Incidência da Covid-19 continua “muito elevada”, mas com “tendência decrescente”

Boletim semanal da pandemia aponta para "tendência decrescente" da incidência da Covid-19, apesar de se manter "muito elevada". Mortalidade recua.

A incidência da Covid-19 em Portugal na semana de 14 a 20 de junho manteve-se “muito elevada”, segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS), mas os dados mostram uma “tendência decrescente”, nota a mesma entidade. Também a mortalidade apresenta “uma possível inversão da tendência, para decrescente”, salienta a DGS.

Nesse período, foram confirmados 95.943 novos casos de Covid-19, menos 17.185 do que no período imediatamente anterior. Morreram 239 pessoas vítimas da doença no acumulado, menos 22 do que na semana anterior.

O boletim semanal mostra que a incidência se cifrou nos 932 casos por 100 mil habitantes, encolhendo 15% em cadeia. O R(t), o índice de transmissibilidade, está em 0,88, o que sugere que, em média, nem todas as pessoas infetadas acabaram por contagiar outras.

A pandemia na semana de 14 a 20 de junho

No caso da mortalidade, a taxa fixou-se em 23 óbitos por milhão de habitantes, um recuo de 8% na variação semanal. Em 20 de junho, 1.743 pessoas estavam internadas, menos 153 do que no último dia da semana anterior, das quais 85 em unidades de cuidados intensivos. São menos 13.

A DGS e o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) indicam, em comunicado, que a incidência da Covid-19 tem “tendência decrescente a nível nacional”, bem como o índice de transmissibilidade.

“O impacto nos internamentos apresenta uma inversão da tendência crescente observada anteriormente. A mortalidade específica por Covid-19 apresenta uma possível inversão da tendência, para decrescente, ainda com impacto elevado na mortalidade geral”, resumem também ambas as entidades.

Por fim, segundo a nota, “é expectável a manutenção da diminuição da procura de cuidados de saúde”. “Deve ser mantida a vigilância da situação epidemiológica da COVID-19, recomendando-se fortemente o reforço das medidas de proteção individual, a vacinação de reforço e a comunicação frequente destas medidas à população”, apelam.

Também esta sexta-feira foi anunciado que os idosos com 80 ou mais anos de idade podem agora receber a segunda dose de reforço da vacina da Covid-19 na modalidade “Casa Aberta” — isto é, sem agendamento. Basta que preencham os critérios de elegibilidade, sendo recomendado verificar os horários dos centros de vacinação antes da deslocação.

(Notícia atualizada pela última vez às 20h20)

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Congresso dos EUA aprova o maior acordo para o controlo de armas em 30 anos

  • Lusa
  • 24 Junho 2022

A Câmara dos Representantes aprovou um projeto de lei com o intuito de restringir o acesso a armas de fogo, a reforma mais importante nos últimos 30 anos na luta contra a onda de violência armada.

O Congresso dos Estados Unidos aprovou esta sexta-feira um projeto de lei bipartidário, com o objetivo de restringir o acesso a armas de fogo, a reforma mais importante nos últimos 30 anos na luta contra a onda de violência armada.

Após o Senado ter aprovado o projeto de lei na quinta-feira, a Câmara dos Representantes aprovou esta sexta-feira o pacote de medidas que introduz novas limitações de armas e que dedica biliões de dólares à saúde mental e segurança nas escolas.

O acordo agora aprovado apenas precisa da assinatura do Presidente dos EUA, Joe Biden, para se converter em lei.

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Porque é que o preço está a subir tanto? Há falta de casas

Falta de oferta, subida dos custos de construção, demora nos prazos de licenciamento e fiscalidade elevada contribuem para o aumento exponencial dos preços das casas.

Os preços das casas dispararam 13% no primeiro trimestre, naquele que é o maior aumento desde, pelo menos, 2010. São vários os motivos que explicam a subida contínua dos preços, mas há um que persiste e que tem um peso bastante mais acentuada: a escassez de oferta — o setor diz que é “urgente” a vinda de “mais produto ao mercado” para aliviar esta pressão. Enquanto esse problema persistir, aliado ao aumento dos custos de construção, à demora nos prazos de licenciamento e à fiscalidade elevada, os preços deverão continuar a subir.

O Índice de Preços da Habitação (IPHab) voltou a subir e, no primeiro trimestre, registou uma taxa de variação homóloga de 12,9%, segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE). Os preços das casas continuaram a subir e o ritmo de crescimento acelerou 1,3 pontos percentuais face ao último trimestre do ano passado. Trata-se do aumento de preços mais expressivo registado desde 2010.

Antes de se partir para qualquer explicação, importa realçar que os dados comparam com o início do ano passado, altura em que o país ainda atravessava uma fase de pandemia, notam os profissionais do setor. Contudo, apesar disso, há razões para os sucessivos disparos nos preços.

“O que justifica o aumento dos preços é a escassez da oferta”, diz ao ECO Patrícia Barão, responsável pela área de residencial da JLL, notando que o parque habitacional no país “aumentou residualmente nos últimos dez anos em 1,8%” e que, “paralelamente a este facto, o aumento da procura continua muito dinâmico“.

Ricardo Sousa, CEO da Century 21 Portugal, reforça: “Claramente que o fator que está a provocar a maior subida dos preços é a falta de oferta. O gap entre a oferta e a procura é cada vez mais evidente e isso condiciona a evolução do preço”, diz. Esta explicação aplica-se a todo o país, mas o responsável nota que o cenário muda consoante regiões.

“A subida de preços não é uniforme em todo o território nacional”, afirma. Ricardo Sousa nota que, Lisboa, por exemplo, já “tem uma estabilização dos preços” e que são zonas mais periféricas “que estão a condicionar o ritmo de subida” dos preços das casas. Isto é, as pessoas estão a deslocar-se para a periferia — zonas como a margem sul do Tejo, Loures ou Mafra — e “a procura que existe em locais onde há oferta de casas”, aliada ao poder de compra superior das famílias que vão para lá viver, “cria pressão nos novos mercados”.

Para além da escassez de oferta, há outros motivos que justificam a contínua subida dos preços das casas. Miguel Poisson, CEO da Sotheby’s International Realty Portugal, adianta ao ECO que a “lentidão no licenciamento de vários projetos”, sobretudo em algumas das principais câmaras municipais do país, “está a atrasar a entrada de mais produto no mercado”.

A “fiscalidade elevada” no imobiliário também preocupa, porque “acaba por ser repercutida no preço final dos imóveis”, assim como o aumento dos custos dos materiais de construção e a escassez de mão-de-obra no setor, elenca o responsável pela Sotheby’s em Portugal. Por fim, o acesso ao crédito à habitação continua a aumentar e, “apesar das taxas de juro estarem em tendência de subida, continuam ao dia de hoje muito baixas”.

Preços sobem mais nas casas usadas

Os dados do INE indicam ainda que os preços cresceram mais nas casas já existentes (+13,6%) do que na nova construção (+10,9%). Os motivos apontados pelo setor são vários. Miguel Poisson, da Sotheby’s, nota que talvez isso se deva ao facto de a nova construção “já ter incorporado aumentos nos meses anteriores” e ainda “porque alguns promotores estão a sacrificar uma parte da sua margem”.

Patrícia Barão, da JLL, acrescenta que “a escassez de habitação nova faz com que os valores dos usados também aumentem, fruto da dinâmica da procura”. A responsável nota ainda que as casas usadas “partem de uma base inferior de valor, permitindo, deste modo, um percentual de crescimento ligeiramente superior aos novos”.

Do lado da Century 21, Ricardo Sousa explica que “as casas usadas continuam a representar a maior oferta disponível no mercado” e que “são essas que marcam a tendência”. Além disso, o responsável nota que há muitas transações de nova construção que ainda não estão fechadas, uma vez que os imóveis ainda estão a ser construídos. “Muitas escrituras ainda não se realizaram”, diz.

“Vamos assistir a uma desaceleração do ritmo de crescimento dos preços”

Olhando para os próximos meses, o setor acredita que ainda há margem para mais subidas nos preços, embora contidos. “Penso que estamos numa fase em que os aumentos de preços serão pontuais e de nicho“, diz Patrícia Barão, ressalvando que, “mantendo-se o atual desequilíbrio entre a oferta e a procura, poderá continuar a haver ajustes em alta” e que, nesse sentido, “o aumento da oferta é imprescindível para regular os preços”.

Miguel Poisson concorda e afirma que a “procura elevada, a continuação de um aumento dos custos de construção e a lentidão nos processos de licenciamento (…) poderão manter esta tendência de alta” dos preços das casas. Contudo, o CEO da Sotheby’s acredita que, “perante uma expectativa de aumento de taxa de juro, é talvez mais razoável pensar numa estabilização de preços no curto e médio prazo“.

Mas estabilização de preços não é descida, avisa Ricardo Sousa. “Há zonas em que, claramente o mercado está a estabilizar”, diz o CEO da Century 21, referindo que Lisboa é um “claro exemplo” de cidade “onde o poder de compra está no limite”. “Vai haver mercados a estabilizar, mas não a baixar. Porque há muito mais procura do que oferta”, salienta. “Mas, obviamente, vamos assistir a uma desaceleração do ritmo de crescimento dos preços”.

Esta sexta-feira, o Banco de Portugal (BdP) divulgou o Relatório de Estabilidade Financeira, onde alertou para a “redução dos preços no mercado imobiliário residencial, decorrente de alterações nas condições de financiamento”. “À semelhança do sucedido a nível internacional, e apesar da incerteza originada pela crise pandémica, os preços no mercado imobiliário residencial continuaram a aumentar em Portugal, refletindo, inter alia, a procura de habitação por não residentes, que se manteve, e a escassez de oferta”, assinala o documento.

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Presidente dos EUA considera “erro trágico” proibição do direito ao aborto

  • Lusa
  • 24 Junho 2022

O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, declarou que a decisão do Supremo Tribunal que anula o direito ao aborto constitui um “erro trágico” e é resultado de uma “ideologia extremista”.

O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, declarou esta sexta-feira que a decisão do Supremo Tribunal que anula o direito ao aborto constitui um “erro trágico” e é resultado de uma “ideologia extremista”.

“A saúde e a vida das mulheres deste país estão agora em perigo”, indicou, numa primeira reação à decisão da mais alta instância judicial norte-americana que termina com o direito ao aborto, lamentando um “dia triste” para os Estados Unidos, que se torna “numa exceção” em todo o mundo.

Biden apelou ao prosseguimento dos protestos de forma “pacífica” e à defesa “nas urnas” do direito ao aborto e das restantes “liberdades pessoais”, quando se aproximam as legislativas intercalares que se preveem difíceis para os democratas, o campo político do Presidente.

“Podem ter a palavra final. Isto não acabou”, declarou Biden.

O inquilino da Casa Branca também avisou que a decisão sobre o aborto poderá afetar o direito à contraceção e ao casamento homossexual, ao alertar para “um percurso errado, extremo e perigoso”.

O Supremo Tribunal dos EUA anulou esta sexta-feira a proteção do direito ao aborto em vigor no país desde 1973, permitindo que cada Estado decida se mantém ou proíbe a interrupção voluntária da gravidez. Os juízes do Supremo, com uma maioria conservadora, decidiram anular a decisão do processo “Roe vs. Wade”, que protegia como constitucional o direito das mulheres ao aborto.

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“Casa Aberta” já dá segundo reforço da vacina Covid a maiores de 80

Camada mais idosa da população que preencha os critérios de elegibilidade pode agora deslocar-se a qualquer centro de vacinação aberto e receber a segunda dose de reforço da vacina anti-Covid.

Os cidadãos com 80 ou mais anos de idade podem a partir de agora receber a segunda dose de reforço da vacina contra a Covid-19 na modalidade “Casa Aberta” — ou seja, sem agendamento.

O comunicado da Direção-Geral da Saúde (DGS) refere que estes idosos podem dirigir-se a qualquer centro de vacinação em funcionamento e receber o reforço, desde que “cumpram os critérios de elegibilidade”.

É recomendado verificar os horários dos centros de vacinação antes da deslocação (aqui).

Em relação aos critérios, a DGS refere que “a população elegível para esta segunda dose deve ser vacinada com um intervalo mínimo de quatro meses após a última dose ou após um diagnóstico” de Covid-19.

Para os cidadãos que tenham recebido todas as doses anteriormente disponibilizadas, esta será a quarta inoculação, necessária para reforçar as defesas do organismo contra o coronavírus. Estas vacinas ajudam a proteger contra infeções mais graves, mas não evitam totalmente que se contraia a doença.

Desde maio que este reforço tem vindo a ser disponibilizado à camada mais idosa da população — e, por isso, mais vulnerável –, uma antecipação de alguns meses face ao planeado inicialmente (final de agosto), por causa do aumento do número de casos na altura. No entanto, até aqui, as pessoas estavam a ser convocadas individualmente.

“Até ao momento, foram vacinadas cerca de 380 mil pessoas acima dos 80 anos, bem como residentes” em lares, remata a entidade liderada por Graça Freitas.

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Vai viajar? ANAC recomenda que chegue mais cedo ao aeroporto

  • Lusa
  • 24 Junho 2022

Com o verão e o levantamento das restrições de viagens, regresso à normalidade, e aumento do número de voos e passageiros, a ANAC recomenda os passageiros a chegar ao aeroporto com antecedência.

A Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC) deixou uma série de recomendações aos passageiros, devido a possíveis constrangimentos no verão, apelando a quem vai viajar de avião para que chegue com antecedência ao aeroporto.

“Antes de viajar, verifique a página de internet da transportadora aérea operadora do voo para mais informação sobre a antecedência necessária para comparecer no aeroporto”, sugeriu, indicando que, “uma vez que esta informação pode variar dependendo do país de destino, em caso de dúvida, contacte a transportadora aérea ou o seu agente de viagens” ou o ‘site’ do aeroporto.

“Relembra-se que se se atrasar e perder o seu voo, dependendo das condições do título de transporte adquirido, poderá ter de pagar outro voo para o levar ao seu destino”, alertou.

A ANAC disse ainda que “os horários de ‘check-in’ podem variar, pelo que é aconselhável fazer o check-in com a antecedência necessária em relação à hora de partida”, indicando: “Se fizer o check-in online, terá de imprimir o seu cartão de embarque ou, em alguns casos, tê-lo disponível no seu telemóvel”.

A ANAC recordou ainda que, de “acordo com as condições de transporte de algumas transportadoras, a não impressão do cartão de embarque implica o pagamento de uma taxa adicional”. A ANAC realçou que, “efetuado o check-in, é ainda necessário realizar o controlo de segurança (inclusivamente da bagagem de mão) e, dependendo do destino, o controlo de fronteiras”, pedindo aos passageiros que tenham “ainda em consideração a localização da porta de embarque e o tempo necessário para lá chegar”.

O regulador alertou ainda para “os passageiros com mobilidade reduzida ou que necessitem de assistência especial” que “podem ter de efetuar o check-in mais cedo que o habitual”, referindo que devem “notificar a transportadora aérea ou agente de viagens de que necessitam de assistência, pelo menos 48 horas antes da partida”.

O regulador chamou ainda a atenção dos passageiros para os direitos que têm em caso “de recusa de embarque e de cancelamento ou atraso considerável dos voos”. Assim, destacou, se o voo for cancelado, tiver um atraso superior a três horas à chegada ou se for recusado o embarque sem justificação, a companhia aérea tem várias obrigações.

A ANAC detalhou que o passageiro tem direito ao “reembolso do bilhete não utilizado ou transporte alternativo”, a prestação de assistência, como “refeições e bebidas adequadas ao tempo de espera pelo voo de reencaminhamento, duas chamadas telefónicas ou acesso a ‘e-mail’ e, se necessário, alojamento em hotel e transporte entre o aeroporto e o local de alojamento”.

Os passageiros podem ainda ter direito ao “pagamento de uma indemnização, em caso de cancelamento de voo, a menos que tenham ocorrido circunstâncias extraordinárias para além do controlo efetivo da transportadora aérea”.

Greve em França pode afetar Portugal

A greve de controladores aéreos em França, no fim de semana, poderá causar atrasos em voos de e para Portugal, disse à Lusa fonte oficial da NAV, sublinhando que a gravidade do impacto dependerá do nível de adesão ao protesto.

Conforme explicou fonte oficial da NAV Portugal, que controla o tráfego aéreo nos principais aeroportos do país, uma greve de controladores aéreos provoca atrasos pelo mundo fora, não sendo exceção os voos de e para o território nacional.

No entanto, o impacto vai depender do nível de adesão dos trabalhadores, explicou a NAV.

A paralisação foi convocada pela União Nacional dos Sindicatos Autónomos (UNSA/ICNA), para os dias 25 e 26, e a Direção Geral de Aviação Civil francesa (DGAC) prevê “atrasos significativos” em algumas companhias aéreas que utilizam o espaço aéreo abrangido pelo centro de controlo de rota de Aix en Provence, que é o afetado pela greve.

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IP inicia obras de eletrificação do troço ferroviário algarvio de Tunes a Lagos

  • Lusa
  • 24 Junho 2022

A Infraestruturas de Portugal (IP) vai iniciar obras de eletrificação do troço ferroviário entre Tunes e Lagos, no Algarve, depois da assinatura em Lagos do auto de consignação da empreitada.

A Infraestruturas de Portugal (IP) vai dar início às obras de eletrificação do troço ferroviário entre Tunes e Lagos, no Algarve, depois da assinatura esta sexta-feira, em Lagos, do auto de consignação da empreitada.

À cerimónia de assinatura assistiu o ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, que considerou que o final da fase preparatória, antes do início da modernização da linha, é “uma grande vitória do Algarve e da ferrovia nacional”.

“O país, em matéria de ferrovia, está a fazer um grande investimento”, disse o ministro, assegurando que o Governo vai “continuar a trabalhar” para reduzir a década de atraso que estimou que Portugal tem neste setor.

Pedro Nuno Santos defendeu “um novo ciclo de investimentos” no desenvolvimento e atualização da ferrovia em Portugal e a importância dos comboios elétricos como transporte coletivo “com ganhos evidentes”, sobretudo ambientais.

Por seu lado, o presidente da Câmara de Lagos, Hugo Pereira, recordou que o início das obras de eletrificação dos 45 quilómetros do troço de ferrovia se faz 100 anos após a chegada do comboio a esta cidade do barlavento algarvio.

“Foi um processo moroso e difícil, mas o comboio da modernização chegou agora”, congratulou-se Hugo Pereira, que espera ainda conseguir mitigar o “impacto visual negativo” da construção de catenárias com sete metros de altura na linha situada paralelamente à conhecida meia-praia, um dos ex-líbris da região.

O vice-presidente da IP, Carlos Fernandes, assinou a consignação e explicou que a concretização dos investimentos na Linha do Algarve vai assegurar “grandes vantagens ao nível da qualidade do serviço de transporte ferroviário de passageiros em toda a região algarvia” com vantagens em termos de maior rapidez, eficiência e sustentabilidade.

A obra é desenvolvida no âmbito do programa de expansão e modernização da Rede Ferroviária Nacional, Ferrovia 2020 e envolve o investimento de 25,4 milhões de euros, comparticipado pela União Europeia no âmbito do programa COMPETE 2020.

A modernização da linha do Algarve é um empreendimento que engloba a eletrificação, a instalação de sistemas de sinalização e de telecomunicações ferroviárias, a colocação de sistemas de informação ao público em todas as estações e a supressão de passagens de nível.

O projeto de eletrificação da totalidade da linha do Algarve será executado em duas empreitadas. A primeira, correspondendo à eletrificação do troço entre Faro e Vila Real de Santo António, que está em desenvolvimento desde novembro de 2021 e deverá terminar em 2023. A segunda corresponde à eletrificação do troço entre Tunes e Lagos que se inicia agora.

Segundo a IP, a eletrificação da linha do Algarve em toda a sua extensão permitirá a utilização de comboios de tração elétrica, mais modernos e ambientalmente sustentáveis, possibilitando a redução do tempo de percurso dos serviços regionais em 25 minutos na ligação entre Lagos e Vila Real de Santo António.

O contrato para a eletrificação do troço da Linha ferroviária do Algarve entre Tunes e Lagos, que serve os concelhos de Silves, Lagoa, Portimão e Lagos, foi assinado com o consórcio formado pelas empresas Comsa Instalaciones y Sistemas Industriales SAU, FERGRUPO – Construções Técnicas Ferroviárias, S.A. / COMSA, S.A..

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Penamacor vai dar 1.500 euros por cada nascimento no concelho

  • Lusa
  • 24 Junho 2022

Câmara de Penamacor, no distrito de Castelo Branco, vai atribuir 1.500 euros a cada criança que nasça no concelho, numa medida que visa contribuir para estimular a natalidade e fixar pessoas.

A Câmara de Penamacor, no distrito de Castelo Branco, vai atribuir 1.500 euros a cada criança que nasça no concelho, numa medida que visa contribuir para estimular a natalidade, fixar pessoas e ajudar a dinamizar o comércio local.

O regulamento para a atribuição deste apoio foi aprovado esta sexta-feira, por maioria, em reunião pública do executivo camarário e segue para a ratificação da Assembleia Municipal. O documento estipula a atribuição de uma verba global de 1.500 euros a todos os nascimentos, desde que os pais do bebé residam naquele concelho há pelo menos dois anos.

De acordo com o previsto, 500 euros são atribuídos no momento da aprovação da candidatura e os restantes 1.000 euros mediante a apresentação de faturas relativas a produtos para o bebé, sendo que a aquisição tem de ser feita, obrigatoriamente, no comércio local.

O presidente da autarquia, António Luís Beites (PS), destacou que, além deste benefício, que será atribuído pela primeira vez, as famílias do concelho também já contam com outros apoios educativos, que o município tem em vigor vão desde o berçário até ao ensino superior. “Esta é mais uma condição que queremos iniciar agora”, disse, lembrando que a medida também deverá contribuir para ajudar a economia local.

A proposta foi aprovada por maioria, com a abstenção dos vereadores do movimento independente “Abraçar Penamacor”, Anselmo Cunha e Filipe Batista, que pediram uma iniciativa mais ambiciosa ao nível da verba e propuseram a atribuição de 3.000 euros para o primeiro filho, 4.000 euros para o segundo filho e 5.000 para o terceiro e mais filhos.

Defenderam ainda que a medida deveria abranger todas as famílias residentes no concelho, sem a condição temporal, até para ajudar a atrair novos residentes.

Já António Luís Beites considerou que 1.500 euros é “um valor aceitável para o início do processo”, mas ressalvou que, no futuro, o regulamento será avaliado e que até pode ser revisto, caso as conclusões apontem nesse sentido.

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Galp Energia põe Lisboa na rota dos ganhos na Europa

Bolsa acompanhou o otimismo vivido na generalidade das praças europeias. A impulsionar o PSI esteve o setor energético, com especial destaque para a Galp Energia.

A bolsa de Lisboa terminou a última sessão da semana com ganhos de quase 2%, seguindo o sentimento positivo das congéries europeias. A puxar pelo desempenho do índice de referência nacional esteve o setor energético, com especial destaque para a Galp Energia.

Pela Europa, o Stoxx 600 valorizou 2,62%, naquele que foi melhor dia em mais de três meses, enquanto o francês CAC-40 subiu 3,44%, o britânico FTSE 100 somou 2,72%, o espanhol IBEX-35 ganhou 1,76% e o alemão DAX valorizou 1,71%.

Lisboa acompanhou a recuperação nas praças europeias, com o PSI a valorizar 1,84%, para 6.030,46 pontos, impulsionado pelas cotadas da energia.

O desempenho da Galp destacou-se no índice de referência nacional, com a petrolífera a subir 3,72%, para 11,28 euros, beneficiando da subida das cotações do petróleo nos mercados internacionais. O barril de Brent, referência para as importações nacionais, avança 3,19%, para 113,56 dólares.

No grupo EDP, a subsidiária EDP Renováveis somou 1,56%, para 22,85 euros, enquanto a “casa mãe” avançou 1,42%, para 22,85 euros. Ao mesmo tempo, a REN valorizou 2,37%, para 2,81 euros por ação, enquanto a GreenVolt subiu 2,94%, para 7 euros.

Nota positiva também para os CTT, bem como para duas das cotadas ligadas ao setor papeleiro. Os títulos da empresa de correios valorizaram 3,41% para 3,185 euros, enquanto a Altri somou 1,95% e a Navigator avançou 1,86%.

Em contrapartida, as ações da Semapa cederam 0,15%, para 13.28 euros, sendo a única cotada a fechar em terreno negativo.

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Bruxelas aceita reprogramação das obras do PRR por causa da subida de preços, avança Costa

  • Lusa
  • 24 Junho 2022

Primeiro-ministro português avançou que a Comissão Europeia é favorável à reprogramação do calendário dos fundos da "bazuca" face aos preços elevados da mão-de-obra e matérias-primas.

A Comissão Europeia respondeu favoravelmente à solicitação de Portugal e outros Estados-membros para que os programas de investimentos dos Planos de Recuperação e Resiliência (PRR) possam ser reprogramados, face aos preços “anormalmente elevados”, revelou o primeiro-ministro, António Costa.

Numa conferência de imprensa no final de um Conselho Europeu, em Bruxelas, que se focou esta sexta-feira na situação económica da Europa à luz da guerra lançada pela Rússia na Ucrânia, António Costa disse acreditar que não existe neste momento uma necessidade de aumentar os recursos financeiros da União, atendendo às medidas já adotadas, designadamente a “bazuca” anticrise (o NextGenerationEU), apontando então que vários países, entre os quais Portugal, defenderam foi a possibilidade de reprogramar “o calendário, não das reformas, mas dos investimentos” dos seus planos nacionais.

“Como é sabido, a União Europeia decidiu dar um passo enorme no sentido do apoio ao investimento com a criação do NextGeneration, ou seja, o programa que permite a cada um dos países terem neste momento os Planos de Recuperação e Resiliência (PRR) para executarem, o que é um suporte orçamental enorme que é dado para o reforço do investimento”, começou por assinalar.

Costa acrescentou que, “no âmbito da transição energética”, a Comissão Europeia apresentou também “a proposta do RepowerEU, que prevê também quer uma reprogramação de fundos, quer um programa adicional de 20 mil milhões de euros para o conjunto da UE para investimentos na área da energia para acelerar essa transição energética”.

“Portanto, não creio que se coloque neste momento um problema de necessidade de aumentar os recursos a transferir por parte da UE. Aquilo que foi solicitado por vários Estados, designadamente Portugal, e que a Comissão hoje [sexta-feira] respondeu favoravelmente, foi precisamente a possibilidade de reprogramarmos o calendário, não das reformas, mas dos investimentos, de forma a não estarmos a ser forçados a contratar num momento em que os preços, nomeadamente dos materiais de construção, estão anormalmente elevados, e que obviamente é a pior altura para andar a fazer os contratos”, explicou.

“Portanto, se houver aqui alguma flexibilidade de alguns meses na celebração desses contratos, isto sem grande prejuízo na execução do PRR, dá outra flexibilidade e permite-nos evitar gastar dinheiro mal gasto. Essa foi a preocupação dominante”, completou.

Já este mês, também o Presidente da República admitiu que possa vir a ser necessário a União Europeia estender o prazo para os Estados-membros executarem os Planos de Recuperação e Resiliência se a guerra na Ucrânia se prolongar.

“Tudo o que vier a ser discutido é discutido a nível europeu, e tem de haver um acordo. Eu penso que a guerra está a criar uma situação tão diferente que há coisas que vão ter de ir mudando e estão a mudar”, declarou Marcelo Rebelo de Sousa, quando questionado sobre uma entrevista da ministra da Presidência à Rádio Renascença e ao jornal Público, em que Mariana Vieira da Silva afirma que no quadro europeu “já se discute como lidar com as metas do PRR” tendo em conta “um significativo aumento de preços” e “dificuldades no acesso a algumas matérias-primas”.

O PRR português inclui investimentos e reformas em 20 componentes temáticas, com uma verba de 13,9 mil milhões de euros em subvenções e 2,7 mil milhões de euros em empréstimos.

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Potencial da energia das ondas é “imenso”, mas faltam tecnologias “consolidadas”

  • Lusa
  • 24 Junho 2022

O diretor do Laboratório de Hidráulica da Universidade do Porto diz que a exploração da energia das ondas depende essencialmente da "capacidade de sobrevivência” das tecnologias.

O potencial da energia das ondas é “imenso”, mas faltam tecnologias “consolidadas” para desvendar o mar, que é “caro”, “agressivo” e coloca muitos desafios a investigadores e empresas, defende um especialista em engenharia hidráulica.

“O potencial é imenso e infinito, mas porque é que não estamos a conseguir isso? Porque o mar é um meio caro, mas também é um meio muito agressivo”, disse à Lusa Francisco Taveira Pinto, professor catedrático e diretor do Laboratório de Hidráulica da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto.

Durante uma visita ao laboratório, o especialista em hidráulica e recursos hídricos assegurou à Lusa que a exploração da energia das ondas depende essencialmente da “capacidade de sobrevivência” das tecnologias, uma vez que têm de estar preparadas para “resistir” a ondas de grandes dimensões, tempestades e, acima de tudo, à água salgada.

“Se os materiais forem metálicos, vamos ter problemas. Há que usar materiais compósitos que resistam melhor aos cloretos e efeitos do mar”, disse Francisco Taveira Pinto, que mesmo assim afirmou acreditar que “mais cedo ou mais tarde”, os investigadores vão encontrar respostas para o conjunto de desafios tecnológicos que enfrentam atualmente.

“Já fomos à lua, temos satélites a passear em Marte, temos turbinas eólicas flutuantes no mar. São tecnologias tão complexas que acredito que o homem vai conseguir. Agora, se vai ser daqui a cinco, dez ou quinze anos, não sei”, acrescentou.

Ao longo dos últimos anos, no Laboratório de Hidráulica foram já testados diferentes protótipos de sistemas de exploração da energia das ondas, mas “é diferente avaliar a solução em laboratório e no mar, onde os problemas são outros e é necessário um grande investimento”.

“Não é por falta de dispositivos, há dezenas e centenas de patentes, algumas já estiveram no mar, mas chega uma altura em que ou começa a produzir, ou não há mais dinheiro disponível e as coisas acabam por parar”, observou.

Um dos protótipos testado no tanque de ondas do laboratório, com 28 metros de cumprimento e 12 de largura, foi um sistema misto de extração de energia das ondas incluído numa estrutura portuária, num quebra-mar.

Aos investigadores do laboratório, cabe a função de estudar como é que o sistema interage com as ondas, se movimenta, mas também quantificar a energia produzida e a sua capacidade de produção.

Nesta “corrida contra os desafios tecnológicos”, Francisco Taveira Pinto acredita que haverá de surgir “um dispositivo vencedor” que consiga extrair energia com eficiência e quantidade para ser “rentável”.

O diretor do laboratório de hidráulica lembrou ainda que, em termos médios, o mundo gasta anualmente 25 mil terawatts por hora de eletricidade, o equivalente “mais ou menos” ao valor disponível nos oceanos.

“É impossível, mas se conseguíssemos aproveitar toda a energia que existe nas ondas do mar, conseguíamos satisfazer todo o consumo mundial”, destacou, acrescentando que a energia disponível na costa portuguesa é “acima da média”.

“Temos os recursos, temos o ‘know-how’, falta termos tecnologias maduras, consolidadas e bem estudadas que possam ser usadas para extrair a energia das ondas”, concluiu.

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Comissão Europeia apresenta em julho plano de emergência para reduzir procura de energia

  • Lusa
  • 24 Junho 2022

“Estamos a trabalhar num plano comum europeu de redução da procura de emergência com a indústria, mas também com os 27 Estados-membros”, disse Ursula von der Leyen.

A Comissão Europeia está a preparar um plano comum de emergência para redução da procura de energia, que será apresentado em julho aos líderes da União Europeia (UE), anunciou esta sexta-feira a líder do executivo comunitário.

“Estamos a trabalhar num plano comum europeu de redução da procura de emergência com a indústria, mas também com os 27 Estados-membros”, disse Ursula von der Leyen, em conferência de imprensa no final da reunião do Conselho Europeu, em Bruxelas. “Apresentarei este plano em julho aos líderes” da UE, referiu.

A líder do executivo comunitário salientou que os planos nacionais de emergência foram revistos, para garantir que “todos estão prontos para enfrentar mais interrupções” no fornecimento, salientando que 12 Estados-membros foram afetados pelos cortes de fornecimento de gás russo.

Von der Leyen garantiu ainda que “não haverá um retorno aos combustíveis fósseis baratos”, indicando que os fornecimentos de gás natural liquefeito pelos Estados Unidos aumentaram 75%, os do gasoduto norueguês subiram 15% e do Azerbaijão mais de 90%.

Costa quer UE com “outra situação” no outono e admite “riscos globais” no gás

O primeiro-ministro, António Costa, defendeu na mesma ocasião que a União Europeia (UE) deve chegar ao outono “com outra situação” energética, dada a dependência da Rússia, admitindo ainda “riscos globais” no fornecimento do gás, apesar da baixa dependência de Portugal.

“É fundamental chegarmos ao outono com outra situação porque nessa altura o consumo de energia vai aumentar, sobretudo nos países mais frios, que são também os mais dependentes do fornecimento de energia por parte da Rússia”, disse o chefe de Governo, falando em conferência de imprensa, no final de um Conselho Europeu, em Bruxelas.

No dia em que os líderes da UE discutiram questões sobre a atual crise energética agora acentuada pela guerra da Ucrânia, António Costa apontou que “os riscos são globais” relativos ao fornecimento do gás à Europa, embora destacando a baixa de dependência de Portugal.

“Portugal é um país que não depende, como a Alemanha depende, do fornecimento de gás russo e temos uma fortíssima incorporação no nosso consumo de energia das energias renováveis”, que pesam 60% na produção de eletricidade, destacou o primeiro-ministro.

Numa altura que se teme o corte do fornecimento do gás russo à UE, dados os constrangimentos existentes pela guerra da Ucrânia, António Costa garantiu que, em Portugal, “daqui até ao inverno, haverá um reforço da capacidade de produção energética, designadamente com Cascata do Tâmega, que entrará em pleno funcionamento no próximo mês, e também de novos parques solares que vão continuar a reforçar a forte componente de energias renováveis no ‘mix’ energético” do país.

O chefe de Governo adiantou que “a orientação na UE” deve ser a de “acelerar, para todos os que podem fazer, a transição para novas formas de produção energia e, por outro lado, reforçar os mecanismos de compras conjunta, os mecanismos de interconexões e os mecanismos de todos colaborarem numa operação logística para assegurar que os países que são mais dependentes do gás e do petróleo russo possam ter fontes alternativas tão cedo quanto possível”.

Além disso, apesar da elevada inflação causada pelos preços energéticos, Portugal tem das taxas “mais baixas”, destacou António Costa, falando ainda no contributo que o porto de Sines poderá dar para que os países, “que se tentam libertar do gás russo, o possam fazer com maior facilidade”, por o gás natural liquefeito “poder ser uma alternativa” para países como Alemanha, Polónia e República Checa.

Já dada a duração incerta da guerra da Ucrânia, António Costa concluiu ser “muito difícil antecipar” o futuro impacto na formulação dos preços da energia.

 

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