Governo confirma que quer adiar fim dos carros com emissões poluentes

A denúncia foi feita pela associação ambientalista Zero, que divulgou um acordo entre Portugal e quatro outros países europeus para que o fim dos carros a combustão fosse adiado de 2035 para 2040.

O primeiro-ministro, António Costa, admitiu que Portugal pretende juntar-se a outros quatro países europeus para, no Conselho de Ministros do Ambiente da União Europeia (UE) que se realiza na próxima terça-feira, propor que o fim da venda de carros com emissões poluentes seja adiado para 2040, depois de o Parlamento Europeu ter aprovado 2035 como o ano limite.

De acordo com o primeiro-ministro, entre a proposta aprovada pelo Parlamento Europeu e aquela que Portugal quer agora apoiar, “a diferença fundamental tem a ver com carros híbridos — se ainda podem ser produzidos e comercializados ou não” entre 2035 e 2040. Uma alteração que considera compatível com as metas climáticas.

No documento onde Portugal subscreve a reformulação da meta para o fim dos carros a combustão, assinado em conjunto com Itália, Roménia, Bulgária e Eslováquia, ao qual o ECO/Capital Verde teve acesso, é proposto que em 2035 os carros de passageiros estejam sujeitos a uma redução das emissões de apenas 90%. Os 100% que estavam previstos para esse ano passam a ser exigidos em 2040. No caso dos veículos comerciais ligeiros, ficariam sujeitos a uma redução de 45% das emissões em 2030, de 80% em 2035 e de 100% também em 2040.

A associação ambientalista Zero, que denunciou esta intenção do Governo português na quinta-feira, indica que se for considerada também a decisão da Alemanha de se opor, “a posição em bloco destes países pode mesmo determinar o gorar da ambição de proibir a venda de carros a combustão a partir de 2035, o que é uma machadada no Pacto Ecológico Europeu”.

Sobre as motivações para esta nova proposta, o primeiro-ministro começou por defender que “é preciso ir preparando esta transição energética], que vai exigir um esforço muito grande de investimento de toda a gente”, colocando o ónus nas famílias, e na necessidade que estes veículos sejam acessíveis, sem deixar consumidores para trás.

Confrontado pelos jornalistas com a hipótese de pressões da indústria, Costa acabou por admitir que esta iniciativa também ajuda os produtores, o que “para um país como Portugal isto não é qualquer coisa de irrelevante”, já que a indústria automóvel em Portugal “é uma fileira muito extensa” e, além dos construtores, “convém dizer que em Portugal há uma fortíssima indústria de componentes”. Aproveitou para recordar um estudo da Organização Internacional do Trabalho que apresentava um impacto “preocupante” da transição energética e digital no emprego em Portugal.

Os cinco países, no referido documento, defendem que os períodos de transição não devem criar “custos desproporcionais e desnecessários tanto para a indústria automóvel como para os consumidores, apesar de coerentes em relação às metas climáticas”.

Em relação às metas climáticas, Costa realça que Portugal já está “até mais avançado que outros na produção de energia”, tendo em conta a elevada penetração de renováveis, e que também tem outros contributos para dar através da preservação dos oceanos e das florestas, “dois importantes sumidouros de carbono”.

Postos estes argumentos, o primeiro-ministro considerou que “esta extensão de 5 anos revela não falta de ambição mas a adequada prudência”.

No mesmo documento onde Portugal e os restantes quatro países apresentam a sua nova proposta, são ainda descritas algumas barreiras “inevitáveis” da mobilidade com zero emissões, como é o caso da necessidade de aumentar os postos de carregamento, o desenvolvimento completo da produção de baterias a nível europeu e de novas tecnologias, assim como a introdução de incentivos próprios para estes veículos.

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José Eduardo dos Santos internado em unidade de cuidados intensivos

  • Lusa
  • 24 Junho 2022

O antigo Presidente da Angola José Eduardo dos Santos está internado nos cuidados intensivos de uma clínica em Barcelona onde tem recebido tratamento médicos desde 2019, confirmou a Lusa.

O antigo Presidente da Angola José Eduardo dos Santos está internado nos cuidados intensivos, estando sedado e em estado estável, acompanhado por alguns dos seus filhos. O antigo Chefe de Estado encontra-se hospitalizado no Centro Médico Teknon, em Barcelona (Espanha), onde tem recebido tratamento médicos desde 2019, confirmou à Lusa fonte próxima do antigo chefe de Estado.

A notícia do deterioramento do estado de saúde de José Eduardo dos Santos e internamento numa unidade de cuidados intensivos foi avançada esta quinta-feira noite pelo Jornal de Negócios.

O ex-Presidente, de 79 anos, tem problemas de saúde há vários anos e tem sido acompanhado em Barcelona desde 2006.

Eduardo dos Santos governou Angola entre 1979 e 2017, tendo sido um dos presidentes a ocupar por mais tempo o poder no mundo e era regularmente acusado por organizações internacionais de corrupção e nepotismo.

Em 2017, renunciou a recandidatar-se e o atual Presidente, João Lourenço, sucedeu-lhe no cargo, tendo sido eleito também pelo Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), que governa no país desde a independência de Portugal, em 1975.

Lourenço telefona a ex-primeira-dama

O Presidente angolano, João Lourenço, falou esta sexta-feira por telefone com a ex-primeira-dama sobre o estado de saúde do antigo Presidente José Eduardo dos Santos, num “gesto de solidariedade”, foi anunciado.

Segundo uma publicação na página oficial da Presidência da República, João Lourenço telefonou a Ana Paula dos Santos “em gesto de solidariedade” face às notícias relativas à deterioração do estado de saúde do ex-chefe de Estado, que governou Angola durante 38 anos.

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Supremo dos EUA anula direito constitucional ao aborto no país

  • Lusa
  • 24 Junho 2022

O Supremo Tribunal dos EUA anulou a proteção do direito ao aborto em vigor no país desde 1973, numa decisão classificada como histórica que permitirá a cada Estado decidir se mantém ou proíbe prática.

O Supremo Tribunal dos EUA anulou a proteção do direito ao aborto em vigor no país desde 1973, numa decisão classificada como histórica que permitirá a cada Estado decidir se mantém ou proíbe tal direito.

Os juízes da mais alta instância judicial norte-americana, atualmente com uma maioria conservadora, decidiram esta sexta-feira anular a decisão do processo “Roe vs. Wade”, que, desde 1973, protegia como constitucional o direito das mulheres ao aborto.

Esta decisão não torna ilegais as interrupções da gravidez, mas devolve ao país a situação vigente antes do emblemático julgamento, quando cada Estado era livre para autorizar ou para proibir tal procedimento.

Biden considera “erro trágico” proibição do aborto

Em reação à notícia, o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, declarou que a decisão do Supremo Tribunal que anula o direito ao aborto constitui um “erro trágico” e é resultado de uma “ideologia extremista”.

“A saúde e a vida das mulheres deste país estão agora em perigo”, indicou, numa primeira reação à decisão da mais alta instância judicial norte-americana que termina com o direito ao aborto, lamentando um “dia triste” para os Estados Unidos, que se torna “numa exceção” em todo o mundo.

Biden apelou ao prosseguimento dos protestos de forma “pacífica” e à defesa “nas urnas” do direito ao aborto e das restantes “liberdades pessoais”, quando se aproximam as legislativas intercalares que se preveem difíceis para os democratas, o campo político do Presidente.

“Podem ter a palavra final. Isto não acabou”, declarou Biden.

O inquilino da Casa Branca também avisou que a decisão sobre o aborto poderá afetar o direito à contraceção e ao casamento homossexual, ao alertar para “um percurso errado, extremo e perigoso”.

Manifestações contra e a favor

Centenas de pessoas concentraram-se esta sexta-feira frente à sede do Supremo Tribunal dos Estados Unidos, em Washington, para protestar contra a decisão da instância de revogar a proteção do direito ao aborto.

A agência noticiosa espanhola Efe constatou antes do meio-dia (hora local) que o número de manifestantes continuava a aumentar, com alguns a exibirem cartazes a exigirem a revogação da medida.

Em frente, um grupo mais numeroso contra o direto ao abordo celebrava a decisão da principal instância judicial do país, com cantos e danças, mas sem sinais de tensão entre os dois grupos, indicaram as agências internacionais.

Por outro lado, a principal organização de planeamento familiar norte-americana prometeu continuar “a lutar” após a deliberação, que põe termo a quase 50 anos de direito ao aborto nos Estados Unidos.

“Decerto que sentem muitas emoções, dor, cólera, confusão. É normal, estamos convosco e não deixaremos de lutar por vós”, indicou a Planned Parenthood através da rede social Twitter.

Supremo Tribunal dos EUAWikimedia Commons

Pelosi fala em “bofetada” para as mulheres

A presidente da Câmara dos Representantes, a democrata Nancy Pelosi, classificou como “um insulto e uma bofetada” para as mulheres a decisão do Supremo Tribunal de Justiça norte-americano de revogar a proteção do direito ao aborto.

“Esta decisão é cruel, é escandalosa e desanimadora”, afirmou Pelosi, visivelmente afetada pela decisão, segundo as agências internacionais, numa conferência de imprensa no Capitólio (sede do Congresso norte-americano).

Republicanos celebram “vitória histórica”

O líder republicano do Senado norte-americano considerou, por sua vez, que a decisão do Supremo Tribunal de revogar o direito ao aborto foi “valente e corajosa”, constituindo uma “vitória histórica” para a Constituição e as pessoas “mais vulneráveis” do país.

Em comunicado, Mitch Mcconnell saudou desta forma a decisão da mais alta instância judicial norte-americana, que com a sua maioria conservadora anulou a proteção do direito ao aborto que vigorava nos Estados Unidos desde 1973.

Na sua perspetiva, o Supremo “corrigiu um terrível erro moral e legal” e os juízes “cumpriram a Constituição” e “anularam decisões que os próprios liberais consideraram incoerentes, restaurando a separação de poderes”.

“Felicito o Tribunal pela sua imparcialidade face às tentativas de intimidação”, acrescentou o líder conservador, ao criticar o facto de “durante 50 anos os estados [federados]” não puderem aprovar “nem sequer modestas proteções para as crianças não nascidas”.

“Mais de 90% dos países europeus restringe o aborto após as 15 semanas”, disse Mcconnell, adiantando que os EUA foram “forçados” a permitir as interrupções da gravidez “mais um mês, quando o bebé pode sentir dor, respirar, esticar-se e chupar no dedo”.

O líder republicano criticou os democratas por “atacarem” o Supremo e acusou-os de terem sempre apoiado legislações “extremistas” sobre o aborto.

“Milhões de norte-americanos passaram meio século a rezar, a protestar e a trabalhar para esta vitória histórica do Estado de direito e pelas vidas inocentes. Estou orgulhoso de ter estado ao seu lado e de partilhar a sua alegria e dor”, concluiu.

(Notícia atualizada pela última vez às 19h09)

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Comissão vs “Golias”: o DMA e a regulação dos gigantes digitais

  • BRANDS' ADVOCATUS
  • 24 Junho 2022

David Noel Brito, associado da Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva & Associados, explica as medidas da Comissão Europeia para combater eventuais abusos por parte dos gigantes digitais.

As plataformas digitais de grandes dimensões são elementos estruturantes e fundamentais da atual economia, sendo responsáveis por uma grande parte das transações.

A Comissão Europeia (CE), apercebendo-se que um pequeno número de entidades globais do mundo digital arrecada a maioria do valor dos mercados digitais (seja em serviços de intermediação online, mercados digitais/marketplaces, redes sociais, motores de busca, sistemas operativos, lojas de aplicações, etc.), apresentou o Digital Markets Act (DMA) com vista a definir um verdadeiro regulamento dos mercados digitais, estabelecendo um enquadramento regulatório para as operações dos gigantes digitais.

O impacto destas empresas nos mercados digitais prende-se com o facto de atuarem como verdadeiras “portas de acesso” aos serviços que podem ser obtidos online – são considerados gatekeepers/controladores de acesso pois controlam o acesso aos mercados digitais, permitindo aos consumidores o acesso a diversos serviços online. Tendem também a ter uma posição enraizada e estável, muitas vezes em resultado da criação de ecossistemas em torno dos seus serviços essenciais e das suas economias de escala.

David Noel Brito, associado da Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva & Associados

Na lógica do DMA, um gatekeeper é uma plataforma que: (i) alcançou um volume de negócios anual na União Europeia (UE) de ≥ 7.500 milhões de euros, em cada um dos três últimos anos, ou teve uma capitalização bolsista de ≥ 75 mil milhões de euros; (ii) contou com ≥ 45 milhões de utilizadores finais ativos mensalmente e ≥ 10 mil utilizadores profissionais estabelecidos na UE; e (iii) controlou um ou mais serviços essenciais de plataforma em três ou mais Estados-Membros.

Além de identificar os gigantes a enfrentar e o alcance do seu poder no mercado único, o DMA serve também para combater a subordinação da economia da UE, garantindo que novos intervenientes podem surgir e afirmar-se.

Desta forma, a CE impôs obrigações aos controladores de acesso, das quais se destacam:

  • proibir a imposição de funcionalidades de software por defeito (ex: navegador Web) e pré-instalação de aplicações aquando da configuração de um sistema operativo;
  • assegurar a interoperabilidade das funcionalidades básicas dos serviços de mensagens instantâneas;
  • conceder aos vendedores acesso aos seus dados de desempenho em matéria de marketing ou publicidade na plataforma;
  • proibir o autofavorecimento quanto à classificação dos seus produtos;
  • proibir a reutilização, para efeitos da prestação de um serviço, de dados pessoais recolhidos na prestação de outro serviço.

Ora, mesmo simpatizando com a luta contra abusos de gigantes (talvez por me chamar David), estas soluções da CE poderão ter consequências práticas cujo alcance ainda não é totalmente claro.

Detendo-me especificamente num ponto, surgem dúvidas quanto à obrigação de assegurar a interoperabilidade das funcionalidades básicas dos serviços de mensagens instantâneas. Quererá esta obrigação dizer que plataformas de mensagens (Messenger, Whatsapp, etc.) não vão poder manter a sua encriptação específica (end-to-end encryption) e terão de a partilhar com terceiros? Como é que se vai distinguir a componente do serviço relacionada apenas com as mensagens da aplicação como um todo? Beneficiará realmente o mercado da UE com esta decisão? As respostas estão em aberto, ficando a ideia de que poderiam ter sido melhor ponderadas tratando-se de um regulamento dirigido a plataformas já existentes.

Apesar de todas as dúvidas, certo é que, neste combate aos gigantes digitais, a principal arma da CE é o recurso a coimas pesadas: a violação das regras do DMA é punível com coima que pode ir até 10 % do volume de negócios total a nível mundial da empresa. Em caso de reincidência e comportamento sistemático, o limite sobe para os 20% e a CE pode abrir uma investigação de mercado e impor medidas corretivas, comportamentais ou estruturais. Trata-se de um autêntico “colete de forças” para as plataformas digitais globais.

O acordo provisório quanto ao DMA foi alcançado em março e tem ainda de ser aprovado pelo Parlamento Europeu e Conselho antes de ser efetivo no combate aos “Golias” digitais.

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Combustíveis vão ficar mais baratos. Gasóleo desce três cêntimos e gasolina um

Litro de gasóleo simples vai permanecer acima da fasquia dos dois euros, embora desça para 2,05 euros, e o da gasolina descerá para 2,111 euros. Mas valores ainda podem sofrer ajustamento.

E finalmente chegam boas notícias para quem vai abastecer o carro na segunda-feira. Tanto a gasolina como o gasóleo vão descer na próxima semana. O preço do litro gasóleo deverá descer três cêntimos, permanecendo, no entanto, acima da fasquia dos dois euros, e da gasolina apenas um, apurou o ECO junto de fonte do setor.

Tendo em conta os valores médios praticados nas bombas esta segunda-feira, isso significa que o litro de gasóleo simples vai permanecer acima da fasquia dos dois euros, embora desça para 2,05 euros, e o da gasolina simples 95 descerá para 2,111 euros. Mas estes valores ainda podem sofrer um ajustamento, tendo em conta o fecho das cotações do brent esta sexta-feira e do mercado cambial.

Não é certo que na próxima semana haja mudanças decorrentes da fiscalidade, porque estamos perante uma decida de preços, que de acordo com a aplicação da atualização semanal do ISP se deveria traduzir num aumento da fiscalidade já que a fórmula criada visa a neutralidade fiscal. Mas a verdade é que nunca foi assim. Desde que o mecanismo de revisão semanal dos valores do ISP foi introduzido, nunca houve uma subida do ISP, mesmo quando os preços desciam. O máximo que aconteceu foi não haver mexidas. Mas, tendo em conta as magras descidas que se esperam para a semana, o mais certo seria que isso não tivesse reflexo nos cálculos.

Por outro lado, na próxima semana há ainda que ter em conta um outro fator. Portugal já atingiu o limite mínimo do ISP do gasóleo definido pela diretiva europeia. O país já solicitou à Comissão Europeia a suspensão desse limite, “estando em curso a avaliação do pedido pelos serviços” do executivo comunitário, como sublinhou em comunicado o Ministério das Finanças a semana passada.

A descida dos preços dos combustíveis traduz essencialmente os receios dos investidores perante sinais de arrefecimento da atividade económica nos Estados Unidos que levaram a quebras os preços do barril na ordem dos 6% em alguns dias desta semana.

O Presidente dos Estados Unidos pediu ao Congresso para suspender por três meses os impostos sobre a gasolina, tendo em conta os níveis de inflação que se registam no país e que levaram a Reserva Federal norte-americana a decidir por um aumento das taxas de juro em 0,75 pontos percentuais.

Brent com queda acentuada esta semana

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Morais Leitão, SRS e VdA distinguidas nos Women in Business Law Awards EMEA 2022

A Morais Leitão venceu quatro categorias nos prémios “Women in Business Law Europe Awards”. A SRS Advogados foi premiada com três e a VdA com dois.

A Morais Letão, a SRS Advogados e a Vieira de Almeida (VdA) foram as três firmas de advogados portuguesas distinguidas nos prémios “Women in Business Law Awards EMEA 2022”, reconhecimento atribuído pelo Legal Media Group, incluindo a importante distinção de melhor sociedade nacional.

A Morais Leitão venceu em quatro categorias, sendo em uma delas uma estreia. Pela primeira vez, a sociedade liderada por Nuno Galvão Teles recebeu o prémio de “Pro Bono Work: National Firm of the Year”. “Reconhecendo o importante trabalho de responsabilidade social que desenvolve com o projeto Girl Move, uma academia de liderança que através dos seus modelos educativos inovadores amplifica talento, promove a igualdade de género e gera transformação sustentável na comunidade onde atua. Em 2021 a Girl MOVE Academy foi reconhecida pela UNESCO com o Prémio UNESCO 2021 para a Educação de Mulheres e Raparigas”, refere o escritório em comunicado.

O escritório foi ainda galardoado com o prémio de “National Firm of the Year”, devido ao relevante papel de liderança que as advogadas mulheres da sociedade assumem diariamente com os seus clientes, em projetos muito significativos, em todas as áreas e setores em que atuamos. A título individual, Isabel Santos Fidalgo e Claudia Santos Cruz foram consideradas as advogadas do ano, à escala internacional, nas áreas de Tax Dispute Resolution e Shipping & Maritime, respetivamente.

“Estes prémios ajudam-nos a perceber até que ponto a nossa cultura de inclusão está a funcionar. Significam que os nossos princípios de igualdade de oportunidades estão a ser concretizados, permitindo que as nossas excelentes advogadas possam ter o reconhecimento que merecem. Significam também que a nossa cultura de humanismo e serviço ao outro continua ativa, motivando e impactando novas gerações“, sublinha Nuno Galvão Teles, managing partner da Morais Leitão.

Já a SRS Advogados foi distinguida em três categorias. A firma liderada por Pedro Rebelo de Sousa venceu o prémio de de “Work-Life Balance National Firm”. A título individual, Alexandra Valente foi distinguida como “Project Finance Lawyer of the Year” e Mafalda Rodrigues Branco venceu o prémio de Rising Star na categoria de “Arbitration”.

Por fim, as advogadas da VdA, Ana Luísa Sousa e Joana Lobato Heitor, foram distinguidas como “Energy, Natural Resources & Mining Lawyer of the Year” e Rising Star na área de “Tax”, respetivamente.

Os Women in Business Law EMEA 2022 Awards distinguem as sociedades que mais apostam na diversidade no exercício da profissão e celebram o talento destas advogadas nas suas diferentes áreas e setores, em toda a Europa, Médio Oriente e África.

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Wall Street avança, menos pessimista com a Fed

Tecnológicas destacam-se nos ganhos, à medida que os investidores vão aproveitando as quedas recentes para comprar ações a preços mais baixos. Menor pessimismo ajuda bolsas.

As bolsas em Wall Street abriram a sessão desta sexta-feira em alta, apesar dos sinais de desaceleração do crescimento económico. Os investidores estão menos pessimistas com o efeito da subida dos juros na economia e aproveitam as quedas recentes para comprar ações a preços mais baixos.

O S&P 500 avança 0,92%, para 3.830,56 pontos, enquanto o industrial Dow Jones sobe 0,85%, para 30.937,86 pontos, e o tecnológico Nasdaq soma 1,05%, atingindo 11.350,37 pontos.

Entre as tecnológicas destaca-se o Mercado Libre, que regista a maior subida percentual (4,31%) após a abertura da sessão. Já a Meta, dona do Facebook, dispara 3,76%. Em paralelo, o Paypal avança 4,21%. Na direção oposta está a Moderna, a liderar as perdas na abertura da sessão, caindo 2,47%.

Enquanto isso, o petróleo WTI avança 2,8%, para 107,31 dólares.

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Conselho Nacional das Ordens Profissionais defende que projeto de lei do PS contém “normas prejudiciais ao serviço público”

O Conselho Geral do Conselho Nacional das Ordens Profissionais (CNOP) considerou que os projetos de lei apresentados possuem "normas prejudiciais ao serviço público que prestam à sociedade".

O Conselho Geral do Conselho Nacional das Ordens Profissionais (CNOP) considerou que os projetos de lei apresentados que alteram o regime jurídico das Associações Públicas Profissionais possuem “normas prejudiciais ao serviço público que prestam à sociedade”. A conclusão surge após a reunião do CNOP na passada quinta-feira, dia 23 de junho, onde analisaram os projetos de lei apresentados pelos grupos parlamentares do PAN (PL 9/XV/1.ª), do PS (PL 108/XV/1.ª) do CHEGA (PL 177/XV/1.ª) e da IL (PL 178/XV/1.ª).

“Atentam contra o seu funcionamento eficaz, democrático e independente e configuram uma tentativa de governamentalização das mesmas. Por esse motivo, o CNOP apela aos Grupos Parlamentares com assento na Assembleia da República que ponderem devidamente as consequências que estes projetos de lei acarretarão para os direitos dos destinatários dos serviços que as Ordens profissionais asseguram“, sublinham.

Para o CNOP, embora que os partidos invoquem posições assumidas pela OCDE e pela Autoridade da Concorrência, as “mesmas apenas se referiram às questões da limitação de acesso à profissão e nunca à necessidade de criação de órgãos supervisores com personalidades estranhas ou de provedores externos às diversas profissões“.

“Também nada semelhante é exigido pela Diretiva 2018/958/UE, já transposta pela Lei 2/2021, de 21 de janeiro, que se limita a exigir um teste de proporcionalidade na regulamentação do acesso às profissões. Estas iniciativas têm assim por base uma tentativa de governamentalização e ingerência do poder político nas Ordens Profissionais, desrespeitando a autonomia de que as mesmas sempre gozaram, ou até desvirtuando a sua natureza”, acrescentam.

Em comunicado, o CNOP sublinha que é “especialmente grave” o projeto da Iniciativa Liberal. O partido pretende extinguir grande parte das Ordens Profissionais que integram este Conselho. “Numa atitude claramente arbitrária, atentatória de direitos adquiridos e desrespeitadora da vontade expressa pelas classes profissionais que decidiram constituir essas Ordens Profissionais”, considera o CNOP.

Este Conselho repudia assim as alterações propostas ao artigo 5º alínea a) da Lei n.º 2/2013, de 10 de janeiro, que pretende retirar às Ordens Profissionais a defesa dos interesses gerais dos destinatários dos serviços, impedindo-as assim de exercer a primeira das atribuições para que são criadas.

Também discordam da proposta de alteração ao artigo 15º n.º 2, alínea c) e d), em que está prevista a criação de “um órgão de supervisão, nos termos do artigo 15.º-A. d) Um órgão disciplinar, eleito pela assembleia representativa, que exerce o poder disciplinar, devendo integrar personalidades de reconhecido mérito que não sejam membros da associação pública profissional.”

Estas “personalidades de reconhecido mérito”, não sendo membros das referidas Associações Públicas Profissionais, serão eventualmente académicos, com um enquadramento teórico e conceptual de substância, mas não terão qualquer experiência no quotidiano prático das profissões. Aos destinatários dos serviços e à sociedade civil interessam profissionais habilitados em encontrar soluções práticas e ajustadas ao caso concreto”, aponta o CNOP. Em comunicado, explicaram que as decisões das Associações Públicas Profissionais, designadamente as disciplinares, admitem análise em duas instâncias a nível interno e, posteriormente, são ainda sindicáveis em sede judicial.

“Por esse motivo não se vislumbram quaisquer razões para a criação de mais um órgão, ou seja, mais uma instância que apenas possui a virtualidade de atrasar a decisão final, tanto mais que os oito membros propostos para a sua composição são manifestamente insuficientes face ao volume de litigância atual”, acrescentam.

No que respeita à figura do Provedor dos Destinatários dos Serviços, prevista no artigo 20.º da Projeto de Lei 108/XV/1.ª, apresentado pelo PS, o CNOP considerou que configura uma “ingerência injustificável nas competências próprias do Bastonário por parte de uma entidade externa que é proposta pelo órgão de supervisão, sem possibilidade de escolha pelo Bastonário, enquanto dirigente máximo eleito pelos profissionais que representa“.

O CNOP sublinhou que as competências do Provedor dos Destinatários dos Serviços colidem com as atribuições constitucionais do Provedor de Justiça, como garante da defesa e promoção dos direitos, liberdades, garantias e interesses legítimos dos cidadãos.

Relativamente aos estágios profissionais, “as soluções propostas podem colocar problemas a algumas Ordens, pelo que defendemos que esta matéria deve ser tratada no Estatuto de cada Ordem”.

Na eventualidade de os mesmos virem a ser aprovados, o CNOP garante que solicitará audiências aos diversos Grupos Parlamentares, ao Governo e a Sua Exa., o Senhor Presidente da República, com vista à exposição dos fundamentos desta sua posição.

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Novobanco já selecionou potenciais compradores para a sede

Banco já fechou a shortlist de potenciais compradores para a sede, em Lisboa. Vanguard Properties foi uma das empresas convidadas a apresentar proposta vinculativa.

O Novobanco já fechou a shortlist de potenciais compradores para a sede histórica do Banco Espírito Santo (BES) na Avenida da Liberdade, em Lisboa, avaliada em cerca de 100 milhões de euros. A notícia é avançada pela Bloomberg, que dá ainda conta de que a Vanguard Properties foi uma das empresas escolhidas.

Cerca de dois meses depois de ter arrancado com o processo de venda da sede, o Novobanco já selecionou os potenciais compradores, convidando-os agora a apresentar propostas vinculativas — a chamada shortlist. De acordo com a Bloomberg, uma das empresas é a Vanguard Properties, proprietária de vários edifícios residenciais em Lisboa, Oeiras, Comporta e Algarve.

O Novobanco mandatou a JLL e a Cushman & Wakefield para comercializarem o edifício, que começou a ser apresentado aos investidores a 18 de abril, com um valor base de 95 milhões de euros. O edifício, com cerca de 15 mil metros quadrados acima do solo, suscitou o interesse de várias entidades, entre as quais investidores internacionais.

O ECO sabe que a expectativa do Novobanco é selecionar um comprador até ao final de julho e fechar a venda até ao final do setembro. Mas, após a venda, o banco quer continuar no edifício por mais uns meses, sendo esta, assim, uma operação de sale & leaseback. A proposta do banco é continuar como arrendatária por um período de seis meses, mediante o pagamento de uma renda de 402.408,72 euros. Contudo, este arrendamento pode ser estendido até um máximo de 18 meses. Este prazo é necessário para dar tempo de concluir as obras das futuras instalações.

Tal como o ECO noticiou em abril de 2021, o Novobanco desistiu dos planos de construir uma nova sede nas Amoreiras e decidiu mudar-se para o Tagus Park, onde já tem cerca de 800 colaboradores a trabalhar. Para acolher os mais de 2.000 trabalhadores em Oeiras, o banco vai construir uma espécie de campus, numa área com 55 mil metros quadrados, unindo três edifícios pré-existentes e construindo um quarto. O novo campus terá, assim, escritórios, zonas de lazer com jardins, um ginásio, sala de meditação, refeitório e bar com esplanada.

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Metro de Lisboa encerrado no domingo devido a greve de trabalhadores

  • Lusa
  • 24 Junho 2022

Estão previstas perturbações desde as 23:00 de sábado e o retomar do serviço às 06:30 de segunda-feira, indicou a empresa. 

A circulação do Metropolitano de Lisboa vai estar interrompida no domingo devido à greve de trabalhadores, prevendo-se perturbações desde as 23:00 de sábado e o retomar do serviço às 06:30 de segunda-feira, indicou hoje a empresa. A informação foi avançada pelo Metropolitano de Lisboa na sua página da Internet.

A greve, entre as 00:00 e as 24:00 de domingo, foi convocada pela Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações, contra a falta de condições de trabalho e os aumentos salariais de 0,9% propostos pela administração, entre outros motivos.

Segundo o sindicato, os trabalhadores decidiram manter a paralisação, prevista há algumas semanas, apesar do anúncio pelo Metropolitano de Lisboa de que já iniciou a contratação de maquinistas e o reforço das equipas de manutenção. As contratações decorrem de uma autorização concedida pelo Governo, no âmbito do Plano de Atividades e Orçamento de 2022, para a contratação de 58 trabalhadores: 34 agentes de tráfego, 13 oficiais de manutenção, dois inspetores de obra e nove técnicos especializados.

Outro dos assuntos que não tem a concordância das organizações sindicais é o aumento salarial de 0,9% proposto pela empresa, que os sindicatos consideram estar “muito abaixo da inflação do país”. Além da paralisação de 24 horas, os trabalhadores cumprem até ao final deste mês uma greve ao trabalho suplementar e eventos especiais.

Na semana passada, o Metropolitano de Lisboa garantiu que está disponível para procurar “soluções conjuntas de melhoria das condições de trabalho e de remuneração” e ainda para o “aumento de efetivos”. Entre março a maio de 2022 foram efetuadas pelos trabalhadores da área da operação, maquinistas e chefias um total de oito greves parciais, entre as 05:00 e as 09:00, segundo a empresa.

A paralisação de domingo ocorre num dia em que se realiza o festival Rock in Rio, no Parque da Bela Vista. A este propósito, a organização indicou que criou, em conjunto com a Câmara Municipal de Lisboa, mais parques de estacionamento com ‘shuttle’ direto para o recinto do evento.

O Metropolitano de Lisboa opera diariamente com quatro linhas: Amarela (Rato-Odivelas), Verde (Telheiras-Cais do Sodré), Azul (Reboleira-Santa Apolónia) e Vermelha (Aeroporto-São Sebastião). Normalmente, o metro funciona entre as 06:30 e a 01:00.

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Football Leaks: Julgamento de Rui Pinto adiado para dia 8 de julho

O julgamento de Rui Pinto voltou a ser adiado para dia 8 de julho devido à impossibilidade de comparência do advogado de defesa do hacker.

O julgamento de Rui Pinto no âmbito do processo Football Leaks estava agendado retomar no próximo dia 1 de julho, mas a sessão foi adiada para dia 8 de julho. A razão prende-se com a indisponibilidade do advogado de defesa do hacker. Foi no dia 4 de setembro de 2020 que teve início o julgamento de Rui Pinto, mas ao longo destes anos tem vindo a ser suspenso várias vezes por questões processuais.

“Atento o exposto, que mereceu o acordo prévio dos restantes mandatários, fica sem efeito a audiência de julgamento designada para o próximo dia 1 de julho de 2022, mantendo-se o seu reinício para 8 de julho de 2022, pelas 9h30″, lê-se no despacho do tribunal.

Rui Pinto responde por um total de 90 crimes: 68 de acesso indevido, 14 de violação de correspondência, seis de acesso ilegítimo, visando entidades como o Sporting, a Doyen, a sociedade de advogados PLMJ, a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e a Procuradoria-Geral da República (PGR), e ainda por sabotagem informática à SAD do Sporting e por extorsão, na forma tentada. Este último crime diz respeito à Doyen e foi o que levou também à pronúncia do advogado Aníbal Pinto.

Entre os visados estão Jorge Jesus, Bruno de Carvalho, o então diretor do DCIAP Amadeu Guerra ou o advogado José Miguel Júdice, João Medeiros, Rui Costa Pereira e Inês Almeida Costa.

Em janeiro, o julgamento foi interrompido uma vez que a juíza Margarida Alves pediu à PJ que Rui Pinto fosse as instalações consultar a prova do apenso F e e disco rígido RP3, que contém alguns dos mails pirateados pelo próprio.

O arguido Rui Pinto pediu o acesso aos mails que terá pirateado por considerar “indispensável para se poder defender em tribunal”. Os e-mails que alegadamente roubou encontram-se no chamado apenso F — uma parte do processo do caso Football Leaks onde a PJ guardou as caixas de correio eletrónico integrais encontradas nos discos apreendidos e que pertencem a responsáveis de clubes de futebol, a alguns dos mais importantes escritórios de advogados portugueses, como a PLMJ, aos advogados ex-PLMJ (João Medeiros, Rui Costa Pereira e Inês Almeida Costa), a magistrados do Ministério Público, como Amadeu Guerra (à data diretor do DCIAP) ou a pessoas ligadas ao universo Isabel dos Santos.

O objetivo do pedido de cópia do apenso, alegou a defesa de Pinto, seria o de “analisar os ficheiros informáticos constantes no Apenso F, exclusivamente, do ponto de vista técnico, através de pesquisa forense, procedendo à análise de metadados e estruturas de dados, com recurso a ferramentas forenses que lhe permitam ter um conhecimento diferenciado da prova.”

“Todos os elementos acedidos ilicitamente por Rui Pinto, que constam do apenso F, apenas podem ser relevantes para a defesa se forem para a acusação, pelo que o arguido não precisa de ir procurá-los, o Ministério Público já o fez e disponibilizou-os aos sujeitos processuais. Permitir ao arguido que consulte e armazene tudo o que obteve ilicitamente e que, por isso, se encontra a ser julgado, apenas com base no jargão intimidatório de ser necessário à defesa é grave e inadmissível, além de ridículo”, alegaram os assistentes, no pedido de recurso que fizeram para a Relação.

A Relação veio decidir que “em caso algum serão entregues as duas pen drives que constituem o apenso F ao arguido para que este pura e simplesmente as consulte”, dizem os desembargadores, no recurso a que o ECO/Advocatus teve acesso, à data. Mas aceita que Rui Pinto tenha acesso aos ditos e-mails, mas nas instalações da PJ, sob a supervisão da mesma. “A cópia do apenso F apenas é possível ser consultada pelo arguido e a sua defesa, não se permitindo que, realizada a consulta, a cópia fique na posse dos mesmos”, diz a decisão.

Para os assistentes e para o Ministério Público, o facto de Rui Pinto ter acesso às caixas de correio eletrónico — que no fundo é a razão pela qual está a ser julgado — seria uma duplicação do crime e de penalização das vítimas. Além dos assistentes no processo, também o Ministério Público se opôs à entrega do apenso com e-mails a Rui Pinto.

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App 29k da Fundação José Neves alcança os 31 mil utilizadores

O objetivo da aplicação é melhorar o equilíbrio emocional, o bem-estar e a saúde mental dos portugueses.

A app de desenvolvimento pessoal 29k FJN, da Fundação José Neves, conta já com mais de 31 mil utilizadores registados desde o seu lançamento, há cerca de um ano, anunciou a fundação no evento anual em que apresentou o relatório “Estado da Nação: Educação, Emprego e Competências em Portugal”. O objetivo da aplicação é melhorar o equilíbrio emocional, o bem-estar e a saúde mental dos portugueses.

Desde o início deste ano, a aplicação já implementou algumas novidades. No início do mês, António Horta Osório passou a ser embaixador do curso de Liderança da Fundação José Neves (FJN). O gestor português participou também no evento anual da FJN, no qual abordou diversos temas, em particular a liderança.

Em abril, a 29k adicionou novas ferramentas para ajudar os jovens dos 15 aos 20 anos a lidarem com as adversidades e o stress, de forma a melhorarem o seu bem-estar e saúde mental. “Mais um passo importante para que o programa de desenvolvimento pessoal da FJN possa chegar a todos os portugueses”, dizia dizer Carlos Oliveira, presidente executivo da Fundação José Neves, na altura.

A app da Fundação José Neves é gratuita, está disponível para iOS e Android e pode ser descarregada aqui.

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