Carris com serviço “normalizado”. Estação de comboios de Algés ainda encerrada

  • ECO
  • 14 Dezembro 2022

O serviço de transporte público da Carris, que opera na cidade de Lisboa, está já “totalmente normalizado”. Várias linhas ferroviárias reabriram, mas Algés continua sem serviço.

Depois de uma noite de acalmia, sem ocorrências de grande expressão, mais de 9.600 operacionais estão esta quarta-feira em trabalhos de limpeza e recuperação das áreas afetadas devido às cheias de terça-feira, com grande incidência em Algés, Lisboa, Loures e Campo Maior (distrito de Portalegre), segundo disse à Lusa o comandante Elísio Pereira, da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).

Entretanto, o serviço de transporte público da Carris, que opera na cidade de Lisboa, está já “totalmente normalizado”, após condicionamentos registados na terça-feira devido às chuvas intensas. Na véspera, a empresa tinha informado que os seus serviços estavam a ser gradualmente repostos, sempre que as vias de circulação eram reabertas pela Câmara, Proteção Civil e Polícia Municipal, por estarem garantidas todas as condições de segurança. Isto depois de o serviço da Carris ter sido “fortemente afetado” pelas condições meteorológicas na capital.

Também na Linha do Leste, entre Portalegre e Elvas, a circulação ferroviária foi reposta às 9h20, mas ainda com limite de velocidade de 30 quilómetros por hora (km/h) entre os km 250.200 o 250.900, depois de ter estado interrompida devido às inundações na zona, disse à Lusa fonte da Infraestruturas de Portugal (IP). Em Campo Maior, no distrito de Portalegre, a zona baixa da vila ficou alagada e várias casas foram inundadas, algumas com água até ao teto, segundo a Câmara Municipal, que prevê acionar o Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil.

Quanto a outras situações, às 10h20 a Estação de Algés, em Oeiras, continuava sem serviço comercial. Num balanço feito às 7 horas, a IP informava ainda que a circulação ferroviária tinha sido restabelecida, na Linha do Norte, em todas as vias entre Sacavém-Bobadela Sul e Alverca, com limitação de velocidade na zona de Póvoa da Santa Iria.

Na Linha de Sintra tinha também sido restabelecida a circulação entre Benfica e Campolide, com limitação de velocidade de 30 Km/h entre os quilómetros 3,3 e 3,5, enquanto na Linha do Sul a circulação em ambas as vias entre Pragal e Corroios fazia-se com limitação de velocidade de 30Km/h.

Já o acesso à plataforma da CP de Entrecampos, através da estação do Metropolitano de Lisboa, reabriu às 6h30. As inundações provocadas pela forte precipitação criaram, na terça-feira, constrangimentos nas estações de Chelas (Linha Vermelha), Entre Campos (Amarela) e Jardim Zoológico (Azul), embora a circulação do metro “nunca” tenha estado interrompida.

A ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, garantiu esta manhã que não vai hesitar em recorrer a “todos os instrumentos nacionais e europeus que existem” para apoiar os municípios afetados pelas intempéries da última semana e de terça-feira.

Quanto às famílias desalojadas, o ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, disse que todas “terão respostas no quadro dos programas do Governo”, depois da identificação feita pelos municípios.

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Seis distritos têm aviso amarelo de chuva para a madrugada

  • Mariana Marques Tiago
  • 14 Dezembro 2022

Aveiro, Castelo Branco, Coimbra, Leiria, Portalegre e Santarém têm aviso amarelo: entre a meia-noite e as seis da manhã podem acontecer períodos de "chuva forte".

Seis distritos estão sob aviso amarelo de precipitação para esta noite: entre a meia-noite e as seis da manhã poderão registar-se períodos de chuva forte em Aveiro, Castelo Branco, Coimbra, Leiria, Portalegre e Santarém, segundo informação da página do Instituto Português do Mar e da Atmosfera.

Horas antes, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) anunciou o desagravamento da situação meteorológica para o resto do dia de quarta, passando o “alerta especial” da autoridade de laranja para amarelo às 14h00. Mas, para sexta-feira espera-se um novo agravamento do estado do tempo.

Prevê-se “um regime de aguaceiros, por vezes forte”, com a possibilidade de ocorrência de trovoadas, avançou André Fernandes. O comandante nacional de emergência e proteção civil acrescentou que, apesar do desagravamento previsto, é possível que ocorram “situações pontuais de inundações”. Por esse motivo, manter-se-ão os dispositivos no terreno, “prontos para intervir em novas situações”.

Até ao momento mantêm-se ativos cinco planos municipais de emergência: quatro no distrito de Portalegre e um no distrito de Santarém (ativado durante a manhã). Também durante a manhã desta terça-feira, na cidade de Setúbal, se registou uma “precipitação intensa”, adiantou o responsável. Até ao momento não se regista qualquer vítima e as autoridades permanecem no local.

No que toca aos meios solicitados às Forças Armadas, estes foram desmobilizados durante a passada terça-feira, esclareceu André Fernandes, uma vez que deram por terminada “a intervenção planeada e prevista”.

Possível agravamento do tempo na sexta-feira

Na próxima sexta-feira prevê-se uma alteração da situação. O comandante nacional de emergência e proteção civil anunciou que se prevê que no dia 16 se registe “chuva forte durante a madrugada e um ligeiro agravamento” da meteorologia. Mas no fim de semana, 17 e 18, será “espectável um desagravamento da situação meteorológica, com precipitação pouco fraca”, afirmou André Fernandes.

A ANEPC diz manter-se atenta e pronta a intervir e voltou ainda a alertar para a existência de uma agitação marítima forte, pelo que recomendou à população que evite circular junto à linha de costa.

(Notícia atualizada às 21h37 com aviso amarelo de precipitação para seis distritos)

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Simoldes vai entrar no piloto da semana de quatro dias em 2023

É a primeira empresa que já publicamente manifestou o interesse em participar no piloto da semana mais curta de trabalho. Piloto vai decorrer na divisão de plásticos.

A Simoldes é uma das empresas que vai participar no piloto da semana de quatro dias que o Governo está a promover para 2023, revelou Paulo Bastos, diretor de recursos humanos do grupo Simoldes, no webinar “E agora 2023? O que esperar do mercado de trabalho”, realizado pela Pessoas. É a primeira empresa que já publicamente manifestou o interesse em participar no piloto da semana mais curta de trabalho. O grupo está ainda a prever fazer aumentos acima da inflação para os quadros com menores qualificações no próximo ano.

“A Simoldes é uma das empresas que se vai associar a este projeto (da semana de quatro dias) numa tentativa de perceber se é o caminho ou não. Acreditamos que em determinadas funções vai ser possível, queremos ser pioneiros e dar oportunidade às pessoas de participar neste estudo e vamos avaliar. Não vamos decidir por antecipação, a decisão será tomada na devida altura, mas temos todo o gosto, estamos abertos, em participar neste estudo”, adiantou Paulo Bastos, diretor de recursos humanos do grupo português, durante o webinar.

Assista aqui ao webinar “E agora 2023? O que esperar do mercado de trabalho”, que contou ainda com a participação de Ana Rita Lopes, DRH do Grupo Nabeiro, e Marco Arroz, national senior manager de recrutamento e seleção especializado da Multipessoal.

Piloto arranca na divisão de plásticos

Esta é uma das iniciativas que o grupo português tem em cima da mesa para o 2023 de modo a responder aos profissionais da companhia ao nível de compensação e benefícios. “No grupo de pessoas com maior nível de qualificação, vamos ter de trabalhar outras matérias que não sejam o salário, desde o aumento do número de dias em teletrabalho, desde a concentração de horários”, disse ainda o DRH.

“O Grupo Simoldes, a esta data, já adotou o regime de prestação de trabalho em teletrabalho em todas as funções compatíveis com o mesmo, num regime híbrido, nos termos da legislação e da regulamentação interna em vigor. Bem assim temos em implementação o regime da flexibilidade do horário de trabalho (em funções aplicáveis)”, clarifica Paulo Bastos, à Pessoas.

A Simoldes é uma das empresas que se vai associar a este projeto (da semana de quatro dias) numa tentativa de perceber se é o caminho ou não. Acreditamos que em determinadas funções vai ser possível, queremos ser pioneiros e dar oportunidade às pessoas de participar neste estudo e vamos avaliar. Não vamos decidir por antecipação, a decisão será tomada na devida altura, mas temos todo o gosto, estamos abertos, em participar neste estudo.

Paulo Bastos

Direção de Recursos Humanos do grupo Simoldes

Participar no piloto da semana de quatro dias é outra das iniciativas para 2023. “Vamos trabalhar num estudo, que vai ser piloto, na redução do horário de trabalho que vamos fazer ao nível dos administrativos para percecionar quais os níveis de rentabilidade que se mantém neste tipo de funções diminuindo ou concentrando a carga horária, para que as pessoas tenham de se deslocar menos para a empresa e, de alguma forma, poupem e ganhem e se sintam mais motivados para conciliar a vida pessoal com a vida profissional”, refere ainda o DRH durante o webinar.

“Vamos trabalhando nestas matérias, como a questão do aumento de férias, que não é propriamente salário, dinheiro, mas vamos ter de dar algo às pessoas para que sintam mais motivadas e compensadas”, acrescenta.

No caso do piloto da semana de quatro dias, “move-nos a possibilidade de proporcionar aos nossos colaboradores um estado de equilíbrio em que estes possam priorizar igualmente a sua atividade profissional e a respetiva vida pessoal, promovendo-se o tão falado Life Work Balance, sempre na expectativa e pressuposto de, uma vez promovendo e aumentando a motivação dos nossos colaboradores, se aumente, bem assim, a nossa produtividade”, justifica o DRH à Pessoas.

O piloto abrange as empresas da Divisão de Plásticos do grupo sediadas em Portugal. “Iremos iniciar este projeto abrangendo as empresas da Divisão Plásticos sediadas em Portugal e essencialmente em áreas administrativas, tais como Recursos Humanos, Qualidade, R&I, Engenharia, F&A, Compras , IT e Controlling/Costing, num total previsto de 30/40 pessoas a identificar em cada uma dessas áreas”, clarifica Paulo Bastos.

“Estamos a considerar implementar o regime piloto em duas formas, de forma a avaliar qual a mais válida para os efeitos pretendidos, designadamente, a concentração das 40 horas semanais em quatro dias sem perda de rendimento e, igualmente, a redução de horas ao PNT semanal sem perda de rendimento”, descreve ainda.

Já no grupo de colaboradores com menores qualificações e salários mais baixos a estratégia passa pelo aumento de salários acima da inflação. “A parte dos trabalhadores menos qualificados, com níveis de salários mais baixos, a Simoldes vai ter a preocupação, é esse o princípio da nossa administração, de dar valores salariais acima da inflação”, para garantir que “possam fazer face à subida de inflação vivida por todos”, assegura o responsável.

“Serão cerca de 600 a 700 colaboradores a abranger pela medida prevista de aumento do vencimento em valor igual ou superior à inflação, mas em valor ainda a definir“, adiantou o DRH à Pessoas.

Para 2023, o Governo está a prever no Orçamento do Estado uma inflação de 4%.

Piloto semana de quatro dias arranca em junho

Presente em todo o mundo com cerca de 6.500 colaboradores, dos quais cerca de 3.250 em Portugal, a Simoldes é a primeira empresa que publicamente já manifestou o interesse em participar no piloto da semana mais curta promovido pelo Governo.

Com duração de seis meses, o piloto tem arranque previsto para junho, estando o Executivo a promover, até 20 janeiro, sessões de esclarecimento junto das empresas que já podem sinalizar o seu interesse em participar.

“Estamos à procura de empresas em todos os setores. Desde empresas no setor das tecnologias, que sabem que, para contratar os melhores, têm de oferecer mais do que um bom salário, até restaurantes, onde a rotação de trabalhadores e os constantes problemas de recrutamento têm levado a uma perda de clientes e tornado o dia a dia insustentável. Estamos à procura de fábricas, que tenham grandes problemas de absentismo, e empresas de consultoria ou de outros serviços que achem importante os trabalhadores voltarem para o escritório, mas compreendem que o trabalho não pode voltar a ser como antes da pandemia”, diz Pedro Gomes, o economista e professor da Universidade de Londres que vai coordenar o projeto-piloto, num vídeo publicado no YouTube.

As empresas interessadas podem preencher o formulário de inscrição disponível no site do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP).

Apesar do impacto positivo ao nível de produtividade em vários pilotos – caso da Islândia e do Reino Unido, onde, a meio do piloto, mais de metade das empresas participantes já manifestou que pretende manter esse modelo de trabalho após o fim do piloto – e do interesse gerado junto dos trabalhadores, em Portugal as organizações que representam o patronato não se mostram interessadas.

Um recente inquérito da Associação Empresarial de Portugal (APE) diz mesmo que para mais de metade dos empresários considera “nada vantajoso” os vários cenários de implementação de uma semana mais curta de trabalho, mesmo aqueles que admitem um corte salarial de 10% e um apoio financeiro do Estado para apoiar a transição para o novo modelo. A grande maioria (71%) prevê um impacto negativo sobretudo ao nível dos lucros.

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Açores e Lisboa são as regiões que mais “perdem” casas novas para habitação familiar

Durante o verão foram licenciados 5.700 edifícios em Portugal, menos 7,7% do que em igual período de 2021, com a maior quebra nas obras de reabilitação. Só a Madeira teve mais edifícios licenciados.

O número de edifícios licenciados no terceiro trimestre de 2022 caiu 7,7% no terceiro trimestre face ao mesmo período do ano passado – depois de já ter recuado 6,6% nos três meses anteriores –, com 5.700 licenciamentos registados durante estes meses do verão.

Do total de edifícios licenciados em Portugal neste período, 76,7% destinaram-se a construções novas, sendo que, entre estas, 81% tiveram como finalidade a habitação familiar. Os dados foram divulgados pelo INE, que acrescenta que os casos de demolição (312 edifícios) corresponderam a 5,4% do total.

A Região Autónoma da Madeira foi a única região a apresentar uma variação homóloga positiva no número total de edifícios licenciados (+7,9%). Em todas as demais regiões do país verificaram-se variações homólogas negativas, evidenciando-se o Alentejo com -30,5%.

Em termos percentuais, a diminuição no número de edifícios licenciados no terceiro trimestre foi maior nas obras de reabilitação, que decresceram 12,6%, do que nos casos correspondentes a construções novas (-5,8%). Já numa comparação com o que se tinha passado entre abril e junho deste ano, o licenciamento em construções novas decresceu 7,8% e as obras de reabilitação diminuíram 12,1% nos três meses seguintes.

Analisando, em particular, o caso das novas construções para habitação familiar, a quebra no período em análise foi de 4,7%, para um total de 6,9 mil fogos licenciados. As únicas variações homólogas positivas neste indicador foram registadas no Algarve – impulsionadas pelos municípios de Loulé, Silves e São Brás de Alportel – e na Madeira (+58,6% e +2,5%, respetivamente). Ao invés, os decréscimos mais significativos ocorreram nos Açores (-26%; -40 fogos) e na Área Metropolitana de Lisboa (-17,6%; -265 fogos).

Numa análise por município, os cinco com maior variação absoluta positiva face ao terceiro trimestre de 2021 representaram 13,7% do licenciamento total de fogos em obras de edificação, isto é, considerando todos os tipos de obras e todos os destinos. Por outro lado, englobando os cinco com maior variação negativa, os fogos licenciados para edificação diminuíram 46,3% (-1.165 fogos).

No conjunto do ano, até setembro de 2022, foram licenciados menos 3,9% de edifícios do que nos primeiros nove meses de 2021. Ainda assim, fica 3,4% acima do registado em igual período de 2019, antes da pandemia de Covid-19.

Menos 11,5% de obras de reabilitação concluídas

No terceiro trimestre de 2022, o INE estima ainda que tenham sido concluídos 3,7 mil edifícios em Portugal (entre construções novas, ampliações, alterações e reconstruções), uma quebra homóloga de 3,4%. Todas as regiões apresentaram decréscimo neste indicador, salientando-se o Algarve (-22,3%) e a Região Autónoma dos Açores (-11,8%).

Na comparação homóloga, verificam-se diminuições de 1,3% nas obras concluídas em construções novas e de 11,5% nas empreitadas de reabilitação. No caso específico da reabilitação, a pressão negativa veio dos Açores (-26,7%), do Centro (-26,4%) e do Algarve (-26,3%), já que o Norte e a Madeira tiveram um comportamento positivo no encerramento das obras de recuperação (+6,3% e +5,3%, respetivamente).

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Consumo de combustíveis aumenta 4,2% em outubro

  • Lusa
  • 14 Dezembro 2022

O aumento mais significativo verificou-se no consumo de ‘jet fuel’, que subiu 39,4%. Gasóleo, GPL e gasolina apresentaram descidas face a outubro de 2021.

O consumo de combustíveis derivados do petróleo aumentou 27,6 quilotoneladas (kton) em outubro, em termos homólogos, o que representa uma subida de 4,2% face ao mesmo mês de 2021, anunciou esta quarta-feira Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE).

Segundo o Boletim do Mercado de Combustíveis e GPL divulgado, “o consumo [de combustíveis derivados de petróleo] registado o consumo registado em outubro de 2022 foi 4,2% superior (+27,6 kton) ao de outubro de 2021”, tendo aumentado para 680,1 kton.

O aumento mais significativo verificou-se no consumo de combustível para aeronaves (‘jet fuel’), que subiu 39,4% em termos homólogos, enquanto gasóleo (-2,7%), GPL (-2,1%) e gasolina (-0,8%) apresentaram descidas face a outubro de 2021.

O consumo verificado no período em análise foi inferior ao consumo no mesmo mês de 2019, anterior à pandemia, em 28,6 kton, tendo os consumos de GPL, gasóleo e ‘jet fuel’ caído 13,8%, 6,3% e 0,4%, respetivamente, e o da gasolina crescido 6,0%.

Em cadeia, os consumos globais de combustíveis derivados de petróleo aumentaram 10,2 kton, o equivalente a 1,5%.

Face a setembro, o consumo de gasóleo aumentou 5,6% e o do GPL 2,4%, ao passo que o ‘jet fuel’ e a gasolina recuaram 6,5% e 2,6%, respetivamente.

Já quanto aos preços médios de venda ao público do gasóleo e da gasolina, em outubro, registaram-se aumentos de 3,2% e 5,0%, respetivamente, face ao mês anterior, para 1,941 e 1,861 euros por litro, respetivamente, em linha com o comportamento dos mercados internacionais.

Já o GPL Auto baixou 0,4% face a setembro para 0,958 euros por litro.

A ERSE assinala que os hipermercados apresentam “as ofertas mais competitivas nos combustíveis rodoviários”, sendo seguidos “pelos operadores do segmento ‘low cost’”.

No caso do gasóleo e da gasolina, Castelo Branco, Braga e Santarém registaram os preços mais baixos, em Portugal continental, enquanto Bragança, Beja e Lisboa apresentaram os preços mais altos.

Já quanto à garrafa de GPL (butano e propano) Vila Real, Braga e Portalegre registaram, para Portugal continental, o menor custo, enquanto Évora, Bragança e Leiria apresentam os preços mais elevados.

 

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Banco de Portugal vai dar 1 euro por cada 7,5345 kunas croatas até fim de fevereiro

Com entrada da Croácia na Zona Euro, o Banco de Portugal vai aceitar kunas croatas em troca de euros entre 1 de janeiro e 28 de fevereiro, em cinco locais em Lisboa, Porto, Faro, Açores e Madeira.

O Banco de Portugal vai trocar kunas croatas por euros entre 1 de janeiro e 28 de fevereiro do próximo ano. A taxa de câmbio está fixada em 7,5345 kunas por cada euro e o serviço é gratuito, indicou o banco central português numa nota divulgada esta quarta-feira.

Isto acontece porque a Croácia vai adotar o euro a partir de 1 de janeiro de 2023. A adesão à Zona Euro foi aprovada pelo Conselho em julho, momento em que foi determinada a taxa de conversão, que “coincide com o nível da atual taxa central da kuna no mecanismo de taxas de câmbio”, explicou o Banco Central Europeu na altura.

Segundo o Banco de Portugal, a troca de notas de kunas croatas por euros pode ser feita nos dias úteis, entre as 8h30 e as 15h, em cinco locais específicos em Lisboa, Porto, Faro, Açores e Madeira (consulte aqui os locais e as moradas). Foi fixado um montante máximo diário por pessoa de 8.000 kunas croatas e publicada uma lista das notas que podem ser entregues para troca.

Até 1 de janeiro, o Banco Central Europeu e o banco central da Croácia (Hrvatska narodna banka) têm um acordo para “acompanhar a evolução da kuna face ao euro no mercado cambial”.

“Com a entrada em vigor do acordo de cooperação estreita entre o BCE e o banco central croata em 1 de outubro de 2020, o BCE passou a ser responsável pela supervisão direta de oito instituições de crédito significativas e pelo controlo geral da supervisão de 15 instituições de crédito menos significativas na Croácia”, indicou a entidade liderada por Christine Lagarde.

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Ecossistema de startups português levantou 710 milhões em 2022

Ecossistema nacional perde posições nos rankings internacionais. Fiscalidade e menos burocracia são aspetos a melhorar segundo os fundadores.

O ecossistema de startups português levantou 710 milhões de euros em 2022, dos quais 421 milhões canalizados para startups com sede em Portugal, revelou o estudo Building a Scale Up Nation, realizado pela IDC para a Startup Portugal, apresentado esta quarta-feira. O valor globalmente angariado pelo ecossistema este ano recua face 1.473 milhões de euros levantados em 2021, ano em que seis startups com ADN nacional atingiram o patamar unicórnio.

“No ano passado levantou-se cerca de 1,5 mil milhões de euros junto a VC e este ano cerca de 700 milhões, o que representa uma quebra quase para metade, mas esse crescimento no ano passado deve-se em muito a rondas de investimento como a da Anchorage ou da Remote”, refere António Dias Martins, diretor executivo da Startup Portugal, durante a apresentação do estudo.

Mas, se globalmente, a evolução revela uma queda dos montantes levantados pelas startups junto de fundos de investimento, no que toca às startups com sede em Portugal a evolução é positiva: aumentando de 169 milhões em 2021, para 421 milhões este ano. Ao nível de early growth a evolução foi igualmente positiva, com as startups a ver o investimento dos fundos a subir de 53 milhões para 109 milhões, de acordo com o estudo, citando dados da Dealroom.

Destes montantes, 344 milhões foram levantados junto a fundos de investimento internacionais — no ano anterior tinha sido 103 milhões — e 77 milhões por fundos em Portugal, uma subida face aos 66 milhões no ano passado.

Desde 2017 foi levantado pelo ecossistema de startups português 3.830 milhões, dos quais 74% por startups com sede fora do país, sobretudo nos Estados Unidos. Montantes levantados com tickets de mais de 100 milhões foi para um pequeno grupo de empresas, nomeadamente os Unicórnios (Remote, Anchorage Digital, Sword Health, Feedzai, Outsystems e Farfetch) e a Power Dot, aponta o estudo.

Do montante global levantado desde 2017, 25% foi canalizado para fintechs — só a Anchorage representa 430 milhões e a Remote 415 milhões –, 22% para enterprise software e 12% marketing.

O estudo faz ainda um retrato do ecossistema composto por 2.039 startups e scaleups registadas e verificadas pela Dealroom, com 49.800 colaboradores, e com uma avaliação global de 34,5 mil milhões. Mas, se considerarmos todos os dados (verificados e não verificados) há um potencial de 3.880 startups e scaleups com 69.100 colaboradores e com uma avaliação de 34,7 mil milhões.

Destas, 62% estão em fase seed, 28% de early growth e 10% em late growth, com Lisboa (43%), Porto (21%) e centro (19%) concentram a maior parte das empresas.

Portugal a perder posições nos rankings internacionais

Apesar dos montantes levantados, o estudo aponta alguns sinais de alerta sobre o dinamismo do ecossistema, com vários rankings internacionais de referência a apontarem perda de competitividade. De acordo com o Startup Blink 2022, entre 100 países, Portugal ocupa a 28.ª posição — menos uma posição que no ano anterior — e no Global Innovation Index do WIPO também recuou uma posição, para o 32.º lugar.

Lisboa — onde se concentram a maioria das startups — cai da 17.ª posição no ranking do Startup Genome, para a se situar na faixa dos 41-50 posições, entre os 100 ecossistemas emergentes.

Fonte: Building a Scale Up Nation, da IDC para a Startup Portugal

 

A avaliação dos fundadores sobre o ecossistema também não é toda ela positiva, como revela o inquérito respondido por 125 startups. “Quase um terço dos empreendedores não está satisfeito”, relata Gabriel Coimbra, country manager da IDC, situação que classifica de “preocupante”.

Pontos de melhoria? “Mais de 70% aponta alterações a nível de fiscalidade como um ponto de melhoria e mais de 50% a criação de ofertas de investimento para investidores privados e 50% simplificação da burocracia”, elenca Gabriel Coimbra.

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Há um português entre os mais influentes na Europa, segundo a Politico

O título de pessoa mais poderosa da Europa foi entregue a Volodymyr Zelenskyy. Mas Vladimir Putin também faz parte da lista, na categoria de "os sonhadores".

Carlos Tavares é o único português entre as personalidades destacadas no ranking anual da Politico como as mais influentes na Europa. O CEO da Stellantis assume o sexto de nove lugares na categoria de disruptivos. O ranking avalia ainda outras duas categorias: os fazedores e os sonhadores. Já o título de pessoa mais poderosa da Europa foi entregue a Volodymyr Zelenskyy.

“O futuro do automóvel é elétrico? A resposta será decidida em parte por Carlos Tavares, o CEO da Stellantis, o sexto maior fabricante de automóveis do mundo, criado no ano passado pela fusão da Fiat Chrysler e do Grupo PSA, que detém marcas como a Peugeot e a Citroën”, lê-se na publicação.

O gestor está no centro do debate do futuro da mobilidade descarbonizada, tendo já alertado para os riscos que a transição representa para os empregos europeus, bem como para a pegada de carbono do fabrico de baterias. “O que é claro é que a eletrificação é uma tecnologia escolhida pelos políticos, não pela indústria”, dizia no início deste ano.

Lançou ainda um “Fórum da Liberdade de Mobilidade” para debater o futuro da mobilidade descarbonizada, previsto para o início do próximo ano. Espera-se que a iniciativa dê algumas pistas sobre a vontade e capacidade da Europa para dar o próximo passo no sentido de mudar a forma como as pessoas se deslocam.

Na categoria da qual o português faz parte — “os disruptivos” — o pódio pertence a Giorgia Meloni, a nova primeira-ministra italiana, Viktor Orbán, primeiro-ministro da Hungria, e Keir Starmer, político britânico que atualmente serve como líder do Partido Trabalhista.

Zelenskyy e Putin em destaque

Já o título de pessoa mais poderosa da Europa foi entregue a Volodymyr Zelenskyy. “A Europa está a mudar. (…) Está a repensar o que significa ser europeu, e isso deve-se, em grande parte, ao facto de o comediante ucraniano se ter tornado presidente”, pode ler-se.

“Esta não é a primeira vez que a Ucrânia é atacada pela Rússia. (…) A razão pela qual as coisas são diferentes desta vez é por causa de Volodymyr Zelenskyy.”

Já na categoria dos “sonhadores”, encabeçada por Sanna Marin, primeira-ministra da Finlândia, Vladimir Putin assume a nona posição, ainda que com o nickname “The loser”, “O perdedor” (na tradução portuguesa).

“É pouco provável que o sonho de Vladimir Putin de uma Rússia maior seja realizado. O seu ataque total à Ucrânia começou a desmoronar-se quase tão rapidamente como começou”, justifica o Politico. Mas acrescenta: “A incapacidade de Putin de realizar o seu sonho não significa que ele não continuará a ser um pesadelo para os seus vizinhos.”

Veja aqui o ranking completo.

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Ministro promete para as próximas semanas uma “solução” para travar aumento das portagens

"Portagens não vão aumentar nessa dimensão [da inflação], mas nas próximas semanas será conhecia a solução que habilitará o Estado a travar o aumento das portagens", disse Pedro Nuno Santos.

É na próxima semana que se ficará a saber como vão ficar os preços das portagens em 2023. O ministro Pedro Nuno Santos prometeu uma “solução” para “travar o aumento das portagens” para as próximas semanas, referindo que não haverá uma subida em linha com a subida da inflação.

As portagens não vão aumentar nessa dimensão [da inflação], mas nas próximas semanas será conhecia a solução legal e jurídica que habilitará o Estado a travar o aumento das portagens”, disse o ministro das Infraestruturas esta quarta-feira, a ser ouvido no Parlamento.

Pedro Nuno Santos disse que o Governo está a “tentar encontrar uma solução que não só proteja as pessoas que circulam, que atravessam portagens, mas também que proteja o Estado português”.

As portagens são atualizadas anualmente em linha com a inflação e, tendo em conta a evolução da inflação, estas poderiam sofrer um aumento de cerca de 10% em 2023. Contudo, o primeiro-ministro já disse que “nada” justificaria uma subida dessa dimensão e as próprias concessionárias já se mostraram disponíveis para atualizar os preços das portagens abaixo do valor da inflação.

(Notícia corrigida com a informação de que a “solução” chega “nas próximas semanas” e não “na próxima semana”)

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O papel das seguradoras no estímulo à poupança

  • BRANDS' TRABALHO
  • 14 Dezembro 2022

Perante o debate da sustentabilidade do sistema de pensões em Portugal, qual será a resposta das seguradoras e fundos de pensões?

É necessário pensar a longo prazo, o atual e conturbado cenário económico assim o exige. A elevada inflação, as subidas agressivas das taxas de juro por parte dos bancos centrais e um ajustamento das remunerações dos trabalhadores abaixo do aumento real de preços está a resultar numa rápida quebra do poder de compra das famílias, obrigando-as a reavaliarem as suas prioridades e finanças pessoais. É neste quadro que os portugueses olham com preocupação para as notícias sobre a sustentabilidade do sistema de pensões, onde as condicionantes demográficas já reconhecidas são cada vez mais evidentes numa população envelhecida e onde as autoridades admitem a necessidade de realizar alterações ao atual modelo de cálculo das pensões.

A solução pode ser dada pelas instituições financeiras, no qual as seguradoras e fundos de pensões ocupam a pole position. Os portugueses revelam ainda desconhecimento dos benefícios da poupança via produtos de capitalização, sendo que a maioria aplica as suas poupanças em depósitos a prazo onde a remuneração nominal é próxima de zero nos dias de hoje. A capacidade de rentabilizar este capital retido em depósitos com remunerações baixas pode resultar num alívio das famílias no momento da reforma.

Cabe ao mercado segurador altamente regulado, profissional e com conhecimento especializado informar sobre as soluções de poupança que dispõe. Entre as quais se incluí seguros e fundos de poupança reforma, além de fundos de investimento como alternativas diversificadas e personalizadas face aos tradicionais depósitos. Cada produto encerra em si um leque de vantagens e desvantagens, a maior das quais o facto da rentabilidade histórica não ser garantia de rentabilidade futura, pelo que a escolha onde aplicar o dinheiro deve ser ponderada e esclarecida.

Estes produtos disponibilizados pelas seguradoras podem revelar-se uma excelente opção para rentabilizar as poupanças que não constituam uma reserva de emergência para as famílias, permitindo no imediato não só a redução da atual perda de valor real dos depósitos bem como em alguns casos usufruir adicionalmente de benefícios fiscais em sede de IRS por aplicarem o seu dinheiro nestes produtos. A longo prazo, os portugueses poderão contar com um valor complementar à sua pensão de reforma futura, cujo cenário é incerto e onde não se pode excluir a existência de novas atualizações no que à idade da reforma e fator de sustentabilidade diz respeito, considerando o atual fluxo de novos pensionistas e de novos trabalhadores no ativo.

Estas preocupações têm sido partilhadas pelas autoridades nacionais e europeias, onde destaca-se o desenvolvimento de novas soluções integradas dos produtos PEPP (Pan-European Personal Pension) impulsionado pela Autoridade Europeia de Seguros e Fundos de Pensões (EIOPA), com o intuito de proporcionar um plano complementar aos sistemas de pensões existentes em cada um dos estados-membros da UE.

Estimular a poupança junto dos portugueses revela-se essencial e quanto mais cedo o alerta for dado melhor, sendo crucial o papel de todos os agentes. As autoridades no que concerne à comunicação, promoção e incentivo, não pondo em causa as finanças públicas, deviam equacionar a revisão e aumento do valor das deduções em IRS dos valores aplicados em PPRs, com vista reforçar a poupança realizada. As empresas com o propósito de melhorar as condições salariais e atrair mais e melhores candidatos para as vagas por preencher nas suas equipas. As famílias na procura de alternativas a fim de evitar remunerar as instituições bancárias por guardarem em depósitos a prazo as poupanças acumuladas. E sobretudo as seguradoras e fundos de pensões que, no mercado atual dispõem de equipas especializadas, competência e provas dadas, pertencendo a eles por último o desafio de se reinventar e apresentarem soluções inovadoras, atrativas e de encontro às necessidades das famílias.

Artigo escrito por Pedro Alexandre, Senior Audit EY, Assurance Financial Services.

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Operação “Tempestade Perfeita”: audição parlamentar do MNE e secretário de Estado chumbada pelo PS

  • Lusa
  • 14 Dezembro 2022

O requerimento, apresentado pelo PSD, foi chumbado com os votos contra do PS. O Bloco de Esquerda não marcou presença na reunião. A operação “Tempestade Perfeita” resultou em 5 detenções.

A Comissão de Defesa Nacional chumbou esta quarta-feira as audições do ministro dos Negócios Estrangeiros e do secretário de Estado da Defesa sobre a investigação “Tempestade Perfeita”, tendo o PS invocado que o Chega já agendou um debate com Cravinho.

O requerimento, apresentado pelo PSD, foi chumbado com os votos contra do PS e os votos favoráveis de PSD, Chega, Iniciativa Liberal e PCP. O Bloco de Esquerda não marcou presença na reunião.

As audições de João Gomes Cravinho, atual ministro dos Negócios Estrangeiros e ex-ministro da Defesa Nacional, e de Marco Capitão Ferreira, secretário de Estado da Defesa Nacional, eram pedidas no âmbito da operação “Tempestade Perfeita”, desencadeada na semana passada pela PJ, em coordenação com o Ministério Público, e que resultou em cinco detenções, entre as quais três altos quadros da Defesa e dois empresários, num total de 19 arguidos.

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Agência Internacional de Energia não exclui subida do preço do petróleo em 2023

  • Lusa
  • 14 Dezembro 2022

Agência alerta que, "à medida que avançamos através dos meses de inverno e para um mercado mais apertado em 2023, não se pode excluir outro aumento de preços".

A Agência Internacional de Energia (AIE) advertiu esta quarta-feira que não exclui um aumento do preço do petróleo bruto em 2023 devido ao aperto do mercado global, apesar da atual fase de declínio causado pelo enfraquecimento da economia mundial. No relatório mensal sobre o mercado petrolífero, a AIE sublinha como o preço caiu cerca de 15 dólares por barril no último mês, por causa do recuo da procura na sequência do enfraquecimento da economia e da abundância da oferta.

Isto ocorreu apesar da queda da produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e dos seus aliados (OPEP+) e da flexibilização das medidas de combate à Covid-19 da China, que poderia resultar num aumento da procura do país asiático, o segundo maior consumidor mundial de petróleo.

Em resumo, o relatório prevê uma contração da procura de 110.000 barris por dia no quarto trimestre deste ano, para 100,8 milhões de barris.

Embora os preços mais baixos sejam um “alívio” para os consumidores afetados pelo aumento da inflação, o impacto total dos embargos contra o petróleo e derivados “continua por ver”, indica o documento. A agência adverte: “À medida que avançamos através dos meses de inverno e para um mercado mais apertado em 2023, não se pode excluir outro aumento de preços“.

A AIE estima que 2022 irá fechar com uma procura global de 99,9 milhões de barris por dia, mais 2,3 milhões de barris, e que em 2023 o aumento será menor, de 1,7 milhões de barris, para 101,6 milhões de barris.

A publicação deste relatório mensal surge no meio de uma queda significativa dos preços desde novembro, que totalizou cerca de 15 dólares por barril em seis semanas, apesar do aumento do consumo gerado pelo inverno no hemisfério norte.

O declínio é mais notável quando comparado com os picos de 130 dólares por barril observados no início de março, poucos dias após o início da invasão da Ucrânia pela Rússia. A queda de preços ocorreu apesar de a OPEP+ ter reduzido a produção em dois milhões de barris por dia em outubro, uma diminuição que em dezembro foi prolongada até ao próximo ano.

O petróleo russo sofreu quedas muito maiores, de até 30 dólares por barril até 43 dólares no início de dezembro no noroeste da Europa, bem abaixo do limite máximo de 60 dólares acordado pela União Europeia, o G7 e a Austrália, nota a AIE.

Para a queda global dos preços pode ter contribuído o aumento dos stocks mundiais de derivados de petróleo, que se espera para o primeiro trimestre de 2023, depois de 10 trimestres consecutivos de declínio. A produção das refinarias aumentou em novembro em 2,2 milhões de barris por dia para atingir o nível mais alto desde janeiro de 2020, antes da pandemia, que provocou uma redução dos preços da gasolina e do gasóleo.

Em novembro, as receitas das exportações de petróleo da Rússia caíram em 700 milhões de dólares para 15.800 milhões de dólares, devido aos preços mais baixos e aos descontos mais elevados nos produtos de origem russa, segundo o relatório.

Essa queda nas receitas ocorreu apesar das exportações russas de petróleo e derivados terem aumentado em 270.000 barris por dia para um total de 8,1 milhões, o valor mensal mais elevado desde abril, principalmente devido a um aumento dos carregamentos de gasóleo.

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