.

“A Vanda de Jesus terminou funções como diretora executiva da Portugal Digital no dia 30 de junho para abraçar um novo desafio profissional. Por este motivo e para assegurar a gestão da Portugal Digital, o Bernardo Santos e Sousa, coordenador da Portugal Digital, vai assumir temporariamente as funções da anterior diretora executiva”, adianta o gabinete do secretário de Estado da Digitalização e da Modernização Administrativa.

O anúncio de saída da Vanda Jesus surgiu pela própria, através da sua conta de LinkedIn. “Foram dois anos de pura dedicação e entrega ao que acredito ser o melhor e maior desígnio do nosso país: Portugal Digital (…) Foi uma honra servir o país durante um período tão especial em que o Digital entrou pelas nossas casas/vidas e conquistou tudo o que poderia conquistar, demonstrando que veio para ficar e a oportunidade é nossa e agora como pessoas, como trabalhadores, como empresas e como estado. Não a podemos perder”, escreveu Vanda de Jesus.

Advocatus Summit 2021 - 20/21MAI21

Realçando a criação de raiz da Estrutura de Missão Portugal Digital e a implementação do Plano de Ação para a Transição Digital e sublinhando a subida de três lugares no DESI — através da implementação de medidas como o Programa UPskill – Digital Skills & Jobs e o #EuSouDigital, a profissional fez questão de agradecer a André Aragão Azevedo, ex-secretário de Estado para a Transição Digital.

“Este percurso e este trabalho só foi possível porque uma pessoa única: em visão, em liderança, em sentido de missão teve a coragem e a audácia de me desafiar para parar e dar um pouco de nós ao nosso Portugal Digital. Obrigada, André de Aragão Azevedo.”

E continuou: “Sou uma pessoa de pessoas e de fazer acontecer e os projetos têm as suas fases, dei muito, recebi muito, é agora momento de mergulhar em novos desafios que anunciarei em breve. Espero ter contribuído para esta autoestrada que levará à conquista do nosso lugar na linha da frente das Nações Digitais, certa que a minha equipa na Portugal Digital e a rede que criámos com todos os organismos da AP, Associações e Empresas que nos apoiaram neste caminho o continuarão a fazer agora sob a liderança do Mario Campolargo.”

Não sou pessoa de estar sentada na bancada, manter-me-ei na fila da frente atenta e ativa, cheerleader e ativista da causa da nossa Nação Digital, porque esta conquista é de todos nós e depende de cada um de nós.

“Não sou pessoa de estar sentada na bancada, manter-me-ei na fila da frente atenta e ativa, cheerleader e ativista da causa da nossa Nação Digital, porque esta conquista é de todos nós e depende de cada um de nós” assegurou.

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Coordenador de Saúde Mental defende dobro do orçamento no SNS

  • Lusa
  • 4 Julho 2022

O coordenador nacional das políticas de saúde mental defende que o investimento nesta área no Serviço Nacional de Saúde, que atualmente ronda os 5%, deveria duplicar dentro de alguns anos.

O coordenador nacional das políticas de saúde mental defende que o investimento nesta área no Serviço Nacional de Saúde (SNS), que atualmente ronda os 5%, deveria duplicar dentro de alguns anos.

“Nós calculamos, sem ter a certeza, porque que não há nenhuma certeza, que o nosso investimento em relação ao budget total do Serviço Nacional de Saúde, está à volta dos 5%. Eu considero que nós temos de chegar, em algum momento do nosso futuro, ao dobro disso”, afirmou em entrevista à Lusa.

Miguel Xavier dá o exemplo de países como o Reino Unido, ou os países nórdicos, onde o investimento em saúde mental no peso total da saúde ronda os 13% e 14%, explicando que este valor não surge por acaso.

“É porque essa é a percentagem do peso global da saúde mental nas doenças todas (…) O Reino Unido já foi o primeiro país do mundo a chegar lá, outros vão lá chegar”, disse Miguel Xavier.

Reconhece que é preciso “ser realista e ter os pés na terra” e afirma: “Se nós estivermos nos 4% ou 5%, estamos a falar do triplo”. Contudo, diz que é um aspeto positivo o facto de neste momento a saúde mental ser considerada “uma prioridade de uma forma transversal à sociedade portuguesa”.

“Se pensarmos que temos de passar o nosso orçamento para o dobro dentro de alguns anos, acho que é uma meta e espero que não seja demasiado otimista”, afirmou, sublinhando: “É uma meta que os portugueses merecem. E já agora também os profissionais [de saúde], que lá trabalham, e trabalham muito”, sublinhou.

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Novo filme dos Minions supera expectativas. Arrecada 202 milhões na estreia

  • Joana Abrantes Gomes
  • 4 Julho 2022

"Minions: A Ascensão de Gru" teve a melhor estreia de um filme de animação desde 2019, conseguindo 202 milhões de dólares ao nível global, dos quais mais de 108 milhões só nos EUA.

O novo filme dos Minions está a levar as famílias de volta às salas de cinema. No fim de semana, o quinto filme da saga “Gru – O Maldisposto” superou as expectativas de bilheteira.

Minions: A Ascensão de Gru arrecadou um total global de 202 milhões de dólares, dos quais 108,5 milhões nos EUA, o que representa a melhor estreia de um filme de animação desde 2019, segundo o The Wall Street Journal.

Nos mercados internacionais, o título gerou 93,7 milhões de dólares adicionais, números que representam um sinal animador para os estúdios de Hollywood, numa altura ainda marcada por incerteza relativamente à recuperação dos filmes familiares após a pandemia.

Segundo Shawn Robbins, analista do Box Office, um site informativo da indústria global do cinema, o fim de semana mostrou um “regresso triunfante aos cinemas por parte das famílias”, descartando “qualquer narrativa pandémica persistente e ultrapassada de que os pais e os filhos só querem ver filmes em casa”. “Quando o conteúdo certo estiver lá fora, as pessoas aparecerão“, considerou.

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EY dá boost musical ao encontro de quadros. Este ano é no NOS Alive

Consultora, que vai levar os seus 1.400 colaboradores ao festival, vai ter um stand no recinto no Passeio Marítimo de Algés. É a primeira vez que uma das "Big 4" patrocina este tipo de evento.

Depois de uma pausa imposta pela pandemia, a EY retoma a reunião anual de quadros com um boost musical. Este ano o encontro tem como palco o NOS Alive. A consultora vai ainda marcar presença com um stand durante todo o festival de verão, de 6 a 9 de julho no Passeio Marítimo de Algés. É a primeira vez que uma das “Big 4” patrocina um festival de verão.

“Devido à situação pandémica que vivemos durante os últimos dois anos, não conseguimos reunir a totalidade das nossas pessoas presencialmente (a EY realiza tradicionalmente uma reunião bianual, onde reúne a totalidade dos seus colaboradores). Durante este período, realizámos vários eventos de forma virtual, e conforme algumas fases da pandemia permitiram, conseguimos ainda realizar algumas reuniões das nossas áreas de negócio presencialmente”, diz Teresa Freitas, talent director da EY Portugal, à Pessoas.

“Este ano, e após um longo período sem nos reunirmos presencialmente, quisemos apostar em algo que fosse completamente disruptivo e inovador, que marcasse pela diferença. Foi então que pensámos em associarmo-nos a um Festival de Música e, dentro deste contexto, ter um momento especial dedicado à EY e aos EYers”, reforça.

Teresa Freitas, talent director da EY Portugal

No dia 6 de julho, dia de arranque do festival, os 1.400 EYers que integram a EY Portugal reúnem no Palco Comédia do NOS Alive, para um Welcome EY, com “um momento de animação” e uma mensagem do country managing partner, João Alves, podendo mais tarde assistir às restantes atuações, usufruindo do festival. Strokes, War on Drugs, Cuca Roseta, Mallu Magalhães, Jungle ou Moulinnex são alguns dos artistas em cartaz.

“Com esta iniciativa, queremos proporcionar algo único às nossas pessoas, que lhes permita estreitar laços e estabelecer relações, de uma forma diferente, inesperada e inovadora”, reforça Teresa Freitas.

Este ano, e após um longo período sem nos reunirmos presencialmente, quisemos apostar em algo que fosse completamente disruptivo e inovador, que marcasse pela diferença. Foi então que pensámos em associarmo-nos a um festival de música e, dentro deste contexto, ter um momento especial dedicado à EY e aos EYers.

Teresa Freitas

Talent director da EY Portugal

Os colaboradores podem ainda aceder ao stand da EY, onde a consultora tem a decorrer “algumas ativações”, que se mantêm ao longo dos vários dias do evento. A talent director da EY destaca a presença da consultora no festival, que classifica como algo “audacioso”.

Nunca uma Big 4 foi sponsor oficial de um festival de música, pelo que queremos que este passo audacioso seja motivo de orgulho para os EYers. Queremos que o partilhem e seja tema de conversa com as suas famílias e círculo de amigos”, refere.

Trabalhar a marca EY junto de parceiros e clientes

“O festival traz-nos também uma dimensão muito interessante de posicionamento externo da marca. Permitindo-nos posicionar a EY de uma forma inovadora junto da maior parte dos nossos públicos”, como os clientes, universidades, parceiros ou media.

Queremos, cada vez mais, ser reconhecidos como uma empresa que promove a construção e o fortalecimento de relações interpessoais, num ambiente descontraído e ‘fora da caixa‘”, argumenta Teresa Freitas.

Para dinamizar a presença no NOS Alive, a consultora tem um “plano de comunicação intenso”, trabalhando não só o público interno — tem um “conjunto de iniciativas que desafia os EYers a participarem em concursos para ganharem bilhetes para os restantes dias do Festival” –, como externo.

Estamos a dinamizar, em conjunto com os Embaixadores EY — são 32 — nas nossas universidades target, um concurso para os estudantes que lhes vai possibilitar ganharem bilhetes para o dia 7 do NOS Alive. Em breve, vamos iniciar ainda um conjunto de passatempos nas redes sociais da EY para os nossos seguidores”, descreve. Ao todo têm 30 convites duplos para atribuir.

Com os festivais de verão a acelerar no ano de regresso — depois da interrupção imposta pela pandemia — a EY irá marcar presença em outros eventos? “Neste momento, não estão previstas presenças/ativações da EY em outros festivais de verão“, diz Teresa Freitas.

A EY não adianta o investimento da marca nesta iniciativa.

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Do remoto à sexta-feira livre. Como está o retalho a flexibilizar a forma como trabalha?

Setor que vive de trabalho presencial para manter as lojas abertas e a logística em pleno funcionamento, o retalho está a implementar modelos mais flexíveis de organização da jornada laboral.

Semana de quatro dias de trabalho, teletrabalho cinco dias por semana, sexta-feira à tarde livre. Não são apenas as tecnológicas a avançar para lá do modelo híbrido de trabalho. Também o retalho — setor que vive de trabalho presencial para manter as lojas abertas e a logística em pleno funcionamento — está a implementar modelos mais flexíveis de organização da jornada laboral. Continente, Jerónimo Martins, Ikea, El Corte Inglés e Leroy Merlin estão a ajustar. As grandes mudanças passam, quase sempre, pelo pessoal de escritório. No Lidl, já a partir de julho os colaboradores de escritório, caso queiram, podem trabalhar remotamente todos os dias da semana.

Em Espanha, a Desigual adotou a semana de quatro dias de trabalho para o pessoal do escritório sede (Barcelona) da retalhista de moda. Em Portugal ainda nenhum retalhista foi ainda tão longe ao nível de modelo de trabalho — nem a cadeia de moda espanhola em Portugal, já que esse modelo restringe-se a Espanha –, mas as cadeias não têm ficado indiferente à vontade dos colaboradores de uma maior flexibilidade na forma como trabalham.

O Lidl é um desses casos. A partir de julho, os trabalhadores de escritório da cadeia de supermercados alemã podem, caso assim o entendam, trabalhar os cinco dias da semana fora do escritório.

“Os últimos dois anos, apesar de desafiantes, foram a prova de que a confiança, a flexibilidade e o compromisso das equipas, independentemente do local de trabalho, mantiveram sempre um alto desempenho. Acreditamos que, com esta nova possibilidade, reforçaremos não só o nível de confiança nas nossas equipas, como conseguiremos continuar a ser diferenciadores, enquanto empregador de referência, sendo a primeira escolha dos nossos atuais e futuros colaboradores”, justifica Maria Román, administradora de recursos humanos do Lidl Portugal. Esta medida abrange cerca de 750 pessoas, de um total de 8.200 que emprega em todo o país.

O El Corte Inglés implementou um modelo de trabalho híbrido que pode ir de um a três dias no escritório. Ao todo estão abrangidas mais de 350 pessoas no grupo retalhista em Portugal.

O El Corte Inglés ouviu os colaboradores e avançou para medidas de maior flexibilidade. “No último ano, [o grupo] efetuou vários questionários no sentido de auscultar os colaboradores e perceber o que pretendiam quando surgisse a oportunidade de regressar ao escritório. Com base nesses questionários ficou definida uma maior flexibilidade e temos vários modelos implementados, muitos deles adaptados a cada pessoa”, começa por referir Susana Silva, diretora de pessoas do El Corte Inglés, à Pessoas. “De uma forma geral, implementámos um modelo de trabalho híbrido que pode ser desde 1 a 3 dias no escritório”, conclui. Ao todo estão abrangidas mais de 350 pessoas no retalhista em Portugal.

Os motivos para avançar com este tipo de medidas são simples e os resultados parecem ser positivos. “Pretendemos manter as nossas pessoas motivadas, através da responsabilização e confiança que lhes é dada. A produtividade aumentou, o absentismo reduziu e a rotação começa a estabilizar“, adianta Susana Silva.

A Ikea não tem dúvidas que o “teletrabalho veio para ficar em algumas funções e organizações”. E, adaptando-se aos tempos, também a cadeia sueca está a criar novas formas de organizar o trabalho, agora mais flexível e também ele híbrido.

“Com o fim da recomendação do teletrabalho também nós nos ajustámos e definimos um plano em que, de forma faseada e com um modelo de rotatividade entre os diferentes departamentos, regressámos a um modelo flexível. O objetivo é assegurar, nas funções que o permitem, que mantemos o equilíbrio entre a ligação humana e o espírito de equipa e colaboração que o espaço de trabalho físico nos permite, e o trabalho a partir de casa, onde tendencialmente haverá um maior e melhor equilíbrio entre a vida pessoal e a vida profissional”, refere Cláudia Domingues, responsável de comunicação da Ikea Portugal, à Pessoas.

Neste modelo, cerca de metade do tempo é em teletrabalho, não existindo uma definição da quantidade de dias em trabalho à distância.

Na Ikea foi criado um valor fixo mensal para apoiar custos com o teletrabalho. Desde janeiro que a cadeia compensa com 30 euros brutos mensais os colaboradores que estão a trabalhar remotamente. Cerca de metade do tempo – para as funções elegíveis – pode ser exercido trabalho à distância.

A cadeia viu “com bons olhos a revisão da legislação do teletrabalho, por forma a ser possível trazer mais flexibilidade ao mecanismo e também alguma clareza nas condições mínimas a serem asseguradas por todas as organizações que decidam adotar este regime”, diz Cláudia Domingues.

Mas, para compensar os colaboradores em regime de trabalho à distância optou pela “criação de um valor fixo mensal, estimado com base na experiência local e também dos colegas em Espanha”, tornando “o processo mais simples para os colaboradores e com um menor peso administrativo para a organização”.

Assim, desde janeiro que a Ikea Portugal compensa com 30 euros brutos mensais os colaboradores que estão a trabalhar remotamente. Para ajudar a ajustar o escritório lá de casa às exigências do trabalho, tornando mais ergonómica e funcional a área de trabalho, “desde o início deste movimento decidiu oferecer a cada pessoa um kit que inclui secretária, cadeira, iluminação e acessórios para um melhor dia de trabalho remoto”.

Novas formas de organizar o trabalho que fazem com que na Ikea se olhe de modo diferente para o espaço de escritório. “Contamos manter um equilíbrio entre o trabalho nos escritórios e em casa. Para isso, os nossos escritórios e as lojas físicas são, cada vez mais espaços de reunião, partilha, cocriação e aprendizagem. Um lugar que permite uma abordagem de trabalho mais flexível e que é, ao mesmo tempo, inspirador e confortável, onde os nossos colaboradores se podem reunir e socializar. Ao mesmo tempo, trabalho de concentração ou puramente digital, pode ser executado de casa, com maior eficiência e com menor tempo e impacto ambiental causado pelas deslocações”, destaca Cláudia Domingues.

Na MC, desde abril que os trabalhadores de escritório em regime presencial têm agora uma nova opção ao seu dispor: a “FlexFriday”. Ou seja, caso decidam aderir, de segunda a quinta-feira trabalham mais uma hora diária e, com isso, têm a sexta-feira à tarde livre.

Desde 2018, que a dona do Continente implementou o programa “Flexiwork”, permitindo aos colaboradores trabalhar um dia a partir de casa, tirar licença sem vencimento, fazer uma gestão do seu horário flexível, passar de um horário full time para part time, mas este ano juntaram a sexta-feira à tarde livre nas opções de flexibilidade.

Vera Rodrigues, head of people da MC, não esconde que poderá ser o princípio de uma semana de trabalho mais curta na dona do Continente “O que estamos a discutir será um bocadinho aquilo que será uma semana de quatro dias de trabalho. É uma primeira porta e uma primeira forma de reorganizar o nosso trabalho, de forma a libertar parte do tempo“, reconhece, em entrevista à Pessoas.

Os motivos para estas mudanças são simples. “Numa altura onde tanto de se fala de guerra de talento, onde estamos numa fase de candidate lead market, temos de nos adaptar. Para ter as competências que preciso para desenvolver uma área de digital, de e-commerce ou uma área do Cartão Continente preciso das pessoas certas. E aí o território que compito é o mercado de trabalho todo, não é só a minha concorrência de setor”, refere a head of people da MC.

“Um dos desafios grandes que tenho é transformar o setor de retalho também mais sexy, mais apelativo do que outros com os quais também disputo o talento”, conclui.

Em 2021 a Jerónimo Martins aprovou uma Política de Trabalho Flexível, para responder às necessidades dos colaboradores de escritório. Apenas cerca de 3% da força de trabalho do grupo dono do Pingo (cerca de 1.000 colaboradores) é abrangida.

Na hora de implementar medidas de flexibilidade a Jerónimo Martins não é tão arrojada. No máximo, os colaboradores de escritório podem ter até dois dias de trabalho remoto. Motivo? “O Grupo Jerónimo Martins acredita firmemente que, no retalho, a presença física, mesmo para funções de escritório, prevalecerá sempre como regra devido à natureza das nossas atividades principais“, começa por referir fonte oficial do grupo dono do Pingo Doce ou do cash & carry Recheio.

No entanto, a pandemia, os desafios da vida moderna, e as atuais possibilidades tecnológicas no que respeita ao local de trabalho, permitem-nos assumir um modelo de trabalho híbrido no Grupo, entendendo-se este como uma combinação entre trabalho presencial e remoto”, ressalva a retalhista.

Nesse sentido, “para facilitar a integração da vida profissional e da vida pessoal”, a direção executiva do retalhista alimentar aprovou, em 2021, a Política de Trabalho Flexível. “Esta política visa enquadrar soluções de trabalho flexível na organização para responder às necessidades dos colaboradores de escritório, e está alinhada com os desafios futuros do trabalho. No âmbito desta política são consideradas práticas como a flexibilidade no horário de entrada e saída, e o trabalho remoto (um dia de trabalho remoto, extensível a dois dias para algumas áreas funcionais)“, descreve fonte oficial do grupo.

Mas estas são medidas que, à semelhança do que sucede em outras cadeias de retalho, abrangem uma minoria de colaboradores. No grupo JM, o universo de colaboradores em teletrabalho em Portugal é de “apenas cerca de 3% da nossa força de trabalho — cerca de 1.000 colaboradores”, revela a mesma fonte oficial.

A Leroy Merlin também já avançou com um modelo de trabalho mais flexível: oferece aos colaboradores que trabalhem na sede em Alfragide e vivam a mais de 75 quilómetros a possibilidade de trabalhar de forma 100% remota e, aos restantes, até três dias por semana de trabalho à distância.

E para o pessoal de loja?

Com maior ou menor número de dias de trabalho remoto, o certo é que estas medidas de flexibilidade não se estendem às lojas. São, sobretudo, medidas de ajustamento da jornada de trabalho que se aplicam apenas ao pessoal de escritório. Políticas ditadas pela própria natureza das funções.

“Temos de assumir que as funções têm naturezas diferentes. Assumir com transparência. Qualquer um de nós compreende que um data scientist, a trabalhar na equipa do cartão Continente a fazer análises preditivas, consegue fazer esse trabalho a partir de casa, o colaborador que está na caixa tem de estar na caixa. Mesmo dentro do escritório temos públicos diferentes: temos pessoas em modelo híbrido – três dias no escritório e dois em casa –, outros estão 100% remoto e outros estão todos os dias no escritório. A equipa de facilities, que presta apoio aos colaboradores que estão no posto de trabalho, a sua função pressupõe estarem cá”, afirma Vera Rodrigues, head of people da MC.

Por isso, as lojas a cadeia de super e hipermercados da Sonae tem apostado noutro tipo de medidas. “Tentamos também colocar nas lojas medidas que possam compensar. Investimos muito num programa de renovação das nossas áreas sociais, das zonas de descanso e de lazer das pausas dos nossos colaboradores. Disponibilizamos, através do programa Transformar-te, comida gratuita, fruta, iogurte, pão, café. Temos programas de apoio a filhos de colaboradores que, por exemplo, ensinam a fazer código ou programação, a descobrir uma vocação profissional. Temos o programa ‘Colega Mudamos-te a Casa’, que renova a casa a colaboradores que precisem. Temos também um grande programa em parceria com a Cruz Vermelha (Somos Sonae), que permite apoiar, seja numa dimensão financeira, psicológica ou até apoio jurídico, colaboradores que precisem de alguma ajuda”, diz Vera Rodrigues.

Já a Leroy Merlin, para o pessoal de loja permite aos managers de operações de loja escolher até três dias de trabalho remoto por mês. E, desde este ano, todos os cerca de 5.800 colaboradores têm direito a mais um dia de férias, como revelou Ana Herrero, líder de desafio humano da Leroy Merlin em Portugal, em dezembro em entrevista à Pessoas.

A Jerónimo Martins destaca o Banco de Horas. “O Pingo Doce tem implementado o regime do Banco de Horas, que permite aos colaboradores das operações disporem de tempos adicionais de descanso como contrapartida pelo trabalho extra realizado além do período normal. Cerca de 27 mil colaboradores utilizaram esta medida”, diz fonte oficial.

Não podendo estender o teletrabalho ao pessoal de loja dos grandes armazéns, o ECI destaca outras opções para os profissionais na linha da frente. “Não deixamos de ser uma loja com horários de abertura e fecho fixos onde temos de ter os postos cobertos para atender os nossos clientes. Em todo o caso, temos feito bastantes mobilidades internas, dando a possibilidade de quem pede esta flexibilidade a consiga ter“, diz Susana Silva, diretora de pessoas do El Corte Inglés.

“A medida referente ao teletrabalho abrange unicamente as funções compatíveis com este modelo, pelo que os colaboradores de loja continuam o seu formato de trabalho normal, a assegurar o normal funcionamento das operações em todas as lojas e estúdios de planificação do país”, diz Cláudia Domingues, responsável de comunicação da Ikea Portugal.

Para o pessoal de loja, a Leroy Merlin permite aos managers de operações de loja escolher até três dias de trabalho remoto por mês. E, desde este ano, todos os cerca de 5.800 colaboradores têm direito a mais um dia de férias.

A Desigual — depois de avançar com a semana de 4 dias em Espanha — admitia que o próximo passo seriam as lojas. “Estamos confiantes que a implementação do sistema 3+1 na sede foi o primeiro passo no caminho para os modelos de trabalho do futuro. Agora, planeamos implementar alternativas para que todos os colaboradores das lojas, bem como as equipas de vendas e operações, também possam beneficiar desse equilíbrio entre vida profissional e pessoal”, garantia na época Coral Alcaraz, people director da Desigual, à Pessoas.

“Queremos implementar melhorias para todos os colaboradores, inclusive para os grupos que, devido às exigências específicas das suas funções, não puderam aproveitar esse horário”, detalha. Por exemplo, avançar com iniciativas como ter mais de um fim de semana de folga por mês, antecipar as férias ou melhorar os turnos. Este plano, que Coral Alcaraz diz ser a médio prazo, está, “para já, em andamento apenas em Espanha”, não se aplicando aos 74 colaboradores da marca em Portugal.

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Nas notícias lá fora: Alemanha, minions e Tesla

  • ECO
  • 4 Julho 2022

Os confinamentos da Covid na China provocaram ondas de choque na economia mundial. Contribuíram para o défice comercial na Alemanha, bem como para uma queda nas entregas de automóveis da Tesla.

A Alemanha registou o primeiro défice comercial em três décadas, refletindo o impacto da guerra na Ucrânia e dos confinamentos na China. Essas restrições afetaram também a Tesla, devido ao encerramento de uma fábrica, o que contribuiu para uma queda nas entregas da fabricante de veículos elétricos. Pelos EUA, o novo filme dos Minions levou as famílias de volta aos cinemas e gerou otimismo quanto à recuperação da procura deste género de filmes no pós-pandemia. Conheça estas e outras notícias que marcam a atualidade internacional.

Bloomberg

Alemanha regista primeiro défice comercial desde 1991

A Alemanha reportou um défice comercial de mil milhões de euros em maio, o primeiro em três décadas. É o efeito de uma queda inesperada nas exportações, de 0,5%, quando os economistas antecipavam um crescimento de 0,7%. Enquanto isso, as importações cresceram 2,7%, mais do que o esperado. A guerra na Ucrânia e os confinamentos provocados pela pandemia na China estarão entre os motivos deste desempenho.

Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso condicionado/conteúdo em inglês).

Tech Crunch

Entregas da Tesla caem quase 18% no 2.º trimestre

A Tesla entregou 254.695 veículos elétricos em todo o mundo no segundo trimestre, um número que representa uma queda de quase 18% em relação ao período homólogo, o que reflete também o impacto do encerramento da fábrica em Xangai, devido ao confinamento decretado para travar a Covid-19. Além disso, os constrangimentos da cadeia de abastecimento e os desafios em torno da abertura de fábricas em Berlim e Austin também afetaram a empresa.

Leia a notícia completa no TechCrunch (acesso livre/conteúdo em inglês).

Wall Street Journal

Novo filme dos Minions leva famílias de volta aos cinemas

O mais recente lançamento da saga Gru Maldisposto — Minions: A Ascenção de Gru –, levou as famílias em massa aos cinemas, conseguindo o fim de semana de estreia mais forte para os filmes de animação desde o pré-pandemia. O filme superou as expectativas iniciais de bilheteira, ao arrecadar 108,5 milhões de dólares no mercado dos EUA, um sinal animador para os estúdios de Hollywood numa altura ainda de incerteza relativamente à recuperação dos filmes para a famíliaapós a pandemia. O título gerou ainda 93,7 milhões de dólares adicionais nos mercados internacionais, num total global de 202 milhões.

Leia a notícia completa no Wall Street Journal (acesso condicionado/conteúdo em inglês).

BBC

Tiroteio num centro comercial em Copenhaga faz três mortos

Um atirador matou três pessoas e feriu outras quatro num centro comercial na capital dinamarquesa. A polícia deteve um suspeito, um jovem de 22 anos, minutos após o tiroteio em Copenhaga. O indivíduo tem problemas de saúde mental e não há indicação de motivação terrorista, de acordo com o chefe de polícia Soeren Thomassen.

Leia a notícia completa na BBC (acesso livre/conteúdo em inglês).

Reuters

Inundações forçam retirada de mais de 30 mil pessoas em Sydney

As autoridades australianas ordenaram esta segunda-feira que mais de 30 mil pessoas em Sydney abandonem as respetivas residências, na sequência de inundações causadas por fortes chuvas desde o fim de semana, que deixaram algumas comunidades isoladas. A ordem de evacuação afeta várias áreas na parte ocidental de Sydney, onde os níveis dos rios Hawkesbury, Nepean e Colo continuam a subir. Foram destacados cerca de 100 soldados para ajudar nos esforços de contenção e evacuação dos rios.

Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre/conteúdo em inglês).

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República Centro-Africana lança primeira criptomoeda do país

  • Lusa
  • 4 Julho 2022

"Sango" é a nova criptomoeda da República Centro-Africana, que em abril se tornou o segundo país do mundo a adotar a bitcoin como moeda oficial.

A República Centro-Africana lançou no domingo a primeira criptomoeda do país, depois de se tornar, em abril, na segunda nação do mundo e primeira africana a adotar a bitcoin como moeda oficial, ao lado do franco CFA.

“É um momento histórico, o sonho de um Presidente para a reconstrução da República Centro-Africana. A criptomoeda é revolucionária. Democratizará a democracia”, disse no dia do lançamento o Presidente do país, Faustin Archange Touadéra, numa apresentação virtual.

Touadéra quer que a nova moeda digital, batizada de “sango”, valorize os recursos naturais nacionais, escreveu a agência de notícias Efe.

A 7 de setembro de 2021, El Salvador tornou-se no primeiro país do mundo a adotar a bitcoin como moeda oficial, juntamente com o dólar norte-americano. O Fundo Monetário Internacional (FMI) instou o país da América Central, liderado pelo Presidente, Nayib Bukele, a “eliminar a qualidade do curso legal” da bitcoin, manifestando, mais tarde, preocupação também com a decisão tomada pelo executivo da República Centro-Africana.

O país africano, com uma economia fortemente dependente da mineração, tem sido palco de forte violência desde finais de 2012, quando uma coligação de grupos rebeldes de maioria muçulmana – Séléka – tomou a capital Bangui e derrubou o Presidente, François Bozizé, após dez anos no poder (2003-2013), desencadeando uma guerra civil. Como resistência contra os ataques da Séléka formaram-se milícias cristãs anti-Balaka, que, tal como o primeiro grupo, acabaram por se dividir em várias fações armadas.

Pouco antes das eleições presidenciais de 27 de dezembro de 2020 – que a oposição pediu que fossem anuladas após mais de 40% das mesas de voto não estarem disponíveis devido à insegurança – vários grupos armados uniram-se para formar a coligação dos patriotas para a mudança (CPC), que tentou tomar a capital, em janeiro de 2021.

Em outubro do mesmo ano, Touadéra declarou um cessar-fogo unilateral com o objetivo de facilitar o diálogo nacional. Apesar deste progresso, dois terços do país, rico em diamantes, urânio e ouro, encontra-se ainda controlado por milícias e, segundo a ONU, cerca de 692 mil pessoas estão deslocadas internamente.

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Tarefeiros da saúde dão 54 milhões de euros a quatro empresas

  • ECO
  • 4 Julho 2022

De 2017 até junho deste ano, quatro empresas ficaram com mais de metade dos contratos de prestação de serviços de médicos e enfermeiros tarefeiros, num total que ultrapassa os 54 milhões de euros.

Quatro empresas foram responsáveis por mais de metade dos contratos de prestação de serviços de médicos e enfermeiros tarefeiros entre 2017 e junho de 2022, segundo uma análise feita pelo Correio da Manhã a contratos publicados no portal Base.

Dos 826 contratos publicados no portal Base, a Precise/EHC (ambas geridas por Nuno Correia Neves), a Knower/Talenter/Talenter24 (do grupo Wellow, lideradas por César Santos), a Randstad II e a Kelly Services Healthcare ficaram com mais de metade dos contratos de tarefeiros nesse período. Em causa está um montante de 54 milhões de euros pago aos quatro grupos, noticia o jornal, que lembra que nem os contratos todos são divulgados no portal da contratação pública, pois as entidades do Serviço Nacional de Saúde não estão obrigadas a fazê-lo, refere.

A Precise, gerida por Nuno Correia Neves, ganhou 116 desses 826 contratos, arrecadando um total de 16 milhões de euros, enquanto a EHC (European Healthcare City), com o mesmo gerente, garantiu 24 contratos, num total de quase sete milhões de euros. Depois, as empresas do grupo Wellow conseguiram a adjudicação de pelo menos 140 contratos, no valor de 20,7 milhões de euros. Já a Randstad II e a Kelly Services Healthcare celebraram mais de 150 contratos, num total de, em conjunto, 17,1 milhões de euros, destinando médicos para centros de saúde e serviços hospitalares como Ortopedia, Pediatria, Anestesiologia ou Emergência Médica.

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Galp e Greenvolt impulsionam PSI em dia de ganhos na Europa

A semana começa com uma nota positiva entre as principais bolsas europeias e a praça lisboeta não é exceção. Galp e Greenvolt somam mais de 2%.

A bolsa nacional arrancou a primeira sessão da semana a subir, acompanhando a tendência positiva das congéneres europeias. A maioria das cotadas do índice de referência nacional negoceia no verde, com destaque para Galp Energia e para a Greenvolt, no último dia para a subscrição de novas ações do aumento de capital desta última.

No Velho Continente, o dia é de ganhos. O índice de referência na Europa, o Stoxx 600, soma 0,7%, a par com o espanhol IBEX e o alemão DAX.o britânico FTSE 100 avança 0,8% e o índice francês CAC-40 sobe 0,9%.

Em Lisboa, o PSI valoriza 0,90%, para os 6.106,48 pontos. Entre as 15 cotadas do índice de referência nacional, apenas duas arrancam a sessão em terreno negativo, enquanto as restantes registam ganhos e uma — a Mota Engil — permanece inalterada.

Nas subidas, destaque para a Galp Energia, que soma 2,53%, para 10,93 euros, tendo chegado a subir mais de 3% nos primeiros minutos do dia de negociações. Isto numa altura em que o petróleo negociado nos mercados internacionais soma 0,2%, para 111 dólares o barril.

Galp sobe mais de 2%

Já a Greenvolt avança 2,77%, para 7,78 euros, neste que é o último dia do período para a subscrição de ações do aumento de capital da empresa, iniciado em 20 de junho. Na informação enviada aos mercados no início do mês passado, era referido que o preço das novas ações é de 5,62 euros e que os acionistas e investidores têm direitos preferenciais de subscrição.

As cotadas do setor da pasta e papel sobressaem também entre as subidas, com a Semapa a avançar 2,23%, a Altri a ganhar 1,51% e a Navigator a valorizar 1,43%.

Nota ainda para a Jerónimo Martins, que avança 1,34%, para 21,18 euros, e para a EDP, que ganha 0,60% para 4,66 euros.

Por outro lado, a EDP Renováveis está a perder valor, recuando 0,46%, para 23,70 euros, enquanto o BCP também pressiona o PSI, ao cair 0,80%, para 0,1605 euros.

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PRR

Execução do PRR ameaça agravar desigualdades no acesso a habitação

  • ECO
  • 4 Julho 2022

De momento, avançam soluções no terreno para 2.000 fogos, mas há cerca de 80 mil agregados em carência habitacional e o PRR prevê financiar a 100% as primeiras 26 mil famílias.

A verba do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) destinada a apoiar o acesso à habitação permitiu, até à data, a solução para 2.000 fogos em 38 municípios, num investimento de 145 milhões de euros, de acordo com o Ministério das Infraestruturas e Habitação. Estes números traduzem taxas de execução muito baixas, noticia o Público (acesso condicionado), mas o jornal alerta também para o risco de agravamento das desigualdades no acesso a habitação, já que nem todos os agregados e municípios partem com as mesmas condições.

O PRR prevê financiar a 100% as primeiras 26 mil famílias (total de situações de precariedade habitacional extrema sinalizadas em 2018) num investimento de 1.200 milhões de euros, quando há cerca de 80 mil agregados em carência habitacional em todo o país, além de que os municípios que estão a tentar implementar as respetivas estratégias locais de habitação (ELH) se deparam com dificuldades no terreno para chegar rapidamente a este financiamento.

Além disso, teme-se que a execução possa agravar as desigualdades no acesso a habitação em Portugal. Como constata Sílvia Jorge, investigadora do Centro para a Inovação em Território, Urbanismo e Arquitetura do Instituto Superior Técnico da Universidade de Lisboa, ao mesmo jornal, “os municípios não partem todos do mesmo lugar“, visto terem “pesos institucionais e recursos técnicos e financeiros completamente distintos, o que pode conduzir à reprodução de cenários de desigualdade e a assimetrias crescentes”.

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