📹 Só tomate e milho escapam às quedas no cultivo e produtividade

Área semeada de batata e arroz deverá decrescer até 15%, tal como a produtividade de vários cereais. Cultivo de milho sobe 5%, mas não chega para fazer face às necessidades de abastecimento do país.

As previsões agrícolas das culturas de primavera do Instituto Nacional de Estatística (INE) apontam para decréscimos na produtividade e na área semeada de vários produtos. É o exemplo da batata, cuja área cultivada deverá ser até 15% menor face 2021, e do arroz, que deverá diminuir 5%.

A produtividade dos cereais praganosos será 10% menor, agravando-se para 15% nos casos do trigo duro e da aveia. Apenas o tomate e o milho escapam, apesar de a área semeada deste cereal, fundamental na produção pecuária, ser insuficiente face às necessidades de abastecimento nacional.

https://videos.sapo.pt/bphDIEvsJJfFKG7FdV5h

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Espanha vai agravar impostos sobre lucros das petrolíferas e elétricas em 2023

  • Lusa
  • 25 Junho 2022

"A carga desta situação tão dolorosa tem de ser partilhada com justiça" e "quem mais obtém deve dar mais ao esforço coletivo", afirmou o primeiro-ministro espanhol.

Espanha vai avançar com o agravamento de impostos sobre os lucros das empresas energéticas, atendendo à subida dos preços, anunciou este sábado o primeiro-ministro Pedro Sánchez. O Governo espanhol espera que esta medida esteja em vigor em janeiro de 2023, depois de a proposta do Governo passar pelo parlamento.

“A carga desta situação tão dolorosa tem de ser partilhada com justiça” e “quem mais obtém deve dar mais ao esforço coletivo”, afirmou, referindo que estão em causa, em relação a estas empresas (petrolíferas e elétricas), “ganhos absolutamente injustificados com o aumento dos preços da energia”.

Sánchez falava em Madrid, numa conferência de imprensa no final de um conselho de ministros extraordinário que aprovou um pacote de medidas no valor de 9.000 milhões de euros de apoios a famílias e empresas e benefícios fiscais até ao final do ano para responder ao impacto da guerra da Ucrânia na economia, em especial, à escalada dos preços. O Governo espanhol já tinha aprovado um pacote anterior, em março, de 6.000 milhões de euros.

Em relação aos impostos sobre os lucros das petrolíferas e elétricas, Sánchez defendeu que “é uma medida em sintonia com a opinião pública” do país e “com medidas similares noutros países europeus”, além de seguir as recomendações de diferentes organismos internacionais”, como a Comissão Europeia e o Fundo Monetário Internacional (FMI).

O líder do Governo espanhol, uma coligação de socialistas com uma plataforma de partidos da extrema-esquerda, disse que a proposta que o Executivo vai levar ao parlamento ainda está a ser desenhada, mas vai responder à necessidade de haver uma “divisão justa dos encargos sociais e económicos” da crise, não sendo aceitável que “alguns saiam beneficiados à custa do prejuízo da maioria”.

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Escola Superior de Santarém vai formar “a primeira geração” de nutricionistas de plantas

A Escola Superior de Santarém vai formar "a primeira geração" de nutricionistas de plantas, na sequência de uma parceria com a Vitas Portugal.

“Apesar de existir muita informação disponível, nem sempre o conhecimento está facilmente acessível aos agricultores“, afirma Rui Rosa, presidente da Vitas Portugal, filial portuguesa do Grupo Roullier que opera na área dos fertilizantes e na vitivinicultura. É por isso que a Escola Superior de Santarém (ESAS) vai formar “a primeira geração” de nutricionistas de plantas, na sequência da assinatura de um memorando entre as duas entidades, anunciou a Vitas Portugal.

Esta formação técnica vai capacitar os agricultores a conseguirem dar “resposta às exigências ambientais e económicas atuais”, esclarece Rui Rosa. Além disso, continua, também vai “reforçar as competências técnicas de base“, assim como proporcionar-lhes “um melhor conhecimento dos novos fertilizantes e inovadoras tecnologias de aplicação“.

Além deste projeto de investigação e capacitação técnica na agricultura, as duas entidades vão desenvolver planos e estudos para a criação de estágios científicos e técnicos de interesse comum.

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Internacional João Félix investe em equipamentos desportivos em Viseu

O internacional João Félix investe em equipamentos desportivos de grande envergadura, dando nova dinâmica ao Complexo Desportivo Príncipe Perfeito, em Viseu, do Grupo Visabeira.

Três campos indoor de Padel, outros dois campos outdoor de relva sintética para futebol, certificados pela FIFA, e ainda um equipamento para a prática de Teqball. São estes os novos equipamentos desportivos do Complexo Desportivo Príncipe Perfeito, em Viseu, resultado de um investimento da empresa JF79 Sports Center, do internacional viseense João Félix, atual jogador do Atlético de Madrid.

De avultado investimento, cujo valor não foi possível apurar, estes novos equipamentos vêm reforçar a capacidade de atração desta infraestrutura que ainda contempla o parque aquático, que é propriedade da cadeia Montebelo Hotels & Resorts do Grupo Visabeira. Até porque, o Padel é uma atividade em grande expansão que tem atraído cada vez mais adeptos.

Estes novos espaços acabam, por isso, por ser uma mais-valia para este complexo desportivo que retomou o funcionamento em junho com “um mega complexo de piscinas ao ar livre”, situado nas imediações da cidade e do Palácio do Gelo Shopping, também gerido pelo Grupo Visabeira.

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Zelensky demite embaixadora da Ucrânia em Lisboa

Inna Ohnivets foi uma dos cinco embaixadores ucranianos demitidos dos seus cargos. Zelensky nomeou diplomatas para o Tajiquistão e Nova Zelândia.

O Presidente ucraniano demitiu a embaixadora da Ucrânia em Lisboa, de acordo com as notícias avançadas pela imprensa ucraniana, citando um decreto presidencial. Inna Ohnivets estava em funções desde outubro 2015, mas é agora afastada do cargo, juntamente com os embaixadores da Geórgia, Eslováquia, Líbano e Irão. Volodymyr Zelensky nomeou ainda embaixadores para o Tajiquistão e Nova Zelândia.

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TAP opera quase em níveis de 2019, mas conflitos laborais ameaçam verão

  • Lusa
  • 25 Junho 2022

Dificuldades nas negociações entre a TAP e os sindicatos, numa altura em que o tráfego está próximo de níveis de 2019, ameaçam perturbar a operação no verão.

As dificuldades nas negociações entre a TAP e os sindicatos, numa altura em que o tráfego está próximo de níveis de 2019, ameaçam perturbar a operação no verão, com as estruturas a darem indicações de que poderão convocar greves.

Os sindicatos contestam os cortes salariais que se mantêm na companhia, a opção por contratos de ACMI, ou seja, de outsourcing da operação, depois da rápida recuperação do tráfego aéreo ter apanhado as companhias e os aeroportos de surpresa, além de várias outras questões. E deixam críticas à administração da transportadora.

Entre os mais contestatários estão os pilotos. No dia 20 de junho, o Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) acusou a TAP de “manipulação e propaganda” e garantiu que iria acionar “todos os mecanismos legais” para contestar o que dizem estar a ser “incumprido”.

Estas declarações foram conhecidas um dia depois de a TAP ter anunciado que vai reduzir em 10% o corte que os pilotos sofreram nos vencimentos e aumentar o patamar a partir do qual aplicará reduções nos salários dos restantes trabalhadores.

Na mesma nota, o SPAC enunciou aquilo que considera serem os “pecados” da companhia e em que inclui questões que já criticou no passado, como os aviões cargueiros parados por falta de certificação, a mudança de instalações, tão contestada pelos trabalhadores, o recurso a aviões Embraer mais pequenos, em vez de Airbus com mais capacidade, e os contratos de prestação de serviços, ou ACMI, para colmatar dificuldades na operação.

Num outro comunicado, enviado às redações, o SPAC destacou no passado domingo, dia 19 de junho, que “a administração da TAP informou os trabalhadores de que sente no direito de desrespeitar os acordos assinados e, como tal, irá unilateralmente alterar as condições de trabalho“.

“No caso concreto dos pilotos, que até ao dia de hoje vivem com um corte salarial ímpar em toda a Europa de 45% (20% deste corte existe por alegadamente existir um excedente de pilotos), irão passar a realizar horas extra retirando uma parte do corte, apesar do acordo assinado dizer que estas não podem ser executadas“, referiu.

Na madrugada de sexta-feira, o SPAC voltou a emitir um comunicado, em que salientou que “a solução, hoje e como sempre, está também do lado da TAP e necessariamente da tutela”, depois de um encontro com o ministro das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos, na quinta-feira.

Por sua vez, no dia 20 de junho, o Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) acusou a TAP de querer “enfraquecer qualquer posição mais radical” do sindicato, depois de ter anunciado um aumento da garantia mínima, segundo uma nota interna. No documento, a que a Lusa teve acesso, o sindicato indicou que no domingo foi informado “pela Comissão Executiva da TAP, de um ‘generoso’ aumento da Garantia Mínima, estabelecida nos Acordos de Emergência“.

Numa mensagem enviada aos trabalhadores e à qual a Lusa teve acesso no domingo, a empresa sublinhou que “um dos principais objetivos definidos para estes cortes era poder adotar um salário mínimo garantido ao qual nenhum corte seria aplicado. A aplicação desta garantia mínima significa que os cortes efetivos não são de 25%, mas variam em média entre 12 e 15%“, refere a carta.

Em resultado de um “diálogo aberto e contínuo, foi decidido atualizar o salário mínimo garantido de 1.330 euros para 1.410 euros, retroativamente a janeiro de 2022″ e “isto assegurará o princípio de manter a proteção de um nível de remuneração sem cortes equivalente a dois salários mínimos nacionais”, adiantou a companhia aérea aos trabalhadores.

Na nota enviada aos associados, a direção do SNPVAC disse que “não pode deixar de ficar satisfeita com a redução dos cortes” dos seus “colegas pilotos, permitindo assim que a empresa deixe de utilizar o argumento de que a suspensão dos 10% do PNT (Período Normal de Trabalho) e o pagamento das horas extra ao PNC [pessoal navegante comercial], sejam motivo de bloqueio para qualquer tipo de melhoria das condições dos trabalhadores do grupo TAP, como chegou a ser veiculado pela administração”.

“Quanto à questão do aumento da Garantia Mínima, e não Salário Mínimo, como alguns querem fazer transparecer, esta direção não anuiu tal decisão. Trata-se de uma medida unilateral por parte da empresa e terá de ser a empresa a explicar aos trabalhadores o porquê desta atitude”, indicou. “A nós, parece-nos que o objetivo traçado está bem definido: enfraquecer os trabalhadores e o nosso sindicato, que nos últimos meses tem encetado todos os esforços para melhorar as condições dos nossos associados”, sublinhou o SNPVAC.

Por sua vez, o SPAC realçou, quanto à gestão, que a TAP “está a aumentar os quadros executivos, trazendo para Portugal a preço e condições de expatriados, gestores estrangeiros, aumentando o peso da estrutura à revelia de um plano de reestruturação que se diz para garantir um futuro sustentável da empresa”.

A direção do sindicato pediu “uma Assembleia de Empresa e de onde não pode sair algo diferente de uma medida de ação industrial que mostre que o problema nunca foram os pilotos, que aceitaram um corte de mais de 50% do seu salário, mas sim as sucessivas gestões danosas da empresa” que, acrescenta, trouxeram a empresa até onde está hoje”, garantindo que irá “acionar todos os mecanismos legais na defesa” do que acha “estar a ser incumprido pela empresa”.

Também os técnicos de manutenção contestam a forma como a sua classe profissional está a ser tratada. Em maio, cerca de 300 pessoas concentraram-se junto à entrada da TAP, em Lisboa, reivindicando o fim dos cortes nos salários dos técnicos de manutenção de aeronaves (TMA), que em alguns trabalhadores representam “40% do vencimento”, segundo o sindicato.

“Nós sujeitámo-nos a cortes, no nosso caso, que rondam 40% do vencimento, e agora o mercado está a abrir – temos uma série de colegas que têm oportunidade de emprego fora de Portugal – e, na prática, as pessoas estão a sair, porque o nível de cortes que estamos a ter são insustentáveis“, afirmou então o presidente da direção do Sindicato dos Técnicos de Manutenção de Aeronaves (Sitema), Paulo Manso.

O sindicalista referiu que atualmente “nem toda a gente está com cortes a este nível”. “Nós, TMA do Sitema temos um corte extra, porque foi negociado com a empresa que faríamos um corte extra para se poder pagar parte do vencimento dos colegas que estavam para ser despedidos”, acrescentou Paulo Manso.

Vários sindicatos que representam os trabalhadores da TAP alertaram, em 31 de maio, em audições no parlamento, que, a manter-se como está, o plano de reestruturação vai “destruir” a companhia. “Na nossa opinião este plano como está, a manter-se, vai destruir a empresa”, disse Paulo Duarte, do Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (Sitava), apontando que a nova gestão está a levar a cabo um “esvaziamento” dos sindicatos.

A coordenadora da Comissão de Trabalhadores da companhia, Cristina Carrilho, realçou, nessa altura que o plano de reestruturação “neste momento encontra-se desatualizado. Os níveis de operação encontram-se perto dos 90%. Há na generalidade falta de trabalhadores“, alertou, salientando que os acordos temporários de emergência, que os trabalhadores assinaram com a companhia e que implicaram cortes nos vencimentos já não fazem sentido. “Devia haver já este ano uma reposição do valor retirado aos salários”, referiu

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São precisos dez anos para encontrar alternativas para o transporte de cereais

  • Lusa
  • 25 Junho 2022

"Para as rotas alternativas, seriam necessários dez anos de investimento para tentar construir as infraestruturas necessárias para substituir" as atuais.

A Ucrânia precisaria de dez anos para construir infraestruturas capazes de substituir os portos do mar Negro, cujo bloqueio pela Rússia impede a exportação de cereais para todo o mundo, disse esta sexta-feira o vice-ministro ucraniano da Política Agrária.

“Para as rotas alternativas, seriam necessários dez anos de investimento para tentar construir as infraestruturas necessárias para substituir estas infraestruturas portuárias do mar Negro, que levámos cerca de 20 anos a construir desde o ano 2000”, disse Taras Vysotsky, em entrevista à AFP.

“Estas rotas alternativas são importantes”, mas só permitem o transporte de um terço das exportações ucranianas, ou seja, 20 e 25 milhões de toneladas por ano contra 60 ou 70 milhões de toneladas através das instalações atuais, sublinhou. Entre esses caminhos, Taras Vysotsky citou as ferrovias, camiões e navios que passam pelos portos da Roménia e da Polónia, em particular.

Os aliados ocidentais da Ucrânia estão a procurar formas de desbloquear os portos ucranianos no mar Negro, começando com Odessa, o principal porto de produção agrícola do país, para aumentar as exportações de cereais, dos quais a Ucrânia é um dos maiores produtores mundiais. E, ao mesmo tempo, limitar a inflação nos mercados mundiais e a crise alimentar que ameaça os principais clientes da Ucrânia, principalmente nos países africanos e do Médio Oriente.

Kiev continua a exigir “garantias de segurança” para desbloquear os portos ucranianos. “Sem garantias muito concretas que permitam a entrada e a saída de navios com segurança, não podemos permitir tais ações”, enfatizou Taras Vysotsky, acrescentando que “a Federação Russa não se revela pronta” para conceder nenhuma.

Taras Vysotsky lembrou que cerca de 20 milhões de toneladas de cereais de 2021 ainda estão retidas na Ucrânia. Entretanto, esses cereais não parecem ameaçados de apodrecer no momento. “Se as condições de armazenamento necessárias forem atendidas, os cereais podem ser armazenados de forma muito eficiente por até dois anos”, realçou.

Referindo-se a um recente ataque russo a um dos maiores terminais de cereais do país, na região de Mykolaiv (sul), estimou que “10 a 15% das infraestruturas foram destruídas por foguetes da Rússia”.

Retomando as acusações já feitas pelo Presidente ucraniano, o vice-ministro da Política Agrária afirmou que Kiev tinha “evidências de cerca de meio milhão de toneladas foram roubadas das regiões parcialmente ocupadas” pela Rússia, citando especificamente as regiões de Kherson, Zaporijia e Lugansk. “Recebemos evidências de imagens de satélite a mostrar que cereais foram transportados para a Síria. Informamos a todos os países, incluindo este, que havia riscos [de roubo] e que quando esses navios estavam a sair da Crimeia, tratava-se de furto”, indicou o governante.

A península da Crimeia (sul) foi anexada pela Rússia em 2014. O vice-ministro esclareceu que a Ucrânia não tinha contactos com a Síria, aliada de Moscovo. Outros países receberam cereais da Rússia que se acredita terem sido roubados da Ucrânia. “Fomos informados de que o Egito havia recebido cereais [da Ucrânia], mas o país rejeitou” a oferta, afirmou Taras Vysotsky.

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FMI alerta EUA para “caminho apertado para evitar recessão”

  • Lusa
  • 25 Junho 2022

FMI cortou a previsão de crescimento dos Estados Unidos para 2,9% em 2022 e 1,7% em 2023. Instituição projeta agora uma expansão de 2,9% para o PIB do país.

Os Estados Unidos estão num “caminho apertado” para evitar uma recessão face à inflação e aos aumentos das taxas de juros, disse esta sexta-feira a diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva.

O FMI anunciou o corte da previsão de crescimento dos Estados Unidos para 2,9% em 2022 e 1,7% em 2023. A instituição projeta agora uma expansão de 2,9% para o Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos em 2022, perante os 3,7% projetados em abril. Para 2023, o crescimento vai cair para 1,7%, de acordo com as novas projeções do FMI.

Kristalina Georgieva pediu ainda a anulação de taxas restritivas ao comércio, impostas há cinco anos, para “impulsionar o desempenho económico e aliviar as restrições de oferta”. FMI cortou a previsão de crescimento da economia mundial para este ano em 0,5 pontos percentuais (pp.) para 4,4%, de acordo com o relatório divulgado em janeiro, antes do início da guerra na Ucrânia.

“O crescimento global é estimado em 5,9% em 2021 e deverá moderar para 4,4% em 2022, meio ponto percentual abaixo do que nas Previsões Económicas Mundiais de outubro de 2021”, podia ler-se na atualização publicada pelo FMI. Segundo a instituição, a revisão refletia o impacto das restrições de mobilidade, do encerramento de fronteiras e do efeito na saúde da propagação da Ómicron, com um peso diferenciado de país para país.

“O impacto negativo deverá desaparecer a partir do segundo trimestre, assumindo que o aumento global de infeções por Ómicron diminui e o vírus não sofre mutações para novas variantes que exigem mais restrições de mobilidade”, explicava o FMI. De acordo com a instituição presidida por Kristalina Georgieva, o corte da estimativa é amplamente afetado pela revisão em baixa das projeções para as duas maiores economias mundiais.

O FMI previa que o PIB dos Estados Unidos crescesse 4% este ano, menos 1,2 pp. do que no relatório de outubro, e o da China avançasse 4,8%, menos 0,8 pp. do que previa anteriormente. O FMI estimava ainda que o crescimento da economia mundial pudesse continuar a desacelerar em 2023 para 3,8%, contudo 0,2 pp. acima do que estimava anteriormente, mas um resultado sobretudo “mecânico”.

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Preço do leite fecha vacarias, mas continua a ser dos mais baixos na Europa

  • Lusa
  • 25 Junho 2022

Setor alerta que "há vacarias de grande dimensão que já fecharam e muitos produtores estão a [pensar] se fecham ou se reduzem a produção".

O preço do leite à produção e a subida dos custos está a levar as vacarias a encerrar, podendo haver escassez deste produto, alertou a Associação dos Produtores de Leite de Portugal (Aprolep), vincando que, quando a distribuição “acordar”, poderá já ser tarde. O preço do leite e de alguns derivados pago ao produtor tem subido, desde o início do ano, em Portugal, mas continua a ser um dos mais baixos da União Europeia.

“Há vacarias de grande dimensão que já fecharam e muitos produtores estão a [pensar] se fecham ou se reduzem a produção. Temos situações de produtores com água limitada por causa do regadio e outros compram silagem de milho, que está muito mais cara. Se não tiverem um preço que lhes permita pagar as despesas, a única solução é reduzir as compras e a produção”, apontou o secretário-geral da Aprolep, Carlos Neves, à Lusa.

O encerramento de vacarias e a redução da produção só não é maior porque quem fez projetos de investimento tem que se manter na atividade durante cinco anos, indicou este responsável, notando que os produtores que se aproximam da reforma ou que têm outras atividades deixam este trabalho. “Tenho conhecimento de vacarias que vão fechar e ser substituídas por projetos de produção de amêndoas”, exemplificou.

Segundo a Aprolep, esta não é uma situação recente, uma vez que já há cerca de 30 anos os pequenos produtores abandonavam a atividade, uma vez que não eram competitivos ou rentáveis. Neste momento, com os baixos preços pagos à produção e a subida dos custos, as grandes vacarias também já estão a encerrar, podendo haver escassez de leite em Portugal.

“Receio que, quando a indústria e a distribuição acordarem, já seja tarde. Quem abandona a produção não volta a meter vacas. Não é como plantar batatas, que podemos deixar a terra em pousio e, no ano seguinte, voltamos a produzir. Quem deixa as vacas não volta”, sublinhou Carlos Neves.

Segundo a Aprolep, os produtores estão assim desiludidos e apreensivos com o futuro da produção de leite em Portugal. “Desilusão porque vemos que, na Europa, o leite está a ser valorizado e em Portugal não. Um país que estava na média ou ligeiramente aproximado e está há 12 anos abaixo da média […]. Fomos ultrapassados pelos países do Leste, com um nível de vida inferior ao nosso”, destacou.

Em muitas vacarias de Portugal, o preço de produção ronda os 50 cêntimos, estando, atualmente, os produtores a perder “muito dinheiro”, mostrando-se “apreensivos face aos próximos meses”. Perante este cenário, a Aprolep enviou dois pedidos de reunião à ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, e um à comissão parlamentar de Agricultura, mas, até ao momento, não obteve a resposta.

No dia 01 de julho, os produtores vão reunir-se em Alcobaça, distrito de Leiria, para discutir, entre outras temáticas, este problema.

O preço do leite e de alguns derivados pago ao produtor tem subido, desde o início do ano, em Portugal, mas continua a ser um dos mais baixos da União Europeia, segundo dados do GPP e de Bruxelas. Em janeiro, no Continente, o preço do leite comprado a produtores individuais era de 0,356 euros por litro, abaixo dos 0,405 euros registados em abril, segundo dados do Gabinete de Planeamento, Políticas e Administração Geral (GPP).

O valor do leite adquirido a postos de receção e salas coletivas de ordenha ascendeu a 0,368 euros por litro em abril, quando no primeiro mês do ano estava em 0,338 euros. Nos Açores também se verificou a mesma tendência, com o preço pago aos produtores individuais (que possuem tanque na refrigeração na exploração e com transporte a cargo da fábrica) a passar de 0,317 euros por litro em janeiro para 0,333 euros em abril.

Por sua vez, o preço da manteiga à saída da fábrica, apresentado à semana, teve vários avanços e recuos, estando, em 06 de junho, nos 701,84 euros por 100 quilograma (kg). Nos primeiros quatro meses deste ano, o preço do queijo flamengo à saída da fábrica, em bola ou em barra, passou de 463,19 euros por 100 kg para 504,67 euros.

Dados da Comissão Europeia revelam que o preço de leite de vaca cru atingiu, em Portugal, os 37,85 euros por 100 kg em maio, o valor mais alto, desde junho de 2008. Porém, esse valor é o segundo mais baixo da União Europeia, apenas acima da Eslováquia (37,83 euros). Em maio, o preço mais elevado foi registado em Malta (62,41 euros). Entre 1996 e até maio de 2022, Portugal atingiu o valor mais elevado (39,40 euros) em novembro de 2007, tendo-se prolongado até janeiro de 2008.

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TAP, Ageas, Coca-Cola, Novobanco… O que atrai os CEO estrangeiros a Portugal?

A generosidade e o civismo dos portugueses são as principais características que os expatriados no nosso país realçam. Mas a cultura, o clima e a gastronomia favorecem a tomada de decisão.

Saiu da Bélgica com o passaporte pronto para o mundo e, nessa viagem, que incluiu Hong Kong, Singapura e México, Portugal é o mais recente destino de Steven Braekeveldt . Quando aceitou voar para terras lusas para liderar o Grupo Ageas Portugal — há quase seis anos — o gestor não teve dúvidas. E o tempo tem vindo a mostrar-lhe que tomou a decisão certa: Aceitar este desafio não foi difícil. Posso afirmar que me apaixonei pelo país e pelas suas pessoas. Durante todo este percurso, tenho absorvido o ADN dos portugueses que, na minha opinião, têm na sua essência uma amabilidade genuína e autêntica“, conta o CEO do Grupo Ageas Portugal à Pessoas. E não é o único CEO estrangeiro a escolher Portugal como local de trabalho. TAP, Galp, Coca-Cola, Nestlé ou Novobanco são apenas alguns casos recentes de empresas que têm na sua liderança de topo um CEO vindo de fora de Portugal.

Se pudesse voltar atrás, a decisão seria exatamente a mesma. “Tenho estado envolvido nas nossas operações em Portugal desde 2007 e, ao longo de todos estes anos, tenho testemunhado uma equipa muito profissional, com grande dedicação e uma forte vontade de desenvolver projetos impactantes. Afinal, é por acreditar no potencial de Portugal que, ao dia de hoje e sabendo o que sei, voltaria a aceitar este convite”, admite Steven Braekeveldt.

Steven Braekeveldt detém diferentes licenciaturas em Direito e é mestre em Economia e Finanças. Construiu uma longa carreira internacional no setor dos serviços financeiros, banca e seguros, aliando o ensino universitário e a autoria de diversas publicações.

Mas não é só Steven Braekeveldt a acreditar no potencial do mercado português. Não faltam exemplos de profissionais que percorrem mais ou menos quilómetros, cruzando mais ou menos fronteiras, para assumir um cargo de elevada responsabilidade e visibilidade em Portugal. É o caso da mexicana Ana Claudia Ruiz, que assumiu a direção-geral da Coca-Cola Portugal no início deste ano, da francesa Christine Ourmières-Widener, a atual CEO da TAP Air Portugal, ou ainda do CEO da Galp Energia, o britânico Andy Brown.

Em breve, em agosto irá juntar-se a este lote de CEO estrangeiros a liderar empresas em Portugal, o irlandês Mark Bourke, atual administrador financeiro do Novobanco, e o escolhido pelos americanos da Lone Star para substituir António Ramalho na liderança do banco, e em julho, a suíça Anna Lenz, que irá substituir — mais um estrangeiro — Paolo Fagnoni na liderança da Nestlé Portugal. Anna Lenz será a primeira mulher aos comandos da filial portuguesa da multinacional.

A decisão de aceitar este desafio não foi difícil. Posso afirmar que me apaixonei pelo país e pelas suas pessoas. Durante todo este percurso, tenho absorvido do ADN dos portugueses que, na minha opinião, têm na sua essência uma amabilidade genuína e autêntica.

Steven Braekeveldt

Clima, gastronomia, generosidade e civismo dos portugueses atrai estrangeiros

Mas, afinal, o que faz com que estes gestores decidam sair dos seus países, ou de outros por onde têm abraçado desafios, e se instalem em Portugal? “Ao longo dos anos tive oportunidade de acompanhar muitas pessoas expatriadas em Portugal e pude verificar a enorme nostalgia que sentem na hora de regressarem aos seus países de origem. Concluí há já algum tempo que as únicas pessoas que parecem não gostar de Portugal são mesmo os portugueses”, diz Maria da Glória Ribeiro, managing partner & founder da Amrop Portugal.

“Apesar das dificuldades relacionadas com o ritmo de trabalho, produtividade, falta de planeamento e accountability, Portugal é visto, em grande medida, como um país fantástico para viver.” A generosidade e o civismo dos portugueses são as principais características que os expatriados no nosso país realçam, diz a mentora da empresa especializada em recrutamento executivo.

No entanto, há outros fatores que atraem o talento estrangeiro para Portugal. Entre eles a cultura, a gastronomia, o clima e, “claro, o incomparável azul”.

No caso da engenheira Christine Ourmières-Widener, aceitar a liderança a TAP, prendeu-se, sobretudo, com o desafio. “Acima de tudo, o desafio de liderar uma companhia aérea como a TAP, com 77 anos de história, uma excelente posição geográfica, composta por pessoas excecionais nas respetivas áreas, com um enorme peso na economia e na história do seu País”, relembra.

Especialista no setor de transportes e infraestruturas, Christine Ourmières-Widener foi CEO do Flybe Group, uma das mais importantes companhias aéreas regionais da Europa com operação no Reino Unido (entretanto alvo de uma operação de venda), tinha sido antes presidente executiva de uma sociedade de leasing especializada no setor da aviação, e o seu percurso inclui também funções na Air France/KLM.Hugo Amaral/ECO

“Considerando a situação global do setor, e da TAP em particular, é talvez o maior desafio da minha carreira profissional até à data. Mas tenho a certeza de que, com a ajuda desta excelente equipa, composta por todos os trabalhadores da TAP, valerá a pena”, acrescenta a gestora francesa.

Pedro Rocha e Silva, CEO da Neves de Almeida HR Consulting, vai ao encontro da explicação de Christine Ourmières-Widener. “Principalmente quando falamos em cargos de topo, o que motiva a vinda para Portugal é, muitas vezes, a própria estrutura multinacional da organização“, começa por explicar.

Contudo, o especialista em recrutamento salienta que também as próprias características do país são um fator atrativo. “Entre elas a qualidade de vida que o nosso país proporciona, com foco para a localização estratégica a nível de negócio, a cultura ou o clima, e ainda, a economia em crescimento, o talento competitivo e o dinamismo do mercado que o permitem prosperar”, acrescenta às já mencionadas por Maria da Glória Ribeiro.

Considerando a situação global do setor, e da TAP em particular, é talvez o maior desafio da minha carreira profissional até à data. Mas tenho a certeza de que, com a ajuda desta excelente equipa, composta por todos os trabalhadores da TAP, valerá a pena.

Christine Ourmières-Widener

Também a mexicana Ana Claudia Ruiz, que aterrou em Portugal em janeiro para liderar a filial portuguesa da Coca-Cola, recorda o momento em que aceitou o cargo com carinho. “Combinava a oportunidade de trabalhar numa empresa com uma das marcas mais admiradas no mundo, dentro de um país muito especial, que tem um potencial de crescimento enorme e no qual a empresa tem uma crescente aposta. Achei que o desafio era impossível de recusar”, confessa à Pessoas.

Até agora, a experiência tem sido positiva. “A minha carreira profissional tem sido marcada por desafios em funções muito diversas e em diferentes países. Acredito que uma carreira internacional e as experiências que nos proporcionam nos capacitam para nos conseguirmos adaptar a todo o tipo de realidades”, defende.

Também com uma carreira internacional, Steven Braekeveldt está de acordo. “Sinto que levo um enriquecimento diário por conhecer novas pessoas e novos pensamentos que nos ampliam a mente e nos permite ir mais além. Uma vontade inigualável de, diariamente, implementar novos projetos ou apostar em novas parcerias com impacto nas pessoas — colaboradores, clientes, parceiros –, e na sociedade. A certeza de que tenho enriquecido não só enquanto pessoa mas também como profissional”, considera. E salienta, ainda, a “alegria diária de trabalhar em Portugal” que sente.

O talento não tem nacionalidade

É cada vez mais comum encontrarmos CEO estrangeiros em setores e empresas com um posicionamento cada vez mais global, como são os casos da Galp ou da TAP, por exemplo. E o mesmo acontece com multinacionais com atividade em Portugal. A tendência deve-se, fundamentalmente, ao facto de as organizações quererem garantir um maior e mais completo alinhamento cultural com as sedes localizadas fora de Portugal, acredita o CEO da Neves de Almeida HR Consulting.

Ana Claudia Ruiz iniciou a sua experiência profissional no México, na área da banca e finanças. Passou pela Diageo, onde assumiu diversas funções, entre elas a de country director e de Continental Europe transformation director. Ao longo dos últimos três anos, a profissional integrou a Professional Women’s Network, organização que tem como missão a promoção o desenvolvimento profissional feminino, onde tem trabalhado com jovens mulheres em programas de mentoring.

Para Maria da Glória Ribeiro, não se trata tanto de nacionalidade, mas de talento. “O talento é universal, não existe talento confinado a uma geografia específica. O que há, no entanto são expertise ou especificidades de conhecimento e experiências potencialmente mais desenvolvidas numa ou noutra geografia, mas não obrigatoriamente conscritas a esta ou aquela nação em específico”, afirma.

Olhemos para um exemplo mais concreto, o setor da energia, mais especificamente o ‘Oil & Gas‘ que, transversalmente a toda a sua cadeia de valor nos setores de up, middle e downstream, exige um leque que especificidades, conhecimentos e experiência que encontramos em profissionais oriundos da bacia do Mar do Norte no caso da Europa”, exemplifica.

Combinava a oportunidade de trabalhar numa empresa com uma das marcas mais admiradas no mundo, dentro de um país muito especial, que tem um potencial de crescimento enorme e no qual a empresa tem uma crescente aposta. Achei que o desafio era impossível de recusar.

Ana Claudia Ruiz

O talento não tem nacionalidade, são as condições e necessidades específicas de cada indústria e até de cada organização que, muitas vezes, conduzem à procura de expertise noutras geografias.Expertise esse que está mais desenvolvido e aprofundado numas áreas do que noutras”, acrescenta. E salienta: “No sentido inverso, vemos também imenso talento a sair de Portugal para empresas estrangeiras, exatamente por possuírem expertise que essas organizações procuram, independentemente da origem das pessoas.”

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Negociação coletiva cresceu 9% em 2021 e salários 3,7%, diz DGERT

  • Lusa
  • 24 Junho 2022

DGERT anuncia acréscimo de 30% no número de trabalhadores potencialmente abrangidos pela negociação coletiva, e decréscimo de 52% dos despedimentos coletivos em 2021, face a 2020.

A negociação coletiva cresceu em 2021 face a 2020, com mais 9% de Instrumentos de Regulação Coletiva de Trabalho publicados, que garantiram aumentos salariais de 3,7%, os mais elevados da ultima década, anunciou esta sexta-feira o Ministério do Trabalho.

A Direção Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT), que integra o Ministério do Trabalho, publicou esta sexta-feira os relatórios anuais sobre regulamentação coletiva e relações profissionais e salientou a evolução positiva revelada pelos dois documentos.

O relatório sobre regulamentação coletiva de trabalho publicada no ano de 2021 “destaca a recuperação da negociação coletiva, face a 2020, verificando-se um acréscimo de 30% do número de trabalhadores potencialmente abrangidos e um aumento de 9% de Instrumentos de Regulação Coletiva de Trabalho (IRCT) publicados (282 Instrumentos de Regulamentação Coletiva de Trabalho publicados e 636.241 trabalhadores potencialmente abrangidos)”.

Segundo a DGERT, entre 2015 e 2019 “houve uma tendência constante de crescimento da negociação coletiva, quer no número de IRCT publicados quer no número de trabalhadores potencialmente abrangidos, tendo sido interrompida, em 2020, devido à pandemia covid-19”.

Em 2021 retomou-se a tendência de crescimento, que se mantém nos primeiros quatro meses de 2022.

Relativamente à variação salarial real, em sede de negociação coletiva, “registou-se o valor mais alto da última década, na ordem dos 3,7%”.

A variação salarial nominal média intertabelas anualizada para o total das convenções assumiu o valor de 4%, um aumento face a 2020, retornando ao ritmo de crescimento iniciado em 2016, segundo a mesma fonte.

De acordo com a informação da DGERT, o relatório anual das relações profissionais, igualmente publicado esta sexta-feira, destaca um decréscimo de 52% dos despedimentos coletivos em 2021, face a 2020, em linha com os números de 2019, quer em número de despedimentos coletivos comunicados, quer em número de trabalhadores abrangidos.

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ISP na gasolina praticamente inalterado na semana que vem

  • Lusa e ECO
  • 24 Junho 2022

Redução do ISP no gasóleo é de 22,2 cêntimos por litro, e 25,9 cêntimos na gasolina. A estes valores acresce a “não atualização”, em aproximadamente 6 cêntimos por litro, da taxa de carbono.

O desconto no ISP sobre o gasóleo, revisto semanalmente pelo Governo e aplicado para travar a subida dos preços dos combustíveis, vai manter-se inalterado e terá uma descida marginal no caso da gasolina, anunciou o Ministério das Finanças.

“Tendo em conta a perspetiva da evolução dos preços na próxima semana, o desconto de ISP [Imposto sobre Produtos Petrolíferos] atualmente em vigor no gasóleo manter-se-á inalterado. No caso da gasolina, regista-se uma redução do desconto em 0,4 cêntimos (IVA+ISP)”, lê-se num comunicado do Ministério das Finanças.

No total, considerando o alívio da carga fiscal sobre os combustíveis através do mecanismo semanal de revisão do ISP e a descida das taxas unitárias deste imposto para o equivalente a uma taxa do IVA (Imposto sobre o Valor Acrescentado) de 13%, o desconto será de 22,2 cêntimos por litro de gasóleo e de 25,9 cêntimos por litro de gasolina.

O executivo ressalvou que a estes valores acresce a “não atualização” da taxa de carbono em aproximadamente seis cêntimos por litro. A situação volta a ser avaliada na próxima semana.

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