5 coisas que vão marcar o dia

Apoio aos mais carenciados alargado pelo Conselho de Ministros. António Costa no Conselho Europeu. Pedro Nuno Santos ouve pilotos da TAP. Saiba o que vai marcar o dia.

É hoje que o Conselho de Ministros aprova o prolongamento do apoio de 60 euros por mais três meses, destinado a ajudar as famílias mais desfavorecidas no cabaz alimentar, como prometeu ontem o primeiro-ministro aos deputados no Parlamento. António Costa estará no Conselho Europeu até sexta-feira. Se está a norte do país, tenha atenção à greve da CP.

Governo aprova apoio de 60 euros por mais três meses

O Conselho de Ministros aprova esta quinta-feira o prolongamento da medida extraordinária de apoio ao cabaz alimentar. A medida assume a forma de um apoio de 60 euros por mais três meses e vai abranger cerca de um milhão de famílias beneficiárias de prestações mínimas e da tarifa social de eletricidade.

Costa no arranque do Conselho Europeu

O Conselho Europeu vai reunir esta quinta e sexta-feira, contando com a presença do primeiro-ministro português, António Costa. Na ordem do dia estarão as relações da União Europeia (UE) com os seus parceiros na Europa, os mais recentes acontecimentos relacionados com a guerra na Ucrânia e o apoio europeu a Kiev. Irá também ser discutido os pedidos de adesão da Ucrânia à UE (bem como da Moldávia e Geórgia) e ainda a atual situação económica e as recomendações específicas para cada país, no âmbito do Semestre Europeu de 2022.

Ministro reúne com pilotos da TAP

O ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, vai reunir-se esta quinta-feira com os pilotos da TAP, no rescaldo da decisão da administração da companhia aérea de impedir a realização de um plenário na sexta-feira de manhã, alegando que este poria em causa 120 voos. A informação foi incluída num comunicado do Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC), divulgado esta quarta-feira à noite. O ECO apurou que o encontro estará marcado para as 15h00.

Como evoluem os preços da habitação?

O Instituto Nacional de Estatística (INE) vai divulgar os dados referentes ao Índice de Preços da Habitação no primeiro trimestre de 2022. Em 2021 os preços da habitação aumentaram 9,4%, mas só no último trimestre do ano a subida já foi de 11,6% em termos homólogos. A evolução dos preços também registou uma subida mais intensa nas habitações já existentes face às habitações novas, com um aumento de 9,6% e 8,7% respetivamente.

CP enfrenta constrangimentos a norte

O Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante decretou uma greve de 24 horas a norte de Pombal, abrangendo os revisores e os trabalhadores das bilheteiras. Os trabalhadores ferroviários operacionais reivindicam aumentos salariais, e a empresa já informou que neste dia não está prevista a realização dos serviços Internacional Celta, Urbanos do Porto e Urbanos de Coimbra. A CP informou ainda que os efeitos da greve se irão sentir nas primeiras horas de sexta em todos os serviços com origem e/ou destino no norte, Coimbra e linha do oeste.

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Portuguesa Networkme avança para Espanha e já tem Reino Unido na mira

A startup portuguesa quer reforçar a equipa no mercado ibérico. Tenciona duplicar, de 15 para 30, o número de colaboradores até ao final do ano.

A Networkme, plataforma que ajuda jovens a descobrirem que carreira seguir e empresas a recrutar talento jovem, está a dar a o salto para o mercado espanhol e também já tem Reino Unido na mira. A startup portuguesa investiu um milhão de euros na expansão para Espanha, planeando abrir um escritório em Madrid, e quer reforçar a equipa no mercado ibérico duplicando a equipa de 15 para 30 até ao final do ano.

Vamos ter o nosso escritório em Madrid num local ainda a ser estudado e o nosso objetivo é o de termos cinco profissionais em Espanha até o final do ano”, adianta Felipe Vieira, cofundador e CEO da Networkme, à Pessoas. “Em Espanha estamos focados em recrutar profissionais relacionadas com estratégias go-to-market, nas áreas de business development e marketing“, esclarece o responsável.

O primeiro passo para a internacionalização surge após um ano a operar no mercado nacional, mas a decisão não implica a mudança da sede da startup, que se mantém em Portugal, país onde quer continuar a reforçar a equipa.

Vamos continuar a apostar no continente europeu e estamos a avaliar a possível entrada no Reino Unido.

Felipe Vieira

Cofundador e CEO da Networkme

Recentemente, a plataforma anunciou a contratação de Mariana Saragoça. Anteriormente a atuar como uma das responsáveis pelo gabinete de carreiras da Nova SBE, a profissional estará focada na expansão da plataforma, através da angariação de novos clientes, mantendo e melhorando ainda as relações com os utilizadores, clientes e parceiros, agora como customer success manager da Networkme.

Temos 15 colaboradores atualmente, e, até o fim do ano, vamos duplicar a equipa para um total de 30″, adianta Felipe Vieira. Em Portugal, o foco é reforçar com “profissionais das áreas de tecnologia (developers, data-scientists, product managers, etc.)”.

Espanha em setembro. Depois, Reino Unido

O arranque da operação em Espanha está previsto para setembro, esperando a empresa chegar aos 300.000 alunos no mercado ibérico até setembro de 2023. Atualmente, a plataforma já tem uma base de estudantes de 20.000 jovens — com um ritmo de crescimento de 25% por mês — e mais de 50 empresas inscritas, como Sonae, Lidl, Nos, BNP Paribas e, mais recentemente, o grupo Moongy.

A expansão da Networkme para Espanha é motivada pela “taxa de desemprego jovem” naquele país, “que chegou a rondar os 40% durante a pandemia, e pela necessidade das empresas parceiras portuguesas, que operam também no mercado, em atrair talento jovem no país”, justifica a companhia.

Mas também existem planos para expandir para outros mercados. “Vamos continuar a apostar no continente europeu e estamos a avaliar a possível entrada no Reino Unido”, revela Felipe Vieira.

Incubada na Demium Startups e acelerada pelo programa Microsoft for Startups, a Networkme foi lançada em setembro de 2021 e permite, através de uma plataforma online, criar uma rede de contacto direto entre estudantes e profissionais, empresas e universidades, dando aos estudantes acesso a oportunidades de emprego e às empresas acesso ao talento jovem.

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Supervisor britânico multa braço da JLT em 9 milhões de euros por escândalo de suborno

  • ECO Seguros
  • 22 Junho 2022

A JLTSL, do grupo JLT, foi severamente punida pelo supervisor britânico devido a um escândalo de suborno de funcionários de uma seguradora estatal colombiana.

A FCA, sigla que traduz a Financial Conduct Authority, entidade que exerce a regulação e supervisão financeira no Reino Unido, aplicou uma multa de 7 881 700 libras (mais de 9 milhões de euros ao câmbio corrente) à JLT Speciality Limited (JLTSL), uma subsidiária do grupo segurador JLT, adquirido pela Marsh & McLennan Companies em 2019.

A JLTSL encontra-se sediada no Reino Unido, oferecendo serviços de corretagem de seguros, gestão de risco e gestão de sinistros.

De acordo com o supervisor britânico a JLTSL falhou no controlo de crimes financeiros, os quais permitiram a ocorrência de um suborno de mais de 3 milhões de dólares (2,8 milhões de euros) a funcionários de uma seguradora estatal colombiana para proteger os negócios da JLTSL e a JLT Re Colômbia.

Na origem da situação está a colocação, pela JLTSL, no mercado londrino de resseguros, de negócios encaminhados pela JLT Re Colombia, outra empresa do grupo JLT.

O regulador britânico refere que “entre 21 de novembro de 2013 e 6 de junho de 2017, a JLTSL pagou 12,3 milhões de dólares (11,6 milhões de euros) a título de comissões à JLT Colombia Wholesale Limited, empresa controladora da JLT Re Colombia”, que por sua vez pagou 10,8 milhões de dólares a uma entidade sediada no Panamá responsável pela entrega dos negócios em questão à JLT Re Colombia. É através da entidade panamiana que os mais de 3 milhões de dólares (2,8 milhões de euros) chegaram aos funcionários da seguradora estatal colombiana.

Os detalhes do negócio, envolvendo várias entidades e interlocutores, são descritos na nota final elaborada pela FCA sobre o assunto.

O comunicado da FCA cita ainda um comentário de Mark Steward, diretor executivo de Fiscalização e Supervisão de Mercado, o qual considera que “os controles frouxos da JLT Specialty significavam, em última análise, que o dinheiro fluía para os bolsos de funcionários corruptos. É por causa de riscos como esse que mantemos nosso foco nos sistemas de crimes financeiros das empresas financeiras, agindo onde essas empresas ficam aquém.

A FCA considerou, no entanto, que a colaboração da JLTS durante o processo de investigação, disponibilizando aos investigadores acesso a materiais interno do Grupo JLT, constituíram fatores atenuantes na definição do montante da penalização financeira adequada. A multa de 7 881 700 libras decorre da disposição da JLTSL em resolver o caso num estágio inicial de investigação, correspondendo a um abatimento de 30% do valor da multa original, que é de 11 259 500 libras (mais de 13 milhões de euros).

A JLTSL já havia sido multada pela FCA em 1 876 000 libras em dezembro de 2013 por falhas de controlo de risco semelhantes.

 

 

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ASF quer recrutar especialistas em cibersegurança e proteção de dados

  • ECO Seguros
  • 22 Junho 2022

Além de pessoas para supervisão comportamental e prudencial, Autoridade de Seguros procura especialista de cibersegurança, técnico(a) em proteção de dados e um gestor(a) de riscos operacionais.

A Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) abriu oito concursos de recrutamento, na maioria cargos técnicos. Os colaboradores irão integrar o quadro de pessoal daquele organismo, em regime de contrato individual de trabalho por tempo indeterminado. Segundo nota divulgada pela Autoridade, corre prazo até 5 de julho para candidatura aos seguintes concursos:

  • Técnico(a) – Supervisão Comportamental de Fundos de Pensões (Ref.ª DSC2208)
  • Técnico(a) – Supervisão Comportamental de Empresas de Seguros (Ref.ª DSC2209)
  • Especialista em Cibersegurança – Supervisão Prudencial de Empresas de Seguros (Ref.ª DSS2210)
  • Técnico(a) de Investimentos e Novos Riscos – Supervisão Prudencial de Empresas de Seguros (Ref.ª DSS2211)
  • Técnico(a) – Supervisão Prudencial de Empresas de Seguros (Ref.ª DSS2212)
  • Técnico(a) – Unidade de Proteção de Dados (Ref.ª DPO2213)
  • Técnico(a) de Gestão de Riscos Operacionais – Gabinete de Organização e Planeamento (Ref.ª GOP2214)

Além destes, também foi aberto concurso para Motorista do Conselho de Administração (Ref.ª MotCA2215), com prazo de candidatura a terminar no dia 28 de junho.

As candidaturas realizam-se por via eletrónica através do preenchimento de formulário associado a cada anúncio. Mais informação dos concursos e respetivos regulamentos podem ser consultados aqui

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Governo disposto a ir “até onde for possível” na negociação com os médicos

  • Lusa
  • 22 Junho 2022

O secretário de Estado Adjunto e da Saúde disse, em Alpiarça, que o Ministério da Saúde está disposto “a ir até onde for possível” nas negociações com os sindicatos dos médicos, retomadas esta quarta.

O secretário de Estado Adjunto e da Saúde disse, em Alpiarça, que o Ministério da Saúde está disposto “a ir até onde for possível” nas negociações com os sindicatos dos médicos, retomadas esta quarta-feira.

António Lacerda Sales, que assistiu à apresentação do plano de saúde sazonal “Verão Seguro”, em Alpiarça (Santarém), disse acreditar que “haverá boa vontade de ambas as partes e que se conseguirá chegar, pelo menos, a algumas decisões importantes”.

Para o secretário de Estado, as soluções encontram-se “sempre numa linha do meio, numa bissetriz que se traça” em relação ao que são as necessidades dos cidadãos e ao que são os recursos, que são dos portugueses.

“Acredito que haverá boa vontade de ambas as partes e que se conseguirá chegar pelo menos a algumas decisões importantes”, afirmou, salientando que o Ministério da Saúde está “disposto a ir até onde for possível” nas negociações, cuja primeira reunião ficou marcada pela rejeição das propostas do Governo por parte dos sindicatos.

Questionado sobre a persistência de problemas nas urgências de obstetrícia em vários hospitais do país, Lacerda Sales destacou que “Portugal tem hoje um dos melhores indicadores europeus e até mundiais em termos de mortalidade perinatal e materna”.

Afirmando que não se pode “desmoronar aquilo que é a arquitetura do sistema” e que é preciso “responder às necessidades das grávidas e à estabilidade da organização dos profissionais de saúde”, o governante assegurou que serão encontradas soluções.

Lacerda Sales repetiu que, desde 2015, entraram no Serviço Nacional de Saúde (SNS) mais 32.000 profissionais (15.000 nos últimos dois anos, 4.000 dos quais especialistas), salientando a importância das vagas para a formação de especialistas.

Para o secretário de Estado da Saúde, a questão dos recursos humanos é “estrutural”, pelo que é preciso “trabalhar para o futuro, para uma legislatura, e isso exige planeamento”, já que são necessários 13 a 14 anos para formar um médico especialista.

Lacerda Sales disse acreditar “muito no trabalho da comissão de coordenação”, a qual apresentará no início da próxima semana “um plano que aborda diferentes dimensões”, admitindo que possa haver “um ou outro constrangimento, muito pontual e muito circunstanciado”.

“Estas soluções serão certamente encontradas para resolver não só os problemas de obstetrícia e ginecologia, como noutras especialidades onde poderá haver dificuldades. Acredito que serão encontradas as soluções”, afirmou, salientando que, a par da questão conjuntural é preciso “pensar sobre o ponto de vista estrutural”.

“A forma estrutural [de que falou o Presidente da República] é precisamente esta, com planeamento de recursos humanos, com gestão, com organização, com valorização dos profissionais e das carreiras. Isto é pensar estruturalmente e a médio e longo prazo”, disse.

Lacerda Sales disse, ainda, não saber o que falhou na comissão criada pelo Governo em 2017 para rever a rede de cuidados materno-infantis, cujo trabalho não foi concluído, assegurando que, “de certeza, será desta”.

“É uma das situações que a comissão de coordenação neste momento está a trabalhar e com certeza serão encontradas as soluções”, afirmou.

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Acionistas da Lisgráfica aprovam saída da bolsa

  • Lusa
  • 22 Junho 2022

Assembleia geral aprovou saída da Lisgráfica da bolsa, anunciou a empresa numa nota enviada à CMVM.

A Lisgráfica aprovou, em assembleia geral, a proposta sobre a saída de bolsa das ações da empresa negociadas em Portugal ou num sistema multilateral, comunicou esta quarta-feira ao mercado.

De acordo com a informação remetida à CMVM, na reunião foi aprovada a “proposta sobre a exclusão de negociação das ações […] em mercado regulamentado em Portugal ou negociadas em sistema de negociação multilateral”.

Os acionistas da Lisgráfica aprovaram também as contas da empresa e a proposta de aplicação dos resultados de 2021, que prevê a transferência de um lucro de 592,621 euros para os resultados transitados.

Da ordem de trabalhos fazia ainda parte a atribuição de um reconhecimento à administração, conselho fiscal e revisor oficial de contas, bem como de um voto de louvor ao presidente da mesa da assembleia geral, que receberam igualmente “luz verde”.

Em junho de 2021, os acionistas da Lisgráfica, reunidos em assembleia geral, não votaram a proposta para perda de estatuto de sociedade aberta da empresa, depois de este ponto ter sido retirado da ordem de trabalhos da reunião.

Em comunicado, publicado então na CMVM, a empresa revelou que tinha sido retirado o ponto cinco da ordem de trabalhos, que se referia precisamente à perda de estatuto de sociedade aberta da Lisgráfica, de acordo com a convocatória da assembleia geral, visto que “não se encontravam reunidas as condições para o submeter a votação”.

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Pedro Nuno Santos chama pilotos da TAP após ameaça de greve

Ministro da tutela vai receber sindicatos dos pilotos da TAP esta quinta-feira à tarde, depois de a administração da empresa ter decidido recusar a realização de plenário que poria em causa 120 voos.

O ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, vai reunir-se esta quinta-feira com os pilotos da TAP, no rescaldo da decisão da administração da companhia aérea de impedir a realização de um plenário na sexta-feira de manhã, alegando que este poria em causa 120 voos.

A informação foi incluída num comunicado do Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC), divulgado esta quarta-feira à noite. O ECO apurou que o encontro estará marcado para as 15h00.

No domingo passado, a TAP anunciou que vai reduzir em 10% o corte que os pilotos sofreram nos vencimentos e aumentar o patamar a partir do qual aplicará reduções nos salários dos restantes trabalhadores. As estruturas representativas dos pilotos não ficaram satisfeitas, pois exigiam uma redução maior.

A relação entre administração e pilotos foi azedando depois disso. Na segunda-feira, o SPAC deixava no ar a sugestão de uma paralisação: “Paira no ar a sensação de que a administração da TAP está a tentar empurrar os pilotos para uma greve”, rematou o sindicato. Declaração que caiu com estrondo junto da liderança da empresa, com a CEO Christine Ourmières-Widener a avisar um dia depois que uma greve de pilotos teria um “impacto crítico” para o futuro da companhia aérea.

O verniz estalou esta quarta-feira quando a administração decidiu recusar aos pilotos a realização de um plenário que estava marcado para sexta-feira de manhã. Com uma adesão estimada em 400 pilotos pela própria empresa, tal poria em causa 120 voos, justificou a companhia.

Horas depois, surge a reação do SPAC: “O SPAC viu hoje [quarta-feira] recusada pela TAP o exercício do seu direito de reunião com os trabalhadores nas instalações da empresa, com base no alegado risco de não serem assegurados serviços essenciais e urgentes pelos pilotos, se a reunião tivesse lugar. O SPAC cumpriu todos os preceitos legais e necessários para a realização da reunião de trabalhadores nas instalações da TAP, negando com veemência os números avançados pela transportadora, relativamente a eventuais prejuízos resultantes da pausa na operação”, garante o sindicato.

Os pilotos vão mais longe, dizendo que “hoje, dia 22 de junho de 2022, a administração da TAP entrou para a história de Portugal como a primeira que desrespeita e proíbe o exercício legítimo dos direitos laborais aos seus pilotos”. “Com esta decisão, uma empresa que tem por lema ‘Pessoas e Cultura’ demonstra que primeiro está ‘esta cultura’, e só depois estão as pessoas”, atira.

“A TAP optou por negar os direitos mais básicos dos seus trabalhadores, seguindo uma linha de atropelos às condições de trabalho e ao exercício de direitos garantidos por lei. No contexto da audiência com o ministro das Infraestruturas e da Habitação, a realizar amanhã, o SPAC não deixará de sinalizar mais esta violação da lei por parte da administração da TAP”, conclui o sindicato.

(Notícia atualizada pela última vez às 20h56)

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Deco pede redução do IVA da eletricidade à semelhança do que acontece em Espanha

  • Lusa
  • 22 Junho 2022

À semelhança do que vai acontecer em Espanha, a Deco desafiou o Governo a baixar o IVA em todas as componentes da fatura da luz, "de forma a aliviar a taxa de esforço dos consumidores".

A Deco, associação para a defesa do consumidor, desafiou esta quarta-feira o Governo a baixar o IVA em todas as componentes da fatura da eletricidade, à semelhança do que vai acontecer em Espanha.

A Deco desafia o Governo português a lançar mão de uma iniciativa similar à aplicada pelo país vizinho e a aprovar uma redução do IVA [Imposto sobre o Valor Acrescentado] em todas as componentes da fatura da eletricidade, de forma a aliviar a taxa de esforço dos consumidores para o acesso a um serviço considerado público e essencial”, vincou, em comunicado.

O IVA da eletricidade em Espanha vai baixar pela segunda vez no último ano, agora de 10% para 5%, anunciou esta quarta-feira o líder do Governo espanhol, o socialista Pedro Sánchez. A medida será aprovada no sábado, num conselho de ministros extraordinário que vai adotar um novo pacote de respostas à crise gerada pela guerra na Ucrânia e a consequente subida dos preços, indicou Sánchez, que falava no Congresso espanhol (parlamento).

“Em resposta a vários dos pedidos que lhe foram dirigidos pela Deco, o Governo português refere que para reduzir o IVA é necessária a aprovação da Comissão Europeia. Porém, o espanhol prepara-se para implementar a redução do IVA na eletricidade para 5%, como resposta urgente à crise provocada pela invasão da Ucrânia. E Portugal? Porque motivo obtemos uma resposta diferente? O que será necessário fazer e demonstrar mais para convencer o Governo nacional a descer o IVA, como medida a ser aplicada urgentemente?”, questionou.

Para a associação, é urgente que o executivo adote medidas para reduzir os encargos suportados pelos consumidores, destacando que a fatura de eletricidade e gás tem um peso “considerável” no orçamento familiar.

A Deco lembrou que, atualmente, é aplicada uma taxa reduzida de IVA (6%) á componente fixa da tarifa de acesso às redes nos fornecimentos de eletricidade com uma potência contratada que não ultrapasse os 3,45 quilovolt-amperes (Kva).

Contudo, defendeu que esta medida não é “minimamente suficiente” para evitar que o valor a pagar se torne “insustentável” para muitos consumidores, cujo rendimento, muitas vezes, não ultrapassa os 705 euros mensais, abaixo dos 1.000 euros recebidos em Espanha. “[…] A Deco considera que é urgente uma atuação concreta e rápida do Governo que permite a sustentabilidade das famílias portuguesas”, concluiu.

Espanha vai baixar, pela segunda vez no último ano, o IVA da eletricidade, que passou, inicialmente, da taxa geral de 21% para os atuais 10%. Além de ter baixado o IVA, em junho de 2021, o Governo espanhol acabou com o imposto sobre a geração de eletricidade (que era de 7%) e baixou o designado imposto especial de 5,1% para 0,5%, o mínimo permitido pela legislação europeia.

O Governo espanhol aprovou em 29 de março um “plano de resposta” ao impacto económico da guerra na Ucrânia, num montante de 16.000 milhões de euros, dos quais 6.000 milhões correspondem a ajudas diretas e reduções de impostos e outros 10.000 milhões à criação de uma linha de crédito garantida pelo Estado.

Entre as medidas do plano, em vigor até ao final deste mês, estão descontos nos combustíveis, a limitação dos aumentos de preços nos contratos de arrendamento de habitação a 2% e o aumento de 15% do rendimento mínimo garantido às famílias mais vulneráveis.

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Carris Metropolitana só chega a Lisboa e outros oito concelhos em janeiro de 2023

O arranque da Caris Metropolitana nos concelhos de Amadora, Cascais, Lisboa, Oeiras, Sintra, Loures, Mafra, Odivelas e Vila Franca de Xira foi adiado para 1 de janeiro de 2023.

O arranque da Caris Metropolitana foi adiado para 1 de janeiro de 2023 nos concelhos de Amadora, Cascais, Lisboa, Oeiras, Sintra, Loures, Mafra, Odivelas e Vila Franca de Xira, anunciou a Transportes Metropolitanos de Lisboa (TML), dado que “não estão garantidas as condições consideradas essenciais” para o novo serviço, revelou a entidade num comunicado. A hipótese do adiamento na Grande Lisboa tinha sido avançada esta quarta-feira de manhã pela Renascença.

A Carris Metropolitana, marca única e integrada dos transportes urbanos da Área Metropolitana de Lisboa (AML), previa ter os primeiros autocarros a circular na área de Lisboa a partir de 1 de julho. Contudo, a falta de um “número bastante significativo de viaturas novas, a inexatidão nas datas da sua disponibilidade e a adequação dos sistemas de informação necessários à prestação do serviço” estão entre as razões elencadas pela empresa para este adiamento, pelo que a entrada em funcionamento do novo serviço em nove concelhos só acontecerá em janeiro do próximo ano.

Em comunicado, a TML explica que este adiamento vai afetar a Área 1, “que corresponde aos concelhos de Amadora, Cascais, Lisboa, Oeiras e Sintra”, bem como a Área 2, “que corresponde aos concelhos de Loures, Mafra, Odivelas e Vila Franca de Xira”.

Neste contexto, “a entrada em funcionamento é adiada para dia 1 de janeiro de 2023, uma vez que não estão garantidas as condições consideradas essenciais para a entrada em funcionamento do novo serviço, por razões da responsabilidade dos operadores prestadores de serviço nas Áreas 1 e 2″.

Almada, Seixal e Sesimbra já em julho

Já no que toca à Área 3, que abrange os concelhos de Almada, Seixal e Sesimbra, o arranque do novo serviço está previsto para 1 de julho deste ano, “com mais frequências, horários, linhas novas e uma frota de autocarros renovada”, sinaliza a empresa.

Nesse dia, está também previsto um aumento da oferta de autocarros na Área 4, que corresponde aos concelhos de Alcochete, Barreiro, Moita, Montijo, Palmela e Setúbal, “uma vez que o nível de serviço que se encontra a ser prestado ainda é inferior ao definido contratualmente na Carris Metropolitana”, justifica a TML.

Durante o verão, a TLM prevê ter em funcionamento 111 linhas, isto é, mais 23 face às atuais 88, o que representa um aumento de veículos quilómetro de 21%, 29% e 16%, respetivamente, nos dias úteis, sábados e domingos”. Para já, vão circular 339 autocarros, dos quais 236 são integralmente novos.

(Notícia atualizada pela última vez às 19h47)

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Colt reforça investimento em Portugal e quer contratar 40 pessoas este ano

O reforço das equipas em Portugal tem como objetivo "aumentar a capacidade de resposta da empresa face às necessidades crescentes dos clientes nacionais e internacionais", diz a Colt.

A Colt quer reforçar a operação em Portugal e pondera “novos investimentos em novas rotas e ligações nas zonas de amarração dos cabos submarino, em particular em Sines”. A empresa, que já tem três centros de competência, quer contratar mais talento para saltar dos atuais mais de 100 colaboradores para 140 até ao final deste ano.

O reforço das equipas em Portugal tem como objetivo “aumentar a capacidade de resposta da empresa face às necessidades crescentes dos clientes nacionais e internacionais, e que decorrem do incremento da mão-de-obra remota e da procura acrescida por soluções mais duradouras, resilientes, seguras e elásticas”, justifica a empresa, em comunicado.

Está a recrutar software developers (Full Stack Developers, UI Developers, Application Developers), especialistas de segurança (Network Virtualisation & Security Specialists/ Consultants), especialistas de redes IP (SDWAN and NFVi), e profissionais para as áreas de gestão e de suporte aos clientes.

Os futuros profissionais irão juntar-se aos mais de 100 que já trabalham na Colt atualmente. A empresa avançou para um modelo de trabalho híbrido no mercado nacional, dando aos colaboradores a oportunidade de decidir sobre a partir de que local pretendem trabalhar. Há apenas uma reunião mensal presencial, tal como avançou Carlos Jesus, country manager da Colt Portugal e VP Global Service Delivery da Colt, em entrevista à Pessoas.

“Estamos realmente a experimentar um modelo híbrido em que os nossos colaboradores podem escolher se trabalham a partir de casa ou no escritório, e a quantidade de dias e horários em que o fazem. No entanto, reunimos pelo menos uma vez por mês toda a gente nos nossos escritórios, para permitir que as pessoas possam estar todas juntas, interagir umas com as outras e colaborarem mais diretamente. Ainda que haja uma clara preferência pelo trabalho remoto, a verdade é que muitos dos nossos colaboradores estão a ir ao escritório pelo menos uma vez por semana”, justificou o gestor.

A Colt também está a avaliar a possibilidade de realizar novos investimentos na criação de mais rotas entre Portugal e Espanha, assim como de novas ligações em Portugal, nomeadamente em Sines e nas restantes zonas de amarração dos cabos submarinos.

“Os cabos submarinos são a espinha dorsal da infraestrutura global de comunicações. Atualmente, existem mais de 400 cabos submarinos em serviço em todo o mundo e até 2025 serão 445. Portugal detém uma posição única no contexto do desenvolvimento das comunicações a nível mundial: beneficia de uma posição geográfica estratégica com os seus 5 centros de amarração (Sines, Sesimbra, Seixal, Lisboa e Carcavelos) de cabos submarinos que ligam a Europa à África e às Américas, e possui inúmeras rotas de comunicações terrestres que permitem e potenciam as ligações da Península Ibérica ao Norte da Europa”, diz Carlos Jesus.

“Temos, por isso, um papel fulcral a desempenhar na diversificação da conectividade e no que diz respeito a evitar a saturação das redes. Além disso, o nosso país é uma verdadeira porta de entrada para a Europa, uma via direta de acesso das empresas de todo o mundo a um mercado de mais de 750 milhões de potenciais consumidores,” afirma o country manager da Colt Portugal e VP Global Service Delivery da Colt, citado em comunicado.

Com duas redes de área Metropolitana (MAN – Lisboa e Porto) em Portugal, 830 quilómetros de rede de fibra ótica, 1.700 quilómetros adicionais de rede de longa distância através da sua IQ Network, ligando mais de 777 edifícios, 12 centros de dados, a Colt liga mais oito parques industriais em Lisboa, Porto, Oeiras, Sintra, Vila Nova de Gaia e Maia.

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Barragem que rega hortas de Mirandela só tem água para um mês

  • Lusa
  • 22 Junho 2022

Caso não chova, só há água para um mês na barragem que rega hortas e forragens para animais de Mirandela. A seca vai afetar os agricultores que precisam da água para as culturas de verão.

A barragem de Vale de Madeiro só tem água para um mês, o que significa que poderá deixar de regar as hortas e forragens para animais de perto de 200 beneficiários, revelou o presidente da Associação de Beneficiários do Perímetro de Rega de Vale de Madeiro, Emanuel Batista.

Esta é uma das sete albufeiras da lista anunciada pelo Governo com limitações para a campanha de rega no Norte, Alentejo e Algarve, devido à seca que afeta Portugal, considerada extrema no distrito de Bragança, que abrange Mirandela.

O presidente da Associação de Beneficiários do Perímetro de Rega de Vale de Madeiro disse que a barragem só já pode utilizar 20% de água e chega ao chamado caudal ecológico, a partir do qual é fechada.

Se não chover, o dirigente estima que deixe de regar dentro de “um mês”, numa época em que os agricultores precisam da água para as culturas de verão, nomeadamente produtos como batata, tomate ou cebola.

Segundo disse, “90%” dos beneficiários desta barragem cultivam hortas familiares, sociais e de subsistência” nas freguesias de Carvalhais e Mirandela, para consumo doméstico, mas também para vender no mercadinho local.

Os restantes são criadores de gado, nomeadamente de pequenos ruminantes e “meia dúzia de explorações de gado bovino”, como disse.

A associação já está a dizer aos criadores de animais “para não semearem, porque podem, a qualquer momento, não ter água para as pastagens, forragens e para conseguirem que essas culturas tenham viabilidade”.

Relativamente às culturas de verão, explicou que “estão todas semeadas, pode haver é menor ou maior produção”.

“Por exemplo, nós temos a batata plantada, está a meio do ciclo, se nós fecharmos a água a batata tem tendência ou a reduzir à qualidade ou ao tamanho ou mesmo não atempar o devido e não se conservar durante o ano”, concretizou.

Outro exemplo que Emanuel Batista deu foi o do tomate que “só daqui por mais quinze, vinte dias é que começa a produzir;o que quer dizer que pode nem chegar a produzir, porque faltando-lhe a água deixa de haver calibre, deixa de haver floração”.

Se a barragem fechar, a única alternativa que se avizinha, para já, é quem tem poços artesanais bombear a água dos mesmos para a rega.

A associação, segundo disse, está também a “incrementar o bom uso da água, mas não é fácil, porque os agricultores já têm uma determinada idade e é difícil eles compreenderem o uso eficiente de água”.

Ainda assim, Emanuel Batista repete o conselho para “usarem menos água, regarem nas horas mais frias, ao final do dia ou início da manhã para evitaram as evaporações”.

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Rede Eureka reforça cooperação internacional em inovação e mantém Portugal na presidência até final do ano

Os países membros da Rede Eureka decidiram prolongar o mandato português na liderança da Rede por mais seis meses. Foi, ainda, reforçada a internacionalização da Rede com a entrada de novos países.

Com o objetivo de reforçar a internacionalização, a Rede Eureka vai passar a permitir a entrada de países de fora da Europa, enquanto membros de pleno direito. Durante a 28.ª Eureka Ministerial Meeting, foi firmada a integração da Coreia do Sul e do Canadá. Os países membros da Rede Eureka decidiram, ainda, prolongar o terceiro mandato português na liderança da Rede por mais seis meses, até ao fim do ano, 31 de dezembro de 2022.

“Portugal orgulha-se de fazer parte da Rede Eureka desde o início”, reconhece Elvira Fortunato, ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. “Atualmente, além de todos os desafios, enfrentamos um outro problema – a guerra -, que vem apelar, ainda mais, à necessidade de união e colaboração entre países”, continua, citada em comunicado.

Ao encerrar a reunião, Elvira Fortunato relembrou o provérbio africano: “Se quer ir rápido, vá sozinho. Se quer ir longe, vá acompanhado”, resumindo a ambição da Presidência Portuguesa para a Rede Eureka.

Reconhecendo os progressos alcançados na estrutura da Rede Eureka durante a Presidência Portuguesa, iniciada a 1 de julho de 2022 e que deveria findar no fim deste mês de junho, os países-membros da Rede Eureka decidiram, ainda, prolongar o mandato — o terceiro — português na liderança da Rede, por mais seis meses, até 31 de dezembro de 2022.

Coreia do Sul e Canadá entram na Rede Eureka como membros de pleno direito

Durante o evento, foram ainda alcançados progressos fundamentais para impulsionar a cooperação entre os mais de 40 países que compõem a Rede Eureka, reforçando o seu posicionamento enquanto maior rede intergovernamental para o investimento em projetos de investigação e inovação.

A aprovação do Eureka Regulatory Corpus — que vem permitir, a partir de agora, a entrada na Rede Eureka de países de fora da Europa, enquanto membros de pleno direito — foi um deles. Nesse âmbito, e tendo como objetivo reforçar a internacionalização desta rede e reconhecendo a importância da cooperação transnacional, foi firmada a integração da Coreia do Sul e do Canadá, como membros de pleno direito. Ambos os países encontram-se ligados à Rede Eureka há cerca de dez anos.

Além disso, foi protocolada durante o evento a reassociação do Chile, após este ter sido, em 2017, o primeiro país latino-americano a entrar na Rede Eureka.

Foi, ainda, oficializada a adoção da “XXVIII Eureka Ministerial Communiqué”, que vem reafirmar o compromisso em tornar esta plataforma cada vez mais inclusiva, direcionada para mudança social, no sentido de gerar prosperidade económica a nível mundial.

O fortalecimento da rede Eureka foi também reforçado com a assinatura do Memorando de Entendimento que determina o investimento de 2 mil milhões de euros na denominada “Partnership on Innovative SMEs within the European Union’s Horizon Europe Framework Programme for Research and Innovation”.

O investimento, realizado por 37 países, Comissão Europeia e indústria, permitirá o financiamento de projetos, através dos programas Eurostars e do Innowwide e de atividades de investigação, desenvolvimento e inovação, assim como da exploração de mercados.

Desde a última conferência, realizada em Madrid em 30 de junho de 2017, a Eureka reforçou a sua posição como a rede global para alavancar o investimento público e privado em investigação, desenvolvimento e projetos de inovação e formulou também a sua estratégia para o período de 2021 a 2027 no Roteiro Estratégico.

Desde a sua criação, em 1985, a rede Eureka já apoiou com 40 mil milhões de euros, 50 mil pequenas e médias empresas, instituições de ensino superior e centros de investigação, num total de sete mil projetos de investigação e desenvolvimento.

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