França defende preço máximo do petróleo ao nível dos países produtores

  • Lusa
  • 26 Junho 2022

"É disto que precisamos para retomar a discussão com a OPEP+, e com todos os produtores de petróleo do mundo", afirmou a presidência francesa.

A França é a favor da fixação de um “preço máximo do petróleo” ao nível dos “países produtores” para contrariar o aumento dos preços causado pela guerra na Ucrânia, disse este domingo a presidência francesa, à margem da cimeira do G7.

Paris não se “opõe, em princípio” à proposta dos Estados Unidos de limitar os preços, mas “o que seria muito mais poderoso para nós seria se colocássemos um preço máximo no petróleo que vem de todos os países produtores”, sublinhou o Eliseu. “É disto que precisamos para retomar a discussão com a OPEP+, e com todos os produtores de petróleo do mundo”, acrescentou a presidência francesa.

Esta proposta é distinta da medida sugerida pelos Estados Unidos de um limite máximo para os preços do petróleo, que seria decidido nos países consumidores. Esta segunda ideia será discutida pelos líderes do G7, reunidos até terça-feira no sul da Alemanha, mas várias capitais, incluindo Berlim, disseram que era uma medida complexa a implementar.

“O que precisamos de fazer no G7 é antes tentar ter um preço máximo no petróleo e, a meu ver, também no gás, para evitar ter demasiadas consequências de sanções e da situação económica global“, disse uma fonte da presidência francesa.

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Destinos de luxo alternativos permitem poupar até 5.600 euros. Saiba quais

Uma viagem ao Panamá, no lugar de Bora Bora, pode permitir uma poupança de até 5.600 euros por pessoa. Nesta lista de destinos de luxo alternativos, também Lisboa tem um substituto 31% mais barato.

Num contexto mundial marcado pela inflação e uma subida generalizada dos preços, marcar férias nos destinos de luxo mais populares pode representar um esforço adicional no orçamento familiar. Mas a escolha de uma localização alternativa equiparável às habituais pode gerar uma poupança de até 5.600 euros por pessoa.

A Forbes Advisor calculou o custo médio de uma viagem de férias aos destinos de luxo mais populares e comparou com os preços praticados em destinos semelhantes. Desta forma, criou uma lista de alternativas mais económicas, comparando lado a lado os custos geralmente associados, e a poupança.

Para os cálculos foram contabilizados os principais destinos de verão, e foram comparados os custos associados entre estes e as alternativas mais baratas. Nos cálculos foram considerados os custos médios com uma estadia de sete noites num hotel de quatro estrelas, duas refeições diárias em restaurantes, uma atividade principal, e 10 quilómetros de táxi por dia.

Panamá no lugar de Bora Bora

PanamáRodrigo Cuel - Shutterstock. Cedido por Forbes Advisor

Para os turistas americanos, Bora Bora, na Polinésia Francesa, é um dos destinos de férias mais procurados, contando com mais de meio milhão de pesquisas no Google só no mês passado. No entanto, é possível poupar até 5.894 dólares (5.609 euros) trocando Bora Bora pelo Panamá, na América Central, uma redução de 75,68% no orçamento.

Além do país contar com inúmeras praias nos seus mais de 3.000 quilómetros de costa, é também possível conhecer as comunidades indígenas locais, bem como visitar as tradicionais fábricas de charutos da região. Esta alternativa é a que permite a maior poupança no orçamento das férias de verão.

Neste caso, a poupança também é mais expressiva nos custos com alojamento, sendo que a diferença pode atingir os 5.407 dólares, ou menos 89,11%. Os gastos em restaurantes, por sua vez, também podem ser até 68% menores, o que representa uma redução de 238 dólares. Embora a poupança com atividades seja a menos expressiva, correspondendo apenas a menos 17,43%, em termos nominais isto representa menos 208 dólares por pessoa.

Curaçau no lugar das Bahamas

CuraçauIzabela23 - Shutterstock. Cedido por Forbes Advisor

Curaçau, uma ilha holandesa nas caraíbas, é o destino que permite a segunda maior poupança no orçamento familiar. Com uma diferença de aproximadamente 2.081 dólares por pessoa (1.974,06 euros), ou menos 44,95%, Curaçau pode não contar com praias cor-de-rosa ou uma praia dedicada a porcos selvagens, mas lá é possível não só aprender mergulho como nadar com tartarugas marinhas.

Neste destino paradisíaco alternativo, a despesa com táxis será superior em 63,86%, ou mais 90 dólares, mas esta diferença é equilibrada com as poupanças nos restantes campos. Só no hotel, a troca pode poupar exigir menos 1,694 dólares ao orçamento, uma diferença de 55,67%. Já nos restaurantes e gastos com atividades, a poupança é de 33,72% (118 dólares) e 32,47% (359 dólares), respetivamente.

Florida no lugar de Havai

Florida, EUAKevin J King - Shutterstock. Cedido por Forbes Advisor

Banhados por oceanos opostos, Florida, além de ser sinónimo do parque de diversões Walt Disney World, o Kennedy Space Center e os estúdios da Universal, representa também uma poupança de 1.799 dólares (1.712 euros) face ao Havai, ou um esforço orçamental inferior em 41,43%.

O estado no extremo sudeste norte-americano apresenta a vantagem de ter preços mais baratos em todos os aspetos sob análise, especialmente no alojamento e na generalidade das atividades. Uma semana na Flórida fica cerca de 46,24% mais barata do que no Havai, uma redução de 1,355 dólares. Já o custo de uma atividade diária na cidade fica 39,59% mais barato por pessoa, o que se traduz numa poupança de 408 dólares.

Ilhas Fiji no lugar das Maldivas

Ilhas FijiMartin Valigursky - Shutterstock. Cedido por Forbes Advisor

As ilhas Fiji representam uma alternativa mais económica do que as Maldivas para os turistas norte-americanos. Com uma poupança de aproximadamente 770 dólares (732 euros) por pessoa, ou menos 28,9%, aqui é possível encontrar o Jardim do Gigante Adormecido, águas termais e banhos de lama, bem como demonstrações da cultura local.

Aqui não irá poupar no custo das atividades diárias: irá gastar nisso mais 10,8%, ou 62 dólares. Porém, a redução de custos será mais evidente, novamente, nas despesas com alojamento, onde poderá poupar 38,94% (menos 745 dólares) por pessoa, e cerca de 65,03% nas despesas com o táxi (menos 74 dólares).

Cidade do México no lugar de Lisboa

Cidade do MéxicoRamiro Reyna Jr - shutterstock. Cedido por Forbes Advisor

Em quinto lugar na lista da Forbes encontra-se a cidade do México enquanto uma alternativa mais económica face a Lisboa. A poupança total pode atingir os 564 dólares (ou 536 euros) por pessoa, o que representa uma diferença de 31,8%. A maior poupança está precisamente nos custos de alojamento, onde uma estadia de hotel pode ficar até 43,8% mais barata no México do que na capital de Portugal, o que representa uma poupança de 449 dólares.

No que diz respeito às despesas com alimentação, a poupança de 29,56% reflete-se em mais 43 dólares na carteira, por pessoa. Por sua vez, a poupança já perde expressão ao considerarmos uma poupança de 20,41% com a despesa em táxis, o que reflete uma diferença de sete dólares. Ao analisar a poupança nas despesas com atividades, o México continua a ser mais barato ao permitir gastar menos 65 dólares neste aspeto, ou menos 11,47%.

Monumentos como o Mosteiro dos Jerónimos, o Oceanário de Lisboa ou o Museu Calouste Gulbenkian ficariam, naturalmente, fora de alcance. Mas, em alternativa, os turistas encontram o Museu Frida Kahlo, o Palácio de Belas Artes e a Catedral Metropolitana da Cidade do México.

Istambul no lugar de Atenas

Istambul, Turquia.Seqoya- Shutterstock. Cedido por Forbes Advisor

Situadas relativamente próximas uma da outra, Istambul compensa a distância extra quando se fala de poupança. Visitar a Turquia em vez da Grécia pode corresponder a uma diferença de 391 dólares (372 euros), ou menos 25,11%.

Contrariamente à maioria dos restantes casos, aqui pode gastar menos com alimentação e nos transportes. Enquanto duas refeições por dia ficam 67,55% mais baratas (menos 118 dólares), os cerca de 10 quilómetros de táxi diários comparam-se a um preço 46,75% inferior, o que se traduz em mais 25 dólares na carteira.

Marselha no lugar de Paris

Marselha, França.Vichie81 - Shutterstock. Cedido por Forbes Advisor

Paris é um dos principais destinos de luxo no mundo, mas a cidade portuária de Marselha, no sul de França, também ganha destaque não só pelos custos mais modestos, mas também pela sua posição central no comércio da região.

Além da Basílica Notre-Dame de la Garde, poderá também poupar cerca de 7,59% face a uma visita a Paris, ou menos 189 dólares (179 euros). Enquanto o custo de atividades na cidade será marginalmente superior (mais 1,5%), os gastos serão quase 10% menores no alojamento (menos 136 dólares), e 20% inferiores na alimentação (menos 44 dólares).

Cairo no lugar de Roma

Cairo, Egito.AlexAnton - Shutterstock. Cedido por Forbes Advisor

À semelhança de Istambul, a cidade do Cairo, no Egito, é um caso onde novamente compensa fazer a distância extra face a Roma, na Itália. A poupança é mais modesta em relação às restantes localizações na lista, com gastos apenas 8,18% inferiores, ou menos 154 dólares (146 euros). Aqui as únicas áreas onde irá gastar menos dizem respeito a alimentação e transportes. No Cairo pode esperar uma poupança de 78,45% (menos 218 dólares) por pessoa quando for a um restaurante, e de 83,48% nas viagens de táxi (menos 67 dólares).

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Charles Michel confiante em soluções para sancionar ouro russo sem sofrer impacto

  • Lusa
  • 26 Junho 2022

"Estou confiante de que as questões e medidas técnicas podem ser encontradas para poder visar esse setor sem sermos vítimas de efeitos negativos", disse o presidente do Conselho Europeu.

O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, disse este domingo estar confiante de que se poderão encontrar soluções para sancionar o setor do ouro russo sem sofrer as consequências dessa decisão.

As declarações de Michel foram feitas numa conferência de imprensa em Elmau, na Alemanha, quando foi questionado sobre o anúncio feito pelo Presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Joe Biden, de que o G7, cujos líderes estão reunidos durante três dias no sul da Alemanha, irá anunciar a proibição da importação de ouro da Rússia como parte das medidas destinadas a sancionar a invasão da Ucrânia.

“É importante não tomar medidas que aparentemente consideramos agradáveis e eficientes, mas que, se olharmos para os efeitos colaterais, teriam consequências negativas”, disse Michel. “Estou confiante de que as questões e medidas técnicas podem ser encontradas para poder visar esse setor sem sermos vítimas de efeitos negativos”, afirmou o presidente do Conselho Europeu, que reconheceu que a questão seria abordada na reunião do G7.

Em paralelo, acrescentou, haverá uma coordenação com os Estados membros da União Europeia (UE) para “ter a certeza de que podem ser tomadas decisões unânimes”.

O Presidente dos EUA afirmou hoje no Twitter que o G7, grupo de grandes potências industrializadas (França, Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, Itália, Canadá e Japão) vai anunciar a proibição da importação de ouro da Rússia. “Em conjunto com o G7 anunciaremos que proibimos a importação de ouro russo, uma importação de relevo que gera dezenas de milhares de dólares à Rússia”, disse Joe Biden no Twitter.

O Presidente acrescentou na rede social que “os Estados Unidos impuseram sanções sem precedentes contra [o Presidente russo Vladimir] Putin para lhe retirar as receitas de que necessita para financiar a sua guerra contra a Ucrânia”. Anteriormente, Downing Street tinha anunciado que Reino Unido, EUA, Canadá e Japão iriam proibir as importações de ouro russo.

A Rússia é um importante país produtor de ouro, com exportações no valor de quase 15.000 milhões de euros em 2021, de acordo com Downing Street. Banir o ouro dos mercados londrinos, um importante centro financeiro para o comércio de mercadorias, terá, portanto, “um enorme impacto na capacidade de Putin de angariar dinheiro”, referiu o Governo britânico em comunicado.

A medida afetará particularmente as elites russas que possam ter comprado ouro “numa tentativa de contornar as sanções ocidentais”, acrescentou. Contudo, a proibição só se aplica ao ouro recentemente extraído na Rússia e não ao ouro adquirido antes de o embargo ter sido posto em prática.

O Reino Unido impôs algumas das sanções mais duras entre os países ocidentais contra a Rússia desde que a invasão da Ucrânia começou, há quatro meses, visando o setor financeiro, o mercado do petróleo e dezenas de oligarcas, o que abrange um total de mais de 100 entidades e 1.000 pessoas.

Os líderes do G7 estão reunidos no sul da Alemanha a partir de hoje para uma cimeira de três dias, à qual se seguirá uma reunião dos países da NATO (Organização do Tratado Atlântico Norte) em Madrid.

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Fisco começa a notificar empresas da Zona Franca da Madeira com ajudas ilegais

  • ECO
  • 26 Junho 2022

Notificações começam a ser enviadas esta segunda-feira, com meio ano de atraso, e a devolução dos montantes ilegais pode ser contestada pelos contribuintes.

O Fisco vai começar esta segunda-feira a notificar as 311 empresas da Zona Franca da Madeira (ZFM) que receberam ajudas ilegais do Estado, avança o Público (acesso pago). Estas notificações arrancam com meio ano de atraso e a devolução dos montantes pode ser contestada pelos contribuintes.

Em causa estão empresas que beneficiaram de reduções de IRC sem terem cumprido os critérios definidos para as entidades localizadas nas regiões ultraperiféricas. As cartas de notificação serão enviadas juntamente com um projeto de recuperação dos auxílios de Estado, com a indicação do valor a devolver ao erário público. Os contribuintes poderão exercer o direito de audição, contestando o que lhes é apresentado pelo Fisco.

A recuperação deste dinheiro ficou prevista em dezembro de 2020, quando Bruxelas concluiu que Portugal aplicou o terceiro regime fiscal da zona franca de uma forma irregular. O Estado ficou obrigado a exigir às empresas a devolução das ajudas consideradas ilegais — acima de 200 mil euros –, mas também a “revogar o regime de auxílios incompatível” e a “cancelar todos os pagamentos pendentes relativos aos auxílios”.

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OMS mantém nível de alerta tendo assinalados 3.040 casos de Monkeypox em 47 países

  • Lusa
  • 26 Junho 2022

Diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS) acredita que vírus do monkeypox não representa uma urgência de saúde pública, mas diz estar "profundamente preocupado".

A Organização Mundial de Saúde (OMS) entende que o surto atual do vírus do monkeypox não representa uma urgência de saúde pública de dimensão internacional, o seu nível mais alto de alerta, anunciou hoje a organização.

O diretor-geral da OMS “concorda com o parecer dos especialistas” do Comité de Emergência Internacional que não determina que o evento seja tratado como “uma Emergência de Saúde Pública de Interesse Internacional”, ou seja que se eleve o nível de alerta, lê-se numa mensagem no Twitter de Tedros Adhanom Ghebreyesus.

Num comunicado em que dá conta do resultado de uma reunião daquele comité, convocada para decidir se a OMS aumentava o nível de alerta, a organização sublinhou, contudo, que a convocação dos membros e conselheiros do Comité de Emergência só por si “assinala uma escalada do alerta” e representa “um apelo a uma intensificação das ações de saúde pública em resposta a este acontecimento”.

Desde o início de maio de 2022, foram reportados à OMS 3.040 casos em 47 países, segundo os dados mais recentes apresentados nesta reunião. Representantes de Portugal, com um total de 348 casos até sexta-feira, a maioria notificadas em Lisboa e Vale do Tejo, além de Espanha, Reino Unido, Canadá, República Democrática do Congo e Nigéria, atualizaram o comité de emergência da OMS sobre a situação epidemiológica nos seus países e sobre os atuais esforços de resposta.

Tedros Adhanom Ghebreyesus disse na sua mensagem que está “profundamente preocupado” com o surto de monkeypox, que “representa uma ameaça séria e em evolução” e por isso convocou esta reunião do comité de emergência. A transmissão de monkeypox, também chamada de varíola dos macacos, ocorre em muitos países que não reportaram situações endémicas do vírus, e o maior número de casos verifica-se atualmente na Europa.

A maioria dos casos confirmados é de contactos sexuais entre homens e ocorre em áreas urbanas, ainda que, em princípio, não se trate de uma doença sexualmente transmissível, mas sim transmitida por contacto físico próximo. A situação clínica é muitas vezes atípica, com poucas lesões localizadas e que não se espalham, houve poucos internamentos até à data, e uma morte num indivíduo com problemas de imunidade reportada.

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Zelensky vai pedir ao G7 mais apoio militar face a “chuva de mísseis” russos

  • ECO
  • 26 Junho 2022

Explosões terão ocorrido no distrito de Shevchenkivsky. No dia em que começa a cimeira do G7, Volodymyr Zelensky vai pedir mais assistência militar à Ucrânia.

O presidente da câmara de Kiev, Vitali Klitschko, disse que várias explosões foram sentidas esta madrugada na capital ucraniana. As explosões terão ocorrido no distrito de Shevchenkivsky, onde os serviços de emergência foram resgatar e evacuar os moradores, avançou o autarca no Telegram.

Este domingo começa a cimeira do G7 e Volodymyr Zelensky disse que irá pedir mais assistência militar, perante o que chamou de “chuva de mísseis” russos. No vídeo diário dirigido ao povo da Ucrânia, na noite de sábado, Zelensky disse que o país “precisa mais do que qualquer outro lugar do mundo” dos “sistemas modernos” de defesa militar que fazem parte dos arsenais de vários países ocidentais.

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Reino Unido, EUA, Canadá e Japão proíbem importações de ouro russo

  • Lusa
  • 26 Junho 2022

"Medidas atingirão diretamente os oligarcas russos e irão até ao coração da máquina de guerra de Putin", disse o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson.

Reino Unido, Estados Unidos da América (EUA), Canadá e Japão vão proibir as importações de ouro russo, em novas sanções impostas em resposta à invasão da Ucrânia, anunciou este domingo Downing Street, no primeiro dia de uma cimeira do G7.

“Estas medidas atingirão diretamente os oligarcas russos e irão até ao coração da máquina de guerra de Putin“, disse, citado num comunicado, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, que durante três dias vai encontrar-se com os líderes das grandes potências industrializadas na Alemanha.

“Putin está a desperdiçar os seus escassos recursos nesta guerra inútil e bárbara. Está a alimentar o seu ego à custa dos povos ucraniano e russo”, acrescentou, sublinhando a necessidade de “secar o financiamento do regime” do Presidente russo.

Entretanto, o Presidente dos EUA, Joe Biden, adiantou também este domingo que o G7 (França, Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, Itália, Canadá e Japão) vai anunciar a proibição da importação de ouro da Rússia para sancionar a invasão da Ucrânia. “Em conjunto com o G7 anunciaremos que proibimos a importação de ouro russo, uma importação de relevo que gera dezenas de milhares de dólares à Rússia”, disse Biden no Twitter.

O Presidente dos EUA acrescentou na rede social que “os Estados Unidos impuseram custos sem precedentes contra [o Presidente russo Vladimir] Putin para lhe retirar as receitas de que necessita para financiar a sua guerra contra a Ucrânia”.

A Rússia é um importante país produtor de ouro, com exportações no valor de quase 15.000 milhões de euros em 2021, de acordo com Downing Street. Banir o ouro dos mercados londrinos, um importante centro financeiro para o comércio de mercadorias, terá, portanto, “um enorme impacto na capacidade de Putin de angariar dinheiro”, insistiu o Governo britânico.

A medida afetará particularmente as elites russas que possam ter comprado ouro “numa tentativa de contornar as sanções ocidentais”, acrescentou. Contudo, a proibição só se aplica ao ouro recentemente extraído na Rússia e não ao ouro adquirido antes de o embargo ter sido posto em prática.

O Reino Unido impôs algumas das sanções mais duras entre os países ocidentais contra a Rússia desde que a invasão da Ucrânia começou, há quatro meses, visando o setor financeiro, o mercado do petróleo e dezenas de oligarcas, o que abrange um total de mais de 100 entidades e 1.000 pessoas.

Os líderes do G7 (França, Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, Itália, Canadá e Japão) estão reunidos no sul da Alemanha a partir de hoje para uma cimeira de três dias, à qual se seguirá uma reunião dos países da NATO (Organização do Tratado Atlântico Norte) em Madrid.

As delegações dos três parceiros da União Europeia presentes em Elmau – Alemanha, França e Itália – já estão a discutir o possível alargamento das sanções em relação ao ouro, embora não tenham sido tomadas quaisquer decisões até à data, segundo fontes alemãs citadas pela Efe.

O objetivo do chanceler alemão, Olaf Scholz, escreve a agência espanhola, é “procurar o consenso”, em vez de assumir um papel de liderança, tanto no âmbito do G7 como nas reuniões a que se juntarão na segunda-feira os líderes dos cinco países convidados para a cimeira – Índia, Indonésia, África do Sul, Senegal e Argentina, este último representando toda a América Latina e as Caraíbas.

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ANMP diz que vão ser anunciadas medidas para “superar” reservas sobre descentralização

  • Lusa
  • 25 Junho 2022

Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) está a trabalhar num "acordo que ultrapasse muitas das reservas que os autarcas manifestaram até agora".

A presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) assegurou este sábado que vão ser “anunciadas e formalizadas” medidas que “vão superar” as reservas sobre o processo de descentralização apontadas por alguns autarcas.

“Estamos a trabalhar muito afincadamente, de uma forma positiva, para que possamos assinar um acordo que ultrapasse muitas das reservas que os autarcas manifestaram até agora. Vai haver medidas e decisões que vão ser formalizadas e anunciadas, que vão superar muitas das razões que levaram a essa sensação”, afirmou Luísa Salgueiro, confrontada com declarações do presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas.

Numa entrevista ao Expresso, Carlos Moedas manifestou-se desiludido com o processo de descentralização de competências do Estado para as autarquias: “Sinto-me enganado sobre a descentralização, por isso está fora de questão a área da Saúde neste momento […]. Mas neste momento tanto um como outro estão excluídos da minha agenda, enquanto não tiver a garantia de que na área da Educação as coisas correm bem. Isto é tudo uma confusão enorme”, afirmou o também presidente do Conselho Geral da ANMP.

As negociações entre o Governo e a ANMP atrasaram-se em áreas como a Educação, a Saúde e a Ação Social, que envolviam a transferência de funcionários, equipamentos e, em consequência, montantes financeiros. As verbas a transferir têm sido o ponto central das dificuldades, uma vez que são consideradas insuficientes pelos municípios para o desempenho que é pretendido na Educação e na Saúde.

O atraso da publicação dos diplomas levou à prorrogação do prazo para que os municípios assumissem definitivamente estas competências, de 01 de janeiro de 2021 para 31 de março de 2022. No caso da Ação Social, como o diploma setorial foi publicado já este ano, o prazo foi prorrogado até ao final deste ano.

Em 01 de abril, quando era esperado que os municípios assumissem definitivamente competências na Saúde e na Educação, menos de metade das autarquias elegíveis (201 na Saúde e 278 na Educação) tinha assumido as competências voluntariamente.

Quanto às restantes 17 competências, o Governo considerou-as transferidas em 01 de janeiro de 2021, nas áreas da Cultura, Habitação, Justiça, Atendimento ao Cidadão, Gestão do Património Imobiliário Público, Vias de Comunicação, Praias, Áreas Portuárias, Transporte em Vias Navegáveis Interiores, Cogestão de Áreas Protegidas, Proteção Civil, Policiamento de Proximidade, Segurança Contra Incêndios, Estacionamento Público, Jogos de Fortuna e de Azar, Arborização e Rearborização e Associações de Bombeiros.

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📹IEFP é o 12.º maior beneficiário de apoios europeus na UE

Topo do ranking é ocupado pela Polónia com a Direção Geral para as Estradas e Autoestradas e as linhas ferroviárias. Em terceiro lugar surge a Roménia e a Companhia Nacional de Infraestruturas.

O Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) é o 12.º maior beneficiário de apoios europeus, de acordo com a plataforma Kohesio. São 1,55 mil milhões de euros recebidos para apoiar 331 projetos.

A plataforma pública em linha Kohesio reúne toda a informação sobre mais de 1,7 milhões de projetos e os 536 mil beneficiários nos 27 Estados-membros, financiados por fundos europeus desde 2014. A Kohesio congrega informação sobre os projetos financiados pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), pelo Fundo de Coesão e pelo Fundo Social Europeu (FSE).

O topo deste ranking é ocupado pela Polónia com duas entidades: a Direção Geral para as Estradas e Autoestradas Nacionais, que recebeu 9,09 mil milhões de euros em fundos europeus, e as linhas ferroviárias polacas (PKP), que obtiveram 4,68 mil milhões de euros em apoio para financiar 72 projetos. Em terceiro lugar surge a Roménia e a Companhia Nacional de Administração de Infraestruturas que recebeu 4,62 mil milhões de euros.

http://videos.sapo.pt/7sIR13wjhHkiiJy9Wl7Y

Em Portugal é preciso descer até ao 14.º lugar no ranking dos maiores beneficiários para encontrar uma empresa privada – a Bosch Car Multimédia, que obteve 96,17 milhões de euros em fundos estruturais, para apoiar oito projetos. A Navigator e o apoio de 42,31 milhões de euros a oito projetos surgem em 37.º lugar.

O pódio nacional de ajudas mais avultadas é ocupado pelo IEFP, que arrecada 6,2% dos 25,85 mil milhões de euros do PT2020. Projetos como os estágios Iniciativa Emprego Jovem, apoios à contratação para adultos, integração de jovens e adultos no mercado laboral através de estágios profissionais ou aprendizagem ao longo da vida são alguns dos exemplos das iniciativas financiadas por verbas comunitárias desde 2017 nas suas diversas versões.

Em segundo lugar surge a Direção Geral do Ensino Superior (654,03 milhões de euros) para financiar 41 projetos. Em causa estão bolsas e programas para estudantes do ensino superior, bolsas de ensino superior para alunos carenciados, bolsas de mobilidade, o Programa +Superior, entre outros.

Finalmente, o bronze vai para a Infraestruturas de Portugal (599,02 milhões) que está a desenvolver 11 projetos com apoios comunitários. A segunda fase da modernização do troço Nine-Valença Fronteira na Linha do Minho (67,9 milhões), a segunda fase da modernização do troço Castelo Branco/Covilhã/Guarda na Linha da Beira Baixa (60,6 milhões), o MetroBus do Sistema de Mobilidade do Mondego (60 milhões e que só estará concluído no fim de 2023) ou a modernização da linha de Cascais (50 milhões e que também só estará concluído no fim de 2023) são apenas outros exemplos.

Destaque ainda para a Instituição Financeira de Desenvolvimento (IFD), uma das entidades que deu origem ao Banco Português de Fomento (BPF) depois de ser fundida na SPGM, em conjunto com a PME Investimentos, que surge em quinto lugar. A criação da IFD foi feita com financiamento dos Programas Operacionais Regionais do Continente que tinham uma fatia reservada para instrumentos financeiros. No total, a entidade que era gerida por Henrique Cruz — e que vai agora é o responsável pela Norgarante – recebeu 374,8 milhões para 29 projetos. Em causa estão a criação de fundos de capital ou quase capital, mas também de dívida ou garantias ou ainda instrumentos financeiros de apoio ao empreendedorismo qualificado ou à internacionalização de PME.

Se a desagregação dos projetos for feita por regiões, no Norte o destaque vai para o Metro do Porto que recebeu 137 milhões euros e em Lisboa o campeão é o Metro de Lisboa com 103 milhões. No Centro, a Fundação para a Ciência e Tecnologia foi quem recebeu mais verbas de Bruxelas (56 milhões de euros), no Alentejo foi a Administração Regional de Saúde (42 milhões) e no Algarve foi a Águas do Algarve (17 milhões).

Nas ilhas, a secretaria regional de equipamentos e infraestruturas da Madeira é a campeã dos fundos (173 milhões) e nos Açores são os portos (81 milhões).

No total, Portugal tem 72.138 beneficiários dos fundos estruturais.

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Andreia queria publicidade e João era dentista. Agora são programadores

Programa Switch transforma qualquer pessoa num programador mesmo que não tenha bases informáticas. Há 60 vagas e estágio pago garantido numa das mais de 30 empresas parceiras.

Andreia Sousa estudou comunicação e queria uma carreira na publicidade. João Sousa apostou na Medicina Dentária e atendeu pacientes durante sete anos. Apesar de virem de áreas diferentes, ambos mudaram de carreira e agora são programadores em duas tecnológicas da região do Porto. Ganharam qualidade de vida e nunca se sentiram tão realizados e respeitados no local de trabalho.

O Switch foi o programa que mudou a vida de Andreia e de João. A caminho da sexta edição, a iniciativa transforma qualquer pessoa num profissional da programação em nove meses. Depois disso, há um estágio profissional pago numa das mais de 30 empresas da associação Porto Tech Hub, responsável pelo projeto.

Valorização da carreira

Em 2018/2019, Andreia Sousa foi uma das participantes. Depois de ter tirar um mestrado em tecnologias de comunicação multimédia, no ISMAI, decidiu ir à procura de trabalho a tempo inteiro. “Todos os empregos a que me candidatava pediam experiência…que eu não tinha por ter saído da faculdade ou os ordenados eram muito baixos para aquilo que eu merecia depois de ter investido na minha educação”, recorda, em conversa com o ECO.

Andreia Sousa frequentou curso Switch na edição de 2018/2019.DR

Afastado o cenário de trabalhar por conta própria, a vida de Andreia começou a mudar depois de uma palestra do IEFP. “Liguei ao meu pai e disse-lhe: ‘Vou inscrever-me neste curso. É tão bom que parece mentira. Vou ter a possibilidade de fazer algo que não é a minha área, estão a permitir-me trabalhar numa área em grande ascensão e numa coisa de que gosto. Não tenho como ficar a perder: mesmo que não fique depois do estágio, tenho um mundo pela frente‘”.

A chegada ao curso de nove meses, mesmo assim, não foi tão às escuras como se poderia imaginar. No ensino secundário, Andreia tinha frequentado um curso tecnológico e chegou a ter aulas de algoritmia.

Melhores condições de vida

No caso de João, a mudança foi mais profunda, depois de sete anos na área da medicina dentária. “Estava insatisfeito com o equilíbrio da minha vida profissional e pessoal. A medicina dentária era muito exigente a nível de horários e as condições de trabalho não eram as melhores”, lembra.

Com vários amigos integrados na área tecnológica, João começou a procurar na internet por uma nova carreira, com a perspetiva que “sem formação de base não é fácil entrar nesta área”. Quando soube que o Switch tem um estágio pago incluído, a decisão estava tomada.

João Sousa trocou a medicina dentária pela programação na edição de 2019/2020.DR

É um curso ótimo para quem não tem bases de Matemática. Está tudo desenhado para as pessoas chegarem ao nível necessário para aprenderem software. João passou pela turma de 2019/2020 e enfrentou a passagem das aulas presenciais para a versão completamente remota.

60 vagas para 2022/2023

A turma de 2022 arranca dia 4 de outubro e aceita inscrições até 3 de julho. Há 60 vagas disponíveis e o preço da ‘propina’ é de 2.950 euros.

Na edição deste ano, as aulas serão totalmente presenciais, no Instituto Superior de Engenharia do Porto, e estão dedicadas a três módulos: engenharia e programação de software; metodologias, ferramentas e técnicas de apoio; e desenvolvimento ágil de uma solução de software num contexto empresarial.

O idioma do curso é o português mas recorrendo às bases do código de programação, totalmente em inglês. Há ainda sessões de partilha de experiências e projetos práticos com as empresas parceiras.

Andreia e João lembram-se bem da dureza das primeiras semanas da formação, o que os obrigou a dedicação total durante um ano. Mesmo assim, não encontram razões para “não fazerem este curso”.

Carreira tech sem marcha-atrás

Atualmente, Andreia Sousa é programadora front-end na Critical Software e João Sousa trata do desenvolvimento de testes automáticos na Fabamaq, tecnológica do Porto que desenvolve soluções para a indústria de jogos de casino.

“Nos outros trabalhos em que estive…somos só números e não há respeito. Atualmente, a minha empresa dá liberdade para fazer uma coisa que eu não podia. Sinto-me bastante realizada. Além disso, há sempre uma preocupação para saberem sempre quais são as minhas necessidades”, assinala Andreia.

João nem sequer pondera voltar aos consultórios e tratar da higiene oral dos pacientes, mesmo daqueles que eram os mais fiéis.

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“Não há nada” que o diálogo não resolva na descentralização, diz ministra da Coesão

  • Lusa
  • 25 Junho 2022

Ana Abrunhosa diz não entender "o que está por trás" da "eventual desilusão" do presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, com a descentralização.

A ministra da Coesão afirmou este sábado que “não há nada” que um “bom diálogo” não resolva e que terá que entender a desilusão do presidente da Câmara de Lisboa com a descentralização.

Teremos que entender o que está por trás dessa eventual desilusão, mas creio que não há nada que não se resolva com um bom diálogo e percebendo o que está por detrás das declarações do senhor presidente da câmara de Lisboa”, disse Ana Abrunhosa, à margem da conferência “Localização de Ações para o Oceano: Evento especial dos governos locais e regionais”, que se realiza em Matosinhos.

Carlos Moedas, em entrevista ao Expresso, manifestou-se desiludido com o processo de descentralização de competências: “Sinto-me enganado sobre a descentralização, por isso está fora de questão a área da saúde neste momento (…). Mas neste momento tanto um como outro estão excluídos da minha agenda enquanto não tiver a garantia de que na área da educação as coisas correm bem. Isto é tudo uma confusão enorme”, afirmou.

As negociações entre o Governo e a ANMP atrasaram-se em áreas como a Educação, a Saúde e a Ação Social, que envolviam a transferência de funcionários, equipamentos e, em consequência, montantes financeiros. As verbas a transferir têm sido o ponto central das dificuldades, uma vez que são consideradas insuficientes pelos municípios para o desempenho que é pretendido na Educação e na Saúde.

O atraso da publicação dos diplomas levou à prorrogação do prazo para que os municípios assumissem definitivamente estas competências, de 01 de janeiro de 2021 para 31 de março de 2022. No caso da Ação Social, como o diploma setorial foi publicado já este ano, o prazo foi prorrogado até ao final deste ano.

Em 01 de abril, quando era esperado que os municípios assumissem definitivamente competências na Saúde e na Educação, menos de metade das autarquias elegíveis (201 na Saúde e 278 na Educação) tinha assumido as competências voluntariamente.

Quanto às restantes 17 competências, o Governo considerou-as transferidas em 01 de janeiro de 2021, nas áreas da Cultura, Habitação, Justiça, Atendimento ao Cidadão, Gestão do Património Imobiliário Público, Vias de Comunicação, Praias, Áreas Portuárias, Transporte em Vias Navegáveis Interiores, Cogestão de Áreas Protegidas, Proteção Civil, Policiamento de Proximidade, Segurança Contra Incêndios, Estacionamento Público, Jogos de Fortuna e de Azar, Arborização e Rearborização e Associações de Bombeiros.

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Investimentos no porto de Leixões visam diminuir pegada ambiental

  • Lusa
  • 25 Junho 2022

"Em cada investimento que vamos fazendo, todos eles têm de ser mensurados de que forma contribuem para diminuir a nossa pegada ambiental", disse o presidente da Administração dos Portos de Leixões.

O presidente do porto de Leixões, Nuno Araújo, disse este sábado em Matosinhos que todos os investimentos em infraestruturas contam com uma mensuração do contributo para a diminuição da sua pegada ambiental.

“Em cada investimento que vamos fazendo, todos eles têm de ser mensurados de que forma contribuem para diminuir a nossa pegada ambiental”, disse o presidente da Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL), no evento especial “Localizar a ação pelo Oceano: Governos locais e regionais”, que decorre no terminal de cruzeiros do Porto de Leixões, em Matosinhos, e é preparatório da Conferência dos Oceanos das Nações Unidas, que decorrerá em Lisboa entre segunda e sexta-feira.

Relembrando que a infraestrutura a que preside tem o objetivo de atingir a neutralidade carbónica em 2035, bem como atingir a autossuficiência energética, Nuno Araújo dividiu o caminho para esses objetivos duas dimensões: o “principal negócio” e como “diversificar” o mesmo. Quanto ao “principal negócio”, o administrador portuário mencionou investimentos habituais como “dragagens, o aumento do quebra-mar que está a acontecer neste preciso momento, e mesmo a construção de novos terminais”.

“O quebra-mar, por exemplo, irá permitir trazer navios maiores ao porto de Leixões, mas também mais eficientes, menos poluentes“, e os novos terminais “permitem equipamentos elétricos mais modernos”, que permitem visar o objetivo de movimentar um contentor em 30 minutos, em vez dos atuais 40, diminuindo a “pegada ambiental”.

Na segunda dimensão, a da diversificação do negócio, entram a transição energética, a ferrovia e as novas tecnologias. Na transição energética, Nuno Araújo mencionou a produção de energia através das ondas e ainda o objetivo de tornar Leixões um porto “que possa abastecer não só os seus aplicativos internos”, como lanchas e outros veículos, mas também “servir o setor marítimo”.

A APDL pretende que os navios que atraquem em Leixões possam “ter uma fonte de abastecimento de combustível verde, destes combustíveis alternativos, que começam a ser cada vez mais uma realidade”.

Na ferrovia, o objetivo é aumentar a carga contentorizada “em detrimento do camião”, e nas novas tecnologias “a construção de um datacenter [centro de dados]”, uma vez que o porto “tem pouco espaço” e a tecnologia potencia a velocidade de operações.

A Conferência dos Oceanos de 2022 é coorganizada por Portugal e pelo Quénia. A ONU descreve o evento como um apelo à ação, exortando “os líderes mundiais e todos os decisores a aumentarem a ambição, a mobilizarem parcerias e aumentarem o investimento em abordagens científicas e inovadoras, bem como a empregar soluções baseadas na natureza para reverter o declínio na saúde dos oceanos”.

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